Quadrilha suspeita de matar cabo da PM é presa em Manaus
Na tarde de segunda-feira, os policiais da Força Tática e da Secretaria Executiva Adjunta de Operações Integradas (SEAOP) prenderam cinco homens suspeitos de participarem do assassinato do cabo da PM, Isaías Filho. O crime ocorreu em maio de 2022. De acordo com informações, as autoridades foram acionadas por uma denúncia anônima que informava que dois criminosos estavam fortemente armados em uma boca de fumo localizada no bairro Tarumã, na zona Oeste de Manaus. Ao se deslocarem até o local informado, avistaram a dupla correndo e iniciou-se uma perseguição. Os dois meliantes acabaram entrando na casa onde acontecia a reunião do tráfico e neste momento os policiais invadiram e prenderam, além da dupla, mais três outros criminosos. Com os rapazes foram apreendidas armas, drogas, dois rádios comunicadores, balança de precisão e vários celulares. Todos os elementos foram levados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e ficarão a disposição da justiça. Todos são suspeitos de participarem da morte do cabo Isaías Filho, justamente por comandarem o tráfico daquela área, que é a mesma onde o PM foi morto. Fonte
Museu Nacional integra estudo sobre 73 unidades de história natural
O paleontólogo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é um dos cientistas que realizaram estudo sobre as coleções de 73 museus de história natural de todo o mundo. O levantamento das coleções mundiais de história natural foi publicado, na última quarta-feira (22), na revista internacional Science. Outros dois pesquisadores do Museu Nacional participaram do trabalho: a diretora adjunta de coleções, Cristiana Serejo, do Departamento de Invertebrados, e o chefe do Departamento de Vertebrados, Paulo Passos. O estudo registrou informações sobre 1,1 bilhão de peças reunidas por 4.500 pesquisadores e mais de quatro mil voluntários. Os dados iniciais referentes à Global Collections podem ser acessados na plataforma Zenodo. O trabalho foi organizado pelo paleontólogo Kirk Johnson, do Smithsonian National Museum of Natural History, e pelo ornitólogo Ian Owens, da Cornell University, com financiamento do Smithsonian Museum, do Museu de História Natural de Londres e do Museu Americano de História Natural. Em entrevista à Agência Brasil, Alexander Kellner informou que, antes do Museu Nacional sofrer o incêndio que quase o destruiu totalmente, em 2018, já havia a ideia de se fazer um grande catálogo de história natural em nível mundial. “Porque nós temos muita informação e essa informação, às vezes, fica perdida. Às vezes, também, eu tenho uma informação que outro museu está precisando e ele não sabe que eu tenho”. Destacou, a seguir, que há problemas que afetam todos os museus no planeta, como a questão da preservação dos ambientes e a biodiversidade. Linguagem comum Acentuou que, muitas vezes, políticas públicas podem funcionar para uma região, mas não para outras. “E se você quer fazer uma coisa mais geral, tem que entender exatamente como está a questão da informação sobre biodiversidade em todos os países, em todas as regiões”, disse. Capitaneados por Kirk Johnson, os cientistas pretendiam reunir os principais museus de história natural no mundo, visando ter dados gerais que possam ser utilizados por todos. O levantamento das informações não é tarefa simples, porque é necessário ter uma linguagem comum, explicou Kellner. “Tem todo um trabalho de refinamento que envolveu bastante tempo entre as instituições para que a gente pudesse falar a mesma língua. Isso foi alcançado agora,” garantiu. O diretor do Museu Nacional comentou que a iniciativa não termina em si mesma, mas marca o início da tarefa e deve servir de inspiração para que se possa avançar e envolver ainda mais museus pelo mundo. No levantamento, há predominância dos museus europeus, em detrimento dos museus da América do Sul e da África, por exemplo. “Isso tem que mudar” opinou. A maioria das instituições encontra-se no hemisfério norte, na Europa e nos Estados Unidos, como importantes museus e centros de pesquisa no Brasil, México e Austrália, principalmente. Os contatos com o Museu Nacional foram feitos em torno de 2017, mas o grupo internacional de cientistas já estava trabalhando desde 2016. Dever de casa Kellner disse que, no caso do Museu Nacional, a ideia é fazer o seu próprio dever de casa, uma vez que as informações disponíveis da instituição não eram as mais completas. “Foi um aprendizado para a gente”, confessou. O próximo passo será a digitalização das coleções para disponibilizar os dados. O diretor está em busca de financiamento para a tarefa. Ele dispõe de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), mas afiançou que está procurando mais verbas para expandir a tarefa. “Como a gente atrai outros parceiros? É mostrando o que a gente faz, convidando-os a participar e tentando, de alguma forma, prestar auxílio para que eles possam também fazer esse trabalho. É preciso entender que muitos museus, lamentavelmente, não têm nem gerente de coleções. Há uma conscientização de que esse trabalho ajuda nessa linha e a gente tem que promover no nosso país e nas demais nações em desenvolvimento. É necessário cuidar das