Oxfam diz que salário de diretores subiu 9%, mas o da base caiu 3,19%

Em 2022, os diretores executivos (CEOs) mais bem pagos receberam aumentos de 9% em seus salários, ao mesmo tempo que trabalhadores e trabalhadoras viram os valores dos contracheques caírem, em média, 3,19%. Em relatório divulgado hoje (30), a Oxfam (Comitê de Oxford para Alívio da Fome) destaca, ainda, que, no Brasil, a queda dos proventos foi maior, de 6,9%, e que, na outra ponta, acionistas de empresas tiveram um incremento de 23,8% (US$ 27,3 bilhões), de modo que acumularam US$ 33,8 bilhões. No caso da Suécia, a balança pendeu ainda mais para os privilegiados. Lá, a redução da remuneração da classe trabalhadora foi de 10%. Estados Unidos e Reino Unido igualaram-se, com uma porcentagem de 3,2%, mas têm diferenças quanto aos mais abastados. No caso dos EUA, os 100 principais CEOs ganharam US$ 24 milhões, em média, no ano passado, quantia 15% maior do que a registrada em 2021. No grupo insular, o montante foi de US$ 5 milhões, ficando 4,4% acima do atingido no ano anterior. Tais cifras, para efeito de comparação, mostram que um trabalhador dos Estados Unidos teria que se manter em atividade durante 413 anos para conquistar o que o CEO no topo da cadeia recebe em um ano. No que diz respeito ao Reino Unido, o que se nota é que os presidentes de companhias ganham o equivalente a 140 vezes o valor do salário médio dos assalariados. Dados de referência A organização não governamental adotou como referência dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para fazer os cálculos. Uma das constatações, que instigam a se pensar no contexto de desigualdades sociais, é o corte médio de US$ 685 na conta de um bilhão de trabalhadores de 50 países, que acabaria significando uma perda coletiva de US$ 746 bilhões em salários reais, caso os salários tivessem sido reajustados pela inflação. Na África do Sul, a ostentação dos CEOs não foi tanta, mas a disparidade entre o que eles e os trabalhadores da base embolsaram também é expressiva. Os executivos ampliaram em 13% os salários, somando US$ 800 mil, em média, ao fim de 2022, o que correspondeu a 43 vezes o salário médio dos trabalhadores. Outro dado que ajuda compreender a dinâmica socioeconômica do país africano concerne aos títulos e ações de empresas. O 1% mais rico concentra 95% dos papéis, proporção que cai para 54% nos Estados Unidos. Outra informação do relatório diz respeito aos dividendos pagos a acionistas, que alcançaram patamar recorde, após alta de 10%. O total foi de US$ 1,56 trilhão, conforme menciona o documento da Oxfam, que também compilou informações sobre a condição das mulheres na base do mercado de trabalho. A conclusão é de que a jornada mensal de mulheres e meninas tem, pelo menos, 380 bilhões de horas de atividades de cuidado não remuneradas, o que prova que certos estereótipos de gênero, como a função de se responsabilizar, de forma central, pela criação dos filhos, ainda pesam sobre elas. Com frequência, assinala a Oxfam, trabalhadoras acabam encurtando seus expedientes ou mesmo abandonam os empregos por causa dessas atividades. Além disso, também enfrentam discriminação, assédio e recebem salários mais baixos do que os homens. Salários de mulheres Um exemplo que ilustra a forma como o mercado de trabalho trata as trabalhadoras é o dos Estados Unidos. Metade das mulheres negras de lá recebe menos de US$ 15 por hora, em troca de sua força de trabalho. O coordenador de Justiça Social e Econômica da Oxfam, Jefferson Nascimento, complementa as colocações da entidade com um dado relacionado ao assunto, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março deste ano. Segundo o órgão, as trabalhadoras do país recebem um salário 22% menor do que os trabalhadores do gênero masculino. “Até a pandemia, até 2020, havia uma tendência de diminuição da diferença de remuneração entre homens e mulheres, que foi revertida. Tem vários fatores por trás disso. A maior parte do desemprego é de mulheres, a maior taxa de trabalhadores informais é entre mulheres. A gente sabe que o trabalho informal paga, em média, menos do que o trabalho formalizado. Então, de alguma maneira, a precarização do trabalho, esses instrumentos que a incentivam, como a reforma trabalhista de 2017, criaram as condições para que houvesse esse aumento de diferença”, diz Jefferson. Uma das direções apontadas pela Oxfam como solução para os problemas elencados no relatório é tributar devida e proporcionalmente a parcela mais rica em todos os países. A ONG lembra, por exemplo, que os impostos sobre a renda de dividendos e ações caíram de 61%, em 1980, para 42% na atualidade, um dado relevante para a discussão, já que é a partir da cobrança desses encargos que se pode ampliar as verbas públicas em áreas como saúde e educação. Dividendos O coordenador da Oxfam, observa que, no Brasil, os acionistas receberam, em 2022, cerca de US$ 34 bilhões, que é quase um terço do que todos os países emergentes distribuíram em dividendos no período. E também se aproxima do valor referente ao que trabalhadoras e trabalhadores do país tiveram em cortes de salários. Para Jefferson, essa margem de lucro entregue aos acionistas deve ser uma das partes que compõem a discussão em torno da reforma tributária, tendo em vista a possibilidade de contrapartida à sociedade que se pode abrir. Ele explica que, no Brasil, a obrigação não se aplica à pessoa física e salienta que a medida já conta com aprovação de ampla parcela da população. “É um tema que se conecta com esse debate que está se tendo no Brasil, nesse momento, no âmbito da reforma tributária. A gente está debatendo no Congresso Nacional, focando, principalmente agora, no imposto sobre o consumo. Mas, em um segundo momento, e isso tem sido dito no Congresso, se pretende trabalhar com reforma do imposto sobre bens e patrimônio, e é fundamental falar também sobre o retorno da tributação sobre lucros e dividendos”, diz.   Fonte

