Hulk marca de falta e Atlético-MG vence clássico com Cruzeiro
Com uma cobrança de falta do meio da rua, o atacante Hulk marcou o gol da vitória de 1 a 0 do Atlético-MG sobre o Cruzeiro, na noite deste sábado (3) no Parque do Sabiá, em Uberlândia, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. 💪🏾⚫⚪ FIM DE JOGO! O GALO VENCE O CLÁSSICO EM UBERLÂNDIA, 1 A 0, SOMA MAIS TRÊS PONTOS NO @BRASILEIRAO E FAZ A FESTA DA MASSA! ⚽ @HulkPBoficial marcou para o Alvinegro#VamoGalo #CRUxCAM 🏴🏳️ pic.twitter.com/Sdl4XbWocm — Atlético (@Atletico) June 3, 2023 Este resultado levou o Galo à vice-liderança da competição, com 17 pontos, enquanto a Raposa é a 10ª colocada com 13 pontos. Apesar de o Cruzeiro iniciar o confronto com uma forte pressão, foi o Atlético-MG que foi mais eficiente para abrir o marcador antes do intervalo. Aos 26 minutos o juiz marcou falta na intermediária da Raposa. Hulk se posicionou para cobrar e o goleiro Rafael Cabral pediu para seus companheiros não montarem barreira. O camisa 7 do Galo cobrou com muita força, rasteiro, e marcou um bonito gol. Í•D•O•L•O pic.twitter.com/nVAOuVHjJw — Atlético (@Atletico) June 4, 2023 Já aos 46 Hyoran cobrou falta para a área, a bola quicou e acabou entrando após enganar o goleiro do Santos. Porém, o lance acabou sendo anulado pelo juiz com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), que indicou impedimento. Seis minutos depois foi a vez de o Cruzeiro ter um tento anulado com auxílio da tecnologia, de Luciano Castán de cabeça por causa de posição irregular. Na etapa final o goleiro Everson mostrou muita segurança para garantir a vantagem do Atlético-MG até o apito final. Derrota do líder A liderança do Brasileiro permanece nas mãos do Botafogo, que, jogando na Arena da Baixada, em Curitiba, perdeu de 1 a 0 para o Athletico-PR. Mesmo com o revés o Glorioso manteve a ponta da classificação, com 21 pontos. Já o Furacão passou à 4ª colocação, com 15 pontos. A Rádio Nacional transmitiu a partida ao vivo. O classificado ganhou ✔️🌪️ VITÓRIA RUBRO-NEGRA! #Athletico #Brasileirão pic.twitter.com/Jvs2xkMZ8m — Athletico Paranaense (@AthleticoPR) June 3, 2023 O único gol do confronto saiu aos 41 minutos do primeiro tempo, com um chute de fora da área do volante Alex Santana. Outros resultados: Fortaleza 0 x 0 BahiaAmérica-MG 2 x 0 CorinthiansSantos 1 x 1 Internacional Fonte
Brasil perde para Israel e dá adeus ao Mundial sub-20 de futebol
A campanha do Brasil no Mundial sub-20 de futebol masculino chegou ao fim neste sábado (3), após derrota por 3 a 2 para Israel no Estádio Bicentenário, em San Juan (Argentina), pelas quartas de final da competição. Seleção Brasileira é derrotada por Israel por 3×2 na prorrogação e dá adeus ao Mundial Sub-20 na Argentina. Gols da nossa Seleção foram marcados por Marcos Leonardo e Matheus Nascimento Foto: Lesley Ribeiro/CBF pic.twitter.com/UdecJ8NSCd — CBF Futebol (@CBF_Futebol) June 3, 2023 Diante do atual vice-campeão europeu sub-19, o técnico Ramon Menezes teve dificuldades para armar sua equipe, em razão dos desfalques de Mycael, Arthur, Robert e Kaiki Bruno. Com muitas mudanças, a seleção brasileira teve dificuldades para criar oportunidades de ataque diante da forte marcação de Israel. Por esta razão o placar só foi alterado na etapa final, aos 10 minutos, com chute forte do atacante Marcos Leonardo. Porém, quatro minutos depois Khalaili deixou tudo igual. Como a igualdade de 1 a 1 perdurou até o final dos 90 minutos, a partida teve que ir para a prorrogação, na qual Matheus Nascimento colocou o Brasil novamente na dianteira com menos de um minuto de bola rolando. Porém, dois minutos depois Shibli voltou a igualar o placar. A partir daí Israel melhorou muito e assumiu o controle do jogo, marcando o gol da classificação aos 17 minutos e tendo mais duas oportunidades de ampliar em duas cobranças de pênaltis na segunda etapa do tempo extra. Mas a equipe europeia não mostrou eficiência nas oportunidades. Com isso Israel fechou o confronto em 3 a 2 e agora enfrenta na semifinal da Copa do Mundo o vencedor do confronto entre Estados Unidos e Uruguai, que jogam no próximo domingo (4). Fonte
Biden sanciona lei que suspende teto da dívida dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou neste sábado (3) a lei que suspende o teto de US$ 31,4 trilhões para a dívida do governo norte-americano, evitando o que teria sido o primeiro calote da história dos EUA. A Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram a legislação esta semana depois que Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo após negociações tensas. O Departamento do Tesouro alertou que não conseguiria pagar todas as suas contas em 5 de junho, se o Congresso não agisse até essa data, na próxima segunda-feira. *É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte
Basquete 3×3: seleção masculina garante vaga na semi da Copa do Mundo
