Brasil estreia com vitória sobre Cuba em Copa América de basquete
A estreia da seleção brasileira feminina de basquete na AmeriCupW (Copa América da modalidade entre as mulheres) não poderia ter sido melhor. Neste sábado (1º), em León, no México, as comandadas de José Neto não tiveram dificuldades para ganhar da seleção de Cuba por 92 a 53 e sair com o pé direito na competição que dá a largada na disputa por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A ala/pivô Sassá foi a cestinha, com 16 pontos. No duelo de abertura, o Brasil, que foi medalhista de bronze nas duas últimas edições do campeonato (2019 e 2021), venceu os quatro quartos, mas foi especialmente dominante na primeira e na última parciais. Após 12 minutos de basquete, a seleção já tinha 15 pontos de vantagem (29 a 14). Nos períodos seguintes, a equipe administrou os pontos a frente que obteve no placar e, no quarto final, novamente disparou (24 a 6), chegando a abrir uma sequência de 16 a 1 em um determinado momento. A seleção fechou o jogo em 92 a 53. O Brasil já tem novo compromisso neste domingo (2), diante da Venezuela, às 15h10 (horário de Brasília). A equipe faz parte do grupo B, que tem cinco integrantes: Argentina, Estados Unidos, Cuba, Venezuela, e o próprio Brasil. O grupo A é formado por Canadá, Porto Rico, República Dominicana, México e Colômbia. Na primeira fase, as dez seleções jogam dentro das próprias chaves. Os quatro melhores de cada grupo avançam às quartas de final. Daí em diante até a final, os duelos serão em formato mata-mata. A AmeriCuPW classifica campeã e vice para o Pré-Olímpico Mundial. As equipes que terminarem entre o terceiro e o sexto lugares terão vaga no Pré-Olímpico das Américas. Fonte
São Paulo vence Flu por 1×0 pelo Campeonato Brasileiro
Os quase 50 mil torcedores presentes ao Estádio do Morumbi neste sábado (1º), em sua maioria são-paulinos, tiveram que ser pacientes, mas saíram satisfeitos. Na abertura da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol, o São Paulo derrotou o Fluminense por 1 a 0, com um gol de Luciano aos 42 do segundo tempo e se igualou ao adversário na classificação da Série A. Ambos têm 21 pontos e cinco gols de saldo, com o time carioca ficando uma posição acima (é o quinto colocado no momento) por ter marcado um gol a mais (19 contra 18). O tricolor paulista adotou uma postura mais objetiva, terminando a partida com o quíntuplo de finalizações (20 contra apenas quatro), mesmo com uma posse de bola relativamente equilibrada (55% para o São Paulo, 45% para o Flu). O time marcou a saída de bola do adversário, mas não criou tanto perigo quando finalizou. Na primeira etapa, o mais perto que chegou foi em cabeçada de Arboleda que terminou em defesa de Fábio, em lance anulado por impedimento. Gol no final Na segunda etapa, os jogadores do São Paulo mantiveram a proposta e conseguiram boa chance quando Juan foi lançado pela direita e saiu de frente para Fábio. O chute do atacante foi defendido pelo goleiro. Aos 42, no entanto, a insistência foi premiada. Rafinha lançou na área, David ajeitou de cabeça para o meio e Luciano chutou. A bola desviou na zaga e entrou: 1×0. Ao final da partida, o colombiano Jhon Arias, do Fluminense, acabou expulso após confusão com Pablo Maia, do São Paulo. O resultado quebrou uma sequência de quatro jogos sem derrota da equipe carioca no campeonato. O time agora descansa por uma semana antes de enfrentar o Internacional, no próximo domingo (9), no Maracanã. Já o São Paulo terá dias movimentados. Na quarta-feira (5), abre o confronto de quartas de final da Copa do Brasil diante do rival Palmeiras, no Morumbi. Quatro dias depois, enfrenta o Bragantino pelo Campeonato Brasileiro. Fonte
Tuna Luso vence Humaitá e fica perto da classificação na Série D
A partida entre a Tuna Luso, do Pará, e o Humaitá, do Acre, marcou, neste sábado (1º), o início das transmissões da Série D do Campeonato Brasileiro de Futebol pela TV Brasil em 2023. Os paraenses venceram por 2 a 0, no Estádio Francisco Vasques, o Sousa, em Belém, pela 11ª rodada da competição, equivalente à quarta divisão do futebol nacional. A vitória levou a Tuna aos 22 pontos, praticamente encaminhando a classificação à etapa eliminatória da Série D. A Águia Guerreira – como é conhecida a equipe de Belém – iniciou o fim de semana na vice-liderança do Grupo A. No momento, são nove pontos de diferença para o Princesa do Solimões, do Amazonas, time quinto colocado e que está jogando nesta tarde contra o São Raimundo, de Roraima, no Canarinho, em Boa Vista. O Humaitá – também chamado de Tourão de Porto Acre – permanece com 14 pontos, na quarta posição, mas deve ser ultrapassado por Princesa (13 pontos) ou São Raimundo (11 pontos). Os quatro primeiros da chave avançam para o mata-mata. Restam três rodadas para o fim da fase de grupos. As equipes voltam a campo no próximo fim de semana. No sábado (8), às 18h, o Humaitá recebe o Águia de Marabá, do Pará, no Florestão, em Rio Branco. No domingo (9), às 15h, a Tuna encara o São Francisco, do Acre, novamente no Souza. A Série D na TV Brasil, por sua vez, continua neste domingo (2), com o duelo gaúcho entre Brasil de Pelotas e Caxias, às 15h, no Estádio Bento Freitas, em Pelotas (RS). A partida vale pelo Grupo H da competição. Superioridade paraense Com o elenco todo à disposição, o técnico da Tuna, Júlio César Nunes, repetiu a formação que venceu o Águia de Marabá por 3 a 1 na rodada passada, no Estádio Zinho de Oliveira, em Marabá. No Humaitá, foram quatro mudanças em relação ao time derrotado pelo São Francisco por 1 a 0, no Florestão. Houve, ainda, troca na comissão, com o preparador de goleiros Dorielson Mendes comandando a equipe e Maurício Carneiro – que estava como treinador – reassumindo a preparação física. O primeiro tempo foi totalmente dominado pela Tuna. Pressionando o Humaitá no campo defensivo, o time da casa assustou logo no primeiro minuto, com Emerson Nike. O atacante desviou de cabeça um cruzamento pela esquerda do lateral Cássio, acertando a trave. Na sequência, o atacante Pedrinho arriscou o chute de fora da área e obrigou o goleiro Tião a se esticar todo para mandar a bola para fora. Aos 13 minutos, o meia Lukinha teve a chance em cobrança de falta na entrada da área, mas a batida saiu mascada e parou em Tião, que defendeu em dois tempos. A pressão dos anfitriões, enfim, deu resultado aos 25. Pedrinho bateu escanteio pela direita e o atacante Paulo Rangel, de cabeça, mandou para as redes. O segundo gol não demorou a sair. Aos 34 minutos, Pedrinho avançou pela esquerda e cruzou rasteiro. Paulo Rangel deixou a bola passar e Emerson Nike finalizou no canto, ampliando a vantagem paraense. Aos 43, após a troca de passes na