Palmeiras bate Cerro e fica perto das oitavas da Libertadores

O Palmeiras foi até o Estádio La Olla, em Assunção, e derrotou o Cerro Porteño (Paraguai) por 3 a 0 (dois gols de Artur e um de Rony), na noite desta quarta-feira (24). Este resultado deixou o Verdão na vice-liderança do Grupo C da Copa Libertadores. 🇳🇬 Vitória alviverde no Paraguai! 🐷🏆 O @Palmeiras venceu o @CCP1912oficial por 3-0 fora de casa e chegou a 9️⃣ pontos no Grupo C da CONMEBOL #Libertadores.#GloriaEterna pic.twitter.com/3v1Lu4tCKz — CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) May 25, 2023 Agora a equipe comandada pelo técnico português Abel Ferreira soma os mesmos nove pontos do líder da chave, o Bolívar (Bolívia), que bateu o Barcelona de Guayaquil (Equador) por 1 a 0 na rodada. Desta forma a equipe brasileira fica a um empate da classificação para as oitavas de final quando faltam duas rodadas para o final da fase de grupos. Apesar de acabar derrotado no final, o Cerro iniciou o confronto dando trabalho ao Palmeiras. Porém, a situação da equipe paraguaia se complicou aos 14 minutos do primeiro tempo, quando o lateral Báez recebeu cartão vermelho após falta dura em Artur. Com um a mais a partida mudou de dinâmica, e o Verdão abriu o placar aos 24 minutos. Zé Rafael roubou a bola no meio de campo e lançou Rony, que apenas rolou para o meio, onde Artur chegou batendo de chapa para marcar um belo gol. ⚽ É bola na rede! 🐷💚 Artur abriu o placar para o @Palmeiras no Paraguai. CONMEBOL #Libertadores pic.twitter.com/P9tBAxywZm — CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) May 24, 2023 O camisa 14 voltou ser decisivo aos 12 minutos da etapa final. Rony recebeu na linha de fundo de Dudu e cruzou rasteiro para Artur, que não perdoou. Mas ainda faltava o gol do camisa 10 do Palmeiras. Após duas assistências, Rony deixou o seu aos 22 minutos, quando, após receber lançamento, driblou o goleiro adversário antes de bater para o gol vazio. Flamengo cede empate Outro brasileiro a entrar em campo nesta quarta foi o Flamengo. Em partida transmitida pela Rádio Nacional e disputada no Estádio Municipal de Concepción, o Rubro-Negro chegou a abrir o placar com Gabriel Barbosa aos 33 minutos do primeiro tempo. Mas viu o Ñublense (Chile) arrancar o empate aos 26 da etapa final com Jorge Henríquez. 🇨🇱🆚🇧🇷 Tudo igual no Chile! 👀➡️ O atual campeão @Flamengo e o @nublenseSADP empataram por 1-1 pela rodada 4 do Grupo A da CONMEBOL #Libertadores. #GloriaEterna pic.twitter.com/7INHTnzDkX — CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) May 25, 2023 Este resultado deixou a equipe da Gávea na segunda posição do Grupo A com 5 pontos, um a mais do que os chilenos. O líder é o Racing (Argentina), que bateu o Aucas (Equador) por 2 a 1 para chegar aos 10 pontos. Corinthians se complica Quem ficou em situação muito complicada na competição continental foi o Corinthians. Jogando no Estádio Diego Armando Maradona, em Buenos Aires, o Timão não passou do 0 a 0 com o Argentinos Juniors (Argentina) e permanece na terceira posição do Grupo E, agora com quatro pontos. 🏆 Tudo igual na Argentina! 🇦🇷⚽🇧🇷 @AAAJoficial e @Corinthians ficaram no 0-0, na quarta rodada do Grupo E da CONMEBOL #Libertadores.#GloriaEterna pic.twitter.com/JdBkgv9Jba — CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) May 25, 2023 Já o Argentino Juniors mantém a liderança da chave com o resultado, agora com 8 pontos. O vice-líder é o Independiente del Valle (Equador), com 6 pontos. O Liverpool (Uruguai) é o lanterna com os mesmos 4 pontos do Timão. Fonte

STF nega anular indenização de Deltan a Lula por caso do powerpoint

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta quarta-feira (24), a anulação da decisão que condenou o ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol a indenizar em R$ 75 mil o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no “caso do powerpoint”. A rejeição da anulação ocorreu por motivos processuais se sequer apreciou o mérito do pedido. Em 2016, então chefe da força-tarefa da Lava Jato, Dallagnol fez uma apresentação de powerpoint para acusar Lula, que era investigado pela operação, de chefiar uma organização criminosa. Posteriormente, os processos foram anulados após o STF considerar o ex-juiz Sérgio Moro parcial na condução da investigação. Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou Deltan Dallagnol ao pagamento de R$ 75 mil em danos morais a Lula. Na ocasião, Cristiano Zanin, advogado de Lula, questionou a conduta funcional de Dallagnol. Segundo ele, o ex-procurador e outros integrantes da Lava Jato usaram a apresentação de powerpoint para acusar o ex-presidente de atuar como “comandante e maestro de uma organização criminosa”. Para o STJ, o ex- procurador usou termos desabonadores e linguagem não técnica em relação ao então ex-presidente. Fonte

