Rio ganha almanaque que debate profissões do futuro
Distribuído gratuitamente em escolas da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação e da organização não governamental (ONG) Parceiros da Educação, o Almanaque Profissões do Futuro estará disponível também nas livrarias. O lançamento será neste sábado (1º), às 16h30, na Livraria da Travessa, em Botafogo, no Rio. Com ilustrações em todas as páginas, a publicação é um convite ao jovem leitor a se imaginar no futuro e a começar a pensar qual será o papel de cada um no mundo. A distribuição foi feita, em grande parte, para escolas das zonas norte e oeste da cidade, tendo como meta formar mais leitores nessas áreas menos favorecidas em relação à zona sul do Rio. A informação foi dada à Agência Brasil pela coordenadora do projeto, Daniela Chindler, ganhadora do prêmio Malba Tahan de melhor livro informativo do ano para crianças e jovens, conferido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), com o título “Bibliotecas do Mundo”. Visando a democratização do acesso, o almanaque ficará disponível durante dois meses, gratuitamente, no site. A publicação infantojuvenil foi escrita por Daniela e Flávia Rocha com outros dois redatores (Martina Rangel e Vinícius Zavalis) e contou com a participação de oito ilustradores de várias partes do país, de gêneros e formações diferentes. O livro conscientiza sobre as profissões que se transformam acompanhando as mudanças na sociedade e as inovações tecnológicas. Teve patrocínio da lei de Incentivo à Cultura da prefeitura do Rio, conhecida como Lei do ISS. Volta ao passado “Foi uma opção nossa voltar ao passado e começar explicando o que é trabalho, o que é profissão, o que é salário. Quando iniciamos o trabalho, questionamos se estava claro para as novas gerações o que é trabalho e o que é hobby, quando isso deixa de ser um prazer, uma brincadeira ou uma atividade feita quando você está em casa, e se transforma em uma fonte de renda e uma opção de vida”, disse Daniela. Para entrar no universo que tem cara de futuro, mas que já está acontecendo, a equipe optou por visitar o passado e traçar um paralelo com as coisas que deverão acontecer mais adiante. Algumas novas profissões descobertas são piloto de game de avião, estilista de roupas virtuais para games e arquiteto de realidade virtual, que faz cenários para shows na internet e para jogos virtuais, por exemplo. Os redatores investigaram, no passado, desde o primeiro trabalho do homem, a culinária para cozinhar alimentos, para depois mergulhar no presente e vislumbrar tendências. “Tem um lugar para onde se caminha que é um lugar de análise das tendências. Em cima disso, pode-se conversar sobre caminhos possíveis de acontecer no futuro e os jovens de hoje podem refletir sobre o que eles querem fazer de trabalho”, disse Daniela. Ela lembrou que o trabalho ocupa cerca de 75% do dia e o ideal é que ele garanta o sustento para se viver mas, ao mesmo tempo, gere prazer e felicidade, o que “é muito bom”. Questionamentos A publicação questiona se o jovem vai preferir, entre outras opções, ser médico ou desenvolvedor de softwares (programas de computador) acoplados ao cérebro; esportista ou gamer (jogador) de e-sports; costureiro ou figurinista para avatares de jogos online. O Almanaque Profissões do Futuro, publicado pela Sapoti Projetos Culturais, dá uma aula sobre o dinheiro e sua origem e quando foi inventada a primeira moeda. Revela, ainda, curiosidades sobre profissões que surgiram e outras que já desapareceram. De acordo com o estudo Projetando 2030: uma visão dividida do futuro, encomendado pela Dell Technologies ao Institute For The Future (IFTF), que analisou os impactos das novas tecnologias até 2030, 85% dos trabalhos até essa data serão oriundos de novas profissões. O estudo contou com a participação de 3.800 líderes de negócios de médias e grandes corporações em 17 países, incluindo o Brasil. Atualmente, o trabalho é de forma integrada com a tecnologia, com objetivo de alcançar mais eficiência. E a perspectiva é que, nos próximos anos, as inovações aperfeiçoarão ainda mais as atividades humanas, promovendo o redesenho das profissões. Os últimos projetos realizados pela dupla Daniela Chindler e Flavia Rocha foram a série animada Quando a Máquina Pensa, ou parece que pensa, que trata de inteligência artificial (IA), o projeto Oficina Maker, voltado para alunos da rede pública, e o livro Cientistas Brasileiros, que também está sendo lançado este mês. Fonte
Música no Museu tem concertos e apresentações até o dia 29 no Rio
