Federação Espanhola anula cartão vermelho dado a Vinicius Júnior
O Comitê de Competição da Federação de Futebol da Espanha decidiu tornar sem efeito o cartão vermelho dado ao brasileiro Vinicius Júnior na derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla no último domingo (21), pelo Campeonato Espanhol. Desta forma o atacante pode enfrentar o Rayo Vallecano na próxima quarta-feira (24). Além disso, a entidade informou, através de um comunicado, que fechou por cinco jogos o setor do estádio Mestalla no qual estavam os torcedores que proferiram insultos racistas contra o jogador da seleção brasileira, a arquibancada Mario Kempes, e multou o Valencia em 45 mil euros. Agressões racistas no Mestalla Vinicius Júnior foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde do último domingo. Durante a derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de “macaco” vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão. O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Júnior tentou jogada pela esquerda quando uma segunda bola, que havia sido arremessada no gramado instantes antes, foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance. Naquele momento Vini se dirigiu para parte da torcida valencianista que estava localizada atrás do gol do time local e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco. O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o confronto só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar, e o jogo prosseguiu após cerca de oito minutos de pausa, com a polícia comparecendo ao local das ofensas. Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso. Fonte
Toffoli reitera suspensão de processos contra Tacla Duran na Lava Jato
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), reiterou hoje (23) a suspensão de ações penais contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu por lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Na decisão, o ministro reitera que a 13ª Vara Federal em Curitiba deve seguir decisão proferida pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, que suspendeu cinco processos baseados em provas que foram anuladas pela Corte. Entre as ações, está o processo contra Duran. Após a aposentadoria da Lewandowski, Toffoli está despachando no caso. “Verifico que, aparentemente, a determinação de suspensão dos feitos não foi respeitada, mesmo durante o período em que o ministro Ricardo Lewandowski oficiava como relator do feito”, escreveu. Toffoli também determinou que cópias de todos procedimentos que estiverem na vara e tenham relação com o caso sejam enviados ao STF. Afastamento A juíza federal Gabriela Hardt assumiu hoje a condução dos processos da 13ª Vara, após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) afastar o juiz Eduardo Appio. No auge da Lava Jato, Gabriela atuou como substituta do ex-juiz Sérgio Moro na condução da investigação. Em outro processo que está no STF, Duran levantou suspeitas sobre a atuação de Moro na condução do processo no qual é acusado de operar contas no exterior criadas pela extinta Odebrecht para pagamento de propina. No depoimento prestado a Eduardo Appio, em março deste ano, ele disse que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido. Após o episódio, Moro disse que não teme qualquer investigação e lembrou que Duran foi preso pela Lava Jato. Fonte
NOTA: Governo do Amazonas diz que enquanto a paralisação ilegal dos professores, os profissionais envolvidos terão os dias não trabalhados descontados
23 de maio de 2023 *NOTA*Sobre a negativa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), em encerrar a greve iniciada no dia 16/05, ação considerada ilegal pela Justiça do Amazonas, com multa diária no valor de R$ 30 mil, e que tem prejudicado milhares de estudantes, o Estado informa que só retomará a roda de negociação com os representantes da categoria quando os professores retornarem às salas de aula.Lembrando que, no último dia 18/05, em reunião entre o Governo do Amazonas, sindicato da categoria e membros da Assembleia Legislativa, o Estado sinalizou o reajuste imediato de 8% da data base, retirada das faltas dos trabalhadores da educação pelos dias de greve, estudo para pagamento de progressões por titularidade e tempo de serviço e negociação referente ao fim da Ação Pública, junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas, que proibiu o movimento grevista, com a contrapartida de que as aulas fossem retomadas imediatamente.O Governo do Estado reforça que enquanto a paralisação ilegal continuar, os profissionais envolvidos no movimento terão os dias não trabalhados descontados, conforme assegura a legislação trabalhista e a Justiça amazonense.
