Mega-Sena acumula e prêmio estimado vai para R$ 10 milhões
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.592. O sorteio foi realizado na noite desse sábado (13), no Espaço da Sorte, em São Paulo. O prêmio para o próximo sorteio, na quarta-feira (17), está estimado em R$ 10 milhões. Veja as dezenas sorteadas: 15 – 17 – 28 – 34 – 35 – 51 A quina registrou 26 apostas vencedoras; cada uma vai pagar R$ 80.203,83. Já a quadra teve 2.783 apostas ganhadoras, os acertadores vão receber, individualmente, um prêmio de R$ 1.070,42. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcado, custa R$ 5. Fonte
Mães relatam as dores e vitórias da trajetória pela educação inclusiva
O choro foi como um presente, como uma vitória. Quando Maria Flor, de 6 anos, reclamou de ir embora da escola, a mãe, Andrea Medrado, de 36, ficou feliz. Ela faz de cada dia uma batalha para garantir à menina o direito de estar na escola. A garota foi diagnosticada com a síndrome rara Pitt Hopkins (doença neurogenética que, entre os problemas, gera atraso no desenvolvimento e ausência de fala) e também autismo. A mãe já chegou a ouvir de uma gestora escolar em Brasília que a escola não tinha vaga “para este tipo de criança”. O choro bom da menina, de querer ficar na escola, prova que a luta da mãe vale muito a pena. Acervo Pessoal Andrea Medrado defende, aliás, que a inclusão da filha e de todas as crianças com alguma deficiência precisa ser de verdade. Uma inclusão para integrar, com plena participação em todos os ambientes. “Quando a gente chama a pessoa para uma festa, precisamos não apenas deixá-la no lugar. É preciso chamá-la para dançar com a gente. Eu acredito que inclusão é isso”. Essa dança de mãe e filha é feita de muitos passos. Envolveu e envolve insistência, medidas judiciais e pedido de diálogo com a gestão escolar. Uma luta que não é simples, segundo a pesquisadora em educação inclusiva Mariana Rosa, de Minas Gerais. “É uma luta porque se trata de uma mudança de paradigma bastante importante na educação. A gente está tentando consolidar o direito das pessoas com deficiência acessarem a escola, o currículo, e permanecerem estudando”. A pesquisadora critica o preconceito difundido de que as pessoas com deficiência seriam estudantes que não aprendem, que precisam de um cuidado médico e não pedagógico. Ela lamenta que, embora a legislação seja avançada, houve um desmonte nos últimos anos com diminuição de repasse de recursos para infraestrutura e formação de professores. “O decreto nº 10.502/2020 [revogado pelo presidente Lula] tinha um discurso segregacionista [ao prever escolas apenas para pessoas com deficiência]. Mas a gente está até hoje lidando com audiências públicas no Congresso que defendem que o melhor lugar para essas crianças seriam instituições separadas”. Luta No caso da mãe Andrea, o inconformismo com as dificuldades para o ensino se traduziu em luta. “Desde que a gente investigou o atraso no desenvolvimento da Maria Flor e com o diagnóstico, eu comecei a me envolver em ações de movimentos sociais em prol das pessoas com deficiência e das doenças raras”. Andrea passou a organizar encontros com profissionais para poder compartilhar informação de qualidade para outras famílias em situações semelhantes. Inclusive porque o envolvimento passa por abdicações e dificuldades. “A maternidade atípica é invisibilizada. A gente também trabalha com o cuidado e muitas vezes largamos tudo para levarmos os filhos para terapias. A mulher acaba ficando até sem aporte financeiro. A maioria dos pais abandona a família quando tem um filho com deficiência”. De acordo com o instituto Baresi, de doenças raras, um estudo feito na década passada, mostrou que no Brasil, cerca de 78% dos pais abandonaram as mães de crianças com deficiências e doenças raras, antes que os filhos completassem 5 anos. Para Andréa, a maternidade atípica não é vista em comerciais nem em campanhas. São poucos os convites para participar de debates. “As pessoas batem nas nossas costas nos chamando de guerreiras, de especiais. A gente quer ser vista como uma mulher, como humana, que também cansa, que se encontra em um lugar de exaustão e está em um lugar social de invisibilidade”. Para ela, é preciso pensar em políticas públicas efetivas. “Hoje a minha luta e de alguns movimentos sociais que eu