A seleção brasileira masculina de basquete 3×3 fez história neste sábado (3) ao se classificar para as semifinais da Copa do Mundo da modalidade, que está sendo disputada em Viena (Áustria). A vaga veio após vitória de 12 a 11 sobre a Polônia, com arremesso certeiro de Léo Branquinho a 4 segundos do fim do confronto. Esta já é melhor campanha do Brasil na história da competição. WHAT A GAME 🇧🇷 Brazil advance to the #3x3WC semifinals@basquetebrasil pic.twitter.com/kn65KRDceF — FIBA3x3 (@FIBA3x3) June 3, 2023 Porém, antes do emocionante triunfo sobre os poloneses, os brasileiros bateram o Japão por 20 a 17 em grande jogo de Jonatas Mello e Ruan Miranda. “Nossa comissão técnica está planejando cada passo que está sendo dado desde fevereiro. Quando pisamos na Áustria sabíamos tudo o que poderia acontecer, e estamos todos seguindo o plano com excelência. Ainda há mais um dia de trabalho e continuamos focados”, declarou o técnico Luca Carvalho. O próximo desafio do Brasil na competição será contra os Estados Unidos, em partida com início marcado para as 11h05 (horário de Brasília) do próximo domingo (4). A disputa pelo terceiro lugar e a grande decisão da competição serão disputadas no mesmo dia. Fonte
Tênis: Bia Haddad alcança oitavas de final de Roland Garros
A brasileira Beatriz Haddad Maia derrotou a russa Ekaterina Alexandrova por 2 sets a 1 (parciais de 5/7, 6/4 e 7/5) para seguir, neste sábado (3), para as oitavas de final do torneio de Roland Garros, em Paris (França). Na próxima fase do Grand Slam a paulista medirá forças com a espanhola Sara Sorribes Tormo, que bateu Elena Rybakina, do Cazaquistão. É OITAAAAAVAS DE FINAL! 🎾🇧🇷 Bia Haddad Maia vence mais uma na chave de simples em #RolandGarros Vitória sobre Ekaterina Alexandrova 🇷🇺, cabeça de chave 23, por 2 a 1 (5/7, 6/4 e 7/5) Que baita campanha da Bia até aqui! 👏🏻 pic.twitter.com/tptrlr8bYX — Time Brasil (@timebrasil) June 3, 2023 Também neste sábado, mas nas duplas mistas, Rafael Matos e Luisa Stefani superaram o croata Ivan Dodig e a chinesa Zhang Shuai por 2 sets a 0 (duplo 6/2) para avançarem para as quartas de final no saibro de Paris. É QUAAAAAARTAS DE FINAL! 🎾🇧🇷 Luisa Stefani e Rafael Matos estão nas quartas nas duplas mistas em #RolandGarros A dupla brasileira vence Zhang Shuai 🇨🇳 e Ivan Dodig 🇭🇷 por duplo 6/2 Que sintonia dessa dupla! 😍 pic.twitter.com/1AtNDAUoT7 — Time Brasil (@timebrasil) June 3, 2023 Quem não teve uma boa jornada foi Thiago Wild. Pela terceira rodada das duplas masculinas o brasileiro caiu diante do japonês Yoshihito Nishioka por 3 sets a 2 (parciais de 3/6, 7/6, 2/6, 6/4 e 6/0). Thiago Wild perde para Yoshihito Nishioka 🇯🇵: 3 a 2 (3/6, 7/6, 2/6, 6/4 e 6/0) Grande campanha do tenista brasileiro em #RolandGarros Foram 5 vitórias no saibro francês, incluindo o qualyfing 👏🏻 pic.twitter.com/9owsHaUhSP — Time Brasil (@timebrasil) June 3, 2023 Wild dá adeus a Roland Garros após duas grandes vitórias em sua primeira participação na chave principal. O brasileiro venceu o russo Daniil Medvedev, número 2 do mundo, na primeira rodada e passou pelo argentino Guido Pella, ex-top 20, na sequência. Fonte
Erdogan toma posse para novo mandato e promete buscar união na Turquia
O presidente turco, Tayyip Erdogan, foi empossado para um novo mandato presidencial neste sábado (3), após vencer a reeleição no último fim de semana, estendendo seu governo para uma terceira década. “Eu, como presidente, juro pela minha honra e integridade, diante da grande nação e história turcas, que protegerei a existência e independência do nosso Estado”, disse Erdogan, durante uma cerimônia no Parlamento em Ancara, transmitida ao vivo. Líder mais longevo da Turquia, Erdogan levou 52,2% dos votos no segundo turno realizado em 28 de maio. A sua vitória eleitoral desafiou a maioria das pesquisas de opinião e aconteceu apesar de uma crise de custo de vida que parecia ter prejudicado suas perspectivas. O novo mandato de cinco anos permite que Erdogan prossiga com políticas cada vez mais autoritárias que polarizaram o país – membro da Organização do Tratado do Atlêntico Norte (Otan) –, mas fortaleceram sua posição como potência militar regional. Mais tarde, no palácio presidencial, Erdogan adotou um tom conciliatório. “Vamos abraçar todos os 85 milhões de pessoas, independentemente de suas opiniões políticas. Vamos deixar de lado o ressentimento do período eleitoral. Vamos procurar maneiras de reconciliar”, afirmou. Erdogan nomeará seu novo ministério ainda neste sábado e deve sinalizar uma mudança em sua abordagem pouco ortodoxa à política econômica. Ele deve incluir o ex-ministro das Finanças, Mehmet Simsek, segundo a Reuters publicou mais cedo nesta semana, o que indicaria um potencial retorno a uma ortodoxia econômica maior, incluindo possíveis aumentos da taxa de juros. Simsek era bem cotado pelos investidores quando foi ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro entre 2009 e 2018. Um papel chave para ele poderia marcar um afastamento de anos de manutenção de baixas taxas de juro, apesar da alta inflação, e controle forte do Estado aos mercados. Fonte