Lula anuncia política de reajuste do salário mínimo e isenção de IR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, hoje (30), que vai enviar ao Congresso Nacional, nos próximos dias, um projeto de lei (PL) que, se aprovado, tornará obrigatório o reajuste do salário mínimo acima da inflação. Lula também se comprometeu a, até o fim de seu atual mandato, em 2026, aprovar a isenção do pagamento do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. “Nos próximos dias, encaminharei ao Congresso Nacional um projeto de lei para que esta conquista seja permanente e o salário mínimo volte a ser reajustado todos os anos acima da inflação”, antecipou Lula ao fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, por ocasião do Dia do Trabalhador, nesta segunda-feira (1º). Segundo o presidente, a “valorização do salário mínimo” é parte do projeto de governo, que busca “recompor as conquistas perdidas pelos trabalhadores e trabalhadoras” ao longo dos últimos anos. “A partir de amanhã, o salário mínimo passa a valer R$ 1.320,00 para trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. É um aumento pequeno, mas real”, reconheceu Lula ao ponderar que, nos últimos seis anos, o reajuste do valor salário mínimo sempre ficou abaixo da inflação acumulada. Fim do congelamento Lula também comentou a medida que eleva, a partir de maio, a faixa de isenção do Imposto de Renda cobrado de trabalhadores formais – uma promessa de campanha do presidente. A correção da tabela já tinha sido anunciada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Estamos mudando a faixa de isenção do Imposto de Renda, que há oito anos estava congelada em R$ 1.903,98. A partir de agora, até R$ 2.640,00 por mês não pagará mais nenhum centavo de imposto”, pontuou Lula ao classificar esta como “outra medida muito importante”. “E até o final do meu mandato, a isenção valerá para até R$ 5 mil por mês”, acrescentou Lula, voltando a se comprometer com a elevação gradual da faixa de isenção que, segundo o governo federal, passará a vigorar já a partir de maio por meio da combinação de duas medidas. Além de, na prática, elevar a faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.112, o governo concederá um desconto de R$ 528 sobre o imposto pago na fonte, que é retido automaticamente, todos os meses. A soma dos dois valores totaliza os R$ 2.640,00 anunciados – cifra que equivale a dois salários mínimos de R$ 1.320. Trabalhadores “Não haverá reconstrução do Brasil sem a valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras. O Brasil vai voltar a crescer com inclusão social e com novos empregos sendo criados. Podem estar certos de que o esforço de seu trabalho vai ser cada vez mais reconhecido e recompensado. E o 1º de Maio, que sempre foi um dia de luta, voltará a ser um dia de conquista para o povo trabalhador”, disse Lula, ao defender a política de valorização do salário mínimo como um “grande instrumento de transformação social”. “Foi graças a isso que [nos governos petistas, entre 2003 e 2016], milhões de brasileiros e brasileiras saíram da extrema pobreza, abrindo caminho para uma vida melhor. É preciso lembrar que a valorização do salário mínimo não é essencial apenas para quem o ganha. Com mais dinheiro em circulação, as vendas do comércio aumentam. A indústria produz mais. A roda da economia volta a girar e novos empregos são criados.” Source link

Baixada Fluminense tem história de mobilização, afirma ativista

A data da inauguração da primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Mauá, marca também o Dia da Baixada Fluminense. O projeto pioneiro está entre os solavancos que tornaram a região uma das mais populosas do Brasil, com quase 4 milhões de habitantes. Por isso, a Lei Estadual 3.822, de maio de 2002, instituiu a data comemorativa em 30 de abril.  A Baixada é composta por 13 municípios de diferentes tamanhos. Paracambi, Guapimirim e Seropédica têm menos de 100 mil habitantes. Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo, mais de 500 mil. Entre esses dois extremos, estão São João de Meriti, Magé, Mesquita, Nilópolis, Queimados, Itaguaí e Japeri. Entre as cidades, estão Duque de Caxias, com um dos 20 maiores produtos internos brutos do Brasil, e Japeri, em que a mortalidade infantil chega a 18 a cada mil nascidos vivos, enquanto a média nacional é de 13 a cada mil.  Negros e evangélicos O Censo de 2010, o último realizado, caracterizou as cidades da região como mais negras que a média do país, e também com maior população evangélica. Entre os 13 municípios, apenas Nilópolis e Seropédica não têm mais de 60% da população que se reconhecia como preta ou parda naquele censo. Esse percentual chega a 70% em Japeri, e a quase 68% em Belford Roxo. Em Seropédica, o número de evangélicos supera o de católicos em mais de 50%, e os protestantes também são mais numerosos nas duas maiores cidades da região, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Militante pelos direitos humanos, cientista social e coordenador executivo da organização não governamental Fórum Grita Baixada, Adriano de Araújo critica, em entrevista à Agência Brasil, a generalização com que a região costuma ser tratada, e a falta de visibilidade de iniciativas culturais e sociais promovidas por moradores da região. Sua esperança em relação ao futuro da região vem do passado de grande mobilização do povo da Baixada Fluminense. “Aqui, tem uma série de riquezas históricas. A Baixada tem muita capacidade de se mobilizar, gritar e buscar os seus direitos. Infelizmente, a gente não é acompanhado pelos governantes”, diz. O fórum preparou um minidocumentário em que ouviu depoimentos de moradores dos 13 municípios sobre o que consideram positivo e negativo na região, além de perguntar o que significa ser um morador da Baixada Fluminense. Entrevista Agência Brasil: Vocês ouviram moradores de toda a Baixada sobre o que significa ser morador da região. Dá para tirar uma média e dizer uma resposta que sintetize o que vocês ouviram? Adriano de Araújo: Eles apontaram de uma forma positiva o fato de se sentirem felizes no território muito em função da população, do jeito de ser das pessoas, da acolhida. É uma região que acolhe diferenças culturais, pessoas vindas de outros estados. Que acolhe a cultura de outros povos. Foi um aspecto que se sobressaiu. O que apareceu de positivo também foi a tranquilidade do local, nas cidades com uma população menor, e o comércio e a pluralidade cultural, nas cidades maiores.   Agência Brasil: O fórum foi criado para reivindicar direitos humanos para os moradores da Baixada. Quais são as violações mais frequentes no caso particular dos moradores da Baixada? Adriano de Araújo: A violência é, infelizmente, um processo marcante da região. A gente tem índices de violência letal que são proporcionalmente maiores que na capital. Então, isso, de fato, atinge uma parcela significativa da população, principalmente a população pobre, preta e das periferias. A população em geral pode ter um sentimento generalizado de insegurança, mas, as chacinas, por exemplo, não acontecem em todos os lugares. Existem lugares específicos onde essas chacinas ocorrem, bairros mais pobres e mais negros. Outros problemas atingem a grande maioria da população, como a má qualidade dos transportes, as condições precárias de funcionamento tanto dos ônibus quanto do trem. E o saneamento básico, que é um problema vital aqui na Baixada Fluminense, pela própria condição geográfica, de ter várias áreas pantanosas e alagadiças. Tem também a falta de equipamentos públicos de cultura e lazer. Há cidades que não têm uma sala de cinema. Outros aspectos que marcam muito o cotidiano da Baixada Fluminense são os feminicídios, os ataques a religiões de matriz africana e a LGBTfobia, que infelizmente ainda são muito presentes.  Agência Brasil: A violência é um tema recorrente no noticiário sobre a região, e, de fato, é um problema real dos moradores. Mas isso, de alguma forma, tem contado uma história única sobre a região? A Baixada está sendo reduzida a isso? Adriano de Araújo: Isso é um aspecto extremamente importante, em que a gente procura não perder a dimensão crítica, mas, ao mesmo tempo, também não cair no absolutismo das informações e, principalmente, nos estereótipos. A violência é um fenômeno presente na dinâmica não só da Baixada Fluminense, mas nas periferias do Rio de Janeiro, em regiões empobrecidas e negras. Agora, a gente percebe muito, quando faz uma avaliação da linguagem jornalística, que, quando algo acontece na cidade do Rio de Janeiro, se cita o bairro e até a rua, mas, quando se trata da Baixada, há uma generalização tão grande que, às vezes, nem as cidades são mencionadas. “Ocorreu uma chacina na Baixada Fluminense”. Ou, “em Nova Iguaçu”, que tem quase um milhão de pessoas e uma extensão muito grande. E a gente não vê os movimentos sociais que lutam contra a violência tendo destaque. Existe uma série de organizações que procuram trabalhar a educação, a cultura, o protagonismo da juventude, o enfrentamento do racismo, e que muitas vezes não têm espaço na mídia. A mídia tem uma facilidade muito grande de noticiar as milícias, as chacinas e a violência política, e isso precisa, sim, ser mostrado, mas a forma, muitas vezes, passa por um estereótipo e sem informações que permitam às pessoas ter uma visão mais crítica do que está acontecendo.  Agência Brasil: Como você disse, é muito comum que se fale de Baixada Fluminense como um conjunto, mas sabemos que suas cidades são muito distintas. O que você acredita que une essas cidades,