Votação do marco fiscal é concluída na Câmara e texto vai ao Senado

A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta quarta-feira (24) a votação do projeto do novo regime fiscal. O texto-base já havia sido aprovado na noite anterior, por ampla margem de 372 votos favoráveis e 108 contrários. Faltavam os destaques. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/23 será enviado ao Senado após os deputados federais rejeitarem destaques que ainda estavam pendentes. Entre os destaques derrotados, estavam uma nova correção para despesas para o Fundo Constitucional do Distrito Federal e a responsabilização do agente público apenas se ele não adotasse as medidas de contingenciamento e tivesse ordenado despesas infringindo vedações ou ultrapassado os limites de crescimento real da despesa. A proposta do marco fiscal, batizada formalmente de Regime Fiscal Sustentável, foi enviada em abril pelo governo federal ao Congresso Nacional. O relator do projeto, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), incluiu gatilhos para obrigar o corte e a contenção de gastos no caso de descumprimento da meta fiscal. O novo arcabouço fiscal limitará o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. Em momentos de maior crescimento da economia, a despesa não poderá crescer mais de 2,5% ao ano acima da inflação. Em momentos de contração econômica, o gasto não poderá aumentar mais que 0,6% ao ano acima da inflação. Ainda nesta terça-feira (23), o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou Parlamento deve aprovar as novas regras fiscais ainda neste semestre. O texto vai substituir a regra do teto de gastos, em vigor desde 2016, e que limitava o crescimento das despesas públicas apenas à variação da inflação média do ano anterior. No Senado, o relator da matéria será o senador Omar Aziz (PSD-AM), conforme anunciado pelo líder do governo na Casa, Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP). Gatilhos O projeto aprovado prevê que, no caso de descumprimento das metas, haverá contingenciamento (bloqueio) de despesas discricionárias. O relatório de Cajado estabelece a adoção, no ano seguinte ao descumprimento, de medidas automáticas de controle de despesas obrigatórias, como a não concessão de aumento real de despesas obrigatórias e a suspensão de criação de novos cargos públicos e da concessão de benefícios acima da inflação. Caso o descumprimento aconteça pelo segundo ano consecutivo, novas proibições serão acrescentadas às existentes, como o aumento de salários no funcionalismo público, admissão ou contratação de pessoal e realização de concurso público (nos últimos dois pontos, a exceção é para reposição de cargos vagos). Segundo Cajado, o reajuste real do salário mínimo estará fora dos gatilhos e terá aumento acima da inflação. Inicialmente, havia previsão de também retirar o Bolsa Família do limite de gastos. No entanto, o deputado manteve o benefício sujeito às normas gerais para que seja reajustado acima da inflação. *Com informações da Agência Câmara. Source link

Governadores pedem a Haddad ajustes em regras de recuperação fiscal

Os governadores de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro se reuniram nesta quarta-feira (24), em Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar uma série de propostas que flexibilizam as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O argumento é que as perdas de arrecadação no último ano frustraram a capacidade dos estados de honrarem os compromissos com a União. Entre os pedidos, está a ampliação de 9 para 15 anos do prazo máximo de permanência no programa e uma redução no indexador de correção da dívida, entre outros ajustes. Os estados também pedem a possibilidade de ampliar o espaço sobre as receitas próprias para a contratação de operações de crédito a serem usados no pagamento de passivos, como precatórios (dívidas do governo reconhecidas em caráter definitivo pela Justiça), além de realização de investimentos em áreas como infraestrutura, por exemplo. As quatro unidades da Federação possuem dívida elevada com o governo federal, constituída ao longo de décadas. Desses estados, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul já estão com seus planos de recuperação em vigor, enquanto Minas Gerais teve o seu pedido de adesão aprovado, mas ainda aguarda a homologação do plano de recuperação por parte da União. “No ano passado, a União, através das leis [complementares] 192 e 194, tirou parte substancial da nossa arrecadação. Os estados perderam bilhões de reais. Não apenas os bilhões de reais em receita financeira, como os nossos resultados fiscais ficaram comprometidos. Estamos discutindo alternativas para contornar isso”, explicou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Em junho de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, as leis complementares 192 e 194 impuseram um teto de 17% ou de 18% (dependendo do estado) para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte público. Anteriormente, havia estado que cobrava mais de 30% de ICMS sobre os combustíveis. O ICMS é um tributo estadual e a redução das alíquotas máximas impactou fortemente o caixa dos estados. Durante a tramitação das leis, os parlamentares inseriram um artigo obrigando a União a compensar as perdas de arrecadação do ICMS, mas o governo de então vetou o dispositivo, que depois acabou sendo derrubado pelo Congresso, obrigando o governo a pagar alguma compensação aos entes federados. Em março deste ano, União e estados finalmente fecharam o acordo para a compensação das perdas, no valor de R$ 26,9 bilhões, a serem pagos até 2026. “Nós fomos vitimados por decisões que mudaram a estrutura de arrecadação dos estados. Em Goiás, combustíveis, energia e comunicações significam 39% da arrecadação do estado”, afirmou o governador goiano, Ronaldo Caiado. “Ninguém está pedindo perdão nem qualquer tipo de condição de não pagamento. É poder ajustar para que os estados não fiquem com um torniquete que torne inviável cumprir suas missões junto às suas populações”, acrescentou Leite. Indexador Outro pedido de mudança é em relação ao valor de correção das dívidas dos estados com a União, atualmente feitos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) + 4% ao ano ou pela Taxa Selic, que está 13,75% ao ano, o que for maior. ‘Isso também é um garrote nos estados. Está na carga que a gente colocou para ele [Haddad] a diminuição desse indexador, para que seja vinculada ao PIB [Produto Interno Bruto]”, afirmou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Segundo ele, o atual indexador torna a dívida praticamente impagável. “Nossa dívida hoje, no Rio de Janeiro, por exemplo, no mesmo tempo que ela aumentou 2.000%, o ICMS só cresceu 700%. Então, a dívida vai ficando impagável todo ano”, relatou. De acordo com os governadores, os pedidos foram bem recebidos pelo ministro da Fazenda e serão agora analisados pela área técnica do governo federal. “Fomos muito bem atendidos, o ministro Haddad está sensível às nossas solicitações”, destacou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Source link

