Atividade econômica tem alta de 3,32% em fevereiro
Após ficar estável em janeiro, a atividade econômica brasileira teve alta em fevereiro deste ano, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (28), em Brasília, pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou crescimento de 3,32% em fevereiro em relação ao mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período). O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos. Desde agosto do ano passado, o IBC-Br vinha caindo. Em dezembro, houve alta, estabilidade em janeiro e, agora, novo crescimento. Os resultados estavam em linha com a decisão do BC de manutenção da Selic em alta para ajudar a controlar a inflação. A taxa está em 13,75% desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. Taxa básica Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia. Ainda assim, o resultado do índice do BC aponta uma recuperação da atividade. Em fevereiro, o IBC-Br atingiu 147,49 pontos. Na comparação com fevereiro de 2022 houve crescimento de 2,76% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo em 3,08%. O indicador oficial da economia brasileira, entretanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com resultado trimestral, o PIB do primeiro trimestre de 2023 será divulgado em 1º de junho. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões. Fonte
Lula assina hoje demarcação de seis terras indígenas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina, nesta sexta-feira (28), decretos de homologação de seis terras indígenas, durante o encerramento do Acampamento Terra Livre 2023, em Brasília. Os processos estavam parados desde 2018, pois o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não faria nenhuma demarcação durante seu governo. As áreas homologadas para usufruto exclusivo indígena são: Terra Indígena (TI) Arara do Rio Amônia, no Acre, com população de 434 pessoas e portaria declaratória do ano de 2009. TI Kariri-Xocó, em Alagoas, com população de 2,3 mil pessoas e portaria declaratória do ano de 2006. TI Rio dos Índios, no Rio Grande do Sul, com população de 143 pessoas e portaria declaratória de 2004. TI Tremembé da Barra do Mundaú, no Ceará, com população de 580 pessoas e portaria declaratória do ano de 2015. TI Uneiuxi, no Amazonas, com população de 249 pessoas e portaria declaratória do ano de 2006. TI Avá-Canoeiro, em Goiás, com população de nove pessoas e portaria declaratória do ano de 1996. A portaria declaratória é uma das fases do processo de homologação de uma terra indígena. Após estudos de identificação, o governo federal reconhece a área como pertencente a determinado grupo indígena. A informação das homologações havia sido antecipada nessa semana pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Ainda em janeiro, Guajajara afirmou a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), incluindo a Agência Brasil, que 14 processos de demarcação de áreas da União já estavam prontos para ser homologados. Nesta sexta-feira, Lula também assina decretos que recria o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) e que institui o Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI). O objetivo dessa política é promover e garantir a proteção, recuperação, conservação e o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios indígenas. De acordo com a Presidência, a iniciativa assegura a melhoria da qualidade de vida dos indígenas com condições plenas para a reprodução física e cultural das atuais e futuras gerações, além de garantir a integridade do patrimônio material e imaterial desses povos. Recursos para os povos Yanomami Ainda no Acampamento Terra Livre, o presidente Lula anuncia a liberação de R$ 12,3 milhões à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), para a aquisição de insumos, ferramentas e equipamentos às casas de farinha, recuperando a capacidade produtiva das comunidades indígenas yanomami, em Roraima. A TI Yanomami é a maior do país em extensão territorial e vinha sofrendo com a invasão de garimpeiros. A contaminação da água pelo mercúrio utilizado no garimpo e o desmatamento ilegal impactaram na segurança e disponibilidade de alimento nas comunidades. A situação gerou uma crise humanitária que levou mais de 500 crianças à morte, por desnutrição e causas evitáveis, nos últimos quatro anos. Desde janeiro, o governo federal vem atuando na desocupação dos garimpeiros e no apoio aos indígenas. Ouça também na Radioagência Source link
Dia da Educação: professores explicam caminhos de ensino antirracista
A violência surgiu de onde ela menos esperava. Em pleno Dia das Mulheres, há quase dois meses, a professora Edmar Sônia Vieira Valéria, de 50 anos, em uma escola da região administrativa de Ceilândia (DF), recebeu de “surpresa” de um aluno uma palha de aço. A ação, considerada de caráter racista e machista, abalou a docente, mas não alterou as convicções de que é necessário e possível uma educação antirracista. “O nosso trabalho deve ser com amor. Devemos levar em conta que as características dos alunos de hoje são muito diferentes das de 20 anos atrás”, afirmou a professora em entrevista à Agência Brasil. As agressividades, segundo ela, são voltadas para serem filmadas e espalhadas pelas redes. O celular, segundo testemunha, virou protagonista no dia a dia educacional. “Tudo acontece por meio do telefone dentro de uma escola. É por ali que eles combinam qualquer ato, qualquer ação. É o que eles usam para se agredirem, por onde se ameaçam. Ou quando desejam filmar um professor recebendo um pacote de palha de aço, como aconteceu comigo”. Ela defende maior participação das famílias na escola e uma revisão geral do processo de ensino-aprendizagem para efetivação de uma escola antirracista. “Nós precisamos de ações efetivas. Além das leis, precisamos de modelos de educação mais atuantes, uma escola mais atraente. O caminho é a educação séria e não o castigo”. Para ela, as escolas precisam contar histórias de pessoas negras a fim de que os alunos se vejam representados. A professora explica que o aluno que a ofendeu pediu desculpas em diferentes ocasiões desde então e crê que ele aprendeu com o erro. “Ele nunca foi um aluno agressivo. Chegava sempre com muita alegria. Sentava próximo à minha mesa. Ele se arrependeu e entendeu”. A conscientização passou pelo caminho da repercussão e da solidariedade à professora, que se seguiram à violência, e pelas constantes conversas em sala. Sem tabu O caminho para uma educação antirracista, no entender do cientista social Vidal Mota Junior, obriga que o tema deixe de ser tratado como tabu e seja reconhecido como um problema a ser discutido e enfrentado em sala de aula. “A gente vê como um longo caminho de conscientização. Mais de 56% da população são negros e menos representados em posições de liderança ou dentro de uma sala de aula”, afirma o especialista, que coordena a