Trabalhador rural: Governo do Amazonas incentiva a comercialização em feiras regionais
No Ramal do Laranjal, zona rural de Manacapuru (distante 68 quilômetros da capital), o agricultor familiar Denilson Sena, 52 anos, produz frutas e olerícolas, há mais de 30 anos. Ele recebe apoio do Governo do Amazonas para comercializar seus produtos regionais nas feiras da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), vinculada à Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror). Os espaços nas feiras geridas pelo Governo do Estado têm sido fundamentais para garantir a independência financeira dos trabalhadores rurais do estado. Denilson iniciou em sua propriedade com a produção de mamão, banana, maracujá, cebolinha e pepino, mas somente a partir de sua entrada nas feiras da ADS, que ele conseguiu prosperar. “Sou nascido e criado aqui em Manacapuru, onde trabalho juntamente da minha esposa e minhas duas filhas. Através da produção rural sustentei minha família, conquistei minhas duas propriedades, e o meu caminhão, que utilizo para fazer o transporte dos meus produtos”, ressalta o agricultor. O secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, destacou o olhar do Governo do Amazonas para o homem do interior. “A determinação do governador Wilson Lima é que o Sistema Sepror apoie os produtores e trabalhadores rurais, pois produzir alimentos é a principal vocação deles. Assim o Governo do Amazonas vem garantido o escoamento e a comercialização da produção rural nas feiras regionais na capital e no interior”, disse. As feiras da ADS têm como objetivo gerar economia criativa para pequenos produtores, agricultores familiares, para escoar e vender suas produções diretamente para o consumidor. E com apoio estrutural mantido pelo Governo do Estado, as Feiras de Produtos Regionais geram emprego e renda para mais de 600 agricultores do estado, sendo 250 somente em Manaus. “As feiras da ADS são uma ótima oportunidade para que o produtor rural consiga gerar renda com a comercialização dos seus produtos. Somente aqui na capital realizamos 11 edições de feiras, e 37 edições no interior”, destacou Michelle. FOTOS: Rhuan Luz/Sepror Fonte
Congresso inicia reunião de instalação de CPI dos Atos Golpistas
Deputados e senadores estão reunidos neste momento para dar início aos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Os parlamentares vão apurar os ataques em que o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados em Brasília. A reunião de abertura dos trabalhos é presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), parlamentar de maior idade entre os integrantes. Nesta sessão, serão eleitos o presidente e o vice da comissão. Logo após, o presidente indicará o relator. Entre os mais cotados estão o deputado Arthur Maia (União-BA) para a presidência e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) deve ficar com a relatoria. A duração inicial dos trabalhos será de seis meses. A comissão será composta por 32 titulares, divididos igualmente entre deputados e senadores. A maioria dos partidos já indicou seus membros. Justiça O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na terça-feira (23) o julgamento de mais 131 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. É o sexto grupo de investigados, totalizando 1.176 das 1,3 mil denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2023-05/stf-inicia-julgamento-de-mais-131-investigados-por-atos-golpistas Nesse lote de denúncias, a principal acusação, em todos os casos, é a de incitação à animosidade das Forças Armadas contra Poder constituído. As denúncias têm como alvo pessoas presas no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no dia seguinte aos ataques. Por enquanto, assim como nas outras ocasiões, Moraes abriu o julgamento desta semana votando pelo recebimento das denúncias, o que confere o status de réus aos acusados. Ao todo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, até o momento, 1.390 denúncias com relação ao caso. O Supremo já recebeu 1.044 dessas acusações, passo que resulta na abertura de ação penal, com coleta de provas mais aprofundada e oitiva de testemunhas a pedido de acusação e defesa. Somente ao final da ação penal o STF deverá julgar, no caso a caso, eventual condenação dos réus. Não há prazo para que isso ocorra. Source link