Brasil goleia República Dominicana por 6 a 0 no Mundial Sub-20

A seleção brasileira conquistou a primeira vitória na Copa do Mundo Sub-20. Em partida disputada nesta quarta-feira (24) em Mendoza (Argentina), o Brasil goleou a República Dominicana por 6 a 0 para assumir a vice-liderança do Grupo D da competição. AQUI É BRASIL! 🇧🇷 Com atuação de gala, Seleção Brasileira goleia República Dominicana por 6 a 0 e conquista os primeiros três pontos na Copa do Mundo Sub-20. Com o resultado, Brasil assumiu a segunda posição e depende de uma vitória no sábado para confirmar a classificação para… pic.twitter.com/PUoRRLXVfc — CBF Futebol (@CBF_Futebol) May 24, 2023 Após este triunfo, e o revés de 3 a 2 para a Itália na estreia, a equipe comandada pelo técnico Ramon Menezes precisa vencer na última rodada da fase de grupos para avançar às oitavas de final. Mas o adversário é justamente o líder do Grupo D, a Nigéria. O confronto será disputado a partir das 15h (horário de Brasília) do próximo sábado (27) em La Plata. Na partida desta quarta a seleção brasileira começou a construir sua vitória na etapa inicial. Aos 37 minutos Guilherme Biro cruzou e Sávio não perdoou. Um minuto depois Marcos Leonardo ampliou para 2 a 0. O terceiro saiu apenas após o intervalo, com Jean após cruzamento de Sávio. Dois jogos e TRÊS GOLS! E contando… pic.twitter.com/1CXydXy3BD — CBF Futebol (@CBF_Futebol) May 24, 2023 Aos 37 o Brasil chegou ao quarto, com Giovane após passe de Matheus Martins. Dez minutos depois Marlon Gomes marcou o seu. Já nos acréscimos Matheus Martins deu números finais aop marcador. Fonte

MPF e MPSP vão investigar aplicativo simulador de escravidão

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF-RS) instaurou nesta quarta-feira (24) procedimento para apurar um aplicativo simulador de escravidão disponibilizado na Play Store, loja virtual da empresa Google. O jogo eletrônico ficou disponível na plataforma até o início da tarde de hoje, quando foi retirado do ar. No entanto, segundo o MPF-RS, o aplicativo, da desenvolvedora MagnusGames, já havia sido baixado por diversos usuários. Segundo a plataforma, o jogo foi baixado pelo menos mil vezes. Muitos comentários racistas foram registrados. “Diante disso, foi expedido ofício para que a empresa Google preste informações específicas sobre o jogo”, disse o MPF em nota. “Trata-se de um jogo em que o usuário faz o papel de proprietário de escravos e pode escolher entre a possibilidade de fazer lucro e impedir fugas e rebeliões ou a de lutar pela liberdade e chegar à abolição”, acrescentou o MPF. Em São Paulo, o Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi), do Ministério Público estadual, instaurou uma Notícia de Fato sobre o aplicativo. No documento, o MP aponta a existência de mais de mil downloads já feitos em um curto intervalo de tempo assim como discurso de ódio nos comentários da plataforma do Google. “A empresa deverá informar, em três dias, data, horário e plataforma(s) de disponibilização do game, enviando cópia integral de todos os documentos e do procedimento interno administrativo de solicitação de aprovação feito pelo desenvolvedor”, diz o texto da Notícia de Fato. O MP quer ainda ter acesso ao e-mail que foi cadastrado pelo responsável do game e às informações sobre a política de autorização para publicação dos aplicativos disponíveis no Google Play. Parlamentares O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) representou o MPF do Distrito Federal a investigar o caso. O parlamentar ressalta que o game enaltece a escravidão. “Resta cristalino que o Google Brasil Internet, mantém em sua loja de download de aplicativos um jogo que enaltece a escravidão, um regime ilegal, perverso e cruel, onde seres humanos têm suas liberdades tolhidas e são consideradas propriedades, que podem ser comercializadas”, diz o texto da representação. A vereadora do município do Rio de Janeiro Thais Ferreira (PSOL) também apresentou representação ao Ministério Público estadual contra o aplicativo racista. A parlamentar destaca que o jogo apresenta conteúdo altamente ofensivo e desrespeitoso ao simular a escravidão, “promovendo a violência simbólica, discriminação racial e afrontando os direitos humanos. A disponibilização e comercialização desse jogo na plataforma Google Play permite seu acesso por parte de crianças, adolescentes e adultos, contribuindo para a disseminação de estereótipos negativos e violando a dignidade humana e a igualdade racial”, diz parte da peça jurídica. Em nota, o Google disse que removeu o jogo de sua loja de aplicativos e que toma medidas para coibir a incitação ao ódio e violência. “Temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas”, ressalta nota da empresa. Governo brasileiro Para evitar novos episódios como o deste jogo, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) entrou em contato com o Google para elaborar, de forma conjunta, um filtro que não permita a disseminação de discursos de ódio, intolerância e racismo.  Source link

Supremo adia fim de julgamento que pode condenar Collor

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para esta quinta-feira (25) o fim do julgamento que pode condenar o ex-senador e ex-presidente Fernando Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato. Após cinco sessões de julgamento, o placar da votação é de 7 votos a 2 pela condenação. Faltam o voto da presidente do STF, ministra Rosa Weber, e a definição da pena de Collor. A maioria dos ministros está seguindo voto do relator, ministro Edson Fachin. Para o ministro, Collor, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões de vantagens indevidas em contratos da empresa. No início do julgamento, no dia 10 de maio, Fachin sugeriu pena de 33 anos e dez meses de prisão para o ex-parlamentar. Dois ex-assessores também podem ser condenados no caso. Além do relator, também votaram pela condenação os ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram pela absolvição. A Corte julga uma ação penal aberta em agosto de 2017. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente da República teria recebido pelo menos R$ 20 milhões de propina pela influência política na BR Distribuidora. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014. Defesa Durante o julgamento, o advogado Marcelo Bessa pediu a absolvição de Collor. A defesa alegou que as acusações da PGR estão baseadas em depoimentos de delação premiada e não foram apresentadas provas para incriminar o ex-senador. Bessa também negou que o ex-parlamentar tenha sido responsável pela indicação de diretores da empresa. Segundo ele, os delatores acusaram Collor com base em comentários de terceiros. “Não há nenhuma prova idônea que corrobore essa versão do Ministério Público. Se tem aqui uma versão posta, única e exclusivamente, por colaboradores premiados, que não dizem que a arrecadação desses valores teria relação com Collor ou com suposta intermediação desse contrato de embandeiramento”, completou. Fonte