organização não governamental (ONG) Dacor, com sede em São Paulo, que promove políticas e campanhas de conscientização sobre a questão racial no Brasil. Para o pesquisador, é preciso que essa violência do racismo não seja naturalizada e todos os crimes gerem intervenções sérias. “A escola tem que chamar os alunos que cometem a violência para reensiná-los. E mostrar para toda a comunidade escolar que o preconceito racial não terá vez naquele espaço”. Protagonismos e prioridades Além disso, segundo os professores, a escola deve apresentar sinais nítidos de democracia racial, com inclusão e protagonismos de histórias de heróis negros e não os clássicos personagens brancos de origem europeia. Em 2023, ano em que a Lei Antirracista nas escolas completou 20 anos, a legislação tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira. O desafio dos sistemas educacionais, de todos os âmbitos, é que, além da lei, efetivamente se promova empatia e estrutura para que os estudantes entendam as próprias raízes, e de uma forma atraente. Essa necessidade é reconhecida pela advogada brasiliense Karina Berardo, mãe de dois filhos negros adolescentes. “Na escola deles, a lei não saiu do papel. Não tem professores ou diretores negros. Para enfrentar isso, eles vão ter que cortar na própria carne. Claro que não precisa ser negro para falar sobre democracia racial”. Outra preocupação de Karina é o que chega pelos celulares, como alertaram os pesquisadores. Ela procura acompanhar, por exemplo, os grupos de mensagens dos filhos. “Não raras vezes, eu encontro a utilização de termos utilizados para agredir e diminuir as pessoas. Os meninos têm hábito de um chamar o outro de gay, de retardado, de preto. Quer dizer: utilizam termos de forma completamente equivocada. Eu conversei isso na escola: é preciso trazer pessoas deficientes, pessoas gays, pessoas negras para conversarem com os alunos. As escolas precisam abraçar a causa de verdade”. Source link
Sine Amazonas divulga 557 vagas de emprego em diversas áreas para esta sexta-feira
O Governo do Amazonas, por meio do Sistema Nacional de Empregos do Amazonas (Sine/AM), administrado pela Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), divulga a oferta de 557 vagas de emprego para esta sexta-feira (28/04). Os interessados em concorrer às vagas devem comparecer na sede do Sine Amazonas, localizada na Galeria+, avenida Djalma Batista, 1.018 (entre o Amazonas Shopping e o Manaus Plaza Shopping). A distribuição das senhas e atendimento são realizados das 8h às 14h. Para o cadastro, devem apresentar comprovante de vacinação (Covid-19), currículo e documentos pessoais (RG, CPF, PIS, CTPS, comprovante de escolaridade e residência). Não é necessário apresentar cópias, somente os documentos originais. As oportunidades de emprego são de diversas empresas e instituições do Amazonas, e os detalhes das vagas serão informados pelos empregadores. 15 VAGAS: AJUDANTE DE PRODUÇÃO Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter cursos de TBO (Treinamento Básico Operacional) e 5’S será um diferencial, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: AUXILIAR DE LOGÍSTICA Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com ou sem experiência na área. OBS: Ter cursos na área de Logística, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: AUXILIAR DE CADASTRO Escolaridade: Ensino Médio completo. Com experiência na área. OBS: Ter domínio no Pacote Office, conhecimento em NF, cadastro de produtos, ter conhecimento em Sistema Linear será um diferencial, ter disponibilidade de horário, documentação completa, laudo e currículo atualizado. 04 VAGAS: SUPERVISOR TÉCNICO EM NUTRIÇÃO Escolaridade: Ensino Técnico completo em Nutrição; Com experiência na área. OBS: Ter experiência na área de Nutrição, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: SUPERVISOR DE MARKETING Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter perfil de liderança, experiência em fechar novas parcerias para produção de Mailings, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: SUPERVISOR DE AÇOUGUE Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter habilidade em processos de controle, inovação, exposição, construção Mix, conhecimento técnico em cortes nobres, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 03 VAGAS: MOTORISTA DE CAMINHÃO Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter curso de Direção Defensiva atualizado, noções de Primeiros Socorros, experiência em entrega de produtos e mercadorias, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 02 VAGAS: ESTAGIÁRIO INDUSTRIAL Escolaridade: Ensino Superior cursando Engenharia a partir do 4º período; Sem experiência na área. OBS: Ter Excel avançado, conhecimento em Power BI, desejável inglês intermediário, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: COSTUREIRO Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter experiência em reta e overlok, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 04 VAGAS: CONSULTOR DE TURISMO Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter experiência em atendimento ao cliente com potencial de compra, prospecção de cliente, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: CONSULTOR DE PADARIA Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter habilidade de exposição, inovação, dominar construção Custo VS, ter CNH será um diferencial, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 04 VAGAS: CARREGADOR DE ARMAZÉM Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na área. OBS: Ter disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: ANALISTA DE T.I PLENO Escolaridade: Ensino Superior cursando Tecnologia da Informação ou áreas afins; Com experiência na área. OBS: Ter experiência com a plataforma QLIK, administração em ambiente de BI, desenvolvimento de Dashboard e indicadores, conhecimento na ferramenta ETL, PLSQL, banco de dados Oracle e Potgres, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: ANALISTA DE SUPRIMENTOS Escolaridade: Ensino Superior cursando Administração, Logística ou áreas afins; Com experiência na área. OBS: Conhecimento em negociação, gestão de fornecedores, gestão de contratos, prestação de serviços e compra de materiais, ter experiência em pacote Office, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: ANALISTA DE ATENDIMENTO Escolaridade: Ensino Superior cursando Marketing, Gestão Comercial, Administração ou áreas afins; Com experiência na função. OBS: Vivência em atendimento ao cliente, técnica de vendas e telemarketing, ter experiência em pacote Office, ter CNH categoria “B” será um diferencial, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na área. