Lula viaja a Londres para coroação de Charles III

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega na próxima sexta-feira (5) a Londres para a coroação do rei Charles III, que ocorrerá no dia seguinte (6).   Ainda na sexta, Lula irá participar de uma recepção real no Palácio de Buckingham, evento que reunirá dezenas de chefes de Estado convidados para coroação e que serão recebidos pelo rei. No sábado, a cerimônia que marca a coroação de Charles III será realizada na Abadia de Westminster.   Encontro bilateral  Antes da recepção, Lula terá um encontro com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que é o chefe de governo do Reino Unido. Será o primeiro encontro presencial entre Lula e Sunak. Os dois conversaram por telefone em dezembro de 2022, antes da posse presidencial.   De acordo com a secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Luisa Escorel, não estão previstas assinaturas de acordo.   Ela ressalta que o encontro bilateral é uma oportunidade para reforçar a relação entre os países que mantêm uma série de acordos e mecanismos multilaterais em diversos setores, como transição energética, saúde, defesa e preservação ambiental.  A embaixadora ressaltou a posição de parceria em importantes foros internacionais, citando, como exemplo, o apoio do Reino Unido ao pleito brasileiro para ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “O Reino Unido sempre singulariza o Brasil como país prioritário em sua política externa”, disse.  Maria Luisa informou ainda que, nos dias 23 e 24 de maio, o secretário do Exterior britânico virá ao Brasil para a sexta edição de um diálogo de alto nível, quando há consultas políticas entre chanceleres. O último encontro deste tipo ocorreu em 2017. Um chanceler britânico não visita o Brasil desde 2014.  Alguns temas de interesse dos países são ciência e tecnologia, mudanças climáticas e aumento do fluxo comercial.  Em 2022, o comércio bilateral movimentou US$ 6,5 bilhões, alta de 15% em comparação a 2021. As exportações brasileiras para os britânicos somaram US$ 3,7 bilhões, porém representam menos de 2% do total das vendas externas do país. As importações foram US$ 2,8 bilhões. O saldo é favorável ao Brasil. As áreas com mais investimento do Reino Unido são extração, financeira e transporte.   Coroação  Aos 74 anos, Charles tornou-se rei no dia 8 de setembro do ano passado, após a morte da mãe, a rainha Elizabeth II, que ficou no poder durante 70 anos, no maior reinado do trono britânico. Em março, Lula e Charles conversaram por telefone, com foco em questões sobre meio ambiente, que tem sido uma pauta histórica de atuação do monarca.  Como príncipe, Charles visitou o Brasil em quatro ocasiões (1978, 1991, 2002 e 2009). Em todas, foi à região amazônica.   O rei Charles III será o 40º monarca a receber a coroa na Abadia de Westminster, em uma cerimônia religiosa que é realizada há mais de 900 anos e que passou a seguir os rituais da Igreja Anglicana, após sua criação pelo rei Henrique VIII, em 1534. Antes de ler o juramento, o novo rei será ungido com óleos aromáticos, em uma cerimônia que envolve músicas e leituras.  O evento receberá centenas de líderes estrangeiros, principalmente dos países do Commonwealth, associação de 56 países dos quais quase todos faziam parte do Império Britânico. Desses, 14 ainda mantêm o monarca do Reino Unido como chefe de Estado.   Para o evento, a segurança foi reforçada e 30 mil policiais estarão nas ruas de Londres nos próximos dias.  Source link

