SSP-AM prende homem por porte ilegal de arma de fogo em beco no bairro Betânia

Um homem de 34 anos foi preso, por policiais da Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop), nesta quarta-feira (26/7), durante cumprimento da operação Cidade Mais Segura. A prisão foi efetuada, no Beco Cristóvão Cordeiro, bairro Betânia, zona sul de Manaus. Com o suspeito foram apreendidos uma arma de fogo e outros materiais. A localização do suspeito ocorreu após uma denúncia anônima, repassada à Seaop, por volta das 16h30, desta quarta-feira. De acordo com as informações, homens armados comercializavam entorpecentes no Beco Cristóvão Cordeiro. Depois de coletar as informações, as equipes da Secretaria de Segurança Pública se deslocaram ao local indicado e confirmaram o ato ilícito. Ao avistarem os policiais desembarcando das viaturas, os suspeitos fugiram portando pequenas bolsas. Após buscas pela região, os policiais abordaram Luiz Rodrigues Sobrinho Neto, de 34 anos, que portava um revólver calibre 38 com munições. Um aparelho celular, 01 chave de motocicleta e 01 relógio de pulso foram apreendidos. O homem e os materiais apreendidos foram encaminhados ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Praça 14, zona sul da cidade. Denúncia A população pode contribuir com o trabalho da SSP-AM fazendo denúncias por meio do número 181. A ligação é gratuita e os dados do(a) denunciante são mantidos em sigilo. FOTOS: Divulgação/SSP-AM Fonte

Casos respiratórios graves têm queda em adultos e crianças

Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) apresentam tendência de queda em adultos e crianças, segundo o Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo monitoramento feito por pesquisadores da fundação, a maioria dos estados tem registrado menos ocorrências de SRAG causadas por covid-19. Já nas crianças, o principal causador da síndrome é o vírus sincicial respiratório (VSR), cujos registros também estão em queda. Tendência positiva Apesar da tendência positiva, o boletim alerta que Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Rio Grande do Sul mantêm tendência de alta nos casos de SRAG. Quanto a Minas Gerais, o aumento recente na população infantil pode estar associado ao crescimento do rinovírus e do metapneumovírus. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, as ocorrências de SRAG com causa viral foram distribuídas da seguinte forma: 8,0% para influenza A, 3,8% para influenza B, 35,1% para VSR e 23,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Quanto a mortes por SRAG viral, o coronavírus continua em destaque, com 45,7% de prevalência.  Fonte

Padre Lancellotti avalia como histórica decisão sobre moradores de rua

O governo federal tem 120 dias para apresentar um plano nacional para a população de rua. O prazo foi estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão motivada por uma ação protocolada pelos partidos PSOL e Rede Sustentabilidade e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Na decisão, o ministro proíbe o recolhimento forçado de itens pessoais e a remoção compulsória de pessoas das ruas. Moraes citou o trabalho do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, no combate à aporofobia, a aversão a pessoas pobres. “O Estado, em todos os níveis, sabe dar que resposta? Fazer albergue. Sabe dar que resposta? Higienismo. Retirar as pessoas e agredir. Então é preciso ter discernimento para encontrar respostas para uma população que é tão diversa”, disse o padre Júlio Lancellotti. Para Lancellotti, a medida marca posição diante de governos hesitantes em assumir responsabilidades com essa população. “É uma decisão histórica, uma decisão que o STF toma em relação a uma população que nunca tem acesso à Justiça. Tornou-se uma questão de Justiça, de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, de uma população completamente esquecida e descartada. É muito importante. Nasceu da decisão do ministro a partir da audiência pública em que todos foram ouvidos, por isso é muito boa”. Ação Os autores da ação alegam a omissão do Executivo e do Legislativo na implementação de políticas para quem vive nas ruas, o que era previsto em um decreto presidencial de 2009. Pela decisão, estados e municípios ficam proibidos de realizar obras com arquitetura hostil e devem capacitar agentes para dar tratamento digno à população de rua e divulgar de forma prévia os horários dos serviços de zeladoria. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o número de pessoas nas ruas supera 281 mil, um aumento de mais de 200% em dez anos (2012 a 2022). A alta é maior do que o crescimento da população do país, que foi de 11% em uma década (2011-2021). “Toda crise econômica, social e política causa um impacto e os primeiros a serem atingidos são as crianças e as mulheres, por isso é o grupo que aumenta muito na rua, são os idosos, que aumentam muito na rua também. Então é preciso que nós tenhamos providências a nível macro e providências que atendam concretamente as pessoas que estão na rua”, defende Lancellotti. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informou, em nota, que trabalha desde o primeiro semestre em uma série de medidas relativas à Política Nacional para a População em Situação de Rua, em articulação com outros ministérios do governo federal. O texto destaca ainda que boa parte dos pontos da decisão do STF já é objeto de programas e ações da pasta, e que parte das ações são da competência de estados e municípios. Julgamento Nesta quarta-feira (26), o STF marcou para 11 de agosto o julgamento da liminar que determinou prazo de 120 dias para o governo federal apresentar um plano nacional para a população em situação de rua. O caso será julgado pelo plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no Source link

Ações da Base Arpão resultam em R$ 47,9 milhões de danos ao crime, no primeiro semestre de 2023