A programação de abril do Projeto Música no Museu tem início neste sábado (1º) até o dia 29 deste mês com concertos e apresentações de clássicos brasileiros e internacionais. Os eventos são gratuitos. Veja abaixo a programação: 1º de abril: apresentação do Trio Neukomm, formado por Harold Emert, oboé; Aleida Schwitzer, piano; e Eduardo Camenietzki, violão, às 17h, na Casa Museu Eva Klabin. 2 de abril: clássicos brasileiros com o duo Felipe Braz (flauta) e Anderson Alves (piano), às 13h, no Museu da República. 3 de abril: violonista Lula com o programa Violão Tradicional Brasileiro, às 12h30,na Biblioteca Nacional. 5 de abril: pianista José Carlos Vasconcellos irá tocar músicas de Schumann, Chopin, Liszt, H. Oswald e Rachmaninoff, às 12h30,no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro. 9 de abril: trilhas de filmes e outros sucessos com duo Rafael Siano (voz) e Claudio Avila (piano), às 13h, no Museu da República. 12 de abril: trio Movimento Musical: Lélia Brazil (flauta), Denise Emmer (violoncelo) e João Paulo Romeu (piano) com o repertório A dança dos espíritos abençoados, de Glück; Andante do Trio em B, de Mozart; Alegro do Piano Trio em XXI, de Haydn; Lua Branca, de Chiquinha Gonzaga; e Ariosto, de Bach, às 12h30, no CCBB. 18 de abril: clássicos com o trio de sopros formado por Efraim Araujo (fagote), José Adriano e Moisés Santos (clarinetas), às 12h30, no Paço Imperial. 19 de abril: André Figueiredo (tenor) e Dilia Tosta (piano) se apresentam, às 12h30, com o programa Zarzuelas sin fronteras, englobando A. de Literes, M. García, E. Arrieta, R. Soutullo, J. Vert, F. Moreno-Torroba, P. Sorozabal e M. Penella, no CCBB. 20 de abril: grupo Abstrassom com clássicos brasileiros, às 18h, no Centro Cultural Justiça Federal. 23 de abril: pianista Ricardo Mac Cord com músicas de sua autoria, às 13h, no Museu da República. 25 de abril: Orquestra de Ukeleles, com regência de Vinícius Vivas, às 18h, no Museu do Exército. 26 de abril: pianista Cecilia Pessini, às 12h, tocando Debussy, Brahms e Lizst, no CCBB. 27 de abril: Orquestra de Pandeiros Tá que Tá, com regência de Clarice Magalhães, às 12h30, vai tocar clássicos brasileiros, no Museu da Justiça. 29 de abril: a Camerata Feminina da Associação de Canto Coral (ACC), sob a regência de Cláudio Ávila, se apresentará, às 18h, no Palácio São Clemente, sede do Consulado de Portugal. São Paulo Há também apresentações em São Paulo. No dia 22, às 17h, o músico Cláudio Vettori relembrará clássicos brasileiros ao piano, na Sociedade Brasileira de Embiose. Estão programadas ainda duas apresentações internacionais do projeto. A primeira será neste domingo (2), às 19h, na Galeria Antonio Lopes, na cidade de Covilhã (Portugal), com a pianista Fernanda Canaud, com clássicos de Villa-Lobos, Francisco Mignone, Guerra-Peixe, Cláudio Santoro, entre outros. Em Viena, na Áustria, no dia 29, às 19h, a Sala Bösendorfer receberá o pianista Júlio Paravela. Fonte
CNJ recebe respostas sobre acesso de indígenas à Justiça até segunda
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mantém aberto até a próxima segunda-feira (3) questionários que objetivam aprimorar o acesso de indígenas à Justiça e que irão subsidiar o preparo de um manual sobre o assunto. As versões são feitas para três tipos de perfis responderem as questões. O primeiro deles é voltado a tribunais e grupos de monitoramento e fiscalização (GMF). O segundo é adaptado para magistrados e magistradas. O último foi elaborado para captar as percepções de entidades do terceiro setor. Os envios são registrados automaticamente após a conclusão das respostas. Quem quiser mais informações pode procurar o Departamento de Pesquisas Judiciárias, pelo e-mail dpj@cnj.jus.br ou pelo telefone (61) 2326-4659. Fonte
Mais de 4.300 pessoas estão desabrigadas no Acre por causa das cheias
O Acre continua sendo afetado pelas fortes chuvas que têm deixado municípios do estado em situação de emergência. De acordo com boletim divulgado na noite desta sexta-feira (31) pelo governo estadual, 4.312 pessoas estão desabrigadas. O nível do Rio Acre, que corta Rio Branco, transbordou e atingiu a marca de 17,42 metros, ultrapassado o nível máximo de 14 metros. Além da capital, as cheias atingiram os municípios de Assis Brasil, Brasileia e Epitaciolândia, Xapuri, Sena Madureira e Porto Acre. Para auxiliar a população atingida pela cheia, o governo local montou uma força-tarefa para resgatar famílias que ficaram ilhadas, entregar alimentos e medicamentos. Funcionários públicos que tiveram suas casas afetadas vão receber antecipação de parte do 13° salário. Parte da população vai receber valores do programa aluguel social. De acordo com dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a previsão de chuvas e trovoadas continua para este sábado (1°) no estado. A temperatura deve ficar entre 22°C e 29°C. Nordeste No interior do Ceará, cerca de 15 municípios estão em situação de emergência ou de calamidade pública devido ao período chuvoso. No Piauí, as chuvas provocaram a destruição de rodovias, ocasionando o rompimento de pontes e afetando populações ribeirinhas. O Pará também foi atingido e registrou cheia dos principais rios do estado e estragos nas estradas. Chuva em abril Segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de abril terá chuvas acima da média em grande parte das regiões Norte e Nordeste. As áreas mais afetadas devem ser o nordeste do Pará, o leste do Amazonas e o norte do Maranhão, Piauí e Ceará. Fonte
Papa diz que Lula foi condenado sem prova e Dilma é mulher exemplar