Ipea indica quantidade imprecisa nas apreensões de drogas
A quantidade de drogas apreendidas nos processos criminais na Justiça brasileira não segue um padrão único, o que dificulta a definição se o que foi registrado se refere à massa bruta em gramas ou líquida. A diferença pode ser decisiva no julgamento de usuários e traficantes de drogas. A conclusão é do estudo “Critérios objetivos no processamento criminal por tráfico de drogas”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado nesta terça-feira (23). A intenção dos pesquisadores foi produzir e analisar dados sobre o tipo e o volume de drogas apreendidas nas ações criminais por tráfico com decisão terminativa em primeiro grau entre janeiro e junho de 2019, nas quais houvesse réu indiciado, denunciado e/ou sentenciado por crimes de tráfico de drogas. Os dados sobre natureza e quantidade de drogas foram levantados em cinco documentos com fontes diferentes como denúncia, sentença, auto de apreensão, laudo pericial preliminar e laudo definitivo em ações penais. “Na leitura dos autos a gente não consegue dizer se a substância foi pesada com ou sem a embalagem ou recipiente que a continha. No caso da cocaína, por exemplo, há ‘n’ possibilidades de embalagem. O modo como se registra a quantidade, poucas vezes, informa se trata de massa líquida ou massa bruta falando de massa em gramas”, revelou a pesquisadora do Ipea, Milena Soares, que é uma das coordenadoras do estudo, em entrevista à Agência Brasil. STF O levantamento foi divulgado no momento em que o tema da descriminalização da maconha para consumo próprio está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento do recurso de um homem pego em flagrante com 3 gramas de maconha, começou em 2015, mas foi suspenso por um pedido de vista do então ministro Teori Zavascki. Com a morte dele, a vaga foi ocupada pelo ministro Alexandre de Moraes, que ficou com o processo. Até agora, o placar tem 3 votos a favor da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal, que são do relator, ministro Gilmar Mendes, e dos ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, que foi o único a propor especificamente a quantidade máxima de 25 gramas para o porte de maconha. Critérios De acordo com a pesquisadora do Ipea, a padronização da pesagem das drogas permitiria identificar, com mais precisão, se a quantidade apreendida era compatível apenas com o uso pessoal ou se poderia ser caracterizada como tráfico de drogas. O levantamento mostrou que se fossem adotados critérios de quantidade para a cannabis entre 25g e 100g e de cocaína entre 10g e 15g para presunção de porte de uso pessoal, aproximadamente 30% a 50% dos processos de tráfico relacionados à cannabis e 30% a 40% daqueles relacionados à cocaína poderiam ser presumidos como porte para consumo pessoal. Mesmo com essas diferenças, as quantidades de drogas foram determinadas no estudo seguindo uma análise conjunta dos documentos e do estabelecimento de alguns critérios. Para isso, de acordo com Milena Soares, o estudo utilizou os parâmetros do Instituto Igarapé para fazer a avaliação. Em um cenário conservador, a instituição define como uso pessoal o correspondente a 25 gramas de cannabis e 10 gramas de cocaína. No intermediário, a quantidade chega a 40 gramas na cannabis e 12 gramas na cocaína, enquanto em um cenário liberal atingiria 100 gramas para a cannabis e 15 gramas para a cocaína. Com base nesses parâmetros, o levantamento apontou que no cenário conservador 31% dos casos de cannabis apreendida poderiam ter sido presumidamente considerados de uso pessoal e não como tráfico de drogas e para cocaína de 34%. No intermediário os percentuais são 37% e 36% respectivamente e no liberal 51% e 40%. Conforme a pesquisa, a droga mais encontrada foi a cocaína, como indicaram 70,2% dos processos na quantidade mediana de 24 gramas. Já 34,5% dos processos envolviam até 10,9 gramas da droga, em 36,3% foram apreendidas entre 11g e 100g, 17,9% entre 101g e 1kg e somente 6,8% dos processos envolviam apreensões de mais de 1 quilo da substância. “Além disso, em 4,4% dos processos não foi possível localizar qualquer informação sobre a massa em gramas em nenhum dos cinco documentos analisados”, completaram os pesquisadores. A cannabis foi a segunda droga mais encontrada, como indicaram 67,1% dos processos cuja média era de 85 gramas. Em 58,7% dos processos a quantidade não chegava a 150g da substância, 27,3% entre 151g e 2kg, 11,1% dos processos trataram de apreensões acima de 2kg e 3,2% dos casos não tinham informações sobre a quantidade. Recomendações No estudo, os pesquisadores sugerem a necessidade de um protocolo com um sistema métrico padrão para definir a quantidade da droga, embora tenham verificado “relativa homogeneidade e precisão na indicação da natureza das substâncias tratada em todas as peças dos processos”, ainda que com críticas às formas de aferição da natureza da substância pelos órgãos de perícia. “Como a gente não sabe como foi pesado na maioria dos processos, em decorrência disso a gente recomenda que se faça um protocolo que regulamente isso do ponto de vista nacional, para que se registre sempre a quantidade da massa em gramas líquido. Seria uma informação objetiva”, afirmou Milena Soares. Com relação aos dados e problemas apontados no levantamento do Ipea, a Agência Brasil solicitou e aguarda posicionamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Fonte