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira e Divisas (GGI-F), divulga a Produtividade Geral da Base Arpão de janeiro a junho de 2023. No período, ocorreram várias ações policiais nos rios do Estado, que resultaram em prisões e apreensões de entorpecentes, armas, munições, entre outros itens. As apreensões representam um dano de R$ 47,9 milhões ao crime. De acordo com o relatório do GGI-F, no primeiro semestre deste ano, a Base Arpão efetuou a prisão de 80 pessoas e apreendeu 151,9 mil litros de combustível, 36 armas de fogo, 1.640 munições, 32 eletroeletrônicos e R$ 4,5 mil em espécie. Somente em drogas, foram tirados de circulação 95 quilos de pasta-base; 199 quilos de cocaína; 1,3 tonelada de skunk; 200 gramas de crack; 5 quilos de oxi; e 500 gramas de maconha. Somados, o volume de entorpecentes ultrapassa 1,6 tonelada, o que representa R$ 36,8 milhões de danos ao crime. O documento da Base Arpão registra, também, a apreensão de 1,2 tonelada de carne de caça e pescado (R$ 81,1 mil), sete embarcações (R$ 7,6 milhões), 14 veículos (R$ 372,5 mil) e 48 metros cúbicos de madeira. O secretário executivo do GGI-F, capitão Diego Magalhães, reforça o compromisso do Governo do Amazonas quanto à fiscalização dos rios. “Atualmente, o Governo do Estado vem fazendo um investimento na área de segurança pública, principalmente, no que se refere à segurança nos rios e hidrovias, para levar a sensação de segurança aos povos ribeirinhos, aos trabalhadores que utilizam esse meio de transporte”, destacou. Ainda conforme Magalhães, o Governo do Amazonas, por meio da SSP, adquiriu novas lanchas para o trabalho de fiscalização nos rios do Estado. “Esses investimentos vêm dando resultado. Temos como exemplo a Base Arpão, a aquisição de várias lanchas blindadas, que vem dar uma segurança maior para o nosso policial, para ele continuar operando e combatendo esses crimes que ocorrem nas hidrovias”, disse o capitão. Apreensão de armas No dia 21 de julho, a equipe de intervenção da Base Fluvial Arpão apreendeu fuzis, munições e outros materiais. Os policiais faziam o patrulhamento fluvial na margem oposta da Base Arpão, quando avistaram uma embarcação tipo canoa com três pessoas. Os suspeitos não obedeceram a uma ordem de parada e fugiram para o interior da mata fechada. Durante a revista na embarcação, foram encontrados três fuzis, uma carabina e uma pistola. Além disso, os agentes também encontraram 11 carregadores de três tipos diferentes, sendo oito para os fuzis; dois para a carabina e um para a pistola. Foram apreendidos, ainda, dois coletes balísticos, dois motores de embarcação, um celular e 146 munições de diferentes calibres. A ação causou danos ao crime que ultrapassam R$ 272 mil. FOTOS: Divulgação/SSP-AM Fonte

Casos de meningite evidenciam baixa imunização no Rio de Janeiro

O registro de quatro casos de meningite meningocócica em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, põe em evidência a baixa imunização contra a doença no estado do Rio de Janeiro, que tem a segunda pior cobertura da vacina contra a bactéria meningococo C entre todas as unidades da federação. Segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), o estado do Rio não atinge a meta de vacinar 80% dos bebês nascidos vivos anualmente desde 2017. Em 2022, o percentual de bebês vacinados foi de apenas 60%, maior apenas que a do Amapá, de 56%, e muito inferior de todo o Brasil, que teve média de 78,6% de imunizados. Da mesma maneira, a cidade de Campos dos Goytacazes ficou longe da média nacional e da meta do Ministério da Saúde, com 65%. A vacina meningocócica C conjugada deve ser administrada com duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, e requer ainda uma dose de reforço aos 12 meses. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece ainda a vacina meningocócica ACWY a adolescentes de 11 a 14 anos de idade. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabela Balallai, lamenta que não seja surpresa que a doença aumente de incidência diante da baixa vacinação. “Infelizmente, quando a gente olha o estado do Rio, temos uma das piores coberturas vacinais do país, e isso tem sido discutido junto ao governo do estado. São vários fatores, cobertura baixa mesmo e baixo registro”, disse. “Com cobertura vacinal baixa, você passa a ter casos. Primeiro em crianças não vacinadas, mas com risco em pessoas que não têm acesso à vacina, como adultos. Isso pode fazer voltar o que já vivemos tristemente, que eram surtos de meningite no país, que foram muito intensos”, alerta. Pacto com a Opas Reverter esse quadro foi tema de um encontro entre a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no dia 14, quando firmaram um pacto para reforçar a imunização. Após o encontro, o secretário Dr. Luizinho disse que os índices de vacinação do estado são muito duros e requerem um esforço muito grande. “Hoje, o estado do Rio de Janeiro é o segundo pior da federação em cobertura vacinal”, avaliou Dr. Luizinho. Ele prometeu cobrar resultados dos municípios. “Vou levar à Comissão Intergestores Bipartite do Estado do Rio de Janeiro (CIB) uma proposta pela qual, a partir de 2024, os municípios que não atingirem os índices de vacinação não terão repasse de recursos do estado”, disse. Além da posição crítica em relação à vacina meningocócica C, o estado do Rio tem a segunda pior cobertura da BCG, assim como da vacina contra a poliomielite e da vacina pentavalente. Diferentes idades Os quatro casos de meningite meningocócica registrados em Campos dos Goytacazes no último mês foram de pacientes com 1, 3, 17 e 28 anos de idade. Segundo a prefeitura, os pacientes de 1 e 17 anos já tiveram alta e não apresentam mais sintomas. Já o jovem de 28 anos está em acompanhamento médico ambulatorial para identificar possível sequela da doença. Por fim, o paciente de 3 anos continua internado em isolamento na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). O registro dos casos não é considerado surto pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), que monitora a situação no município. A SES-RJ informou à Agência Brasil que indica a intensificação da vacinação contra a meningite meningocócica em Campos de Goytacazes. “O objetivo é que a vacinação seja intensificada com o fornecimento de doses complementares para crianças até 10 anos de idade contra a Meningite C e entre 11 e 14 anos com a vacina meningocócica ACWY (quadrivalente), visando elevar as baixas coberturas vacinais do município”, informou a secretaria. Já a Secretaria de Saúde de Campos dos Goytacazes informou que emitiu alerta aos hospitais e unidades de pronto atendimento para identificação de casos com diagnóstico similar ao da meningite. O município acrescenta que tem realizado busca ativa residencial para aumentar a cobertura vacinal, além de visitas programadas a suas creches e escolas. A prefeitura disse que vem intensificando as ações para aumentar a cobertura vacinal desde 2022, com a criação de 30 salas de vacinação, que funcionam de segunda-feira a sexta-feira, e vacinação noturna e aos fins de semana em Unidades Pré-Hospitalares. Doença grave A meningite é uma doença causada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, o que se dá por meio da infecção principalmente por vírus ou bactérias. Ao todo, o SUS oferece sete vacinas contra a meningite, que é considerada uma doença endêmica no país. Isso significa que são esperados casos ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. Segundo o Ministério da Saúde, a ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono e no inverno, e a das virais, na primavera e no verão. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Balallai, explica que a meningite meningocócica está entre as mais graves, por ser uma doença que chega a causar a morte de 20% dos pacientes e a deixar um em cada cinco com sequelas importantes, como amputações de braços e pernas e danos neurológicos irreversíveis. “As meningites por bactérias são as mais graves, e as duas bactérias que mais causam são o meningococo e o pneumococo. A meningocócica é a mais comum no país, mas, nesse um ano após a pior fase da pandemia, a gente está vendo aumentar a pneumocócica”, alertou. Prevenção A vacinação contra a meningite deve começar ao nascer, com a vacina BCG, que protege contra formas graves da tuberculose, o que inclui a meningite tuberculosa. A vacina pentavalente, prescrita para 2, 4 e 6 meses de idade, previne contra a meningite causada pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, além de difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Aos 2 meses de idade, os bebês também devem tomar a primeira dose da pneumocócica 10-valente, que requer ainda uma dose aos 4 meses de