Prévia da inflação oficial cai para 0,51% em maio
A inflação oficial, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,51% em maio deste ano. A taxa é inferior às observadas em abril deste ano (0,57%) e em maio do ano passado (0,59%). O dado foi divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de maio, a prévia da inflação oficial acumula variação de 3,12% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada caiu de 4,16% em abril para 4,07% em maio deste ano. Alta dos preços Sete dos nove grupos de despesa pesquisados pelo IPCA-15 tiveram alta de preços em maio, com destaque para saúde e cuidados pessoais (1,49%) e alimentação e bebidas (0,94%). O primeiro grupo foi influenciado por altas de preços nos produtos farmacêuticos (2,68%), ainda um reflexo do reajuste de 5,60% nos medicamentos a partir de 31 de março, e em itens de higiene pessoal (1,38%). Um dos itens que se destacaram nessa categoria foram os perfumes (2,21%). Os alimentos tiveram aumento do ritmo da inflação, que havia sido de apenas 0,04% na prévia de abril. A alta de preços de 0,94% na prévia de maio foi puxada por produtos como tomate (18,82%), batata-inglesa (6,60%), leite longa vida (6,03%) e queijo (2,42%). Os demais grupos com inflação foram habitação (0,43%), despesas pessoais (0,40%), vestuário (0,35%), educação (0,07%) e comunicação (0,02%). Deflação Por outro lado, o recuo do IPCA-15 de abril para maio foi puxado principalmente pelos transportes, que haviam registrado inflação de 1,44% na prévia do mês anterior, passou a ter deflação (queda de preços) de 0,04% neste mês. As passagens aéreas, com queda de 17,26%, foram o item individual que mais pesou na queda da inflação. O resultado dos transportes também foi influenciado pelos preços de combustíveis como óleo diesel (-2,76%), gás veicular (-0,44%) e gasolina (-0,21%). Artigos de residência foi outro grupo de despesas com deflação: -0,28%. Fonte
De autoria de Roberto Cidade, PL que declara ‘Festival Folclórico Marquesiano’ como Patrimônio Cultural do Amazonas é aprovado na Aleam
O plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) aprovou nesta quarta-feira, 24, o Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Casa, que declara o “Festival Folclórico Marquesiano” como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Amazonas.Realizado, anualmente, no bairro de São Raimundo, zona Oeste da capital, por alunos e ex-alunos da Escola Estadual Marquês de Santa Cruz, o Festival Folclórico Marquesiano foi criado em 1972.“O Festival Folclórico Marquesiano é um dos mais tradicionais que temos na capital. É um espaço democrático que ajuda a manter vivas as diversas manifestações folclóricas do nosso País, além de ser uma importante ferramenta pedagógica para os alunos. Declarado como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial, esse importante festival se perpetuará e assegurará que a nossa cultura permaneça viva, por meio das manifestações folclóricas que o Festival Marquesiano agrega”, afirmou. Patrimônio material, histórico e cultural é definido como o conjunto de bens culturais, móveis ou imóveis, cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história, quer por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico. A partir do reconhecimento por meio de Lei, o patrimônio passa a ser protegido e perpetuado, não podendo ser extinto ou destruído. História do Festival De acordo com o histórico do Festival Folclórico Marquesiano, ele foi criado em 1972 pela então diretora da Escola Estadual Marques de Santa Cruz, irmã Armandina, que percebeu que ocorria no entorno da escola um grande envolvimento da comunidade de São Raimundo para realização da atividade.Então, ela resolveu aliar o folclore às atividades curriculares da escola. Hoje, parte da organização do Festival Folclórico Marquesiano é feita por moradores da comunidade, alunos e ex-alunos da Escola Estadual Marquês de Santa Cruz.