PL de Roberto Cidade propõe melhoria na legislação que normatiza informações presentes em embalagens de produtos fabricados no Amazonas
Os efeitos causados pela pandemia de Covid-19 nas empresas brasileiras foram muito relevantes. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na primeira quinzena de julho, 44% das 2,8 milhões de empresas brasileiras foram diretamente afetadas e entre as medidas adotadas pelas empresas para suportar a queda de arrecadação estão a diminuição quantitativa das embalagens, assim como a mudança na composição dos produtos comercializados no mercado nacional.Diante disso e da necessidade de o consumidor ter consciência do que está comprando, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), apresentou o Projeto de Lei nº 23/2023 que dispõe sobre a inclusão de declaração nas embalagens sobre alterações quantitativas ou na composição de produtos produzidos no Estado do Amazonas.“É bom afirmar que a legislação brasileira não proíbe a prática de diminuição quantitativa ou de mudança de composição dos produtos. No entanto, desde que cumpridas as determinações legais para fins de resguardar o consumidor de possíveis práticas abusivas praticadas pelas empresas. Nosso PL tem o objetivo de proteger o consumidor ao mesmo tempo que reforça a legislação nacional vigente”, afirmou o parlamentar.Conforme o PL, os estabelecimentos ficam obrigados a incluir em suas embalagens – alimentos, bebidas, ingredientes e/ou aditivos alimentares – a declaração de alteração quantitativa ou em sua composição os produtos produzidos no Estado do Amazonas.Os produtos de higiene pessoal, incluindo descartáveis, cosméticos e perfumes também se enquadram na legislação proposta. Os fornecedores que realizarem alterações quantitativas em produtos embalados deverão fazer constar mensagem específica no painel principal da respectiva embalagem, informando de forma clara, precisa e ostensiva: a declaração “NOVO PESO”; a quantidade do produto na embalagem existente antes e depois da alteração; a quantidade de produto aumentada ou diminuída, em termos absolutos e percentuais.“Isso é importante também para que o consumidor possa ter consciência dos ingredientes que compõem os produtos, principalmente para aqueles que possuem alergias. Então se trata de uma questão de direito do consumidor e também de saúde”, resumiu.
Evento marca 1º Dia da Diversidade Cultural após recriação do Minc
Um grupo de artistas, agentes culturais e representantes do Ministério da Cultura (Minc) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) se reuniu nesta terça-feira (23), em Brasília, para celebrar o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento. A data é comemorada desde 2002, quando foi instituída com o objetivo de conscientizar a população e os governantes sobre a importância das múltiplas expressões culturais presentes em todo o mundo. No Brasil, este ano, acabou servindo também para que os participantes do evento organizado pelo Minc comemorassem a recriação da pasta – extinta na gestão federal passada e recriada no início deste ano, com o início do atual governo. “Queria agradecer ao Ministério da Cultura por sediar esta celebração; dizer que, com isso, vocês alegraram meu dia e, lembrando [os músicos] Belchior e Emicida, dizer que, nos outros anos eu morri, mas este ano eu não morro”, comentou a representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, após lembrar que, em meados dos anos 2000, o Brasil cumpriu um papel “fundamental” no processo de convencer outros países a aderirem à Convenção sobre Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais. A representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, participa da cerimônia do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento – Antonio Cruz/Agência Brasil “Na época, o [então] ministro da Cultura, Gilberto Gil, viajou o mundo inteiro promovendo a convenção e o Brasil foi um dos primeiros signatários [do texto], ajudando muito no convencimento da importância da diversidade cultural”, contou Noleto, avaliando os potenciais efeitos da efeméride. “O Dia Mundial da Diversidade Cultural nos aponta caminhos para recordarmos e disseminarmos quais são nossos valores comuns enquanto humanidade e para fortalecermos a luta pela garantia e preservação dos direitos sociais, educacionais, culturais e ambientais”, pontuou Marlova, frisando que a valorização cultural deve ser capaz de proporcionar aos diversos grupos sociais “mais inclusão, participação, inserção econômica e liberdade artística”. Cultura de Paz Durante o evento, realizado no auditório