Mulher é encontrada morta em Terra Indígena Yanomami

O corpo de uma mulher, com sinais de violência sexual e enforcamento, foi encontrado dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, neste sábado (6). A identidade da vítima ainda não foi confirmada. Segundo a Polícia Federal, ela foi localizada em uma área próxima ao local onde os corpos de oito garimpeiros foram achados, na última terça-feira (2). O corpo da mulher já foi removido para Boa Vista, onde passará por exames e perícia do Instituto Médico-Legal (IML). Com mais essa vítima, chega a 14 o número de mortos em menos de uma semana na região. Quatro garimpeiros foram mortos em confronto com forças policiais, no domingo (30), e um indígena foi assassinado e outros dois feridos, no último sábado (29), desta vez na região de Uxiú, onde há forte presença de atividade de garimpo ilegal. A onda de violência chegou a levar uma comitiva do governo federal, no início da semana, para Roraima. As ministras Nísia Trindade (Saúde), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas) foram ao estado anunciar medidas para intensificar as ações para a retirada de garimpeiros e atendimento de saúde às comunidades indígenas. Um dos anúncios foi a ampliação em mais 220 agentes da Força Nacional de Segurança no território Yanomami. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, eles vão auxiliar na desintrusão de garimpeiros ilegais da área.   Source link

Marcha da Maconha no Rio defende legalização que inclua favelas

A 21ª edição da Marcha da Maconha, na Praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, foi realizada neste sábado (6) com um debate ampliado sobre a legalização do uso recreativo da erva, questionando também o alto preço do canabidiol e propondo reparação às favelas pelas vítimas e prisões decorrentes da repressão ao tráfico de drogas. O protesto começou a reunir militantes a favor da legalização da maconha por volta das 14h30 no Jardim de Alah, trecho da orla da zona sul em que as praias de Ipanema e Leblon se encontram. O protesto saiu às 16h20 em direção ao Arpoador, na outra ponta da Praia de Ipanema. Rio de Janeiro (RJ), 06/05/2023 – A Marcha da Maconha 2023, caminhada pela legalização, acontece na orla de Ipanema. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Uma das organizadoras do ato, Flávia Soares contou que a bandeira da manifestação deste ano é uma legalização popular da maconha, que impeça a concentração dos ganhos com o comércio da erva nas mãos de grandes empresas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil “Ao longo de mais de 20 anos, o pleito foi mudando. Começou com uma reivindicação pela descriminalização e legalização para fumar maconha, e foi chegando a questão medicinal, das pessoas que fazem uso terapêutico. E, este ano, a gente está debatendo a questão das empresas, porque a maconha continua ilegal, mas custa R$ 2,5 mil cada 30 mililitros na drogaria”, afirmou ela, referindo-se ao óleo de canabidiol (CBD). A organizadora do protesto acrescenta que a ampliação do uso terapêutico do canabidiol tem ganhado aceitação pelos benefícios relatados no tratamento de doenças, mas é preciso combater também o estigma sobre o uso recreativo.   “Entendo que isso quebra algumas barreiras morais, porque as pessoas olham e veem que não tem como ser contra. Mas, ao mesmo tempo, é também um refúgio pra uma moralidade questionável. Você troca o nome das coisas e continuam falando que ‘o pessoal só quer fumar’, quando fumar não tem nada demais”. A Marcha da Maconha começou em Nova York, em 1999, e já chegou a 250 cidades em 70 países pelo mundo, com o objetivo de debater a legalização do consumo e a regulamentação do comércio da erva. No Brasil, as manifestações ocorrem de forma mais sistemática desde 2006.  Marcha das Favelas Levar esse debate para as favelas do Rio de Janeiro é a proposta de Felipe Gomes, que organizou a Marcha da Favelas, programada para 22 de julho, no Complexo do Alemão. O grupo que prepara o ato na zona norte esteve presente em uma ala da manifestação que ocorreu hoje. “A marcha vem pra tentar trazer o debate de uma legalização mais popular e que inclui a favela, que é uma das principais vítimas da proibição”, explica o ativista. “Cada vez mais queremos aproximar esses dois elos da sociedade. A galera que é da pista [de fora da favela], e que só faz o discurso, hoje tem a oportunidade de estar colando na gente, conhecendo a nossa diversidade, e estar somando na Marcha das Favelas”. Felipe Gomes defende que, para além do questionamento à política de segurança pública que reprime a comercialização da maconha, a Marcha das Favelas pede educação e cultura para que a população das comunidades possa participar do debate da legalização da maconha pautando seus interesses. O ativista vê a legalização da maconha como uma possibilidade de geração de renda e autonomia para os moradores das favelas. “A partir do momento em que se legalize, é preciso que se tenha atenção a todas as vítimas, tantos familiares quanto pessoas que foram mortas, pessoas que estão encarceradas de forma injusta, e que sejam revistas decisões penais tanto para usuários quanto para traficantes”, defende ele. “A gente quer que esse comércio não seja explorado por estrangeiros que comprem um galpão, plantem uma tonelada de maconha e deem um salário meia boca pra gente trabalhar pra eles. A gente busca autonomia, incluindo a favela no mercado de maconha”. Além da ala das favelas, o ato também contou com uma ala medicinal, com participação pacientes e familiares que fazem uso medicinal da Cannabis associados da Apepi, fundada em 2014 para apoiar ações de pesquisa e divulgação de informações que promovam acesso ao uso medicinal. Fonte

