Mais livros: governo quer retomar políticas públicas para leitura
Brasília (DF) – O secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, durante entrevista à Agência Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Fazer uma nação leitora, este é o desafio do atual governo. Em entrevista exclusiva para a Agência Brasil, o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, destaca as ações de retomada das políticas para a área, assim como aponta propostas da pasta para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com ele, a formação leitora dos brasileiros é uma das prioridades da gestão. “O próprio presidente Lula, no processo de campanha, trouxe muito essa pauta quando falava menos armas e mais livros, menos clubes de tiro e mais bibliotecas. Eu creio que essa política ganha um relevo desde o fato de estar numa secretaria como também em uma agenda social e política do governo federal”, afirma. Reduzida a uma diretoria dentro da Secretaria de Economia Criativa durante o governo Bolsonaro, a pasta recupera agora um grau institucional maior, segundo Piúba. Uma das atribuições da atual Secretaria é implementar o Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), de forma articulada com o Ministério da Educação. O PNLL trata de diretrizes básicas para a democratização do acesso ao livro e para o fortalecimento de sua cadeia produtiva. “Nós estamos com um grupo técnico específico para a construção desse PNLL e uma das linhas é a implementação e a modernização de bibliotecas, tanto da rede pública como da rede escolar”, explica o secretário. Criar e recuperar bibliotecas Para Fabiano Piúba, é preciso modernizar o próprio conceito de biblioteca. “Ela deve ser vista como um dínamo cultural, conforme diz a Unesco, não como um depósito de livros”, defende. Uma das propostas para levar essa inovação adiante é a implementação das chamadas Bibliotecas Parque, atualmente em fase de estudo. Criadas na cidade de Medellín, na Colômbia, essas bibliotecas são centros culturais que desenvolvem diversas atividades educativas e lúdicas, com forte envolvimento da comunidade. O secretário também aponta a experiência das Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro, inauguradas nos anos de 2010 e 2011. “A gente quer desenvolver também uma ação para as Bibliotecas Parque em áreas de periferia, em áreas de vulnerabilidade, não necessariamente nas capitais”, especifica. Outro desafio é recuperar as bibliotecas públicas fechadas nos últimos anos. Segundo o Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais (2009), empreendido pela Fundação Getúlio Vargas, 1.152 municípios não contavam com este aparelho cultural. “Em 2010, a gente zerou o déficit de municípios sem bibliotecas. Isso era uma meta que estava vinculada à presidência da República à época”, afirma. Segundo a pasta, atualmente faltam bibliotecas públicas em pelo menos 991 cidades brasileiras e apenas dois estados – Amapá e Sergipe – estão contemplados em todos os municípios. A ideia agora é abrir uma linha, por meio de edital, para que os municípios apresentem seus projetos. Bibliodiversidade por princípio Para Piúba, o fomento ao livro e à leitura deve ser pensado a partir da bibliodiversidade. Esse conceito faz referência à diversidade da produção editorial de um país. “Uma política de aquisição e de atualização de acervos [para bibliotecas públicas] tem que compreender essa bibliodiversidade, isto é, uma diversidade regional, de editoras, mas compreendendo também que há autores e autoras independentes, além de uma diversidade cultural e étnica”. A proposta é que as aquisições de livros para bibliotecas públicas possam abranger obras variadas e não se concentrar apenas na produção de poucas editoras da Região Sudeste, como costumava ser feito. Também para incentivar a diversidade, a Secretaria lançou o Prêmio Carolina Maria de Jesus em abril deste ano. O edital prevê a seleção de 40 obras inéditas escritas por mulheres, destinando o valor de R$ 50 mil reais por agraciada. “Esse edital já deu o tom do que vem por aí. Ele estabeleceu cotas importantes, 20% no mínimo para mulheres negras, 10% para mulheres indígenas, 10% para mulheres com deficiência, 5% para mulheres ciganas e 5% para mulheres quilombolas”, detalha o secretário. De acordo com ele, as políticas afirmativas também compõem as estratégias da Secretaria e seguem as diretrizes da ministra da Cultura Margareth Menezes. PAC e livros para exportação A Secretaria tem apresentado propostas para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. “Um