entrada da área, Lukinha chutou de bico, rente à trave esquerda. Nos acréscimos, Tião ainda salvou uma batida perigosa de Paulo Rangel, quase na pequena área, pela direita, desviando para a trave. O cenário não se alterou na volta do intervalo, com a Tuna tomando conta do campo do Humaitá. Aos 13 minutos, o atacante Miliano dominou na área, pela direita, e cruzou na cabeça de Paulo Rangel, que escorou de cabeça no canto de Tião. O gol, porém, foi anulado, por impedimento do jogador da Águia Guerreira. As alterações, algumas motivadas por lesão, diminuíram sensivelmente a intensidade da partida no segundo tempo. Confortável com a vitória, a Tuna passou a marcar a partir do meio de campo, poupando fôlego e saindo com perigo nos contra-ataques. O Humaitá, apesar de ter mais a bola que nos 45 minutos iniciais, pouco assustou a meta dos anfitriões, que chegaram ao décimo jogo sem derrotas na Série D. Regulamento A Série D reúne 64 times, sendo os quatro rebaixados da Série C do ano passado (Brasil de Pelotas, Atlético-CE, Ferroviário-CE e Campinense-PB) e 60 que se classificaram de acordo com vagas distribuídas via torneios estaduais de 2022. Na primeira fase, os clubes estão divididos em oito grupos com oito equipes em cada, que duelam entre si duas vezes, totalizando 14 partidas. As chaves são regionalizadas. As etapas seguintes são eliminatórias, com jogos de ida e volta. Os quatro semifinalistas garantem acesso à terceira divisão nacional de 2024. Fonte
Lula defende investimento no futebol para mullheres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (1º), que é preciso garantir a prática de esporte às mulheres na mesma proporção que é oferecida aos homens. “Nas escolas, tem que ter espaço de futebol”, defendeu. “Vocês têm que escolher o que vocês querem praticar, e a escola tem que se adaptar à vontade e às necessidades das alunas que querem praticar futebol”, disse Lula às jogadoras da seleção brasileira feminina de futebol. Ele esteve no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para o treino da equipe e desejou boa sorte na Copa do Mundo, que começa dia 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia. Neste domingo (2), a arena será palco do último amistoso da seleção brasileira antes da competição. “Eu sonho que um dia o futebol feminino possa lotar os estádios como o futebol masculino. É um trabalho de politização da sociedade, é um trabalho de divulgação, é um trabalho de convencimento”, apontou Lula, acrescentando que é preciso garantir ainda a igualdade de pagamentos entre todos os jogadores, homens e mulheres. Segundo o presidente, as equipes brasileiras de vôlei, por exemplo, tanto masculina como feminina, tiveram uma “ascensão exuberante” em razão dos grandes investimentos. “No futebol tem que ser assim”, disse. Em março, Lula assinou decreto que cria a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Futebol Feminino no país. O programa, sob responsabilidade do Ministério do Esporte, prevê medidas de promoção do desenvolvimento do futebol profissional e amador, ampliação dos investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado da bola. Copa no Brasil O governo também faz campanha para que a Copa do Mundo Feminina de 2027 ocorra no Brasil. Segundo Lula, o país possui estrutura e estádios de qualidade para receber a competição, os mesmos construídos para a Copa do Mundo masculina, em 2014. O presidente afirmou que ficou “frustrado” com os acontecimentos que antecederam a competição daquele ano. Na ocasião, milhares de brasileiros foram às ruas em protestos violentos em várias cidades contra os gastos com o evento. Segundo Lula, entretanto, nunca se provou corrupção nas construções dos estádios, apesar das denúncias e investigações. Em 2017, por exemplo, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou ação pedindo que cerca de R$ 200 milhões fossem devolvidos aos cofres públicos por suspeita de superfaturamento nas obras do Maracanã. No Distrito Federal, a Polícia Federal indiciou dois ex-governadores por envolvimento em esquema de superfaturamento das obras do Estádio Mané Garrincha. “O ano de 2013 foi um inferno nesse país, e a Copa do Mundo foi banalizada, porque nem os patrocinadores divulgavam a Copa do Mundo corretamente. Foi uma Copa do Mundo sem ter clima, muito negativo. Tudo se dizia que havia corrupção nos estados, e não se provou corrupção. Já faz 10 anos que houve a Copa do Mundo, e em nenhum estado foi provado que houve corrupção, mas as denúncias aconteceram. Dessa vez parece que vai ser mais fácil, porque a gente não tem mais que gastar dinheiro para fazer estádio”, disse. Visita ao treino A seleção entra em campo neste domingo (2) contra o Chile, às 10h30. Lula não acompanha o jogo pois viaja para Salvador para as comemorações da Independência do Brasil na Bahia, evento que marca a saída definitiva do exército português da então província, em julho de 1823. Na visita de hoje ao treino da seleção, o presidente estava acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e das ministras do Esporte, Ana Moser; das Mulheres, Cida Gonçalves; e da Igualdade Racial, Anielle Franco, além dos ministros da Secretaria-Geral, Marcio Macêdo, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. Lula e Janja ganharam camisetas personalizadas da seleção. O presidente também foi presenteado com o uniforme preto, produzido para a campanha da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contra o racismo. Ao anunciar a convocação das 26 atletas que irão ao mundial, a técnica do time feminino, Pia Sundhage, avaliou que a seleção tem chances reais de conquistar o título. A Copa do Mundo será disputada a partir do dia 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia. Fonte
Filme Sonhos exilados traz histórias de imigrantes africanos em SP