Quase 40% dos moradores das favelas no Rio têm negócio próprio

Quase 40% dos moradores de favelas no Rio de Janeiro têm negócio próprio, e para 23% essa é a principal fonte de sua renda. Entre aqueles que não têm um negócio próprio, 22% têm a intenção de começar a empreender nos próximos 12 meses. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Instituto Data Favela, que será apresentada por seu fundador Renato Meirelles durante a Expo Favela Innovation Rio, de 29 a 31 de julho, para autoridades que estarão presentes, como o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O estudo aponta que existem desafios, como a informalidade, que é uma realidade: a maioria (57%) não tem um CNPJ formalizando a existência de seu negócio próprio. Conseguir capital para investir em seu negócio é um outro obstáculo frequentemente enfrentado por esses empreendedores, o que foi apontado por 55% dos entrevistados, seguido pela gestão financeira do negócio (25%) e falta de equipamentos (24%). “A favela é a concentração geográfica das desigualdades sociais e muitas vezes o morador não encontra no emprego formal a oportunidade para desenvolver toda sua potencialidade. O morador da favela só vai conseguir ganhar mais do que dois salários mínimos se empreender dentro da favela. Assim, pode usar o seu potencial e fazer com que o dinheiro das favelas fique dentro das próprias favelas”, disse, em nota, Renato Meirelles. Obter crédito também é um desafio citado: 66% afirmam que já enfrentaram dificuldades para conseguir, sendo que 1/3 nunca sequer tentou obter esse tipo de recurso. Caso esses recursos estivessem disponíveis, os principais investimentos realizados seriam na divulgação do negócio, compra de máquinas e equipamentos e na diversificação de seu portfólio de produtos e serviços. Sobre as vendas, nos últimos 12 meses somente 17% dos empreendedores experimentaram um aumento em suas vendas, 48% sentem que não houve alteração e 35% que houve diminuição. Mas a perspectiva para o futuro se mostra positiva: 73% acreditam no crescimento de suas vendas para os próximos 12 meses, e 9 de cada 10 se declaram otimistas em relação ao futuro de seu negócio. “Quando falo que a favela não é carência, mas uma grande potência, é uma forma de corrigir o olhar recheado de compaixão equivocada e preconceito por uma região que produz e consome R$ 208 bilhões por ano. Portanto, é importante olhar a potência dessas pessoas, não apenas olhar para o que falta para elas. E a Expo Favela Innovation chegou para potencializar ainda mais. É muito importante que a Expo Favela Innovation também venha ser um lugar em que os empreendedores do asfalto se reconheçam, trazendo a oportunidade para os empreendedores da favela se conectarem com eles. Tornando-se o berço do empreendedorismo em que todos possam chamar de seu”, afirmou, em nota, Celso Athayde, idealizador do evento. O estudo foi realizado com 1.674 moradores de favelas do Rio, entre os dias 20 de junho e 5 de julho de 2023. Expo Favela Innovation Rio O Expo Favela Innovation – feira de empreendedorismo que estabelece conexões entre favela e asfalto – tem ingressos disponíveis pelo site. O evento é uma iniciativa da Favela Holding, sendo produzido pela InFavela em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa). Menores de 14 anos e maiores de 65 anos não pagam. A primeira edição no Rio será de 29 a 31 deste mês, na Cidades das Artes, na zona oeste, e terá palestras com o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, a atriz Regina Casé, os rappers MV Bill e Nega Gizza, o ativista social Preto Zezé, além de exposições e shows. Source link