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: OPERADOR DE EMPILHADEIRA Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na área. OBS: Ter CNH categoria “B”, curso de Operador de Empilhadeira atualizado, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: BARMAN Escolaridade: Ensino Médio completo. Com experiência na área. OBS: Ter curso de atendimento ao cliente, disponibilidade de horário, documentação completa atualizada. 10 VAGAS: AÇOUGUEIRO Escolaridade: Ensino Fundamental completo. Com experiência na área. OBS: Ter curso de atendimento ao cliente, disponibilidade de horário, documentação completa atualizada. 05 VAGAS: CHAPEIRO Escolaridade: Ensino Fundamental completo. Com experiência na área. OBS: Ter disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 25 VAGAS: AGENTE DE COLETA Escolaridade: Ensino Fundamental completo. Com ou sem experiência na área. OBS: Ter disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 38 VAGAS: ATENDENTE DE LOJA Escolaridade: Ensino Médio completo. Com experiência na área. OBS: Ter experiência em Pacote Office, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 12 VAGA: APRENDIZ ADMINISTRATIVO Escolaridade: Ensino Médio completo. Primeiro emprego. OBS: Ter curso de Informática Básica, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 08 VAGAS: CONSULTOR FINANCEIRO Escolaridade: Ensino Médio completo. Com experiência na área. OBS: Ter experiência em contas a pagar e receber, fechamento de caixa, folha de pagamento e afins, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 15 VAGAS: PADEIRO Escolaridade: Ensino Médio completo. Com experiência na área. OBS: Ter disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGAS: COZINHEIRO Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na área. OBS: Ter cursos na área, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 08 VAGAS: OFFICE BOY Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na área. OBS: Ter CNH categoria “A/B”, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 10 VAGAS: PEIXEIRO Escolaridade: Ensino Fundamental
Receita paga hoje restituições de lote residual do Imposto de Renda
A Receita Federal credita nesta sexta-feira (28) restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de lote residual de anos anteriores a 290.934 contribuintes, no valor total superior a R$ 344 milhões. O pagamento será feito na conta bancária indicada na Declaração do Imposto de Renda ou por chave Pix. Os lotes residuais são de contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências. O valor da restituição é atualizado pela taxa Selic a partir do mês seguinte ao prazo final de entrega da declaração até o mês anterior ao pagamento, mais 1% no mês do depósito. Consulta Para fazer a consulta, o contribuinte deve acessar o site da Receita, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”. Se for detectada alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo informações. O aplicativo da Receita para tablets e smartphones permite consulta sobre a liberação das restituições e situação do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Caso o crédito não seja depositado na data, o valor ficará disponível para resgate por até um ano no Banco do Brasil. O resgate deve ser feito pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos>Meu Imposto de Renda e clicando em “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”. Fonte
Festa literária é um dos eventos em homenagem ao centenário da Portela
A Festa Literária da Portela, FLIPortela, que está em sua terceira edição, é uma das atividades já programadas no extenso calendário de eventos e festejos para comemorar o centenário da Portela, celebrado em 11 de abril. O encontro começa nesta sexta-feira (28) e termina no domingo (30), na quadra da Majestade do Samba, como a agremiação é chamada, na zona norte do Rio. “A programação conta com atividades para alunos da rede pública, debates, lançamentos de livros, saraus de poesias, muitas homenagens à história portelense e, claro, a principal conversa de sambista, que é samba”, diz o site da tradicional azul e branco. “Neste 2023, celebramos um século de tradição, iniciada nos quintais e terreiros de Oswaldo Cruz e Madureira e que se tornou não só uma potência na expressão cultural que ajudou a moldar como um patrimônio do Rio.” Os organizadores prometem muita descontração: “nada contra os rigores acadêmicos. Mas, gostamos da descontração dos bares, das ruas, dos botequins e das peladas de fim de semana.” Livro e enredo Um dos destaques da programação da Festa Literária deste ano, será o debate Um Defeito de Cor: narrativas de mulheres negras que atravessam sonho, ficção e realidade, previsto para às 15h30 de sábado. O livro Um Defeito de Cor foi escolhido pelos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga como tema para o enredo da Portela em 2024. A mesa, que vai ter a mediação da jornalista Lola Ferreira, vai contar com a presença da autora da obra Ana Maria Gonçalves e da jornalista Flávia Oliveira, da coordenadora-geral da ONG Criola, Lúcia Xavier, e da diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto. Ao mesmo tempo, para incentivar a leitura e a popularização da obra, a Festa Literária vai oferecer descontos na compra do livro. O diretor do Departamento Cultural da Portela, Rogério Rodrigues, disse que a aproximação da literatura dos integrantes e visitantes da Portela é uma meta, desde a criação da FLIPortela. “Quando a festa literária foi criada, foi exatamente isso: em primeiro lugar acabar com o estigma, o preconceito, o clichê de que é subúrbio, povo suburbano, povo periférico e povo do samba não consome literatura. A gente está inundando de narrativas, sejam orais ou escritas, o tempo todo, seja por histórias e saberes compartilhadas no dia a dia da agremiação, seja trabalhando essa herança de linhagem de adaptar enredos de textos literários. A partir desses dois vértices a gente vem estimulando a divulgação do livro e incentivando o hábito de leitura”, disse Rodrigues em entrevista à Agência Brasil. Para a autora da obra que inspirou o enredo de 2024 Ana Maria Gonçalves, a literatura, de modo geral, ainda é muito elitizada. Por isso, ela defende sua popularização e o fato da Portela ser a única escola de samba a ter uma biblioteca é um bom caminho para a aproximação da comunidade portelense com os livros. A escritora recebeu com entusiasmo a notícia de que o desfile de 2024 terá seu livro enredo como tema. “É uma honra ter o livro como base para o enredo da Portela. É uma felicidade levar a literatura para pessoas e lugares que um livro quase nunca alcança por si só. Pelo que li do enredo e pelo que conversei com os carnavalescos, são os afetos despertados pela maternidade, principalmente a maternidade das mães pretas. Estou muito curiosa para saber qual é a leitura deles, que não é baseada no livro, mas em conversa com o livro. Um recorte do que, para eles, vale a pena salientar e traduzir para esta outra linguagem que é o carnaval”, revelou. À reportagem, Ana Maria disse estar animada também com a presença e