Santos e Ferroviária saem na frente nas quartas do Brasileiro Feminino

Três confrontos abriram neste domingo (18) às quartas de final da primeira divisão (Série A1) do Campeonato Brasileiro Feminino. O Santos garantiu boa vantagem ao derrotar fora de casa o Flamengo por 3 a 1 – no jogo da volta as Sereias da Vila podem até perder por um gol de diferença que mesmo assim avançam às semifinais. Quem também levou a melhor na casa das adversárias foi a Ferroviária, ao triunfar por 1 a 0 sobre o Internacional. Já o São Paulo arrancou o empate em 1 a 1 no clássico contra o Palmeiras, e vai lutar pela classificação no jogo da volta no Allianz Parque. O último confronto de ida ocorre nesta segunda-feira (19), entre Cruzeiro e Corinthians, às 20h (horário de Brasília), em Muriaé (MG). VITÓRIA NA IDA! 🧜‍♀️⚪️⚫️ Pelo primeiro jogo das quartas de final do #BrasileirãoFeminino, as #SereiasDaVila bateram, fora de casa, o Flamengo por 3 a 1! Os gols santistas foram marcados por Yaya, Cristiane e Thaisinha. VAMOS! pic.twitter.com/ijpkmWXNWX — Sereias da Vila (@SereiasDaVila) June 18, 2023 O Flamengo recebeu o Santos no Estádio Volta Redonda (RJ), e viu as Sereias da Vila abrirem o placar logo aos três minutos de jogo com gol da volante Vitória Yaya. Já nos minutos finais do primeiro tempo, Leidi empatou para as donas da casa. No entanto, depois do interval, o Santos voltou a liderar o placar após gol de cabeça da atacante Cristiane, e seis minutos depois, Thasinha marcou o terceiro das Sereias fora de casa. Com a derrota de hoje, o Flamengo terá de vencer por pelo menos dois gols de diferença para definir a classificação na cobrança de pênaltis. No regulamento do Brasileirão feminino não existe gol qualificado (vantagem para o time que marca fora de casa). O jogo da volta será na Vila Belmiro, no próximo domingo (25), às 10h (horário de Brasília).  💪🇱🇻🚂💨Agora é na Fonte Luminosa! Neste domingo, as Guerreiras Grenás venceram o Internacional-RS por 1 a 0, no estádio Centenário, em Caxias do Sul-RS, pela primeira partida das quartas de final do Brasileiro! O gol foi marcado por Luana! (+) pic.twitter.com/FAgD1cW4oU — Guerreiras Grenás (@guerreirasgrena) June 18, 2023 A Ferroviária visitou o Internacional em Caxias do Sul (RS) e a zagueira Luana Sartório garantiu a vitória das visitantes por 1 a 0 aos 39 minutos do segundo tempo, num chute certeiro  após cruzamento de Aline Gomes. No duelo da volta, às 10h do domingo que vem, 25 de junho, no estádio Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), as Guerreiras Grenás dependerão apenas de um empate para avançar às semifinais. Já o Inter precisará vencer por dois ou mais gols de diferença para garantir a vaga. Se devolver o placar de hoje, decidirá a classificação nas penalidades.  Confronto de ida equilibrado! Tudo igual entre @SaoPauloFC_Fem e @Palmeiras_FEM! Um gol para cada lado… #QuartasBrFem pic.twitter.com/PllxE9lGGx — Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) June 18, 2023 No clássico Choque-Rainha (São Paulo x Palmeiras), em Santo André (SP), as palestrinas abriram o placar aos 27 minutos. Leticia Ferreira aproveitou escanteio cobrado por Andressinha para chutar no fundo da rede. O jogo seguiu emocionante na segunda etapa e, de tanto insistir, as são-paulistas arrancaram o empate aos 44 minutos, com um lindo chute da volante Maressa, desferido da entrada da área, sem chances para a goleira Amanda. No próximo domingo (25), às 10h, o Palmeiras e São Paulo chegam em condições iguais para definir a vaga nas semifinais. Quem ganhar, leva. Fonte