dos projetos é que, ao receber a chave da casa [no programa Minha Casa, Minha Vida], a família receba também um kit com uma biblioteca básica de literatura brasileira, universal e infantil”, explica Piúba. Outra proposta é retomar o programa Agentes de Leitura, que operou entre 2009 e 2011: “São jovens entre 18 e 29 anos, com ensino médio completo, que passam por um processo de seleção e formação contínua para criar ambientes favoráveis para a leitura dentro das casas, só que agora queremos conectar isso com a escola, em parceria com o MEC”. Esta seria uma ação desenvolvida no âmbito do Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER). Literatura nacional A promoção da literatura brasileira também está na agenda da Secretaria. Dentre as prioridades, está a participação estratégica de autores em feiras literárias internacionais importantes, como a Feira de Guadalajara e a Feira de Frankfurt, que realizam rodadas de negócios para compra e venda de direitos autorais. “As editoras brasileiras ainda vão muito mais comprar direitos do que vendê-los e a gente quer fazer uma via de mão dupla”, explica. Além disso, existe a expectativa de destacar recursos orçamentários para o programa de tradução de obras de autores brasileiros, coordenado pela Fundação Biblioteca Nacional. Dessa forma, a pasta espera repercutir nossa criação literária em línguas diversas. Desafios de um país que lê pouco Um dos desafios apontados por Piúba é a formação leitora. Publicada em 2019, a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura, do Instituto Pró-Livro, revelou uma redução no percentual de leitores entre 2015 e 2019. De acordo com os dados divulgados, passamos de 104,7 milhões de leitores para 100,1 milhões – uma queda de 4,6 milhões. Além disso, o Brasil continua no patamar de quase 50%
Provas do concurso do Banco do Brasil ocorrem neste domingo
Após meses de preparação, quase 1,5 milhão de candidatos em todo o país fazem neste domingo (23) as provas do concurso do Banco do Brasil (BB). Os exames ocorrerão em 178 cidades de todos os estados e o Distrito Federal. Os inscritos devem conferir os dados pessoais e o local de prova na página da Fundação Cesgranrio, organizadora do concurso. Os portões dos locais de aplicação serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário de Brasília). A entrada só é permitida com a apresentação do cartão de inscrição, que deve ser impresso na página da Cesgranrio. As provas serão liberadas às 13h30, sempre considerando o horário de Brasília. Os candidatos terão até cinco horas para responder a todas as questões. Esse é o segundo maior concurso externo da história do Banco do Brasil e o maior da área de tecnologia já realizado no país. Ao todo, mais de 1,3 milhão de pessoas disputam 2 mil vagas de escriturário-agente comercial, e 130 mil concorrem para 2 mil vagas de escriturário-agente de tecnologia. Há vagas em todos os estados e no Distrito Federal, porém as de tecnologia são apenas para Brasília e São Paulo. Além dos 4 mil postos com contratação imediata, existem 2 mil vagas de cadastro reserva: 1 mil para cada um dos cargos em disputa. O candidato precisa ter 18 anos (completos até a data de contratação) e apresentar certificado de conclusão do ensino médio. Dos inscritos, 53,75% se declaram do sexo feminino, 69,17% têm entre 19 e 35 anos de idade e 55,40% estudaram até o ensino médio. Pessoas com deficiência O banco anunciou também que ampliou o número de vagas exclusivas para pessoas com deficiência. Agora, somam 825, das quais 299 vagas para contratação imediata e 226 para formação de cadastro de reserva. Remuneração O salário inicial é de R$ 3.622,23 para jornada de 30 horas semanais, além de auxílio alimentação/refeição de R$ 1.014,42 e cesta alimentação de R$ 799,38, que são pagas mensalmente. O funcionário terá participação nos lucros ou resultados; vale-transporte; auxílio-creche; auxílio a filho com deficiência; previdência complementar; planos de saúde e odontológico básico e acesso a programas de educação e capacitação. O Banco do Brasil oferece a possibilidade de ascensão na carreira ao longo dos anos de trabalho. Fonte
Feriados de abril aumentam arrecadação do ISS Turismo no Rio