STF tira sigilo de operação de fraude em cartão de vacina de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou, na tarde desta quarta-feira (3), o sigilo das investigações do inquérito que levou à apreensão do aparelho celular do ex-presidente Jair Bolsonaro e à prisão do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens na Presidência da República. De acordo com o relato da Polícia Federal (PF) na Operação Venire, Cid articulou a emissão de cartões falsos de vacinação para covid-19. Primeiro para sua esposa, Gabriela Santiago Cid, e suas duas filhas, e depois para Bolsonaro e sua filha menor de idade. Em depoimento nesta quarta-feira, ele ficou calado diante dos policiais. As investigações tiveram como base as quebras de sigilo telemático e telefônico de Cid no âmbito de um outro inquérito, que trata de uma live na qual Bolsonaro associou, sem provas, a vacina contra covid-19 à contaminação por Aids. A PF teve assim acesso aos dados armazenados por Cid em serviços de nuvem do Google e da Apple, o que deu impulso às investigações. Foram anexados no processo imagens de conversas de Cid com diversos envolvidos. Ao todo, seis pessoas foram presas. Além de Cid, também foram detidos: o policial militar Max Guilherme; Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro; o sargento Luiz Marcos dos Reis; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. Outras 16 pessoas foram alvo de busca e apreensão, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve o celular apreendido. O celular de sua esposa, Michelle Bolsonaro, não foi levado pelos policiais A Polícia Federal apontou indícios de que os envolvidos teriam cometido crimes como o de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção de menores. A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a busca e apreensão na casa de Bolsonaro em Brasília, mas o ministro Alexandre de Moraes decidiu autorizá-la a pedido da PF. “Não há qualquer indicação nos autos que conceda credibilidade à versão de que o ajudante de ordens do ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO pudesse ter comandado relevante operação criminosa, destinada diretamente ao então mandatário e sua filha L.F.B., sem, no mínimo, conhecimento e aquiescência daquele, circunstância que somente poderá ser apurada mediante a realização da medida de busca e apreensão requerida pela autoridade policial”, escreveu Moraes. A falsificação Para realizar as fraudes, o ex-ajudante de ordens contou com o auxílio do sargento Luiz Marcos dos Reis, cujo sobrinho, o médico Farley Vinícius Alcântara, emitiu documento fraudado para a Gabriela Cid a partir do município de Cabeceiras, em Goiás. Ele preencheu cartões de vacinação da Secretaria de Saúde de Goiás e assinou utilizando seu carimbo e número de registro no Conselho Federal de Medicina (CRM). Ainda de acordo com as investigações, imagens dos cartões foram enviadas no formato PDF para o 2º Sargento Eduardo Crespo Alves, para que ele tentasse inserir os dados no sistema do Ministério da Saúde a partir do Rio de Janeiro. O objetivo seria permitir a emissão do certificado de vacinação contra covid-19 pelo aplicativo ConecteSUS. A tentativa só não deu certo porque os sistemas da Saúde acusaram que o lote da vacina supostamente aplicada não havia sido distribuído para o Rio de Janeiro, mas para Goiás. Cid, contudo, não desistiu. Ele acionou o advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Barros, que conseguiu a emissão de um cartão de vacinação no município fluminense de Duque de Caxias. Após isso, os envolvidos conseguiram inserir os dados nos sistemas da Saúde. Isso permitiu que Cid e seus familiares emitissem diversas vezes o certificado de vacinação contra a covid-19, sempre na proximidade de viagens para os Estados Unidos, como mostraram as investigações da PF. Jair Bolsonaro Bolsonaro passou a ser investigado no caso após alerta da Controladoria-Geral da União (CGU) em janeiro de 2023 para a Polícia Federal. Esse alerta deu conta de que, apesar de constar no sistema do Ministério da Saúde que o então presidente teria se vacinado nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, também em Duque de Caxias, não havia indícios de que isso tenha de fato ocorrido. A partir daí, a PF constatou que os dados sobre as vacinas foram inseridos por Brecha, secretário de Governo do município fluminense, nos sistemas da Saúde, em 21 de dezembro de 2022. O procedimento teria sido o mesmo em relação à filha de Bolsonaro. Os dados seriam dias depois apagados pela operadora Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, com a justificativa de se tratar de “erro”. Nesse ínterim, foram emitidos certificados de vacinação contra covid-19 para Bolsonaro e sua filha, que embarcariam para os EUA no final de dezembro. Ela viajou no dia 27 e o ex-presidente no dia 30. Tais certificados teriam sido emitidos e impressos pelo auxiliar de Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara, de dentro do Palácio do Planalto. A polícia obteve a localização dos aparelhos no momento de utilização do ConecteSUS. O relatório da PF detalha que “os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificados de vacinação contra a Covid-19, indicando que Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid e, possivelmente, Marcelo Costa Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”. Assina o documento de 114 páginas o delegado da PF Fábio Alvarez Shor, responsável pelo caso. Outro lado Em nome da defesa de Bolsonaro, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação, Fábio Wajgarten, disse a jornalistas que o ex-presidente somente irá depor à Polícia Federal quando seus advogados tiverem acesso aos autos do processo, o que ainda não teria ocorrido. “O presidente Bolsonaro estará à disposição das autoridades competentes, como sempre esteve, tão logo a defesa tenha acesso aos autos”, disse Wajgarten. Segundo ele, o ex-presidente está reunido com seus advogados. Ele ainda disse que o advogado Marcelo Bessa já peticionou ao Supremo, em nome de Bolsonaro, pedindo acesso ao processo. A Agência Brasil continua tentando contato com

