Estudo mostra que Brasil está abaixo da meta de vacinação contra HPV
Estudo da Fundação do Câncer, divulgado para marcar o Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero, celebrado neste domingo (26), revela que todas as capitais e regiões brasileiras estão com a vacinação contra o HPV (Papilomavírus humano) abaixo da meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que até 2030, o Brasil não deverá atingir a meta necessária para a eliminação da doença, que constitui problema de saúde pública. O levantamento tem como base os registros de vacinação do PNI de meninas entre 9 e 14 anos, no período de 2013 a 2021, e meninos de 11 a 14 anos, entre 2017 e 2021. Em todo o Brasil, a cobertura vacinal da população feminina entre 9 e 14 anos alcança 76% para a primeira dose e 57% para a segunda dose. A adesão à segunda dose é inferior à primeira, variando entre 50% e 62%, dependendo da região. Na população masculina entre 11 e 14 anos, a adesão à vacinação contra o HPV é inferior à feminina no Brasil como um todo. A cobertura vacinal entre meninos é de 52% na primeira dose e 36% na segunda, muito abaixo do recomendado. A Região Norte apresenta a menor cobertura vacinal masculina, de 42% na primeira dose e de 28% na segunda. O estudo completo pode ser acessado no site da Fundação do Câncer. Destaques Em entrevista à Agência Brasil, a consultora médica da Fundação do Câncer e colaboradora do estudo Flávia Corrêa afirmou que há uma diferença regional marcante. “O mais preocupante é que justamente o Norte e o Nordeste, que têm as maiores taxas de incidência de mortalidade por câncer de colo de útero, são as regiões onde encontramos a menor cobertura de vacinação”. De acordo com a médica, isso acende o alerta de que é necessário investimento grande em medidas educativas para a população, para as crianças e adolescentes, pais e responsáveis e para profissionais de saúde, a fim de aumentar a cobertura. De acordo com o levantamento, a Região Norte apresenta a menor cobertura vacinal completa (primeira e segunda doses) do país em meninas: 50,2%. Entre os meninos, o percentual é de apenas 28,1%. A região também foi a que mais registrou óbitos por câncer de colo de útero no período 2016/2020: 9,6 por 100 mil mulheres, contra a média brasileira de 6 a cada 100 mil mulheres. De todas as regiões do país, o Sul é a que mais se aproxima da meta estabelecida (87,8%) na primeira dose em meninas. Por outro lado, é a região que apresenta maior índice de absenteísmo, ou não comparecimento, na segunda dose: 25,8% entre as mulheres e 20,8% entre os homens, enquanto a média do país é de 18,4% e 15,7% nas populações feminina e masculina, respectivamente. Já o Nordeste tem a menor variação entre a primeira e a segunda dose, tanto feminina (71,9% e 57,9%) quanto masculina (50,4% e 35,8%). Múltiplas doses Segundo Flávia, toda vacina que tem múltiplas doses costuma apresentar problema do absenteísmo, especialmente entre os adolescentes. “Em qualquer vacina que tenha múltiplas doses, o que se vê é que existe realmente uma queda para completar o esquema vacinal”. Isso acontece não só no Brasil, mas no mundo todo. No caso da vacinação contra o HPV, a recomendação do PNI é continuar com duas doses, embora a OMS já tenha dado aval para que seja utilizada uma dose única, dependendo das circunstâncias locais. “É preciso haver uma conscientização muito grande para que se complete o esquema vacinal”. Ela lembrou que seria muito importante a vacinação voltar a ser feita nas escolas, como ocorreu no primeiro ano em que a primeira dose foi disponibilizada nas unidades de ensino e de saúde. A partir da segunda dose, só estava disponível nas unidades de saúde. Flávia destacou que em todo o mundo, o esquema que deu mais certo foi o misto, em que a vacinação estava disponível ao mesmo tempo na escola e nas unidades de saúde. “Esse é um ponto muito importante”. Capitais O estudo mostra também que Belo Horizonte é a única capital com cobertura vacinal feminina acima de 90% na primeira dose. Considerando o esquema vacinal completo, esse percentual cai para 72,8%, mas ainda continua sendo a capital que mais protegeu sua população contra o câncer de colo de útero no país, considerando o período de 2013 a 2021. Em seguida, aparecem Curitiba, com 87,7% e 68,7% (dose inicial e reforço) e Manaus, com 87,0% e 63,2% (primeira e segunda doses). Fortaleza foi a capital do Nordeste com maior cobertura vacinal na primeira dose (81,9%) e na segunda dose (60,1%). São Luís, ao contrário, obteve os menores percentuais na primeira (51,4%) e na segunda (36,7%). Brasília e Goiânia, no Centro-Oeste, apresentaram os maiores e menores percentuais na primeira e segunda doses, da ordem de 78,1% e 58,6% e 62,1% e 43,5%, respectivamente. No Sudeste, o Rio de Janeiro teve índice vacinal de 72,1% na primeira dose e 49,1% na segunda; em São Paulo, o índice também é baixo (76,5% e 59,8%). O mesmo ocorre em Porto Alegre, na Região Sul, onde somente 42,7% da população feminina estão com o esquema vacinal completo, 21 pontos percentuais abaixo da dose inicial da vacinação. O pior cenário, contudo, é registrado em Rio Branco, no Norte do país: apenas 12,3% da população feminina tomaram as duas doses da vacina contra o HPV. Na primeira dose, foram 14,6%. “Até hoje, a cobertura no Acre é baixíssima”, comentou a médica. Desinformação Flávia Corrêa chamou a atenção para o fato de que há ainda muita desinformação sobre a vacina contra o HPV. Muitos pais ignoram que a vacina previne contra o câncer de colo do útero e não incita o início da vida sexual antes do tempo. Outros não sabem qual é a faixa etária em que os filhos devem se vacinar. “Há uma falta de informação muito grande que precisa ser abordada com medidas educativas, mais fortes, tanto para as crianças e adolescentes, quanto para os pais, a sociedade como um todo. É necessário ampliar a discussão sobre a questão da vacina, mostrar os dados que dizem que ela é segura, não estimula a atividade sexual precoce”. A consultora médica da Fundação do Câncer disse que a cobertura vacinal
Com 32 mil afetados por chuvas, Acre entra em situação de emergência