O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) de turismo pode fechar o mês de abril com arrecadação de R$ 16,6 milhões no município do Rio de Janeiro. A estimativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação e da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) é baseada no número de feriados do mês: a Sexta-Feira da Paixão (7) e o Dia de Tiradentes (21), que são nacionais, e o Dia de São Jorge (23), feriado estadual. Pelos cálculos da secretaria e da Riotur, o total estimado é 15% superior à arrecadação obtida em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19. O estudo especial Economia do Turismo no Rio, desenvolvido pela secretaria, indica que o mês é importante para a economia do município e representa 8,9% de toda a arrecadação do ISS Turismo ao longo do ano. “A vinda de turistas para o Rio tem um impacto incrível na economia. Falamos aqui de quase R$ 17 milhões só em abril com arrecadação de ISS. Isso representa quase 10% da arrecadação do ano de ISS dos turistas. O Rio de Janeiro já tem uma geografia que ajuda muito essa atração, e a Riotur tem feito um papel de potencializar e de ajudar a divulgar as coisas que acontecem no Rio de Janeiro”, disse o presidente da empresa, Ronnie Costa, à Agência Brasil. Os dados indicam que, em abril de 2019, o Rio arrecadou R$ 14,4 milhões com impostos ligados ao turismo. O valor caiu nos dois anos seguintes, quando a economia sofreu os impactos da pandemia, principalmente no setor de turismo. Em 2020, a arrecadação atingiu R$ 7,2 milhões e, em 2021, ficou em R$ 5,5 milhões, volumes bem mais baixos que o estimado para este ano. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, além dos turistas estrangeiros e nacionais, os próprios moradores da cidade ajudam a movimentar a economia nos feriados, que são períodos importantes para o Rio, que recebe milhares de turistas brasileiros e estrangeiros. Além disso, os feriados oferecem ao carioca oportunidade de circular um pouco mais pela cidade, diz nota da secretaria. “Tudo isso ajuda a movimentar a economia da nossa cidade, que tem forte vocação no turismo”, acrescenta o texto. No ano passado, a situação foi diferente. Com a incidência da covid-19 mais controlada, houve carnaval fora de época, com a transferência dos desfiles das escolas de samba para abril. Dados coletados na Passarela do Samba, para a publicação Carnaval de Dados, elaborada pela secretaria, em parceria com a Fundação João Goulart e a Riotur, mostraram que o perfil do público dos desfiles era composto na maioria por brasileiros. Entre eles, 68,8% de moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro, 25,4% de turistas nacionais e 5,8% de turistas estrangeiros. Atrações no ano inteiro Para Ronnie Costa, os feriados são fundamentais para manter a cadeia do turismo ativa. Por isso, a Riotur tem trabalhado ativamente na divulgação da cidade com foco nesses períodos, apresentando a programação, as ofertas e buscando atrair os turistas que estão nas cidades e estados próximos. Segundo Costa, os visitantes mais assíduos são do interior de São Paulo “Passados o réveillon e o carnaval, o Rio de Janeiro continua pujante, graças a Deus. Primeiro ano de retomada pós-pandemia, e a Riotur está muito feliz em poder contribuir para que as pessoas continuem vindo, frequentando e visitando o Rio de Janeiro”, afirmou Ronnie Costa. O presidente da Riotur destacou que a cidade tem atrações e atividades no ano inteiro, não é só na época do carnaval e do réveillon. “A cidade tem muitos eventos e muitos atrativos e, através da prefeitura e da Riotur, estamos ajudando a mostrar que o Rio de Janeiro continua o ano inteiro preparado para receber todos os turistas.” Fonte
Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 50 milhões
Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.585 da Mega-Sena, realizado nesse sábado (22) à noite em São Paulo. As dezenas sorteadas foram 14, 26, 34, 36, 43 e 59. Ficam acumulados para o próximo concurso, quarta-feira (26), R$ 50 milhões. Setenta apostadores acertaram a quina e vão receber, cada um, o prêmio de R$ 58.471,80. A quadra teve 5.743 acertadores e pagará o prêmio individual de R$ 1.018, 14. As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio em qualquer lotérica do país ou pala internet, no site da Caixa Econômica Federal. Fonte
Venerado por católicos e religiões afro, São Jorge é ícone pop