Casal de mulheres cria projeto para empreendedorismo de minorias

As exclusões sofridas no mercado de trabalho por Nanny Mathias e sua esposa, Isabelly Rossi, obrigaram o casal de mulheres negras a apostar no empreendedorismo para sobreviver e construir uma vida melhor. E o entendimento sobre essas dores vivenciadas foi o ponto de partida para desenhar um projeto voltado ao fortalecimento de empreendedores mulheres, negros, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, o Hub Diversidade Colorida, que realizou neste domingo (18) a Feira Diversidade Colorida, no Parque Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro. Em entrevista à Agência Brasil, no Mês do Orgulho LGBTQIA+, a CEO do Hub, Nanny Mathias, disse que a proposta da feira é reunir empreendedores desses grupos para criar mais conexões, possibilitando parcerias, investimentos e também mais negócios. “A gente gera esse espaço seguro e inclusivo para que as pessoas possam expor o seu trabalho, sua arte, seus negócios, porque são pessoas que historicamente são marginalizadas e violentadas pela sociedade, que sofrem exclusão social, educacional e profissional”, disse Nanny, que conta com a parceria da mulher na realização da empreitada. Essa violência é algo que a própria organizadora do evento relata em sua trajetória. Ao se matricular com a mulher para concluir o ensino médio, já que a necessidade de trabalhar havia empurrado ambas para a evasão escolar, ela narra um episódio de lesbofobia que exemplifica o por quê da necessidade de uma educação que seja segura para minorias. Nanny Mathias e Isabelly Rossi, organizadoras e idealizadoras da Feira Diversidade Colorida – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil “Quando a gente voltou ao âmbito escolar, há alguns anos, eu e minha esposa, no primeiro dia de aula, sofremos um ataque lesbofóbico pelo nosso professor de história, que queria saber quem era o homem da relação. E, não contente com a gente dizer que não tinha homem na relação, ele insistiu e criou histórias, perguntou quem pagaria pensão se a gente se separasse, quem ficaria com os filhos. Ele constrangeu a gente de forma muito violenta, e quando fomos falar com a direção, a direção simplesmente ocultou o fato”, disse. O episódio, segundo Nanny, foi antes de a LGBTfobia ser criminalizada pelo Supremo Tribunal Federal. “Na delegacia, falaram para gente que poderíamos denunciar se tivesse uma lei que protegesse a gente, mas não tinha”. No mercado de trabalho, ela também relata experiências dolorosas, que impediam que se mantivesse muito tempo no mesmo emprego. “Além de ser uma mulher lésbica, sou preta e sapatão. Tenho uma forma de vestir e viver que é diferente. Exigem um padrão das mulheres, e eu chego quebrando isso. Eu trabalhei em uma empresa em que as pessoas queriam saber quem era o meu marido, porque eu não dizia que era casada com uma mulher. Me pressionaram tanto que mostrei a foto, e começaram a dizer ‘eu já sabia’. Minha gerente na época disse que minha vida pessoal não tinha nada a ver e que não tinha preconceito. Mas, no dia seguinte, ela me demitiu”. Essas experiências fizeram a empreendedora pensar o projeto também como uma rede de apoio, já que o fato de ter partido para gerir seu próprio negócio não a poupou de novos episódios de discriminação. “As violências são diárias e em todos os âmbitos. Hoje, eu sofro as do mundo dos negócios”, afirma. “O meu corpo representa muito, sou mulher e enfrento machismo. Sou preta e enfrento racismo. Sou lésbica e enfrento LGBTfobia. Sou do axé e acabo sofrendo intolerância religiosa”. Feira Diversidade Colorida – Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil Entre os micro e pequenos empreendedores que participaram da feira deste domingo há negócios de diferentes setores, como artesanato, gastronomia e moda. Os participantes foram inscritos também em um laboratório de empreendedorismo, focado em capacitar essas pessoas. “São pessoas que estão no empreendedorismo por necessidade em muitas das vezes, pessoas que não puderam estudar para depois empreender e estão fazendo isso ao mesmo tempo. Entendendo essa necessidade, de tantos negócios quebrando por não saber gerir, a gente criou esse laboratório, para gerar um espaço de inclusão e capacitação. A gente tem uma rede de mais de 100 empreendedores”, disse Nanny, que vê o empreendedorismo desses grupos vulnerabilizados como uma ação transformadora no mercado de trabalho. “Infelizmente, o mercado ainda tem uma exclusão muito grande de pessoas pretas e LGBTQIA+, e quando você é preta e LGBTQIA+, tudo dentro do mesmo corpo, essa exclusão é muito maior. Essas pessoas, muitas vezes, dentro dos seus próprios negócios, já levam mensagens sobre aquilo que elas vivem, viveram e sobre a exclusão que elas sofrem. Então, elas vão transformando, assim como eu, as dores delas em um negócio criativo. Isso é muito interessante”. Source link