Caroline Santos conquista medalha de prata no Mundial de Taekwondo
O Brasil chegou à segunda medalha no Campeonato Mundial de Taekwondo de Baku (Azerbaijão). Neste sábado (3), Caroline Santos garantiu uma prata na categoria até 62 quilos após perder na final para a russa Liliia Khuzina. É PRAAAAAAAAAATA! 🥈🥋 Caroline Santos (62kg) é vice-campeã mundial de taekwondo em Baku 🇦🇿 Após vencer 4 lutas, a brasileira para na final contra Lilia Khuzina 🇷🇺: 2 a 0 (6/2 e 8/6) Que conquista FANTÁSTICA para o 🇧🇷 pic.twitter.com/xgGGt2wl66 — Time Brasil (@timebrasil) June 3, 2023 A brasileira, que ocupa a segunda colocação do ranking mundial da sua categoria, estreou com vitória sobre a colombiana Maria Lozano, depois bateu a taiwanesa Sasikarn Tongchan, passou pela taiwanesa Wei-chun Lin nas quartas de final e superou a uzbeque Feruza Sadikova na semifinal. Apenas na decisão Caroline foi derrotada. A medalha é a segunda conquista do Brasil neste Mundial, após Maria Clara Pacheco ficar com o bronze na categoria até 57 quilos na última segunda (29), e a 23ª medalha do país na história da competição. Fonte
Futebol feminino: Barcelona conquista título da Liga dos Campeões
Quando faltam pouco mais de dois meses para o início da Copa do Mundo de futebol feminino (no dia 20 de julho), a principal competição de clubes da Europa na modalidade coroou seu novo campeão. Na tarde deste sábado o Barcelona (Espanha) derrotou o Wolfsburg (Alemanha) por 3 a 2, de virada, em final disputada em Eindhoven (Holanda). Agora a equipe catalã possui dois títulos do torneio. ⏰ 𝐑𝐄𝐒𝐔𝐋𝐓 ⏰ Barcelona claim their second #UWCL title after a brilliant second-half comeback in Eindhoven 💪🏆#UWCLfinal // @FCBfemeni — UEFA Women’s Champions League (@UWCL) June 3, 2023 O Barcelona, que conta com a atacante brasileira Geyse (que entrou no gramado apenas na etapa final), viu as alemães abrirem o placar, logo aos 2 minutos de bola rolando, com a alemã Ewa Pajor. Aos 36 Pajor voltou a se destacar, mas desta vez para levantar a bola para Popp conferir de cabeça. Porém, o panorama mudou completamente após o intervalo. Nos cinco primeiros minutos de bola rolando Patri marcou em duas oportunidades para igualar. E o gol do título da equipe catalã saiu aos 24 minutos, graças ao faro de gol de Rolfö. Esta foi a quarta final de Liga dos Campeões nos últimos cinco anos do Barcelona, que venceu neste sábado e na edição 2020/21 do torneio. Fonte
Manifestantes fazem ato contra lesbofobia no centro do Rio
Ativistas dos direitos das mulheres lésbicas fizeram neste sábado (3) um protesto contra a lesbofobia no centro da cidade do Rio de Janeiro. A manifestação foi realizada em frente ao Museu do Amanhã, onde, no fim de semana passada, uma psicóloga agrediu fisicamente e verbalmente dois funcionários, com palavras homofóbicas e lesbofóbicas. O ato incluiu discursos e exibição de faixas com dizeres como “Somos mulheres lésbicas na luta” e “Acolhe tua filha sapatão”. A jornalista Camila Marins, que organizou o protesto, explicou que a manifestação teve por objetivo apoiar as vítimas da agressão da semana anterior e chamar a atenção da sociedade para o problema da lesbofobia. “Lesbofobia é o ódio contra as mulheres lésbicas. A gente entende que a lesbofobia é da sociedade, mas também do poder público, que não formula políticas públicas específicas para as lésbicas. Há um apagamento das mulheres lésbicas na construção e qualificação das políticas públicas”, afirma a ativista, que é editora da revista Brejeiras, voltada para o público lésbico. Segundo Camila, as lésbicas passam por grandes dificuldades em situações simples do cotidiano, como a realização de exames preventivos para a saúde feminina em unidades públicas. Além disso, há questões como a própria falta de acolhimento no seio familiar. “[Há situações em que a mulher] sofre lesbofobia dentro de sua própria casa e é expulsa, ou sofre tentativas de estupro ‘corretivo’ dentro de casa”, conta Camila. A jornalista destaca ainda o risco de lesbocídio, que seria o assassinato de mulheres lésbicas por causa de sua orientação sexual. “Temos um caso emblemático, que é o de Luana Barbosa [assassinada em São Paulo, em 2016], uma mulher negra, periférica, sapatão, barbaramente espancada, vítima da violência policial, em que o Estado brasileiro até hoje não deu retorno para a gente”. Source link
Médicos conseguem eliminar câncer de mama agressivo sem quimioterapia