PF ouve primeiros depoimentos sobre ataque na Terra Yanomami

Agentes da Polícia Federal (PF) estiveram neste domingo (30) na Terra Indígena Yanomami para apurar o ataque à comunidade indígena Uxiú. Segundo lideranças indígenas, três yanomamis foram baleados na tarde deste sábado (29). Uma das vítimas, um agente de saúde que atuava na comunidade, morreu no local. As outras duas vítimas foram socorridas no posto de saúde que funciona na própria reserva e, posteriormente, transferidas para o Hospital Geral de Roraima, onde estão internadas. Em nota divulgada esta tarde, a Superintendência da PF em Roraima informa que tomou conhecimento no início da noite de ontem que garimpeiros teriam atacado a comunidade indígena. Já na madrugada de hoje, duas equipes do órgão foram deslocados para o local, com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Aeronáutica. O objetivo, segundo a PF, era não só começar a investigar o que aconteceu, como também “interromper eventuais agressões que ainda estivessem em andamento”. Ainda segundo a PF, os agentes periciaram o local e ouviram o depoimento preliminar de testemunhas. “Outras diligências seguem em andamento para identificar, localizar e prender os autores dos crimes cometidos contra os indígenas”, garante o órgão, na nota em que menciona que os invasores da terra yanomami e os indígenas chegaram a trocar tiros. Nas mídias sociais, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Yanomami, Júnior Hekurari, denunciou que a comunidade Uxiú foi atacada por garimpeiros armados que “alvejaram” os três indígenas. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também usou suas contas nas redes sociais para anunciar que uma comitiva interministerial vai a Roraima para “reforçar ainda mais as ações de desintrusão [retirada de não-indígenas] dos criminosos” da área yanomami que, segundo ela, foram atacados a tiros. “Solicitamos reforço do Ministério da Justiça para investigação da PF sobre este caso”. Source link

Paraguaios escolhem futuros presidente e governadores

Quase 4,8 milhões de eleitores estavam aptos a participar, neste domingo (30), da escolha dos futuros presidente e vice-presidente do Paraguai, além de 17 governadores, deputados e senadores. Desde as primeiras horas da manhã, enormes filas se formaram na maioria dos 1.157 locais de votação distribuídos pelo país. Na capital, Assunção, houve quem esperasse até três horas para votar, conforme noticiaram veículos de imprensa paraguaios, como o ABC Color. A lentidão no processo obrigou a Justiça Eleitoral, já no início da tarde, a fazer um pronunciamento para tranquilizar os eleitores, garantindo que todos que chegarem aos locais de votação até o fechamento dos portões, às 17h (horário de Brasília), poderiam votar. Durante coletiva de imprensa, membros da Comissão Especial Eleitoral descartaram que a demora e as consequentes filas tenham sido causadas por problemas nas urnas eletrônicas, destacando que o pleito motivou uma grande participação popular. Mais cedo, o comandante da polícia, Gilberto Fleitas, já tinha declarado que, apesar das filas e das reclamações, a votação transcorre normalmente. Treze chapas (formadas por candidatos a presidente e a vice-presidente) disputam a sucessão do atual chefe do Poder Executivo nacional, Mario Abdo Benítez, e o direito de chefiar o país pelos próximos cinco anos. As mais recentes pesquisas eleitorais apontavam como favoritos na disputa os conservadores Santiago “Santi” Peña e Pedro Alliana, do mesmo partido de Benítez, o Colorado, e Efraín Alegre e Sole Núñez, do bloco de centro-esquerda Concertação Nacional por um Novo Paraguai. Ao contrário do Brasil, a eleição, no Paraguai, é encerrada em um único turno. Além de definir quem serão os próximos presidente e vice-presidente paraguaios e 17 governadores, os eleitores também estão escolhendo 45 senadores titulares e 30 suplentes; 80 deputados titulares e 80 suplentes, além de 257 membros titulares e 257 suplentes para as chamadas Juntas Departamentais, equivalentes às assembleias legislativas estaduais existentes no Brasil. Entre os 4.782.940 milhões de eleitores aptos a votar, 41.505 estão inscritos a votar em outros países onde foram instaladas urnas em embaixadas e consulados, incluindo o Brasil, Argentina, Espanha e Estados Unidos. Fonte