faço parte é que as pessoas com deficiência possam ocupar o lugar que elas quiserem”. Andrea testemunha que a filha passou por alguns centros de ensino especiais no Distrito Federal e soube que professoras queriam medicar a menina porque Maria Flor utiliza o choro para se comunicar. “Essa foi uma das primeiras barreiras que a gente enfrentou. Queriam calar minha filha. Ela precisa fazer terapia multidisciplinar e de forma contínua e a gente precisa também do profissional de apoio que também consta na Lei Brasileira de Inclusão, de 2015 e na lei Berenice Piana, de 2012, que protege os direitos das pessoas com espectro autista.” Chamar para a “dança” da inclusão é garantir, por exemplo, que as turmas sejam reduzidas. “E ela precisa estar em uma turma menor. Essa foi outra luta. Inclusive a gente ainda está com um processo judicial que está correndo para garantir o atendimento de profissionais especializados”. Para se comunicar, Maria Flor conta com um tablet com um aplicativo em que ela expõe emoções. No ano passado, chegou a reclamar da escola. Hoje, mudou. “A escola precisa estar aberta a ouvir as famílias. Esse, para mim, é o ponto principal. Pelo aplicativo, ela demonstra ter vontade de ir para escola e que foi bom brincar com os amiguinhos”. Essa dança não pode parar. Os passos de “dança” A professora de química Joanna de Paolli, de 37, viu-se como uma aluna em pleno aprendizado depois que o filho foi diagnosticado com autismo. “O meu filho viveu momentos de segregação, de integração e hoje caminha em processos de inclusão”. Ao compreender o que estava acontecendo, a mãe resolveu se especializar nos temas de inclusão. Transformou-se em pesquisadora desse assunto e passou a entender o que acontecia. Acervo pessoal Ela relata que o menino ficou separado do convívio com outras crianças porque ainda existe uma concepção da sociedade que as pessoas com deficiência precisam ser preparadas para a sala regular. “Eles tentam fazer esse exercício de preparar de forma separada essas crianças e meu filho infelizmente viveu isso”. Mas o garoto, atualmente com 15 anos, só aprendeu de verdade como se comportar em uma sala de aula regular quando ele teve a oportunidade de estar nesse lugar. “A gente não aprende a nadar num tanque de areia. Também não se entra numa piscina já sabendo nadar. A gente vai aprendendo. Todos nós podemos ter mais potencialidades em alguns
INSS analisa milhares de pedidos de salário-maternidade parados
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai agilizar a análise de cerca de 45 mil requerimentos do salário-maternidade solicitados há mais de 30 dias. O mutirão tem o objetivo de reduzir a quantidade de benefícios em análise superior a um mês, pelo órgão. A ação chamada de Maes (Mobilização de Análise Especial de Salário-maternidade) faz parte da Semana Nacional Previdenciária, realizada entre 15 e 19 de maio, pelo Ministério da Previdência Social. Cerca de 5 mil servidores públicos estão mobilizados para trabalhar na mobilização. O Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) também vai participar do mutirão e estima analisar 6 mil processos de solicitação de benefícios. Salário-maternidade O benefício é concedido pelo INSS a pessoas que necessitam se ausentar do trabalho por motivo de nascimento do filho, aborto espontâneo e adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança de até 8 anos de idade. Em casos de adoção, homens também podem solicitar o benefício. Para receber o salário-maternidade, é necessário que o cidadão tenha feito, no mínimo, dez contribuições mensais à Previdência Social, de forma individual – quando trabalha como autônomo – ou facultativa. No caso do segurado ser empregado com carteira de trabalho assinada ou fazer parte de regime próprio de previdência, não será exigido período de carência. Neste caso, o salário-maternidade do empregado deverá ser pago diretamente pela empresa contratante. Para segurado especial, em regime de economia familiar, é preciso comprovar o exercício da atividade rural nos 12 meses anteriores ao início do salário-maternidade. Solicitação online Não é necessário ir a uma agência do INSS para fazer a solicitação do salário-maternidade. O requerimento deve ser feito pela internet, no site Meu INSS [https://meu.inss.gov.br ]. O interessado deve clicar no link “Novo Pedido” e preencher as informações solicitadas, como nome completo e CPF, além de apresentar a documentação exigida. O internauta poderá acompanhar online o andamento da solicitação e receber a resposta do processo também, no mesmo site (Meu INSS), clicando no botão “Consultar Pedidos”. Para mais informações, o interessado pode ligar para a Central de Atendimento do INSS, no telefone 135. O serviço está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h (horário de Brasília). Fonte