O governo do Acre a a prefeitura de Rio Branco decretaram situação de emergência em decorrência das chuvas que atingiram a região. Só na capital, 32 mil pessoas foram afetadas, segundo dados da prefeitura. Pelo menos duas mil estão desalojadas e 500 em abrigos municipais. Em pouco mais de 13 horas, choveu mais da metade da média esperada para o mês de março inteiro. A tempestade começou na quinta-feira (23). A força das águas foi tanta que abriu uma cratera na BR 364, interrompendo o tráfego. De acordo com o último boletim da Defesa Civil do Estado, o Rio Acre chegou, nesse sábado (25), a 16,23 metros, ultrapassando a cota de alerta, de 14 metros. Um plano de contingência foi montado e a cidade começa a receber as primeiras doações para ajudar os atingidos. São cestas básicas, roupas, colchões e outros insumos. As aulas na rede estadual foram suspensas e as escolas estão sendo usadas como abrigo para os atingidos. Ao todo, 24 abrigos foram disponibilizados. A previsão é que chova pelo menos mais 100 milímetros neste fim de semana, com alta possibilidade de inundações principalmente na capital. A região está em alerta laranja. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista, também há preocupação com os municípios de Brasileia, Assis Brasil, Xapuri e Epitaciolândia. *Colaborou Douglas Corrêa. Fonte
Delegado Rodrigo de Sá é empossado presidente do Partido Progressistas no Amazonas
A solenidade ocorreu na manhã deste sábado (25), no Auditório Belarmino Lins, na ALEAM, e contou com a presença de autoridadesCercado de sua base aliada, amigos e políticos, o delegado Rodrigo de Sá Barbosa foi empossado, na manhã deste sábado (25), presidente do Partido Progressistas no Amazonas (PP-AM). A solenidade de posse da Comissão Provisória Estadual do partido, no Estado, foi realizada no Auditório Belarmino Lins, localizado na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), na Avenida Mário Ypiranga, 3.950, bairro Flores. Na oportunidade, estiveram presentes o secretário de Governo, Sérgio Litaiff, representando o governador do Amazonas, Wilson Lima (União); o secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur; a deputada estadual Débora Menezes (PL); o vereador de Manaus, Jander Lobato (PP); o vereador de Rio Preto da Eva, Henri Braga (PP); o vereador de Presidente Figueiredo, .Virgílio Mendonça, além dos prefeitos de Rio Preto da Eva, Anderson Souza (PP); de Caapiranga, Tico Braz (PSC); de Barreirinha, Glênio Seixas (União). De acordo com o Rodrigo de Sá, assumir a direção do Progressistas, no Amazonas, é uma missão muito gratificante, mas desafiadora. “A minha grande missão é reestruturar o partido, formar uma bancada forte para as próximas eleições, mas, para isso, precisamos fazer um trabalho com muita intensidade. A meta é fortalecer os diretórios municipais, criar um ambiente fértil e atraente dentro da sigla, para que possamos arregimentar pessoas, trazer os políticos de ‘peso’ e restabelecer a grandeza que o Partido Progressistas tem em âmbito nacional também no Amazonas”, disse ele. Rodrigo agradeceu ao governador Wilson Lima, seu grande líder político, pela indicação de seu nome para a condução do PP, no Amazonas. “Quero agradecer a ele (Wilson), mais uma vez, que por meio de uma articulação junto ao senador Ciro Nogueira, que é o presidente nacional da sigla, analisou e escolheu o meu nome para que eu pudesse conduzir os rumos do PP no Estado, a gente espera fazer o melhor possível”, ressaltou. Juntamente com o novo presidente, David Fernandes assume o cargo de secretário-geral do partido, e Andrey Péres de Jesus, assume o cargo de tesoureiro-geral. Entre os membros da comissão provisória estão: Amanda Renata Maciel de Souza, André Lima Galvão, Ary Renato Vasconcelos de Souza Filho, Carlos Fábio Pinheiro de Oliveira, Lidiany Arruda de Lima Moraes e Mário Batista Andrade Neto. A entrada de Rodrigo de Sá na política ocorreu durante as Eleições 2022, onde concorreu a uma das oito vagas para a Câmara Federal, finalizando o pleito com de 11.833 votos, sendo, na oportunidade, o terceiro mais votado dentro do seu antigo partido, o PL. CarreiraO novo presidente do PP-AM é delegado de Polícia Civil desde 2011, além de ter atuado no Ministério Público do Amazonas (MP-AM) como servidor efetivo por 8 anos, tendo, portanto, mais de 20 anos de experiência pública. É graduado em Direito, pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação em Direito Público, Gestão Pública, Direito Penal e Processo Penal. Cursou, ainda, Engenharia da Computação na antiga Utam, atual Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Desde 2019 é diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), mas iniciou sua carreira na instituição em 2017, ocupando o cargo de diretor técnico, sendo responsável pelo projeto de mudança da sede da autarquia, e idealizador do projeto de mudança da identidade visual, incluindo em seu bojo aspectos como efetividade, transparência, modernidade e progresso. InovaçãoÀ frente da presidência do Detran-AM, destacou-se com a marca do avanço tecnológico, desburocratizando processos, implantando vários novos sistemas informatizados, bem como o novo portal de serviços, denominado Detran Digital. Entusiasta do processo de interiorização do trânsito, fomentou a municipalização como ferramenta essencial para a segurança viária nos municípios do interior do Estado. Dentre outros projetos que implementou durante sua trajetória no Detran-AM, estão o CRLV e CNH Digitais; a Escola Pública de Trânsito; a placa padrão Mercosul; o Sistema de Notificação Eletrônica (SNE); o pagamento itinerante de débitos veiculares; a modernização do processo de leilão, com o leilão eletrônico; a telemetria nos exames práticos de direção; a digitalização dos processos; a ampliação das parcerias, dos credenciamentos, e da oferta de cursos, inclusive, com aula-remota; bem como o credenciamento de novas instituições bancárias para pagamento das taxas pelos usuários. Rodrigo de Sá também foi o responsável pela criação do plano de cargos, careiras e remuneração do Detran-AM, resultando no primeiro concurso público homologado da história do órgão. O destaque à frente da instituição o levou ao reconhecimento nacional, sendo eleito vice-presidente da Região Norte e, posteriormente, vice-presidente nacional da Associação Nacional dos Detrans (AND), onde atualmente integra o conselho fiscal. FOTOS: Isaque Ramos/Divulgação
Rio Grande do Norte registra 298 ataques em onda de violência
Depois de 10 dias de ataques, o estado do Rio Grande do Norte não registrou nenhum ato de violência nesta sexta-feira (24), segundo governo do estado. Neste sábado (25), balanço parcial das forças de segurança que atuam para combater a organização criminosa aponta que 187 suspeitos foram presos. Desses, 22 foram no âmbito da Operação Normandia e 15 da Operação Sentinela. Ao todo foram registrados 298 ataques pelo estado. A maioria deles aconteceu na terça-feira (14), quando os atos de violência começaram. Naquela data, foram 104 ataques. Nos dias seguintes foram registrados 68 (quarta-feira) e 57 (16). Foram apreendidas 43 armas de fogo, capturados 148 artefatos explosivos e 33 galões de combustíveis. De acordo com o estado do Rio Grande do Norte, também foram apreendidos dinheiro, drogas e munições. Produtos de furto foram recuperados. Nesses casos, não foram divulgados quantidades ou valores. Onda de violência Desde o dia 14 de março, ações orquestradas por facções criminosas causam terror à população, com incêndios e tiros contra prédios públicos, veículos, comércio e até residências. As ações são uma retaliação às condições dos presídios, indicam investigações da polícia. A custódia de presos está entre os motivos apontados pelos criminosos para a série de ataques no estado. Fonte