Ferroviária vence o Grêmio e retoma a liderança do Brasileiro Feminino

A Ferroviária está de volta à liderança da Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Neste domingo (30), as Guerreiras Grenás venceram o Grêmio por 4 a 1, no Estádio Aírton Ferreira da Silva, em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, pela nona rodada da competição. O triunfo levou as paulistas aos mesmos 24 pontos do Flamengo, ficando à frente do rubro-negro pelo saldo de gols (20 a 14). As gurias gremistas seguem com dez pontos, em 11º lugar, a quatro pontos do G8 (oito primeiros colocados, que se classificariam às quartas de final se o campeonato terminasse hoje) e a três do Z4 (quatro piores times da tabela, que estariam rebaixados à Série A2 neste momento). A Ferroviária abriu o placar com um golaço de Aline Gomes, de fora da área, aos 36 minutos do primeiro tempo. Aos 44, a também meia Rafa Levis igualou, cobrando pênalti. Na segunda etapa, a atacante Mylena Carioca saiu do banco para decidir o triunfo grená, com gols aos 12 e aos 28 minutos. Nos acréscimos, Aline Gomes ainda anotou o quarto das paulistas. O próximo compromisso da Ferroviária será, justamente, o duelo com o Flamengo, no domingo que vem (7), na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), às 16h (horário de Brasília). O Grêmio joga nesta sexta-feira (5), às 15h, contra o Athletico-PR, no Centro de Treinamento do Caju, em Curitiba. Triunfos alvinegros Em duelo simultâneo ao de Eldorado do Sul, o Santos derrotou o Internacional na Vila Belmiro, também por 2 a 1. As Sereias da Vila atingiram os mesmos 17 pontos do Palmeiras, mas ficam na sexta posição, atrás do rival, por terem saldo de gols menor (11 a 26). As Gurias Coloradas, com 19 pontos, ocupam o quarto lugar. As anfitriãs saíram na frente com Cristiane, sofreram o empate com a também atacante Priscila, mas a volante Brena garantiu a vitória das Alvinegras, em Santos (SP). Santos e Inter voltam a jogar no próximo sábado (6). As coloradas enfrentam o Palmeiras na Morada dos Quero-Queros, em Alvorada (RS), às 11h. Mais tarde, às 15h, as santistas pegam o Cruzeiro no Sesc Alterosas, em Belo Horizonte. As Cabulosas, aliás, foram goleadas neste domingo. Atuando no Parque São Jorge, em São Paulo, as mineiras perderam de 7 a 1 para o Corinthians, que se reabilitou da derrota para o Inter, sofrida na última segunda-feira (24). As Brabas finalizaram a rodada na terceira posição, com 22 pontos, enquanto as cruzeirenses, com 14 pontos, aparecem na oitava colocação. A vitória foi quase toda construída no primeiro tempo, em grande atuação de Gabi Zanotti. A meia de 38 anos, que passou os últimos seis meses tratando uma lesão no tornozelo, voltou aos gramados com quatro gols. A lateral Yasmin e a atacante Jheniffer também marcaram nos 45 minutos iniciais. Já na etapa final, Duda Sampaio fez mais um para as alvinegras, enquanto Vanessinha descontou para o Cruzeiro. No domingo que vem, o Corinthians terá pela frente o clássico com o São Paulo. O duelo está marcado para o Centro de Treinamento do Tricolor, em Cotia (SP), às 11h. Fonte

Lula parabeniza atletas contemplados pelo Bolsa Pódio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou, neste domingo (30), pelo Twitter, os 339 atletas olímpicos e paralímpicos do país contemplados pelo Bolsa Pódio, categoria mais alta do Bolsa Atleta, programa federal de patrocínio individual, considerado um dos maiores do gênero no mundo. Os esportistas estarão aptos a receber recursos que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil. Parabéns aos contemplados com o Bolsa Pódio! Atletas olímpicos e paralímpicos de elite, qualificados entre os 20 melhores do ranking mundial em suas categorias, que contarão com o apoio, incentivo e torcida do governo federal para representar o Brasil! 🇧🇷🏆 https://t.co/nyvS266Ghv — Lula (@LulaOficial) April 30, 2023 “Parabéns aos contemplados com o Bolsa Pódio! Atletas olímpicos e paralímpicos de elite, qualificados entre os 20 melhores do ranking mundial em suas categorias, que contarão com o apoio, incentivo e torcida do governo federal para representar o Brasil!”, escreveu Lula, em seu perfil oficial. A lista dos contemplados pela Bolsa Pódio foi divulgada na última sexta-feira (28), sendo eles 207 atletas paralímpicos e 132 olímpicos. Segundo o Ministério do Esporte, a relação pode aumentar, já que o prazo para envio de informações adicionais termina na próxima quinta-feira (4). A atualização, se necessária, sairá com a publicação de uma lista complementar. Do total de atletas beneficiados, 110 terão direito ao valor máximo do benefício (R$ 15 mil). A modalidade com mais esportistas atendidos é o atletismo paralímpico (56). Bolsa Atleta O Bolsa Atleta tem outras quatro divisões: base, estudantil, nacional e internacional. A lista dos contemplados destas categorias foi divulgada no último dia 18 de abril, totalizando 7.868 esportistas atendidos. É a maior relação desde o início dos pagamentos, em 2005, além de ser quase 20% maior que a do edital de 2022. Para 2023, a destinação é de R$ 82 milhões. Na Olimpíada de Tóquio, no Japão, no ano passado, 80% da delegação brasileira recebiam o Bolsa Atleta. Dos 21 pódios do Brasil naqueles jogos, 19 (90,45%) contaram com esportistas beneficiados. A representatividade do programa na equipe da Paralimpíada – também realizada na capital japonesa – foi ainda maior: 95% dos integrantes, responsáveis por 68 das 72 medalhas obtidas (94,4% do total). Fonte