venda da obra na FLIPortela: “é uma maneira de levar a literatura até lugares e pessoas que ela não alcança sozinha. Vai ser um grande prazer e um grande aprendizado estar presente no FLIPortela que, sempre é bom salientar, é o único festival literário organizado por uma escola de samba.” A autora apontou o que pretende ao participar da FLIPortela. “Não quero ser uma pessoa que está indo lá para levar cultura”, afirmou, completando que embora deseje a popularização da sua obra e da literatura, dentro da escola de samba já existe uma cultura de origem a ser respeitada. Tradição e legado Para Rogério Rodrigues, criador do projeto que instituiu a festa literária, a relação da literatura com a Portela é uma tradição. “Mais do que aproximar os integrantes da escola da literatura, na verdade [o objetivo da festa] é facilitar uma troca de saberes e conhecimentos porque os membros da escola de samba têm uma história prévia e a gente só está estabelecendo pontes com a chamada literatura sacralizada, canônica. Então a gente está fazendo pontes”, pontuou Rogério Rodrigues. A primeira edição da FLIPortela ocorreu em 2019. Nos dois anos seguinte, a pandemia de covid-19 impediu a realização presencial do evento. A segunda edição presencial ocorreu em 2022. Programação A programação da Festa Literária inclui ainda o painel: Audiovisual como salvaguarda da memória cultural do samba, que ocorre no sábado (29), às 14h. A mediação é do jornalista e jurado do prêmio Estandarte de Ouro, Leonardo Bruno. Na sequência, às 14h30, haverá o encontro Molhando a Palavra, um especial sobre enredos literários da Portela, que vai terminar com a apresentação da Galeria da Velha Guarda, cantando os sambas que forem discutidos. No último dia da Festa, no domingo, será inaugurada a biblioteca, às 10h. Em seguida, haverá uma Oficina de Cuíca, exibição de filmes e a roda de conversa: 100 anos de Portela e saraus de poesias. Clique aqui e acesse a programação completa do evento Fonte
Com curadoria feita no Brasil, Masp abre mostra crítica sobre Gauguin
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) inaugura sua nova exposição nesta sexta-feira (28): Gauguin, o Outro e Eu. Ela aborda um autorretrato em que o artista se associa com a figura religiosa de Jesus Cristo. A nova mostra apresenta 40 obras em pinturas, xilogravuras, litografias e monotipias realizadas por Paul Gauguin (1848-1903). E, diferentemente de outras exposições sobre artistas europeus em que as obras eram pré-selecionadas pelo museu de origem, agora o Masp conseguiu ser responsável pela curadoria e pode acrescentar discussões sobre a obra do artista sob uma perspectiva brasileira. A exposição fica em cartaz até 6 de agosto, com curadoria de Adriano Pedrosa, Fernando Oliva e Laura Cosendey. “É importante lembrar que essa exposição foi criada por um museu brasileiro, por curadores e pesquisadores brasileiros. Isso não é muito comum no sistema de arte brasileiro porque, em geral, as exposições que vêm a São Paulo, ao Rio de Janeiro e outras capitais, são de pacotes que viajam pela América Latina e também passam por algumas cidades brasileiras”, explicou Fernando Oliva, um dos curadores da exposição. “A particularidade dessa mostra é que ela foi feita pelo Masp para o público brasileiro. A questão da alteridade, do outro, também foi pensada para o sistema de arte e cultura, e como o brasileiro tem que lidar com esse problema. Então, não é apenas uma exposição do Guaguin acontecendo no Brasil, mas é uma exposição que levanta temas contemporâneos e atuais”, acrescentou ele, em entrevista à Agência Brasil e TV Brasil. Eixo A mostra está inserida no eixo Histórias Indígenas, tema que o museu discute este ano. Autorretrato (Perto do Gólgota), obra de Gauguin que abre a mostra, é uma joia da coleção do Masp e peça-chave dessa exposição. Nela, o artista aparece de cabelos longos, vestindo uma túnica e próximo a uma inscrição em que se lê: “Perto do Gólgota, local onde Jesus Cristo foi crucificado”. “Ele produziu diversos autorretratos durante a vida dele. E esse foi um dos últimos. É de 1896, ano em que ele retornou para o Taiti”, explicou Laura Cosendey, curadora assistente do museu. “Esse autorretrato traz uma questão que Gauguin já tinha trabalhado em outros autorretratos. É a identificação com a figura de Cristo. No caso, ele traz isso não só no modo como ele se representa, com os cabelos longos e vestindo uma túnica bem simples. Mas também na própria inscrição na pintura, no canto esquerdo, que fala Perto do Gólgota. Então, ele está aludindo à figura de Cristo no momento mais dramático da Paixão, fazendo alusão ao Gólgota, o lugar onde Cristo foi crucificado. Isso traz uma carga dramática para essa pintura que faz com que ela seja bastante única”, disse Laura. Essa obra gera debates sobre a apropriação de imagens, que tem ampliado a forma de se encarar a vida e a obra do artista. “Para além de uma questão muito técnica e de pinceladas e de uso da cor, há uma questão que é muito contemporânea, mesmo para o tempo dele, que é o modo como Gauguin se apropriou de imagens, de referências e de uma iconografia muito mais diversa do que a cultura artística parisiense do seu tempo. Em diversas obras da exposição, vemos referências e detalhes que ele retirou de relevos de templos da Indonésia ou do Partenon [templo na Grécia]. Ele misturava essas referências e criava, usava e bebia de todas essas fontes para produzir suas próprias obras”, explicou Laura. Na segunda obra pertencente ao Masp e que também é apresentada na exposição, Pobre pescador (1896) demonstra mais claramente como ele se apropriou de outras culturas. A figura central, por exemplo, é a representação do faraó Seti I, que se encontra em um dos relevos do Templo de Abidos, no Egito. Já a apropriação da cultura japonesa pode ser notada pelo movimento das ondas no mar. Arte “O Pobre Pescador é uma obra bem emblemática da produção do Gauguin no Taiti. Ele fez essa pintura em 1896, no mesmo ano em que voltou para o Taiti para lá permanecer para o resto da vida. Ela traz diversas características que permeiam vários outros trabalhos do artista no sentido em que ele recorreu a referências muito diversas para além do que ele encontrou no universo taitiano. Nessa pintura, por exemplo, temos referências da arte japonesa, do modo como ele cria para fazer a construção da paisagem, os detalhes na água e nas ondas do mar e também esse horizonte alto. E, na própria pintura do pescador, ele tomou como referência um relevo de um templo egípcio, do Templo de Abidos. Então, vemos aqui essa estratégia do Gauguin, que é bastante recorrente, de misturar essas referências, que são de diversos mundos e culturas visuais, para além da cultura e da arte europeia de onde ele veio originalmente”, observou Laura. Além das discussões sobre referência e apropriação cultural, o museu pretende apresentar