Cruzeiro derrota Santos e emenda três vitórias seguidas no Brasileirão

Após amargar três temporadas na segunda divisão, bastaram quatro rodadas para que o Cruzeiro voltasse a sentir o gostinho de liderar a Série A do Campeonato Brasileiro, mesmo que de forma provisória. Neste sábado (6), a Raposa venceu o Santos por 2 a 1, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, chegou a nove pontos e assumiu a ponta da tabela, pelo menos até o fim do outro duelo de hoje (6), entre Fluminense e Vasco – o Tricolor carioca pode igualar os nove pontos, em caso de vitória contra o Vasco). O camisa 11 Wesley Ribeiro fez os dois gols do time mineiro e Ângelo marcou para o Peixe. EXPLODE CORAÇÃO! O torcedor canta que o campeão voltou, e o @cruzeiro assume a liderança! pic.twitter.com/ThI7sjMR17 — Brasileirão Assaí (@Brasileirao) May 6, 2023 O atacante Wesley, uma das principais contratações do Cruzeiro na temporada, começou a partida no banco. Mas o técnico português Pepa precisou mexer no time com apenas oito minutos de jogo. Rafael Bilu saiu lesionado e no lugar dele entrou Wesley. Até aquele momento, o camisa 11 tinha 12 jogos com a camisa celeste e nenhum gol marcado. No entanto, a sorte começou a virar pouco depois da entrada dele. Aos 21 minutos, Matheus Vital encontrou Ramiro completamente livre pela direita. Ele avançou e jogou a bola rasteira na área. O goleiro João Paulo se atirou em vão e Wesley completou pela esquerda para o gol vazio. ⚽ No cruzamento do Ramiro, Wesley finaliza e abre o placar contra o Santos! Vem ver o lance e a comemoração! #CRUxSAN #FechadoComOCruzeiro pic.twitter.com/7TPnzqeypo — Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) May 6, 2023 No segundo tempo, o Santos encontrou o gol de empate em bela trama entre Marcos Leonardo e Ângelo. O primeiro acionou o segundo por entre as linhas da defesa cruzeirense e ele só teve o trabalho de tocar por cima do goleiro Rafael Cabral para igualar. A igualdade no placar durou apenas quatro minutos. Em jogada pela esquerda, Matheus Vital lançou na área novamente com um chute rasteiro, João Paulo cortou apenas parcialmente e Wesley, de novo, apareceu para marcar no rebote. ⚽ É o segundo do Cabuloso! Wesley marca mais um e desempata no Horto! PRA CIMAAAA! 🔷#CRUxSAN | 2-1 | 🔷#FechadoComOCruzeiro pic.twitter.com/YfaLmTZC3c — Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) May 6, 2023 Os comandados de Pepa conseguiram segurar o placar, que garantiu a terceira vitória consecutiva depois de uma derrota na estreia para o Corinthians. Na próxima rodada, ambas as equipes atuam na quarta-feira (10). O Santos recebe o Bahia e o Cruzeiro será o anfitrião diante do Fluminense. Fonte

Denúncias de violações contra idosos crescem 97% no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses de 2023, as violações de direitos humanos contra pessoas idosas alcançaram 202,3 mil registros em todo o país, segundo dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, mantida pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) do governo federal. O número é 97% maior se comparado com o mesmo período de 2022, quando foram registradas 102,8 mil violações. A pasta pondera, no entanto, que os números podem envolver um número menor de pessoas físicas, pois uma denúncia pode ser registrada sobre mais de uma violação. A Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa atribui o aumento dos dados ao trabalho de divulgação Disque 100. O serviço funciona diariamente, 24 horas, por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel, bastando discar 100. O Disque 100 também pode receber denúncias via WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100. Source link