Cruzeiro vence o Minas e conquista a Superliga masculina pela 8ª vez

O Sada/Cruzeiro conquistou, pela oitava vez, o título da Superliga Masculina de vôlei. Neste domingo (30), a equipe celeste derrotou o Itambé/Minas, na reedição da final da temporada passada, por 3 sets a 0, com parciais de 25/18, 25/19 e 25/20. A final, em jogo único, foi disputada na Arena São José, em São José dos Campos (SP). O resultado isolou o Cruzeiro como maior vencedor do principal torneio de vôlei masculino do país. A equipe iniciou a temporada 2022/23 com sete títulos, empatada justamente com o Minas, que não levanta a taça da Superliga desde 2007. Os minastenistas, aliás, perderam a decisão pela terceira vez seguida. Em 2021, o time foi derrotado pelo Taubaté na final. A conquista coroa uma temporada quase perfeita do Cruzeiro, ganhando quase tudo o que disputou: Campeonato Mineiro, Supercopa, Copa Brasil e Campeonato Sul-Americano, além da Superliga. Os mineiros somente não levantaram a taça do Campeonato Mundial, ficando na terceira posição, superados na semifinal pelo Perugia (Itália), que levou o título. Destaque O ponteiro Miguel López, do Cruzeiro, foi o destaque da final de hoje, com 22 pontos, além de ser eleito o MVP (Most Valuable Player, ou atleta mais valioso, na tradução do inglês). Ele ainda integrou a seleção da Superliga como melhor da posição, assim como o central Otávio, companheiro do cubano no time celeste. O oposto Franco William (Vedacit/Guarulhos), o levantador Matheus Brasília, o ponteiro Douglas Souza (ambos do Farma Conde/São José), o líbero Maique (Minas) e o central Judson (Suzano) também fizeram parte da equipe ideal da temporada. Já o oposto cruzeirense Oppenkoski levou o prêmio de revelação. A decisão marcou, ainda, a despedida das quadras do levantador William Arjona e do oposto Leandro Visotto, ambos vice-campeões com o Minas. William fez parte da seleção brasileira campeã olímpica no Rio de Janeiro, em 2016, enquanto Visotto foi medalhista de prata nos Jogos de Londres, em 2012. Caso Wallace O duelo teve, ainda, o retorno de Wallace Souza às quadras. O oposto estava sem jogar desde janeiro. Ele foi suspenso em fevereiro, inicialmente de forma cautelar, pelo Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB), por ter publicado, no Instagram, uma imagem em que aparecia armado com uma pistola, junto à enquete “Daria um tiro na cara do [presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva] com essa 12?”. Em abril, Wallace foi julgado pelo conselho, que decidiu pelo afastamento por 90 dias, o que o deixaria fora da reta final da Superliga. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que já havia arquivado a notícia de infração apresentada contra o jogador de 35 anos, porém, concedeu medida liminar, liberando o atleta para atuar. Na ocasião, o COB se manifestou dizendo que o não cumprimento da decisão do conselho “poderá acarretar gravíssimas sanções para a CBV [Confederação Brasileira de Voleibol]”. O caso foi parar no Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), que autorizou a presença do oposto em quadra. Na final deste domingo, Wallace foi recebido com um misto de vaias e aplausos. Sem atuar há praticamente três meses, ele participou pouco da final, com Oppenkoski sendo o titular da posição. Coube ao veterano, porém, anotar o ponto que garantiu o título ao Cruzeiro. Fonte

Natação brasileira tem 20 atletas com índice para Mundial paralímpico

O Brasil tem 20 atletas com índice para o Campeonato Mundial de Natação Paralímpica deste ano, a ser disputado em Manchester, no Reino Unido, entre 31 de julho e 6 de agosto. As marcas foram obtidas durante o Open Internacional, torneio organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e que terminou no último sábado (29). No último dos três dias de competição, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, quatro índices foram alcançados, todos em classes em que os atletas têm deficiências físico-motoras (quanto maior o número da categoria, menor o grau de comprometimento). Bruno Becker (classe S2), Edênia Garcia e Maiara Barreto (ambas S3) se credenciaram ao Mundial nos 200 metros (m) nado livre, enquanto Daniel Mendes (S6) atingiu a marca nos 100 m livre. “É uma sensação indescritível conseguir a marca para o meu segundo mundial. O trabalho está sendo muito bem feito e aproveitado. Agora, vou me preparar com mais tranquilidade e focar nos detalhes, sem a pressão de ainda ter que buscar o índice”, disse Daniel, medalhista de ouro no Mundial do ano passado, em Funchal, em Portugal, no revezamento misto 4×50 m livre 20 pontos (limite da soma das classes dos quatro atletas). Recorde quebrado Outro destaque de sábado foi Carol Santiago. A nadadora da classe S12 (baixa visão), que já tinha alcançado índice para o Mundial na quinta-feira (27), primeiro dia de competição, quebrou o recorde das Américas – que já era dela – nos 100 m livre. Na sexta-feira (28), Carol igualou o próprio recorde mundial dos 50 m livre. A próxima oportunidade para os nadadores brasileiros buscarem índice para o Mundial de Manchester será a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, entre os dias 20 e 21 de maio, também no CT Paralímpico. A convocação para a competição no Reino Unido está prevista para ocorrer entre a última semana de maio e o início de junho. O Brasil teve 29 representantes no Mundial de Funchal, sendo que 26 deles foram ao pódio. O desempenho foi o melhor do país na história do evento, com 53 medalhas (19 douradas) e o terceiro lugar na classificação geral. Todos os nadadores que estiveram em Portugal integravam o Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual de atletas, mantido pelo governo brasileiro. Veja os brasileiros com índice para o Mundial de Manchester S2: Gabriel Araújo e Bruno Becker S3: Patrícia Pereira, Edênia Garcia e Maiara Barreto S5: Samuel Oliveira e Esthefany Rodrigues S6: Talisson Glock, Laila Suzigan e Daniel Mendes S8: Cecília Araújo S9: Mariana Gesteira e Ruan Souza S10: Phelipe Rodrigues S12: Carol Santiago e Douglas Matera S14: Gabriel Bandeira, Débora Carneiro, Beatriz Carneiro e João Pedro Brutos Fonte