Confaz divulga nova tabela de preços médios de combustíveis
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou a nova tabela para o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) de combustíveis nos estados e Distrito Federal. A portaria que traz o preço de cinco produtos foi publicada na edição desta quinta-feira (25) do Diário Oficial da União (DOU). Os novos valores começam a valer a partir de 1º de junho e não refletem, necessariamente, os preços na bomba de combustível dos postos. Foram divulgados os preços para querosene de aviação, etanol, gás natural veicular, gás natural industrial e óleo combustível. O Confaz considera como critério a média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final em até 60 meses anteriores à sua fixação. A tabela do PMPF serve de base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Contudo, também a partir de 1º de junho, entra em vigor a alíquota única e fixa do ICMS para a gasolina. A cobrança será de R$1,22 por litro em todo o território nacional. Atualmente, as alíquotas são proporcionais ao valor e são definidas por cada estado, variando geralmente entre 17% e 18%. A mudança trará impactos para o consumidor final, já que o valor do tributo é embutido no preço de revenda. A mudança na regra tributária foi instituída pela Lei Complementar 192/2022. O valor das alíquotas fixas foi definido em março deste ano pelo Confaz. No caso do diesel, a alteração já está valendo desde 1º de maio, com uma cobrança de R$ 0,94 por litro. Fonte
Grupo rebelde russo ameaça repetir ataques a Belgoro: voltaremos
O chefe do grupo rebelde anti-Putin que reivindicou os ataques à região russa de Belgorod nos últimos dias alertou que o território será novamente alvo de incursões. Denis Kapustin, líder do denominado Corpo Voluntário Russo, saudou o “sucesso” da operação que, segundo ele, evidencia as fragilidades russas. “Acho que nos verão novamente daquele lado”, disse Kapustin, citado pela Reuters, acrescentando que não podia revelar mais informações sobre as futuras incursões ao território russo. “A fronteira é muito longa. Brevemente, vamos chegar a um ponto em que as coisas vão escalar”. Falando a jornalistas no Norte da Ucrânia, perto da fronteira russa, o fundador do Corpo de Voluntários da Rússia disse que entrar na Rússia e regressar à Ucrânia “pode ser considerado um sucesso”. “A operação está em andamento. Tem várias fases”, afirmou Kapustin, uma figura conhecida nos meios hooligan e de extrema-direita na Rússia, que se estabeleceu antes da guerra na Ucrânia, onde organizava lutas de Artes Marciais Mistas e era dono de uma marca de roupas. Segundo ele, este tipo de incursões obriga o exército russo a deslocar “um grande número” de forças, destapando assim outras partes da fronteira e da frente de combate. O porta-voz do outro grupo que assumiu a responsabilidade pela incursão, identificado como César, da Legião da Liberdade Russa, também qualificou a operação de “incrível” enquanto posava em frente a um veículo blindado que garantiu ser um “troféu” retirado das forças russas. Os combatentes confirmaram que estiveram por quase 24 horas em território russo antes de regressar à Ucrânia na madrugada de quarta-feira (24). Horas antes, Moscou afirmou ter repelido esta incursão com a ajuda da artilharia e da aviação e ter eliminado “mais de 70 terroristas ucranianos”. Os soldados paramilitares, que se assumem “conservadores de direita e tradicionalistas”, afirmaram, por seu lado, que tiveram apenas dois feridos. Segundo Kapustin, a reação de Moscou àquela incursão mostrou que “a liderança militar e política na Rússia está completamente despreparada” para lidar com este tipo de manobras. “Quero provar que se pode lutar contra os tiranos e que o poder de Putin não é ilimitado”, acrescentou, afirmando que luta contra a injustiça e a tortura. Embora a Ucrânia tenha negado qualquer responsabilidade pela incursão, Kapustin disse que Kievo governo ucraniano os encorajava, sim, porém sem fornecer armas ou equipamentos. Além disso, negou as alegações de que tenham sido usadas armas fornecidas por aliados ocidentais à Ucrânia. Centrais nucleares Segundo os serviços de segurança da Federação Russa, foram detidos nesta quinta-feira (25) dois ucranianos que planejavam ataques a centrais nucleares russas para interromper o funcionamento delas. “Um