a obra de Gauguin problematizando a maneira como ele, um europeu, encarava o ‘outro’ e vivia no mundo do outro. Ele, filho de um parisiense com uma peruana, viveu entre Paris, o Peru e o Taiti (Polinésia Francesa), onde produziu suas obras mais conhecidas e, atualmente, mais discutidas. “Ele considerava isso [suas origens] como uma característica que o fazia diferente de um artista parisiense inserido no circuito”, acrescentou Laura. “De alguma forma, ele alegava essa origem, essa identidade que ele nomeava como selvagem”, afirmou ela. Em algumas dessas pinturas realizadas no Taiti, apresentadas ao final da exposição, ele mostra suas amantes de 13 ou 14 anos, de forma bastante sexualizada. “A representação do outro no Gauguin obviamente era a representação que o homem do seu tempo faria. Do homem branco, europeu, heterossexual, da burguesia parisiense, que vivia em Paris. Então, o outro para ele vai ser o exótico, o primitivo e, por vezes, o ingênuo. Ele reforça esse tipo de representação que é exótica, folclorizante, e que, de certa forma, reduz, sendo por vezes preconceituoso e racista”, acentuou Fernando Oliva. Com essa exposição, o Masp amplia a visão
Sete anos e meio após tragédia, 4 famílias recebem casas em Mariana
Passados quase sete anos e meio da tragédia em Mariana (MG), quatro famílias receberam as chaves de suas casas reconstruídas. Elas deverão ser, nos próximos dias, os primeiros moradores vivendo na nova comunidade de Bento Rodrigues, anunciou André de Freitas, presidente da Fundação Renova, entidade que administra o processo de reparação dos danos causados em decorrência do rompimento da barragem da mineradora Samarco. “Nesta semana, começamos o processo de entrega de chaves. É um marco para a reparação”, disse nessa quinta-feira (27), durante webinário de apresentação do relatório final do Painel do Rio Doce, uma consultoria administrado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e formada por especialistas nacionais e internacionais. Contando com recursos doados pela Fundação Renova, eles realizaram estudos e elaboraram recomendações para o processo de reparação.. O rompimento da barragem ocorreu em novembro de 2015, deixando 19 mortos e causando impacto a dezenas de cidades mineiras e capixabas na Bacia do Rio Doce. Em Mariana, dois distritos foram arrasados: Bento Rodrigues e Paracatu. Um acordo para reparação dos danos foi firmado em março de 2016 pelo governo federal, pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, pela Samarco e por suas acionistas Vale e BHP Billiton. A partir dele, foi criada a Fundação Renova, responsável por gerir as medidas previstas, entre elas a reconstrução e o reassentamento das comunidades. A demora na entrega das obras é um dos assuntos relacionados com a reparação que levaram o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a recorrer às esferas judiciais: está sendo cobrada da Samarco uma multa de R$ 1 milhão por dia, contado a partir de 27 de fevereiro de 2021, último prazo fixado pela Justiça para a entrega do reassentamento. Crítico da atuação da Fundação Renova, o MPMG também já pediu a extinção da entidade por entender que ela não tem a devida autonomia frente às três mineradoras. Conforme mostrou a Agência Brasil em novembro do ano passado, o novo distrito de Bento Rodrigues pouco lembra a comunidade que foi arrasada pela lama. Na plataforma Google Street View ainda é possível passear virtualmente pelas ruas existentes antes da tragédia: notam-se casinhas simples de um pavimento, horta no quintal, galinheiro no fundo da casa, poucos muros e muito verde. Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil Já o distrito que está tomando forma conta com imóveis maiores e de padrão construtivo mais elevado, cercados por muros, alguns com churrasqueiras e piscinas, que dão ares de um condomínio urbano e se distanciam da paisagem de uma comunidade rural. “Não se garantiu a preservação do modo de vida das famílias. Era uma comunidade rural e agora eles não terão nem água bruta para plantar suas hortas e para criar pequenos animais. Irão viver em um loteamento urbano. Como é que o pessoal vai se reativar economicamente?”, questiona Rodrigo Pires Vieira, coordenador da Cáritas em Mariana, entidade que presta assessoria técnica aos atingidos. Bento Rodrigues e Paracatu estão sendo reconstruídos em locais escolhidos por meio de votação dos próprios moradores. Coube à Fundação Renova adquirir os terrenos. No caso de Bento Rodrigues, o cronograma original das obras previa a entrega das casas em 2018. Mas foi somente em 2018 que a Fundação Renova aprovou o projeto urbanístico junto aos atingidos, e os trabalhos tiveram início. Dessa forma, as estimativas mudaram algumas vezes até que a entidade parou de divulgar datas e o MPMG decidiu judicializar a questão. De acordo com a Fundação Renova, 189 famílias devem ser reassentadas em Bento Rodrigues. Até o momento, 119 residências foram concluídas. Há casos judicializados, por falta de entendimento entre os atingidos e a Fundação Renova. Em Paracatu, 72 famílias e 46 residências estão prontas. A Fundação Renova sustenta que o caráter participativo e o desenvolvimento de projetos customizados tornam o processo mais lento. Também aponta que a pandemia de covid-19 causou desaceleração dos trabalhos. “É muito tempo. São mais de sete anos. Fazendo uma autocrítica, a Fundação Renova, em alguns momentos, poderia ter feito melhor. Mas também devemos reconhecer que o processo foi desenhado de maneira que privilegiou outras questões e não a temporal”, disse André de Freiras. A Comissão de Atingidos de Bento Rodrigues e a Cáritas avaliam que o processo participativo não justifica os atrasos e afirmam que ela é limitada, existindo diversas fases do projeto definidas exclusivamente pela Fundação Renova. “O primeiro prazo era 2018, o segundo, 2019, e nós já estamos em 2023. E agora que está entregando quatro chaves. Temos nesse processo muitas violações de direitos”, diz Rodrigo. Mudança Os atingidos fizeram em 2016 um pacto coletivo para que todos se mudassem juntos, apenas quando as obras estiverem 100% concluídas. No entanto, Mônica dos Santos, integrante da Comissão de Atingidos de Bento Rodrigues, critica a inexistência de uma previsão sólida para a entrega de todas as casas e considera que a Fundação Renova criou uma situação onde não é mais possível a manutenção do acordo. Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil “A propaganda que ela faz é gigantesca. E o tempo que a gente está nessa espera é angustiante. Eu fico muito feliz pelas famílias que receberam a chave. E, ao mesmo tempo, é um momento de tristeza pelas pessoas que não puderam se mudar. Nesses quase oito anos, 52 pessoas da comunidade faleceram. E a gente fica com esse medo. Quem será o próximo? Será que eu vou conseguir ver a conclusão da minha casa? Será que eu vou ter o gostinho de mudar para minha casa? Então é muito complicado hoje falar em esperar para que todos se mudem”, diz ela. No fim do ano passado, a Fundação Renova anunciou que estaria pronta para realizar a mudança dos primeiros moradores em janeiro deste ano. Segundo a entidade, os equipamentos públicos já estavam concluídos. A última estrutura finalizada foi a Estação de Tratamento de Esgoto. Até o início das aulas na escola, já havia previsão: fevereiro de 2023. A entrega das primeiras chaves apenas em abril é, para Mônica dos Santos, mais um capítulo da lentidão dos trabalhos. Ela conta que se