Brasil e EUA retomam plano contra discriminação étnico-racial

Brasil e Estados Unidos (EUA) retomaram, nesta quarta-feira (3), o acordo de cooperação bilateral para Eliminar a Discriminação Racial e Étnica e Promover a Igualdade (Japer), nos dois países.  O anúncio foi feito pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e pela representante dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), a embaixadora Linda Thomas-Greenfield, em entrevista coletiva, na Casa do Carnaval, em Salvador (BA). A cidade foi escolhida por ser a capital do estado com a maior população negra do país. “Tem toda a representatividade. É um estado que merece respeito”, disse a ministra brasileira. A embaixadora norte-americana Thomas-Greenfield concordou.  Grupo reunido na Casa do Carnaval, em Salvador, cidade escolhida por ser a capital do estado com a maior população negra do país. Foto:  Emanuel Bulos photography “Estamos aqui, em Salvador, o coração do Brasil negro, porque essa cidade representa tanto o passado de racismo, quanto o futuro otimista que queremos”, declarou a representante dos EUA na ONU, a embaixadora Thomas-Greenfield.  A primeira reunião de trabalho do Japer está agendada para 23 de maio, em Brasília, com a previsão de ter a presença da representante especial dos EUA para Equidade Racial e Justiça, Desirée Cormier Smith.  Japer   O plano de ação conjunta Japer foi assinado pelos EUA e pelo Brasil, pela primeira vez, em 2008, sob coordenação da então Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e do Ministério das Relações Exteriores, no segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contudo, as ações foram descontinuadas em 2011, de acordo com o Ministério da Igualdade Racial.  “É muito histórico o que a gente já tem feito um acordo que foi assinado em 2008, que fica parado, mas que tem muita potência para crescer e para transformar vidas de muitas pessoas negras”, disse a ministra da Igualdade Racial.  Com a retomada do plano Japer, o programa prevê a articulação de políticas de ações afirmativas, além de intercâmbios e trocas de experiências e boas práticas entre os dois países, em diversas áreas do conhecimento como educação, saúde, memória e cultura e combate à violência letal. “Em relação ao genocídio da população negra, teremos o [programa] Juventude Negra Viva, que vai ser o nosso estágio, vai ser o nosso pontapé inicial aqui, para que a gente possa estabelecer metas, porque esse é um dos temas mais difíceis e envolve o Ministério da Justiça e Cidadania e a Secretaria Geral da Presidência”, planeja Anielle Franco.  A ministra da Igualdade Racial destacou a importância da volta do trabalho conjunto, com a troca de ações afirmativas com o objetivo de fortalecer as políticas públicas das duas nações. “Nós temos problemas muito similares, desde o genocídio da população negra até caso de racismo que estão gritantes e, evidentemente, acontecem quase diariamente e ambos os países. Então, acho que o Japer pode fortalecer para além da parceria, fortalecer também um entendimento tanto aqui, quanto lá”.  O plano prevê apoio a talentos negros brasileiros e norte-americanos, conectando faculdades e universidades historicamente ligadas à causa negra, nos dois países. As sedes do programa no Brasil e nos Estados Unidos ainda serão escolhidas.  Cooperação internacional   O novo Ministério da Igualdade Racial tem trabalhado em agendas de articulação internacional para fortalecer o enfrentamento ao racismo e a equidade racial, no Brasil.   Em fevereiro, a ministra Anielle Franco esteve na comitiva presidencial brasileira que visitou os EUA para iniciar a retomada do Japer.  No mês passado, Anielle Franco viajou a Portugal e à Espanha, como parte do grupo que acompanhou o presidente Lula, e firmou com os dois países acordos de cooperação e investimentos em políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial no Brasil.   Source link

Campeã olímpica nos Jogos do Rio morre aos 32 anos

A campeã olímpica Tori Bowie morreu, nesta quarta-feira (3), aos 32 anos de idade. A informação do falecimento da norte-americana, que conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, na prova do revezamento 4×100 metros rasos, foi confirmada pela equipe que gerenciava a carreira da atleta. “Estamos devastados em compartilhar a triste notícia de que Tori Bowie faleceu. Perdemos uma cliente, querida amiga, filha e irmã. Tori era uma campeã…, um farol de luz que brilhava tanto! Estamos realmente com o coração partido e nossas orações estão com a família, amigos e todos que a amavam”, informou a nota da assessoria da velocista, que não informou a causa da morte. Quem também lamentou a morte da campeã olímpica foi a World Athletics (Federação Internacional de Atletismo), que recordou um dos grandes feitos da carreira de Bowie, a conquista do título mundial dos 100 metros rasos em 2017. No mesmo evento ela também ficou com o ouro no revezamento 4×100 metros rasos. Nos Jogos do Rio, além do ouro no revezamento – ao lado de Tianna Bartoletta, Allyson Felix, English Gardner e Morolake Akinosun (que disputou as eliminatórias) -, Bowie conquistou uma prata nos 100 metros rasos e um bronze nos 200 metros rasos. Fonte