Rio monta equipe para atender atingidos por rompimento de adutora
A prefeitura do Rio de Janeiro montou uma base operacional de emergência no bairro de Santíssimo, na zona oeste da cidade, para atender moradores que tiveram as casas inundadas pelo rompimento da adutora da concessionária Rio+Saneamento, na Estrada do Lameirão, na manhã deste sábado (25). Muitas famílias perderam móveis e eletrodomésticos e ficaram com mais de um metro de água dentro de casa. Algumas regiões podem ficar com o abastecimento de água suspenso. A Defesa Civil Municipal vistoriou 30 imóveis, dois deles foram interditados: uma loja em função de risco estrutural e uma casa por inabitabilidade, já que foi inteiramente alagada. O prefeito da capital, Eduardo, Paes cancelou a agenda e seguiu para o bairro, acompanhado dos secretários da Casa Civil, Eduardo Cavaliere e da Assistência Social, Adilson Pires, além de representantes de órgãos operacionais. Paes visitou moradores de diversas casas invadidas pela água, que em alguns lugares chegou a mais de um metro de altura. Em seguida, determinou a imediata atuação dos órgãos municipais para fiscalizar a atuação da concessionária na indenização dos prejuízos causados à população. “Estamos aqui ajudando numa questão emergencial. Por muita sorte, não aconteceu nada mais grave, não perdemos nenhuma vida. Vamos tirar água com bomba de sucção e a Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) vai ajudar na limpeza das casas. O time está todo mobilizado, vamos ficar aqui acompanhando até que tudo seja resolvido”, disse o prefeito. Apoio Equipes da Comlurb, Rio-Águas, Defesa Civil, Assistência Social e Saúde foram para o local prestar atendimento aos moradores. A base operacional da prefeitura, montada no bairro, está sob a coordenação do secretário da Casa Civil, Eduardo Cavaliere. A Secretaria Municipal de Assistência Social está identificando as necessidades das famílias e fazendo o cadastramento de pessoas que perderam documentos. Até agora, cerca de 100 famílias foram atendidas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, uma pessoa precisou ser encaminhada para o Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, e o estado de saúde é estável. Profissionais de duas clínicas da família e de um centro municipal de Saúde estão prestando assistência a quem precisa e verificando quais moradores perderam medicamentos de uso regular para realizar a reposição. A Vigilância em Saúde também está realizando ações preventivas para evitar doenças provocadas pela água. A Secretaria de Conservação está usando caminhões para drenar a água na via e nas casas dos moradores. Estão fazendo também a limpeza da galeria pluvial e a desobstrução dos bueiros e usando caminhão caçamba e retroescavadeiras para fazer a remoção de materiais como madeiras, lama e areia, que foram espalhados pela força da água durante o vazamento. A Comlurb conta com uma equipe de 70 garis trabalhando com apoio de seis caminhões basculantes, duas pás carregadeiras, uma mini pá, duas pipas d’água para lavagem das vias com água de reuso. O trabalho consiste na raspagem das ruas, limpeza das calçadas e do interior das residências mais atingidas, e na remoção dos móveis perdidos devido a força da água. A Estrada do Lameirão está interditada entre a Avenida Brasil e a Rua Itaquê, com acesso liberado somente para moradores. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-RIO) e da Guarda Municipal orientam os motoristas. Como alternativa, os usuários devem usar a Estrada do Quafá ou a Estrada do Mendanha. Por meio de nota, a concessionária Rio + Saneamento informou que “imediatamente deslocou suas equipes para a Estrada do Lameirão, iniciando os reparos para conter o vazamento, o que já foi feito” .A concessionária informou ainda que, devido ao rompimento, o abastecimento pode afetar os bairros de Santíssimo, Senador Camará, Campo Grande, Guaratiba e Ilha de Guaratiba, todos na zona oeste. Fonte
Caio André ouve demandas de famílias atingidas pelas chuvas e coloca parlamento à disposição da Prefeitura
Presidente da CMM esteve na área da Manaus 2000 e ressaltou que vereadores estão ao lado da população para diminuir prejuízos caudados pelas chuvas Na tarde deste sábado (25/03) o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André (PSC), esteve comunidade Manaus 2000, no bairro Japiim, zona sul da capital, área que está entre as mais afetadas pela chuva que atingiu a cidade. O parlamentar ouviu as demandas e necessidades das famílias do local, onde cinco casas foram arrastadas pela correnteza, e outras diversas residências ficaram alagadas pelo Igarapé do Quarenta, que subiu de nível por conta da chuva. “Nossa cidade mais um vez sofre com as chuvas, a minha presença aqui é para auxiliar os moradores, para dar apoio e para que eles, a Prefeitura de Manaus e o Estado saibam que o Parlamento Municipal está disposto a cooperar no que for possível para resolver essa situação. Precisamos de políticas públicas para tirar esses moradores de áreas de risco em toda Manaus”, afirmou Caio André. Para os moradores que perderam suas casas, o presidente da CMM manifestou apoio e reforçou que, assim como fez no último dia 12 de março, quando oito pessoas morreram soterradas vítimas de deslizamentos ocasionados pelas chuvas, a Câmara Municipal vai prestar todo o auxílio possível à comunidade. “Já estamos recolhendo materiais de higiene, roupas, colchões, roupas de cama, tudo que seja prioritário parra essas famílias no momento. Estamos arrecadando esses insumos para que, de alguma forma, possamos aliviar a dor dessas famílias”, destacou Caio André. Pelas redes sociais, o presidente da CMM divulgou a campanha “SOS Manaus 2000”, com o telefone (92) 99272-3178 para quem quiser fazer doações às famílias. Na região em que as casas foram levadas pela correnteza, o vereador conversou com moradores como Daniel Silva, que na hora da chuva estava no trabalho e soube pelas notícias da televisão que sua casa tinha desabado. “Saí correndo e quando cheguei aqui já tinha perdido tudo. Foi tudo na água, perdi geladeira, televisão, fogão, tudo. Agradeço a Deus por estar vivo, por não ter perdido ninguém”, disse Daniel Silva, ao conversar com Caio André. Mais de 90 ocorrências foram registradas pela Defesa Civil do município e até às 12h deste sábado, já havia chovido 78,6 milímetros nas últimas 24 horas.