Lançamento de obra literária infantojuvenil comemora Dia da Restinga
Para marcar o Dia da Restinga, comemorado nesta sexta-feira (28), a equipe de sustentabilidade da empresa Gás Natural Açu (GNA) e a organização não governamental (ONG) Instituto Coral Vivo (ICV) lançam a obra literária infantojuvenil A Casa de Todos os Ninhos. O objetivo é a conscientização ambiental da sociedade brasileira e o estímulo à preservação desse ecossistema que compõe o bioma da Mata Atlântica e abriga espécies raras e ameaçadas de extinção. O livro começa com o poema: “Existe uma casa encantada Que abriga todos os ninhos, É feita de sol e vento, Calor, areia e tempo. Suas árvores se vestem De espinhos, de ervas Com raízes gigantes (maiores que elefantes), E flores e cactos Que enfrentam As tempestades, ondas E redemoinhos” Escrito pelas autoras premiadas Bia Hetzel e Roseana Murray, o livro traduz em poemas a riqueza das restingas nacionais, com ilustrações de Mariana Massarani. Pesquisas feitas em diversas restingas, com destaque para a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de restinga do país, a RPPN Caruara, localizada em São João da Barra, no norte fluminense, embasaram as informações da publicação. A consultoria foi das doutoras em biologia Débora Pires, fundadora do Instituto Coral Vivo (ICV) e uma das maiores biólogas marinhas do país; e Luana Mauad, da equipe da GNA, especialista em botânica de restingas. A Casa de Todos os Ninhos apresenta, de forma lúdica, a biodiversidade das restingas para as crianças e jovens de todo o país. O livro ficará disponível para download gratuito durante dois anos, no site do ICV e da GNA. Bia Hetzel disse que graças às parcerias estabelecidas pelo ICV com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e a prefeitura de Saquarema, que também tem área importante de restinga, serão distribuídos exemplares do livro em escolas públicas desses dois municípios, além da rede de ensino de São João da Barra, dando início ao projeto Restinga em Prosa. O público-alvo é formado por leitores jovens em processo de consolidação de alfabetização. “Porque a gente quer criar uma prosa com a sociedade, explicou a escritora. Oeiras Bia Hetzel revelou que além dos três municípios fluminenses contemplados, a cidade de Oeiras, no sertão do Piauí, considerada modelo no campo da educação e leitura, também receberá exemplares do livro gratuitamente. Ela acredita que à medida que mais municípios queiram aderir ao projeto, haverá possibilidade de o livro ganhar reimpressão. Destacou que a grande vantagem de se viver hoje uma era digital, aliado ao fato de o PDF estar livre para download e os acessos serem tão rápidos, mostra que as necessidades que chegarem também serão supridas por esse meio virtual. “Quanto mais a sociedade mostrar que está funcionando, maior a chance de sucesso”. O resultado do trabalho da equipe da GNA era voltado até então para a realização de um relatório interno e não ia para publicação científica, nem chegava à sociedade com a intensidade necessária para a conservação da restinga. “Eles viram que o ICV fazia livros diferenciados para crianças e jovens, levando o conteúdo científico para a sociedade”, disse Bia. Rapidamente, a parceria foi instituída. “A GNA estava muito preocupada em fazer chegar essas informações e essa conscientização para o município de São João da Barra, onde atua”. Bia espera que o projeto possa ser expandido. Para ela, toda empresa tem que fazer ações para mitigar seus impactos, “mas é importante que busquem ONGs como o ICV para levar conhecimento à população”. Restinga A bióloga Débora Pires, fundadora do Instituto Coral Vivo, chamou a atenção para a importância da restinga. “As restingas são ambientes que pertecem ao bioma Mata Atlântica e ficam entre a terra e o mar. Elas ocupam uma faixa muito cobiçada pelo homem, pela exploração imobiliária, com muitas ocupações nas orlas”, afirmou. Segundo a especialista, a restinga talvez seja um dos grandes ambientes marinhos mais prejudicados com a expansão das cidades, que têm transformado matas em áreas urbanas. Por causa da ocupação desordenada, várias espécies da fauna e da flora estão em extinção. “Por isso, é importante que se recupere, porque ainda existem alguns fragmentos de restinga”. Débora Pires explicou que a restinga tem vegetação rasteira, que forma redes que seguram e sedimentam toda a faixa de areia. E isso protege a costa de erosão. “No Brasil, a gente vê vários exemplos de erosão costeira, o mar invadindo casas, espaços e erodindo a costa, porque o homem retirou a restinga”. Lembrou que isso é muito comum em praias urbanas, como na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde vários pedaços estão degradados porque as restingas que fazem a proteção natural foram retiradas. Espécies Quando preservada, a restinga é um ambiente que abriga muitas espécies, como aves migratórias e tartarugas marinhas que vão desovar protegidos das ondas pela vegetação. O ambiente tem uma série de fatores importantes, além de vegetações comestíveis que servem de alimento para outros animais. “Ela ajuda nesse equilíbrio da Mata Atlântica”, Na RPPN Caruara, considerada a maior unidade de conservação privada de restinga do país, com cerca de 4 mil hectares, são encontradas espécies da fauna e flora ameaçadas em diferentes níveis, entre elas o lagarto-de-cauda-verde, a preguiça-de-coleira-do-sudeste, o ratinho-goytacá, entre outras. De acordo com o ICV, mesmo em locais de solo arenoso, castigados pelos ventos, pelas ressacas, pela maresia e pelo calor, a restinga floresce e verdeja o litoral. Nas praias e perto delas, são encontradas plantas rasteiras, como a salsa-da-praia. Avançando mais para a terra firme, há cactos, bromélias e plantas baixinhas. Depois, vêm os arbustos, como as pitangueiras, até as matas com árvores maiores, como a clúsia e o breu-branco. Fonte
Relatório mostra impactos ambientais causados por empresa em Itaituba