Balanço mostra resultados positivos em segurança pública nos estados

Um balanço feito pelo Instituto Sou da Paz e pelo Insper mostrou que, em 2021, o Distrito Federal registrou a menor taxa de homicídios dos últimos 45 anos, mesmo com o aumento da população. Em Alagoas, os indicadores do mesmo crime caíram 14,8%. Segundo o 2º Balanço das Políticas de Gestão para Resultado na Segurança Pública, São Paulo reduziu em 49% o roubo de veículos entre 2014 e 2021. O documento evidencia iniciativas estaduais que representam boas práticas na área. O relatório atualiza o conhecimento sobre o status das diferentes políticas no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, do Ceará, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Pará, da Paraíba, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Os estados que não entraram no relatório não contam com políticas dessa natureza ou não enviaram a documentação requerida para ser analisada. Segundo a diretora executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, a pesquisa encontrou 11 estados com programas de gestão de resultado. O destaque é o Espírito Santo, que tem uma ação mais longeva e consegue manter um programa central envolvendo as polícias com resultado importantes na redução dos homicídios. Outro destaque é o Rio Grande do Sul Seguro, programa que apresenta muitas inovações, por não ter uma meta, mas acompanhar os indicadores, conseguindo outra forma de engajar os policiais. No Nordeste, um dos destaques é o Paraíba Unida pela Paz, um programa que discute as questões de homicídios e controle de armas. “São programas que, embora não sejam uma panaceia, conseguem contribuir muito para a integração das polícias, dão uma ferramenta para o secretário de Segurança coordenar, dão uma visão de longo prazo para a segurança pública nos estados, o que não é algo trivial”, disse Carolina. Na opinião de Carolina, para que os programas tenham êxito, é importante que o governador e o secretário deem prioridade para a segurança pública de forma contínua, não lidando com o tema apenas quando ocorre um crime bárbaro ou uma questão muito grave. “Esta é a forma como a segurança pública funciona: aos espasmos. É preciso ter um planejamento, um programa sustentável. Isso não dá visibilidade política, mas é um trabalho de base. Mostra que é possível que uma secretaria de Segurança Pública tenha maior controle sobre as polícias e coordene sua atuação”, afirmou. Entre as medidas que devem ser desenvolvidas pelo poder público, a diretora do Sou da Paz citou a definição de metas de indicadores criminais e das prioridades para o estado, fazer reuniões periódicas envolvendo as polícias e cobrando resultados, ter uma liderança participando. “E engajar os profissionais, mostrando que as autoridades também se comprometem com investimento para a segurança pública.” Carolina ressaltou que esses programas devem ser permanentes e que o governo federal precisa incentivá-los para que os estados se comprometam e institucionalizem as iniciativas para evitar que se enfraqueçam nas trocas de gestão. “É preciso ainda melhorar a qualidade dos dados, tendo um controle e uma auditoria sobre isso para evitar os desvios que às vezes acontecem.” Segundo o professor do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper e membro do comitê de leitura crítica que revisou o material e fez recomendações finais, Sandro Cabral, o objetivo do estudo foi também mostrar as práticas institucionais que podem ser consideradas modelos exitosos de política pública de segurança no Brasil. “O estabelecimento de diretrizes baseadas em evidências é essencial para a promoção de melhorias na segurança pública dos estados brasileiros”, afirmou Cabral. Ele acrescentou que o balanço apresentado pelo Insper e pelo Sou da Paz buscou analisar o que funciona para a área, quais estados alcançaram sucesso nos últimos anos e como os gestores podem orientar propostas para conseguir os melhores resultados possíveis. Fonte

Prefeitura interdita pistas da Ephigênio Salles para instalação de passarela

Os motoristas que trafegam na avenida Ephigênio Salles no horário noturno devem ficar atentos à interdição parcial de uma faixa no sentido Centro e outra faixa no sentido bairro próximo ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). A interdição das faixas realizada pela Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), inicia a partir desta quinta-feira, 4/5, e irão prosseguir até o dia 31/5, à noite. A interdição será necessária para a requalificação viária e a implantação de passarela na Ephigênio Salles e afetarão apenas as pistas mais próximas ao canteiro central. O horário dos serviços atenderá o seguinte cronograma: de segunda a quinta-feira, das 20h às 5h30m; e as sextas-feiras, de 20h às 4h30m. O vice-presidente de Trânsito do IMMU, Edson Leda, explicou sobre as ações no local. “Vamos auxiliar o trânsito para permitir a melhor fluidez dos veículos nesta região. O IMMU atuará com diversos agentes de trânsito e ainda estaremos com outras ações em toda a cidade”, frisou. — — – Texto – Álisson Castro / IMMU Foto – Arquivo / Semcom Fonte

PC-AM prende homem condenado a mais de 14 anos de prisão por estupro de vulnerável

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), cumpriu, na terça-feira (02/05), mandado de prisão em razão de sentença condenatória de um homem de 32 anos, por estupro de vulnerável ocorrido em 2011. A vítima é ex enteada do autor e tinha 6 anos na época do fato. De acordo com os policiais civis lotados na unidade especializada, o autor era padrasto da vítima e o crime foi praticado em três ocasiões diferentes, no momento em que as partes estavam sozinhas na residência em que moravam. “Todos os dias ele buscava a criança na escola, se trancava com ela em um quarto e consumava o ato.  Após o abuso, o infrator ameaçava a vítima para que ela não contasse nada a ninguém. Em um determinado dia, a genitora da menina tomou conhecimento do fato e, de imediato, compareceu à Depca para denunciar o indivíduo”, disseram. Ainda conforme as autoridades policiais, a sentença condenatória em nome do autor foi expedida no dia 9 de março de 2021, pela 2ª Vara Especializada em Crimes contra Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes. Operação Caminhos Seguros A prisão faz parte da Operação Caminhos Seguros, deflagrada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes. Procedimentos O indivíduo foi preso no bairro Aleixo, zona centro-sul. Ele responderá por estupro de vulnerável e ficará à disposição da Justiça. FOTO: Erlon Rodrigues/PC-AM. Fonte