Lula indica dois advogados para ministros do TSE, confirma Moraes

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, anunciou hoje (24) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou os advogados Floriano Azevedo Marques e André Ramos Tavares para as duas vagas de ministros efetivos que estavam abertas na Corte. A informação ainda não foi divulgada pelo Palácio do Planalto.  O anúncio foi feito durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, mais cedo, aprovou uma lista com quatro nomes para serem indicados por Lula. São as primeiras indicações do presidente para o TSE no terceiro mandato. O advogado Floriano de Azevedo Marques é professor e ligado a Alexandre de Moraes. André Ramos Tavares já atua como ministro substituto no TSE. As advogadas Edilene Lobo, ligada ao PT de Minas Gerais, e Daniela Borges foram preteridas das nomeações. Vagas As vagas foram abertas na semana passada, após a saída de dois ministros. Sérgio Banhos ficou no cargo por quatro anos e não pode continuar na função por ter cumprido período máximo permitido de dois biênios. A segunda cadeira ficou disponível com a saída do ministro Carlos Horbach, que poderia ser reconduzido por mais dois anos, mas optou por não figurar entre os nomes que irão concorrer à permanência. De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o tribunal. O TSE é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico. Fonte

Vinicius Júnior recebe apoio durante jogo do Real Madrid

Vinicius Júnior recebeu diversas manifestações de apoio, nesta quarta-feira (24), durante a vitória de 2 a 1 do Real Madrid sobre o Rayo Vallecano pela 36ª rodada do Campeonato Espanhol no estádio Santiago Bernabéu. Após a Federação Espanhola anular, na última terça (23), o cartão vermelho que recebeu no jogo contra o Valencia (quando o brasileiro foi vítima de agressões racistas), o atacante até poderia entrar em campo, mas não foi relacionado para a partida por causa de dores no joelho. Uma das demonstrações de apoio veio do elenco do Real Madrid. Os jogadores da equipe Merengue, titulares e reservas, entraram em campo com a camisa de número 20 de Vinicius Júnior. Vinícius somos todos. Basta ya. pic.twitter.com/UiTqfKkW5P — Real Madrid C.F. (@realmadrid) May 24, 2023 O atacante brasileiro também recebeu apoio das arquibancadas. Uma grande faixa com os dizeres “Somos todos Vinicius, já basta”, foi exibida pela torcida do Real, que, aos 20 minutos do primeiro tempo, deu uma salva de palmas, momento no qual a partida foi interrompida para a homenagem ao brasileiro. O atacante da seleção brasileira, que acompanhou a partida das tribunas do Santiago Bernabéu, publicou após a partida uma mensagem em seu perfil em uma rede social agradecendo o apoio: “Amo vocês. Obrigado, obrigado, obrigado”. 🤝 @vinijr está viendo el partido junto al presidente en el palco del Santiago Bernabéu.#RealMadridRayo pic.twitter.com/fWosgVbzBD — Real Madrid C.F. (@realmadrid) May 24, 2023 Agressões racistas no Mestalla Vinicius Júnior foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde do último domingo. Durante a derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de “macaco” vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão. O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Júnior tentou jogada pela esquerda quando uma segunda bola, que havia sido arremessada no gramado instantes antes, foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance. Naquele momento Vini se dirigiu para parte da torcida valencianista que estava localizada atrás do gol do time local e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco. O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o confronto só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar, e o jogo prosseguiu após cerca de oito minutos de pausa, com a polícia comparecendo ao local das ofensas. Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso. Fonte