Quando eles não voltam; mães lutam pela memória de seus filhos
Nesse Dia das Mães, a Agência Brasil ouviu histórias de mães que lutam pela verdade e pela memória de seus filhos, perdidos na guerra velada que ocorre todos os dias nas periferias das grandes cidades brasileiras. São casos emblemáticos que representam um desafio a ser enfrentado e superado, segundo especialistas ouvidos pela nossa reportagem. O Dia das Mães deste ano não vai ser comemorado pela pedagoga Ana Paula de Oliveira, de 46 anos, moradora da favela de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Ela é mãe de Johnatha de Oliveira Lima, assassinado com um tiro nas costas aos 19 anos de idade. Em 14 de maio, há 9 anos, o jovem não voltou mais para casa. “Meu filho não estava no lugar errado, não estava na hora errada, não tinha feito nada de errado, simplesmente era mais um jovem preto dentro de uma favela.” E, para ela, foi morto pela polícia por ser negro, pobre e morador da periferia. Essa é a maior ferida de Ana Paula Oliveira. Ela conta que no dia do crime o jovem voltava para casa de sua família, após deixar um pavê na casa de sua avó e levar a namorada em casa. O trajeto era curto, pois todos moravam na mesma comunidade, mas o que aconteceu no caminho mudou a vida deles para sempre. Uma discussão entre policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e moradores da comunidade, indignados com a truculência policial, terminou com tiros sendo disparados para o alto e na direção das pessoas que protestavam. O jovem, que apenas passava pelo local, sem sequer estar envolvido no conflito, foi atingido e morreu. “E aí quando eu recebo essa notícia eu fico perguntando por quê? Por que que a polícia matou meu filho?”, conta a mãe Ana Paula Oliveira. Aparentemente, não havia uma explicação razoável para uma morte tão banal. Demorou um tempo até que ela conseguisse se reerguer para lutar por justiça pelo seu filho. Ao participar dos primeiros atos contra a letalidade policial no estado do Rio de Janeiro, a pedagoga se deu conta de que havia algo em comum entre tantas mães, de tantas comunidades diferentes, não só do Rio, mas de todo o Brasil: mães negras vestindo camisetas com fotos dos filhos negros mortos pela polícia. Não era uma mera coincidência. Passados 9 anos do crime, Ana Paula continua aguardando uma resposta da Justiça para o crime. “Desde o assassinato eu encontrei outras mães e impulsionadas por uma mesma luta, que é a busca pela verdade e por justiça, por nossos filhos, a gente acabou formando o movimento das Mães de Manguinhos”, explica a pedagoga. Brasília (DF) – Gabriela Ashanti ampara uma mãe Foto: Arquivo Pessoal Rede de apoio A quantidade de coletivos de mães que tiveram os filhos assassinados pelo Estado é um indicador de que existe um preconceito estrutural na sociedade, seja pela truculência policial ou pela conivência do Poder Judiciário com tantas mortes sem punição. É o que afirma a jornalista e doutoranda em Direitos Humanos e Cidadania pela Universidade de Brasília (UnB), Maíra de Deus Brito. “Existe um racismo estrutural e uma truculência policial que o Estado permite que aconteça. A partir do momento que a gente não vê investigações sérias, a gente não vê punição. Enquanto sociedade, estamos deixando isso acontecer. Estamos, literalmente, perdendo nosso futuro quando a gente permite que esses jovens partam tão cedo, de maneira tão violenta e abrupta”, conclui Maíra Brito. Na Bahia, essa rede de apoio às mães que perderam seus filhos para a letalidade policial também está muito presente. O projeto Minha Mãe Não Dorme, do grupo Odara – Instituto da Mulher Negra, com sede em Salvador, busca sensibilizar a sociedade brasileira e baiana para os danos e impactos causados tanto pela violência policial quanto pelo tráfico de drogas na