grupo de sabotagem do serviço de informações externas da Ucrânia (…) tentou explodir cerca de 30 linhas de transmissão de energia das centrais nucleares de Leninegrado e Tver”, disseram em comunicado os serviços de segurança. “Segundo a ideia dos serviços especiais ucranianos, isso levaria à paralisação dos reatores nucleares, interromperia o funcionamento normal das centrais nucleares e causaria danos significativos à economia e à reputação da Rússia”, informou a mesma fonte. Classificados como “sabotadores” pelas autoridades russas, os dois militares ucranianos teriam conseguido explodir o poste de uma linha de alta tensão e colocar minas ao lado de outras quatro linhas da central nuclear de Leninegrado, a cerca de 30 quilômetros de São Petersburgo. A mesma nota informa que os dois ucranianos agora detidos podem ser condenados a 20 anos de prisão. “Dois russos cúmplices dos sabotadores também foram identificados e detidos”, acrescentam os serviços de segurança, que os acusa de terem fornecido meios de comunicação e veículos com registros falsos. Os serviços especiais russos ainda apreenderam 36,5 quilos de explosivos e cerca de 60 detonadores, diz a nota, salientando que está em curso uma investigação por “sabotagem” e “tráfico de explosivos”. A tentativa de ataque teria acontecido na véspera do Dia da Vitória, celebrado em 9 de maio na Rússia. Ataques noturnos Os ataques russos em território ucraniano também continuam. O ministro da Administração Interna da Ucrânia divulgou, no Twitter, imagens de drones russos sendo interceptados pelas forças ucranianas em Kiev, durante a noite passada. “Mais uma noite sem dormir para muitos de nós. Outro ataque em Kiev”, escreveu Anton Gerashchenko na rede social. Fonte
Famílias encontram caminhos para adotar irmãos biológicos
Primeiro, poderia parecer uma divisão. Quatro crianças, irmãos consanguíneos, que viviam em um mesmo abrigo na cidade de Patos (MG), souberam que seriam adotados por três famílias diferentes de Brasília. O que parecia divisão, na verdade, era uma multiplicação. Os três casais se prepararam, refletiram e aprenderam que, para adotar, o fundamental era pensar nas crianças, em primeiro lugar, e respeitar os vínculos afetivos entre elas. Mesmo sem ter relação prévia de amizade, os casais uniram-se, somaram-se em sentimentos, a partir de um centro de apoio à adoção (chamado Aconchego, na capital federal), e chegaram à conclusão de que, para ser de verdade e tudo funcionar, deveriam formar uma “família grande” e nunca mais se deixarem. Brasília (DF) – Dia Nacional da Adoção, comemorado hoje. – Famílias encontram caminhos para adotar irmãos biológicos. – Família da Lilian – Foto: Arquivo Pessoal – Arquivo pessoal O grande dia em que os documentos estavam prontos está guardado no calendário como a data mais especial: 13 de maio de 2016. Contam de cabeça: lá se vão mais de sete anos. O dia é considerado um novo nascimento para crianças e os adultos, que ouviram desde o começo as palavras que sonharam: “mãe”, “pai”. Sete anos depois, eles todos têm uma certeza: esta é uma história de aprendizado, que não pode ser romantizada ou idealizada, mas que é feita de amor. Eles já perderam as contas de festas, almoços e encontros em fins de semana. Lá se vão, por exemplo, sete festas de Natal antecipadas para reunir os irmãos. Os adultos passaram também a ter uma relação fraterna. “Hoje, as outras mães são como minhas irmãs”, afirma Denise Mazzuchelli, que é psicóloga e tem 39 anos de idade. Foi com ela e com o marido Alison que ficaram duas das crianças. A mais velha tinha nove anos (hoje tem 16), e o mais novo, perto dos três anos (prestes a comemorar os 10). “Foi uma mudança muito grande para eles e para nós também. Éramos eu e meu marido e, de repente, a gente tinha dois filhos com idades distantes. Fomos nos conhecendo e foi uma conquista mútua”, diz Denise. Diante da novidade, a mãe entende que a adaptação à nova vida foi “muito boa”. Brasília (DF) – Dia Nacional da Adoção, comemorado hoje. – Famílias encontram caminhos para adotar irmãos biológicos. – Família da Lilian – Foto: Arquivo Pessoal – Arquivo pessoal “Acho que a gente deu muita sorte também em relação às outras famílias que adotaram. Embora sejamos diferentes, temos valores primordiais muito semelhantes. São pessoas que realmente entraram na minha vida e que eu não quero