Conab projeta cenário positivo na produção brasileira de café este ano

O Dia Nacional do Café, comemorado nesta quarta-feira (24), traz para os produtores um cenário positivo. Dados da segunda estimativa para a safra cafeeira deste ano no Brasil, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indicam que a produção total nacional, englobando as espécies arábica e conilon, atingirá 54,74 milhões de sacas, volume 7,5% superior ao da safra colhida no ano passado. Em comparação à safra de 2021, o aumento será de 14,7%. Segundo a Conab, a estimativa ainda é preliminar, uma vez que o ciclo da cultura está em curso e depende também de fatores do clima. Da mesma maneira, a área destinada à cafeicultura no país mostra expansão de 0,3% sobre a safra anterior, com total de 2,25 milhões de hectares, sendo 1,87 milhão de hectares para as lavouras em produção, indicando alta de 1,7%. O estado de Minas Gerais continua na liderança do ranking de produção nacional. Em Minas, estima-se para este ano produção de 27,83 milhões de sacas, o que representa aumento de 26,7% sobre o volume colhido na safra anterior. Mulheres Em comemoração ao Dia Nacional do Café, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgou hoje vídeo no qual produtoras de café relatam suas experiências no setor. O vídeo foi produzido pelo projeto Observatório das Mulheres Rurais do Brasil, desenvolvido pela Embrapa em parceria com a Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Conforme o Censo Agropecuário de 2017, as mulheres estão à frente de mais de 40 mil estabelecimentos agrícolas com produção cafeeira no Brasil. O número representa 13,2% dos 304,5 mil estabelecimentos existentes. Grande parte dos empreendimentos está na Região Sudeste, onde se localizam 72% das propriedades. Como, além das dirigentes, existem 48,1 mil mulheres na condição de cônjuge em codireção, a Embrapa estima que 88,4 mil mulheres dirigem e codirigem estabelecimentos cafeeiros em todo o Brasil. O vídeo destaca que propriedades dirigidas por mulheres empregam mais pessoas do sexo feminino (43% do pessoal ocupado) do que as gerenciadas por homens (apenas 24% do pessoal ocupado). Rosa Helena Vieira, uma das cafeicultoras que aparecem no vídeo, disse que, até bem pouco tempo, as mulheres que trabalham no setor não diziam que eram cafeicultoras. Ela mesma trabalhava com café, mas, nos documentos, dizia que era “do lar”. Agora, porém, apresenta-se como produtora, na Fazenda Vieira. “Se é produtora, tem que ser reconhecida como produtora rural.” A pesquisadora da Embrapa Café Helena Alves, que participou da análise dos dados do Censo Agrícola sobre a participação feminina na cafeicultura, destacou que, no Brasil, as mulheres sempre estiveram presentes nesse segmento, em toda a história do país. Inicialmente, as mulheres apareciam como escravas e colonas, passaram à situação de esposas e filhas de produtores e hoje lutam contra a invisibilidade e querem ter garantidos os direitos de acesso à terra, ao crédito, à capacitação e à remuneração, afirmou Helena. Maria da Penha Almeida, produtora rural em Matas de Minas (MG), fala no vídeo sobre sua experiência na cooperativa de que participa, e afirma que passa para outras mulheres o que vai aprendendo. “O que eu sei não é suficiente. Quero aprender e passar o que sei para quem está começando agora”, disse Maria da Penha. No mundo Um relatório divulgado em abril pela Organização Internacional do Café (OIC) estima que a produção mundial de café para a safra 2022-2023 alcançará 171,3 milhões de sacas de 60 quilos, com aumento de 1,7% em relação à safra anterior de 2021-2022, que registrou 168,5 milhões de sacas. O relatório revela que também o consumo global de café no período 2021/2022 aumentou 0,6% em volume físico, comparativamente a igual período anterior, atingindo 175,6 milhões de sacas de 60 quilos. Para a safra em andamento, referente ao período 2022/2023, a demanda mundial deverá alcançar cerca de 178,5 milhões de sacas de 60 quilos. Isso representará alta de 1,7% ante o mesmo período anterior. De acordo com a OIC, se isso se concretizar, o mercado mundial de café enfrentará mais um ano de redução na oferta, que ficará em torno de 7,3 milhões de sacas de 60 quilos. Quanto à exportação, o relatório indica que, em março deste ano, as vendas globais de grãos verdes totalizaram 10,9 milhões de sacas de 60 quilos. Desse número, 3,08 milhões de sacas foram de grãos verdes dos Naturais Brasileiros, 960 mil sacas de Suaves Colombianos, além de 2,11 milhões de sacas de Outros Suaves e 4,74 milhões de sacas do tipo Robustas. A participação do café solúvel nas exportações globais foi de 10,1%, tendo também como referência o mês de março de 2023. O Brasil aparece como o maior exportador de café solúvel, com venda externas de 320 mil sacas no mês. Fonte

Walk Free: Brasil ocupa 11º lugar no ranking mundial de escravidão

No Brasil, estima-se que 1.053.000 pessoas vivam em um cenário de escravidão contemporânea, o que coloca o país em 11º lugar no ranking mundial, em números absolutos, na comparação entre 160 países. E o que se tem, como resposta das autoridades, em termos de nível de proteção das vítimas, é um conjunto robusto de medidas. Esses são algumas das colocações que constam do relatório Índice Global de Escravidão 2023, da organização internacional de direitos humanos Walk Free. A escravidão contemporânea abrange uma série de fatores, como trabalho forçado, a escravidão por dívida, o casamento forçado, práticas de escravidão e análogas à escravidão e tráfico de pessoas. Trata-se de um termo para classificar situações que podem estar presentes em diversos segmentos de atividade econômica, ou seja, pode ir do setor de confecção de roupas ao de agricultura e mineração, por exemplo. Outros contextos em que pode se instalar são as residências e os espaços destinados ao acolhimento de refugiados, destaca a entidade. De acordo com o relatório, o Brasil ocupa o 9º lugar no ranking do continente americano, em termos de resposta do Poder Público, no contexto do resgate das vítimas desse tipo de exploração. Embora a Walk Free qualifique as ações brasileiras como “fortes”, a entidade ressalta que o país, assim como o Estados Unidos, acaba sabotando esse conjunto de medidas, ao forçar pessoas a situações que vão “além das circunstâncias que as convenções internacionais consideram aceitáveis” de abuso, como o trabalho obrigatório imposto a detentos. Ainda no recorte das Américas, o Brasil entra na categoria intermediária, quando a análise diz respeito ao patamar de vulnerabilidade à escravidão. Para comparar a estrutura de que lançam mãos os governos, diante da problemática da escravidão contemporânea, a organização leva em conta aspectos como mecanismos que o Poder Judiciário mantém para evitar mais casos e o apoio oferecido a vítimas, a fim de que possam sair do ciclo de violação de direitos. Outro elemento que pode afetar a colocação dos países no ranking é o modo como governo e empresariado que atua no país reagem perante os casos, se param de fornecer bens e serviços envolvidos com a cadeia de escravidão, boicotando quem a alimenta. No grupo com as melhores conduções da questão, estão países como Reino Unido, Austrália, Holanda, Portugal e Estados Unidos. Escravidão contemporânea Em setembro de 2022, a Walk Free já havia divulgado que, em todo o mundo, calcula-se que 50 milhões de pessoas eram submetidas a condições que configuravam escravidão contemporânea, em 2021, sendo 12 milhões de crianças e a maioria (54%) de mulheres e meninas. Desse total, imagina-se que 27,6 milhões eram vítimas de trabalho forçado e 22 milhões estavam em um contexto de casamento forçado, também encarado pela Organização das Nações Unidas como uma forma de escravidão. No total, são tabulados dados de 160 países. Dez países aglutinam dois terços das vítimas: Índia, China, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Indonésia, Nigéria, Turquia, Bangladesh e Estados Unidos. Os países com mais prevalência, tendo em vista a população, são a Coreia do Norte, Eritreia, Mauritânia, Arábia Saudita e Turquia. Já os que registram menos ocorrências são Suíça, Noruega, Alemanha, Holanda e Suécia. No caso da Coreia do Norte, calcula-se que haja 104,6 pessoas a cada 1 mil, em situação de escravidão contemporânea. No Brasil, o auditor fiscal do trabalho Lucas Reis, que atua em Santa Catarina, comenta que uma sequência de eventos, ao longo dos últimos anos, enfraqueceram a salvaguarda de direitos dos trabalhadores. Uma das referências que tem em mente ao fazer a crítica é a reforma trabalhista, articulada e consolidada pelo ex-presidente da República Michel Temer, que, para ele, “rebaixa” condições de trabalho. “Não teve nenhum dado positivo da reforma trabalhista”, sintetiza. A falta de concursos públicos para o cargo de auditor fiscal é outra particularidade que vai na contramão do enfrentamento às violações de direitos humanos. Como noticiou a Agência Brasil, no mês passado, a mais recente lista de trabalho análogo à escravidão incluiu 132 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas. A Agência Brasil solicitou posicionamento ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre o documento da Walk Free e aguarda retorno.   Source link