Da África para o Brasil, mulheres e homens imigrantes vieram com sonhos e expectativas, mas se depararam com desilusões e xenofobia. São histórias que podem ser vistas no curta do angolano Paulo Chavonga, que traz a narrativa de vendedores imigrantes africanos nas ruas de São Paulo. Paulo conta que a ideia surgiu quando chegou no Brasil e viu muitos imigrantes parecidos com ele, mas ao mesmo tempo muito diferentes. “Mas, o Brasil colocava a gente no mesmo grupo. O fato da gente vir aqui com sonhos nos fez pensar que chegaríamos no Brasil como um país irmão, porque muitos deles se sentiram muito atraídos, por exemplo, pelo futebol e pelo fato da seleção brasileira ter muitos jogadores negros, então passava uma imagem de país muito acolhedor. Mas, ao chegar aqui a gente se depara com uma série de questões que nos excluem: tem a xenofobia e o racismo, que a gente não sabe muito lidar”, conta Chavonga. Paulo Chavonga aborda cotidiano dos africanos no Brasil – Gabryel Sampaio Artista nascido em Benguela (Angola), Paulo atualmente vive em São Paulo. Ele conta que em sua terra natal, o sofrimento é pela desigualdade social, não por racismo. “Viemos de um país em que a gente no máximo sofria desigualdade social, mas nunca por falta de referências, por falta de oportunidade e não essa desigualdade por conta da raça. Trouxe as histórias dessas pessoas que são muito silenciadas”. O cineasta mostra que o racismo no país leva muitos imigrantes africanos à migração reversa, ou seja, quando os imigrantes saem do Brasil para outros países ou mesmo para retornarem à sua terra natal. “No filme eles contam os sonhos que tinham antes de vir para o Brasil e o sonhos que eles têm já aqui, inclusive mostro também uma migração reversa, dessas pessoas que vieram para o Brasil para poder procurar melhores condições de vida, mas por conta desses estigmas, dessa violência, eles fazem o caminho de volta ou vão para outros países”, explicou. Além dos dissabores, o filme aborda também a alegria ao viver no país e a atração dos africanos pelo Brasil. “É de fato um povo muito alegre, a cultura é muito diversa e a gente se encanta com o jeito de ser do Brasil, com essa mistura, essa alegria. Como falei do futebol, essa diversidade racial na seleção brasileira, isso nos atrai de alguma forma. E o fato também do Brasil nos oferecer um misto de experiências, isso amplia nosso campo de visão sobre o mundo quando a gente chega aqui”. O cineasta pretende, com o filme, abrir o diálogo entre os imigrantes africanos e os brasileiros. “O filme abre porta para o diálogo e também pretende questionar o imaginário brasileiro sobre o imigrante africano e negro, porque o Brasil tem essa máscara de um país super acolhedor, mas tem questões que nos silenciam e vão consumindo a gente por dentro. Meu objetivo com o filme é abrir um diálogo e também questionar as pessoas, o imaginário brasileiro, o continente africano e negro aqui no Brasil”. O curta foi lançado na última terça-feira (27), no Cine Olido, em São Paulo e já pode ser assistido no Canal Conexão Angola Brasil, do Youtube. A produção integra a exposição “Onde o arco íris se esconde”, que começa em 8 de julho, no Museu da Imigração, em São Paulo e será exibido também no local. Exposição Além de cineasta, Paulo Chavonga, é poeta e artista plástico. Na exposição individual do artista, organizado pelo coletivo conexão Angola Brasil através do projeto “Histórias que pintam África Pelas Ruas de São Paulo”, mostra suas obras. Exposição de Paulo Chavonga Onde o arco íris se esconde – Gabryel Sampaio Na exposição Onde o arco íris se esconde, Chavonga faz conexões entre trajetórias de imigrantes africanos, a experiência cotidiana em outro país e o universo da representatividade artística. A exposição integra 60 pinturas, uma instalação que reproduz uma barraca de venda de tecidos da Praça da República, dois vídeos e 12 poemas, que serão apresentados escritos ou em áudios espalhados pelo Museu. No dia da estreia, os poemas serão declamados pelos poetas angolanos Ermi Pazo e Mwana N´gola. O projeto “Histórias que pintam África Pelas Ruas de São Paulo” foca nas múltiplas relações construídas entre Angola e Brasil pelas artes. Source link
Justiça itinerante realiza 59 requalificações de civis em Cabo Frio
A edição especial da Justiça Itinerante voltada para o público LGBTQIA+ realizou 59 requalificações civis em Cabo Frio (RJ). Essas pessoas receberam os novos registros com o nome e o gênero escolhidos. O balanço foi divulgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (PJERJ). Esta foi a 8º edição do evento de Requalificação Civil voltado para atendimento jurídico de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e outros e aconteceu no Fórum do município. Os atendimentos ocorreram na última sexta-feira (30). As pessoas atendidas foram identificadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Cabo Frio. E, a partir da identificação das suas demandas, elas foram encaminhadas para a Defensoria Pública, que direcionou os pedidos para a Justiça Itinerante. Segundo o PJERJ, desde maio de 2018, quando o atendimento específico ao público LGBTQIA+ foi iniciado no posto da Justiça Itinerante Maré/Fiocruz foram distribuídas 3.228 ações de redesignação do estado sexual. A Justiça Itinerante é um programa que leva juízes e membros do Ministério Público e Defensoria Pública ao encontro de cidadãos que estão em locais de vulnerabilidade social e de difícil acesso a serviços públicos. Source link
Yago Dora vence etapa de Saquarema do circuito mundial de surfe
O paranaense Yago Dora conquistou, neste sábado (1º), a etapa de Saquarema (RJ) do circuito da Liga Mundial de Surfe (WSL, sigla em inglês). Nascido em Curitiba e radicado em Florianópolis, o surfista de 27 anos ainda não havia vencido na elite da modalidade, da qual faz parte desde 2018. Iniciada no último dia 23 de junho, a competição ficou uma semana interrompida devido à falta de ondas. As disputas retornaram na última quinta-feira (29) e tiveram que ser aceleradas, para terminarem neste sábado, data limite para o encerramento da etapa. Tanto que Yago foi às águas da praia de Itaúna três vezes no último dia do evento. O primeiro confronto do paranaense neste sábado foi contra outro brasileiro, o potiguar Jadson André. Yago acertou uma sequência de manobras que garantiu uma nota 8,50, levando a soma das duas melhores notas a 14,00 (ele já tinha um 5,50), dificultando a missão do adversário. Jadson não passou de um 8,13 de somatória (5,43 e 2,70) se despediu do evento. O duelo seguinte opôs Yago e o havaiano John John Florence, bicampeão mundial. Os surfistas tiveram dificuldades para encontrar boas ondas, mas o brasileiro, mesmo assim, levou a melhor e se classificou à decisão, com 6,00 e 4,60 de melhores notas, totalizando 10,60, contra 6,50 de somatória do rival (4,00 e 2,50). Na final, o paranaense mediu forças com o australiano Ethan Ewing. Assim como na fase anterior, as primeiras ondas resultaram em notas baixas, com Yago na frente por poucos décimos. Foi então que o surfista de Curitiba brilhou, acertando uma manobra aérea e completando a rotação, garantindo uma nota 10,0, decisiva para assegurar a vitória. O brasileiro obteve 14,83 (10,0 e 4,83) de somatória, ante 10,83 (6,00 e 4,83) de Ewing. A vitória levou Yago à quinta posição da temporada, com 32.120 pontos (a conquista rendeu 10.000 pontos ao paranaense, que subiu sete posições no ranking). O top-5 do circuito – que define os atletas que disputarão o título mundial em setembro, no WSL Finals, em Trestles (Estados Unidos) – tem outros dois brasileiros. O paulista e