Presidente de Israel pede calma em meio a planos para novos protestos

O presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu calma aos dois lados de uma disputa sobre medidas para reformar o judiciário, usando a ocasião de um jejum judaico, nesta quinta-feira (27), para apelar à reconciliação, no momento em que manifestantes planejam mais protestos. Os planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu governo de direita têm provocado meses de protestos sem precedentes e abriram uma profunda divisão na sociedade israelense, abalando a lealdade de alguns reservistas do Exército. Agora em seu sétimo mês, a crise aumentou na segunda-feira (24) depois que o Parlamento aprovou a primeira das mudanças, reduzindo os poderes da Suprema Corte sobre a coalizão religioso-nacionalista no poder. Manifestações a favor e contra a reforma do Judiciário foram suspensas pelo Tisha BeAv, o dia de jejum que lamenta a destruição de dois antigos templos judaicos em Jerusalém, atribuídos pela tradição a brigas internas desnecessárias. “Faço um apelo a todos: mesmo quando a dor aumenta, devemos preservar os limites da disputa e abster-nos da violência e de medidas irreversíveis”, disse o presidente Isaac Herzog, que desempenha um papel amplamente cerimonial na política israelense, em publicação no Facebook. “Devemos imaginar nossas vidas juntos aqui – daqui a 40, 50 e 100 anos – e como cada ação impactará nossos filhos e netos e as pontes entre nós.” Grupos de vigilância política apelaram à Suprema Corte para derrubar a nova lei, abrindo caminho para um confronto sem precedentes entre os ramos do governo quando ouvir os argumentos em setembro. A disputa legal começará já na próxima quinta-feira (3), no entanto, quando o tribunal superior ouvirá um recurso contra um projeto de lei da coalizão ratificado em março que limita as condições para remover o primeiro-ministro do cargo. Os planos atingiram a economia ao atrair alertas de agências de crédito, provocando a fuga de investidores estrangeiros. Os líderes do protesto dizem que um número crescente de reservistas militares decidiu parar de servir para expressar sua oposição. Os militares reconheceram um aumento nos pedidos de retirada do serviço e disseram que será causado dano, gradualmente, à prontidão para a guerra se o não comparecimento se prolongar. *É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte

Na últimas 24 horas, 13 pessoas foram presas no Amazonas

Entre a manhã de quarta-feira (26/07) e as primeiras horas desta quinta-feira (27/07), 13 pessoas foram presas e dois adolescentes foram apreendidos durante ações da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM). As prisões e apreensões foram efetuadas em Manaus e nos municípios de Codajás, Manicoré e Maués. Ao todo, as equipes policiais tiraram de circulação uma arma de fogo, 43 munições, R$ 8.844,00 e 4 kg de entorpecentes. A maioria das prisões foi efetuada por suspeita de envolvimento dos detidos em crimes de porte ilegal de arma de fogo, roubo e tráfico de drogas. Capital No bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, policiais militares da 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) prenderam três homens, com idades entre 21 e 33 anos, e uma mulher, de 27 anos, pelo crime de tráfico de drogas. Com os suspeitos foram encontrados 400 gramas de cocaína, 100 gramas de maconha, 335 gramas de oxi e R$ 1.800 em espécie. Os infratores foram encaminhados ao 14° Distrito Integrado de Polícia (DIP). No bairro Novo Aleixo, na zona norte da capital, policiais militares da 27ª Cicom prenderam um homem, de 21 anos, por tráfico de drogas. Com o suspeito foram encontradas três trouxinhas de cocaína, seis trouxinhas de maconha e duas trouxinhas de oxi. O suspeito foi levado para o 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Interior No município de Maués (a 276 quilômetros de Manaus), policiais militares da 10ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) prenderam um homem, sem idade informada, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. De acordo com o relatório policial, os policiais apreenderam com o suspeito um revólver, de calibre 38, com 43 munições, um simulacro (réplica de pistola), 50 gramas de maconha, 323 gramas de substância petrificada, quatro trouxinhas de Skank, um tablete de entorpecente sintético, três balanças de precisão, um celular, uma moto e R$1.792 em espécie. O suspeito foi conduzido para a 48ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP). A SSP-AM registrou, ainda, prisões e apreensões nos municípios de Codajás e Manicoré. FOTOS: Divulgação/SSP-AM Fonte