do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, na Esplanada dos Ministérios, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, antecipou que as secretarias de Cidadania e Diversidade Cultural e dos Comitês de Cultura irão promover, em breve, uma conferência temática sobre diversidade cultural, com o objetivo de permitir à sociedade apresentar sugestões e contribuições sobre o tema. “A diversidade cultural – que se refere à variedade de costumes, tradições, crenças, valores, línguas e formas de expressão presentes em diferentes grupos e comunidades – é importante porque enriquece nossa compreensão de mundo, promove o respeito pela diferença e ajuda a garantir a preservação de diferentes identidades culturais”, destacou a ministra. “Mas é importante reconhecer que a diversidade cultural também pode ser fonte de conflitos e de discriminação e que, por isso, devemos trabalhar para promover a inclusão e o diálogo intercultural. O mundo vive um momento crucial para a luta contra os preconceitos e a discriminação racial. […] Mais do que nunca, é essencial promovermos o diálogo cultural e celebrarmos a diversidade presente em nossas sociedades – diversidade que é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, disse a ministra, que também comentou a recriação do Minc. Ministra Margareth Menezes comemorou a recriação do Ministério da Cultura – Antonio Cruz/Agência Brasil “[A data] é mais um momento para celebrarmos a retomada do Ministério da Cultura, que promove o fortalecimento do processo de escuta da sociedade. É a partir da integração entre o Poder Público e a sociedade que as políticas públicas têm seus efeitos amplificados e, consequentemente, o acesso aos direitos culturais assegurados na Constituição.” Dados Segundo a Unesco, 89% dos conflitos existentes hoje no mundo ocorrem em países com baixo diálogo intercultural. A entidade ressalta que o setor cultural e criativo é um dos mais poderosos motores de desenvolvimento do mundo. A cultura representa 6,2% de todos os empregos existentes e 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) global. No Brasil, de acordo com estudo recente do Observatório Itaú Cultural, a economia da cultura e das indústrias criativas (ECIC) do país movimentou R$ 230,14 bilhões, equivalente a 3,11% do PIB, em 2020. Isto apesar de, segundo a Unesco, o setor ainda não ter o devido reconhecimento no âmbito das políticas públicas. Fonte
Ancelotti quer ações enérgicas contra racismo em estádios da Espanha
Os reiterados ataques racistas sofridos pelo atacante brasileiro Vinícius Júnior no Campeonato Espanhol foram o tema principal da entrevista coletiva do técnico do Real Madrid Carlo Ancelotti, nesta terça-feira (23), véspera do duelo do Real Madrid contra o Rayo Vallecano. O treinador italiano foi enfático ao criticar os atuais protocolos adotados por autoridades para lidar com os insultos racistas em eventos esportivos e pediu ações mais enérgicas nos estádios. “Acho que está obsoleto [o protocolo]. Porque tinha que ser aplicado na hora em que se chega de ônibus. É ali que começam os xingamentos e caem os argumentos de que Vinicius é provocador. Não são casos isolados, como já dissemos há muito tempo. Não são 46 mil, mas também não são um ou dois. Duas horas antes já estavam insultando” afirmou o técnico, referindo-se às ofensas a Vini Jr., antes do início da partida contra o Valência, no último domingo (21). 🎙️ @MrAncelotti 🎙️ pic.twitter.com/9asPID5q99 — Real Madrid C.F. (@realmadrid) May 23, 2023 “A Espanha para mim não é um país racista, mas há racismo sobretudo nos estádios de futebol., onde tudo é permitido. Isto tem que parar”, defendeu. “Quero ações! E nada foi feito ainda. Há países onde não te insultam, como a Inglaterra, por exemplo, onde resolveram isso há muito tempo: quando expulsaram a Inglaterra das competições europeias por cinco anos”, comparou. Vini Jr. não treinou hoje com a equipe, devido a um incômodo no joelho. Segundo Ancelotti, ele está “muito triste”, mas também sabe que tem “apoio de todo o mundo, não só do Real Madrid”. “Ele tem apoio dos companheiros e dos adversários, é um apoio incondicional, por isso está tranquilo. “Ele é vítima do que está acontecendo. Às vezes eu vejo as pessoas colocando a culpa nele, dizendo que ele provoca… Não! Ele é a vítima”, reiterou. Só nesta temporada, o Real Madrid formalizou dez queixas sobre racismo contra o brasileiro – incluindo a de domingo (21) – à LaLiga, entidade privada que organiza o campeonato espanhol. Na segunda (23), o clube merengue acionou o Ministério Público da Espanha para que inicie investigações sobre crimes de ódio e discriminação contra Vini Jr. Apesar de tudo que atleta vem enfrentando, Ancelotti está confiante na permanência do brasileiro no elenco do Real. “Eu não acho [que ele deixará a Espanha], porque ele ama o futebol e ama o Real Madrid. Seu amor pelo clube é muito grande e ele quer fazer sua carreira aqui”, concluiu. Fonte
STF autoriza PF retomar investigação contra presidente da CPI do MST