vida de adolescentes, jovens negros, suas mães e familiares. A ação tem como foco o apoio, articulação, fortalecimento e diálogo com as mães de jovens assassinados em decorrência da violência urbana. “É importante que jovens e mães tenham noção da sua realidade porque nós não podemos naturalizar esses níveis e esses tipos de violência que têm sido perpetrados contra a comunidade negra historicamente. Então, não é porque são violências que ocorrem há muito tempo, eu diria até que são violências seculares, que elas devem ser normalizadas, naturalizadas”, afirma Gabriela Ashanti coordenadora do projeto Minha Mãe Não Dorme. Quando essas mães encontram outras que perderam filhos em circunstâncias muito parecidas, explica Gabriela Ashanti, elas se dão conta de que não foi um caso isolado, não foi um acidente ou algo aleatório. “Elas começam a se dar conta ou ficar mais atentas a essa violência policial e a essa letalidade como um fenômeno social que precisa de estratégias pra ser combatido”. Outro objetivo, segundo a coordenadora do projeto, é de dimensão subjetiva e psicossocial, ao buscarem estratégias para se fortalecerem emocionalmente justamente em um momento em que estão fragilizadas pela perda e, sobretudo, pela forma como elas sofreram essa perda. “A forma como esses filhos são tirados delas faz com que emocionalmente fiquem mais fragilizadas, fiquem com um luto que vai sendo acrescido de indignação, de revolta, de uma série de outros sentimentos e sensações e emoções, que faz com que esse luto se agrave, se intensifique, se estenda inclusive. Então, quando elas se encontram vão buscando as estratégias de se fortalecerem e se sustentarem, inclusive emocionalmente, uma vai apoiando a outra e uma vai se espelhando na outra também nas formas de resistir emocionalmente”, detalha Gabriela Ashanti. Supressão de direitos Uma das mães atendidas pelo Instituto da Mulher Negra é Edineide Barbosa do Carmo. Em 2017, ela e a filha, Mirella do Carmo Barreto, de apenas 6 anos, estavam estendendo roupas em casa, no bairro São Caetano, em Salvador, quando policiais militares supostamente entraram no bairro em busca de criminosos que teriam roubado um celular. Testemunhas, no entanto, alegam que os policiais chegaram atirando, sem nenhum motivo aparente, e que um dos
SUS pode ser esperança para mulheres que sonham ser mães
“É um sonho, a gente vive a realidade, mas daquilo que a gente sonhou um dia!”, afirma a advogada Renata Wenceslau Monteiro, sobre ser mãe da pequena Alice Catarina, de quase três anos. Depois de dois abortos, que resultaram na retirada das duas trompas, ela disse que perdeu o chão, já que não conseguiria engravidar de forma natural. Ela chegou a falar para o marido procurar outra pessoa que pudesse dar filhos a ele. Mas, o marido Rafael Ramos disse que queria ter filhos com ela. No entanto, o casal não tinha condições financeiras para pagar uma fertilização in vitro (FIV), única técnica que ela poderia tentar, já que o embrião é feito no laboratório e não precisa das trompas. Assim, foram pesquisar para descobrir o caminho para engravidar por meio da saúde pública. “Sabíamos que o SUS [Sistema Único de Saúde] fazia o tratamento, mas a gente tinha pouquíssima informação. No último aborto, meu médico tinha me encaminhado para o hospital referência, o Pérola Byington, para poder fazer essa fertilização, mas descobrimos que não bastava a carta dele”, contou Renata. Renata e sua filha Alice Catarina. Reprodução assistida foi feita no SUS. Foto: Divulgação Foi então que se informaram, entraram em grupos nas redes sociais e descobriram o caminho. “Tem que passar pelo sistema interno, que chama o sistema Cross, [a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde]. Ali começou a efetivação do nosso sonho.” Até dar tudo certo, ela não quis contar para muitas pessoas, para não criar expectativas. “Mas quando eu consegui engravidar, comecei a falar para poder levar informação para as pessoas, não à toa muita gente me procura para querer saber como é o ingresso”. Ela resume: “Você vai na central de regulação da AMA [Atendimento Médico Ambulatorial), vão te inserir no cadastro do sistema Cross [Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde] e ali fica na fila”. No caso dela, o ingresso foi rápido. “Não fiquei dias na fila, fiz