Justiça volta a ouvir acusados pelo assassinato de Bruno e Dom

A Justiça Federal volta a ouvir nesta quinta-feira (27) os três réus acusados de participação nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado; seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, prestarão depoimento ao juiz da Subseção Judiciária de Tabatinga (AM), onde corre o processo por duplo homicídio e ocultação de cadáveres. A oitiva está marcada para amanhã de hoje (27). Como os réus estão detidos preventivamente em presídios federais, em outros estados, serão ouvidos em audiência online, com a participação de seus defensores e membros do Ministério Público Federal (MPF). Em março deste ano, a Justiça precisou suspender os depoimentos dos três réus devido à interrupção da conexão com a internet nos presídios federais de Catanduvas (PR) e Campo Grande (MT). A oitiva foi remarcada para o dia 17 de abril, quando voltou a ser adiada, desta vez a pedido da defesa, que solicitou que seus clientes fossem ouvidos em videoconferência reservada.  Amarildo, Jefferson e Oseney foram ouvidos pelo juiz federal Fabiano Verli em 8 de maio. Cabe ao magistrado, com base nas provas reunidas e nos depoimentos de testemunhas e dos réus, decidir se o julgamento irá a júri popular. Bruno e Phillips foram mortos no dia 5 de junho de 2022, vítimas de emboscada, quando viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas. Localizada próxima à fronteira brasileira com o Peru e a Colômbia, a região abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares (cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial). A área também abriga o maior número de indígenas isolados ou de contato recente do mundo. A dupla foi vista pela última vez enquanto se deslocava da comunidade São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniria com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Seus corpos foram resgatados dez dias depois. Eles estavam enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí. Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava a cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia. Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional do Índio (Funai) antes de se licenciar da fundação, sem vencimentos, e passar a trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte. Identificados e detidos, Amarildo, Jefferson e Oseney foram denunciados por assassinar e ocultar os cadáveres das vítimas. Na denúncia, feita em julho de 2022, o MPF aponta que, inicialmente, Amarildo e Jefferson admitiram os crimes, embora posteriormente tenham mudado seus depoimentos. Ainda assim, para os procuradores, “os elementos colhidos no curso das apurações apontam que o homicídio de Bruno teria correlação com suas atividades em defesa da coletividade indígena. Dom, por sua vez, foi executado para garantir a ocultação e impunidade do crime cometido contra Bruno”. Source link

PC-AM divulga imagem de homem procurado por homicídio ocorrido em dezembro de 2022

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), divulga a imagem de Mohamed Bashir Junior, conhecido como “Ba” ou “Basílio”, procurado por envolvimento no homicídio de Paulo Júnior Pereira da Silva, que tinha 19 anos. Conforme o delegado Ricardo Cunha, titular da unidade especializada, a vítima desapareceu no dia 31 de dezembro de 2022, e seu corpo foi encontrado no dia 5 de janeiro deste ano, na rua Doutor Pires, no bairro da União. Denúncias A PC-AM solicita a quem tiver informações acerca da localização de Mohamed Bashir Junior, que entre em contato pelo número (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). “A identidade do informante será preservada”, garantiu a autoridade policial. FOTO: Divulgação/PC-AM Fonte

Situação de crianças e adolescentes do Amazonas pós-pandemia é discutida em Conferência Estadual

Teve início, nesta quarta-feira (26/07), a 11ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente – Amazonas, que discute as políticas públicas voltadas às pessoas de 0 a 17 anos, no Auditório Belarmino Lins, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O Governo do Amazonas está representado pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).  O tema deste ano é “Situação dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes em tempo de pandemia da Covid19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para a reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”, cujas implicações se mostraram no Anuário de Segurança Pública e trouxe o Amazonas em primeiro lugar no ranking de violência sexual infantil.  Rosalina Lôbo, secretária executiva dos Direitos da Criança e do Adolescente (Sedca) destacou que o Estado está trabalhando para implantar o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente, que ofertará todos os serviços às vítimas em um só espaço.  “O Governo Lula publicou diretrizes para todas as áreas dos direitos humanos e nele existe um capítulo específico que trata de crianças e adolescentes. Além disso, temos números impactantes do último Anuário da Segurança, na qual estamos em primeiro lugar no ranking de violência sexual infantil, e a Sejusc vem contribuir, principalmente, com a pauta do Centro Integrado, que é uma forma de dar uma atendimento integrado às vítimas e temos trabalhado para que o Centro entre em operação”, frisou. A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Alcione Reis, diz que os membros da rede de proteção e os demais atores buscam as melhorias para a infância e adolescência.  “São dias de discussão, de propostas que incluem o protagonismo juvenil, para que nosso estado tenha melhores propostas em cinco eixos temáticos e que estão sendo discutidos na pós-pandemia, com propostas para os gargalos abertos nesse período” Protagonismo juvenil Jovens de 45 municípios do Amazonas vieram a Manaus para participar da Conferência, uma delas foi a Evelyn Pires, da Delegação de Coari (a 363 quilômetros de Manaus). A jovem participou da conferência municipal e agora estava satisfeita em poder contribuir em nível estadual, mostrando as necessidades e ideias de melhorias na sua cidade.  “A gente tem regiões marginalizadas e precárias lá em Coari, principalmente para crianças e adolescentes, que faltam apoio e cuidado, como saúde e educação. Nós temos uma mobilização forte lá e estamos aqui para mostrar que temos voz, opinião, e que nada sobre nós deve ser discutido sem nós”, afirmou a jovem.  A Conferência acontece até a sexta-feira (28/07), a partir das 14h.  Fotos: Lincoln Ferreira/Sejusc Fonte