O papa Francisco disse, em entrevista ao canal de TV argentino C5N e veiculada nesta sexta-feira (31), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado sem provas. “O caminho é aberto com os meios de comunicação. Deve-se impedir que este chegue a tal posto. Então o desqualificam e metem sobre ele a suspeita de um delito. E fazem todo uma denúncia criminal, uma denúncia enorme, onde não se encontram [provas]. Mas para condená-lo basta mostrar o tamanho da denúncia. Onde está o delito? Aqui? Sim, parece que sim. Assim foi condenado Lula”, disse. A entrevista foi gravada antes da internação do pontífice. Francisco foi internado nesta semana em um hospital em Roma, com quadro de bronquiolite viral. O papa teve alta neste sábado (1º) e voltou ao Vaticano. Na mesma entrevista, o papa afirmou que a ex-presidenta Dilma Rousseff sofreu o impeachment, mesmo sendo inocente. “O que aconteceu com Dilma? Uma mulher de mãos limpas, mulher excelente”, disse o pontífice, logo após falar sobre Lula. Segundo ele, é preciso que a sociedade levante a voz e aponte as irregularidades em situações como essas. O pontífice disse ainda que os políticos têm uma missão de desmascarar uma “justiça que não é justa”. Para o papa, juízes podem criar jurisprudências, mas isso deve ser feito sempre de forma “harmônica com o direito”. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, compartilhou a entrevista nas redes sociais. “Em entrevista, Papa Francisco comenta manipulação do sistema judiciário que fizeram no Brasil, diz que condenaram o presidente Lula sem provas e que a presidenta Dilma é uma mulher exemplar, de ‘mãos limpas’”. Fonte
Distrito Federal vacina neste sábado crianças contra a gripe
Crianças de 6 meses a menores de 5 anos estão sendo vacinadas neste sábado (1º) contra a gripe em diversas partes do Distrito Federal. De acordo com a Secretaria de Saúde, 19 pontos oferecem a imunização até as 17h, dependendo do local. Haverá vacinação em unidades básicas de saúde (UBSs) das seguintes localidades: Planaltina, Sobradinho, Ceilândia, Sol Nascente, Asa Sul, Asa Norte, Guará, Núcleo Bandeirante, Estrutural, Riacho Fundo, Gama e Santa Maria, além de ações na Administração Regional de São Sebastião, no supermercado Tatico do Recanto das Emas, na Escola Classe 66 do Sol Nascente e na Assembleia de Deus do 26 de Setembro. Nesses locais, além da vacina contra a gripe para crianças, outros imunizantes serão distribuídos, como a dose contra a covid-19, contra a febre amarela, contra o HPV e contra o tétano. “Se for necessário, é possível receber mais de uma vacina no mesmo dia”, informou a secretaria. A orientação do órgão é que todos, adultos e crianças, levem um documento de identificação e o cartão de vacina. Caso a pessoa não esteja com o cartão em mãos, um novo documento será fornecido na hora. A lista completa de locais que oferecem a vacinação contra a gripe para crianças hoje pode ser acessada aqui. Fonte
EBC relança núcleo do RJ do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) relançou nesta sexta-feira (31), o núcleo do Rio de Janeiro, do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça. O comitê estava com atividades paralisadas desde 2017. O primeiro núcleo a ser reativado foi o de Brasília, em 8 de março. Também haverá um núcleo na unidade de São Paulo. Essas são as três praças que concentram o maior número de funcionários da empresa de comunicação pública, que é responsável por veículos como Agência Brasil, TV Brasil, Rádio Nacional e Radioagência Nacional. O Comitê Pró-Equidade é formado por funcionários voluntários e tem a missão de propor, à empresa, ações contra as desigualdades e violências provocadas pelo preconceito e a intolerância. “Ele é fundamental para a gente começar a pensar em ter políticas internas, para promover mais as pessoas, para ouvir os funcionários”, disse a jornalista Akemi Nitahara, que integra o comitê. Durante o lançamento do núcleo do comitê no Rio foi inaugurado, a exemplo do que ocorreu em Brasília, o Memorial das Palavras Proibidas, um mural adornado com a figura da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, onde funcionários podem escrever expressões que tiveram seu uso censurado nos veículos da EBC nos últimos anos. Participaram da inauguração do mural, na sede da EBC no Rio de Janeiro, a viúva de Marielle, a vereadora Mônica Benício (PSOL), e a mãe da parlamentar assassinada, Marinete da Silva. “Num país que tem uma memória muito frágil, com uma democracia muito frágil, é importante a gente celebrar os nomes que de fato fazem a construção de um Estado democrático”, afirmou a vereadora. *Com informações da TV Brasil Fonte
Petrobras aprova propostas para planejamento estratégico
A diretoria-executiva da Petrobras aprovou nesta sexta-feira (31) seis propostas para serem consideradas no Planejamento Estratégico. Para entrar no documento, que detalha os planos e passos da estatal para os próximos anos, essas propostas devem ser votadas pelo Conselho de Administração (CA). A primeira delas é priorizar desenvolvimento, retenção e requalificação de talentos, com o objetivo de garantir à empresa um corpo técnico “inclusivo, diverso e habilitado a atender às demandas dinâmicas do mercado, em especial da transição energética”, diz nota divulgada pela empresa. As propostas incluem também focar em ativos rentáveis de exploração e produção, buscando operações, tanto da empresa quanto de fornecedores, que emitam menos gases do efeito estufa; adequar e aprimorar o parque atual de refino “por meio do ganho de eficiência e conjugação de matérias-primas de matriz renovável no desenvolvimento de processos industriais resilientes e produtos sustentáveis”; e buscar uma transição energética justa, em linha com as empresas congêneres internacionais, prioritariamente por meio de parcerias de excelência técnica e por programas de responsabilidade