jamais que saiam. Hoje são minha família”, garante Denise. Ela enfatiza que os pretendentes à adoção devem ter preparo psicológico adequado. O desejo deles por adotar surgiu porque Denise atuava como psicóloga voluntária no grupo de apoio à adoção Aconchego. Ao conhecer outras histórias, pensou com o marido que adotar faria parte da vida deles. Depois, tiveram uma terceira filha biológica. “O processo de adoção, eu entendo, não deve durar menos do que uma gestação porque necessita que a criança tenha o melhor acolhimento possível”. Distância curta Um baque na vida de Denise foi quando o pai, no ano passado adoeceu e morreu, há dois meses. Isso fez com que o núcleo dela mudasse, ao menos temporariamente, para Uberlândia (MG), a pouco mais de 400 quilômetros de Brasília. “Mas estamos todos tão ligados que as outras famílias com os irmãos biológicos dos meus filhos vêm para cá com frequência. Não estamos tão próximos quanto antes, na mesma cidade”. Para tomar essa decisão de mudar, foi preciso conversar muito com as outras mães e crianças. “E todos me deram apoio. Somos uma família”. Em Minas Gerais, atua também como psicóloga voluntária em outra organização não governamental (a ONG Pontos de Amor). Plano antigo Como uma “irmã” de Denise, Bianca Tinoco, de 44 anos, que é servidora pública, recorda que ela e o marido Lúcio tinham o plano antigo de serem pais. Entraram na fila da adoção, e o grupo de apoio com encontros mensais de acolhimento foi fundamental para que se conscientizassem e se fortalecessem, inclusive em relação à ideia de adotar uma criança mais velha. Dia Nacional da Adoção, por Arquivo pessoal “Minha filha tinha sete anos. Hoje tem 14. Desde então, somos essa família que tinha 12 pessoas e agora tem 13. Hoje é muito tranquilo. Nós temos conexão”. Essa identificação se deu durante todo o período de convivência anterior, por vídeos. “Falávamos do nosso modo de vida, da nossa casa. Era realmente para se apresentar a criança tentando não gerar tanta expectativa”. O casal também tem um filho biológico, dois anos mais novo. Denise lembrou que, depois, foram autorizados a mandar alguns presentes e as crianças se prepararam para encontrar os pais. “Foi um período bacana e também de muita ansiedade durante um mês”. No dia 13 de maio, em que houve a autorização da guarda provisória, os três casais foram buscar os filhos. “Foi um encontro de encantamento. A gente brinca, eu e meu marido, que ganhamos uma família de 13 pessoas”. Aprenderam a exercer o papel de educação, orientar e chamar atenção sem constrangimentos. A garota gosta de estudar e de esportes. “A gente acredita que a adoção vem antes da filiação. O filho adotivo não tem nada diferente de um filho biológico”, afirma o pai Lúcio Pereira, de 44 anos, que é jornalista. Ele entende que a maternidade e a paternidade não devem ser idealizadas e, por isso, é tão importante um grupo de apoio para os pretendentes à adoção. A forma como ocorreu a adoção da filha dele, que gerou uma relação mais próxima com outras famílias, foi possível graças a um sentimento de fraternidade entre eles. Entre os filhos, afirma, foram sendo fortalecidos, passo a passo, confiança, carinho e respeito. Novidade Brasília (DF) – Dia Nacional da Adoção, comemorado hoje. – Famílias encontram caminhos para adotar irmãos biológicos. – Família da Lilian – Foto: Arquivo Pessoal – Arquivo pessoal A professora Lilian Ribeiro, 41 anos, e o marido Normando, de 50,
Internação por doenças respiratórias cai em municípios com mais verde
Estudo feito por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) identificou que municípios com mais áreas verdes têm menos internações hospitalares por doenças respiratórias. A pesquisa envolveu ciência de dados. Foram usadas bases de dados públicos como o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e o Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná. O objetivo do trabalho foi avaliar como a infraestrutura verde urbana (IVU), composta por praças, parques, jardins planejados, fragmentos florestais, reservas florestais urbanas, bosques e arborização, impacta na saúde da população. “Nós combinamos várias informações e fizemos um estudo que envolve aplicação de ciências de dados, realizando, primeiro, uma análise multivariada desses dados e, depois, análise de padrão. Chegamos à conclusão com base nesses