Para quilombolas, Censo 2022 fortalece a reivindicação por direitos

A divulgação dos dados do Censo Demográfico 2022 referente aos quilombolas nesta quinta-feira (28) é celebrada por lideranças de diferentes organizações e entidades. A expectativa é de que o levantamento contribua para retirar essas populações da invisibilidade e fortaleça reivindicações por garantia de direitos e acesso a políticas públicas. No entanto, ao mesmo tempo em que classificam o momento como “histórico”, essas organizações apontam questões que precisam ser melhoradas em futuros levantamentos. Esta foi a primeira vez que um Censo Demográfico contabilizou a população quilombola. Segundo os dados, são 1.327.802 de quilombolas no país, o que corresponde a 0,65% da população brasileira. Os resultados também mostram que essa população está distribuída por 1.696 municípios. A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) considera a divulgação deste recorte do Censo uma conquista do movimento quilombola. “Estamos muito felizes de vencermos essa etapa. Esperamos reconhecimento em todas as esferas, tanto municipal, como estadual, como federal. Diante de um dado oficial, esperamos que os diversos órgãos nos reconheçam e nos deem acesso às políticas públicas”, disse José Alex Borges, coordenador executivo da Conaq. Ele aponta que houve dificuldades relacionadas a cortes de recursos financeiros e recurso humanos, dificultando a contagem nos diferentes territórios, mas destaca a importância do levantamento. “É um instrumento legal. Nós temos inúmeros levantamentos feitos pelo movimento quilombola. Mas não é oficial. A partir de agora teremos esses números oficiais e poderemos cobrar dos governantes recursos e políticas públicas para nos atender”. Censo O Censo Demográfico é a única pesquisa domiciliar que vai a todos os municípios do país. As informações levantadas subsidiam a elaboração de políticas públicas e decisões relacionadas com a alocação de recursos financeiros. Embora o Brasil realize uma operação censitária a cada dez anos, esta é a primeira edição a incluir no questionário um quesito para identificar os quilombolas. O Censo 2022 deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado duas vezes: primeiro devido à pandemia de covid-19 e depois por adversidades orçamentárias. Os primeiros resultados com os dados gerais da população foram apresentados no final do mês passado revelando um país com 203 milhões de residentes. A divulgação nesta quinta-feira (27) das informações referentes aos quilombolas já estava agendada desde a semana passada. No dia 7 de agosto, serão apresentados os resultados do levantamento dos residentes indígenas. Invisibilidade Morador do Quilombo do Cumbe, em Aracati (CE), o educador popular, João Luís Joventino do Nascimento avalia que o Censo deve tirar essas populações da invisibilidade. Em 2021, o município chegou a negar à sua comunidade o acesso prioritário à vacinação contra a covid-19, que era garantido pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). Na época, a Defensoria Pública acionou a Justiça pelo reconhecimento do direito. “Através do Censo, podemos ter um diagnóstico da situação de cada comunidade quilombola do Brasil. Vamos ter informação de quantos somos e como vivemos. O Censo também nos ajudará a silenciar gestões municipais que insistem em dizer que nós não somos quilombolas”, diz João Luís. O educador espera também que a divulgação dos resultados possibilite um avanço das políticas públicas. “Especialmente no que diz respeito à questão fundiária, porque o acesso à terra e ao território é uma questão primordial. A luta pela terra e pelo território é a mãe de todas as lutas. Dela deriva a luta pela construção de escolas quilombolas, pela educação diferenciada, pela saúde, pela agricultura e pela soberania alimentar”. Essa é também a aposta de Eulalia Ferreira da Silva, do Quilombo Pedra Bonita, encravado em um dos quatro setores do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. No território fica a rampa de voo livre de onde turistas e adeptos de esportes radicais saltam de asa delta ou de parapente para apreciar uma visão única da capital fluminense antes de aterrissar na Praia de São Conrado. Mesmo estando localizada em uma capital, a comunidade ainda não tem energia elétrica. “Foi super importante a chegada do IBGE no nosso quilombo. Eu fiquei muito emocionada em receber aqui. Acredito que junto com o IBGE, outros serviços públicos vêm a reboque como água, luz, saneamento básico, vacina, entre outros. Trata-se de reconhecimento. Eu existo, eu vivo aqui, eu defendo esse território. Meus pais defenderam esse território para ninguém invadir e para manter preservado. E nós não temos esse reconhecimento”, afirma Eulalia. Nascida no Quilombo Kalunga, em Cavalcante (GO), a advogada Vercilene Dias também celebra o momento. “Sem saber quem são e onde estão, fica difícil especificar políticas públicas para uma população. Então é muito importante essa visibilização, ainda que não seja um número 100%”. Assessora jurídica da Conaq, Vercilene pondera que se trata de um primeiro levantamento com algumas limitações e que é preciso discutir determinadas questões para as futuras pesquisas. “O quesito quilombola só aparecia no questionário onde houvessem comunidades quilombolas. Em 2019, o IBGE fez um levantamento preliminar para saber a localização dessas comunidades. Em razão disso, muitos quilombolas que moram nas cidades ficaram sem ser contabilizados. Eu sou um exemplo. Hoje eu moro em Brasília. Para abrir o quesito quilombola, eu teria que estar na minha comunidade, na casa dos meus pais, no dia que a equipe do IBGE passou lá”, observou. Desafios No período colonial, os quilombos eram definidos como comunidades formadas por pessoas negras que resistiram à escravidão e haviam fugido. Embora esse conceito tenha sido reproduzido por muitos anos, houve nas últimas décadas um movimento em busca de uma redefinição a partir da perspectiva antropológica. Hoje, diferentes pesquisadores observam que muitas dessas comunidades originais foram extintas ao longo do tempo, por pressões de diversas naturezas: sociais, culturais, demográficas, econômicas, etc. Essas populações que passaram por esse processo acabaram se dispersando para novos territórios, dando origem a outros arranjos comunitários. No Dicionário do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a definição do verbete quilombo é assinada pela antropóloga Beatriz Accioly Vaz. Segundo ela, houve uma apropriação do termo pelos movimentos sociais camponeses mobilizados e organizados em torno do fator étnico. Eles promoveram um rompimento