A organização Terra de Direitos lançou nessa quinta-feira (27) a segunda parte do relatório Sem Licença Para Destruição – Cargill e as violações de direitos no Tapajós, que aborda os impactos socioambientais do porto que a empresa mantém em Itaituba (PA), complementando observações sobre o caso de Santarém (PA). A Cargill é uma das companhias de destaque na exportação de commodities e, apesar disso, tem desenvolvido atividades que ameaçam os direitos dos munduruku, povo indígena que vive na região. Com a estruturação do porto, apenas um dos 19 que escoam produtos no município, os munduruku e outros grupos têm precisado se deslocar mais para obter alimentos e enfrentado dificuldade de obter meios de susbistência, devido à contaminação das águas do rio e afluentes. O Ministério Público Federal do Pará recomendou ao Ministério da Saúde que declare situação de emergência em saúde pública, por causa da presença de mercúrio na Bacia do Rio Tapajós, relacionado à mineração. Observam-se, ainda, outros danos e mudanças na configuração do espaço, como a especulação imobiliária. Segundo o relatório, a população da cidade saltou de 5 mil para 13 mil pessoas, com a abertura do porto. Um dos pontos ressaltados pela entidade é o fato de que, nos estudos de impacto ambiental da Cargill, constam apenas duas aldeias, a da Praia do Índio e a da Praia do Mangue. Na realidade, o que se deveria ter em conta é o conjunto de efeitos que se alastram por todo o curso do Rio Tapajós, uma vez que os munduruku habitam o Vale do Tapajós, região conhecida como Mundurukânia, tanto em terras reconhecidas oficialmente quanto em comunidades ribeirinhas, conforme menciona o Instituto Socioambiental (ISA), em página dedicada a esse povo. Para a Terra de Direitos, a referência parcial da Cargill às aldeias consiste em um apagamento da existência dos munduruku, o que implica reduzir os resultados de sua atuação no local, que começou em 2013, e, portanto, sua responsabilidade. Como cita o relatório, ao abrir a unidade portuária no distrito de Miritituba, em Itaituba, a multinacional norte-americana não consultou as comunidades que seriam afetadas, como os munduruku, requisito previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além disso, outra falha apontada foi a falta de dados técnicos que justificassem o empreendimento, na documentação submetida à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) que, mesmo assim, aprovou as licenças de funcionamento. A organização também destaca que, depois da aprovação de instalação do porto, a pasta deixou de exigir determinadas condições para que continuasse em operação. Na Licença de Operação de 2017, por exemplo, a Semas estabeleceu que a companhia somente poderia manter o porto ativo se realizasse o Estudo do Componente Indígena nos territórios Munduruku de Praia do Mangue e Praia do Índio, no prazo de quatro meses. No entanto, não há evidências de que isso tenha sido cumprido. Em 2019, a Fundação Nacional do Índio (Funai) emitiu termo de referência com orientações para a realização dos estudos junto aos indígenas, mas, ao que tudo indica, também foram novamente ignorados. Em abril deste ano, a Cargill completa um ano sem apresentar a renovação da licença de operação. Enquanto a Semas se omite diante das irregularidades dos estudos da Cargill, a empresa se beneficia e continua a operar na região do Tapajós, no Pará, sob um padrão de irregularidades e violações de direitos humanos de povos e comunidades tradicionais – da mesma forma que ocorreu no Porto de Santarém. O sistema que a cadeia de trabalho do porto requer acabou por acarretar elementos que antes não existiam no local. “Nós temos, na verdade, um polo portuário na região do Rio Tapajós, onde não existia esse polo. É um polo que tem poucos anos e, com isso, temos impactos que vão se somando, são cumulativos. Toda essa modificação, não só da paisagem, mas também das dinâmicas sociais, se depara também com a falta de planejamento”, diz o coordenador do Programa Amazônia e da pesquisa, Pedro Martins, para quem a consulta prévia às comunidades deve chegar de modo simplificado, e não por meio de editais, considerados por ele instrumentos “já precários”. A Semas informou à Agência Brasil que apura as informações e pretende dar retorno à reportagem. A agência também procurou a Cargill e aguarda resposta. Fonte
Tragédia em Mariana: 4 famílias recebem chaves de casas reconstruídas
Passados quase sete anos e meio da tragédia em Mariana (MG), quatro famílias receberam as chaves de suas casas reconstruídas. Elas deverão ser, nos próximos dias, os primeiros moradores vivendo na nova comunidade de Bento Rodrigues, anunciou André de Freitas, presidente da Fundação Renova, entidade que administra o processo de reparação dos danos causados em decorrência do rompimento da barragem da mineradora Samarco. “Nesta semana, começamos o processo de entrega de chaves. É um marco para a reparação”, disse nessa quinta-feira (27), durante webinário de apresentação do relatório final do Painel do Rio Doce, uma consultoria administrado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e formada por especialistas nacionais e internacionais. Contando com recursos doados pela Fundação Renova, eles realizaram estudos e elaboraram recomendações para o processo de reparação.. O rompimento da barragem ocorreu em novembro de 2015, deixando 19 mortos e causando impacto a dezenas de cidades mineiras e capixabas na Bacia do Rio Doce. Em Mariana, dois distritos foram arrasados: Bento Rodrigues e Paracatu. Um acordo para reparação dos danos foi firmado em março de 2016 pelo governo federal, pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, pela Samarco e por suas acionistas Vale e BHP Billiton. A partir dele, foi criada a Fundação Renova, responsável por gerir as medidas previstas, entre elas a reconstrução e o reassentamento das comunidades. A demora na entrega das obras é um dos assuntos relacionados com a reparação que levaram o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a recorrer às esferas judiciais: está sendo cobrada da Samarco uma multa de R$ 1 milhão por dia, contado a partir de 27 de fevereiro de 2021, último prazo fixado pela Justiça para a entrega do reassentamento. Crítico da atuação da Fundação Renova, o MPMG também já pediu a extinção da entidade por entender que ela não tem a devida autonomia frente às três mineradoras. Conforme mostrou a Agência Brasil em novembro do ano passado, o novo distrito de Bento Rodrigues pouco lembra a comunidade que foi arrasada pela lama. Na plataforma Google Street View ainda é possível passear virtualmente pelas ruas existentes antes da tragédia: notam-se casinhas simples de um pavimento, horta no quintal, galinheiro no fundo da casa, poucos muros e muito verde. Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil Já o distrito que está tomando forma conta com imóveis maiores e de padrão construtivo mais elevado, cercados por muros, alguns com churrasqueiras e piscinas, que dão ares de um condomínio urbano e se distanciam da paisagem de uma comunidade rural. “Não se garantiu a preservação do modo de vida das famílias. Era uma comunidade rural e agora eles não terão nem água bruta para plantar suas hortas e para criar pequenos animais. Irão viver em um loteamento urbano. Como é que o pessoal vai se reativar economicamente?”, questiona Rodrigo Pires Vieira, coordenador da Cáritas em Mariana, entidade que presta assessoria técnica aos atingidos. Bento Rodrigues e Paracatu estão sendo reconstruídos em locais escolhidos por meio de votação dos próprios moradores. Coube à Fundação Renova adquirir os terrenos. No caso de Bento Rodrigues, o cronograma original das obras previa a entrega das casas em 2018. Mas foi somente em 2018 que a Fundação Renova aprovou o projeto urbanístico junto aos atingidos, e os trabalhos tiveram início. Dessa forma, as estimativas mudaram algumas vezes até que a entidade parou de divulgar datas e o MPMG decidiu judicializar a questão. De acordo com a Fundação Renova, 189 famílias devem ser reassentadas em Bento Rodrigues. Até o momento, 119 residências foram concluídas. Há casos judicializados, por falta de entendimento entre os atingidos e a Fundação Renova. Em Paracatu, 72 famílias e 46 residências estão prontas. A Fundação Renova sustenta que o caráter participativo e o desenvolvimento de projetos customizados tornam o processo mais lento. Também aponta que a pandemia de covid-19 causou desaceleração dos trabalhos. “É muito tempo. São mais de sete anos. Fazendo uma autocrítica, a Fundação Renova, em alguns momentos, poderia ter feito melhor. Mas também devemos reconhecer que o processo foi desenhado de maneira que privilegiou outras questões e não a temporal”, disse André de Freiras. A Comissão de Atingidos de Bento Rodrigues e a Cáritas avaliam que o processo participativo não justifica os atrasos e afirmam que ela é limitada, existindo diversas fases do projeto definidas exclusivamente pela Fundação Renova. “O primeiro prazo era 2018, o segundo, 2019, e nós já estamos em 2023. E agora que está entregando quatro chaves. Temos nesse processo muitas violações de direitos”, diz Rodrigo. Mudança Os atingidos fizeram em 2016 um pacto coletivo para que todos se mudassem juntos, apenas quando as obras estiverem 100% concluídas. No entanto, Mônica dos Santos, integrante da Comissão de Atingidos de Bento Rodrigues, critica a inexistência de uma previsão sólida para a entrega de todas as casas e considera que a Fundação Renova criou uma situação onde não é mais possível a manutenção do acordo. Novo distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais. – Tânia Rêgo/Agência Brasil “A propaganda que ela faz é gigantesca. E o tempo que a gente está nessa espera é angustiante. Eu fico muito feliz pelas famílias que receberam a chave. E, ao mesmo tempo, é um momento de tristeza pelas pessoas que não puderam se mudar. Nesses quase oito anos, 52 pessoas da comunidade faleceram. E a gente fica com esse medo. Quem será o próximo? Será que eu vou conseguir ver a conclusão da minha casa? Será que eu vou ter o gostinho de mudar para minha casa? Então é muito complicado hoje falar em esperar para que todos se mudem”, diz ela. No fim do ano passado, a Fundação Renova anunciou que estaria pronta para realizar a mudança dos primeiros moradores em janeiro deste ano. Segundo a entidade, os equipamentos públicos já estavam concluídos. A última estrutura finalizada foi a Estação de Tratamento de Esgoto. Até o início das aulas na escola, já havia previsão: fevereiro de 2023. A entrega das primeiras chaves apenas em abril é, para Mônica dos Santos, mais um capítulo da lentidão dos trabalhos. Ela conta que se
Caixa conclui pagamento da parcela de abril do novo Bolsa Família
A Caixa Econômica Federal conclui o pagamento da parcela de abril do novo Bolsa Família. Recebem nesta sexta-feira (28) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 0. Essa é a segunda parcela com o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 670,49, o maior da história do programa. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal chega a 21,2 milhões de famílias, com despesas de R$ 13,9 bilhões. Desse total, 8,9 milhões de crianças recebem R$ 1,33 bilhão relativos ao benefício Primeira Infância, como se chama o adicional de R$ 150. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, são 17 mil crianças a mais que em março. Neste mês houve uma novidade. O governo unificou para o primeiro dia do calendário o pagamento a beneficiários de municípios em situação de emergência ou calamidade reconhecida. Na sexta-feira (14), primeiro dia de pagamento, foram contempladas todas as famílias atingidas pelas chuvas em São Paulo, no Espírito Santo, Acre e as atingidas pela estiagem no Rio Grande do Sul, além dos povos yanomami. Com a revisão do cadastro, que eliminou principalmente famílias constituídas de uma única pessoa, 1,42 milhão de beneficiários foram excluídos do Bolsa Família e 113,84 mil famílias foram incluídas em abril, das quais 17 mil com crianças de até 6 anos. Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício. O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos. No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco. Calendário do Bolsa Família – Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Auxílio Gás O Auxílio Gás também será pago nesta sexta às famílias inscritas no CadÚnico, com NIS de final 0. Com valor de R$ 110 em abril, o benefício segue o calendário do Bolsa Família. O programa beneficia 5,69 milhões de famílias neste mês e tem duração prevista até o fim de 2026,. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg. Apenas neste mês, o governo gastará R$ 626,2 milhões com o benefício. Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica. Fonte
Torcedor do Fluminense baleado por policial penal tem alta hospitalar
O Hospital Badim, no bairro do Maracanã, informou, nessa quinta-feira (27), que o torcedor do Fluminense Bruno Tonini, de 38 anos, recebeu alta da unidade de saúde. Ele é fotógrafo e estava num bar nas proximidades do Estádio do Maracanã, com um grupo de amigos, no dia 1º deste mês, quando o policial penal Marcelo de Lima fez nove disparos de pistola, ferindo Bruno e matando o cinegrafista Thiago Mota. Os amigos comemoravam a vitória do Fluminense sobre o Flamengo, na primeira partida da final do Campeonato Carioca. O agente Marcelo Lima, lotado na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) está com a prisão preventiva decretada pela Justiça. A denúncia do Ministério Público estadual relata que, por volta das 22h52, em frente à Pizzaria Os Renatos, Marcelo teria dito que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”, o que provocou a revolta das vítimas. O documento encaminhado à 4ª Vara Criminal da Capital informa que “os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações, com emprego de meio que resultou em perigo comum, uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais. Além disso, os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado”. Fonte