estudos”, disse à Agência Brasil a engenheira civil Luciene Pimentel, professora do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU) da PUCPR e uma das autoras da pesquisa. O trabalho usou também dados censitários, porque o estudo, além de envolver somente a questão das internações por doenças respiratórias, fez ainda análise de indicadores de pobreza. “Nós encontramos também resultados interessantes nesse sentido. Na verdade, os municípios que têm índices de pobreza mais altos também apresentam mais internações hospitalares em relação a outros onde esses índices são menores”. A pesquisa envolveu 397 dos 399 municípios paranaenses, porque dois deles apresentavam falhas de dados. As informações foram coletadas em 2021 e 2022, sendo os resultados divulgados agora. Um artigo referente ao estudo – Ecosystems services and green infrastructure for respiratory health protection: a data science approach for Paraná, Brazil (Serviços ecossistêmicos e infraestrutura verde para a proteção da saúde respiratória: Uma abordagem de ciência de dados para o Paraná, Brasil, em tradução livre) – foi publicado na liga internacional de revistas científicas MDPI e pode ser acessado na íntegra. O artigo é assinado por Luciene Pimentel e pelos professores Edilberto Nunes de Moura e Fábio Teodoro de Souza, da PUCPR, e pelo doutorando do PPGTU Murilo Noli da Fonseca. Importância Luciene destacou a importância do resultado, porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) notifica 4 milhões de mortes/ano por doenças respiratórias, das quais 40% são por doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). “O mundo inteiro está muito preocupado com essa situação”. Ainda de acordo com a OMS, 99% da população mundial respiram ar que excede os limites de qualidade recomendados pela entidade. Além de inúmeros problemas de saúde, a poluição atmosférica causa 7 milhões de mortes anuais em todo o mundo. A professora da PUCPR relatou a existência de uma dúvida na literatura científica sobre até que ponto a vegetação realmente contribui para diminuir a poluição do ar, tendo em vista que as doenças respiratórias são fortemente conectadas à questão da poluição do ar nas áreas urbanas, ou se a forma como se dispõe a vegetação urbana pode até piorar a saúde respiratória pela dispersão de pólen. Luciene acredita que os resultados do estudo podem subsidiar políticas públicas voltadas para a sustentabilidade ambiental e a gestão da saúde urbana. A redução das taxas de internações por doenças respiratórias traz acoplada a redução dos custos com hospitalizações por agravos de saúde e outras infecções, podendo contribuir ainda para a redução do absenteísmo escolar e no trabalho. Continuidade A equipe de pesquisadores pretende dar continuidade agora ao estudo envolvendo a capital do estado, Curitiba, em escala intraurbana e não mais municipal, com participação da rede Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs), financiada pela Fundação Araucária, no âmbito de emergências climáticas. Será medida, por exemplo, a distribuição de pólen na cidade. A ideia, com essas medições, disse Luciene Pimentel, é analisar dados em uma escala mais detalhada. “O que a gente está querendo fazer agora é começar a olhar por tipologia de doenças respiratórias, como a asma, por exemplo, que tem aumentado muito no mundo. A asma é uma doença que preocupa muito. Na faixa de crianças, que interessa à nossa pesquisa, ela vai comprometer a vida adulta e a asma não tem cura. É uma doença crônica. A pessoa vai depender de remédios o tempo todo. Enquanto crianças, elas faltam à escola por causa da doença; os pais faltam ao trabalho”, disse Luciene. As doenças respiratórias têm sinais diferentes e, por isso, o estudo deve continuar, para esmiuçar os detalhes. A ideia dos pesquisadores, mais adiante, é estender o trabalho a outros estados. “A ideia é termos uma pesquisa nacional”. Fonte
Pesquisa mostra importância de áreas verdes urbanas para a saúde