HPS 28 de Agosto procura familiares de paciente internado na unidade

O Serviço Social do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, vinculado a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), pede ajuda para encontrar os familiares de Marcelo César de Almeida, 47 anos, que se encontra internado nesta unidade.  O paciente deu entrada no último dia 12 de julho, sendo conduzido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Não lembra de muitas informações e chegou a ficar intubado. Recentemente, lembrou o seu nome e o da mãe, Antônia César de Almeida.      A unidade pede a quem tiver qualquer informação que ajude na localização da família do paciente, que entre em contato pelos números (92) 3643-7139 ou procure o Serviço Social do hospital do HPS 28 de Agosto, localizado na Av. Mário Ypiranga, 1581, bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus.  FOTO: Divulgação/SES-AM  Fonte

Brasil muda posição sobre liberalizar comércio mundial de alimentos

O Brasil revisou sua posição sobre a liberalização do comércio internacional de alimentos e o papel do Estado na promoção da segurança alimentar, na Organização das Nações Unidas (ONU). A mudança em relação à posição do governo anterior foi apresentada na Cúpula dos Sistemas Alimentares das Nações Unidas, encontro que terminou nesta quarta-feira (26) e reuniu mais de 20 chefes de Estado e de governo e mais de 100 delegações ministeriais em Roma, na Itália. O governo brasileiro argumenta que é preciso associar as “negociações comerciais internacionais à promoção da segurança alimentar e nutricional”. A nova proposta reconhece o papel do comércio internacional “ao permitir o abastecimento e o equilíbrio no fornecimento de alimentos entre os países”. Porém, acrescenta que a condução das negociações comerciais entre nações deve “proteger e promover os interesses dos agricultores familiares e a diversidade dos sistemas alimentares brasileiros”. Com a mudança, o Brasil impõe condições para abertura comercial no setor de alimentos. “A abertura do comércio deve ser acompanhada de políticas de apoio e incentivo à agricultura familiar, garantindo sua participação justa e equitativa nos mercados nacionais e internacionais”, afirma o documento. O documento revisado substitui o apresentado na primeira cúpula, realizada em setembro de 2021, retirando o trecho que defendia a liberalização do mercado mundial como essencial para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de erradicação da pobreza extrema e de acabar com a fome até o ano de 2030. A nova posição do governo brasileiro foi entregue ao secretário-geral da ONU, António Guterres, substituindo o documento apresentado em 2021 pela então ministra da Agricultura do governo Jair Bolsonaro, Tereza Cristina. No documento do governo Bolsonaro, mencionava-se que a “liberalização do mercado, incluindo o comércio internacional aberto” e o “livre comércio agrícola” seriam essenciais para alcançar a erradicação da pobreza extrema e acabar com a fome. A proposta assinada por Tereza Cristina apontava como prioridade a promoção da liberalização do comércio internacional. Papel do governo O novo documento representa a visão do governo para a construção de sistemas alimentares mais saudáveis, sustentáveis e inclusivos, argumentou a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, que lidera delegação brasileira na cúpula da ONU. “A construção desses sistemas passa pelo fortalecimento das políticas para agricultura familiar e sua conexão com as políticas de segurança alimentar”, afirmou.   A revisão do documento apresentado à ONU foi realizada pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), composta por representantes de 24 ministérios. “Os objetivos e as ações prioritárias foram reelaboradas e foram introduzidos novos elementos, como o fortalecimento da governança das políticas nacionais de segurança alimentar e nutricional”, explicou a secretária-executiva do MDA. O fortalecimento da governança nacional foi incluído no documento como a primeira das estratégias nacionais, tema que não estava presente da proposta do governo anterior. O texto atribui o dever de o Estado brasileiro garantir o direito humano à alimentação adequada, “inclusive por meio do redesenho das estruturas estatais, da adequação do arcabouço jurídico e legislativo e da implementação de políticas públicas”. Segundo o governo brasileiro, o aumento da fome no mundo e a recente alta nos preços internacionais dos alimentos e insumos ressaltam “a necessidade de garantir espaços de atuação governamental para a implementação de políticas públicas voltadas a melhorar a segurança alimentar”. Crises A mudança na posição brasileira em relação ao comércio internacional é bem-vinda na avaliação do consultor para Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) Arnoldo de Campos. Membro do Instituto Fome Zero, o especialista defende que a liberalização do mercado não é capaz de enfrentar as três principais crises relacionadas ao tema: a crise de fome, a crise de doenças crônicas, causada pela má alimentação, e a crise climática. “O mercado não responde a nenhuma dessas crises. O mercado não consegue acabar com a fome. Ele, inclusive, é proativo na promoção de alimentos de má qualidade nutricional. Então, é fundamental ter políticas públicas ativas para que os sistemas alimentares possam ser mais resistentes e enfrentar desafios como obesidade, doenças crônicas e a crise climática”, destacou. Arnoldo lembrou da situação dos países que dependem dos grãos da Ucrânia. Recentemente, a Rússia bloqueou o comércio de alimentos ucranianos. “Os países todos hoje estão caminhando na direção de ter comércio, de aperfeiçoar o comércio, que é importante, mas também ter políticas públicas. Não é possível deixar tudo na mão do mercado. Muito menos em um tema como esse”, adverte.   A Cúpula de Sistemas Alimentares das Nações Unidas se reuniu pela primeira vez em 2021 com objetivo de encontrar formas de produzir alimentos saudáveis, combater a fome e reduzir o impacto ambiental em um contexto de agravamento da crise social e econômica provocada pela pandemia da covid-19. Na reunião desta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que os sistemas alimentares globais estão “quebrados” e que em um mundo de abundância “é escandaloso que as pessoas continuem a sofrer e morrer de fome”. Segundo estimativas da ONU, mais de 780 milhões de pessoas passam fome no mundo, quase um terço dos alimentos são perdidos ou desperdiçados e quase três bilhões de pessoas não podem pagar por dietas saudáveis.   * Matéria alterada às 18h14 para informar que o encontro terminou nesta quarta-feira (26). Título da matéria foi alterado às 9h30 do dia 27/07 para deixar mais clara a posição do Brasil.  Fonte