todo o procedimento na mesma semana, a resposta veio diretamente do hospital, recebi um e-mail para ir na consulta dia 30 de abril de 2019. Não esqueço essa data.” Doadora de óvulos Na primeira consulta, Renata foi informada da possibilidade de ser doadora de óvulos, já que com uma idade jovem – na época tinha 24 anos – poderia ajudar outras mulheres a engravidar, como pacientes oncológicas e com idades superiores. “Nesse dia eu aceitei ser doadora. E quando o médico soube que meu fator sanguíneo é B negativo, ele disse que tinha receptora B negativo e não tinha doadora no hospital. Fiquei bem feliz em poder ajudar alguém, além de receber ajuda.” De maio a outubro de 2019, ela fez exames e cuidou de uma infecção. Assim que terminou essa fase, estava apta a iniciar a estimulação ovariana [tratamento farmacológico para desenvolver os folículos ovarianos até torná-los maduros]. O que resultou em hiperestímulo e foram coletados 26 óvulos de Renata. Destes, 15 óvulos estavam maduros. “Fiquei com oito e doei sete, que ficaram com a receptora. Espero que ela tenha conseguido engravidar tanto quanto eu”. Renata esperou dois ciclos de menstruação para poder fazer a transferência embrionária e deu certo na primeira tentativa. “Fiz o primeiro ultrassom com seis semanas. Estava lá um embriãozinho no lugar dele certinho dele, com o coração já batendo”, relembra. A gravidez foi tranquila, diz Renata. “Tive dois sangramentos no começo, mas fora isso foi tranquila. Em 16 de julho de 2020 a Catarina nasceu, linda, perfeita, maravilhosa. Aí começou a nossa jornada na maternidade!”. Opção Além de ser uma opção para casais como Renata e Rafael, a reprodução assistida pode ser o meio para pessoas que optam pela produção independente, pessoas com doenças que causaram (ou poderão causar) infertilidade, como em doenças oncológicas, para casais homoafetivos ou para casais inférteis. Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRH), a infertilidade conjugal acomete cerca de 15% dos casais brasileiros em idade reprodutiva, o que representa cerca de 20 milhões de indivíduos ou 10 milhões de casais. Atualmente, cerca de 10% dos ciclos de reprodução assistida são feitos por casais homoafetivos, informou a SBRH. Cada tentativa de engravidar pelas técnicas de reprodução assistida, custa entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, explica o presidente da associação, Paulo Gallo de Sá, ginecologista e especialista em reprodução humana. “O custo do tratamento particular vai depender o tipo de tratamento de reprodução assistida e da qualidade do centro de reprodução.” A inseminação intrauterina (IIU) custa em média R$ 5 mil, incluindo a medicação. A técnica consiste na inseminação e introdução no interior do útero de sêmen preparado no laboratório, com objetivo de obter a gestação. Desse modo, a inseminação aproxima o(s) óvulo(s) dos espermatozoides para que a fertilização ocorra naturalmente na tuba uterina. Fertilização A fertilização in vitro (FIV) privada pode custar em média R$ 30 mil, incluindo a medicação. A FIV é um tratamento que consiste em realizar a fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial, formando embriões que serão cultivados, selecionados e transferidos para o útero. Alguns serviços oferecem uma variante do processo, apelidada de mini-FIV, que custa em média menos da metade: R$ 14 mil, com a medicação. “São tratamentos de baixo custo, com menor dose de medicação, buscando menor número de óvulos e evitando o congelamento de embriões excedentes”, afirma o ginecologista. Quem não tem condições financeiras de pagar esses valores pode tentar por meio da saúde pública em um dos centros de atendimento credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde 2012, uma portaria do Ministério da Saúde destina recursos financeiros aos estabelecimentos de saúde que realizam procedimentos de atenção à reprodução humana assistida, no âmbito do SUS, incluindo fertilização in vitro e/ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides. “O Brasil possui pouquíssimos centros de reprodução humana assistida que realizam as técnicas de alta complexidade (fertilização in vitro)”, segundo Paulo Gallo de Sá, que aprova os serviços. “Todos os dez centros são considerados de referência e atendem às condições de segurança e qualidade exigidos pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], disse. A embriologista Vanessa Rodrigues