Tratamento preventivo evita que enxaqueca se torne doença crônica

Mais de um bilhão de pessoas sofrem de enxaqueca em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo 30 milhões no Brasil. No próximo dia 19, comemora-se no país o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, ou enxaqueca crônica. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE). Maio é considerado ainda o Mês Nacional de Combate à Cefaleia. A neurologista Tatiane Barros, membro da Academia Brasileira de Neurologia e da SBCE, informou, nesta quarta-feira (3), à Agência Brasil, que o paciente sofre de enxaqueca quando tem três ou mais dias de dor de cabeça por mês por, pelo menos, três meses consecutivos. A cefaleia é uma dor geralmente unilateral, latejante, acompanhada de náuseas, às vezes vômito, e incômodos com luz e barulho. “E é uma dor que não melhora com analgésicos comuns.” Tatiane Barros afirmou que quando a dor se repete com frequência de 15 dias ao mês já pode ser considerada enxaqueca crônica. A recomendação é que a pessoa não espere chegar a essa situação para procurar um especialista e iniciar o tratamento. “Hoje já existem tratamentos preventivos para evitar que a dor fique crônica e que essas crises venham”. Reforçou que “não é normal ter esse tipo de dor”. O tratamento preventivo inclui classes medicamentosas, como comprimidos e toxina botulínica, por exemplo, que visam evitar que a crise surja. “O medicamento preventivo é utilizado para diminuir a frequência, a intensidade e a duração das crises”. Ela alertou, por outro lado, que a automedicação deve ser evitada, porque o uso indiscriminado de analgésicos, em médio e longo prazo, pode vir a ocasionar um efeito rebote, disparando episódios de enxaqueca. Segundo Tatiane, a enxaqueca pode ocorrer em qualquer pessoa, em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres a partir da adolescência, quando a menina menstrua. “A idade mais frequente é a partir dos 18 ou 20 anos, até por volta dos 45 a 50 anos, e tem relação com o período hormonal”. Na infância, é igual para meninos e meninas. Depois, a incidência aumenta na mulher, chegando a acometer quatro mulheres para um homem.  Incapacitação A enxaqueca crônica é uma das doenças mais incapacitante no mundo entre a população em geral, gerando comprometimento da qualidade de vida e aumento do gasto financeiro. É também uma das principais causas de absenteísmo no trabalho, sendo também, nesse caso, mais prevalente em mulheres, conforme indica a OMS. “Eu costumo dizer que a enxaqueca é uma doença subdiagnosticada, subtratada e subestimada. Porque, além de causar o absenteísmo, a pessoa não consegue trabalhar por conta da dor de cabeça, ela também tem um fenômeno relacionado que é o chamado presenteísmo, porque a pessoa vai de corpo presente, mas não consegue produzir com uma crise de enxaqueca”. Tatiane destacou que a doença tem ainda muito preconceito e julgamento associados. “Dizer ao chefe que não vai trabalhar porque está com dor de cabeça parece desculpa esfarrapada”, mencionou. A enxaqueca é a doença neurológica mais incapacitante do mundo, sustentou a especialista. Uma a cada seis pessoas têm dor de cabeça. No Brasil, estima-se que, a cada ano, haja uma perda por volta de R$ 67 bilhões em gastos no sistema de saúde, devido à queda de produtividade relacionada à enxaqueca, ampliando a procura por consultas, exames, atendimento emergencial e internações hospitalares. Gatilhos A neurologista informou que há alimentos que mais comumente causam as dores de cabeça. “A gente não recomenda de cara para cortar isso ou aquilo.” O paciente deve observar o que desencadeia a dor para ele. Entre os alimentos que podem ser gatilho para dores, Tatiane destacou açúcar, chocolate, álcool e, principalmente, vinho, alimentos ultraprocessados, como linguiça, salsicha, mortadela, temperos prontos, queijos amarelos e alimentos condimentados. As pessoas devem optar por uma alimentação rica em proteínas magras, frutas e vegetais, o que acaba por reduzir a inflamação no corpo. Além disso, a prática de exercício regularmente e técnicas de relaxamento, como ioga, meditação e respiração profunda, podem ajudar a aliviar estresse e tensão, que também são gatilhos para a doença, explicou. Fonte

Ministério nega invasão externa para registro de vacina em sistema

O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (3), que todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Segundo a pasta, não há relato de invasão externa ou de acesso sem cadastro ao sistema. O comunicado acontece em meio à Operação Venire, deflagrada mais cedo pela Polícia Federal, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do ministério. Foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Entre os seis detidos na manhã de hoje está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por meio de nota, o Ministério da Saúde ressaltou que mantém “rotina para a sua segurança” e que passa regularmente por auditorias. A pasta acrescentou que, desde o início das investigações, mantém conduta alinhada à Controladoria-Geral da União (CGU) e em consonância com a Lei de Acesso à Informação. “O Ministério da Saúde informa que colabora com as investigações da Polícia Federal na forma da lei e segue à disposição das autoridades.” Operação Venire A residência do ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira. Os agentes também recolheram o celular de Bolsonaro.   “Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos Estados Unidos. Não existe adulteração de minha parte”, disse o ex-presidente, ao deixar sua residência em Brasília, acompanhado de advogados. Entre os seis detidos na operação, está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A informação foi confirmada pela defesa do ex-assessor. De acordo com a Polícia Federal, as inserções de dados falsos ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência “a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”. “Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou a corporação. Fonte

Homem com Síndrome de Down é morto por espancamento em Manaus

Um homem com Síndrome de Down foi morto por espancamento dentro de sua casa, na tarde de ontem (02) no bairro Lagoa Azul, zona Norte de Manaus. Conforme policiais da 26ª Companhia Interativa Comunitária (CICOM), o homem identificado como Antônio Ednaldo Gonçalves da Silva, de 24 anos, estava sozinho em casa quando os suspeitos, ainda não identificados, invadiram a casa, entraram em seu quarto e o espancaram a socos e pauladas. Segundo o irmão da vítima, ele pode ter sido confundido com outra pessoa. O irmão relatou que o Antônio Ednaldo não falava, o que o teria impossibilitado até de gritar por socorro. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), após passar pela perícia do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC). O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Fonte