A devoção a São Jorge sempre fez parte da vida de Soneli Gomes. Sua relação com o santo cristão vem, segundo sua memória, desde criança. “Minha mãe vai fazer 93 anos e ela sempre foi muito devota. E eu sempre acompanhei minha mãe nessa trajetória. Eu tenho São Jorge na minha casa, tenho camisa de São Jorge. Ele é o santo da minha proteção. Pelo menos uma vez por mês tenho que vir na igreja [de São Jorge, no centro da cidade do Rio de Janeiro]”, disse a aposentada de 66 anos de idade. O santo, que teria sido um soldado romano nascido na Capadócia, atual Turquia, e martirizado por sua fé cristã, é uma figura religiosa popular. Mesmo que as histórias sobre ele estejam envoltas em lendas. No Brasil, e em especial no Rio de Janeiro, é alvo não só de veneração por muitas pessoas, como também se tornou um fenômeno pop, estampando camisetas, tatuagens e sendo tema de diversas músicas, livros e até de uma telenovela, a Salve Jorge. Loja vende diversos itens com imagem de São Jorge, na Praça da República, no centro da capital fluminense. Foto – Tomaz Silva/Agência Brasil Mundialmente, é considerado protetor de escoteiros mirins, soldados e cavaleiros. É padroeiro de países como Inglaterra, Geórgia e Etiópia. Aqui no Brasil, um dos times de futebol mais populares do país, o Corinthians, escolheu o Santo Guerreiro como seu padroeiro. A sede do clube é chamada Parque São Jorge. No Rio de Janeiro, onde é venerado por sambistas, e pela cultura do samba em geral, a devoção a ele atingiu outro patamar. O dia do santo, 23 de abril, é feriado estadual. E, em maio de 2019, ele se tornou oficialmente padroeiro do estado. O Corpo de Bombeiros do estado tem na figura dele seu protetor, assim como policiais militares. O mestre em Educação João Victor Gonçalves Ferreira, que estudou as festividades de São Jorge na cidade do Rio, diz que o santo cristão é, na verdade, uma figura múltipla. “Aqui no Brasil, ele ganhou muitos sentidos, em especial quando ele é associado aos orixás. Aqui no Sudeste, São Jorge é Ogum, o orixá da tecnologia, do ferro, das batalhas, o orixá guerreiro”. Na época da escravidão, os africanos aprisionados e trazidos à força para o Brasil passaram a associar seus orixás a figuras católicas a fim de poder manter sua devoção sem serem importunados pelos escravistas cristãos, dando origem assim ao sincretismo religioso brasileiro. Ogum, deus do ferro e da guerra na mitologia iorubá, foi logo associado ao soldado romano martirizado. “São Jorge ganha um outro contorno quando a ele são associadas, pelo processo sincrético, algumas características típicas de Ogum. Então é muito comum você, por exemplo, ver cerveja sendo oferecida a São Jorge. No Rio de Janeiro, quem entrou num boteco, já viu um São Jorge, com um copo de cerveja. Isso é típico de São Jorge, porque também é típico de Ogum. O sincretismo trouxe para São Jorge um valor ainda maior. Agregou a ele, valores, cultos e práticas muito simbólicas. E criou-se uma mítica em torno desse santo”, explica Ferreira. E, apesar de hoje nem todos devotos terem essa noção muito clara, as duas figuras são associadas, porém distintas. “A proximidade com as mitologias [de São Jorge e Ogum] faz com que as pessoas associem [as duas figuras]”, disse a pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Ana Paula Alves Ribeiro. Segundo Ana Paula, a concentração de terreiros no Rio de Janeiro pode também explicar a dimensão do culto a São Jorge no estado. A pesquisadora acompanha as festas dedicadas ao santo, que costumam reunir milhares de pessoas em 23 de abril, há mais de 20 anos. Ela coordena o Museu Afrodigital da Uerj, que reúne registros fotográficos de festividades populares cariocas, como as dedicadas ao Santo Guerreiro, feitos desde 2012. “São Jorge tem uma penetração na cultura popular, e na cultura afro-brasileira, que poucos santos têm. A gente vai encontrar pessoas com camiseta, com medalha, com anel. Você vai encontrar São Jorge na porta das casas, nos azulejos, em imagens. Há um repertório sobre São Jorge que é cantado pela música popular brasileira”. O cantor e compositor Zeca Pagodinho, que tem uma imensa estátua de São Jorge em sua casa, em Xerém (RJ), é um dos artistas que transformaram sua devoção em música. Ele compôs, com Ratinho, a canção Lua de Ogum, e também gravou Pra São Jorge, de Pecê Ribeiro, e Ogum, de Marquinhos PQD e Claudemir. “Minha devoção por São Jorge vem desde rapazinho. Eu via os malandros, os sambistas, com cordão de São Jorge. Todo botequim tinha uma estátua de São Jorge. É um guerreiro, cavaleiro do céu”, disse Zeca Pagodinho. A pesquisadora Ana Paula acredita que haja uma identificação dos brasileiros com a simbologia guerreira do santo. “A questão de ser um santo guerreiro, mas também de vencer as demandas [atrai os devotos]. As demandas podem não ser grandes ou visíveis. Podem ser sentimentais, amorosas, espirituais, religiosas. As demandas são desde enfrentamentos cotidianos até aqueles grandes momentos de encruzilhadas em que a gente precisa