Futebol de cegos: seleção avança à semi de Grand Prix Internacional

A seleção brasileira de futebol se classificou antecipadamente à semifinal do Grand Prix Internacional, em São Paulo, ao derrotar a Inglaterra. O nome do jogo foi Raimundo Nonato, que marcou os dois gols da vitória, no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP). É a primeira vez que a competição, organizada pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês) ocorre na América do Sul.  Pentacampeão paralímpico, o Brasil busca o bicampeonato no Grand Prix. O país foi campeão ano passado, na edição do México, em sua estreia no torneio. “Estamos trabalhando da melhor maneira possível. Estou muito feliz por contribuir com mais dois gols. A Inglaterra usa muito a força. Foi um jogo muito brigado e pegado, mas deu certo no final”, disse Nonato, que assumiu hoje a artilharia do torneio, pois já marcara dois gols contra o Japão. NINGUÉM PARA ESSA SELEÇÃO! 🙅‍♂️⚽️ Brasil vence Inglaterra e avança à semifinal do Grand Prix de futebol de cegos no CT Paralímpico. Saiba mais aqui: https://t.co/sDk4goCBSe#LoteriasCaixa pic.twitter.com/wrwaZSpTUF — Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) May 24, 2023 Com a segunda vitória seguida – a primeira foi contra o Japão, por 3 a 0 – a seleção chegou aos seis pontos e assumiu a liderança do Grupo B que tem ainda o Chile. Na chave A estão França, Argentina, Tailândia e Itália. O formato da disputa prevê jogos de todos contra todos dentro do próprio grupo. Os dois melhores de cada chave jogam as semifinais na sexta-feira (26) e, no sábado (27) os classificados disputarão a medalha de ouro. “Todas as seleções que jogam contra o Brasil tentam tirar um ponto nosso. A Inglaterra nunca foi fácil. É um time forte fisicamente. O importante é que vencemos, rodamos os atletas e estamos andando com o nosso processo de renovação, com muitos jogadores da base. Vamos fazer o melhor para continuar na busca pelo título, em casa”, afirmou o treinador Fábio Vasconcelos, em depoimento ao site do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB). Abrimos o placar contra a Inglaterra com ele, sempre ele: NONATO!!! Alô, @everaldomarques! 🇧🇷 BRA 1 x 0 ING 🏴󠁧󠁢󠁥󠁮󠁧󠁿 pic.twitter.com/eyTkaXW7yT — CBDV (@cbdvoficial) May 24, 2023 Ciclo Paralímpico O Brasil é o único pentacampeão paralímpico, com cinco ouros consecutivos desde os Jogos de Atenas (2004). A modalidade era chamada de futebol de cinco até os Jogos de Tóquio. A participação do país no Grand Prix Internacional faz parte da preparação rumo a Paris 2024. Serão oito equipes na capital francesa, sendo que quatro já asseguram presença: França, Turquia, Marrocos e China. As duas principais competições da seleção este ano, classificatórios para Paris 2024, serão a Copa do Mundo, em agosto, em Birmingham (Inglaterra) – inserida dentro da programação dos Jogos Mundiais da IBSA – e os Jogos Parapan-Americanos, em novembro, em Santiago (Chile). Para confirmar sua vaga, o Brasil terá de ficar entre os três primeiros colocados do Mundial ou conquistar o Parapan. Fonte