atual campeão Filipe Toledo lidera, com 44.980 pontos. O fluminense João Chianca, o Chumbinho, é o quarto, com 39.640 pontos. No feminino, o título de Saquarema ficou com a jovem norte-americana Caitlin Simmers, de apenas 17 anos, que superou a australiana Taylor Wright na final. O Brasil foi representado pela gaúcha Tatiana Weston-Webb e a cearense Silvana Lima, mas ambas perderam na primeira fase e foram eliminadas na repescagem. Tati, que já está garantida na Olimpíada de Paris (França), foi derrotada justamente por Simmers. Na classificação da temporada, Tati está em sexto lugar, com 31.625 pontos, deixando o top-5 ao ser ultrapassada por Simmers, que assumiu a quinta posição. A liderança é da havaiana Carissa Moore, pentacampeã mundial, com 51,660 pontos. Silvana – que no momento não compete na elite da WSL – participou do evento em Saquarema como convidada. Restam duas etapas para o fim da temporada regular – que antecede o WSL Finals. A próxima será entre 13 e 22 de julho, em Jeffrey’s Bay (África do Sul). Já de 11 a 20 de agosto, a disputa será em Teahupo’o (Tahiti). Fonte
Anitta revela suspeita de câncer e diz que buscou cura no Japão
Anitta concedeu uma entrevista a uma rádio de Nova York e contou que passou por exames após uma suspeita de câncer de pele Anitta concedeu uma entrevista à rádio KTU, em Nova York (EUA), e revelou que, no ano passado, médicos acreditaram que ela poderia estar com câncer. A cantora, no entanto, contrariou os especialistas e decidiu tomar uma atitude antes de fazer os exames relacionados à doença. “Comecei a marcar férias com meus amigos, chamei minhas agências de viagens. Eu disse (para o médico): ‘Então tudo bem. Se é câncer, então não preciso ficar presa aqui no hospital. Não quero fazer o exame agora. Vou tirar um mês de férias e depois volto e faço’. O médico falou ‘não’! E eu disse ‘sim’!”, contou Anitta, nessa sexta-feira (30/6). Ela ainda explicou a decisão e disse que buscou a cura no Japão: “Tirei férias e fui para o Japão e encontrei um curandeiro. Isso é uma coisa espiritual, pois quando voltei fui fazer os exames, não tinha câncer. É uma história louca de coisas que acontecem na minha vida”, recordou a Poderosa. A viagem de Anitta ao Japão aconteceu em novembro do ano passado. Ela foi acompanhada da cantora Lexa e da influencer Gabi Lopes. Fonte: Metrópoles Fonte
Preconceito contra pessoas trans começa em casa, diz servidora do STJ
Victoria Moreno tem 41 anos e seria apenas mais uma funcionária do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se não fosse por um fato: ela é a primeira servidora transexual da corte. Mas para chegar até esse ponto, teve que passar, como muitas outras pessoas trans, por vários obstáculos, entre eles o preconceito. E esse preconceito não vinha apenas das ruas. Dentro da própria casa, não podia contar com o apoio de sua família. Em depoimento ao podcast Viva Maria, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Victoria contou como isso dificultou sua vida. A entrevista ocorreu na semana em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBTQI+. “A população LGBT, quando criança ainda, é a única população que não pode contar com a sua família. Todas as outras minorias podem. Por exemplo, uma criança negra que sofre racismo na escola, pode chegar para o pai e a mãe e contar a dor que ela sentiu por ter sofrido essa violência. Mas a gente não pode porque tem medo da reação dos nossos pais”, conta ela. Por conta disso, apenas no fim da adolescência, decidiu que faria uma transição de gênero. A demora foi provocada, entre outras coisas, pela incerteza e pelo medo. “Eu não gostava da brincadeira dos meninos, eu não queria estar perto dos meninos, eu não me sentia como os meninos, eu não me interessava pelo que os meninos se interessavam. E isso me fez uma criança muito isolada e sozinha. Em todos os lugares aonde eu ia, eu não me sentia representada. Eu me sentia inadequada. E eu precisava esconder essa inadequação porque a gente acaba percebendo, pela brincadeira dos nossos pais, pelo humor ofensivo e transfóbico [dos programas de TV], que a gente está errado e precisa, de alguma forma, se esconder. Então só consegui definir mesmo, com 16 anos, 17 anos, que eu tive coragem para poder assumir para mim e para minha família”. Segundo ela, as pessoas LGBTs precisam enfrentar, entre outras dificuldades, expulsões de casa. “A população LGBT costuma sentir preconceito dentro de casa, fora de casa. Mas o primeiro lugar é dentro de casa, porque é o primeiro lugar de socialização. Eu passei por isso, eu via fotos de pessoas diversas, até de primas minhas, sendo publicizadas em cima de estantes, em paredes, em cima de mesas, mas as minhas não eram colocadas. Ou, quando eram colocadas, eram fotos de quando eu ainda me apresentava como menino”, afirma. “A gente vive uma dor, dor da discriminação, da repulsa, da violência física, do escárnio, da desmoralização diariamente”. Oportunidade e representatividade Victória Moreno é primeira servidora trans do STJ – Arquivo pessoal A demora em se assumir como uma mulher trans também foi fruto dos receios que tinha pelo futuro. Para Victoria, não havia outro caminho para transexuais além da prostituição. “Eu não via [pessoas trans] atendendo a pessoas na padaria, tampouco na farmácia e nem no supermercado. Isso, para colocar serviços básicos. Eu acreditava que o único destino possível de uma pessoa trans ou travesti era a prostituição. E aí eu não queria viver aquela vida. Não queria estar naquele lugar de vulnerabilidade, na chuva, no frio, à noite, exposta a alguém passar e fazer uma maldade comigo.” Ela conta que chegou a largar os estudos por um período, durante a adolescência, por não aguentar mais as constantes violências e abusos: “Eu fui para o segundo grau [atual ensino médio] e não consegui me manter no colégio por conta das exclusões. Para falar de Superior Tribunal de Justiça, é importante lembrar esses momento. Eu fiquei muito tempo perdida, não sabia pra onde ir. Eu não queria ir para a prostituição, então o que me restava? Nada.” Victoria, então, passou por um período frequentando boates LGBT, onde se sentia acolhida até que, por incentivo da família, voltou a estudar, superando “a vergonha, a culpa e o medo” que sentia. Victoria aplicou-se nos estudos, buscando uma alternativa para a vida que não queria para si. Inicialmente conseguiu uma bolsa de estudos – pelo Programa Universidade para Todos, o Prouni –, em um curso superior de estética, tentou ser cabeleireira e buscou emprego em uma escola de artes visuais. Mas, insatisfeita, buscou um novo início no direito. Victoria destaca o papel fundamental do apoio familiar. “Passei três anos estudando, sem sair de casa, de segunda a segunda, por oito a dez horas por dia. Eu venci por que eu sempre estou em busca de mais coisa e também porque eu tive apoio. Se fosse só por mim mesma isso não seria possível.” E mesmo com a trajetória de sucesso, Victoria conta que não está totalmente satisfeita: “eu não quero parar por aqui. Quero me tornar juíza ou promotora de Justiça”. Victoria é hoje um exemplo que ela não conseguia encontrar em sua adolescência: uma pessoa bem-sucedida que mostra que existem possibilidades para as mulheres trans. “A representação entra para suprir algumas lacunas, para dar possibilidades na mente das pessoas que já são trans e das que virão. Agora que a gente saiu da marginalidade, da madrugada, da noite e colocou a cara no Sol e descobriu como isso é bom, a gente não vai parar, não”. Clique para acompanhar os três episódios do Podcast Viva Maria que entrevistou Victoria Moreno: Primeiro episódio Segundo episódio Terceiro episódio Source link