Rugby: seleção feminina leva título sul-americano e vaga à Paris 2024

O rugby sevens feminino brasileiro carimbou o passaporte rumo à Olimpíada de Paris e será uma das 12 seleções a disputar a principal competição esportiva mundial. As Yaras, como é conhecida a seleção feminina, foram contempladas com a vaga olímpica neste domingo (18), ao conquistarem de forma antecipada o título do Campeonato Sul-Americano, em Montevidéu (Uruguai), mantendo uma invencibilidade de 21 anos na competição. Já campeãs, após derrotarem o Chile por 45 a 7 nesta manhã, as brasileiras voltarão a campo contra a Colômbia, às 17h40 (horário de Brasília) deste domingo (18), apenas para cumprir tabela. Além das Yaras,  já asseguraram vaga olímpica as equipes da França, Austrália, Nova Zelândia, Irlanda e Estados Unidos. É VAGA OLÍMPICA! 🏉🇧🇷 A Seleção Brasileira feminina de Rugby conquista seu 21º título sul-americano e garante vaga nos Jogos Olímpicos Paris 2024! @Paris2024 é logo ali, Yaras!! 💚💛 pic.twitter.com/AA8a9mYBvh — Time Brasil (@timebrasil) June 18, 2023 A campanha invicta no Sul-Americano, competição de pontos corridos, começou com vitória do Brasil na estreia por 17 a 5 contra a Argentina. Na sequência derrotaram Paraguai (27 a 0), Uruguai (48 a 0) e hoje o Chile. A Colômbia, última adversária,  perdeu os últimos jogos para Chile (22 a 0) e Uruguai (17 a 12) e não tem mais chances de colar no Brasil. O 21º título sul-americano coroa uma trajetória soberana das Yaras desde o início da competição: a equipe venceu todas as edições, exceto a de 2015 (ré-Olímpico para Rio 2016), pois já tinham vaga garantida como país-sede.  #SAR7s | Feminino Encerrado, 🇨🇴Colômbia 12 x 17 Uruguai🇺🇾 Com o resultado… 🇧🇷BRASIL É CAMPEÃO SUL-AMERICANO FEMININO PELA 21ª VEZ! E ESTÁ NOS JOGOS OLÍMPICOS PARIS 2024@timebrasil @JogosOlimpicos 📷 Kévin Sganzerla pic.twitter.com/5gDqR76oYY — Brasil Rugby (@brasilrugby) June 18, 2023 Também nesta tarde, a seleção masculina, apelidada de Tupis, disputa o terceiro lugar com a Colômbia a partir das 17h, para garantir presença na  Repescagem Mundial em 2024, última chance para assegurar a vaga olímpica.  Brasil em Paris 2024 Além das Yaras, o  Brasil estará em Tóquio com Paola Reis (ciclismo BMX), Tatiana Weston-Webb (surfe), Daniel Nascimento (maratona), Caio Bonfim (marcha atlética), Philipe Chateaubrian (tiro esportivo) e seleção brasileira feminina de futebol. Fonte