Estudo sugere que um terço dos pacientes poderia se beneficiar de nova abordagem de tratamento Adaptar a terapia do câncer de mama com base na resposta do paciente pode eliminar a necessidade de quimioterapia em um número significativo de tratamentos que atualmente são padrão, de acordo com um estudo que sugere que um terço dos pacientes pode evitar essa técnica com sucesso. O ensaio clínico de fase 2 PHERGain, liderado pela empresa hispano-americana de pesquisa em oncologia MEDSIR, foi apresentado em Chicago na sexta-feira (2), primeiro dia da reunião anual da ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica). O evento, que é o maior encontro do setor, reunindo cerca de 40 mil profissionais, vai até terça-feira. Entre junho de 2017 e abril de 2019, o estudo envolveu 356 pacientes maiores de 18 anos com câncer de mama HER2+ operável em estágio inicial, de 2 a 3. Este subtipo agressivo tradicionalmente requer quimioterapia como tratamento padrão. Os pacientes do grupo A receberam uma combinação de quimioterapia combinada com os medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe, enquanto o tratamento do grupo B foi adaptativo, projetado para contornar a quimioterapia com base no progresso individual. O último grupo começou com dois ciclos de pertuzumabe, trastuzumabe e terapia endócrina. Se a tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) mostrasse uma resposta, eles eram submetidos a mais seis ciclos sem quimioterapia. Após seis ciclos de tratamento, os pacientes do grupo A foram submetidos à cirurgia, enquanto os pacientes do grupo B o fizeram após oito ciclos. Após a cirurgia, aqueles que não apresentavam sinais de câncer (conhecidos como resposta patológica completa ou pCR) continuaram o tratamento sem quimioterapia. Liderados pelos médicos Javier Cortés, Antonio Llombart-Cussac e José Pérez, o estudo teve como objetivo avaliar tanto a porcentagem de pCR na mama e na axila no momento da cirurgia naqueles que responderam bem ao PET scan, quanto a sobrevida livre de doença após três anos. Em 2021, o The Lancet relatou que 37,9% dos pacientes do grupo B que responderam ao tratamento alcançaram uma resposta patológica completa. Na sexta-feira, na conferência de Chicago, foi revelado o segundo critério, as taxas de sobrevivência. No grupo B, como enfatizou Cortés durante a apresentação, foram incluídos tanto os pacientes que eventualmente receberam quimioterapia quanto os que conseguiram continuar sem ela. Os dados mostram que 95,4% dos pacientes (255) desse grupo não tiveram recidiva três anos depois, e entre os que conseguiram evitar a quimioterapia ao longo do estudo, quase 30%, esse percentual subiu para quase 99%. Pesquisadores de 45 centros em sete países europeus – Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Reino Unido – participaram do estudo. A equipe destaca que é a primeira a ajustar gradativamente o tratamento com base na resposta, desviando-se da opção padrão de quimioterapia. A MEDSIR, cofundada em 2012 por Cortés e Llombart-Cussac, entre outros, observa que cerca de um em cada cinco cânceres de mama tem células cancerígenas com cópias adicionais do gene que produz a proteína HER2. Este tipo de câncer tende a ser mais agressivo do que outros. O tratamento típico combina quimioterapia, trastuzumabe e pertuzumabe. Mas os resultados promissores obtidos apenas com os dois últimos fármacos questionam agora a obrigatoriedade do recurso à quimioterapia, técnica mais tóxica e com maiores efeitos secundários. Os achados são, portanto, encorajadores, demonstrando que em certos pacientes com tumores em estágio inicial ou menos avançados, é possível e seguro evitar a quimioterapia sem comprometer o resultado final. “Gostaria de agradecer aos pacientes e suas famílias, aos pesquisadores e a toda a equipe por confiar em nós e nos permitir realizar esta pesquisa independente”, concluiu Cortés, professor da Universidade Europeia de Madri e diretor do International Breast Centro de Câncer de Barcelona e Madri. Fonte: R7.COM
Seleção feminina vence segunda consecutiva na Liga das Nações
O Brasil chegou à segunda vitória consecutiva na Liga das Nações de vôlei feminino, na madrugada deste sábado em Nagoya (Japão). A seleção brasileira bateu a República Dominicana por 3 sets a 1 (parciais de 27/25, 20/25, 25/21 e 27/25) após estrear com revés diante da China e superar a Holanda no segundo desafio na competição. É VITÓÓÓÓÓÓÓRIA! 🏐🇧🇷 A 2ª da seleção feminina de @volei na Liga das Nações. 🇧🇷 3 x 1 🇩🇴27/25, 20/25, 25/21 e 27/25 Jogo duro, mas a vitória veio! 💪 📸 @volleyballworld pic.twitter.com/dmghYacVEm — Time Brasil (@timebrasil) June 3, 2023 O destaque da partida pelo lado brasileiro foi a ponteira Julia Bergmann, com 13 pontos, que afirmou após o confronto: “Foi um jogo apertado desde o começo. Como algumas jogadoras da República Dominicana jogam no Brasil, elas conhecem o nosso sistema de jogo. Lutamos até o final tanto no ataque como na defesa. A Lorrayna entrou muito bem. Foi um jogo longo e o importante é que a vitória veio”. Já o técnico José Roberto Guimarães destacou o fato de o Brasil precisar melhorar em alguns aspectos, em especial na defesa: “Precisamos diminuir o número de erros de contra-ataques. O sistema defensivo e a agressividade no saque também podem ser melhores. Passamos por dificuldades, principalmente no quarto set, quando colocamos a República Dominicana no jogo. Abrimos e deixamos elas encostarem no placar. Foi importante termos segurado essa pressão para fechar o set e o jogo”. O último compromisso da seleção feminina na primeira semana de Liga das Nações será o confronto com a Croácia, programado para iniciar às 0h40 (horário de Brasília) deste domingo (4). Fonte