Rejuste de planos de saúde dependerá de situação de cada operadora

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, no início da última semana, os dados econômicos financeiros do setor em 2022 e considerou que o ano se encerrou no “zero a zero”. Houve um lucro líquido de R$ 2,5 milhões, resultado bem inferior ao ano anterior. Em 2021, o lucro foi de R$ 3,8 bilhões. Já em 2020, o setor havia registrado um recorde, com o montante de R$ 18,7 bilhões. O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, disse à Agência Brasil que a mensagem é de cautela, mas que já há sinais de recuperação. Segundo ele, houve diferenças de desempenho entre as várias operadora de plano de saúde. Os maiores resultados negativos foram registradas por operadoras grandes. Rebello indica que a realidade econômica específica de cada uma delas deverá ter peso na atualização anual dos valores das mensalidades dos seus respectivos planos. “Os percentuais de reajustes dependerão da situação de cada operadora”, disse. A ANS é responsável por fixar o índice máximo que pode ser aplicado aos planos de saúde individuais e familiares. No ano passado, o teto foi de 15,5%, maior já aprovado pela agência desde a sua criação em 2000. Os dados do setor em 2022 estão disponíveis no Painel Contábil da Saúde Suplementar, mantido pela ANS e alimentado com as informações financeiras enviadas pelas operadoras dos planos de saúde. Na segunda-feira (24), foram incluídos os resultados do 4º trimestre de 2022, permitindo assim consolidar os números do desempenho do ano passado. De acordo com a ANS, a receita efetiva de operações de saúde, principal negócio do setor, foi de R$ 237,6 bilhões. Dessa forma, o lucro de R$ 2,5 milhões representou apenas 0,001% da receita. “Podemos notar no 4º trimestre uma recuperação. Então é bom esclarecer que o termo ‘zero a zero’ busca apenas evidenciar uma igualdade entre receitas e despesas no setor no exercício de 2022. Houve um resultado positivo irrisório comparado ao total de receitas do ano”, explica Rebello. Segundo ele, o setor possui recursos para passar por esse período. “Obviamente foi um ano difícil. Houve aumento dos insumos, crescimento na frequência de utilização dos planos. A mensagem é de cautela. Mas já há sinais de melhora”, disse. A queda do desempenho foi registrada mesmo com o crescimento expressivo do número de beneficiários desde o início da pandemia de covid-19, atingido o recorde de 50,5 milhões no final do ano passado. Um ano antes, em dezembro de 2021, a saúde suplementar registrava 48,9 milhões de beneficiários. “É importante considerar todo o contexto da pandemia. O setor já esperava um efeito na utilização após o isolamento social. Durante o isolamento social, as pessoas não usavam os planos. Por essa razão, em 2020, houve um lucro histórico”, avalia o diretor-presidente da ANS. Segmentos O Painel Contábil da Saúde Suplementar permite fazer recortes dos dados por segmento e por operadora. No caso das operadoras médico-hospitalares, houve prejuízo de R$ 505,7 milhões. Já as operadoras exclusivamente odontológicas, de forma inédita, também tiveram um desempenho negativo. O prejuízo foi de R$ 47,3 milhões. O único segmento que registrou resultado positivo foi o de administradoras de benefícios. O lucro chegou a R$ 555,57 milhões. Administradoras de benefício são empresas que atuam como intermediárias na contratação de planos de saúde coletivos, como a Qualicorp e a AllCare. Elas conseguem obter junto às operadoras condições diferenciadas para pessoas que tenham vínculo com empresas, órgãos públicos, associações, sindicatos ou conselhos de classe com os quais tenham firmado convênio. Fonte

Novas regras para fabricação de presunto entram em vigor em maio

A partir da próxima terça-feira (2), entram em vigor as novas normas de identidade e qualidade para fabricação de presunto. Uma das novidades é o aumento do percentual de proteína. As normas são estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). As regras valem para o presunto cozido, presunto cozido superior, presunto cozido tenro e presunto cozido de aves. Os três primeiros são feitos de carne de cortes íntegros de pernil suíno, curado, cozido, defumado ou não, desossado ou não, com adição de ingredientes. Já o presunto de aves deve ser feito exclusivamente de aves desossadas, moídas ou não. Os estabelecimentos registrados no Mapa, como frigoríficos, terão um ano para se adequarem às normas. Mais proteína O presunto cozido terá mais proteína, conforme a Portaria 765. O percentual mínimo passará de 14% para 16%. Para o presunto cozido superior e cozido tenro, os percentuais não sofreram alterações, permanecendo em 16,5% e 18%, respectivamente. No caso do presunto de aves, a proteína mínima foi estabelecida em 14%. Além disso, carnes moídas podem compor até 10% do presunto cozido e 5% do presunto cozido tenro. A moagem de carne não é autorizada como matéria-prima do presunto cozido superior. A medida visa manter as características do produto tradicional. Outra definição é que os produtos deverão ter, no máximo, 25% de colágeno. Para o presunto cozido de aves, o limite é menor, de 10%. De acordo com o ministério, a padronização é importante para “manter a qualidade das matérias-primas cárneas utilizadas, bem como a característica do produto”. Fonte

Contribuinte tem um mês para entregar declaração do Imposto de Renda

O contribuinte que ainda não juntou os documentos para acertar as contas com o Leão pode ficar tranquilo. O prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, que tradicionalmente acabava em 30 de abril, foi estendido para 31 de maio em caráter definitivo a partir deste ano. Segundo o balanço mais recente da Receita Federal, divulgado no último dia 19, mais de 15 milhões de contribuintes haviam enviado o documento. A expectativa é que sejam recebidas entre 38,5 milhões e 39,5 milhões de declarações neste ano, número superior ao recorde registrado em 2022, quando o Fisco contabilizou 36.322.912 documentos. Prazos A partir de 2023, a declaração tem novo prazo, de 15 de março a 31 de maio. De acordo com a Receita, a mudança foi necessária para permitir que todos os contribuintes possam ter acesso à declaração pré-preenchida do Imposto de Renda, no primeiro dia de entrega. Nos últimos anos, o prazo de envio da declaração do Imposto de Renda tinha sido estendido. Em 2020, o período acabou em 30 de junho devido à pandemia de covid-19.  Em 2021, com uma nova onda da pandemia, o fim da entrega passou de 30 de abril para 31 de maio. No ano passado, o prazo começou em 7 de março, por causa do carnaval na semana anterior, e também se estendeu até 31 de maio. Na ocasião, a Receita também informou que o objetivo era reduzir os efeitos da pandemia de covid-19. Segundo o auditor fiscal José Carlos Fernandes da Fonseca, supervisor nacional do Programa do Imposto de Renda, como a maioria das informações oferecidas na declaração pré-preenchida só chegam à Receita Federal no fim de fevereiro, o Fisco precisa de um prazo para consolidar os dados. Por causa disso, o formulário pré-preenchido, no qual o contribuinte apenas confirma os dados antes de os enviar ao Fisco, só sai na metade de março. Restituições A declaração tem novidades relativas à restituição. Quem optar por receber a restituição via Pix ou usar a declaração pré-preenchida receberá o valor mais rapidamente, sempre respeitando as prioridades legais. Em relação ao Pix, no entanto, a novidade só vale para quem declarar a chave do tipo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) no campo de pagamento da restituição. Outra mudança importante é a ampliação dos dados disponíveis na declaração pré-preenchida. No ano passado, o acesso havia sido estendido a quem tem conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br. Agora, o formulário, que proporciona mais comodidade e reduz as chances de erros pelo contribuinte, terá mais informações, como imóveis registrados em cartório e criptoativos. Também houve uma novidade em relação a quem tem investimentos na bolsa de valores. A Receita flexibilizou a obrigatoriedade da declaração para esse público. Só quem fez vendas de grande valor ou obteve lucro (de qualquer valor) nessas aplicações deverá preencher a declaração. Confira as principais novidades da declaração deste ano: Restituições Quem declarar a chave Pix do tipo CPF no campo destinado à conta bancária na aba “restituição” e aqueles que usam a declaração pré-preenchida terão prioridade no pagamento. Esses contribuintes receberão nos primeiros lotes, desde que respeitadas às prioridades legais (idosos a partir de 80 anos, idosos a partir de 60 anos, pessoas com deficiência ou doença grave e contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério). Segundo a Receita, o pagamento ocorrerá mais rápido via Pix porque muitos contribuintes informam errado o número da conta-corrente destinada à restituição. Neste ano, ainda não será possível informar chaves Pix aleatórias, endereços de e-mail ou números de telefone na declaração do Imposto de Renda. Declaração pré-preenchida Fornecida a pessoas físicas com contas prata ou ouro no Portal Gov.br desde o ano passado, a declaração pré-preenchida será mais completa neste ano. A Receita Federal ampliou a base de dados do formulário, disponível a partir desta quarta no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC). A partir deste ano, a declaração pré-preenchida tem as seguintes informações:•        Imóveis adquiridos e registrados em cartório, com base na Declaração de Operações Imobiliárias (DOI)•        Doações efetuadas no ano-calendário declaradas por instituições em Declaração de Benefícios Fiscais (DBF)•        Inclusão de criptoativos declarados pelas exchanges (corretoras de ativos digitais)•        Saldos a partir de R$ 140 de contas bancárias e de investimento em 31/12/2022, desde que os dados de CNPJ, banco, conta, agência e saldo em 31/12/2021 tenham sido informados corretamente pelo contribuinte•        Inclusão de contas bancárias e fundos de investimento não informados na declaração de 2022 ou abertos após o envio da declaração do ano passado•        Rendimentos de restituição recebidos no ano-calendário Além desses dados, a declaração pré-preenchida tem informações relativas a fontes pagadoras, rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais obtidas por declarações repassadas por empresas, planos de saúde, instituições financeiras e companhias imobiliárias à Receita, cabendo apenas confirmar os dados ou alterar, incluir ou excluir informações necessárias. Também são fornecidas informações de identificação, endereço, número de recibo e dependentes. Acesso à declaração pré-preenchida por terceiros Outra novidade na declaração pré-preenchida é a autorização de acesso para que terceiros acessem o documento sem procuração eletrônica. Segundo a Receita Federal, a novidade ajuda no preenchimento da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física nos casos em que um único membro da família preenche os documentos dos demais. A autorização pode ser concedida no site da Receita Federal, na seção Meu Imposto de Renda, e no aplicativo de mesmo nome para celular ou tablet. Somente pessoas físicas podem optar pela funcionalidade, com um CPF sendo autorizado por até cinco outros contribuintes. Apesar de dispensar a digitação dos dados, a declaração pré-preenchida exige que o contribuinte confira se as informações estão corretas, comparando com os informes de rendimentos e recibos recolhidos. Investimentos na bolsa de valores A Receita flexibilizou as regras para quem investe na bolsa de valores, no mercado futuro ou em investimentos semelhantes. Agora, só é obrigado a enviar a declaração quem vendeu ações cuja soma superou, no total, R$ 40 mil ou quem obteve lucro de qualquer valor com a venda de ações em