Brasil sofre 2º revés na Liga das Nações Feminina com derrota para EUA

Após seis vitórias consecutivas, a seleção brasileira feminina de vôlei sucumbiu diante dos Estados Unidos, com derrota por 3 sets a 0 (22/25, 19/25 e 22/25), no encerramento da segunda rodada classificatória, no Estádio Nilson Nelson, em Brasília (DF). O revés, o segundo do Brasil na competição, reeditou a final olímpica nos Jogos de Tóquio, quando a seleção deixou escapar o ouro ao perder por 3 sets a 0 para as norte-americanas.  🇧🇷 0 x 3 🇺🇸 A seleção feminina de @volei é superada pelos Estados Unidos Último jogo da 2ª rodada da Liga das Nações 22/25, 19/25 e 22/25 pic.twitter.com/C4zObZ74dK — Time Brasil (@timebrasil) June 18, 2023 “O saque delas dificultou a nossa recepção e tivemos dificuldade com os nossos contra-ataques. É nisso que precisamos melhorar. Esses jogos servem como parâmetro. A Priscila Daroit sentiu o adutor esquerdo e optamos por preservá-la na partida porque temos muita competição pela frente. Ficamos com uma opção menos para o jogo. Os Estados Unidos jogaram com mais naturalidade e foram mais eficientes. Precisamos melhorar a nossa relação entre o bloqueio e a defesa para jogos como esse contra os Estados Unidos”, analisou José Roberto Guimarães, técnico da seleção, em depoimento à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Com o tropeço neste domingo (18), o Brasil caiu para a quinta posição (18 pontos) na tabela de classificação, liderada pela Polônia (20). Os Estados Unidos ocupam a segunda posição (19), seguidos por Turquia (19) em terceiro e China (18) em quarto lugar. O destaque da partida foi a oposta norte-americana Thompson, a maior pontuadora em quadra, com 15 pontos. Já do lado brasileiro, quem sobressaiu foi a central Thaisa, com 12 pontos, 10 deles no ataque.  “Temos que aprender com uma partida como essa. Os Estados Unidos jogaram muito bem e mereceram a vitória, mas podemos jogar melhor do que apresentamos hoje. Conseguimos buscar o jogo em alguns momentos, mas não foi o suficiente. A palavra para o nosso grupo é evolução. É nisso que vamos focar nos próximos jogos”, projetou a central. Valeu, Brasília!! 🇧🇷 Foram três vitórias da seleção feminina em quatro jogos na segunda etapa da Liga das Nações. Hoje, as brasileiras foram superadas pelos Estados Unidos, por 3 sets a 0. De cabeça erguida seguimos para a terceira etapa, na Tailândia! Vamos juntos! 💪 💚💛 pic.twitter.com/fMDiH3KioD — CBV (@volei) June 18, 2023 A seleção embarca na próxima terça-feira (20) para Bangcoc (Tailândia), sede da terceira e última rodada da fase classificatória. O primeiro jogo será contra a Itália, em 28 de junho, às 20h30 (horário de Brasília). O Brasil  busca um título inédito na Liga das Nações, após três vice-campeonatos. Os jogos da competição também somam pontos para o o ranking mundial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB, na sigla em inglês), um dos parâmetros  na corrida por vaga olímpica aos Jogos de Paris 2024.  A Liga reúne as 12 países mais bem ranqueadas pela FIVB. Na primeira fase (classificatória) – de 30 de maio a 2 de julho -cada seleção joga 12 partidas, em quatro semanas, em locais diferentes. As oito mais bem colocadas avançam à fase eliminatória (quartas de final). Detalhe: os Estados Unidos já têm vaga garantida nas quartas, por serem os anfitriões da fase final (de 12 a 16 de julho). Programação  Tailândia (última semana da fase classificatória) 28 de junho – 10h30 – Brasil x Itália 29 de junho – 07h: – Brasil x Canadá 30 de junho – 10h30 – Brasil x Turquia   2 de julho – 10h30 – Tailândia x Brasil  Estados Unidos (fase final) 12 a 16 de julho Fonte