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a continuidade da investigação aberta para apurar o suposto envolvimento do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), com atos antidemocráticos. A decisão de Moraes foi assinada no dia 17 deste mês e veio à tona hoje (23) no primeiro dia de trabalho da comissão. O caso começou a ser investigado no Rio Grande do Sul e apura o suposto incentivo de Zucco a atos antidemocráticos para contestar o resultado das eleições de 2022. A investigação foi iniciada a partir de postagens nas redes sociais em novembro do ano passado. Em fevereiro deste ano, após o deputado assumir a cadeira na Câmara dos Deputados, a Justiça Federal enviou o caso para o Supremo em razão do foro privilegiado. Na decisão, Moraes entendeu que o caso pode ter conexão com as investigações sobre atos golpistas que tramitam no Supremo e determinou que a Polícia Federal prossiga com a investigação. Defesa No sábado (20), pelas redes sociais, o deputado disse que ficou surpreso com a retomada da investigação e afirmou que a medida tem relação com seu trabalho na CPI. “Não existe nada em termos jurídicos que possa me preocupar. Acredito que seja uma resposta política contra o trabalho que vamos começar à frente da CPI”, afirmou. Em novo posicionamento após o início da CPI, Zucco declarou que não tem envolvimento com atos contrários à democracia e que a polícia vai verificar que não houve crime. Source link
Estudo da UFF investiga prática da automutilação por adolescentes
Ao notar marcas decorrentes da automutilação em seus filhos, pais não devem minimizá-las ou considerá-las uma tentativa de chamar atenção sem relevância. Atos dessa natureza podem estar ligados a questões psicológicas tão sérias que, se não tratadas adequadamente, evoluem para situações ainda mais complexas. Daí a importância de recorrer à ajuda profissional em busca de intervenções mais eficazes e que possam frear os impactos negativos dessa prática. As considerações estão no Estudo sobre a Estruturação do Ego e da Personalidade de Adolescentes que se Automutilam, coordenado por Antônio Augusto Pinto Junior, doutor em psicologia clínica e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). Trata-se de uma pesquisa desenvolvida com o intuito de entender quais aspectos emocionais e afetivos estão relacionados a essa prática. O projeto se originou a partir da procura por parte de educadores das escolas municipais de Volta Redonda, no sul fluminense, com a queixa de que alguns de seus alunos estavam se autolesionando. Segundo o especialista, foi elaborada uma metodologia visando compreender esse fenômeno, que vem atingindo muitos adolescentes e pré-adolescentes no município. Pesquisa As escolas do município indicaram para a pesquisa 80 jovens entre 10 e 16 anos, sendo que 61 deles contemplaram todos os procedimentos e compuseram a amostra. Por meio de testes psicológicos e entrevistas clínicas, foram identificadas características de personalidade dos adolescentes e traçado o perfil do jovem que usa a autolesão para lidar com o sofrimento. “O resultado dessa pesquisa demanda ações, projetos de intervenção, de escuta e de acolhimento a esses jovens que manifestam este tipo de transtorno”, disse Antônio Augusto. Além disso, outro resultado da pesquisa se refere aos instrumentos utilizados: foram detectados principalmente objetos cortantes como gilete, apontador e estilete. E as partes do corpo escolhidas são, na sua maioria, braços, mãos ou pulsos. “Os pais devem observar alguns comportamentos como usar constantemente roupas de manga comprida, mesmo no verão. Eles se automutilam, mas escondem os cortes”, diz o pesquisador. Ele ressalta que também é importante observar a presença de objetos cortantes principalmente quando os jovens estão muito isolados. Em 2020, o Ministério da Saúde lançou uma cartilha sobre o tema em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Associação Brasileira de Psiquiatria. Voltado para jovens entre 15 e 18 anos, o material reuniu informações, sinais de alerta, prevenção, medidas de proteção, canais de ajuda, etc. “A automutilação, também chamada de autoagressão ou autolesão, refere-se ao dano a uma parte do corpo do próprio indivíduo, realizado de forma consciente (não acidental) e sem intenção de morrer, com métodos que não são aceitos socialmente. Tatuagens, piercing, brincos ou outras formas de marcar o corpo para rituais tribais ou para exibição pública não são considerados automutilação. O objetivo mais comum na automutilação é aliviar uma dor emocional intensa. O que a pessoa deseja é reduzir a angústia, mesmo que por um curto período. Ao se machucar, a pessoa que se automutila percebe a dor emocional sendo ofuscada pela dor física, dando uma impressão de alívio momentâneo”, registra a cartilha. Motivação Em 83% dos casos analisados na pesquisa da UFF, a motivação por trás do comportamento que levou à prática da autolesão parece estar relacionada com conflitos familiares não resolvidos, como