Fuga de cérebros, a diáspora de cientistas brasileiros

O Brasil pode ter perdido cerca de 6,7 mil cientistas nos últimos anos, que foram continuar suas pesquisas no exterior, segundo estimativas do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, veiculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Falta de investimentos, bolsas de pesquisa congeladas por 9 anos, corte de verba para manutenção de equipamentos. Os motivos são vários e complexos, mas tem causado a diáspora acadêmica ou a chamada fuga de cérebros do país. Este é o tema do próximo episódio do Caminhos da Reportagem. Uma das brasileiras que se destaca no cenário internacional é Duília de Mello, astrônoma e astrofísica. Em 1997, ela foi para os Estados Unidos, trabalhar no projeto do telescópio Hubble e nunca mais voltou. Hoje, é vice-reitora da Universidade Católica de Washington DC e colaboradora da Nasa. Saiu do Brasil após um corte nas bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Quando eu saí, eu não sabia que seria definitivo, achei que voltaria, como os meus colegas da minha geração que são astrônomos e estão no Brasil.” Ricardo Galvão Foto: país forma mais cientistas do que consegue empregar. Divulgação/TV Brasil A astrônoma tinha terminado de concluir um doutorado aqui – foram anos de investimento do país na carreira dela e agora seu conhecimento é usado lá fora. Isso não é uma raridade. Segundo o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, o país forma muito mais cientistas do que consegue empregar hoje. “Nós estamos hoje em dia formando 24 mil doutores por ano, mas as ofertas de emprego, concursos públicos, etc, não chegam a mil.” Nos últimos anos, a falta de investimentos em ciência e tecnologia no país foi drástica. Cortes no custeio de universidades federais, que mal tinham verba para pagar água e energia. No orçamento destinado para pesquisas científicas, entre 2014 e 2022 houve uma redução de 60%. As bolsas de mestrado e doutorado ficaram sem reajuste por 9 anos, registrando perdas de 66,6% quando o valor é corrigido pela inflação. Retomada Para 2023, as perspectivas são melhores. No início do ano, o governo federal anunciou a retomada de investimentos, com aumento de 44% dos recursos para o CNPq e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Se não fosse isso, a presidente da Capes, Mercedes Bustamante, avalia que a instituição só teria orçamento para chegar até setembro. Presidente da Capes, Mercedes Bustamante – Divulgação/TV Brasil Além das bolsas de estudo, é preciso focar também em outras áreas para que as pesquisas sejam retomadas. “É preciso colocar mais recursos para a recomposição do nosso parque tecnológico e laboratórios, é preciso fazer investimentos na manutenção das atividades de pesquisa, na compra e recuperação de equipamentos. Então é ter profissionais bem remunerados e condições adequadas de trabalho”, afirma Bustamante. “É preciso colocar mais recursos para a recomposição do nosso parque tecnológico e laboratórios.” Para Renato Janine Ribeiro, que hoje preside a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), é preciso também definir no que podemos ser os melhores. Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC – Divulgação/TV Brasil “Quais são as pesquisas científicas, as áreas em que podemos ser líderes? Não podemos ser em todas. É preciso escolher alguns setores que queremos ser protagonistas”, conclui. O episódio Fuga de cérebros, a diáspora de cientistas brasileiros, do Caminhos da Reportagem, vai ao ar neste domingo (30), às 22h na TV Brasil. Fonte

Comitiva está a caminho de comunidade indígena atacada por garimpeiros

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou pelas redes sociais o envio de uma comitiva interministerial à comunidade Uxiú, na Terra Indígena Yanomami, que foi invadida por garimpeiros na tarde desse sábado. No ataque, um yanomami morreu após ser atingido por um tiro e dois baleados foram transportados para a capital de Roraima, Boa Vista, onde estão internados no Hospital Geral de Roraima (HGR). Segundo a ministra, foi solicitado apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal (PF) investigue o caso. Sônia também destacou que, embora tenha se agravado nos últimos anos, a invasão criminosa da Terra Indígena Yanomami é um problema histórico. “A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e, mesmo com todos os esforços [que estão] sendo realizados pelo governo federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território”, escreveu a ministra. A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo Gov. Federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território. Solicitamos reforço do MJ para investigação da PF sobre este caso. — Sonia Guajajara (@GuajajaraSonia) April 30, 2023   Source link