Em Heliópolis, Simone Tebet convoca população a responder ao censo
“Abrir a porta de suas casas para o IBGE é abrir as portas para uma vida melhor”. É o que disse hoje (25) a ministra do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, em lançamento da Favela no Mapa, ação lançada em parceria entre o ministério, a Central Única das Favelas (Cufa), o DataFavela e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que levará os recenseadores a completarem o Censo Demográfico nas favelas brasileiras. “A palavra do dia é parceria para demonstrar a importância que tem as pessoas abrirem a porta de suas casas para o IBGE”, destacou a ministra, no evento em Heliópolis, zona sul da capital paulista. Tebet argumenta que os dados do censo permitem que o Estado saiba as peculiaridades de cada local e decida onde investir de forma correta o dinheiro público. “Tenho um pedido a vocês: abram as portas de suas casas para o @ibgecomunica porque isso significa abrir as portas de sua vida para uma vida melhor”, disse há pouco a ministra @simonetebetbr em Heliópolis, São Paulo. pic.twitter.com/YF9uaBXfCF — Ministério do Planejamento e Orçamento (@MinPlanejamento) March 25, 2023 Segundo os dados do IBGE, em todo o Brasil o índice de ausência de resposta aos recenseadores é de 6%.Enquanto isso, no estado de São Paulo essa taxa é de 11,5%. Nos aglomerados, como favelas, comunidades, grotas (ASGN), a ausência de resposta chega a 8,1% no Brasil e a 16,3% em São Paulo. Em todo o país há 11.403 AGSN e boa parte dos moradores já foi recenseada dentro do prazo regulamentar do Censo 2022, que começou em agosto do ano passado e foi concluído em 28 de fevereiro deste ano. A operação Favela no Mapa representa um esforço concentrado do IBGE nas maiores comunidades das 26 capitais e do Distrito Federal para percorrer as áreas que ficaram sem coleta. Parceria A parceria com a Cufa e o Data Favela ajudará a abrir portas para o censo nessa missão. Nesses locais, além de ausência e recusa, há outros problemas como omissão de domicílios (de fundos ou na laje) e dificuldades de acesso e circulação. Segundo o fundador do Data Favela, Renato Meirelles, muitos moradores de favelas não respondem ao censo por terem medo de perder seus benefícios sociais ao responder os dados. Entretanto, ele esclarece que essas informações são sigilosas. Meirelles destaca a importância de que todos os brasileiros entendam que estamos vivendo a era de políticas públicas baseadas em evidências, o que significa que os dados do censo são fundamentais para garantir que as políticas públicas cheguem onde mais precisam. “E onde mais precisam chegar é na favela. Não dá para a favela ficar subrepresentada no censo. Nossa meta é muito clara. Essa parceria mostra na prática e simbolicamente que o censo é um desafio de toda a sociedade brasileira”. A presidente da Cufa Nacional, Kalyne Lima, afirmou que a ação pode ampliar o alcance do IBGE em territórios mais vulneráveis, como as comunidades. “Nosso papel está sendo o de promover uma mobilização, ajudar os recenseadores a chegar nessas residências, convencer as pessoas a passarem seus dados sem medo e sem acreditar nos boatos negativos. Responder ao IBGE é entrar no mapa da política pública que precisa assistir justamente este território”. De acordo com o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, 150 recenseadores trabalham na ação deste sábado para chegar aos cerca de 15% dos domicílios que faltam para serem entrevistados em todo o país. “Se cada um fizer 14 entrevistas em cada dia desse fim de semana, fechamos o censo amanhã. É um trabalho possível de ser feito, mas só conseguimos porque temos o apoio da Cufa, do Data Favela e da população”, disse. A recenseadora Leleane Luperine da Silveira ressaltou a importância de participar do projeto atendendo a maioria das pessoas, mas também lembrou que grande parte dos moradores não atendem os funcionários do IBGE. “As pessoas dizem que não têm tempo, que não querem responder e que não há motivo para participar da pesquisa. Faltava fazer um trabalho de formiguinha para explicar para as pessoas que a pesquisa é para ajudar a comunidade”. Fonte
Mulheres do Movimento sem Terra ocupam fazenda em Goiás
Mais de 600 Famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda São Lukas, no município de Hidrolândia, em Goiás, na madrugada de hoje (25). Em nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) informou que a ação foi realizada por mulheres ligadas ao movimento e faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que ocorre em todo país durante o mês de março. A finalidade é que a propriedade seja destinada para reforma agrária. Segundo o MST, a área ocupada integra o patrimônio da União desde 2016. No entanto, antes, a propriedade pertencia a um grupo criminoso, condenado, em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas. O movimento cita dados da Polícia Federal (PF), de que a quadrilha era composta a época por 18 pessoas e utilizava o local para aprisionar dezenas de mulheres, muitas delas adolescentes, que posteriormente eram traficadas para a Suíça e submetidas à exploração sexual. O esquema foi mantido por três anos e as vítimas eram, principalmente, mulheres goianas de origem humilde das cidades de Anápolis, Goiânia e Trindade. Segundo a PF, a própria fazenda foi adquirida com dinheiro oriundo do tráfico humano. Integrantes da quadrilha chegaram a estar na lista de Difusão Vermelha da Interpol para foragidos internacionais. “Com a nossa Jornada, denunciamos o crescimento da violência contra as mulheres do campo e esta área representa o grau de violência que sofremos”, explicou em nota Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST. Além da denúncia contra a exploração sexual das mulheres e adolescentes, a ocupação também busca que a terra cumpra sua função social. “Exigimos que esta área, que antes era usada para violentar mulheres, seja destinada para o assentamento destas famílias, para que possamos produzir alimentos saudáveis e combater a violência”, avaliou Patrícia Cristiane. Feminicídio Entre os anos de 2019 e 2022 os casos de feminicídio cresceram 121,4% em Goiás. No ano passado, foram registrados 322 casos de estupro e mais de 15 mil ameaças contra mulheres no estado. Em todo país, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) estima que apenas 8,5% dos casos de estupro não chegaram ao conhecimento da polícia. Fonte
Conselho tem até 5 de abril para decidir sobre trigo transgênico
O Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), presidido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, tem até o dia 5 de abril para decidir sobre o plantio no Brasil de trigo transgênico. O plantio foi aprovado no dia 1º de março pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União do dia 7 deste mês. A partir daí, o CNBS teria prazo de 30 dias para se manifestar a respeito. “Se ele não se manifestar em 30 dias, isso (o plantio) fica liberado”, disse à Agência Brasil o presidente da CTNBio, Paulo Barroso. “Agora, ainda está nesse prazo”. O CNBS recebeu ofício de organizações da sociedade civil pedindo o cancelamento da liberação do cultivo de trigo transgênico HB4 e a importação de farinha de trigo transgênico HB4. O documento é assinado por um coletivo de organizações e movimentos sociais e foi protocolado no dia 20 de março. Ele denuncia violações no processo de aprovação do produto geneticamente modificado, perigos à saúde, ao meio ambiente e à soberania alimentar. O trigo faz parte da base da alimentação da população brasileira. O texto foi encaminhado também ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos. As organizações alegam que a decisão da CTNBio foi tomada sem a realização de debates públicos e análises técnicas. Seca O presidente da CTNBio, Paulo Barroso, lembrou que a farinha de trigo transgênico já está liberada para consumo no Brasil desde 2021. Esse trigo poderia ser produzido na Argentina ou em qualquer outro país e trazido para o Brasil. “O que a gente fez foi uma liberação para plantio no país”. Barroso explicou que a principal característica desse trigo está associada à tolerância à seca, que é um problema grave, decorrente do aquecimento global e das mudanças climáticas. “Então, se houver seca, esse trigo pode contribuir não só para os produtores do Sul, mas para produtores de outros estados brasileiros”. Ele esclareceu que a CTNBio não faz avaliação das características do trigo, se ele é bom nesse sentido agrícola. ”O que a gente faz é uma avaliação da segurança dele em relação ao meio ambiente, à saúde humana e à saúde animal”. Segundo Barroso, foi feita uma avaliação detalhada quanto à farinha, bem como a possibilidade de produção no país. ”E não há nada em relação a esse trigo transgênico que permita acreditar que ele é diferente do trigo convencional. Sob o ponto de vista ambiental e da saúde humana e animal, a gente considerou que ele é similar ao trigo convencional”. Inovação Paulo Barroso afirmou que em um cenário de conflito mundial e de dificuldades na alimentação global, esse trigo poderia ser uma boa alternativa. “Acho que qualquer inovação tecnológica que permita ter maior sustentabilidade no processo de produção é muito bem-vinda”. Segundo Barroso, as instituições estão questionando a utilização de um determinado herbicida ao qual esse trigo também é resistente. Ele é tolerante a um herbicida denominado glufosinato de amônio. O presidente da CTNBio explicou que não está dentro do escopo da instituição autorizar a utilização desse glufosinato de amônio em área total como herbicida em trigo. A competência para isso é do Ministério da Agricultura, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no escopo da Lei dos Agrotóxicos. Segundo Barroso, esse herbicida já vem sendo utilizado pelos agricultores, não no momento do plantio, para controlar plantas daninhas, mas como dessecante, no final do ciclo, já com os grãos de trigo formados, para matar a planta. “Para ser colhida, a planta do trigo precisa estar morta, precisa estar seca”. Os produtores entram então com esse herbicida no final do ciclo, a fim de preparar a planta para ser colhida. Essa autorização já foi dada pelos três órgãos, dentro da Lei dos Agrotóxicos. Barroso deixou claro que não é novidade utilizar esse herbicida na cultura do trigo. “Já é utilizado em larga escala, principalmente nos estados da Região Sul do país”. O CNBS não vai avaliar a questão da segurança, mas outros aspectos em relação à pertinência da tecnologia ao país. “A parte de segurança foi avaliada pela CTNBio. O resultado da avaliação feita foi que o trigo transgênico é tão seguro quanto o convencional, tanto para consumo humano quanto para plantio no país. Embrapa A Embrapa Trigo está fazendo, no momento, avaliações em campo, “com todo rigor normativo”, do material geneticamente modificado. A informação foi dada à Agência Brasil pelo chefe da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski. “A empresa tem um desenho para avaliar em campo esses materiais que têm a introgressão (transferência ou introdução permanente de genes de uma espécie para outra) do gene HB4, que é do girassol”. O objetivo é ver se há tolerância ao estresse hídrico, isto é, se consegue produzir com menos água. Esse trabalho está em andamento para verificar se no ambiente brasileiro se produz esse tipo de resultado. Uma das exigências do estudo é ver se os materiais geneticamente modificados têm equivalência com seus similares. Cinco cultivares da Embrapa Trigo estão sendo avaliados com essa finalidade na região do Cerrado. Lemainski salientou aspectos fundamentais a respeito da segurança de produtos contendo esse gene HB4. O primeiro é que ele está presente no girassol desde o início do consumo dessa planta por seres humanos e animais, sem que nunca houvesse sido relatado um problema de saúde associado. Outra coisa é que “não são encontradas proteínas ou metabólicos que não aqueles naturalmente existentes nas variedades não transgênicas”, garantiu. O chefe da EmbrapaTrigo estimou que vai levar entre três e cinco anos para produzir resultados no ambiente brasileiro. Preocupação Para o agrônomo Leonardo Melgarejo, integrante do Grupo de Trabalho Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (GT ANA), a aprovação do plantio de trigo transgênico no Brasil pela CTNBio não observou as normas em vigor, que sinalizam a necessidade de realização de audiência pública prévia. A segunda questão é que, pela primeira vez, a aprovação coloca para consumo humano um produto geneticamente modificado que vai ter cargas de um herbicida (glufosinato de amônio) “extremamente tóxico, a ponto de causar aberração
Posse | Prefeito Anderson Sousa, presidente da AAM, prestigiou a posse de Rodrigo Sá na direção do Progressistas
O prefeito Anderson Sousa participou na manhã deste sábado (25) da solenidade de posse da nova direção estadual do Progressistas, partido que o mesmo foi reeleito em 2020. O prefeito de Caapiranga, Tico Brás e o prefeito de Barreirinha, Clênio Seixas, acompanharam a posse de Rodrigo Sá junto ao presidente da AAM, Anderson Sousa. O secretário de governo Sérgio Litaiff, representou o governador Wilson Lima e a Deputada Estadual Débora Menezes representou a Assembleia Legislativa. O novo presidente estadual do Progressistas é o delegado e diretor do DETRAN, Rodrigo Sá. Rodrigo assumiu o partido graças a articulação política do governador Wilson Lima com o presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira.