Maternidade motiva jogadora de basquete a buscar novas conquistas
Aos 27 anos, a ala Thayná Silva, do Sodiê/Mesquita, equipe da LBF (Liga de Basquete Feminino, principal competição de basquete feminino do país), acumula conquistas individuais de dar inveja. Tem dois prêmios de MVP (Jogadora Mais Valiosa), sendo também cestinha do campeonato em 2021 e 2022, além de convocações para a seleção, tanto na modalidade mais conhecida do público quanto no 3×3, recém-instaurado como esporte olímpico. Tanto sucesso vem servindo como combustível para uma série de mudanças ao redor dela, que envolvem a família, o time da atleta e até mesmo o basquete no estado do Rio de Janeiro. Na idade de Thayná, entende-se que o atleta de basquete está em seu auge físico, ou seja, provavelmente na melhor fase da carreira. Isso se aplica à jogadora, mas no meio do caminho o corpo de Thayná passou por percalços que tornariam completamente compreensível se ela não estivesse rendendo em quadra. Em 2019, ela sofreu um acidente de moto que deixou várias marcas nas pernas. Pouco depois, engravidou da primeira filha, Aylla, que chegou a um mundo ainda em baque pela pandemia de covid-19. “Depois que tive minha filha, pensava que não ia conseguir time nenhum para defender”, diz Thayná. Thayná, que havia estreado na LBF na temporada 2018 jogando pela equipe de São Bernardo, recebeu proposta para jogar bem mais perto de casa. Cria de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, ela fechou com a LSB, equipe oriunda de uma liga de basquete amador de mesmo nome no Rio. Posteriormente, o time se mudou para Mesquita, município na Baixada Fluminense, e foi rebatizado como Sodiê/Mesquita. Em maio de 2022, na reta final da primeira fase, depois de dois anos consecutivos dominando a liga, ela sofreu uma ruptura no tendão de Aquiles, uma das lesões mais comprometedoras para a performance no basquete. No entanto, ela estava pronta para retornar em março deste ano, no início da temporada atual da LBF. Nos primeiros jogos, ainda com poucos minutos, teve dificuldades para manter a eficiência. Mas no momento, depois de dez partidas, alavancada por uma atuação de 33 pontos na quinta rodada diante do Unisociesc/Blumenau, ela figura como a principal cestinha do campeonato, com média de 18 pontos por partida. “Tenho trabalhado muito nessa recuperação. Mesmo com o campeonato rolando, tenho feito muita academia, fortalecendo essa perna. Acho que agora estou um pouco mais tranquila e confiante, não tenho mais aquela insegurança de correr”, revela. Para ajudar a aplacar as inseguranças dentro de quadra, Thayná tem como fator motivador aquela que foi a melhor notícia nesses últimos anos que mais pareceram uma montanha-russa. Aylla, hoje com três anos, é a paixão da atleta, que passa a semana em Mesquita treinando sem poder estar o tempo todo com a filha, que frequenta uma creche em Padre Miguel. Quando o assunto é definir o principal objetivo para a carreira, a resposta passa também pela menina. “Meu sonho é buscar uma experiência fora do país. Quero ter essa maturidade de procurar outras linguagens, conhecer uma nova cultura. Jogar em uma primeira divisão de Portugal ou Espanha”, declara. Ao leitor que não acompanha o basquete feminino pode parecer estranho que ela afirme isso enquanto atua por uma equipe brasileira, mas os calendários do basquete internacional permitem que, na prática, uma atleta consiga jogar duas temporadas em apenas um ano, uma no exterior e outra no Brasil. A ambição profissional poderia justificar por inteiro o sonho de Thayná, mas os motivos vão além disso. “Quero oferecer à minha filha o que não tive. Essa experiência representaria isso. Se tiver esta oportunidade, e ela puder ir comigo, será incrível”, diz, às lágrimas. Irmã retornou às quadras após dez anos Thayná pode ser a figura com mais projeção no basquete na família, mas não foi a primeira. A irmã Thamara, um ano mais velho que ela, foi a pioneira. Depois de jogar por Fluminense e Mangueira, se mudou para Jundiaí para seguir se aperfeiçoando nas categorias de base do basquete. No entanto, quando tinha 18 anos, antes de se profissionalizar, desistiu do sonho justamente quando a irmã mais nova seguia