STF conclui julgamento a favor do piso da enfermagem no setor público
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na noite desta sexta-feira (30), o julgamento sobre a validade do pagamento do piso salarial nacional para os profissionais de enfermagem. A maioria dos ministros votou a favor do pagamento conforme a lei para os profissionais que são servidores públicos da União, de autarquias e de fundações públicas federais. O piso também fica valendo para servidores públicos dos estados e municípios e do Distrito Federal, além dos enfermeiros contratados por entidades privadas que atendam 60% de pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS). Será admitido o pagamento do piso proporcional à jornada. Houve o impasse na votação para o pagamento aos profissionais celetistas, que trabalham em hospitais privados. Venceu a proposta do relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, que determina que haja uma negociação coletiva prévia entre patrões e empregados como critério para o pagamento do piso. O argumento do ministro é evitar demissões em massa ou comprometimento dos serviços de saúde. Nesse caso, podem ser aplicados outros valores. O voto de Barroso foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Carmen Lúcia e André Mendonça, o último a depositar o voto no plenário virtual da Corte na noite de ontem. O ministro Dias Toffoli divergiu do relator. Para ele, o pagamento do piso aos enfermeiros privados deveria ocorrer de forma regionalizada, conforme negociação coletiva da categoria em cada estado, devendo prevalecer o “negociado sobre o legislado”. Também votaram nesse sentido os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Nunes Marques. Para os ministros Edson Fachin e Rosa Weber, o piso deveria ser garantido para todas as categorias de enfermeiros públicos e privados. Piso nacional O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). Pela lei, o piso vale para trabalhadores dos setores público e privado. No ano passado, o pagamento do piso foi suspenso pelo STF devido à falta de previsão de recursos para garantir o pagamento dos profissionais, mas foi liberado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrir crédito especial para o repasse de R$ 7,3 bilhões para estados e municípios pagarem o piso. Em maio, o relator, ministro Luís Roberto Barroso, estabeleceu regras para o pagamento do piso aos profissionais que trabalham no sistema de saúde de estados e municípios nos limites dos valores recebidos pelo governo federal. Na semana passada, o caso voltou a ser julgado após dois pedidos de vista diante de divergências apresentadas pelos ministros em relação à operacionalização do pagamento. Fonte
Bolsa menor que um grão de sal é vendida por mais de R$ 300 mil
Objeto microscópico foi criado pelo coletivo artístico MSCHF, conhecido por criar peças que “zombam” do consumismo Uma bolsa minúscula medindo apenas 657 por 222 por 700 mícrons (ou menos de 0,0762 centímetros de largura) foi vendida por mais de US$ 63 mil (ou mais de R$ 300 mil) em um leilão online na quarta-feira (28). Quase invisível ao olho humano, a bolsa verde-amarelada fluorescente é baseada em um design popular da Louis Vuitton –embora seja obra de um coletivo de arte de Nova York, não da própria marca de luxo. Quase invisível ao olho humano, a bolsa verde-amarelada fluorescente é baseada em um design popular da Louis Vuitton –embora seja obra de um coletivo de arte de Nova York, não da própria marca de luxo. Apelidando sua criação diminuta de “Bolsa Microscópica”, o grupo MSCHF do Brooklyn afirma que a bolsa é estreita o suficiente para passar pelo buraco de uma agulha e é menor que um grão de sal marinho. O objeto foi feito usando polimerização de dois fótons, uma tecnologia de fabricação usada para imprimir peças de plástico em microescala em 3D. Foi vendido junto com um microscópio equipado com um visor digital através do qual a bolsa pode ser visualizada. Uma foto promocional mostra o design com mais detalhes, revelando o monograma “LV” exclusivo da Louis Vuitton. A bolsa parece ser baseada na bolsa OnTheGo da marca francesa, que atualmente é vendida em tamanho real por entre US$ 3.100 e US$ 4.300 (ou R$ 15 mil e R$ 21 mil). A venda foi organizada pela Joopiter, uma casa de leilões online fundada pelo músico, produtor musical e designer americano Pharrell Williams. Embora Williams atualmente atue como diretor criativo de moda masculina da Louis Vuitton, o chefe criativo da MSCHF, Kevin Wiesner, disse anteriormente ao “New York Times” que o coletivo não pediu permissão a ele ou à grife francesa para usar seu logotipo ou design. “Pharrell adora chapéus grandes, então fizemos uma bolsa incrivelmente pequena para ele”, disse ele ao jornal. Bolsa microscópica ‘Louis Vuitton’ vendida por US$ 63 mil em um leilão, o mais recente projeto do coletivo de arte MSCHF / MSCHF Fundado em 2016, o MSCHF ganhou as manchetes com seus chamados “drops”, projetos de arte irreverentes que muitas vezes zombam –enquanto lucram– do capitalismo de consumo. O grupo foi infamemente processado pela Nike por causa de seus “Satan Shoes”, uma série de 666 pares de tênis Nike modificados com símbolos satânicos e gotas de sangue humano real. A disputa acabou sendo resolvida fora do tribunal. Conhecido por provocar o mundo da arte por seus excessos – seja vendendo desenhos forjados de Andy Warhol ou cortando pinturas de Damian Hirst –o coletivo também voltou sua atenção para a moda de luxo. Em 2021, o grupo rasgou quatro bolsas Birkin para criar sandálias (apelidadas de “Birkinstocks”) que custavam mais de R$ 366 mil o par. Mais recentemente, suas botas de borracha caricaturais, conhecidas como “Big Red Boots”, se tornaram uma sensação viral depois de serem usadas por estrelas como Doja Cat, Iggy Azalea e Janelle Monáe. Antes da venda desta semana, a MSCHF se recusou a responder às perguntas da CNN sobre a criação de sua bolsa. No entanto, uma declaração publicada junto com a listagem do leilão afirmou que o amor da indústria da moda por bolsas pequenas as tornou “cada vez mais abstratas” a ponto de o acessório ser “puramente um símbolo da marca”. “As pequenas bolsas de couro anteriores ainda exigiam uma mão para carregá-las – elas se tornam disfuncionais, inconvenientes para o ‘usuário’”, acrescentou o comunicado. “’Microscopic Handbag’ leva isso à sua conclusão lógica completa. Um objeto prático é reduzido a joias, toda a sua suposta função evaporada; para objetos de luxo, a usabilidade é a parte dos anjos”. Por: CNN Fonte