Artistas e jornalistas defendem remuneração de conteúdo por big techs

Entre a discussões do Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, que tramita na Câmara dos Deputados, está o pagamento de direitos autorais pelo conteúdo compartilhado nas grandes plataformas de internet. Artistas e jornalistas defendem a remuneração de quem produz, tanto as reportagens jornalísticas, quanto de quem faz músicas, vídeos, filmes. O artigo 32 do PL prevê o pagamento de direito autorais sobre o conteúdo jornalísticos compartilhado, em qualquer formato: textos, vídeos, áudios ou imagens. A última versão do projeto, em tramitação na Câmara dos Deputados, incluiu também o pagamento a artistas. “Uma música, um filme, é sempre o resultado do trabalho de artistas”, diz a atriz Lucélia Santos, em um vídeo para defender o pagamento. Agora, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também quer que o trabalhador jornalista seja contemplado no pagamento por direitos autorais. “Os jornalistas são os autores intelectuais do trabalho que é veiculado pelas empresas jornalísticas e que vai ser alvo de remuneração pelas plataformas. Então, não é justo que o trabalhador e a trabalhadora jornalista, e nós estamos falando de diversas funções, não sejam contemplados dentro dessa possibilidade de negociação direta”, argumenta Samira de Castro, presidente da entidade. Uma carta assinada pela Câmara Brasileira de Economia Digital e pela Associação Latino-americana de Internet, que tem entre seus membros o Google Tik Tok, Twitter e Meta (Facebook e Instagram), aponta que o texto do PL 2630 cria “uma complexa mudança no sistema de direitos autorais”, e que deve ser precedida de “amplo debate público”, sob pena de aumentarem “as chances de incertezas jurídicas e prejuízo ao que foi construído até hoje”. Para o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entidade que estabelece diretrizes estratégicas e propõe estudos sobre o setor, a nova legislação deve criar um equilíbrio na comunicação do país.   “Nós não estamos lidando com uma rede ou com empresas que têm uma estrutura hierárquica editorial assim como a gente tem em outros veículos jornalísticos. Mas, à medida que você cria deveres e responsabilidades sobre conteúdos para essas plataformas, de alguma maneira a gente está equilibrando a simetria regulatória entre os vários arranjos comunicacionais que nós temos dentro do país”, argumenta Renta Mielli, coordenadora do CGI.br. Adiamento Na última terça-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu retirar de pauta a votação do PL 2630, atendendo a um pedido do próprio relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). O pedido do relator aconteceu após uma sequência de polêmicas envolvendo o texto da proposta ameaçar inviabilizar sua aprovação em plenário. Sem data para retornar à pauta de votação, parlamentares negociam novas mudanças no texto que possam facilitar um consenso maior em torno do projeto. Source link

Governo destinará R$ 200 milhões para complementação do Plano Safra

O valor dos recursos que serão disponibilizados para a complementação do Plano Safra 2022/23, que termina em 30 de junho, será de R$ 200 milhões. O montante deve permitir a equalização de cerca de R$ 8,4 bilhões para aplicação imediata nos programas de financiamento do Moderfrota, em irrigação e demais investimentos e em pré-custeio e custeio. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. De acordo com Fávaro, a medida foi necessária porque o Plano Safra em curso não conseguiu cumprir todas as demandas dos produtores por esse crédito. “Nós tínhamos investimentos há muito tempo paralisados. Ainda em janeiro, quando o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante assumiu, foram liberados R$ 2.7 bilhões para investimentos, que rapidamente foram tomados, e nós começamos então a busca por complementos orçamentários. Buscamos a complementação de recursos por meio de remanejamento de outros orçamentos para que nós pudéssemos disponibilizar os valores para o Plano Safra”, explicou. Segundo o ministro, o sucesso da linha de crédito rural dolarizada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), construída com o Mapa, mostrou a necessidade da alocação de mais recursos para esse tipo especial financiamento. Ele disse ainda que o ajuste foi feito para contemplar os produtores e possibilitar que continuassem fazendo investimentos e se preparando para o pré-custeio até a chegada do novo Plano Safra. “Com juros de 7,59% ao ano, mais variação cambial em dólar, mais baratos que do Plano Safra, sem comprometer recurso do tesouro, foi uma grande novidade com alta aptidão dos produtores”, avaliou. Source link