tomar uma decisão. Isso tem um grande apelo”. O mestre em Educação João Ferreira lembra que, na cidade do Rio de Janeiro, São Jorge é uma espécie de padroeiro não oficial, já que a função oficial pertence a São Sebastião. “Diferente do nosso padroeiro, São Jorge não é representado na sua morte como São Sebastião e as flechas. São Jorge é simbolizado como um grande guerreiro, aquele que vence os desafios e as batalhas, que matou o dragão. E essa construção simbólica é muito significativa pro brasileiro, que é um povo que sempre associa o cotidiano a essa questão da batalha. Pro fiel de São Jorge, as batalhas cotidianas são o dragão que a gente mata todo dia. Se ele pode matar o dragão, ele pode ajudar a vencer questões pessoais, de trabalho, de saúde. Por isso tanta gente se apega e faz promessas ao santo”. Marcelo Lopes encontrou em
Região preservada estimula turismo consciente e pequenos produtores
Um município do Rio de Janeiro com cerca de 70% de seu território em área de preservação ambiental tem conquistado a atenção de turistas e pequenos produtores. Localizada a 74 km da capital fluminense, Guapimirim tem estimulado o turismo consciente para evitar que o movimento de pessoas tenha efeito negativo na região. Segundo o secretário Municipal de Turismo, Mário Seixas, áreas como o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), o Cânion de Iconha e a Cachoeira da Concórdia se destacam nos projetos de ecoturismo. “Eu falo muito da responsabilidade do trabalho que a gente tem. Não podemos errar na mão da promoção dos nossos atrativos naturais. O turista que a gente convida tem que ser responsável, consciente. A gente sabe que tem que fazer o trabalho de casa e é uma ação conjunta aqui dentro de conscientização e também de atrair turistas que possam manter aquilo que a gente tem de maior e melhor que é o nosso patrimônio natural”, relatou. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Respeito ambiental Pequenos empreendedores reforçam a busca por qualidade e de respeito ambiental na região. “A marca da cidade traz o aspecto verde que a gente tem”, disse o secretário, mostrando a lata de uma cerveja artesanal produzida na cidade e vendida na Rota Cervejeira, projeto que inclui ainda as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu. O produtor de cervejas artesanais Bruno Diniz dos Santos, de 38 anos, deixou a Ilha do Governador, na zona norte do Rio, para morar no município de Magé, ao pé do Parnaso. “Quando eu me mudei para cá tive uma experiência meio transformadora na minha vida e percebi que o maior ativo que tinha aqui era a água muito diferenciada. A gente tem uma água natural sem tratamento algum, pura diretamente da natureza, da Mata Atlântica” disse. Segundo ele, a água pura da região é um dos elementos principais elementos da produção da cerveja artesanal. Como autodidata, se dedicou a pesquisas e a fazer cursos. A ideia era fazer cervejas diferentes entre elas. Bruno compara a experiência, que considera uma terapia, com a culinária que também gosta muito. “É uma forma de ter cuidado com outras pessoas”. O produtor, no entanto, não pretende comercializar seu produto. “Na verdade, sou cervejeiro caseiro e não tenho ideia de comercializar nada. O que eu gosto de fazer mesmo são experiências com pessoas e poder beber cerveja. Sou administrador e empreendedor, mas infelizmente não vejo um caminho se não for industrial, então, para mim é só a experiência, assim como cozinhar que eu adoro. É mais um hobby”, pontuou. Cogumelos Depois de concluir mestrado e doutorado na área de agricultura sustentável, a agrônoma Sandy Sampaio Videira, 43 anos, quis fazer mais do que pesquisas na área e atualmente se dedica à produção de cogumelos de diversos tipos, como shitake, paris e shimejis cinza, salmão e juba de leão, no distrito de Santo Aleixo, em Magé, na Baixada Fluminense. “É um alimento extremamente saudável, é proteína também, está relacionado à parte imunológica. Tem um monte de benefício para saúde e se consegue produzir em um espaço menor”, disse. Para superar a dificuldade de encontrar a matéria prima para a produção, a escolha foi trabalhar com substratos, resultantes de matéria orgânica da agricultura como palha de milho e bagaço de cana de açúcar, todos encontrados na região. “Depois que o cogumelo é produzido, a gente tem um novo resíduo que é matéria orgânica. A partir disso, a gente faz o processo de compostagem e volta com esse resíduo para a agricultura. A gente tem um trabalho dentro da economia circular, com a menor geração de