Prêmio chama atenção para desafios enfrentados por mulheres cientistas
A matemática Jaqueline Godoy Mesquita, de 37 anos, estuda equações diferenciais com retardos, importantes para descrever variações em um determinado fenômeno como a administração de medicamentos, o comportamento das doenças e as flutuações do câmbio monetário. A doutora e professora da Universidade de Brasília foi a vencedora na categoria Matemática do Prêmio Mulheres na Ciência, em 2019. “Depois que ganhei o prêmio, a matemática que desenvolvo começou a ter muita visibilidade e percebi que muitas mulheres começaram a ver em mim uma representatividade. O prêmio tem esse papel de dar mais visibilidade para a ciência que as mulheres estão desenvolvendo no país e que muitas vezes ficam apagadas”, argumenta. A premiação já contemplou mais de 115 jovens pesquisadoras com bolsas de R$ 50 mil cada. O programa Mulheres na Ciência, que este ano chega a sua 18ª edição no Brasil e completa 25 anos no mundo, está com as inscrições abertas até o dia 17 de julho. Para participar, é necessário que a candidata tenha concluído o doutorado a partir de 1º de janeiro de 2015, sendo que, para mulheres com um filho, o prazo se estende por mais um ano e – para quem tem dois ou mais filhos – o prazo adicional será de dois anos. A cientista deve ter residência estável no Brasil, desenvolver projetos de pesquisa em instituições nacionais, entre outros requisitos. O regulamento completo pode ser visto na internet. Representatividade Para a pesquisadora, os desafios de ser mulher e cientista são grandes. “Ainda mais na área da matemática, uma área que a representatividade feminina é muito baixa. E especialmente quando vamos crescendo ao longo da carreira, acontece o ‘efeito tesoura’, as mulheres são cortadas ao longo da sua trajetória”, revela. O estudo mostrou que 62% das meninas dizem desconhecer pessoas que trabalham nas áreas de STEM (Ciência,Tecnologia, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês), enquanto 42% dos meninos afirmam não ter tido contato com alguém que exerça uma dessas profissões. Quando a pergunta é sobre mulheres profissionais nessas áreas, o percentual de desconhecimento entre meninos e meninas sobe para 57,1%. O estudo inédito Meninas curiosas, mulheres de futuro pode ser lido aqui. Jaqueline Godoy Mesquita diz que os desafios de ser mulher e cientista são grandes. “Ainda mais na área da matemática”. Arquivo pessoal Outro ponto que Jaqueline cita abrange as microviolências diárias que as mulheres passam nas áreas majoritariamente masculinas. “São brincadeiras que soam como brincadeiras, mas que acabam sendo microviolências. Além da questão de que mulheres são muito mais interrompidas em reuniões, e eu também sinto isso”, confessa. Jaqueline é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Matemática e assumirá o posto de presidente da instituição em agosto deste ano. “Serei a terceira mulher nessa posição e a mais jovem entre elas. A matemática ainda é altamente masculinizada no país”, lamenta. Pesquisa divulgada no encontro Gender Summit, em 2021, já mostrava que as pesquisadoras ocupam apenas 2% de cargos de liderança em ciência e tecnologia. Em 2022, quem ganhou o prêmio na categoria Ciências da Vida foi a farmacêutica Gisely Cardoso de Melo, doutora e pesquisadora da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, do Amazonas. O projeto que ela desenvolve investiga duas hipóteses para a recorrência da malária e pretende ajudar a população da região amazônica. Ela concorda com a colega premiada em matemática. “O prêmio ajudou na divulgação do meu trabalho, no reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo meu grupo e a projetar as pesquisas, além de poder trabalhar com outros grupos de pesquisa”, relata. Apesar da importância de suas pesquisas, Gisely destaca que o maior desafio em ser mulher e cientista é mostrar que pode desenvolver as pesquisas, mesmo com tantas atribuições. “Apesar de o mundo querer equilibrar as atividades entre homem e mulher, muitas vezes ela [a mulher] fica mais sobrecarregada: o maior desafio é você mostrar para outras pessoas que você consegue trabalhar sendo mulher, que consegue desenvolver boas pesquisas e produzir resultados relevantes, apesar das atribuições com casa e filhos”, explica. Gisely Cardoso de Melo: maior desafio é mostrar que você consegue trabalhar mesmo sendo mulher – Arquivo pessoal Currículo desvalorizado “Nos últimos 10 anos da minha vida, tive três filhos, comecei e terminei o doutorado, trabalhei em duas faculdades, publiquei dois artigos do doutorado e outros artigos como coautora, mas ainda assim é muito difícil, tive que remar contra a maré e o mínimo que consegui produzir ainda assim é considerado pouco”, conta a nutricionista e doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gisele Almeida de Noronha. Para ela, a comparação mostra a desigualdade para quem tem que conciliar a pesquisa científica com a maternidade. “Se for comparar com amigos que tiveram filhos nesse período, mas que, por serem homens, já tiveram uma vida totalmente diferente, ou com amigas que não tiveram filhas, ambos conseguiram construir mais do que eu profissionalmente. Isso dá para perceber o quanto a maternidade fez com que eu produzisse menos”, salienta. Na opinião dela, é difícil fazer pesquisa cientifica com tantas demandas para as mães. “O horário de trabalho e a forma de produzir são para adultos que não dão conta de crianças. Na ciência, cada vez está mais difícil produzir trabalhos porque demanda tempo, dedicação e financiamento de pesquisa. Como vai correr atrás disso tendo que dar conta de crianças em casa?”, questiona, indignada. Ela lembra que, durante a pandemia, já com dois filhos, produzir foi muito mais difícil. “Ficou aquela discussão: ‘estou até com muito tempo livre, estudando mais, conseguindo produzir mais’, diziam os homens cientistas’, mas, para nós, mulheres com filhos, foi muito mais trabalhoso para escrever um texto; eu era interrompida constantemente, levava mais tempo para conseguir finalizar um trabalho”, recorda. Com o terceiro filho, ela teve que sair do trabalho em uma faculdade pela incompatibilidade de horário. “Mas, com a ajuda de amigas e com reconhecimento do meu trabalho, consigo produzir como coautora de alguns trabalhos, não remunerados, mas que ajudam a manter o meu currículo”, avalia. Atualmente desempregada, Gisele também faz revisão de trabalho