violência conjugal e violência de vitimização. Entre as modalidades de vitimização, estão o abuso físico e sexual, a violência psicológica e também a negligência dos responsáveis. Segundo apurou a pesquisa, essa negligência está diretamente relacionada ao percentual de jovens que não foi encaminhado a nenhum serviço de cuidado da saúde mental, que passa dos 50%. O estudo revela ainda que a autolesão está associada a uma personalidade do tipo depressiva, o que deixa o alerta para possíveis riscos maiores. Segundo o pesquisador, ela pode ser uma porta de entrada para os comportamentos ou práticas suicidas, se não houver nenhum cuidado com a saúde mental. Antônio Augusto destaca que, na maioria dos casos, quem diagnosticou ou identificou a prática da autolesão foi um professor e não os pais. A pesquisa sugere que os profissionais da educação recebam capacitação, treinamento e formação para a identificação precoce de várias modalidades de sofrimento psíquico na infância e na adolescência. A partir dos resultados alcançados, o estudo deve se desdobrar em projetos conjuntos com as escolas que encaminharam os adolescentes para que sejam desenvolvidas iniciativas voltadas à prevenção e ao combate à prática da automutilação. A iniciativa deve envolver também uma abordagem em torno da prevenção da violência doméstica. “Esses projetos visam abrir um espaço de escuta, para que eles sejam acolhidos. E, a partir desse acolhimento, eles possam, juntamente com o terapeuta, compreender, dar significado e ressignificar essa experiência traumática”, conclui o professor. *Estagiário sob supervisão de Léo Rodrigues // Colaborou Solimar Luz, repórter da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Fonte
Mãe dança com roupa transparente na festa da filha de 3 anos
Quem não gosta de uma festa infantil, não é mesmo? Um lugar cheio de comidas, brinquedos, decoração temática e, principalmente, guloseimas de dar água na boca. É o local perfeito para se sentir à vontade, porém tem quem “exagere” neste quesito. Uma mulher viralizou após rebolar de forma provocante ao som do funk “Movimento da Sanfoninha” durante uma festa de aniversário infantil da própria filha. Para completar, ela usava um vestido totalmente transparente, que deixou em evidência os seios e a roupa íntima que ela vestia. A aniversariante, fantasiada como princesa, entra no salão de festas no colo do pai e acompanhada da mãe. Logo que eles adentram o recinto, a mulher vira o centro das atenções enquanto a música toca e ela rebola. Na internet, muitas pessoas criticaram a postura da mãe da criança. “A dança é totalmente exagerada pro ambiente. E até eu que sou exibicionista não usaria essa roupa transparente em um niver infantil. Tem hora e lugar… E mesmo a festa sendo dela, tem crianças. Você levaria uma criança pro puteiro? Pq é isso que parece”, escreveu uma. “O centro das atenções da festa não deveria ser a criança? Mas não pude parar de rir quando a Minnie pediu para a mulher baixar até o chão”, comentou outra. Outros internautas foram mais a fundo da história e teorizaram sobre os motivos que levaram a mulher a tomar tal atitude. “Tá na cara que ela é a ex e a atual tá na festa po”, analisou uma usuária no Twitter. “Faz sentido. Eles se separaram e a madrasta da menina tá na festa”, concordou outra.
Ministério da Igualdade Racial estuda criar o Disque Racismo
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou nesta terça-feira (23) a determinação do governo da Espanha de colocar em funcionamento uma nova linha direta para recebimento de denúncias de discriminação racial ou étnica e para prestar assistência às vítimas, pelo número 021. O anúncio ocorreu após os ataques racistas sofridos pelo atleta brasileiro Vinícius Jr., jogador do Real Madrid, no domingo (20). O 021 é válido em todo o território da Espanha e a ligação para o número é gratuita. O serviço será operado pela Direção Geral de Igualdade de Tratamento e Diversidade Racial Étnica, subordinada ao Ministério da Igualdade espanhol e pelo Conselho para Eliminação da Discriminação Racial ou Ética. A ministra Anielle Franco informou que o Brasil pretende lançar, até o fim do ano, o Disque 138, para recebimento de denúncias de racismo, discriminação e injúrias raciais. “A gente teve algumas vitórias por conta de nossa pressão, do nosso posicionamento, aqui [no Brasil], em relação a esse caso. Eles lançaram o 021, como se fosse um disque racismo. Já tínhamos falado disso em duas reuniões. Aproveito para falar que essa é também a nossa ideia de termos um disque racismo aqui [no Brasil], até o fim do ano, o que seria o nosso 138”. A assessoria de imprensa do Ministério da Igualdade Racial confirmou à Agência Brasil que ocorreram reuniões para tratar desse assunto entre as equipes dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O MDHC já coordena o Disque-100, que registra e encaminha aos órgãos competentes os registros de violações de direitos humanos. Espanha Nesta terça-feira, a porta-voz do governo da Espanha, Isabel Rodríguez, em coletiva à imprensa após reunião do Conselho de Ministros, disse que a Espanha é antirracista e que as autoridades rechaçam e condenam comportamentos preconceituosos. Ao responder os questionamentos dos jornalistas espanhóis sobre casos como o do jogador Vini Jr., a porta-voz afirmou que os atos não seguirão impunes, serão perseguidos e castigados. Isabel Rodríguez reconheceu que esses episódios não ocorrem somente no ambiente esportivo. E ressaltou que o governo espanhol “persegue e condena discursos de ódio e que a Espanha respeita a diversidade”. Source link