Na busca por vaga olímpica, Brasil estreia no Mundial de Judô, em Doha

O judô brasileiro estreia na madrugada deste domingo no Mundial de Doha (Catar), principal competição da modalidade por ser a que mais pontua no ranking olímpico classificatório para os Jogos de Paris 2024. O torneio reunirá mais de 600 atletas de todo o mundo e o Brasil contará com 16 representantes (nove homens e seis mulheres), entre eles a campeã olímpica e mundial Rafaela Silva, líder do ranking na categoria dos 57 quilos, e Guilherme Schimidt (81 kg), atual número 4. O Mundial de Judô vai até 14 de maio, com transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.  As primeiras judocas do país a estrear no tatame da Arena Ali Bin Hamad Al Attiya, a partir das 5h (horário de Brasília), serão Amanda Lima (48kg) e Natasha Ferreira (48kg) que enfrentarão, respectivamente, a guatemalteca Jacqueline Solis e a theca Tereza Bodnarov,   Confira as chaves e nosso guia completo do Mundial de Judô Doha 2023! https://t.co/BLg04cXeqL — CBJ (@JudoCBJ) May 6, 2023 Ouro nesta no Grand Slam de Antalya (Turquia) em abril, a brasiliense Ketleyn Quadros, atual número 4 no ranking (categoria abaixo de 63 Kg) está confiante no desempenho da delegação brasileira.  “Tivemos um resultado fantástico no ano passado e esperamos um Mundial ainda mais duro, agora, em Doha. Estamos tendo um Mundial com menos de um ano de intervalo em um calendário muito ajustado, com muitas competições. Ficamos quase um mês e meio na Europa só competindo e treinando em preparação pra esse Mundial. A minha expectativa é positiva e acredito muito nessa equipe do Brasil”, analisa judoca, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô. Na última edição do mundial, há sete meses, o Brasil conquistou quatro medalhas: dois ouros (com Rafaela Silva e Mayara Aguiar), uma prata (Beatriz Souza) e um bronze (Daniel Cargnin). Este ano, por conta de lesões, a delegação nacional estará desfalcada de Mayra, Cargnin e também de de Larissa Pimenta e Ellen Froner.  “Embora tenhamos tido baixas importantes, os atletas que vieram estão preparados, tiveram uma boa campanha na preparação para o Campeonato Mundial e têm capacidade para fazerem um bom Campeonato Mundial”, afirmou Marcelo Theotonio, gerente de alto rendimento da CBJ, referindo-se aos 12 dos 16 convocados que conquistaram medalhas em competições antes do Mundial.  De olho em Paris 2024 O Mundial de Judô distribuiu até 2 mil pontos (campeão) no ranking classificatório para Paris 2024. Com 23 pódios olímpicos conquistados até hoje, o Brasil busca assegurar vaga em cada uma das 14 categorias individuais, além do torneio por equipes em Paris. A totalização de pontos no ranking da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês) teve início em julho de 2022 e só termina em junho do ano que vem. A modalidade reunirá 372 atletas em Paris (igualmente divididos entre homens e mulheres).  Os 17 primeiros colocados no ranking de categoria asseguram vaga em Paris 2024 (com o limite de um judoca por país). A partir das 18ª colocação no ranking, as vagas serão distribuídas por continente: Américas (21 vagas), Africa (24), Europa (25), Ásia (20) e Oceania (10). Estreia dos brasileiros no Mundial:  Preliminares a partir das 5h e finais ao meio-dia (horário de Brasília): Domingo (7) – Natasha Ferreira (48kg) e Amanda Lima (48kg)  Segunda (8) –  Willian Lima (66kg) terça (9) – Rafaela Silva (57kg) e Jéssica Lima (57kg)  quarta (10)  – Ketleyn Quadros (63kg), Gabriella Mantena (63kg), Guilherme Schimidt (81kg) Eduardo Yudy Santos (81kg) quinta (11) – Rafael Macedo (90kg) e Giovani Ferreira (90kg) sexta (12) – Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg) sábado (13) – Beatriz Souza (+78kg), Rafael Silva (+100kg) e João Cesarino (+100kg) domingo (14) – disputa por equipes Fonte

Lula critica manutenção de prisão de Julin Assange

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, neste sábado (6), que é “uma vergonha” a manutenção da prisão do jornalista australiano Julian Assange. O fundador do WikiLeaks foi preso na Inglaterra em 2019 depois que o Equador revogou seu asilo diplomático na embaixada do país em Londres.   “É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra os outros esteja preso, condenado a morrer na cadeia, e a gente não fazer nada para libertar”, disse Lula, citando toda a imprensa. “Eu já mandei carta pro Assange, já escrevi artigos, mas eu acho que é preciso um movimento da imprensa mundial na defesa dele, não na defesa dele enquanto pessoa, mas na defesa da liberdade denunciar”, acrescentou.  Lula conversou com jornalistas, em Londres, onde participou da coroação do Rei Charles III.  Espionagem O ativista é acusado pela justiça norte-americana de 18 crimes, incluindo espionagem, devido à publicação, em 2010, de mais de 700 mil documentos secretos relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão. Caso seja considerado culpado, ele pode pegar até 175 anos de prisão.  Na Inglaterra, Assange cumpre sentença por ter violado as condições de sua liberdade condicional quando se refugiou, em 2012, na embaixada equatoriana em Londres para evitar uma extradição. Na ocasião, a Suécia pedia a extradição do ativista em razão de acusações de crimes sexuais.  Ele ficou sete anos asilado na embaixada do Equador, até 2019. Agora, enfrenta um processo de extradição para os Estados Unidos. Em 2022, o governo inglês chegou a aprovar a extradição de Assange, mas ela ainda não aconteceu.   O presidente Lula afirmou que, ao chegar ao Brasil, vai ligar para o primeiro-ministro do Reino Unidos, Rishi Sunak, para tratar do tema. “Foi um assunto que eu esqueci de falar com ele”, disse. Lula desembarcou na manhã desta sexta-feira (5) na capital inglesa e à tarde se reuniu com Rishi Sunak. “Precisamos colocar nossas teorias na prática de vez em quando para que a gente possa poder continuar falando em liberdade de expressão”, completou o presidente.  Source link