coleções que temos. Isso é fundamental e requer recursos” assegurou. A segunda etapa do estudo já começou e consiste em detalhar mais os dados compilados, atuando também na digitalização das coleções. Riscos As coleções de história natural correm inúmeros riscos. Por isso, os pesquisadores sentiram a necessidade de digitalizar e reunir informações sobre importantes instituições em uma plataforma de dados universal. Na Global Collections, eles listaram alguns dos riscos que os museus e seus acervos têm sofrido, entre os quais os incêndios que destruíram parte do acervo do Museu Nacional do Rio e em Nova Délhi, na Índia, e o míssil que atingiu o Herbário Nacional da Ucrânia, em outubro do ano passado. Os pesquisadores citaram também a falta de investimentos em infraestrutura e pesquisa como uma ameaça aos itens expostos. Apesar do número significativo de objetos reunidos nas coleções, elas representam apenas 16% do total, pois esse percentual é o que está digitalizado pelos museus. As peças utilizadas no estudo publicado na revista Science foram divididas em 19 tipos de coleções, como botânica, entomologia e antropologia e por 16 regiões geográficas, sendo nove terrestres e sete marinhas. Os pesquisadores disseram, também, que poucas ações foram realizadas nas regiões mais remotas do planeta, sendo 3% no Ártico e 6% na Antártida, esta última estudada também por técnicos do Museu Nacional. A lista completa das instituições e autores participantes pode ser encontrada aqui. Kellner viajou para a Alemanha, onde participará de reuniões para avançar os trabalhos de recuperação do Museu Nacional do Rio, iniciados nos últimos anos, “ainda mais esperados com a visita da comitiva presidencial” na semana passada, finalizou. Fonte
Acionistas minoritários indicam candidatos a conselhos da Petrobras
Os acionistas minoritários da Petrobras indicaram seis candidatos para concorrer às vagas nos conselhos de Administração e Fiscal da estatal. A eleição dos oito membros do Conselho de Administração e dos cinco integrantes do Conselho Fiscal será realizada na Assembleia Geral Ordinária marcada para o dia 27 de abril. Para o Conselho de Administração, foram indicados pelos acionistas minoritárias ordinaristas os nomes de José João Abdalla Filho, considerado um dos maiores investidores individuais da B3 (Bolsa de São Paulo), e Marcelo Gasparino da Silva, gestor de fundos de ações. Para o Conselho Fiscal, os ordinaristas indicaram a advogada Michele da Silva Gonsales Torres como titular e o contabilista Aloisio Macário Ferreira da Silva como suplente. Os acionistas minoritários preferencialistas indicaram para o Conselho Fiscal, por sua vez, o advogado João Vicente Machado como titular, e a especialista em marketing e planejamento estratégico Rochana Grossi Freire como suplente. De acordo com o estatuto da Petrobras, os ordinaristas têm direito a uma vaga e os preferencialistas a outra no Conselho Fiscal. A União, que é acionista majoritária na Petrobras, já havia encaminhado suas indicações aos dois conselhos. Fonte
Ucrânia abate 14 drones em novo ataque russo
As forças de defesa ucranianas afirmam que abateram pelo menos 14 drones fabricados no Irã, durante mais um ataque russo na Ucrânia, na madrugada desta terça-feira (28). O país também confirmou ter recebido os primeiros tanques de combate enviados pelos aliados. As autoridades ucranianas confirmaram, nesta manhã, que a Rússia lançou 15 drones, sendo que 12 foram abatidos na região de Kiev. Do total de dispositivos lançados contra todo o território, 14 foram interceptados pelas forças ucranianas. “Durante a noite, o inimigo lançou 15 drones para realizar ataques aéreos. Catorze deles foram destruídos pelos nossos militares”, informaram as forças armadas ucranianas na rede social Facebook. Só nas redondezas da capital ucraniana, as forças de defesa antiaérea “localizaram e destruíram 12 drones do tipo Shahed”. O presidente da câmara de Kiev, Vitalii Klychko, disse nas redes sociais que foram ouvidas várias explosões na capital. Outros três aparelhos tinham como direção a província de Dnipropetrovsk, no centro do país. Dois destes foram destruídos pela defesa aérea ucraniana, enquanto o terceiro alcançou as instalações de uma empresa privada, provocando um incêndio que não causou vítimas, disse a administração militar da região. A Rússia tem atacado com drones Shahed infraestruturas críticas ucranianas, em especial a rede elétrica. “A probabilidade de ocorrerem novos ataques aéreos e com mísseis continua alta em toda a Ucrânia”, comunicou o Estado-Maior em relatório. Durante os ataques das últimas horas, foram destruídos um centro cultural e um parque infantil, além de cinco habitações em Sumy. Devido à doação de sistemas de defesa aérea pelos aliados, a Ucrânia tem conseguido interceptar a maioria dos drones nestes ataques, evitando danos no sistema elétrico. No entanto, especialistas alertaram que a Rússia também pode usar esses aparelhos não tripulados, de custo relativamente baixo, para forçar a Ucrânia a gastar equipamento muito mais caro para interceptá-los e derrubá-los. Tanques Leopard 2 Os tão aguardados tanques alemães Leopard 2 já estão a caminho da Ucrânia. De acordo com o Ministério da Defesa da Alemanha, 18 tanques foram enviados nesta semana, depois de as forças ucranianas já receberam treinamento para pilotá-los. O ministro Boris Pistorius disse ter a certeza de que os tanques podem ter uma “contribuição decisiva” na linha de frente da guerra. Os tanques Challenger 2 do Reino Unido também já chegaram ao território ucraniano. “Foi um prazer dar uma volta no primeiro Challenger 2 MBT ucraniano”, escreveu no Twitter o ministro da Defesa da Ucrânia. “Estas máquinas fantásticas vão começar logo as suas missões de combate”. *É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte
STF debate retirada de conteúdos ofensivos da internet
O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta terça-feira (28) uma audiência pública para discutir as regras do Marco Civil da Internet. O debate foi convocado pelos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, relatores de ações que tratam da responsabilidade de provedores na remoção de conteúdos com desinformação, disseminação de discurso de ódio de forma extrajudicial, sem determinação expressa pela Justiça. Durante a audiência, a Corte vai ouvir especialistas e representantes do setor público e da sociedade civil para obter informações técnicas, econômicas e jurídicas antes de julgar a questão. Os debates serão abertos às 9h e contarão com a exposição de representantes das empresas que operam as redes sociais, como Google e Facebook, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. Representantes de Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também participarão da discussão. Ações No processo relatado pelo ministro Fux, o STF vai discutir se uma empresa que hospeda site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los ao ar sem intervenção judicial. No caso da ação relatada por Dias Toffoli, o tribunal vai julgar a constitucionalidade da regra do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. A audiência seria realizada em 2020, mas, em função das restrições provocadas pela pandemia de covid-19, foi adiada. Fonte
Caixa paga novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7
A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (28) a parcela do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 7. Essa é a primeira parcela com o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 669,93. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,1 milhões de famílias, com gasto de R$ 14 bilhões. Com a revisão do cadastro, que eliminou principalmente famílias constituídas de uma única pessoa, 1,48 milhão de beneficiários foram excluídos do Bolsa Família e 694,2 mil famílias incluídas, das quais 335,7 mil com crianças de até 6 anos. Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício. O pagamento do adicional de R$ 150 só começou neste mês, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos. No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário pode consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco. Calendário do Bolsa Família, por Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Auxílio Gás Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias inscritas no CadÚnico. Como o benefício só é concedido a cada dois meses, o pagamento voltará em abril. Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica. Fonte
Suprema Corte julga responsabilidade por vítimas de balas perdidas
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve nesta terça-feira (28) um recurso que pretende garantir que o estado do Rio de Janeiro seja responsabilizado pelo disparo de balas perdidas durante operações policiais. A sessão está prevista para começar às 14h. A questão trata especificamente do caso de menino Luiz Felipe Rangel Bento, de 3 anos, baleado na cabeça enquanto dormia em casa, no Morro da Quitanda, zona norte do Rio, em 2014. No recurso, a família do menino tenta derrubar a decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) que negou pedido de indenização por entender que não há como responsabilizar a administração pública pela morte do garoto. De acordo com a decisão, não há provas de que a bala saiu de uma arma da polícia, e o Estado não poderia ser responsabilizado pelo resultado de um tiroteio entre policiais e criminosos. O caso começou a ser analisado pelo colegiado em fevereiro deste ano. Na ocasião, o ministro Edson Fachin votou para suspender o julgamento do caso enquanto aguardava definição da questão em outro processo mais abrangente, cujo resultado valeria para todos os casos semelhantes. Em seguida, Gilmar Mendes se posicionou favorável ao recurso, e Nunes Marques, relator do caso, pediu o adiamento da conclusão. André Mendonça não votou. Em 2020, o relator proferiu uma decisão individual e votou contra a responsabilização por entender que o Estado não pode garantir proteção integral. A discussão mais ampla sobre a questão e que terá aplicação a todos os casos semelhantes que estão em tramitação no Judiciário ainda não tem data para ser julgada. No processo, será definido pelo Supremo a possibilidade de condenação do Poder Público a pagar indenização por danos morais e materiais por morte da vítima de disparo de arma de fogo nos casos em que a perícia for inconclusiva sobre a origem da bala. Fonte