social que mitiguem as externalidades da atuação da companhia e fomentem cadeias produtivas locais. Fecham a lista de proposta aproveitar diferentes potencialidades do país, “através da regionalização das atividades da empresa baseadas em cadeias produtivas e unidades operacionais locais”; e fortalecer o acesso a mercados, ao mesmo tempo em que busca a vanguarda global na transição energética, através da atuação internacional por meio de parcerias tecnológicas e operacionais. “Os investimentos necessários para assegurar a consecução dessas propostas devem ser financiados pelo fluxo de caixa operacional, em níveis equivalentes às companhias congêneres, e preferencialmente por meio de parcerias que nos permitam compartilhar riscos e expertise, e devem buscar o retorno do investimento, redução do custo de capital, fortalecimento da Petrobras como uma empresa de energia integrada, maximizando o valor da companhia e buscando o desenvolvimento do mercado brasileiro”, informa a nota. Fonte
Revista em quadrinhos orienta sobre violência doméstica contra mulher
O Instituto Cultural Mauricio de Sousa e o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançaram, nesta semana, uma revista em quadrinhos sobre enfrentamento à violência doméstica e familiar contra mulheres. O lançamento fez parte das ações do governo federal no mês da mulher. A publicação, lançada nos formatos físico e digital, é destinada, sobretudo, ao público infanto-juvenil. Nela, a Turma da Tina aborda, com uma linguagem acessível, a igualdade de direitos de mulheres e homens e como enfrentar os vários tipos de violência sofridas por mulheres e meninas, na sociedade brasileira. Os personagens jovens do cartunista Mauricio de Sousa, dentro do cenário de uma faculdade, assistem à aula com exemplos sobre violências mental, física, econômica e sexual contra mulheres, praticadas de diversas formas com emprego de força física, constrangimento moral ou psicológico, menosprezo, restrição de direitos, abusos como opressão, ameaças, perseguição, hostilidade, intolerância ou dano patrimonial. No gibi, a professora da história, dona Ruth, explica aos alunos que a violência doméstica vem sendo praticada em vários contextos. Dentro e fora da casa da vítima, por familiares e amigos, e por agressor que mantém ou teve relação íntima com a mulher, como marido ou ex-companheiro. Gibi da Turma da Tina tem foco no público infanto-juvenil, abordando o tema violência doméstica e familiar contra mulheres. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil Os desenhos de Mauricio de Sousa mostram as limitações impostas pela violência às mulheres e que essa brutalidade pode resultar no crime de feminicídio, previsto desde 2015 no Código Penal brasileiro, quando uma mulher é assassinada pelo fato de ser mulher. Os exemplos citados nos quadrinhos têm o objetivo de ajudar a sociedade a identificar comportamentos considerados aparentemente corriqueiros e normais, como verdadeiras formas de violência. Outra lição é a do personagem Ivo, que sente um ciúme descontrolado da namorada. Ivo é aconselhado a procurar ajuda profissional especializada para que entenda que não existe propriedade de um homem sobre uma mulher. No fim das 20 páginas, os personagens Tina, Rolo, Pipa, o namorado Zecão e outros se transformam em agentes multiplicadores das informações de paridade de gênero de direitos e enfrentamento da à violência doméstica e familiar contra mulheres. Como buscar ajuda? Os quadrinhos ainda mostram aos leitores que existe uma rede especializada de serviços para atender às mulheres que se sentirem vítimas da violência doméstica e familiar. A professora da história diz que a melhor forma de ajudar é encaminhar a vítima ao serviço especializado, onde os profissionais vão saber como agir nas diferentes situações. Em muitas cidades brasileiras, a rede de enfrentamento conta com delegacias de polícia especializadas de atendimento à mulher (DEAM), Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), juizados especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher e até núcleos da Defensoria Pública. Outro canal de atendimento destacado nas ilustrações de Maurício de Sousa é o Ligue 180, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A Central de Atendimento à Mulher é nacional, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive nos feriados, no Brasil e em outros 16 países. Além de informações sobre direitos da mulher, amparo legal e a rede de serviços de atendimento e acolhimento, a central telefônica é, também, canal de denúncia. O serviço registra os relatos de violações contra mulheres, os analisa, encaminha aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. A promessa do governo federal é que até o fim de 2026, cada capital vai contar com pelo menos uma unidade da Casa da Mulher Brasileira . A instituição reúne, no mesmo local, os serviços para mulheres em situação de vulnerabilidade. E nos casos necessários, oferece acolhimento, triagem, apoio psicossocial e alojamento temporário (casa de passagem) às vítimas e filhos, até que possam ser encaminhados a um local seguro. Lei Maria da Penha Na revista, os personagens Tina, Rolo, Pipa, o namorado Zecão e outros conheceram a história verdadeira da farmacêutica bioquímica Maria da Penha Maia Fernandes, símbolo da luta da violência contra a mulher. Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte do ex-marido, o colombiano com cidadania brasileira Marco Antonio Heredia Viveros. Na primeira vez, em 1983, ele tentou matá-la com um tiro nas costas que a deixou paraplégica. Quatro meses depois, Maria da Penha foi mantida em cárcere privado por 15 dias e Marco Antonio tentou eletrocutá-la durante o banho. O ciclo de violência vivido por Maria da Penha deu origem à Lei nº 11.340/2006. A legislação leva o nome de Maria da Penha como forma de reparação simbólica, após omissão do Estado brasileiro e a impunidade do agressor dela. A [lei] Maria da Penha traz medidas para proteger outras mulheres da violência doméstica e familiar e permitir o acesso à justiça às vítimas de violência no País. Em 2009, a ativista fundou o Instituto Maria da Penha com a missão de trabalhar em projetos sociais, pedagógicos e educacionais dentro desta temática. Com sede em Fortaleza (CE) e representação no Recife (PE), o instituto, além da orientação às vítimas, trabalha a conscientização e o empoderamento de mulheres para aumentar a qualidade da vida física, emocional e intelectual delas. Maria da Penha e a revista da Turma da Tina Na quarta-feira (29), Maria da Penha participou remotamente do lançamento da revista em quadrinhos da Turma da Tina pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Por videoconferência, Maria da Penha, apostou na parceria com Mauricio de Sousa. “Esse é um sonho muito antigo, uma revista em quadrinhos do Mauricio de Sousa abordando o tema de enfrentamento à violência doméstica contra mulher. Sempre acreditei no poder da educação, formal e informal. Não foi à toa que fundei o Instituto Maria da Penha, em 2009”. Maria da Penha participa online do lançamento do Gibi – Marcus Iahn/MJSP/Divulgaçāo A ativista refletiu que ainda há muito a ser percorrido no enfrentamento à violência contra a mulher. “Nosso foco de atenção deve ter maior engajamento da população para sermos mais fortes no enfrentamento, assim como resistir à proliferação da intolerância que nos mata”. Em sua fala, durante o lançamento, ela defendeu que o caminho da superação passa pela educação.
Falar de sífilis sem preconceitos é tema de exposição em Niterói
Espaço cultural recém-inaugurado pela Associação Médica Fluminense (AMF), em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, apresenta, no momento, a exposição “Sífilis: precisamos falar mais, sem preconceitos”, unindo história, ciência e arte. A mostra tem curadoria do professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF), médico e pesquisador em infecções sexualmente transmissíveis (IST), Mauro Romero Leal Passos. Em entrevista à Agência Brasil, Passos explicou que, na verdade, a exposição é um desdobramento de outra mostra, da qual ele também foi curador emérito, realizada no Paço Imperial, no centro da cidade, entre novembro de 2021 e fevereiro do ano passado. “Ainda tinha um pouco de pandemia. Nós fizemos várias peças exclusivas, como um forno, porque, no século 16, acreditava-se que aquecendo o indivíduo com sífilis, matavam-se as bactérias.” A exposição ganhou agora um novo espaço na sede da AMF. A sífilis é uma IST curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. O nome da doença foi tirado do poema épico escrito em 1530 por Girolamo Fracastoro. Foi feita para a mostra uma réplica do busto de Girolamo. Há também uma ampola de penicilina da década de 1940, uma ampola de Neosalvarsan, que é um composto organoarsênico que se tornou disponível, em 1912 e substituiu o Salvarsan mais tóxico e menos solúvel em água como um tratamento eficaz para a sífilis, entre outras peças. Os instrumentos são expostos junto com réplicas em tamanho natural de quadros de grandes artistas da história da arte, entre os quais Toulouse-Lautrec, Rembrandt, Edward Munch, que abordaram temas ligados à sífilis em suas obras. “A gente vai apresentando a exposição junto com determinadas características e falando sobre o livro do Girolamo Fracastoro, que apresenta a única versão do poema latino em português. Enfim, uma série de peças que debatem a arte, a ciência e a história da sífilis.” Quadro atual Na avaliação do médico Mauro Romero Leal Passos, o quadro da sífilis no Brasil é de “calamidade. É um quadro que mostra que o estado do Rio de Janeiro tem número elevado de óbitos de crianças, em decorrência da sífilis congênita. São mais de 300 óbitos por sífilis”. Passos acredita que o número deve ser muito maior devido à sub-notificação. Explicou que a meta a ser perseguida é de 0,5 caso a cada mil crianças nascidas vivas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada 8 mil nascidos vivos por ano, pode-se ter 4 casos de sífilis congênita. “Uma doença fácil de diagnosticar e de tratar tem esse volume de sífilis congênita. Isso tem um nome que se chama má qualidade de pré-natal, ou pré-natal mal feito, que é o que o mundo todo aponta. País que tem pré-natal bem-feito tem taxa de sífilis congênita abaixo de meio caso por mil nascidos vivos, como França, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Cuba, que foi o primeiro país do mundo a eliminar a sífilis congênita”. Para o médico, os dados no Brasil são de calamidade, de negligência. A sífilis congênita é adquirida da mãe que foi contaminada por alguém. “Se ela não faz o