Câmara aprova projeto que pune discriminação de políticos

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece punição a quem discriminar pessoas politicamente expostas em bancos e instituições financeiras. O texto enviado ao Senado prevê pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa para quem negar a abertura de conta ou sua manutenção, ou mesmo a concessão de crédito ou outro serviço.  A proposta inclui políticos eleitos e detentores de altos cargos nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal). A proposta abrange ainda pessoas que respondem a investigação preliminar, termo circunstanciado, inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, ou pessoas que figuram como rés em processo judicial em curso (sem trânsito em julgado).  No caso das pessoas politicamente expostas, as normas do projeto alcançam ainda as pessoas jurídicas das quais elas participam, os parentes e os estreitos colaboradores. São considerados familiares os parentes, na linha direta, até o segundo grau, o cônjuge, o companheiro, a companheira e enteados.  Também serão consideradas politicamente expostas e abrangidas aquelas pessoas que sejam, no exterior: chefes de Estado ou de governo; políticos de escalões superiores; ocupantes de cargos governamentais de níveis superiores; oficiais generais; membros de escalões superiores do Poder Judiciário; executivos de níveis superiores de empresas públicas e dirigentes de partidos políticos.  De igual forma, o texto considera pessoas expostas politicamente os dirigentes de escalões superiores de entidades de direito internacional público ou privado, como órgãos das Nações Unidas, por exemplo.  Para a identificação das pessoas expostas politicamente, deverá ser consultado o Cadastro Nacional de Pessoas Expostas Politicamente (CNPEP), disponível no Portal da Transparência, ou em outras bases de dados oficiais do poder público. No caso de pessoas do exterior ou estrangeiros, devem ser consultadas fontes abertas e bases de dados públicas e privadas.   O texto define que, em todos os casos, a condição de pessoa exposta politicamente tem duração de cinco anos, contados da data em que a pessoa deixou de figurar nas posições listadas. Instituições financeiras A proposta altera a lei sobre o processo administrativo sancionador das instituições financeiras (Lei 13.506/17) para exigir um documento com a motivação para casos de negativa.   Quanto ao crédito, o documento deve conter motivação técnica e objetiva para a recusa, não podendo alegar recusa somente pela condição de pessoa politicamente exposta do pleiteante ou ainda pelo fato de a pessoa figurar como ré em processo judicial em curso ou ter decisão de condenação sem trânsito em julgado.   Se o representante legal da instituição financeira negar-se a apresentar ao solicitante esses documentos, responderá por eventuais danos morais e patrimoniais causados, sem prejuízo de responsabilização penal.   Os documentos deverão ser entregues em cinco dias úteis, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Críticas Em nota, a Transparência Internacional (TI) diz que o texto tramitou em “rito acelerado” e que ataca diretamente um instrumento central no combate à lavagem de dinheiro e ao uso de laranjas: o monitoramento adicional e a tomada de medidas mitigadoras de riscos com relação aos ocupantes de cargos e funções públicas que, em razão de sua atuação profissional, apresentam riscos adicionais de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.     “Este projeto foi discutido pela primeira vez apenas na semana passada e não constava na pauta da Câmara dos Deputados ontem [14]. Ao invés de ser discutido pelas três comissões temáticas que tinham competência sobre a matéria do projeto, foi apresentado parecer de plenário em substituição a estas comissões. O texto do substitutivo nem tinha sido apresentado para os próprios deputados, que tiveram acesso ao projeto apenas minutos antes da votação. Isso impediu qualquer discussão sobre os méritos e os riscos do projeto”, afirma a entidade na nota divulgada quinta-feira.   Segundo a TI,  o projeto coloca em risco três avaliações sobre o cumprimento de medidas anticorrupção e antilavagem de dinheiro em organismos internacionais: o Grupo de Trabalho Antissuborno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); o Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI); e a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (UNCAC). Defesa Na avaliação do líder do União Brasil, deputado Elmar Nascimento (BA), não se trata de criar privilégios, mas de garantir que as pessoas que pretendem entrar na vida pública não sejam intimidadas por regras financeiras.  “É inadmissível uma filha de um sócio nosso, um sobrinho nosso, sem qualquer tipo de problema, ter a sua conta sustada simplesmente por que é filho, sobrinho, ou parente de um político”, disse. Essas regras afastam as pessoas da vida pública, afirmou o deputado.  *Com informações da Agência Câmara de Notícias Source link