TV Brasil apresenta entrevistas e filmes sobre lutas trabalhistas

Em comemoração ao Dia do Trabalhador, a TV Brasil exibe o especial Passado Presente – Resistência Sindical com entrevistas sobre a causa trabalhista e uma sessão de filmes temáticos, a partir desta segunda (1º), às 22h. A faixa fica em cartaz de segunda a sábado, entre os dias 1º e 6 de maio. A emissora pública apresenta seis clássicos do cinema nacional na programação dedicada ao assunto. Em cada edição, o jornalista Armando Rollemberg recebe um convidado para relembrar movimentos e momentos marcantes que culminaram em avanços nos diretos trabalhistas no Brasil. Ainda destaca o cenário atual e traça o panorama dos caminhos para um futuro com mais garantias e direitos. A série traz importantes nomes do cenário político do país que atuaram diretamente em lutas e conquistas para a classe trabalhadora. Grandes produções da sétima arte brasileira associadas às questões em pauta entram no ar logo após a conversa, às 22h30, para ilustrar a abordagem do tema. A relação de obras e de convidados é Chão de Fábrica – A História do Novo Sindicalismo e Jair Meneghelli, na segunda; Braços Cruzados, Máquinas Paradas e Djalma Bom, na terça (2); Os Homens da Fábrica e Jorge Bittar, na quarta (3); Peões e Olívio Dutra, na quinta (4); Expedito – Em Busca de Outros Nortes e Avelino Ganzer, na sexta (5); e Eles não Usam Black-tie e Clara Ant,no sábado (6). Os seis filmes selecionados para a sessão especial Passado Presente – Resistência Sindical podem ser conferidos no app TV Brasil Play. O público ainda assiste quando preferir o conteúdo das entrevistas exclusivas que também ficam disponíveis na plataforma. A iniciativa é uma parceria entre a TV Brasil e a TVT. Passado Presente – Resistência Sindical Segunda (1º): Chão de Fábrica – A História do Novo Sindicalismo, com Jair Meneghelli O primeiro entrevistado é o político e sindicalista Jair Meneghelli. O filme de estreia da faixa é Chão de Fábrica – A História do Novo Sindicalismo (2018), de Renato Tapajós. O documentário inédito tem duração de 90 minutos e é adaptado de uma série televisiva homônima. A produção conta a história da luta dos trabalhadores brasileiros desde 1978 até os dias atuais, com foco no movimento sindical, naquilo que ficou conhecido como o Novo Sindicalismo. O longa realiza um voo sobre a história do país, observando as políticas econômicas dos diferentes governos do período de forma crítica, clara e bem humorada, relacionando-as com a luta sindical. Terça (2): Braços Cruzados, Máquinas Paradas, com Djalma Bom A segunda entrevista tem como convidado o sindicalista e político Djalma Bom. O filme Braços Cruzados, Máquinas Paradas (1979), de Roberto Gervitz e Sérgio Toledo, tem exibição na sequência da programação. O documentário acompanha as eleições do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo. Nesse processo, mostra os problemas estruturais do movimento sindical sob forte tutela estatal e a resposta dos trabalhadores no chamado Novo Sindicalismo. Quarta (3): Os Homens da Fábrica, com Jorge Bittar No terceiro dia da sessão temática, Armando Rollemberg recebe o engenheiro e político Jorge Bittar. Na sequência da conversa, a TV Brasil apresenta o filme Os Homens da Fábrica (1987), produção dirigida por Luiz Arnaldo Campos. A obra tem narração do ator Nelson Xavier. A película destaca os operários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, a mais importante usina siderúrgica do Brasil, que foi palco de memoráveis lutas sindicais e políticas, passando por golpes militares, greves e até mesmo invasões do exército. Quinta (4): Peões, com Olívio Dutra O entrevistado da faixa Passado Presente – Resistência Sindical é o político Olívio Dutra. A atração cinematográfica da noite é o clássico documentário Peões (2004), obra do saudoso cineasta Eduardo Coutinho. O premiado filme resgata a história de alguns personagens da greve dos metalúrgicos do ABC Paulista no início dos anos 1980. A produção apresenta o depoimento de diversos anônimos que se mobilizaram em prol da classe operária. Sexta (5): Expedito – Em Busca de Outros Nortes, com Avelino Ganzer O sindicalista Avelino Ganzer é o convidado da TV Brasil para a conversa no programa na data em que a emissora exibe o filme Expedito – Em Busca de Outros Nortes (2006), documentário assinado por Aída Marques e Beto Novaes. A produção aborda a vida de um migrante sem terra, Expedito Ribeiro de Souza. O filme ajuda a compreender o processo de ocupação da Amazônia brasileira na ditadura militar e os problemas de concentração de terra e violência no campo. O personagem principal é um lavrador mineiro, poeta cordelista que empreende uma série de deslocamentos e passa a viver em Rio Maria, no sul do Pará. Na película, alguns dos poemas de Expedito são declamados pelo cantor Chico Buarque. Sábado (6): Eles não Usam Black-tie, com Avelino Ganzer A sessão Passado Presente – Resistência Sindical tem a presença da arquiteta e política Clara Ant. O filme exibido após a entrevista com a convidada é o clássico brasileiro Eles não Usam Black-tie, de Leon Hirszman. Com grande elenco, o drama é uma adaptação da peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri. A película apresenta as disputas ideológicas numa família de operários que lutam por melhores condições de trabalho, em plena ditadura militar. O longa acompanha os desdobramentos de um movimento grevista em uma empresa. Um operário preocupado com sua namorada grávida decide se casar. Para não perder o emprego, ele resolve furar a greve liderada por seu pai. O fato provoca um conflito familiar que se estende às assembleias e piquetes. Ao vivo e on demand Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar. Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv. Serviço Especial Passado Presente – Resistência Sindical – segunda a sábado, dias 1º a 6/5, às 22h na TV Brasil Facebook – https://www.facebook.com/tvbrasil Twitter – https://twitter.com/TVBrasil Instagram https://www.instagram.com/tvbrasil YouTube – https://www.youtube.com/tvbrasil TikTok – https://www.tiktok.com/@tvbrasil Fonte