tratamento em tempo hábil, é caso de sífilis congênita.” O tratamento básico para eliminar a sífilis congênita é o tratamento da mãe. “Isso não quer dizer que a gente não tenha que tratar a parceria sexual. Mas, primariamente, tem que tratar a gestante, a mãe. Esse é o foco maior”. É necessário também evitar que os homens contraiam a sífilis, por meio do sexo seguro, com uso de camisinha, para não contaminar as parceiras. Indicadores De acordo com os indicadores do Ministério da Saúde, o número de gestantes com sífilis, entre 2005 e 2022, alcançou 535.034, sendo o maior número da série observado em 2021, com 74.095 casos. Em 2022, foram 31.090. A taxa de detecção em 2021 foi de 27,1 gestantes por mil nascidos vivos. Em relação à sífilis congênita em menores de um ano, o total no país foi de 293.339 entre 1998 e 2022, com o maior número registrado em 2021: 27.019. Também foi mais alta nesse ano a taxa de incidência de 9,9 casos de sífilis congênita em crianças menores de um ano por mil nascidos vivos. No estado do Rio de Janeiro, foram 25.124 casos no mesmo período analisado. No que se refere a óbitos por sífilis congênita em menores de um ano, a série revela total de 2.886 casos de 2000 a 2021, no país. O maior coeficiente bruto de mortalidade por 100 mil nascidos vivos foi 8,9, encontrado em 2018. O estado do Rio de Janeiro apresentou, no mesmo período, 366 óbitos por sífilis congênita em menores de um ano. Educação e saúde O curador avaliou que a exposição é uma atitude para mostrar que o país precisa ter um processo de educação em saúde. “E educação passa por cultura”. Ele considera que a exposição é uma oportunidade única de a população aprender sobre a história da sífilis e desmistificar preconceitos em torno da doença. A exposição já está aberta para visitação gratuita do público e ficará em cartaz até junho deste ano. O espaço cultural da AMF funciona durante o horário comercial e recebe escolas. O endereço é Avenida Roberto Silveira, 123, Icaraí, Niterói. Único espaço voltado para saúde e cultura na cidade, foi montado para receber uma programação diversificada de exposições e eventos. Fonte
Covid-19: pessoas com comorbidades podem tomar vacina bivalente
Pessoas com comorbidades foram incluídas nos grupos considerados prioritários para receber a vacina bivalente contra a covid-19. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (31) pelo Ministério da Saúde. De acordo com a nota técnica, a inclusão foi feita por conta da disponibilidade de doses do imunizante e tem como base orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A lista de comorbidades inclui: – diabetes mellitus– pneumopatias crônicas graves– hipertensão arterial resistente– hipertensão arterial estágio 3– hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo– insuficiência cardíaca– cor-pulmonal e hipertensão pulmonar– cardiopatia hipertensiva– síndromes coronarianas– valvopatias– miocardiopatias e pericardiopatias– doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas– arritmias cardíacas– cardiopatia congênita no adulto– próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados– doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares– doença renal crônica– hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves– obesidade mórbida– síndrome de Down e outras síndromes genéticas– doença hepática crônica Qualquer pessoa com idade entre 12 e 59 anos que tenha alguma das condições listadas e que já tenha tomado os dois reforços contra a covid-19 pode receber a bivalente. Não é necessário comprovar a comorbidade. “Ressalta-se que, para este grupo, não haverá exigência quanto à comprovação da situação de comorbidade, sendo suficiente para a vacinação a comorbidade autodeclarada”, informa nota do Ministério da Saúde. Fonte
Papa Francisco recebe alta hospitalar e retorna ao Vaticano
O papa Francisco teve alta e saiu do Hospital Gemelli, em Roma, na manhã deste sábado (1º). O sumo pontífice da Igreja Católica irá se preparar para presidir às cerimônias da Semana Santa. Após três dias internado, o papa encontra-se agora na Casa de Santa Marta, no Vaticano. Francisco foi internado na quarta-feira (29), no Hospital Gemelli, com uma infecção respiratória. Foi diagnosticado com uma bronquiolite viral, uma infecção nos pulmões causada por um vírus. “Ainda estou vivo”, brincou o pontífice argentino diante dos muitos fiéis e jornalistas que se aglomeraram em torno do hospital, em Roma. Francisco cumprimentou as pessoas que ali se encontravam e trocou algumas palavras antes de partir para o Vaticano. O Vaticano garante que o estado de saúde de Francisco melhorou significativamente. Francisco vai poder, assim, presidir todas as cerimônias da Semana Santa e, ao que tudo indica, irá presidir as celebrações do Domingo de Ramos. O papa estará sempre na companhia de um cardeal celebrante, responsável dos deveres no altar. Aos 21 anos, Francisco foi operado devido a uma pneumonia grave, que levou à retirada de uma parte do pulmão direito. Francisco, de 86 anos, sofre de diverticulose, uma doença do cólon que já obrigou o chefe da Igreja Católica a passar por uma intervenção cirúrgica e ficar internado no mesmo hospital, em 2021. *É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte
Bia Ferreira quer ouro em Paris para se despedir do boxe olímpico