Organizações cobram maior proteção dos defensores de direitos humanos
Em junho do ano passado, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e considerado como responsável pela violação dos direitos à verdade e à proteção da família de Gabriel Sales Pimenta, jovem advogado assassinado em 1982 aos 27 anos. Atuando na defesa dos direitos dos trabalhadores rurais, ele foi alvejado por tiros quando saía de um bar na cidade de Marabá (PA). Passados mais de 40 anos, a Corte Interamericana apontou falhas graves do Estado brasileiro, que não se mobilizou adequadamente para esclarecer as circunstâncias do crime e punir os envolvidos, sendo que havia testemunhas oculares e outros meios de prova disponíveis. A sentença, além de fixar quantias indenizatórias a serem pagas à família de Gabriel, observa que o trabalho de defensores e defensoras de direitos humanos é “fundamental para o fortalecimento da democracia” e estabelece uma série de determinações ao país. Uma delas é a revisão e fortalecimento do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas. Passado quase um ano da condenação, o cumprimento da determinação vem sendo cobrado pelo Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH). Apesar de promessas do governo federal e do alinhamento de algumas diretrizes, a entidade vê demora na efetivação de medidas combinadas em reuniões. No início da semana passada, o descontentamento foi exposto em um novo encontro com representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH). Proteção O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas do MDH abrange todo o território nacional e institui diversos mecanismos para garantir a integridade de quem esteja sofrendo risco ou sendo alvo das ameaças. São ativistas que atuam, por exemplo, em apoio à população em situação de rua, ribeirinhos, povos indígenas, quilombolas, crianças, mulheres em situação de violência doméstica, imigrantes em condição vulnerável, alvos de preconceito de raça e de gênero, trabalhadores em situação degradante e vítimas de violência armada ou de violações praticadas por forças de segurança do Estado. Defendem o direito à terra, à moradia, ao trabalho, à saúde, à educação e ao tratamento digno. A inclusão no programa pode ocorrer por pedido do próprio interessado ou por solicitação de entidades da sociedade civil, do Ministério Público ou de outros órgãos públicos que tenham conhecimento da ameaça. Entre diversos mecanismos previstos, está o acompanhamento das investigações e a oferta de assistência jurídica e psicológica. Em casos excepcionais, é prevista a articulação da proteção policial e a retirada provisória da pessoa do seu local de atuação por até 90 dias. “Vivemos um país que registra situações extremamente graves de violação de direitos humanos. Então é urgente que possamos fortalecer os mecanismos de proteção”, diz a ativista Sandra Carvalho, que atua na organização não governamental Justiça Global e integra o CBDDH. O comitê existe desde 2004 e é formado por 45 entidades e movimentos sociais de todo o Brasil. De acordo com Sandra, as principais reivindicações são a paridade entre sociedade civil e governo no conselho deliberativo do programa, a aprovação de uma lei para institucionalizá-lo, a criação de um plano nacional de proteção e o reforço no orçamento. Procurado pela Agência Brasil, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania não respondeu. Casos “A necessidade de um programa eficaz de proteção se dá em um contexto em que infelizmente a gente tem no Brasil uma incidência muito grande de ameaças e assassinatos”, avalia Sandra. Embora observe que o maior número de casos ocorre no campo, ela destaca o crescimento de ocorrências no meio urbano. O mais emblemático, nos últimos anos, foi o assassinato em 2018 da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. A parlamentar liderava um mandato com foco nos direitos humanos quando foi morta a tiros no Rio de Janeiro. Em áreas rurais, ocorrências com grandes repercussões envolvem o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang no Pará em 2005 e mais recentemente a do indigenista Bruno Pereira. Servidor de carreira da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), ele e o repórter britânico Dom Phillips foram mortos no ano passado em uma emboscada no Vale do Javari, no Amazonas. A maioria dos casos, no entanto, ganham menos holofotes. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre assassinatos de defensores de direitos humanos entre 2015 e 2019 colocam o Brasil em segundo lugar no ranking de países com mais casos. Nesse período, foram registradas 1.323 ocorrências em todo o mundo, sendo que 174 em território brasileiro, o que corresponde a 13% do total. Os números foram apresentados em uma audiência pública na Câmara dos Deputados em setembro de 2021 por Anastasia Divinskaya, representante da ONU Mulheres, e Mary Lawlor, relatora especial das ONU sobre a situação dos defensores dos Direitos Humanos. Na ocasião, elas observaram que o Brasil, embora manifeste apoio formal às recomendações sobre o tema em fóruns internacionais, não tem implementado diversas medidas. A organização internacional Global Witness também divulgou recentemente um levantamento que revela um cenário preocupante. Dos 227 assassinatos de defensores de terras e do meio ambiente em todo o mundo no ano de 2000, 20 foram no Brasil. Os números do país só são superados por Colômbia, México e Filipinas. O relatório observa que os dados são parciais e não captam a verdadeira escala do problema, já que nem todos os casos são notificados. Histórico A primeira versão de um Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos foi lançada em 2004, no primeiro mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva, atendendo à demanda das organizações envolvida no CBDDH, criado no mesmo ano. O texto foi construído a partir de um grupo de trabalho e contou com a participação da sociedade civil. De acordo com a ONU, defensores dos direitos humanos são “todos os indivíduos, grupos e órgãos da sociedade que promovem e protegem os direitos humanos e as liberdades fundamentais universalmente reconhecidos”. Esse conceito é absorvido pelo programa de proteção. Na versão atualmente em vigor, ele inclui ainda duas categorias específicas: comunicadores que disseminam informações visando promover os direitos humanos e ambientalistas que atuem na defesa do meio ambiente e
Ministério Público do Rio cria núcleo para apoiar vítimas de violência
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) terá um núcleo para atender a vítimas de violência ou desastres naturais e a suas famílias. O Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV) começa funcionar nesta segunda-feira (5), na sede da instituição, no centro da cidade. O núcleo terá a função de proteger e garantir apoio humanizado a vítimas de crimes, atos infracionais, desastres naturais, calamidades públicas e graves violações de direitos humanos. Entre as funções do NAV, estão as de facilitar o acesso à informação sobre processos judiciais, encaminhar a pessoa a serviços de assistência (médica, psicossocial e jurídica) e a programas de proteção de vítimas e testemunhas. Quando for necessário, o núcleo também buscará medidas para resguardar o direito integral da vítima e de seus familiares. “É um atendimento especializado, com uma escuta diferenciada, onde a pessoa vai se sentir acolhida, vai sentir o apoio necessário para que conheça seus direitos e saiba que pode ter apoio psicológico”, explica a coordenadora de Promoção de Direitos das Vítimas do MPRJ, procuradora de Justiça Patrícia Glioche. Segundo Patrícia, muitas mulheres vítimas de violência já procuraram o Ministério Público em busca de acolhimento, e o NAV fará agora esse serviço. O encaminhamento das vítimas ao núcleo poderá ser feito por intermédio da ouvidoria do MPRJ. A ideia é que o Ministério Público capacite outros servidores para que pequenos núcleos semelhantes sejam criados em outras regiões do estado do Rio. Fonte
Entidades científicas pedem recriação do Comitê de Plantas Medicinais
A biodiversidade brasileira tem potencial para transformar o país em um dos principais agentes mundiais na área de biotecnologia, mas ainda é pouco explorada. A conclusão é de organizações que participaram, nesta semana, do Webinário Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), evento organizado pelas Redes de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade e pelo Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS) de Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na carta final do evento, entidades científicas pedem a reestruturação do Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos da PNPMF, contemplando representantes de órgãos de governo e da sociedade civil para realizar seu trabalho à luz dos conceitos da bioeconomia e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS). O evento esclareceu, inicialmente, a distinção entre as políticas nacionais de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e de Práticas Integrativas e Complementares, abordando a trajetória do movimento pela fitoterapia no Brasil e a abrangência e os limites da PNPIC, além das circunstâncias da formulação da PNPMF. O representante do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Daniel