resíduo possível, que incentiva a economia local, porque usa subprodutos da agricultura local e faz uma cadeia de geração de alimentos em uma coisa que não ia ser utilizada para nada. Com isso, a gente consegue diminuir o custo e popularizar o consumo. Não quero um cogumelo gourmetizado, quero um cogumelo popular”, contou. Segundo a produtora, o Rio de Janeiro ainda não tem uma cadeia de produção e logística do setor, o que faz com que parte dos cogumelos consumidos no estado seja oriundo de São Paulo. Com uma bolsa de estudos, Sandy comprou os equipamentos necessários para montar um laboratório. Para facilitar o transporte, ele está localizado na área abaixo do caminho que leva ao sítio, que é o acesso mais difícil. A ideia da agrônoma é dar suporte a outros produtores de cogumelos do estado que não tenham assistência. “Quanto mais produtores tiver é melhor. A gente tem acesso ao alimento mais fresco e gira a economia e renda para as microrregiões daqui”, apostou. *A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Fundação Boticário Fonte
Jequitibá-rosa milenar é destaque em parque do Rio de Janeiro
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil O Parque Estadual dos Três Picos, no Rio de Janeiro, abriga uma árvore incomum: o jequitibá-rosa com idade calculada em mais de mil anos. Conhecida popularmente como gigante da floresta, está localizada em uma área de mais de 65 mil hectares que se espalha em partes dos municípios de Teresópolis, Guapimirim, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim. Com cerca de 40 metros de altura, 6 metros de diâmetro e 19 metros de circunferência na base, a árvore faz jus ao apelido. Para chegar até ela, o visitante precisa passar pela Trilha do Jequitibá-rosa, com distância de 840 metros. Embora considerada com dificuldade técnica fácil, há quem discorde após a caminhada de uma hora. Parque Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Localizado em uma das partes da Mata Atlântica, o Três Picos é o maior parque estadual do Rio de Janeiro. Além do jequitibá, o visitante pode encontrar muitas nascentes e rios, cachoeiras, encostas e cumes de montanhas. Entre os principais atrativos estão o Mirante do Capacete, a Caixa de Fósforos, o Pico Menor, a Cabeça do Dragão e o Bosque da Preguiça. O gerente do parque, Alexandre Donato, disse que no município de Cachoeiras de Macacu, onde se localiza a sede do Parque dos Três Picos, está a maior porção de Mata Atlântica. Segundo Donato, há registros de onça parda, bichos-preguiça, tatus, capivara e jaguatirica. A anta, que foi considerada em extinção, foi reintroduzida ao ambiente. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil O gerente de projetos da Fundação Boticário e líder do Movimento Viva Água Baía de Guanabara, Thiago Valente, destacou o retorno do ICMS ecológico, recebido pelos municípios que preservam áreas de diversidade ambiental, como uma ferramenta que ajuda na conservação do local. “O Brasil tem uma legislação muito interessante em que o município recebe, o que a gente chama de ICMS ecológico. Ele tendo áreas protegidas e implementando gera uma receita. O município recebe recursos porque é um uso, que eles não podem fazer, seria quase como uma moeda de troca”, informou. *A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Fundação Boticário Fonte
Da poluição ao berçário da vida marinha: passeio atrai turistas no Rio
A presença dos botos é uma das atrações do berçário da vida marinha da Baía de Guanabara e do seu entorno, no Rio de Janeiro. O passeio ecológico tem conquistado turistas e moradores do próprio do estado e está localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, na região metropolitana do Rio. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil O presidente da Cooperativa de Catadores de Caranguejo da Baía de Guanabara, Alaildo Malafaia, tem um olhar otimista pela presença dos animais na região. “O boto escolheu a Baía de Guanabara para se alimentar. O boto é indicador de água boa, se ele resiste é porque tem muita vida ainda”, disse à Agência Brasil, antes de sair para o passeio na condução de um barco. A transformação do local, historicamente poluído, em uma área habitada por botos-cinza foi possível com ajuda de programas como o Guardiões do Mar, que desenvolve o projeto Caranguejo Uçá, que têm garantido a recuperação do manguezal e a renda dos catadores. Duas vezes por ano, a organização não governamental realiza um dia de limpeza na Baía de Guanabara e retira toneladas de lixo que, se permanecerem no