Estudo realizado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) revela que há menos internações hospitalares por doenças respiratórias em municípios com mais áreas verdes. A pesquisa, que envolveu ciência de dados, usou bases de informações públicas como o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria Nacional de Trânsito e o Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná. O objetivo do trabalho era avaliar como a infraestrutura verde urbana (IVU), composta por praças, parques, jardins planejados, fragmentos florestais, reservas florestais urbanas, bosques e arborização, impacta na saúde da população. “Combinamos várias informações e fizemos um estudo que envolve aplicação de ciências de dados, realizando, primeiro, uma análise multivariada de tais dados e, depois, análise de padrão. E chegamos à conclusão com base nesses estudos”, disse à Agência Brasil a engenheira civil Luciene Pimentel, professora do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da PUCPR e uma das autoras da pesquisa. A pesquisa usou também dados censitários, porque o estudo, que envolvia somente a questão das internações por doenças respiratórias, analisou também indicadores de pobreza. “Encontramos resultados interessantes nesse sentido. Na verdade, os municípios que têm índices de pobreza mais altos também apresentam mais internações hospitalares na comparação com municípios em que os índices são menores.” A pesquisa envolveu 397 dos 399 municípios paranaenses, porque dois apresentavam falhas de dados. As informações foram coletadas em 2021 e 2022, sendo os resultados divulgados agora. Artigo referente ao estudo, intitulado Ecosystems services and green infrastructure for respiratory health protection: A data science approach for Paraná, Brazil (Serviços ecossistêmicos e infraestrutura verde para a proteção da saúde respiratória: Uma abordagem de ciência de dados para o Paraná, Brasil, em tradução livre), foi publicado na liga internacional de revistas científicas MDPI e pode ser acessado na íntegra neste link. O estudo é assinado por Luciene Pimentel e pelos professores Edilberto Nunes de Moura e Fábio Teodoro de Souza, da PUCPR, e pelo doutorando da mesma universidade Murilo Noli da Fonseca. Importância Luciene salientou a importância do resultado, porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) reporta 4 milhões de mortes anuais por doenças respiratórias, das quais 40% são por doenças pulmonares obstrutivas crônicas. “O mundo inteiro está muito preocupado com essa situação.” Ainda de acordo com a OMS, 99% da população mundial respiram ar que excede os limites de qualidade recomendados. Além de inúmeros problemas de saúde, a poluição atmosférica causa 7 milhões de mortes anuais em todo o mundo. Luciene ressaltou a existência de uma dúvida na literatura científica sobre até que ponto a vegetação realmente contribui para diminuir a poluição do ar, tendo em vista que as doenças respiratórias são fortemente conectadas com esse problema nas áreas urbanas, ou se a forma como se dispõe a vegetação urbana pode até piorar a saúde respiratória pela dispersão de pólen. A professora disse acreditar que os resultados do estudo podem subsidiar políticas públicas voltadas para a sustentabilidade ambiental e a gestão da saúde urbana. A redução das taxas de internações por doenças respiratórias traz acoplada a redução dos custos com hospitalizações por agravos de saúde e outras infecções, podendo contribuir ainda para a queda das faltas ao trabalho e à escola. Continuidade A equipe de pesquisadores pretende dar continuidade agora ao estudo envolvendo a capital paranaense, Curitiba, em escala intraurbana, e não mais municipal, com participação da rede de pesquisa Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação, financiada pela Fundação Araucária, no âmbito de emergências climáticas. Será medida, por exemplo, a distribuição de pólen na cidade. De acordo com Luciene, as medições serão usadas para analisar dados em uma escala mais detalhada. “O que estamos querendo fazer agora é começar a olhar por tipologia de doenças respiratórias, como a asma, por exemplo, que tem aumentado muito no mundo. A asma é uma doença que preocupa. Na faixa de crianças, que interessa à nossa pesquisa, a doença vai comprometer a vida adulta. Asma não tem cura, é doença crônica. A pessoa vai depender de remédios o tempo todo. Enquanto crianças, faltam à escola por causa da doença; os pais faltam ao trabalho”, disse Luciene. As doenças respiratórias têm sinais diferentes. Daí a razão de o estudo continuar, no sentido de esmiuçar os detalhes. O objetivo dos pesquisadores, mais adiante, é estender a pesquisa para outros estados do país. “A ideia é termos uma pesquisa nacional.” Fonte