Mercosul e União Europeia devem assinar acordo até fim do ano

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil deve assinar, até o fim do ano, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Segundo o chanceler, o governo brasileiro está examinando um documento enviado pelos europeus com novos itens ambientais, que desequilibrariam as negociações. “Desejamos um instrumento equilibrado, com ganhos concretos para ambos os lados, tanto em matéria de comércio como de investimentos. Ao mesmo tempo, não aceitamos que o meio ambiente – preocupação legítima e que compartilhamos – seja utilizado como pretexto para exigências despropositadas, para a adoção de medidas de viés protecionista ou, no limite, para retaliações descabidas”, afirmou durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. O chanceler Mauro Vieira lembrou que o país já se reintegrou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e defendeu a Unasul, dizendo que muitas crises foram resolvidas no âmbito do grupo. Ele lembrou o compromisso de Lula – durante a campanha eleitoral – de revalorizar a integração regional. “Estamos cientes de que há diferentes expectativas e visões na região em relação à integração, mas estamos também convencidos de que há denominadores comuns, a começar pelo reconhecimento da necessidade de trabalhar conjuntamente com nossos vizinhos imediatos para fazer frente aos múltiplos desafios que compartilhamos”, disse Vieira. Conflito Rússia e Ucrânia Viera destacou ainda que o país adota um “equilíbrio construtivo” na posição sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, ao mesmo tempo condenando a invasão do território ucraniano e criticando o que chamou de “cancelamento” da Rússia pela comunidade internacional, o que dificultaria o diálogo pelo fim da guerra. Durante a cúpula do G7, realizada no último fim de semana em Hiroshima, no Japão, havia previsão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrasse com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O encontro não ocorreu. A organização de uma reuniãoentre Brasil e Ucrânia foi inicialmente um pedido do país europeu. Balanço O ministro das Relações Exteriores disse que já se encontrou com 90 interlocutores estrangeiros e que o presidente Lula manteve conversas com representantes de 30 países. O chanceler citou ainda negociações com os países sul-americanos sobre segurança das fronteiras e com os Estados Unidos sobre mudanças climáticas.   *Com informações da Agência Câmara  Fonte

Ofensas a Vinicius Jr. fazem parte de histórico de racismo no futebol

A repercussão dos ataques racistas direcionados ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol no último domingo (21), mostra que este não é um fato isolado. Nos últimos anos, foram vários os casos de racismo contra atletas brasileiros no futebol europeu, dentro e fora de campo, mas que não se limitam ao Velho Continente. Eles também avançaram no Brasil. Daniel Alves, Taison, Dentinho, Neymar, Roberto Carlos, Malcom, Richarlison, Hulk. Todos eles já foram vítimas de racismo na Europa, de bananas atiradas no gramado a sons que imitam os de um macaco nas arquibancadas. A mesma Espanha na qual Vinicius Júnior tem sofrido com manifestações racistas e de ódio foi palco de boa parte destes ataques. Confira a linha do tempo:   “Isso [repetição de ataques a Vinicius Júnior] reflete anos e anos de leniência das autoridades espanholas com o racismo. Especialmente nos campos de futebol, não é apenas Vinícius Júnior que tem sofrido, mas outros jogadores pela Europa também, como o [atacante belga Romelu] Lukaku, vítima de racismo em abril e expulso por reagir contra os xingamentos racistas [na Itália, onde defende a Inter de Milão]. Existe um histórico [de racismo], com mais de 20 anos, com jogadores negros brasileiros e de outros países”, destacou Jorge Santana, professor de História e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em depoimento ao programa Stadium, da TV Brasil. “O Vinícius tem sido uma voz quase isolada na luta contra o racismo no Campeonato Espanhol. As instituições espanholas fazem olhos de mercadores e não tomam atitudes e políticas duras contra o racismo. Das dez denúncias feitas pelo Vinicius [desde 2021], três foram arquivadas pela liga espanhola. Isso faz com que a liga seja uma aliada do racismo na Espanha”, completou Santana, que é autor do livro Desculpas, meu ídolo Barbosa. Brasil  O racismo no esporte mais popular do mundo, porém, não se limita à Europa. No Brasil, a prática avança de maneira preocupante. Segundo levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, foram registrados 90 casos de ofensas raciais em 2022, contra 64 em 2021. Um aumento de 40%. Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.532, que tipifica a injúria racial como crime de racismo, que já era considerado delito no país, pela Lei 7.716, de 1989. O Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para 2023 indica punição a casos de discriminação, que pode variar de uma advertência até a perda de pontos. No país, um dos casos mais marcantes ocorreu em 2014, envolvendo o hoje ex-goleiro Aranha. À época no Santos, ele foi alvo de ofensas racistas de torcedores do Grêmio na partida de ida do confronto pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena do time gaúcho, em Porto Alegre. Os xingamentos, inicialmente, não constaram na súmula do árbitro Wilton Pereira Sampaio, sendo feito um adendo ao documento, enfim citando a ocorrência. Em decisão inédita, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (SJTD) excluiu o Tricolor do torneio nacional antes mesmo do jogo de volta. De lá para cá, apesar do aumento dos casos, não houve igual punição. Em agosto de 2021, o Brusque chegou a perder três pontos durante a Série B do Campeonato Brasileiro, por causa de ofensas racistas de um dirigente ao atacante Celsinho, do Londrina, em duelo no Estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC). Em novembro, porém, o STJD acabou devolvendo os pontos ao clube de Santa Catarina. “Na minha opinião, deveria constar no regulamento dos campeonatos que quaisquer manifestações preconceituosas implicariam na perda imediata dos pontos daquela partida, sendo passível de rebaixamento caso se repitam. Já está passando a hora de a Fifa [Federação Internacional de Futebol] se manifestar seriamente. É muito bonito fazer campanha e dizer que todos são iguais no futebol, quando esses casos acontecem tantas e tantas vezes”, analisou o jornalista Cláudio Nogueira, responsável por livros como “Futebol Brasil Memória” e “Esporte: Usina de Sonhos e Milhões”, também ao Stadium. Em nível continental, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ampliou, no ano passado, as punições por racismo em jogos dos torneios que organiza. As alterações foram motivadas por ofensas sequenciais a torcedores e atletas brasileiros em partidas fora de casa durante o primeiro semestre. A multa mínima passou de R$ 150 mil para R$ 500 mil, com possibilidade de o time enquadrado ter de atuar com parte das arquibancadas fechadas ou sem público. Patrocínios Se dentro de campo as punições dependem das entidades desportivas, fora dele há o entendimento de que as marcas que cedem os nomes aos clubes e eventos devem pressionar por ações contra o preconceito. Após o caso envolvendo Vinicius Júnior, a organização Sleeping Giants Brasil acionou os 20 patrocinadores da liga espanhola nas redes sociais. Segundo o diretor executivo da ONG, Leonardo Leal, somente dois (Santander e Puma) se manifestaram até a publicação desta reportagem. “Quando [patrocinadores] associam uma marca ao evento, eles também, querendo ou não, associam-se aos casos de racismo que acabam acontecendo. Como a liga não toma providências, pedimos ajuda desses patrocinadores, que têm muito poder na instituição, inclusive financiam o campeonato, para que deem voz às denúncias de racismo e a liga, finalmente, tome providências. Ficamos aguardando o posicionamento proativo delas no último domingo, dia que aconteceu o caso e o debate tomou as redes. Quando consumimos uma empresa, não consumimos apenas seu produto, mas também a ideia, a visão dessa empresa para o mundo”, declarou Leal à Agência Brasil. “Acho que uma analogia que cabe muito é em relação às plataformas [redes sociais]. Elas acabam não agindo sobre conteúdos de ódio e desinformação, por isso acionamos os patrocinadores, já que a principal entidade não se move. Com a liga espanhola é o mesmo caso. Isso demonstra que se não for pelo follow the money [siga o dinheiro, na tradução literal do inglês], por pressionar quem financia jogos, campeonatos ou qualquer organização que acabe promovendo discurso racista ou odioso, não