Saiba como a nova Lei Geral do Esporte atua no combate à discriminação

Os últimos episódios de discriminação racial no futebol chamam a atenção para o debate sobre mudanças na legislação para combater esse tipo de crime. A nova Lei Geral do Esporte, que unifica a legislação esportiva brasileira, foi publicada na última quinta-feira (15), no Diário Oficial da União, após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com vetos.   Entre os trechos retirados está a criação da Autoridade Nacional para Prevenção e Combate à Violência e à Discriminação no Esporte (Anesporte). A instituição proposta seria responsável por elaborar políticas de combate à violência, invasões e às diversas formas de discriminação nas arenas esportivas. Entre as punições que poderiam ser imediatamente aplicadas pela própria Anesporte estava o impedimento imediato dos suspeitos de envolvimento nesses crimes de comparecer a eventos esportivos pelo prazo de até cinco anos. Segundo declarações da Ministra dos Esportes, Ana Moser, o veto aconteceu por questões legais, já que a lei teve início com um projeto de iniciativa da Comissão Diretora do Senado Federal e a criação de órgão do Poder Executivo deve partir de uma proposta do governo federal. A senadora Leila Barros (PDT-DF), que é ex-atleta e participou ativamente dos debates sobre a nova legislação, considerou que os vetos são parte do processo legislativo, já que as regras de tramitação não permitem ao governo federal emendas ao texto aprovado. “Em razão disso, houve a necessidade de manter a Lei Pelé em vigor, para evitar vácuos na legislação esportiva”, explicou Leila. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também manifestou, por meio de nota, que considera um avanço o maior rigor e aumento das penas trazidas na nova lei, em relação aos atos de discriminação em espaços esportivos. “Esse tema é de extrema importância e a CBF já havia se antecipado e revisado o Regulamento Geral de Competições para impor penalidades mais severas.”  Mesmo sem a Anesporte, a nova legislação traz pontos importantes para atuação das autoridades esportivas em relação aos crimes de discriminação. No Artigo 201, que estabelece pena de reclusão de um a dois anos, e multa para torcedores envolvidos em brigas de torcida. O sétimo parágrafo do artigo duplica a pena para casos em que as brigas envolvam racismo, ou infrações cometidas contra mulheres. Sistema nacional A LGE também prevê a criação do Sistema Nacional do Esporte (Sinesp), que unifica as instituições desportivas, por meio de um Plano Nacional do Esporte. A previsão é de que o plano seja elaborado com diversidade e participação social de municípios, estados e Distrito Federal é outro aspecto organizativo, que prevê mecanismos para “erradicar ou reduzir as manifestações antiesportivas”. Dento das atribuições previstas para as entidades participantes do novo Sinesp, descritas no Artigo 11, estão a adoção de medidas de combate à violência, corrupção, racismo, xenofobia, homofobia, sexismo e qualquer outra forma de discriminação, uso de substâncias ilegais e métodos tipificáveis como dopagem. Até a regulamentação da lei, na forma de uma instituição executora, os entes do Sinesp devem enfrentar as mesmas limitações atuais para fiscalizar e executar as penalidades que já existiam em leis anteriores à nova legislação, como é o caso do Artigo 158, que trata do acesso e de permanência do espectador no recinto esportivo. Portar cartazes, bandeiras, símbolos, mensagens ofensivas, ou entoar cânticos preconceituosos seriam motivos suficientes para que torcedores fossem barrados na entrada das arenas, ou, até mesmo, retirados dos locais. Como não há uma entidade responsável para atuar nos espaços esportivos, crimes dessa natureza precisam aguardar os trâmites judiciais e, muitas vezes, quem os comete permanece frequentando as arenas esportivas. Segundo Lelia Barros, o presidente Lula assinou um despacho para que o Ministério do Esporte encontre, em até 90 dias, a solução legislativa para preencher as lacunas criadas pelos vetos. “Estarei juntamente com o Ministério do Esporte trabalhando nas respostas para garantir uma legislação esportiva justa, igualitária e eficiente” afirma a senadora. Fonte