seus passos e se mudava para São Paulo. O vilão da história: o corpo. Ela já havia operado o joelho e rompido o tendão de Aquiles, curiosamente a mesma lesão que Thayná sofreu no ano passado. “Não estava me sentindo bem, por questões pessoais. Fiquei longe de casa por muito tempo, fui morar em São Paulo aos 15 anos. Foi bem difícil decidir vir embora quando ela estava indo. Mas eu precisava daquilo naquele momento. Foi uma das decisões mais difíceis que já tomei”, opina Thamara. Por dez anos, ela deixou o sonho e a frustração em stand-by. Terminou os estudos e trabalhou, primeiro como modelo plus size e depois em uma empresa de telefonia. O basquete, volta e meia citado em conversas informais, permaneceu próximo. Ao ter o contrato encerrado no último emprego, no fim do ano passado, ela venceu o medo de voltar a ser atormentada por lesões e resolveu retornar às quadras. O Sodiê/Mesquita, clube do estado onde nasceu e cresceu e no qual a irmã se tornou um nome grande do basquete nacional, abriu as portas para ela, enfim, jogar basquete profissionalmente. Aos 28, ela se vê no ambiente para o qual carregou a família quase duas décadas atrás, hoje dominado pela irmã mais nova, que a tinha como inspiração. “O basquete mudou muito desde a época de minha parada. Minha irmã tem sido uma referência em várias questões, me ajudando bastante. Ela está sempre focada, querendo mais. Isso me traz um sentimento de querer melhorar. A dedicação dela me faz querer mais”, afirma Thamara. A luta para cultivar o basquete do Rio As performances individuais renderam a Thayná diversas premiações desde que voltou a jogar no Rio, mas a equipe que defende ainda rema contra a maré para transformar isso em melhores resultados na classificação. O Sodiê/Mesquita, cuja melhor campanha foi um quinto lugar em 2021, luta contra equipes com mais tradição no
Brasileiro: sem vencer há 4 jogos, Vasco encara Santos em São Januário
Há quatro jogos sem vencer, o Vasco da Gama recebe o Santos na tarde deste domingo (14), no estádio de São Januário, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Com seis pontos na tabela, o Cruzmaltino busca reencontrar o caminho da vitória diante do Santos, que chegou a sete pontos, após golear o Bahia (3 a 0) na última quarta-feira (10). O duelo às 16h (horário de Brasília) terá transmissão ao vivo na Rádio Nacional, com narração de Felipe Rangel, comentários de Waldir Luiz, reportagem de reportagem de Rodrigo Ricardo e plantão de notícias com Bruno Mendes. No histórico de confrontos entre os dois clubes, reina o equilíbrio, com leve vantagem para o Peixe. Em 103 partidas foram 36 vitórias dos paulistas, contra 35 dos cariocas: o restante foi só empate. Lá se vão quase três anos desde o último confronto dos dois times em São Januário. No embate, válido pela 26ª rodada do Brasileirão de 2020, quem levou a melhor foi o Gigante da Colina, por 1 a 0. Nesta tarde o Vasco tem a chance de superar a frustração do empate em 1 a 1 casa com o Coritiba a última quarta (10). Uma das principais dúvidas do técnico Maurício Barbieri recai sobre o meio de campo: o volante Andrey está cedido à seleção brasileira Sub-20 que disputará o Mundial na Argentina e ficará fora por até cinco jogos. A expectativa é que Barbieri leve a campo Léo Jardim; Puma Rodríguez, Robson, Léo e Lucas Pitón; Rodrigo, Galarza e Jair; Gabriel Pec, Pedro Raul e Alex Teixeira. É o Santos! ⚪⚫ pic.twitter.com/OnqMkUTk9B — Santos FC (@SantosFC) May 12, 2023 Já o Alvinegro Praiano chega embalado com a vitória em casa contra o Bahia, após um início de campeonato de altos e baixos. O técnico do Santos Odair Hellmann terá de contornar os desfalques dos atacantes Marcos Leonardo – cedido à seleção Sub-20 – e Mendonza, que se recupera de lesão na coxa direita. Fora de campo, o clube vive um clima tenso, após o afastamento do zagueiro Eduardo Bauermann, por envolvimento no esquema de manipulação de resultados, segundo investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Para o embate deste domingo (14), Odair Hellmann deve escalar o seguinte time: João Paulo; Gabriel Inocêncio, Joaquim, Messias e Lucas Pires; Camacho (Rodrigo Fernández), Dodi e Lucas Lima; Ângelo, Deivid Washington e Lucas Braga. * Colaboração do estagiário Luiz Eduardo da Silva, sob supervisão de Verônica Dalcanal. Fonte