Envolvimento de brancos faz a diferença no combate ao racismo

Nesta quarta-feira (24) tem jogo do Real Madrid, mas a principal estrela do clube merengue não estará em campo. O atacante brasileiro Vinícius Júnior, alvo de ataques racistas no último domingo (21), não treinou ontem devido a um desconforto no joelho. A dor maior, no entanto, não é física. O jogador tenta se recuperar emocionalmente do que que viveu no Estádio Mestalla, na partida contra o Valência. Enquanto o craque se poupa, o combate inegociável contra o racismo, dentro e fora dos estádios, parece ser o melhor antídoto contra o delito, classificado como crime contra a humanidade pelo Direito Internacional.  De acordo com pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, além das ações das instituições governamentais, é urgente o envolvimento de brancos na luta antiracista. “Esperar, aguardar não é mais possível. O verbo de agora é agir”, frisa o coordenador da Pós-Graduação em Jornalismo Esportivo da Faculdades Hélio Alonso (Facha), Leandro Lacerda, defendendo uma medida enérgica contra torcedores e clubes envolvidos em episódios de preconceito racial. “Eles precisam ser responsabilizados de forma contundente, inclusive responder criminalmente, porque é um caso que extrapola a esfera esportiva. Agora, os clubes também têm que ser responsabilizados com perda de mando de campo, de pontos, etc. Se um estádio inteiro está a gritar cantos racistas, então aquele lugar não oferece segurança para se praticar o futebol”, defende Lacerda. Já Thales Vieira, sociólogo e coordenador-executivo do Observatório da Branquitude, sugere que a Fifa ou a Uefa proíba times espanhóis de participar de competições internacionais. “A gente não sabe o que vai acontecer, mas o Movimento Negro não vai deixar que esse seja mais um caso que amanhã vai todo mundo esquecer”.  O sociólogo destaca que o racismo diário está vinculado ao processo histórico. “A colonização deixou marcas profundas nas sociedades para os negros. Os escravocratas têm dificuldade em conviver com a diversidade racial sem hierarquizar ou animalizar os outros, que são vistos como inferiores e despojados da própria condição de humanos. Não à toa, o insulto é macaco”, esclarece. “As manifestações do movimento afro-americano Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) costumam ter pessoas brancas à frente para servir de proteção aos negros contra a repressão policial. É este tipo de comportamento, protegendo as vítimas desse processo, que precisamos”, defende Thales Vieira, ressaltando que a prática é o critério da verdade. “Cansado de textos prontos, até o ChatGPT é capaz disso”. Repercussão “Mono, mono, mono”. O vocábulo espanhol – cuja tradução é macaco –  é a palavra preferida dos racistas. O ex-jogador Roberto Carlos, em 1997, quando atuava pelo mesmo Real Madrid, também foi alvo do mesmo xingamento, que chegou a ser rabiscado no carro do então galáctico. Em 2014, uma banana foi atirada pelos adeptos do Villareal ao campo, fruta que foi comida, ironicamente, por Daniel Alves, quando atuava pelo Barcelona, mesma cidade onde está preso há mais de 80 dias sob a acusação de estupro. “Agora, houve uma repercussão mais intensa”, analisa o professor Leandro Lacerda, destacando que Vini Jr. se trata de um jogador de seleção brasileira, titular no clube mais poderoso do mundo. “Foi covarde, asqueroso. Mais uma vez, a vítima foi acusada de ser responsável pelo que aconteceu. No estádio, imitações de macaco e cânticos racistas. Mas nada disso parece importar”, afirma, acrescentando que o brasileiro foi agredido em campo, revidou, recebeu, sozinho, cartão vermelho. “O VAR omitiu as informações da agressão original. Ele recebeu um mata-leão dentro de campo. O igualmente agressor sequer recebeu advertência. Por que?”, questiona. Na terça (23), o Comitê de Competição da Federação de Futebol da Espanha decidiu tornar sem efeito o cartão vermelho dado ao brasileiro Vinicius Júnior na derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0. Além disso, a entidade comunicou que fechou por cinco jogos o setor da arquibancada Mario Kempes, no qual estavam os torcedores que proferiram insultos racistas contra o jogador da seleção brasileira, e multou o Valencia em 45 mil euros. “Foi uma violência atroz”, analisa Thales Vieira, lembrando que a repercussão só alcançou este tamanho por conta da reação intensa e imediata de Vinícius Júnior. “Os companheiros de equipe – Courtois, Modric e outros jogadores – podiam ter abandonado o campo. “Dos amigos e aliados contra o racismo espera-se uma reação mais fria, calculada e estratégica, o próprio Ancelloti [técnico] podia ter retirado o time inteiro dentro de campo diante daquela circunstância”. Fonte