O bicampeonato mundial conquistado no último domingo (26), em Nova Delhi (Índia), mostrou que Beatriz Ferreira está determinada a se despedir do boxe olímpico por cima. Os Jogos Olímpicos de Paris (França), em 2024, serão os últimos da pugilista. Ela passará a se dedicar exclusivamente às lutas profissionais, que começou a disputar em novembro do ano passado. Em dois combates, foram duas vitórias. “Consegui os títulos sul-americano, pan-americano, mundial e continental. Achei que [a Olimpíada de] Tóquio [Japão] seria minha aposentadoria [do boxe olímpico], com a medalha de prata, mas fiquei com um gostinho de quero mais, sabendo que posso trocar a cor dela pelo ouro. Paris é logo ali”, afirmou Bia, dias antes de viajar à Índia. A Beatriz Ferreira tem a mão muuuuito pesada! 👊🏽🇧🇷 E tem uma dancinha sensacional! 💃🤩 pic.twitter.com/IjZe9BigjZ — Time Brasil (@timebrasil) March 26, 2023 Migrar para o boxe profissional, que é financeiramente mais interessante, foi o caminho trilhado por outros brasileiros medalhistas olímpicos, como Robson Conceição, Hebert Conceição, Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo. Bia, porém, é a primeira deles a levar – ainda que por pouco tempo – as duas carreiras de forma simultânea. A participação dos pugilistas profissionais nos Jogos – historicamente proibida – foi liberada a partir da edição de 2016, no Rio de Janeiro. Apesar de ser o mesmo esporte, há diferenças. No boxe profissional, as lutas são mais extensas, com até 12 rounds e participação de três juízes. No olímpico, são três assaltos e cinco árbitros. “São treinos diferentes, tempos [de luta] diferentes. [No profissional] A gente não usa protetor de cabeça, então muda bastante. Estou fazendo essa adaptação e me dando bem, porque meu estilo já é bem agressivo. Estou gostando bastante, a preparação, a entrada para a luta, é uma sensação bem diferente. Sei que é meu último ciclo olímpico, quero finalizá-lo com chave de ouro, mas já tendo algo certo, que é o [boxe] profissional”, explicou a pugilista de 30 anos. No sangue Bia começou a disputar torneios internacionais somente em 2017, mas vive o boxe desde a infância. Natural de Salvador e radicada em Juiz de Fora (MG), ela é filha do campeão brasileiro Raimundo Ferreira, o Sergipe. A paixão pelo esporte veio naturalmente, acompanhando o pai nos treinos. Demorou, porém, para transformar o sentimento em carreira. “Eu sempre digo que o começo é super difícil. Trabalhei de várias coisas. Cuidei de criança, trabalhei em fábrica de meia e comecei a dar aulas de boxe. Queria continuar treinando e precisava comprar equipamentos. Nunca fui de ficar esperando meu pai ou minha mãe me darem aquilo, porque sabia que eles também trabalhavam duro para ter o deles. Os meus alunos começaram a lutar antes de mim. Foi quando percebi que estava faltando alguma coisa”, recordou a baiana. Em novembro passado, Bia Ferreira obteve a primeira vitória no boxe profissional ao derrotar a compatriota Taynna Cardoso, por pontos, em Cleveland (Estados Unidos) – Divulgação/ Matchroom Boxing A primeira competição nacional de Bia foi o Campeonato Brasileiro, em 2015. A pugilista, no entanto, foi expulsa do torneio após adversárias descobrirem que ela também treinava muay thai e a denunciarem. A Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) não permitia que os atletas praticassem outra modalidade. A baiana acabou suspensa por dois anos. A volta aos ringues se deu em 2016, auxiliando a preparação da conterrânea Adriana Araújo à Olimpíada do Rio. Após o megaevento na capital fluminense, Bia assumiu a vaga deixada por Adriana na categoria até 60 quilos e alcançou feitos históricos. Em 2019, foi dela o ouro pioneiro de uma brasileira em Jogos Pan-Americanos, na edição de Lima (Peru). Em Tóquio, há dois anos, levou o boxe feminino do Brasil a uma inédita final olímpica. Agora, em Nova Delhi, tornou-se a primeira lutadora do país a emplacar três finais seguidas em um Mundial – e a ganhar duas delas. Legado Tais conquistas colocaram Bia em um seleto grupo de mulheres históricas do esporte brasileiro, como Maria Esther Bueno (tênis), Rafaela Silva, Sarah Menezes, Mayra Aguiar (as três do judô), Poliana Okimoto, Ana Marcela Cunha (ambas da maratona aquática), Rebeca Andrade, Daiane dos Santos (ginástica artística), Jaqueline Silva e Sandra Pires (as duas do vôlei de praia), entre outras. Próxima do adeus ao boxe olímpico, a baiana espera ter aberto portas para uma nova geração de pugilistas. “Desejo que as meninas que gostam do esporte, queiram ser campeãs, insistam, persistam. Claro que se os pais apoiarem, o caminho fica mais fácil. Graças a Deus, tive apoio da minha família. Vale muito a pena. É uma oportunidade imensa de você mudar de vida, conhecer o país e o mundo inteiro, fazendo o que você ama. Estou muito feliz de fazer parte dessa história, influenciando outras meninas. A mulher pode praticar boxe, fazer o que ela quiser. É querer, ter força de vontade, disciplina e avançar”, concluiu Bia. Fonte
Adesão a Programa Litígio Zero é prorrogada até 31 de maio