Bolsonaro só vai depor após acessar autos do processo, diz advogado

O advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, disse que seu cliente só prestará depoimento à Polícia Federal após ter acesso aos autos da Operação Venire, deflagrada nesta quarta-feira (3). Bolsonaro já tinha um depoimento marcado para hoje, mas sobre o caso dos kits de joias presenteados pelo governo da Arábia Saudita. O depoimento, no entanto, foi adiado com a deflagração da Operação Venire, que investiga a adulteração de cartões de vacinação para covid-19 do ex-presidente e de seus familiares. Ao deixar a sede da PF, Wajngarten informou a jornalistas que estavam no local sobre outros três alvos de mandados na mesma operação: o policial militar Max Guilherme, segurança do ex-presidente; o tenente-coronel Mauro Cid Barbolsa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; além do militar do Exército Sérgio Cordeiro, que era também segurança presidencial. “O Max Guilherme já prestou depoimento, já foi ao IML [Instituto Médico Legal] e já fez um exame de corpo de delito. O coronel Cid ainda não prestou depoimento; e Sérgio Cordeiro prestará depoimento em breve”, disse Wajngarten. Petição O advogado de Bolsonaro confirmou que não teve, até o momento, acesso sequer aos depoimentos dos outros investigados, mas que já entrou com uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso. “O [advogado] Marcelo Bessa acompanhou a ação, logo cedo, de busca e apreensão na residência do [ex] presidente, e já peticionou ao ministro Alexandre de Moraes pedido para ter acesso aos autos da operação de hoje. O presidente virá depor tão logo tenha acesso aos autos, fato este que ainda não é se consumou”, acrescentou Wajngarten. Operação Venire A Operação Venire investiga a adulteração em cartões de vacinação de Bolsonaro e da filha Laura. A residência dele, em Brasília, foi alvo de mandado de busca e apreensão. A ação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Sobre o cartão de vacinação, Wajngarten reiterou que só se manifestará após acesso aos autos. Ele, no entanto, acrescentou que “o Brasil inteiro conhece a posição do presidente quanto a vacina”, e que “vacina é uma decisão de cunho pessoal”. “Cabe ao presidente e a cada um decidir se vai tomar vacina ou não, e a opinião do presidente quanto à vacinação é notória e o Brasil inteiro conhece”, afirmou ao dizer que todos os alvos de mandados desta operação foram “pegos de surpresa”. Perguntado sobre se Bolsonaro apresentou o cartão de vacinação quando foi aos Estados Unidos, em dezembro de 2022, Wajngarten disse ainda não ter essa informação, mas que irá apurar. “Vamos encontrar com ele, mas eu acho que o presidente entrou nos Estados Unidos com visto e passaporte de presidente da República”. O advogado comentou a apreensão de uma arma na residência do ex-presidente: “soube que uma arma funcional de um dos assessores do presidente foi apreendida.A defesa já pediu a devolução dessa arma”. Repercussão Líder do PL conversa com jornalistas na frente da sede do partido, em Brasília – Antonio Cruz O líder do PL – partido do ex-presidente – na Câmara, deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ), disse estar perplexo com a situação e sugeriu que a deflagração da operação poderia estar ligada ao que chamou de derrota do governo diante do adiamento da votação do Projeto de Lei 2.630, conhecido com PL das Fake News. “Na política, a gente não quer sempre ligar os fatos. Mas o governo teve uma derrota na tentativa de aprovar o texto das Fake News, foi aberta a CPMI de 8 de janeiro, Bolsonaro foi à Agrishow e a população toda abraçando ele. Chega agora e acontece um fato como esse”, afirmou o parlamentar em conversa com jornalistas. *colaborou Paula Laboissière Fonte

STF retoma julgamento de ex-deputado federal

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na tarde de hoje (3), em Brasília, o julgamento sobre a legalidade do indulto concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao então deputado federal Daniel Silveira. A análise da questão foi iniciada na semana passada, mas somente as partes do processo foram ouvidas pela Corte. Nenhum ministro chegou a proferir voto. Em maio do ano passado, Bolsonaro assinou um decreto concedendo graça constitucional à pena do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), apoiador do então presidente e integrante de sua base na Câmara dos Deputados. O decreto foi editado em 21 de abril, um dia após o parlamentar ter sido condenado pelo Supremo a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo que responde por ataques virtuais ao STF. Após a publicação do decreto, partidos de oposição recorreram ao Supremo para restabelecer a condenação de Silveira. Segundo as legendas, a medida foi ilegal visando beneficiá-lo. Fonte