Nunes, cobrou uma representação política, pensando no comitê e nas instâncias colegiadas como entidades democráticas da sociedade. Segundo Nunes, é preciso haver diálogo entre o conhecimento tradicional e o conhecimento científico, revelando os desafios e avanços no âmbito da política, e trazendo, ainda, o status do marco legal da biodiversidade. Ele frisou que a fitoterapia faz parte de uma luta histórica de quem vivencia e utiliza a prática. “A fitoterapia é um desdobramento do movimento sanitário que criou o SUS [Sistema Único de Saúde], movimento que lutou politicamente nas bases e irradiou democracia para as pessoas que precisavam de saúde equitativa e de qualidade”, lembrou. A representante da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), Ana Cláudia Dias, defendeu a necessidade de revisitar a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e recriar o comitê para que se possa enxergar a complexidade do programa e para que ocorra uma real interação entre os diversos atores envolvidos, principalmente entre os ministérios. “Tudo isso surge como uma oportunidade para o Brasil. Temos um país megabiodiverso, é a nossa oportunidade de não depender de insumos farmacêuticos ativos do exterior. Largada essa dependência química que temos da China e da Índia, temos a maior biodiversidade do planeta, vamos usá-la, vamos trabalhar, pesquisar”, afirmou. De acordo com Ana Cláudia, o tema precisa fazer parte do currículo das faculdades de medicina e agronomia. São necessárias também ações ministeriais para implementação total do programa e da política para que tenham continuidade como ações de estado, e não de governo. Relatório Ao final de três dias de debate, o coordenador do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde, Glauco Villas Bôas, informou que será lançado um amplo relatório sobre o evento. “Este documento será encaminhado ao Ministério da Saúde, como a instituição que abriga todo o programa, para à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde como contribuição para revisão e atualização da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e a todos os ministérios relacionados com esta política. Posteriormente, o documento se tornará público, acrescentou Villas Boas. O debate reuniu representantes dos Ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional; Meio Ambiente e Mudança do Clima; da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento Agrário; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; da Educação; Cultura e Saúde; da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das associações Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especificidades, Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos e Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção a Saúde (Abifisa). Histórico A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi criada em junho de 2006, com o objetivo de garantir à população brasileira acesso seguro e uso racional desse tipo de plantas e promover o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional. Em 2008, as diretrizes da política foram detalhadas como ações no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Também foi criado o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Em 2019, todos os colegiados foram extintos e novas regras foram impostas para recriação deles. *Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara Fonte
Pioneiro nas Américas, Brasil quer ser referência em saúde digital
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde iniciaram esta semana, em Washington, nos Estados Unidos, a segunda etapa de um projeto de cooperação técnica envolvendo a recém-criada Secretaria de Informação e Saúde Digital. Encabeçada por Ana Estela Haddad, a pasta é responsável por formular políticas públicas orientadoras para a gestão da saúde digital. Desde janeiro deste ano, a secretaria tem como competência apoiar gestores, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento, no uso e na incorporação de produtos e serviços de tecnologia da informação e comunicação – incluindo a chamada telessaúde, o desenvolvimento de softwares, a integração e a proteção de dados e a disseminação de informações. De Washington, Ana Estela Haddad conversou com a Agência Brasil sobre a cooperação técnica com a Opas e revelou que o país pode se tornar uma espécie de centro colaborador em saúde digital diante do que chamou de experiência pioneira nas Américas. Na entrevista, ela falou ainda sobre indicadores digitais de saúde, Conecte-SUS e os desafios para digitalizar o sistema de saúde em um país com as dimensões do Brasil. Saiba os principais trechos da entrevista: Agência Brasil: Qual a importância desse projeto de cooperação com a Opas, que entra na segunda etapa esta semana? Ana Estela Haddad: A Opas é um parceiro importante, é o braço para as Américas da Organização Mundial da