Brasil e Espanha querem providências imediatas contra racismo
Os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha assinaram, nesta terça-feira (23), nota conjunta sobre os repetidos casos de racismo contra o atleta brasileiro Vinícius Júnior, que joga como ponta esquerda no clube espanhol Real Madrid. No documento, os dois ministérios declaram solidariedade incondicional ao atleta brasileiro, vítima de cânticos racistas no último fim de semana, antes e durante a partida entre o Real Madrid e o Valencia, no Estádio Mestalla. A nota ressalta ainda a mais contundente e absoluta condenação ao racismo no esporte e à violência que ele gera e que constitui grave violação dos direitos humanos e “perpetua a desigualdade e a discriminação em todos os âmbitos da sociedade”. No texto, as autoridades exigem providências imediatas e contundentes. “É obrigação de todas as instituições competentes responderem com a maior diligência para agir contra este e todos os casos que ocorrem no campo desportivo e que não podem ficar impunes, garantindo o acompanhamento, proteção e reparação das vítimas desses crimes.” Em entrevista à imprensa, em Brasília, a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, confirmou que o Ministério Público da Espanha já foi notificado sobre o comunicado conjunto para investigar o caso. “[Eles] foram notificados, e a gente vai acompanhando e dando seguimento a tudo que a gente falou ontem. Agora, é questão de honra! Para que, além de combater, essas pessoas racistas sejam identificadas e punidas devidamente.” Anielle destacou o fato de sete pessoas já terem sido presas naquele país por envolvimento em um caso de janeiro de 2023, quando um boneco suspenso e enforcado foi associado ao atacante brasileiro, e também a detenção dos suspeitos de proferir insultos racistas contra o jogador, durante partida esportiva do último domingo. Acordo bilateral Em 9 de maio, os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha assinaram, em Madri, um memorando de entendimento de combate ao racismo, à xenofobia e a formas correlatas de discriminação. Um dos destaques do acordo é exatamente a previsão de que os países “dediquem atenção especial à luta contra o racismo nas atividades esportivas”. Fonte
Malala defende engajamento dos homens na luta por igualdade de gênero
Em segunda passagem pelo Brasil, a paquistanesa e vencedora do Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai falou sobre a importância de que os homens estejam mais engajados na luta pela igualdade de gênero. Ativista com foco na educação de meninas e mulheres pelo mundo, ela reforça que toda a sociedade ganha quando há direitos e oportunidades para todos, sem distinções ou hierarquizações de gênero, raça ou classe. Malala defende que mulheres deve ser protagonistas na luta pela igualdade de gênero- Fernando Frazão/Agência Brasil “Quando a gente fala nos direitos das meninas, é muito importante pensar no papel que os homens e os meninos têm. Não são problemas só das mulheres. São problemas de todos. Se as mulheres não são tratadas de maneira justa, isso afeta a todos. Isso afeta a economia. Quando nós perdemos oportunidades para estudar, isso pode custar milhões de dólares. Mas quando temos acesso à educação, isso representa um adicional de milhões de dólares. A questão de gênero e da economia social é importante. Por isso a participação dos homens é crítica. Eles têm um papel dentro da família de apoiar mães, filhas e irmãs. Sou muito grata por ter tido um pai que me apoiou. Homens corajosos podem realmente mudar a vida das mulheres”. Malala participou na noite desta segunda-feira (22), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, de uma roda de conversa que abriu a temporada 2023 da LER – Festival do Leitor. No evento literário, ela encontrou educadores e integrantes de projetos sociais do Brasil, e disse que, se por um lado o apoio masculino é fundamental, nenhuma mudança efetiva vai acontecer na sociedade sem a luta ativa das mulheres como protagonistas. “Ninguém deve decidir por mim como eu devo viver a minha vida, que atividades eu posso fazer, que emprego devo ter. Essa decisão é minha como mulher e menina. Para todas que estão aqui hoje, qualquer carreira que vocês escolherem, façam porque é a paixão de vocês e não por ceder a uma pressão. Quando alguém disser que vocês não podem fazer, que não é pra vocês, olhem para os modelos de mulheres e inspirações