Ataque a autoridades: juíza retira sigilo de decisões sobre suspeitos
A juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, retirou nessa quinta-feira (23) o sigilo de documentos e decisões relacionados à prisão de suspeitos de planejar ataques contra autoridades. A Operação Sequaz teve como objetivo desarticular organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades. Entre os alvos, estariam o senador Sergio Moro (União-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga a atuação da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante a operação, a PF prendeu, pelo menos, nove pessoas. “Considerando a repercussão que o presente caso vem tendo na mídia, autorizo o encaminhamento aos órgãos de imprensa que assim solicitarem, via assessoria de imprensa desta seccional, cópias das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o termo de audiência de custódia realizada ontem, dia 22/03/2023”, escreveu a juíza, ao retirar o sigilo. Segundo nota divulgada pela Justiça Federal do Paraná, a retirada do sigilo do processo foi um pedido do delegado que conduz as investigações, protocolado nos autos às 14h de ontem. “Por cautela, a juíza federal designada para atuar no caso entendeu melhor manter o nível de sigilo 1, por segurança dos investigados e vítimas, autorizando a divulgação apenas das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o termo de audiência de custódia”, explicou a Justiça. Atuação da Polícia Federal Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, com a operação, a Polícia Federal deixou claro que faz um trabalho técnico, sem interferência política. “Hoje, mostramos como atua a Polícia Federal, que não é aparelhada politicamente. Ao contrário do que estão dizendo nesse momento na internet”, afirmou o ministro, ontem (23) Ainda segundo Dino, a PF estava investigando a quadrilha há pelo menos 45 dias, desde que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o avisou de que havia um plano de execução de Moro. Dino acrescentou que foi a própria PF quem decidiu deflagrar a operação nessa quarta-feira. No pedido à Justiça Federal de Curitiba, para autorizar a operação, a PF solicitava a manutenção do “sigilo máximo” dos despachos. Além disso, a polícia continua investigando as razões pelas quais os criminosos tinham Sergio Moro como alvo e como seria o ataque, mas as principais hipóteses são extorsão mediante sequestro, chantagem ou até mesmo assassinato. Debate Nessa quinta-feira (23), ao participar de evento no Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o plano do PCC para executar Moro poderia ser “mais uma armação” do ex-juiz. “Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Acho que é mais uma armação e se for mais uma armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda”, afirmou, durante visita ao Complexo Naval de Itaguaí. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, Moro criticou a fala de Lula. “Quero perguntar ao senhor presidente da República: o senhor não respeita o combate que os agentes da lei, e aqui eu me incluo como ministro da Justiça e antes como juiz, o combate que nós fizemos ao crime organizado?”, disse Moro. Nesta sexta-feira (24), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, questionou a decisão da juíza Gabriela Hardt de retirar o sigilo da operação. “Uma juíza retirar o sigilo de um inquérito sensível e perigoso que ainda está em curso, sem combinar com a PF que está no comando da investigação ajuda no que? Tudo isso para ajudar a narrativa de um amigo? Vocês acham normal? Não se indignam?”, escreveu Pimenta nas redes sociais. Gabriela Hardt substituiu Sergio Moro em 2018, quando ele pediu exoneração da 13ª Vara Federal de Curitiba para assumir o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Ela assumiu a Operação Lava Jato, na época, e foi responsável pela sentença que condenou Lula, em 2019. Source link
Lula adia viagem à China por orientações médicas
Por orientações médicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje (25) que não vai mais viajar para a China neste fim de semana. O adiamento já foi comunicado às autoridades chinesas “com a reiteração do desejo de marcar a visita em nova data”. Lula fez exames nesta quinta-feira (23) no Hospital Sírio Libanes, em Brasília, onde teve diagnóstico de broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A e iniciou tratamento. Segundo nota assinada pela médica Ana Helena Germoglio, apesar da melhora clínica, o serviço médico da Presidência da República recomenda o adiamento da viagem para China até que se encerre o ciclo de transmissão viral. A viagem já havia sido adiada deste sábado para o domingo, mas agora, não tem data para ocorrer. O presidente Lula viajaria amanhã (26) para a China em busca da ampliação das relações comerciais entre os dois países. Na comitiva, estariam centenas de empresários, além de governadores, senadores, deputados e ministros. Com o cancelamento da ida de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad também não irá ao país asiático neste momento. Source link
IBGE se une a órgãos públicos e sociedade civil para concluir Censo
A prefeitura do Rio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa) trabalham em parceria para finalizar o Censo Demográfico 2022 nas favelas cariocas. Neste sábado (25), equipes desses órgãos participam na comunidade da Rocinha, na zona sul, e no Complexo da Penha, na zona norte, da ação Favela no Mapa para incentivar a população a responder à pesquisa e esclarecer dúvidas sobre o processo, que está na fase final da coleta de dados. O Instituto Pereira Passos, órgão da prefeitura, tem parceria antiga com o IBGE em comunidades do Rio. “Com nossa experiência em programas como Territórios Sociais, que atuam diariamente nessas localidades, formamos recenseadores comunitários especializados no território carioca. Também podemos apoiar o IBGE com uma rede de conhecimentos locais institucionais muito potentes”, diz o presidente do Instituto Pereira Passos, Carlos Krykhtine. Para o presidente do IBGE, Cimar Azeredo, “a ação conjunta é demonstração de que o instituto não mede esforços nem recursos em busca de parcerias públicas ou privadas capazes de somar para o Censo, o Brasil, os brasileiros. Estamos fazendo um trabalho inédito na história dos censos, em que pesem todos os desafios e dificuldades que enfrentamos e que não nos fizeram recuar”, afirma. Na zona norte, a ação ocorre desde as 10h, na Praça São Lucas, no Complexo da Penha. Na zona sul, é possível encontrar o estande na Saída B do metrô de São Conrado, próximo à Rocinha. “Os dados do censo são fundamentais e funcionam como indicadores para direcionar políticas públicas e balizar a tomada de decisão dos gestores. Por isso é tão importante que todos os domicílios da