Saúde, que estabelece uma certa articulação global, com diretrizes e princípios para todos os seus estados-membros. A gente está fazendo um mergulho em todos os principais produtos e projetos que a Opas tem hoje em andamento que podem ter uma interface com a saúde digital. Tudo isso vai nos dar a oportunidade de ampliar e aproveitar ao máximo o escopo desse termo de cooperação. E essa cooperação é interessante para a gente, mas é interessante também para a Opas. Eles estão nos convidando para nos tornarmos um centro colaborador em saúde digital porque a experiência do Brasil é pioneira na região das Américas. Eles entendem que, juntos, podemos aprender com essa experiência que pode, depois, servir de inspiração e modelo para outros países da região. Agência Brasil: Por que construir indicadores para medir a saúde digital dos municípios? Ana Estela Haddad: Quando a gente fala em construir indicadores, a gente não está falando de indicadores só para saúde digital. Porque o escopo da nossa secretaria é produzir e disseminar informações estratégicas em saúde de caráter geral e, certamente, isso começa pelas políticas prioritárias do ministério, como a atenção primária, a atenção especializada, a saúde da mulher, a saúde indígena, a vigilância. São áreas que a gente trabalha em parceria com as secretarias do ministério, estabelecendo quais indicadores de monitoramento dessas políticas a gente vai acompanhar. Agência Brasil: Qual o papel da nova secretaria no atual contexto do Brasil? Ana Estela Haddad: A secretaria tem dois papéis principais: um papel meio e um papel fim. O papel meio é apoiar os três entes federados – o ministério, mas também estados e municípios e toda a composição do Sistema Único de Saúde – para avançar no processo de transformação digital em geral. Claro que a gente tem situações muito diversas. Há estados mais adiantados, mais atrasados. E há especificidades nesse processo de transformação digital. Cabe a nós estabelecer algumas normas e diretrizes a serem seguidas por todos, aquilo que caracteriza as melhores práticas e oferecer cooperação técnica e recursos para que, de forma compartilhada, a gente possa avançar na transformação digital. Estamos desenvolvendo um projeto para universalizar, por exemplo, a conectividade nas unidades básicas de saúde. são 48 mil unidades e a gente tem um pequeno número, 1,3 mil ou 1,5 mil, que ainda precisa ter conectividade ou melhorar sua conectividade para poder efetivamente entrar num círculo virtuoso de transformação digital, que é o primeiro passo. Agência Brasil: As tecnologias digitais podem impactar positivamente a saúde? Ana Estela Haddad: Com certeza, só que isso não é um processo automático. Não basta decidir usar as tecnologias para que esse impacto seja positivo. Por isso a gente está construindo esse percurso. Primeiro, identificar os nossos críticos e pensar num desenho para essas tecnologias. Existe uma série de princípios que a gente precisa seguir, um realinhamento radical. Por exemplo, com relação a dados em saúde: de um lado, a gente tem a proteção de dados, que é fundamental e inalienável, o direito à proteção dos dados pessoais dos usuários. De outro lado, temos a lei de acesso à informação. A gente precisa também disseminar informações estratégicas, tratar os dados, transformar esses dados em informação relevante – para o gestor, para os profissionais de saúde que estão na sua atuação clínica, além do próprio cidadão, que tem que desenvolver uma postura de autocuidado com a sua saúde e precisa, para isso, de informação baseada em evidência de qualidade. Não é um processo automático. Agência Brasil: Na pandemia, a transformação digital em saúde claramente se expandiu. Como realinhar essa expansão de maneira que evite a exclusão de pessoas? Ana Estela Haddad: Essa expansão, na pandemia, foi muito intensa, até pela força da necessidade. Foi um movimento mundial. Mas ela também foi pouco planejada porque surgiu a partir de uma necessidade, como foi possível. Não teve um planejamento ideal, veio de forma, muitas vezes, fragmentada, atendendo a necessidades localizadas, sem pensar o processo de gestão, do cuidado de gestão da rede de atenção de uma maneira mais sistêmica. Um dos desafios fundamentais que a gente tem agora é ter um inventário e um mapeamento pelo menos da maioria dessas experiências. Identificar as experiências mais bem sucedidas como modelo e promover um processo de integração das experiências existentes. Organização e integração das experiências, além, claro, de induzir, fomentar que novas experiências sejam implementadas para que a gente expanda aquilo que teve bons resultados. Um bom exemplo é que já temos pouco mais de 36 milhões de usuários, de pessoas que baixaram o seu Conecte-SUS no celular e que utilizam o aplicativo para suas informações de saúde. Agência Brasil: De que maneira o SUS vai se tornar mais digital e como a