Os contribuintes que devem à União ganharam mais dois meses para renegociarem o débito. O Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal, também conhecido como Litígio Zero, teve o prazo de adesão prorrogado para as 19h de 31 de maio. O prazo original acabaria nesta sexta-feira (31). O adiamento consta de uma portaria conjunta da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União. Em nota, a Receita Federal informou que o adiamento foi pedido por entidades do setor de contabilidade. Além do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), reivindicaram a extensão do prazo a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) e o Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon). Programa que estende à Receita Federal o modelo de transações tributárias disponível desde 2020 para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o Litígio Zero permite a renegociação de dívidas tributárias baseada na capacidade de pagamento do contribuinte, em troca da desistência de ações na Justiça (no caso de débitos inscritos na Dívida Ativa da União) ou de contestações administrativas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que julga na esfera administrativa débitos com o Fisco. A adesão pode ser pedida por meio de processo digital no Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal (e-CAC). O acesso ao e-CAC exige conta no Portal Gov.br nível prata ou ouro, certificação digital (no caso de empresas) ou um código especial que pode ser obtido mediante o número do recibo da última declaração do Imposto de Renda (para pessoas físicas). Anunciado em janeiro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como uma das medidas para recompor o caixa do governo , o Litígio Zero prevê a renegociação em condições especiais de dívidas com a União. As adesões começaram em 1º de fevereiro. Embora o programa funcione de forma similar aos tradicionais Refis, existe uma diferença porque a concessão de descontos ocorrerá com base no tamanho do débito e no tipo de contribuinte. As dívidas – consideradas créditos do ponto de vista do governo – serão classificadas com base na facilidade de serem recuperadas pela União, sendo: créditos tipo A (com alta perspectiva de recuperação); créditos tipo B (com média perspectiva de recuperação); créditos tipo C (de difícil recuperação); ou créditos tipo D (irrecuperáveis). Descontos As pessoas físicas, micro e pequenas empresas com dívidas abaixo de 60 salários mínimos poderão obter descontos de 40% a 50% sobre o valor total do débito, com prazo de até 12 meses para pagar. Para empresas que devem mais de 60 salários mínimos, haverá um desconto de até 100% sobre multas e os juros para dívidas consideradas irrecuperáveis e de difícil recuperação. Essas pessoas jurídicas poderão ainda usar prejuízos de anos anteriores para abater de 52% a 70% do débito. Qualquer que seja a modalidade de pagamento escolhida, o valor mínimo da prestação será de R$ 100 para a pessoa física, de R$ 300 para a microempresa ou a empresa de pequeno porte, e de R$ 500 para pessoa jurídica. O número de prestações deverá se ajustar ao valor do débito incluído na transação. O Litígio Zero também prevê o fim dos recursos de ofício dentro do Carf para valores abaixo de R$ 15 milhões. Nesses casos, quando o contribuinte vencer em primeira instância, a Receita Federal deixará de recorrer, encerrando o litígio. De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida extinguirá quase mil processos no Carf, no valor total de R$ 6 bilhões, e ajudará a desafogar o órgão para o julgamento de grandes dívidas. A Receita Federal preparou um guia para tirar dúvidas sobre o Litígio Zero. Mais informações sobre o programa podem ser obtidas aqui. Fonte
STF derruba prisão especial para quem tem curso superior
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a lei que previa prisão especial para quem tem curso superior. O julgamento virtual foi encerrado na noite desta sexta-feira (31). Os ministros acompanharam o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que questionava o benefício previsto no Código de Processo Penal (CPP). Conforme o Artigo 295, inciso VII, do CPP, pessoas com diploma de curso superior de qualquer faculdade brasileira têm direito à pressão especial, não podendo ficar em uma cela comum com os demais detentos. Para Moraes, não há justificativa para tratamento diferenciado com base no grau de instrução. “Trata-se, na realidade, de uma medida discriminatória, que promove a categorização de presos e que, com isso, ainda fortalece desigualdades, especialmente em uma nação em que apenas 11,30% da população geral tem ensino superior completo e em que somente 5,65% dos pretos ou pardos conseguiram graduar-se em uma universidade. Ou seja, a legislação beneficia justamente aqueles que já são mais favorecidos socialmente, os quais já obtiveram um privilégio inequívoco de acesso a uma universidade”, afirmou o relator. Além disso, o dispositivo não foi recepcionado pela Constituição. O texto original é de 1941. Moraes argumentou ainda que a Constituição Federal, o CPP e a Lei de Execuções Penais (LEP) trazem tratamentos distintos para presos em situações específicas, como natureza do delito, idade e sexo. A medida, segundo o ministro, é evitar a convivência de homens e mulheres na mesma prisão, influência de presos condenados aos demais detentos e proteção de crianças e adolescentes. “Em todas essas hipóteses, busca-se conferir maior proteção à integridade física e moral de presos que, por suas características excepcionais, estão em situação mais vulnerável”, ressaltou. Fonte