Vacinação contra a covid-19 precisa ser mantida em dia e ampliada

A vacinação teve papel determinante para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional da covid-19, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Para eles, com o encerramento do período mais crítico provocado pela doença, a imunização precisa ser mantida e ampliada, chegando a grupos ainda pouco protegidos pelos imunizantes, como as crianças. Integrante do comitê estratégico de especialistas em vacinação da OMS, a professora da Universidade Federal de Goiás Cristiana Toscano acompanhou de perto o desenvolvimento e a utilização das vacinas contra a covid-19. Com o fim da emergência sanitária, a infectologista considera que, além de lembrar que a doença não vai desaparecer, é preciso reforçar que a vacinação continua tendo importância. “Estamos em uma situação que está mudando para o que chamamos de rotina, mas a gente vai continuar vendo a circulação e a ocorrência da doença. A gente vai continuar precisando manter a vacinação em dia, principalmente nos grupos de maior risco”, afirma ela. A infectologista, que também é membro da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca que, por conta das vacinas, não se espera mais tantas mudanças do cenário de transmissão do vírus e da doença, o que possibilitou o fim da emergência sanitária, na sexta-feira (5). Mesmo assim, a circulação da variante Ômicron e suas subvariantes torna as doses de reforço indispensáveis. “Com a variante Ômicron e suas subvariantes derivadas, a gente precisa de três doses, pelo menos, para ter a proteção contra a doença grave e morte. E, nos grupos de maior risco, a gente precisa de reforços periódicos, conforme as orientações específicas para cada grupo”, afirma ela. “Sim, é uma boa notícia. Sim, é importante a gente aprender o que a gente tem aprendido com essa experiência, e muito importante que a gente avance em relação ao aumento das coberturas vacinais, não só de covid, mas de outras doenças preveníveis por vacinas, e nos preparemos para outras emergências sanitárias de saúde pública no mundo todo”. Desde o início da vacinação contra a covid-19, 13,3 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas em todo o mundo, segundo a OMS. No Brasil, mais de 514 milhões de doses foram aplicadas, segundo o Ministério da Saúde, e mais de 166 milhões de pessoas tomaram ao menos duas doses. Crianças desprotegidas A coordenadora do Observatório de Saúde da Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), Patrícia Boccolini, lembra que, apesar de as vacinas terem possibilitado o fim da emergência sanitária, muitas pessoas foram privadas do acesso a elas em todo o mundo. Entre essa população, estão as crianças que não foram levadas por seus responsáveis para serem vacinadas. “Dados do próprio Observa Infância que a gente levantou mostram que a cobertura vacinal para crianças de 3 e 4 anos não chegou a 20%. A gente tem uma cobertura muito baixa para esse público. E, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2022, a gente teve 550 mortes de crianças por covid”. Patrícia Boccolini destaca que é preciso continuar e intensificar o esforço para que as vacinas cheguem a todos os países e a toda parcela da população dentro de cada país, corrigindo as discrepâncias que existem atualmente. “A gente tem que ter em mente que a mensagem do comitê é que os países continuem vacinando e continuem combatendo desinformação e fake news sobre vacinas, principalmente focados na covid-19. A gente vai conviver muito com o vírus. Não podemos deixar que as coberturas vacinais caiam e precisamos ampliar as coberturas vacinais das crianças menores de 5 anos”. Vírus em evolução Virologista responsável pelo sequenciamento da variante Gamma antes do momento mais crítico da pandemia no país, o pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca comemora o fim da emergência sanitária, que causou mais de 700 mil mortes no Brasil. Apesar de a notícia ser “um alento”, ele defende que o trabalho de vigilância genômica deve continuar. “A gente precisa continuar monitorando pelo menos um percentual desses casos ao longo do tempo para que a gente veja se o vírus vai, em algum momento, evoluir de maneira que se torne uma ameaça. Mas, nesse momento, essa é uma informação muito boa, uma notícia muito boa”, afirma ele. “A gente continua vendo o vírus evoluir, com diversas linhagens surgindo, às vezes, até com aumento do número de casos. Mas não estamos vendo um avanço significativo no aumento de casos graves”. Fonte

Programa Brasil Sorridente será incorporado ao SUS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, neste sábado (6), durante conversa com a imprensa, em Londres, que vai lançar um novo programa Brasil Sorridente. O evento está marcado para a próxima segunda-feira (8), no Palácio do Planalto. Segundo ele, o relançamento completa o pacote de programas sociais que foram referência em gestões passadas e foram retomados pelo governo federal.   “Eu vou, segunda-feira, lançar um novo Brasil Sorridente. E nós, então, estamos retomando, em funcionamento, todas as políticas públicas que deram certo em nossos governos”, disse Lula. O evento marcará a sanção do projeto de lei que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. Segundo o governo, com isso, a política “garantirá acesso universal, equânime e contínuo aos serviços de saúde bucal, que passam a integrar o SUS [Sistema Único de Saúde] definitivamente”. O Brasil Sorridente foi criado em 2004, durante o primeiro mandato de Lula na Presidência da República. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 10 anos, mais de 80 milhões de pessoas foram atendidas pelo programa em todo o país, recebendo os mais diversos tipos de atendimentos odontológicos por meio de centros em milhares de municípios do país. Coroação O presidente Lula esteve em Londres para participar a coroação do Rei Charles III. Ao fim do evento, ele concedeu entrevista a jornalistas e depois embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que chegue na madrugada deste domingo (7), em Brasília.   Source link