Rocinha façam parte do cadastramento e estamos nessa força tarefa para mobilizar toda a população”, explica o subprefeito da zona sul, Flávio Valle. A parceria com a Cufa Brasil e o Data Favela ajudará a abrir portas para o Censo, na missão de avançar com a coleta de dados nas comunidades de todo o país. Nesses locais, além de ausência e recusa, há outros problemas como a omissão de domicílios (de fundos ou na laje) e dificuldades de acesso e circulação. “A iniciativa garante a visibilidade das comunidades. O Censo, como a principal pesquisa do Brasil, é fundamental para políticas públicas baseadas em evidências. Com a parceria Favela no Mapa, ganha a sociedade, ganha a economia, ganha o Brasil”, afirma Renato Meirelles, fundador do Data Favela. Depois de adiado por dois anos devido à pandemia de covid-19 e à falta de verba, o Censo de 2022 já ouviu 91% dos domicílios brasileiros, mas o desafio é concluir a coleta de dados a tempo de iniciar a divulgação prevista para abril ou maio. Segundo levantamento do Data Favela, um contingente entre 16 milhões e 18 milhões de brasileiros, que equivaleria ao terceiro ou quarto estado do país, mora em favelas e comunidades e que nem sempre são acessíveis aos recenseadores. Com a atuação de uma ampla rede de lideranças da Cufa e do Data Favela, o IBGE vai ampliar o acesso a uma população que, muitas vezes, não é facilmente acessada pelos agentes do IBGE. – seja pelo fato de a maior parte dos habitantes dessas comunidades passar grande parte do dia trabalhando fora, pelas dificuldades em encontrar domicílios devido à densidade de moradias e à ausência de endereçamento ou ainda pelos recenseadores serem recebidos por pessoas que, algumas vezes, preferem não prestar informações. A presidente da Cufa, Kalyne Lima, disse que agora as portas das comunidades serão abertas pela rede de lideranças e ativistas sociais, que vivem, de dentro, a realidade desses lugares. “A Cufa está em quase todas as favelas do Brasil e entendemos que essa parceria é fundamental para facilitar o acesso do IBGE e conferir visibilidade às informações relativas aos moradores, inserindo-os, de fato, no mapa do Brasil para construções de futuras políticas públicas voltadas para a territórios”. Além das ações do fim de semana, a prefeitura do Rio também está atuando no trabalho diário do Censo 2022. O Instituto Pereira Passos disponibilizou agentes do programa municipal Territórios Sociais, moradores dessas comunidades, para auxiliarem na busca. O principal objetivo é encontrar pessoas que estavam ausentes no momento da primeira visita ou que se recusaram a responder o questionário. Ex-agentes municipais do programa, com experiência em pesquisas domiciliares nos dez maiores complexos de favelas da cidade, foram contratados pelo IBGE como recenseadores. A Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher participa da ação, ajudando na divulgação das informações a partir do contato com as lideranças comunitárias e afixando os materiais do IBGE nos equipamentos das Salas Mulher Cidadã e das casas da Mulher Carioca. A equipe do projeto Pacto pela Juventude, da Secretaria Especial da Juventude Carioca, vai mobilizar os jovens dos núcleos Rocinha e Maré para sensibilizar a população sobre a importância do Censo. Fonte
Museu Virtual Rio Memórias ganha novas galerias terça-feira
O Museu Virtual Rio Memórias ganha, na próxima terça-feira (28), mais três galerias que se somarão às 12 já existentes. As 15 galerias contam a história do Rio. O evento será realizado no Renascença Clube, no Andaraí, zona norte carioca, durante roda de samba capitaneada pelo historiador e sambista Marquinho China. A inclusão de novas galerias ocorre anualmente no museu, que pode ser acessado neste endereço. A pesquisa é feita de forma contínua por especialistas vinculados às maiores universidades do país. O evento de lançamento das galerias é gratuito, mediante retirada de ingresso no Sympla. Em entrevista para a Agência Brasil, a idealizadora do Rio Memória, Livia Sá Baião, explicou que cada uma das novas galerias foi feita por um curador especialista no assunto. Assim, a Galeria das Artes, por exemplo, foi feita por Frederico Coelho, que escolheu personagens, eventos e momentos inesquecíveis da cidade e, também, os raramente lembrados, desde o período colonial. “Ele foi curador do Museu de Arte Moderna (MAM), tem uma visão especial e fez um recorte muito bacana e quase cronológico. Mas tem a importância não só dos artistas cariocas, mas de todos os movimentos de arte que nasceram no Rio de Janeiro, os espaços que são fundamentais aqui e que reverberaram por todo o Brasil”, disse Livia. Charges Para preencher as seis salas online da Galeria das Artes, o curador Frederico reuniu charges e capas de revistas ilustradas, como a Fon-Fon e a Careta. Ele revisitou a fundação do Museu de Arte Moderna (MAM) e do Ateliê do Engenho de Dentro, da psiquiatra Nise da Silveira, e abordou as modernas formas de se expressar visualmente, entre elas a fotografia, as instalações, os happenings (forma de expressão com característica de artes cênicas) e as performances (apresentações de arte em público). Em destaque, exposições, debates e espaços que marcaram a vida cultural do Rio, como as famosas exposições Opinião 65 e Nova Objetividade Brasileira e a relação do artista plástico Hélio Oiticica com a escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Frederico é doutor em literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC), além de historiador, ensaísta, pesquisador e professor. Atualmente, é diretor do Museu Universitário Solar Grandjean de Montigny. A Galeria Rio Suburbano tem como curador Rafael Mattoso, mestre em história comparada pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ppghc/UFRJ). Ele é professor do Curso de Licenciatura em História do Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz e da Secretaria de Estado e Educação do Rio de Janeiro. É também organizador dos Diálogos Suburbanos e do Viradão Cultural Suburbano. Segundo explicou Livia Sá Baião, Mattoso morou a vida inteira no subúrbio e “tem várias iniciativas para valorizar a história do subúrbio. O que o subúrbio tem e o que explica o seu gostinho especial, que é muito carioca”. Nas cinco salas virtuais da galeria, Rafael Mattoso reuniu memórias que revelam as miudezas da vida suburbana, como correr atrás dos doces de Cosme e Damião, soltar pipa nas ruas e nas lajes e se apropriar da calçada ou das vias públicas para comemorar alguma data importante. Rio Operário Já a Galeria Rio Operário oferece um panorama da vida, do trabalho e das lutas dos operários do Rio, principalmente dos trabalhadores das fábricas de tecidos, como Bangu, Bhering e Confiança que, desde o final do século 19 até a década de 1930, formaram