Mais da metade dos brasileiros já presenciou ato de racismo

A avaliação de que pessoas pretas são as que mais sofrem com o racismo é quase unanimidade entre os brasileiros, já que nove em cada dez pessoas (96%) compartilham dessa visão. Em segundo e terceiro lugares, os indígenas e os imigrantes africanos, respectivamente, com 57% e 38%, são os que mais sofrem. Há também uma maioria expressiva, de 88%, que concorda que essa parcela da população é mais criminalizada do que os brancos. Esses são alguns dos dados da pesquisa Percepções sobre o racismo no Brasil, realizada pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), sob encomenda do Instituto de Referência Negra Peregum e do Projeto Seta (Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista). Ainda de acordo com o estudo, mais da metade (51%) dos brasileiros declarou já ter presenciado um ato de racismo, e seis em cada dez pessoas (60%) consideram, sem nenhuma ressalva, que o Brasil é um país racista. Outros 21% concordam em parte com essa visão. Os marcadores sociais de raça, cor e etnia são considerados os principais aspectos que explicam as desigualdades para 44% dos brasileiros, e somente 65% da amostra concorda totalmente (57%) ou em parte (8%) com a criminalização do racismo no país. O que mais tem peso para determinar o grau de desigualdade social é a classe social, indicada por 29% dos que responderam a pesquisa. O estudo tem abrangência nacional e compreendeu 127 municípios das cinco regiões do país. As entrevistas com os participantes foram feitas ao longo do mês de abril. De acordo com a pesquisa, pode-se dizer que o dado sobre a criminalização de pessoas negras se desdobra em outro do estudo, o referente ao tratamento que agentes da polícia dispensam à população negra. Das 2 mil pessoas ouvidas, 79% concordam que a abordagem policial é baseada na cor da pele, tipo de cabelo e tipo de vestimenta, sendo que 63% das pessoas ouvidas concordam totalmente com essa afirmação e 16% apenas parcialmente. Um total de 84% concorda que pessoas brancas e negras recebem tratamentos diferentes por parte da polícia, sendo que 71% concordam totalmente e 13% em parte. Contradição Um dos pontos da pesquisa que merecem atenção é a contradição entre os dados. Ao mesmo tempo em que os brasileiros afirmam conviver com o racismo, apenas 11% deles reconhecem cometer atitudes racistas e 10% afirmam trabalhar em instituições racistas, o que lembra uma situação já vista em levantamentos sobre violência contra a mulher, em que uma minoria diz conhecer os autores das agressões. Outros dados que confirmam as contradições são os referentes à parcela que aponta familiares como os agentes que praticam racismo (12%), a que identifica pessoas de seu círculo (36%) e a que declara estudar em instituições de ensino em que o racismo está enraizado (13%). A maior proporção diz respeito aos respondentes que dizem conviver com as vítimas do racismo, de 46%. “O que aparece aqui é que os brasileiros são incapazes de reconhecer como o racismo se materializa na rotina, no dia a dia, que é uma dimensão individual, e também nos espaços em que circulam, tanto públicos como privados, que têm uma dimensão coletiva”, observa o coordenador de projetos do Instituto de Referência Negra Peregum, Márcio Black. Concretização do racismo Segundo os participantes do estudo, o racismo surge, principalmente, por meio da violência verbal, como xingamentos e ofensas (66%). Outras manifestações são o tratamento desigual (42%) e a violência física, como agressões (39%). Pelo que vivenciam, pessoas pretas são as que mais denunciam sofrer racismo, considerando-se a variável raça/cor, o que, destacam os pesquisadores, demonstra que o racismo é mais compreendido a partir da dimensão interpessoal do que da dimensão estrutural. O confeiteiro Wanderlei Lima se recorda bem do dia, há uma década, em que um motorista o chamou de macaco, após achar que ele o havia fechado no trânsito, na capital paulista. Lima dirigia o carro de sua então sogra e perseguiu o homem, em virtude da revolta que sentiu, diante do gesto e também da sensação de que o outro condutor sairia impune, se o caso chegasse ao conhecimento da polícia. Lima foi em seu encalço pelas ruas até a gasolina de seu carro acabar, e o episódio ficou na memória. “Na hora, só tive um clique de ódio. Ele achou que fosse ficar por isso mesmo. Ainda hoje, eu me pego vendo ele baixando o vidro do carro e a imagem dele me xingando. Isso me persegue até hoje”. Para o confeiteiro, a polícia agiria conforme o que predomina na sociedade brasileira, que é “estruturada e absolutamente condescendente com o racismo”. “O racista acha que preto é menos gente, menos humano, que sente menos dor. Colocam a gente nesse lugar, acham que somos subgente”, avalia. Source link