Destino errado de bateria de carro elétrico põe em risco meio ambiente

Nos últimos dez anos tem crescido de forma significativa a produção no Brasil de carros híbridos ou elétricos. Porém, a falta de logística reversa para baterias de carros elétricos no país pode trazer grandes riscos ambientais, aponta estudo realizado pela Universidade Veiga de Almeida (UVA). Atualmente, o Brasil registra mais de 100 mil veículos híbridos e elétricos vendidos. O peso total das baterias elétricas que movem esses automóveis gira em torno de 34 mil toneladas, das quais cerca de 30 mil toneladas, pelo menos, são componentes já em final de vida útil, alertou o professor Carlos Eduardo Canejo, coordenador do Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente da UVA, e um dos autores do estudo. A vida útil varia de acordo com o modelo e a tipologia da bateria. “Ao mesmo tempo em que carros elétricos trazem uma série de benefícios correlatos ao desenvolvimento da pasta ambiental em si, a gente tem também uma redução significativa na liberação de gás de efeito estufa (CO²), em função da substituição dos motores de combustão e uso de gasolina. Só que, por outro lado, a gente tem um problema iminente, que vai demandar a integração público-privada, que é o gerenciamento dessas baterias ao fim da vida útil”, alerta Canejo. Segundo o professor, em função do número crescente de veículos, proporcionalmente haverá um desafio cada vez maior de fazer o gerenciamento ambientalmente adequado dessas baterias. Análises indicam que, enquanto uma bateria tradicional de veículo a combustão pesa, em média, 14,4 quilos (kg), uma bateria de veículo elétrico leve típica tem entre 200 e 300 kg, com vida útil entre dez e 15 anos. “No veículo tradicional, a gente utiliza geralmente um módulo e, no veículo elétrico, vamos utilizar uma dezena de módulos de baterias associadas. É exatamente o mesmo modelo de bateria, só que a configuração na organização dessas baterias no interior dos carros é diferenciada”, explica. Em 2022, embora os veículos elétricos leves tenham garantido apenas 2,5% na participação do mercado nacional, isso correspondeu a praticamente 27% em peso de todas as baterias vendidas em conjunto com os respectivos automóveis. Rejeitos perigosos O estudo da UVA estima que caso nada seja feito, até 2030 o país poderá receber toneladas de baterias de veículos elétricos leves inservíveis como rejeitos que apresentam um potencial risco ambiental devido à presença de substâncias tóxicas e com altas probabilidades de explosões e incêndios. Carlos Canejo disse que a logística reversa desses equipamentos vai demandar políticas regulatórias adequadas. “A gente já tem uma política de logística reversa instituída para baterias automotivas. Mas estamos falando de um modelo de bateria diferente, de uma quantidade muito maior do que se projetava inicialmente e de um diagnóstico para elaborar os fluxos de logística reversa”. Em função disso, ele avalia que serão necessárias novas estratégias, não só públicas, mas também com engajamento e envolvimento das montadoras de carros, para conseguir avançar no gerenciamento ambientalmente adequado dessas baterias ao longo do tempo. “Cada solução, um novo problema”, disse. Canejo disse que a base do estudo foi uma tese do mestrando em Ciências do Meio Ambiente da UVA de Dalton Domingues. Para Rodrigues, o Acordo Setorial para Implementação de Sistema de Logística Reversa de Baterias Chumbo Ácido parece ser o sistema já implementado e oficializado que melhor poderia atender a demanda da destinação adequada das baterias de carros elétricos. “A medida adotada possui escalabilidade [recolheu e destinou adequadamente 275.250 toneladas de baterias em 2019] e está presente com pontos de entrega voluntárias em 80% dos municípios brasileiros, ao contrário do sistema de logística reversa de pilhas e baterias, que só atua em 560 municípios”, disse o mestrando. A não regulamentação impossibilita, na prática, que baterias usadas e inservíveis de veículos elétricos sejam devidamente recicladas e inseridas na economia circular. A principal alternativa tem sido a devolução aos fabricantes ou importadores. Entretanto, há o risco de que o gerenciamento inadequado dessas baterias possa se converter em riscos à saúde humana e ao meio ambiente, alerta o professor. As informações obtidas no estudo estão sendo consolidadas para integrar um capítulo de livro que será publicado até outubro deste ano e que trata do gerenciamento de resíduos. Compartilhamento De acordo com levantamento iniciado em 2012 pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), a partir de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), as primeiras baterias de veículos elétricos leves registradas no Brasil estão entrando no período de fim de vida útil. Até o momento, não existe uma regulamentação do que fazer especificamente com essas baterias. A Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, o posterior Decreto Federal 10.936/2022, que regulamentou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e o Decreto Federal 11.043/2022, que instituiu o Plano Nacional de Resíduos (Planares), indicam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a logística reversa dos resíduos sólidos, dentre os quais se incluem as pilhas e baterias usadas e inservíveis. Segundo dados fornecidos pelo professor Canejo, em países como a Noruega, automóveis elétricos ou híbridos já representam cerca de 40% da frota veicular total, principalmente devido à iniciativa governamental de proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis, até a data limite de 2025. Iniciativa semelhante foi conduzida pela União Europeia e Reino Unido para os prazos finais em 2030 e 2035, respectivamente. Fonte