Ao lado de ministros, Wilson Lima prestigia abertura do 56º Festival Folclórico de Parintins e afirma que trabalha para ampliar alcance da festa
O governador do Amazonas destacou novidades experimentadas neste ano, como a realização da Festa dos Visitantes no Bumbódromo e o Turistródomo Acompanhado de ministros de Estado e outras autoridades, o governador Wilson Lima prestigiou a abertura do 56º Festival Folclórico de Parintins, na noite de sexta-feira (30/06), e afirmou que o governo trabalha para continuar elevando o nível do Festival, ampliando o alcance da festa dentro e fora do país. Para o Festival deste ano, o Governo do Estado destinou às duas agremiações recursos no valor de R$ 12 milhões, sendo R$ 6 milhões para cada boi-bumbá. No intervalo das apresentações dos bumbás de Parintins, Wilson Lima conversou com a imprensa ao lado das ministras Daniela Cardoso (Turismo), Margareth Menezes (Cultura) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas); além do governador do Pará, Helder Barbalho; do deputado federal Saullo Vianna; do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Roberto Cidade; do secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo; e do diretor de relações governamentais da Coca-Cola, Vitor Bica. “A gente tem feito um esforço muito grande, desde 2019, para colocar o Festival em um outro patamar. E tudo o que a gente tem visto aqui tem mostrado o quanto o estado do Amazonas é incomparável. E quando falo incomparável não estou falando de ser melhor que ninguém, porque aqui a grandiosidade do estado do Amazonas vai desde sua complexidade, sua dificuldade na logística, mas também passa pela sua fauna, flora e, também, pela sua exuberância”, afirmou Lima. O governador do Amazonas ressaltou que o Festival está baseado em quatro pilares: Cultura, Turismo, Sustentabilidade e Emprego e Renda. “Aqui a gente trabalha para mostrar para o mundo que é possível sim a gente desenvolver, a gente gerar emprego e renda, sem desmatar, que o homem da floresta sabe como fazer isso”, frisou. Wilson Lima também citou novidades experimentadas nesta edição, como a realização da Festa dos Visitantes no Bumbódromo, com a presença de 20 mil pessoas “sem intercorrências”, e o Turistródomo, na praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, além de projetos como o “Recicla, Galera”, com apoio da Coca-Cola. Investimentos Representando o Governo Federal, as ministras prometeram investimentos para as próximas edições do Festival de Parintins. “Certamente, governador, vamos fazer o possível para ano que vem mostrar para o Brasil inteiro esse espetáculo de Parintins”, declarou Margareth Menezes. “Com o pedido do governador, o Ministério do Turismo conseguiu aportar um recurso para poder contribuir com essa grande festa”, disse Daniela. “O que mais me alegrou aqui foi ver a valorização dos povos indígenas da Amazônia retratada em ambos os bois”, completou Sônia Guajajara. Reconhecimentos Ainda na coletiva, o governador Wilson Lima apresentou os novos troféus que serão entregues para primeiro e segundo lugar, uma obra do artista Lucijones Cursino Monteiro, que substituiu madeira por fibra de vidro; e também anunciou que o número de troféus aumentou de quatro para 24, 12 para cada bumbá, contemplando todos os itens individuais. Fonte
Austrália se torna 1º país do mundo a autorizar prescrição de ecstasy para tratamento de transtornos mentais
País também autorizou a indicação de psilocibina, substância encontrada em cogumelos alucinógenos A partir deste sábado (1º), a Austrália se torna o primeiro país do mundo a legalizar a prescrição clínica de MDMA, mais conhecido como ecstasy, e psilocibina – o principal ingrediente psicoativo dos cogumelos alucinógenos – para determinados transtornos mentais. Psiquiatras autorizados poderão prescrever MDMA para o tratamento de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e psilocibina para depressão resistente ao tratamento, de acordo com uma resolução de fevereiro. Ambas as drogas são ilegais na Austrália. “A psilocibina e o MDMA são relativamente seguros quando usados em um ambiente medicamente controlado sob a supervisão de profissionais de saúde adequadamente treinados e nas dosagens que foram estudadas em ensaios clínicos”, disse a Administração de Produtos Terapêuticos da Austrália (TGA, na sigla em inglês) ao anunciar a mudança. No entanto, alguns psiquiatras e pesquisadores estão preocupados de que a mudança possa ser prematura, uma vez que os medicamentos em questão ainda estão sendo testados em ensaios clínicos e não foram formalmente aprovados para o tratamento de quaisquer transtornos de saúde mental pela Food and Drug Administration (FDA), órgão de saúde norte-americano, para uso clínico. “É cedo em comparação com o processo usual de desenvolvimento e lançamento de novos tratamentos”, disse a psiquiatra clínica Dra. Colleen Loo, professora de psiquiatria da Universidade de New South Wales e do Black Dog Institute em Sydney. “A questão principal é que o público entenda isso, e não pense que a TGA disponibilizando esses medicamentos significa que o nível de evidência de eficácia e segurança é comparável ao normalmente exigido para novos tratamentos, antes de serem aprovados para uso clínico”, disse Loo, que fazia parte de um comitê diretor do Royal Australian and New Zealand College of Psychiatrists (RANZCP), organização que representa a especialidade médica da psiquiatria na Austrália e na Nova Zelândia, responsável pela elaboração das orientações sobre como o tratamento deve ser abordado e monitorado. “Feito com responsabilidade, por exemplo, observando as orientações do RANZCP, pode significar que algumas pessoas tenham acesso a um tratamento útil. Feito sem a devida cautela, supervisão e monitoramento, inclusive por parte das autoridades reguladoras, pode significar mais mal do que bem”, disse Colleen por e-mail. A Austrália pode ser o primeiro país a regulamentar o uso terapêutico de MDMA e psilocibina, mas não é o único a inaugurar uma nova era da medicina psicodélica. A Autoridade de Saúde do estado norte-americano do Oregon anunciou em maio que licenciou o primeiro prestador de serviços de psilocibina no estado após