local, impactarão a vida do berçário marinho. Cartões-postais Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasill Depois de passar pelos rios Guapi-Macacu e Guaraí, acompanhado por garças, colhereiros-rosa e outras aves, o barco entra na Baía de Guanabara, onde se pode avistar cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro. Entre eles estão o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e as cadeias montanhosas da região serrana do estado, onde se localiza o Dedo de Deus. Também é possível ver os currais de pesca espalhados no espelho d’água, que garantem a renda de pescadores artesanais. “Os índios já pescavam assim, só que eles tiravam madeira de mangue para fazer os currais e continuaram por muitos anos”, contou o presidente da Cooperativa de catadores. Ele acrescentou que a construção começou a ser feita com eucalipto e bambu, depois da criação da APA Guapi, em 1984, para inibir o desmatamento no manguezal, que anteriormente era provocado pela atuação de olarias na produção de tijolos. Balneário Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasill A etapa seguinte do passeio é uma visita por terra ao Píer da Piedade e à Praia do Remanso, a única com balneabilidade da Baía de Guanabara. A praia recebeu o selo internacional de preservação ambiental pela Foundation for Environmental Education. De lá, a próxima parada é a visita à Igreja de São Francisco do Croará, que tem imagens trazidas de Macau e, por isso, os santos têm características orientais. Na mesma região, uma outra atração é o Mirante de Mauá. Estação de trem Tânia Rêgo/Agência Brasil O último ponto da viagem é a Guia de Pacobaíba, inaugurada em 30 de abril de 1854 como estação inicial da Estrada de Ferro Mauá. Essa é a primeira estação de trens no Brasil e atualmente é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 1945 recebeu então o nome de Guia de Pacobaíba, que é o local da freguesia onde está erguida. Inicialmente, havia 14,5 quilômetros de via férrea no Brasil, ligando Porto de Estrela, atualmente Porto Mauá, em direção a Petrópolis. *A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Fundação Boticário Fonte
Hoje é Dia: Dia Mundial do Livro, da Educação e da Dança são destaques
A semana entre os dias 23 e 29 de abril é recheada de datas que ajudam a celebrar e conscientizar as pessoas. Este domingo (23) é marcado pelo Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral. A data surgiu em homenagem a dois nomes da literatura mundial: Miguel de Cervantes e William Shakespeare. No ano passado, o Repórter Brasil, da TV Brasil, falou sobre a data: 23 de abril também é o Dia Mundial dos Escoteiros (uma homenagem a São Jorge, padroeiro dos escoteiros) e o Dia Nacional do Choro. Em 2016, o Repórter Brasil fez uma matéria sobre a data, uma homenagem ao dia do nascimento de Pixinguinha. O dia 27 de abril tem duas datas que jogam luz sobre duas profissões importantes na sociedade: o designer gráfico e a empregada doméstica. O Dia Nacional da Empregada Doméstica é uma homenagem a Santa Zita (padroeira das empregadas domésticas) e serve para lembrar a luta pelos direitos da classe. Em 2012, o Caminhos da Reportagem fez um episódio especial sobre essa categoria. O dia 28 é marcado por três efemérides. Uma delas é o Dia Mundial da Educação, que destaca a importância do conhecimento na transformação social. A data também é o Dia Nacional da Caatinga (um bioma exclusivamente brasileiro, conhecido por sua diversidade de fauna e flora, que ocupa 11% do território nacional). A série Nossos Biomas falou sobre a Caatinga no ano passado: O 28 de abril é, ainda, o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho. A data busca sensibilizar a sociedade sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. A efeméride centraliza o movimento “Abril Verde”, que ocorre durante todo o mês e foi tema desta matéria da Radioagência Nacional. Para fechar a semana, o dia 29 de abril é o Dia Internacional da Dança. A data foi instituída em 1982 pela Unesco e visa promover esta forma de arte em todo o mundo. A Radioagência Nacional e o Sem Censura, da TV Brasil, já fizeram conteúdos especiais sobre a data. Confira a lista semanal* do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados: 23 a 29 de abril de 2023 23 Nascimento do físico alemão Max Planck (165 anos) – criador da teoria da física quântica Nascimento do sambista mineiro Geraldo Pereira (105 anos) – foi um dos principais expoentes do samba sincopado, que influenciou a bossa nova. O filme O Rei do Samba, lançado em 1998, conta