bairros e influenciaram os modos de vida do carioca. As fábricas chegaram a ser tema de músicas, como o samba Três Apitos, de Noel Rosa. Esse mundo do trabalho promoveu, de certa forma, a modernização da cidade. Museu Virtual destaca o Rio Operário. Foto: Rio Memórias/Divulgação O curador é Antonio Edmilson Rodrigues, historiador, professor associado da PUC Rio e professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Lívia Baião disse que o conteúdo das sete salas da galeria online tem um sabor especial porque os textos foram desenvolvidos por alunos de Rodrigues na PUC Rio. A galeria conta toda a história que vem das fábricas, mesclando com a história do futebol, que começou na Fábrica Bangu, com o lazer dos operários. “A gente fala também da questão de gênero, da situação das mulheres e de questões raciais e sociais. Tem todo um universo do operariado, do trabalho, nesse mundo de fábricas que foi superimportante na construção da identidade da cidade”, frisou Livia. Na sala Greves, por exemplo, foram abordadas as lutas operárias, desde o século 19, rememorando a paralisação de trabalhadores escravizados da Real Fábrica de Pólvora, no Jardim Botânico, no final dos anos de 1820, que se uniram aos trabalhadores livres para reivindicar melhorias nas condições oferecidas, incluindo diárias e alimentação. É citada também a paralisação dos tipógrafos em 1858, considerada o marco das greves no Rio de Janeiro, até chegar aos grandes movimentos grevistas do século 20. Conjunto Habitacional do IAPI, em Del Castilho. Foto: Rio Memórias/Divulgação Novo olhar As galerias do Museu Virtual Rio Memórias nasceram aos poucos, desde a inauguração do museu digital, em agosto de 2019. Com mais de 180 mil visitantes, o site tem uma média de acessos de 15 mil pessoas por mês sendo que, agora em março, já foram anotados 17 mil acessos. Tudo isso está disponível para o público no celular, tablet ou computador, em diversos formatos e de forma gratuita. Livia afirmou, também, que cada galeria traz um novo olhar sobre o Rio, ao mesmo tempo em que revela narrativas e perspectivas pouco conhecidas, contribuindo para a missão de divulgar e valorizar a história da cidade. “Só conhecendo o passado podemos dar conta do nosso futuro, refletindo sobre a cidade que queremos ter daqui a dez ou 15 anos e engajando cada cidadão no cuidado com o rico e diversificado patrimônio material e imaterial carioca”, analisou. No evento de lançamento das novas galerias, Marquinho China cantará obras-primas do gênero musical mais suburbano que existe, como Apoteose do samba (Silas de Oliveira), Sou mais o
Cristo Redentor apaga luzes em campanha pela conservação da natureza
O Cristo Redentor ficará às escuras neste sábado (25) por uma hora, entre as 20h30 e as 21h30, em apoio à Hora do Planeta 2023. A iniciativa é da organização não governamental (ONG) WWF para chamar a atenção sobre a emergência das crises do clima e da biodiversidade. Em todo o mundo, a ONG convida indivíduos, comunidades e empresas para dedicar Uma Hora ao Planeta e ajudar a acumular o maior número possível de ações. A WWF Brasil é uma organização da sociedade civil que trabalha em defesa da vida e faz parte de uma rede internacional comprometida com a conservação da natureza. O Cristo Redentor participa da iniciativa, que visa criar, neste ano, a maior campanha ambiental popular do mundo. O momento é celebrado todos os anos por milhões de pessoas em todos os países, servindo como poderoso alerta sobre a importância do planeta, a necessidade de protegê-lo e o pouco tempo que temos para fazer isso. “O Cristo Redentor convida todos a refletir sobre o que têm feito pelo meio ambiente, pela sociedade, pelo desenvolvimento sustentável e terá as luzes apagadas por uma hora nesta noite”, destaca o reitor do Cristo Redentor, Padre Omar. No Brasil, qualquer pessoa pode participar da iniciativa e dedicar seu tempo à mobilização global. Para isso, basta cadastrar uma atividade no site da Hora do Planeta. “O nosso convite é para que as pessoas se organizem em suas comunidades e dediquem esses 60 minutos ao meio ambiente. Vale pensar em atividades presenciais ou online, individuais ou em grupo. O objetivo é mostrar que fazemos parte de um esforço global para chamar a atenção sobre a urgência de medidas para barrar a crise climática e reverter a queda da biodiversidade, que já afeta a vida de pessoas em todo o mundo”, diz Giselli Cavalcanti, analista de engajamento da WWF-Brasil. A proposta este ano é acumular mais de 60 mil horas – o equivalente a sete anos de ação em apenas uma hora – a fim de ajudar a manter o ímpeto necessário para alcançar um mundo positivo para a natureza e as pessoas até 2030, daqui a apenas sete anos, e criar a maior Hora do Planeta. O Banco de Horas pelo Planeta já recebeu promessas de contribuição equivalentes a quase 52 mil horas, de pessoas de 137 países, incluindo Argentina, Colômbia, Suriname, Arábia Saudita, Camboja, Bulgária, França, Jamaica, Índia, Nepal, Romênia, China, Coreia do Sul e Bulgária. No Brasil, já foram cadastradas mais de 420 ações, entre elas atividades presenciais e virtuais de grupos locais dos Escoteiros nas cinco regiões, participação de empresas e ações em família. Escolas em todo o país planejam ações como a avaliação da pegada ecológica, mutirão de coleta de recicláveis e de conscientização sobre consumo de água e energia, entre outras. “A Hora do Planeta tem sido uma das campanhas globais de conscientização pública sobre a crise da natureza mais bem-sucedidas nos últimos 17 anos, com desligamentos de monumentos reconhecidos globalmente, como a Torre Eiffel, na França, a Ópera de Sydney, na Austrália, e o monumento ao Cristo Redentor, no Brasil”, afirma Yves Calmette, diretor de comunicação de marca da Rede WWF Internacional e diretor global da Campanha Hora do Planeta. “Neste ano, queremos persuadir milhões de pessoas a mais a celebrar o planeta e desligar de maneira diferente. O ano de 2023 deve ser de mudança para alcançarmos metas positivas para a natureza, e precisamos que todos ajudem a acumular o maior número possível de horas. A Hora do Planeta é um movimento do qual todos podem fazer parte”, acrescentou Calmette. Iniciativa Nascida em Sydney, na Austrália, em 2007, a Hora do Planeta cresceu e se tornou o maior movimento de base do mundo pelo meio ambiente, inspirando indivíduos, comunidades, empresas e organizações em mais de 190 países e territórios a realizar ações ambientais concretas. Historicamente, a Hora do Planeta se concentrou na crise climática e, mais recentemente, se esforçou para trazer à tona a questão premente da perda da natureza. O objetivo é criar um movimento imparável pela natureza, como ocorreu quando o mundo se uniu para enfrentar as mudanças climáticas. Fonte