Palmeiras bate Internacional e ingressa no G4 do Brasileirão Feminino

Em um confronto direto na parte de cima da tabela, o Palmeiras, mesmo atuando fora de casa, em Alvorada (RS), derrotou o Internacional por 2 a 1 neste sábado (6), pela 10ª rodada do Brasileirão Feminino A1. Com o resultado, a equipe paulista, que iniciou a rodada dois pontos atrás das adversárias, ultrapassou o time gaúcho para subir para a quarta posição, com 20 pontos. As Gurias Coloradas caíram para o quinto lugar, com 19. Bia Zaneratto e Amanda Gutierres marcaram para as Palestrinas, enquanto Tâmara colocou a bola na rede para o Inter. Três pontos para as Palestrinas! O @Palmeiras_FEM conquista a vitória fora de casa! pic.twitter.com/G7atjkTViP — Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) May 6, 2023 Com os dois times vindo de derrota (o Palmeiras para o São Paulo e o Internacional para o Santos), o primeiro tempo foi movimentado no estádio Morada dos Quero-Queros. O placar foi aberto aos 20 minutos. Bia Zaneratto foi derrubada na área por Isa Haas. A própria Bia cobrou a penalidade e marcou para o Palmeiras, deslocando a goleira Gabi Barbieri. Aos 33 minutos, o empate veio em grande estilo: após triangulação no ataque colorado, Tâmara recebeu na entrada da área, chutou colocado e encobriu a goleira Tapia. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar. No começo do segundo tempo, o Verdão voltou à frente do placar em uma jogada ensaiada: o escanteio foi cobrado rasteiro e Amanda Gutierres pegou de primeira, vencendo Gabi Barbieri e dando números finais ao duelo. Na próxima rodada, as duas equipes jogam no domingo (14): o Palmeiras recebe o Cruzeiro e o Internacional visita o Atlético-MG. Ainda neste sábado (6), o Cruzeiro recebe o Santos no estádio Sesc Alvorada, às 19h (horário de Brasília), em Venda Nova (MG). Fonte

Prefeitura de SP promove ações de prevenção a diabetes e hipertensão

A prefeitura de São Paulo promove neste sábado (6) ações em todas as unidades básicas de saúde (UBS) para enfatizar a prevenção e os cuidados com a hiprtensão e o diabetes. O programa Avança Saúde – Hipertensão e Diabetes inclui acolhimento pela equipe de enfermagem, com medição da pressão arterial e do índice de massa corporal. A projeto inclui ainda a busca ativa de pacientes com sintomas respiratórios e de diabetes, doença falciforme e saúde da mulher, avaliação de risco cardiovascular e do pé diabético e da pessoa idosa  orientação farmacêutica, alimentação saudável, entre outros. “As ações realizadas durante o Avança Saúde têm um alcance muito significativo, amplia o número de atendimentos e resulta em cuidado, prevenção e promoção aos mais diferentes públicos. Neste sábado, até as 17h, nossas unidades estarão prontas para receber mais essa edição do programa ampliando a oferta dos nossos serviços e o acesso dos pacientes ao cuidado continuado dentro das UBSs”, disse a secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde, Sandra Sabino. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, em 2022 foram realizados 708 mil atendimentos nas edições do Avança Saúde, como o Hipertensão e Diabetes, Auditiva, Espirometria, Criança e Adolescente, Saúde Bucal – Próteses, Exames e Cirurgia, Território Inclusivo, além do Avança Saúde Mulher, que já teve uma edição também no dia 11 de março deste ano com mais de 33 mil avaliações. Mais informações podem ser encontradas na UBS mais próxima ou na plataforma Busca Saúde. Fonte