Lula assina decreto que impulsiona atividades do CBA

  Após mais de 20 anos, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) passa a ter identidade jurídica própria. O decreto, assinado nesta quarta-feira (03), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), qualifica a Organização Social (OS) e permite o gerenciamento da instituição pelo consórcio formado pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), em conjunto com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP). Com o decreto, encerra-se a celeuma jurídica que se arrasta há décadas e prejudicava investimentos em bioeconomia e desenvolvimento da indústria com base na biodiversidade amazônica. Com a nova administração, o CBA agora passa a ser chamado Centro de Bionegócios da Amazônia. Durante a cerimônia de assinatura do decreto, realizada em Brasília, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), destacou que somente nos primeiros meses da nova gestão federal, a Zona Franca de Manaus (ZFM) obteve duas conquistas: a aprovação de R$ 1,6 bilhão de investimentos em projetos no Conselho Administrativo da Suframa (CAS) e a qualificação do CBA. Durante visita a Manaus, Alckimin já havia adiantado o interesse do governo em desenvolver os potenciais da Amazônia através da indústria com base na floresta. Para ele, a nova etapa do CBA permitirá o desenvolvimento da “vocação” da biodiversidade da região onde habitam 28 milhões de brasileiros. Alckmin explicou quais serão os próximos passos para o processo. “Depois, nós faremos o contrato de gestão entre o Ministério, Mdic, e com a organização social com metas, objetivos, resultados para a gente trabalhar junto com os ministérios da ministra Luciana [Santos], Ciência e Tecnologia, ministério do Meio Ambiente, governos estaduais, governos municipais, universidades e principalmente a iniciativa privada para criar emprego, criar empresa, agregar valor, transformar grande a farmácia que é a biodiversidade amazônica em produtos, em serviços, em empregos e investimentos”, esclareceu o vice-presidente. O governador em exercício, Tadeu de Souza (Avante) disse que a assinatura do documento tira “uma nuvem cinzenta” sobre o centro e preenche as expectativas de políticos e empresário que aguardavam a qualificação e autonomia em relação à Superintendência da Zona Franca de Manaus, conforme recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU).  “Quero primeiramente agradecer o presidente Lula pela atenção que historicamente teve com o estado do Amazonas, com carinho, de forma sensível sempre olhou o Amazonas pela sua peculiaridade, pela sua diversidade, pela distância sempre entendeu o papel do estado do Amazonas na formatação da federação”, disse o governador em exercício, que também agradeceu os servidores da Suframa, em nome do superintendente Bosco Saraiva e aos políticos do estado, representados pelo senador Omar Aziz (PSD). Para Tadeu, o novo formato do CBA vai permitir o sustendo e a renda para a população que vive no interior, em especial nas Unidades de Conservação, permitindo uma “virada de página” para o Amazonas e a Amazônia prosperarem. “A nova identidade jurídica do CBA permitirá resolver uma disfunção no ambiente de negócios da região amazônica interligando os trabalhadores das comunidades locais com a capacidade industrial já instalada na região, aliada a proteção à diversidade e ao patrimônio ambiental. A partir de agora, o Amazonas terá um ima de atração, o CBA, orbitando e atraindo os atores dos Institutos de pesquisa, os investidores, porque muito no ambiente privado esperavam por esse momento e todo o movimento de soluções inovadoras para untos construirmos um sistema de inovação e mais do que isso, um sistema produtivo de emprego, impostos e produtos sustentáveis”, reforçou Tadeu de Souza. Em texto disparado pela assessoria de comunicação, o atual gestor do CBA, Fábio Calderaro, disse que o decreto dá ao CBA mecanismos de mercado mais ágeis e flexíveis para acompanhar a velocidade da inovação tecnológica e atender às demandas do setor produtivo. “A instituição da personalidade jurídica do CBA, além de pleito esperado pela sociedade há mais de vinte anos, concretiza um processo iniciado quando nos foi delegada a missão de tornar o Centro uma instituição mais dinâmica, integrada ao ecossistema de inovação e próxima dos setores de atividade que podem adensar as cadeias da bioeconomia na região”, explica Fábio Calderaro. Com o novo status jurídico, também será possível para o CBA, a partir de agora, acessar recursos disponíveis na iniciativa privada para pesquisa, desenvolvimento e inovação. *Com informações do Portal Acrítica

Pesquisa avalia acesso à internet por crianças e adolescentes

Menos da metade das crianças e adolescentes matriculados acessam a internet no ambiente escolar, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil, divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. O estudo aponta que 44% dos jovens com idade entre 9 e 17 anos têm acesso à rede no ambiente escolar. O percentual sobe para 56% entre os mais ricos, classes A e B, e fica em 34% para as crianças e adolescentes das classes D e E. Existe uma grande diferença de acesso à internet na escola também pelas faixas etárias. Entre os jovens de 9 e 10 anos, apenas 8% usam a rede no ambiente escolar. Na faixa de 11 e 12 anos, a proporção sobe para 36% e chega a 68% para os adolescentes de 15 a 17 anos. A coordenadora da pesquisa, Luísa Adib, chama a atenção que “a escola tem um papel importante de também ser um lugar em que a criança e o adolescente tenha acesso a uma internet de qualidade, com dados ilimitados”. O local em que os jovens mais se conectam é a própria casa, mencionada por 97%. Desigualdades Há ainda outras desigualdades no acesso à internet, especialmente em relação a qualidade da conexão. A velocidade é ruim sempre para 31% dos jovens que acessam a rede, enquanto 45% disseram enfrentar esse problema às vezes. O percentual cai para 18% dos que respondem sempre para as famílias das classes A e B. Para as crianças das classes D e E a proporção fica em 39%. A falta de créditos no celular impede a conexão sempre de 22% das crianças e adolescentes e eventualmente de 25%. O celular segue o dispositivo mais utilizado para conexão, sendo usado por 96% dos jovens. No entanto, ele é a única opção de acesso para 82% dos jovens das classes D e E, e para 49% da classe C. Entre as crianças e adolescentes das classes A e B, a proporção cai para 21%. Entre essa parcela mais rica da população, 91% dos jovens usam a rede pela televisão, 77% pelo computador e 48% pelo videogame. Para as crianças e adolescentes das classes D e E, a televisão só é uma possibilidade de acesso para 41% e o computador para 50%. Atividades A atividade mais realizada pelos jovens na internet é ouvir música (87%); seguida por assistir vídeos, filmes ou séries (82%); pesquisa para trabalhos escolares (80%); envio de mensagens instantâneas (79%); pesquisa por iniciativa própria (65%); conversas por chamadas de vídeo (32%). O Whatsapp é a rede social mais usada pela faixa entre 9 e 17 anos de idade, sendo acessada por 78% desses jovens, em seguida vem o Instagram (64%), o Tik Tok (60%) e o Facebook (47%). O Tik Tok é a rede favorita para as crianças de 9 e 10 anos, utilizada por 35%. Entre os adolescentes -15 a 17 anos – o Instagram é o mais popular (51%). Mas mesmo entre essa faixa, o Tik Tok é a mais popular para 32%. Cuidados A maioria dos jovens (79%) diz ser cuidadosa com aquilo que fala ou posta na internet e 77% diz só clicar em sites ou aplicativos que confia. Enquanto 73% afirma ter cuidado com os convites de amizade que aceita nas redes sociais e 63% só compartilha conteúdo ou informações com amigos próximos. A pesquisa foi realizada com 2,6 mil crianças, adolescentes e o mesmo número de pais ou responsáveis, em todo o país, entre junho e outubro de 2022. Fonte