anteriores para saber que vocês podem, sim. E se não houver mulheres ali, vocês pode ser as primeiras. Desafiem. Provem que as mulheres podem fazer o que elas querem”. Biografia Ativista paquistanesa Malala Yousafzai participa do Festival do Leitor, no Maracanãzinho. Fernando Frazão/Agência Brasil Em outubro deste ano, vai completar 10 anos da autobiografia Eu sou Malala, que narra a história da ativista. Por ter se envolvido desde cedo na luta pelo direito à educação, ela foi alvo de um ataque do grupo Talibã em outubro de 2012, no nordeste do Paquistão, quando voltava da escola. Atingida por uma bala, passou dias em estado grave. Durante a recuperação, foi transferida para um hospital na Inglaterra, onde reside atualmente. Ela criou, ao lado do pai, o Fundo Malala em 2013, voltado para promover a educação universal de meninas em todo o mundo. Em 2014, aos 17 anos, foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz. Em 2020, concluiu a graduação em filosofia, política e economia na Universidade de Oxford. “A minha história não é uma história única. Havia muitas meninas assim, inclusive no vale do Suate, no Paquistão, que estavam protestando pelos direitos delas que eram infringidos. Mas na maior parte dos casos, eram os pais e irmãos que impediam as filhas e irmãs de falarem e de lutarem por seus direitos. A única coisa diferente na minha história é que o meu pai não me parou. Muitas meninas são impedidas pelos homens. Nós não precisamos de um poder especial, de uma qualificação especial. Nós temos capacidade. Não devemos ser impedidas, devemos fazer tudo aquilo que queremos”. Malala também comentou sobre a importância de combater a desinformação e os discursos de ódio na internet. Para ela, a educação digital deve ser discutida de forma ampla, inclusive em escolas, e todos os envolvidos na produção, consumo e circulação de informações devem assumir responsabilidades. “Toda ferramenta que usamos tem um lado positivo e um negativo. E todos nós temos responsabilidades com isso. Claro, existem as políticas públicas que devem trazer regulações, para diminuir e reduzir os danos. Mas as pessoas que estão por trás dessas empresas também deveriam ter um senso de responsabilidade. E no fim, também os usuários têm um papel de procurar estar mais informados, mais educados sobre o que compartilham. Que seja levada a educação digital para as escolas e que as próximas gerações possam ser educadas sobre como se proteger da falta de informação, contra a desinformação e de conteúdos que possam provocar danos. A educação é importante, mas também deve existir uma tomada individual de consciência”. Fonte
Moraes determina execução da condenação de Daniel Silveira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (23) determinar a execução imediata da condenação do ex-deputado federal Daniel Silveira a oito anos e nove meses de prisão. Em fevereiro, após deixar o mandato, Silveira foi preso cautelarmente por descumprir regras da detenção domiciliar e fazer novos ataques ao Supremo. Pela decisão, Silveira deverá ser submetido a exames médicos oficiais de praxe para dar início ao cumprimento da pena e ter o tempo que está preso provisoriamente descontado da condenação final. A decisão de Moraes foi tomada após o Supremo derrubar, no mês passado, o decreto de graça constitucional concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao então deputado federal para impedir o início do cumprimento da pena. Em abril do ano passado, Daniel Silveira foi condenado pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo a que responde por ataques à Corte. Apoiador de Bolsonaro, Silveira fazia parte da base do ex-presidente na Câmara dos Deputados. A Agência Brasil busca contato com a defesa de Silveira. Fonte
STM condena coronel da Aeronáutica por injúria racial
O Superior Tribunal Militar (STM) condenou um coronel da Aeronáutica a um ano de prisão por injúria racial contra um soldado. O tribunal decidiu revisar decisão de primeira instância que absolveu o oficial da acusação de fazer um comentário racista para se referir ao soldado. O caso ocorreu em junho de 2021 nas instalações do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo. De acordo com o processo, o coronel, que não teve o nome divulgado, utilizou a expressão “um crioulo fazendo economia” ao ouvir o soldado comentar que estava cursando faculdade. Após o episódio, o comando do quartel abriu um processo contra o coronel, que foi denunciado à Justiça Militar por injúria racial. Contudo, o conselho especial de Justiça, órgão formado por quatro militares de patente superior, o absolveu por entender que não houve no caso o dolo de injuriar, ou seja, a “vontade livre e consciente” de ofender a vítima. Ao julgar recurso do Ministério Público Militar (MPM), o STM, por maioria de votos, reverteu a absolvição e condenou o coronel a um ano de prisão, pena que garante a possibilidade de recorrer em liberdade, cumprimento da pena em regime aberto e a suspensão condicional do processo. Fonte