sua história. A obra é dirigida por José Sette, e com Gérson Rosa no papel de Geraldo Pereira Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral – nesta data, no ano de 1616, morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega Dia Mundial dos Escoteiros Dia Nacional do Choro 24 Nascimento do cantor argentino Carlos Galhardo (110 anos) – um dos principais cantores da Era do Rádio, passou por várias emissoras de rádio do Rio de Janeiro, tais como Mayrink Veiga, Rádio Clube, Philips, Sociedade, Cruzeiro, Cajuti, Tupi, Nacional e Mundial 25 Dia Mundial da Malária – comemoração internacional oficializada em maio de 2007 pela 60ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde da OMS 26 Nascimento do pintor francês Eugène Delacroix (225 anos) – é considerado o mais importante representante do romantismo francês 27 Dia Mundial do Design Gráfico Dia da Empregada Doméstica 28 Nascimento do cantor e compositor paulista Arlindo Pinto (55 anos) – considerado um dos mais importantes compositores sertanejos do fim dos anos 1940 e início da década de 1950 Fundação da escola de samba Estação Primeira de Mangueira (95 anos) Dia Mundial da Educação Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho Dia Nacional da Caatinga 29 Getúlio Vargas cria o Conselho Nacional do Petróleo, precursor da Petrobras (85 anos) Lançamento do filme 2001: Uma odisseia no espaço nos cinemas brasileiros (55 anos) Dia Internacional da Dança – a Unesco escolheu esse dia por ser a data de nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre, que ultrapassou os princípios gerais norteadores da dança do seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. Sua proposta era atribuir expressividade à dança por meio da pantomima, a simplificação na execução dos passos e a sutileza nos movimentos. Noverre se destaca na história por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, Letters sur la danse *As datas são selecionadas pela equipe de pesquisadores do Projeto Efemérides, da Gerência de Acervo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que traz temas relacionados à cultura, história, ciência e personalidades, sempre ressaltando marcos nacionais e regionais. A Gerência de Acervo também atende aos pedidos de pesquisa do público externo. Basta enviar um e-mail para centraldepesquisas@ebc.com.br. Fonte
Brasileiro: Vasco e Palmeiras fazem duelo de invictos no Maracanã
Vasco e Palmeiras duelam, a partir das 16h (horário de Brasília) deste domingo (23) no estádio do Maracanã, pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. A Rádio Nacional transmite o confronto entre o Verdão e o Cruzmaltino, que estrearam com triunfo na competição. 𝑽𝑨𝑴𝑶𝑺 𝑱𝑼𝑵𝑻𝑶𝑺 📸: Daniel Ramalho | #VascoDaGama pic.twitter.com/Iu3Z1ZtFbZ — Vasco da Gama (@VascodaGama) April 22, 2023 A partida marca o retorno do Vasco da Gama ao Maracanã em um confronto de Série A. O Gigante da Colina estreou na competição com uma bela vitória de 2 a 1 sobre o Atlético-MG em pleno Mineirão. O objetivo da equipe comandada por Mauricio Barbieri é somar mais três pontos para manter os 100% de aproveitamento no Brasileirão, e assim largar bem na única competição que o clube vai disputar até o final do ano. Com Gabriel Pec em grande fase, o Vasco procura fazer bom uso do mando de campo e do apoio de sua fiel torcida para sair do Maracanã com mais três pontos. Mais de 40 mil ingressos já foram vendidos para esta partida. O Palmeiras também busca manter os 100% de aproveitamento na competição. O atual campeão brasileiro e paulista vive grande fase e espera estragar a festa do Cruzmaltino saindo do Maracanã com os três pontos. Na estreia na competição a equipe do técnico Abel Ferreira saiu vitoriosa diante do Cuiabá, em partida que terminou 2 a 1. O treinador português foi expulso e por isso não comanda o time na tarde deste domingo. Com o jovem atacante Endrick em boa fase, com três gols nos últimos quatro jogos, o Verdão entra em campo determinado a defender o título do Brasileirão. Sábado de treino na Academia de Futebol 💪 Com trabalho técnico de finalizações, encerramos a preparação para o duelo com o Vasco pelo @Brasileirao ➤ https://t.co/BfOwO7mcES#AvantiPalestra pic.twitter.com/xwEz2JbIjm — SE Palmeiras (@Palmeiras) April 22, 2023 Transmissão da Rádio Nacional A Rádio Nacional transmite Vasco e Palmeiras com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Mario Silva, reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui: * Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Verônica Dalcanal. Fonte