se tornar, em 2020, o primeiro estado dos EUA a legalizar a substância para uso pessoal para maiores de 21 anos. Em outubro de 2022, Alberta se tornou a primeira província do Canadá a regulamentar o uso de drogas psicodélicas. A promessa dos psicodélicos Os defensores esperam que drogas psicodélicas como MDMA, psilocibina e cetamina possam tratar uma ampla gama de condições de saúde mental, incluindo vícios, ansiedade e anorexia relacionadas ao câncer, bem como TEPT e depressão resistente ao tratamento. “Os pacientes estão desesperados por algo novo. [Essas drogas] representam uma nova maneira de tratar as coisas ou uma espécie de mudança de paradigma na psiquiatria, na verdade”, disse Celia Morgan, professora de psicofarmacologia da Universidade de Exeter, no Reino Unido. Sua pesquisa se concentra no potencial do MDMA e da droga psicodélica ketamina para tratar pessoas com dependência de álcool. A cetamina é usada como anestésico em ambientes hospitalares e, mais recentemente, pesquisas descobriram que ela melhora os sintomas de depressão resistente ao tratamento, conforme relatado anteriormente pela CNN. O mecanismo neurobiológico exato pelo qual as drogas psicodélicas melhoram certas condições de saúde mental não é totalmente compreendido, mas acredita-se que afete a plasticidade do cérebro e o prepare para novos aprendizados, explicou Morgan. A pesquisa que mais avançou é o teste clínico da eficácia do MDMA como droga terapêutica em participantes de estudos humanos com transtorno de estresse pós-traumático grave. As descobertas de 2021 de um estudo de fase 3 mostraram que o MDMA pode ser um “tratamento inovador em potencial” para o transtorno. Para psilocibina e formas de depressão resistentes ao tratamento, um estudo de 2022 publicado no The New England Journal of Medicine (NEJM) que envolveu 233 participantes descobriu que uma dose de 25 miligramas de uma versão sintética da psilocibina reduziu os escores de depressão durante um período de três semanas. No entanto, os pesquisadores descobriram que os efeitos desapareceram após cerca de três meses. James Rucker, professor clínico sênior de psicofarmacologia no Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College de Londres e coautor do estudo do NEJM, disse que a Austrália estava “queimando a largada”. “Por que você está abrindo uma exceção para essas drogas, especialmente quando sabemos que elas têm efeitos psicoativos poderosos?” ele perguntou. “Você não está abrindo exceção para nenhuma outra droga.” “Certamente houve casos em que transformou a vida das pessoas. Mas é imprevisível.” Morgan concordou, dizendo que parte do entusiasmo em torno dos psicodélicos era contraproducente e os médicos precisavam ter cuidado para não exagerar nos benefícios dos psicodélicos. “Eles não funcionam para todos, e algumas pessoas podem encontrar algum benefício, mas depois recaem”, disse Morgan. “Acho que isso cria expectativas muito altas para as pessoas que estão lutando com problemas de saúde mental, onde a desesperança, novos sentimentos de fracasso, então isso pode ser apenas outra coisa em que eles falharam. Portanto, realmente temos que ter cuidado ao falar sobre eles como médicos.” Rucker declarou temer que o entusiasmo em torno do sucesso dos primeiros testes pudesse alimentar os resultados dos testes posteriores em um “ciclo de feedback positivo de hype”. Como funcionam os psicodélicos? Loo, a psiquiatra clínica da Universidade de New South Wales, enfatizou que a eficácia das drogas psicodélicas não se deve apenas aos efeitos neurobiológicos das drogas, mas ao contexto em que as drogas foram administradas. Nos ensaios, os participantes normalmente trabalham em estreita colaboração com um psiquiatra antes, durante e depois de tomar MDMA ou psilocibina, e acredita-se que são esses “efeitos sinérgicos complexos” da combinação
Sustentabilidade e reconhecimento ao empenho dos bumbás norteiam a confecção dos troféus do 56⁰ Festival Folclórico de Parintins
O governador Wilson Lima apresentou, na noite desta sexta-feira (30/06), os novos troféus que serão entregues aos bois-bumbás Caprichoso e Garantido, após a apuração, no dia 3 de julho. A apresentação das peças ocorreu no Bumbódromo, no intervalo entre as apresentações dos bumbás. Um dos pilares eleitos pelo Governo do Amazonas para a realização do 56⁰ Festival Folclórico de Parintins, a sustentabilidade foi também um dos principais conceitos que nortearam o artista Lucijones Cursino Monteiro, o Mascote, para confeccionar as peças. A troca da madeira pela fibra de vidro foi a solução encontrada pelo artista para criar dos troféus mais sustentáveis. “A ideia era seguir o tema sustentabilidade. Então, os troféus, que a princípio seriam feitos de madeira, foram feitos com fibra de vidro”, explica Mascote. A fibra de vidro vem, cada vez mais, sendo utilizada e conhecida por ser um material sustentável leve, mas altamente resistente. Por ser elaborada por meio de propriedades mecânicas e químicas, é a junção de elementos que resultam em maior sustentabilidade, por exatamente ser reforçada, porém mais leve. Além disso, por meio da fibra de vidro, não são possíveis situações de propagação de chamas, por exemplo, em caso de fogo, e também a liberação de gases tóxicos, o que também a credencia como um material sustentável. Mais troféus Pensando também em premiar o empenho dos bumbás e de seus itens para colocar os bumbás na arena, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, decidiu aumentar o número de troféus concedidos às agremiações em 2023. Anteriormente, eram concedidos quatro troféus, dois para cada agremiação folclórica. Este ano, o número de troféus aumentou para 24, 12 para cada bumbá. Desta maneira, todos os itens individuais receberão um troféu de participação. Raízes e evolução Para o troféu de campeão, o artista se inspirou nas raízes dos bumbás, sem esquecer que a evolução é inevitável. “O troféu de campeão é um troféu estilizado, parte é como se fossem raízes envolvendo o corpo do boi em evolução. A parte das raízes, é para mostrar que nossas raízes ainda se fazem presentes no Festival, e a parte da evolução, é que o nosso boi, ainda está em evolução, e ainda temos muito para mostrar para o mundo”, explica. O troféu da galera, é o busto de um torcedor, olhando para o alto, como se tivesse agradecendo e carregando o símbolo maior do Festival, a estrela, no caso do Caprichoso, e o coração, no caso do Garantido. “É o torcedor carregando seu símbolo maior. Afinal, é o torcedor que carrega os bois, vai para a fila no sol quente, na chuva, e ainda tem garra para torcer para o seu boi”, justifica o artista, que ainda idealizou um troféu para cada item individual dos bumbás. Fonte