Lula assina decreto para impulsionar bionegócios na Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (3), o decreto de qualificação da organização social que vai gerir o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA). O objetivo da medida é agregar valor e impulsionar novos negócios baseados nos recursos naturais da região. Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a atuação mais ampla do CBA resultará em investimentos, produtos, empregos, renda e desenvolvimento local e regional. Durante a cerimônia de assinatura do decreto no Palácio do Planalto, Alckmin destacou o potencial da biodiversidade da Amazônia em áreas como farmacêutica, química, cosmética e alimentícia. “Vamos trabalhar juntos com os ministérios de ciência e tecnologia, do meio ambiente, governos estaduais, governos municipais, universidades e, principalmente, a iniciativa privada para criar emprego, criar empresa, agregar valor, transformar a grande farmácia que é a biodiversidade amazônica em produtos, serviços, empregos e investimentos. É impressionante, na área de alimentos, por exemplo, 1 quilo de cacau de amêndoa custa R$ 10 e 1 quilo de chocolate, R$ 200. Nós temos muito potencial”, afirmou. Com o decreto, o CBA, antes chamado Centro de Biotecnologia da Amazônia, deixa de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passa a ser gerido pela organização social Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), selecionada por meio de concorrência pública. Com personalidade jurídica própria, o centro terá mais autonomia para captar recursos públicos e privados e ampliar suas atividades. De acordo com a Presidência da República, os recursos públicos previstos para o CBA nos próximos quatro anos chegam a R$ 47,6 milhões. Agora, também será possível ter acesso a recursos disponíveis na iniciativa privada para pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Ele [CBA] terá um centro de inteligência para novos negócios, que vai prospectar novos investimentos, trazer o setor privado e transformar pesquisa em patente e em negócios para o desenvolvimento da região”, ressaltou Alckmin. Nos próximos dias, a FUEA assinará contrato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que transferirá a gestão do CBA para a organização social, que atuará em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, a Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a Universidade do Estado do Amazonas. Atuação O CBA passará a ter um núcleo de negócios com atuação em duas frentes. A primeira será na busca por pesquisas fora de seus próprios laboratórios, que resultem em produtos de “prateleira” que integrem o portfólio do centro e serão oferecidos a potenciais investidores. Na segunda frente, em parcerias com a iniciativa privada, o centro garantirá o fornecimento de matéria-prima com regularidade e a preços competitivos, dando condições mínimas para que a indústria se estabeleça e haja sustentabilidade no trabalho das comunidades diretamente envolvidas, como ribeirinhos e povos originários. O CBA foi criado em 2003, dentro da Suframa. De acordo com a Presidência da República, ao longo dos últimos anos, o centro tem trabalhado em projetos que buscam desenvolver novos produtos e processos usando insumos da biodiversidade amazônica em diversas áreas, como alimentos e bebidas, fitoterápicos, cosméticos, farmacêuticos, química, bioplásticos, agrícolas, têxtil, saúde, diagnóstica e de papéis. O centro também atua na capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento de atividades de base sustentável, por meio de apoio técnico às comunidades tradicionais, unidades de manejo, empreendedores agroflorestais; e para transformação de rejeitos orgânicos e inorgânicos em produtos economicamente viáveis. Entre os exemplos práticos da atuação do CBA estão o desenvolvimento de catalisadores a partir do lodo para produção de biocombustíveis; o uso de insumos locais e resíduos fabris para obtenção de bioplásticos, celulose e membranas bacterianas que podem, inclusive, ser transformadas em bebidas probióticas, como o kombucha; processos avançados para obtenção de açaí liofilizado, manteiga de cupuaçu e óleos essenciais com a casca da laranja; e produção de corantes naturais a partir de mais de 2,6 mil espécies de microorganismos da região. Fonte