Lula cobra ajuda de países por preservação ambiental

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (6), durante conversa com a imprensa, em Londres, que é preciso que os países mais ricos saiam da promessa e injetem recursos para colaborar na preservação das florestas tropicais do planeta, incluindo a Amazônia. O presidente esteve em Londres para participar a coroação do Rei Charles III.   “O problema é que todos os países ricos, desde a COP15, que eu participei quando era presidente, em 2009, prometem dinheiro, prometem fundo, mas a verdade é que esse fundo de R$ 100 bilhões nunca parece”, afirmou. Perguntado sobre onde pretende apresentar essas demandas, Lula listou os principais fóruns globais que envolvem os países mais ricos.   “Eu vou levar essa conversa pro G7, vou levar para o G20 e vou para os Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], que vamos presidir no ano que vem. E vamos presidir o G20 [em 2024]”, prometeu. O presidente citou a necessidade de fomentar o desenvolvimento de uma indústria verde nos países que ainda possuem florestas tropicais. “Obviamente que os países que ainda têm floresta estão dispostos a fazer um esforço muito grande. É preciso compensar para que eles possam ter um novo tipo de indústria, de indústria verde”.   No início da coletiva de imprensa, Lula lembrou que, somente do lado brasileiro, mais de 25 milhões de pessoas vivem na Amazônia e que precisam de alternativas econômicas para colaborarem na preservação da floresta. “Nós precisamos levar em conta que, só do lado brasileiro, moram 25 milhões de pessoas, e elas querem ter acesso a bens materiais, querem comer, querem passear. Então, nós precisamos, ao discutir a preservação, discutir como fazer essas pessoas viverem dignamente”, observou. Fundo Amazônia Ontem (5), durante encontro com Lula em Londres, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou que o país investirá no Fundo Amazônia. O valor será de 80 milhões de libras, cerca de R$ 500 milhões. O premiê afirmou que a entrada do Reino Unido no fundo é um reconhecimento ao trabalho e à liderança do presidente brasileiro no tema da preservação ambiental. Source link

Banco Central tem autonomia, mas não é intocável, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou novamente, neste sábado (6), o patamar da taxa Selic, os juros básicos da economia, que está em 13,75% ao ano no Brasil. Pela sexta vez seguida, na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) não mexeu na taxa, mesmo com as pressões do governo federal para sua redução.  Lula afirmou que não discute a autonomia do BC, mas criticou o compromisso do seu presidente, Roberto Campos Neto, com a lei que garantiu a autonomia da autarquia. “Ele tem compromisso com quem, com o Brasil? Não tem, ele tem compromisso com o outro governo que o indicou [do ex-presidente Jair Bolsonaro], isso precisa ficar claro. E ele tem compromisso com aqueles que gostam de taxa de juro alto, porque não há outra explicação”, disse Lula, em Londres, em coletiva de imprensa após participar da coroação do Rei Charles III.  Pela lei que concedeu autonomia ao BC, os diretores têm mandatos de quatro anos. O texto prevê que o objetivo fundamental da entidade é assegurar a estabilidade de preços, ou seja, a inflação. Além disso, também deve zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.  “Se eu, como presidente, não puder reclamar do equívoco do presidente do Banco Central, quem vai reclamar, o presidente americano? Então, me desculpem, o Banco Central tem autonomia, mas ele não é intocável”, reforçou Lula. “Se você tem compromisso com o crescimento da economia, compromisso com geração de emprego e compromisso com inflação, cuide dos três. Com os juros a 13,75%, os outros dois [atividade econômica e fomento ao emprego] não serão cumpridos”, avaliou o presidente.  Embora tenham parado de subir em agosto do ano passado, os juros estão no nível mais alto desde o início de 2017. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia. A Selic é o principal instrumento do BC para conter a inflação.  Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.  “A sociedade brasileira, os varejistas brasileiros, os empresários brasileiros, os trabalhadores brasileiros não suportam mais a taxa de juro. O desemprego está começando a mostrar a sua cara no setor de comércio, muitas lojas estão quebrando, estão fechando. Então, se a gente quiser gerar emprego no país, nós vamos ter que ter crédito para o trabalhador, consignado, para o pequeno e médio empreendedor individual, nós vamos ter que ter crédito para as grandes empresas, senão o país não cresce”, disse.  “A economia vai crescer porque nós estamos colocando dinheiro na veia do trabalhador, estamos retomando todas as políticas públicas que deram resultado. E se o dinheiro não estiver rodando no bolso do trabalhador, não tem emprego, não tem melhoria da qualidade de vida nem no Brasil, nem lugar nenhum do mundo”, reforçou Lula.  Relações comerciais  Lula desembarcou na manhã desta sexta-feira (5) na capital inglesa e à tarde se reuniu com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak. Não houve assinaturas de acordos, mas, segundo o presidente, os dois países constituirão um grupo de trabalho para tratar do aumento das relações comerciais.  “A boa política de relação comercial é uma via de duas mãos, você não pode querer ter um superávit muito grande com um país, o que é importante é que haja um certo equilíbrio e eu acho que o Brasil explora muito pouco o potencial de venda que a Inglaterra tem para o Brasil e acho que a Inglaterra explora muito pouco potencial de coisas que o Brasil tem para vender”, disse. “Depois que a Inglaterra saiu da União Europeia, eu acho que esse mercado aumentou de forma extraordinária pro Brasil”, acrescentou Lula.  No ano passado, o comércio bilateral movimentou US$ 6,5 bilhões, alta de 15% em comparação com 2021. As exportações brasileiras para os britânicos somaram US$ 3,7 bilhões, porém representam menos de 2% do total das vendas externas do país. As importações foram US$ 2,8 bilhões. O saldo é favorável ao Brasil. As áreas com mais investimento do Reino Unido são extração, financeira e transporte.  Source link