Nas últimas 48 horas, o Corpo de Bombeiros combateu 23 incêndios em áreas de vegetação em Manaus e região metropolitana
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) combateu, nas últimas 48 horas, 23 incêndios em áreas de vegetação na capital amazonense, sendo 14 ocorrências na segunda-feira (21/08) e nove registros na terça-feira (22/08). Para evitar o aumento expressivo de ocorrências deste segmento, a corporação reforça cuidados simples que podem ser adotados pela população. “Nossas equipes atuaram, de forma intensiva, em todas as zonas da cidade para combater as ocorrências de incêndio, que nesse período de ano tem aumento devido ao calor do verão amazônico. Ressalto que ações simples, como não jogar bigorna de cigarro em área de vegetação e não queimar lixo, podem evitar que esses sinistros aconteçam”, pontuou o comandante-geral do CBMAM, coronel Orleilso Ximenes Muniz. Região metropolitana Além da capital, municípios da região metropolitana também atenderam ocorrências de incêndios. Somente entre segunda e terça-feira, o posto da corporação em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) atendeu nove ocorrências deste segmento. A unidade do CBMAM em Presidente Figueiredo (distante 117 quilômetros da Capital) combateu oito incêndios, seguida por Manacapuru (69 quilômetros distante da capital) com três registros e Itacoatiara (distante 176 quilômetros de Manaus) com um caso deste segmento. Na somatória dos quatro municípios foram atendidas 21 ocorrências de incêndio em vegetação na região metropolitana nas últimas 48 horas. “Temos feito um trabalho constante de conscientização da população, por meio da mídia com dicas, orientações para que possamos internalizar que a maioria desses incêndios podem ser evitados. E destaco que, ainda no princípio do sinistro, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado, por meio do número 193, temos equipes de plantão em todas as zonas da cidade”, concluiu coronel Muniz. FOTOS: Divulgação/CBMAM e Carlos Soares/SSP-AM Fonte
Ao desinvestir em energia suja, G20 pode combater fome, propõe estudo
Um grupo de organizações, que conta, no Brasil, com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) como representante, lançou hoje (23) um estudo que destaca que, em 2022, os países do G20 aplicaram US$ 1,4 trilhão para apoiar combustíveis fósseis. No relatório Fanning the Flames: G20, as instituições sublinham que o valor equivale a mais do que o dobro do investimento feito antes da pandemia de covid-19 e da crise energética de 2019 e como algo que vai na contramão de políticas ambientais e sociais. O G20 é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Foi criado em 1999. O montante indicado considera subsídios destinados a combustíveis fósseis – US$ 1 trilhão -, investimentos de empresas estatais – US$ 322 bilhões – e empréstimos de instituições financeiras públicas – US$ 50 bilhões. Na leitura das instituições, os membros do G20 fariam bem ao deixar de lado os benefícios fiscais à indústria de petróleo, carvão e gás, porque, em seus cálculos, ganhariam US$ 1,4 trilhão e US$ 1 trilhão adicional ao impor taxas ao segmento, cobrando entre US$ 25 a 50 para cada tonelada de CO2 [dióxido de carbono] emitida na atmosfera. Combustíveis fósseis Os autores do estudo recomendam que os membros do G20 estabeleçam um prazo claro para eliminar os subsídios aos combustíveis fósseis – 2025 para países desenvolvidos – e até 2030 para economias emergentes – caso queiram cumprir o compromisso assumido em 2009 de reformar os subsídios. As entidades que assinam o documento sustentam que empresas estatais constituem uma das chaves para se recalcular a rota da energia, no caso do G20. Em relação a isso, o que se propõe é que os governos estabeleçam prazos para que as estatais adotem metas de zero emissões líquidas e busquem encontrar alternativas de negócios e carteiras de empréstimos. O relatório dá o exemplo da Índia como um país que tem progredido. O país do sul da Ásia conseguiu diminuir em 76% os subsídios destinados a combustíveis fósseis, no período de 2014 a 2022, apostando, simultaneamente, na energia limpa. Energia limpa Livi Gerbase, assessora política do Inesc, ressalta que os países que integram o G20 cobram menos impostos sobre combustíveis fósseis em comparação a outros emissores de CO2, uma média de apenas US$ 3,2 por tonelada de CO2 emitido. A prática perdura mesmo com as empresas de carvão, petróleo e gás tendo registrado lucros recordes no ano passado, no contexto da crise energética. A especialista defende que os países procurem formular políticas que corrijam desníveis e que sejam feitas para os mais pobres, além da priorização de fontes de energia renovável e limpa, para que haja transformações e se abandone, gradualmente, a dependência da matriz energética que hoje prepondera. “Esses números que a gente está divulgando são muito importantes para se entender que temos um desafio muito grande na transição energética global. A guerra entre Ucrânia e Rússia, principalmente, levou a um aumento no preço, em 2022, e a resposta do governo, em grande parte, foi de aumentar os subsídios para evitar que a população não sentisse esses impactos, mas isso também significou um aumento muito grande de lucro para as empresas petroleiras”, afirmou Livi, em entrevista à Agência Brasil. Recursos No Brasil, o fomento aos combustíveis fósseis foi de R$ 118,2 bilhões em 2021, um valor próximo ao registrado no ano anterior. Para 2022, estima-se que a quantia seja maior, tendo em vista que se zeraram as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do PIS-Importação e da Cofins importação sobre combustíveis fósseis. Caso optassem por uma reforma nas políticas de subsídios e pela tributação do carbono, o fórum poderia reservar menos de um quarto dos US$ 2,4 trilhões gerados à energia eólica e solar – US$ 450 bilhões por ano até 2030. A medida contribuiria para o objetivo de se limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, se pudessem angariar verbas de investidores privados. Os recursos sugerem às instituições que produziram o relatório também poderiam ser usados em ações de combate à fome no mundo (US$ 33 bilhões/ano), fornecendo acesso universal à eletricidade e à culinária limpa no planeta, de forma alinhada com emissões líquidas zero (US$ 36 bilhões/ano). Tal escolha iria ao encontro da promessa que os países desenvolvidos fizeram quanto a se mobilizar em favor das nações em desenvolvimento (US$ 17 bilhões/ano) no âmbito do financiamento climático. Fonte
Agosto Lilás: PC-AM ressalta a importância do registro da ocorrência na rede de proteção da violência doméstica
O Boletim de Ocorrência (BO) é o primeiro passo para iniciar uma investigação e, em alusão ao Agosto Lilás, as Delegacias Especializadas em Crimes contra a Mulher (DECCMs), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), destacam como o procedimento pode ser primordial para ajudar uma mulher a sair do ciclo da violência doméstica. A delegada Débora Mafra, titular da DECCM centro-sul, enfatiza que é importante que a vítima denuncie as violências o quanto antes, evitando que a situação se agrave ou, até mesmo, que os crimes prescrevam. O prazo de registro para casos de violência doméstica é de seis meses após o ocorrido. “Se a denúncia for feita de imediato, mais célere será a retirada da mulher deste ciclo violento. Caso seja necessário, faremos o requerimento da medida protetiva de urgência para que o autor mantenha a distância determinada pelo Poder Judiciário. Caso a medida seja descumprida, é imprescindível que também seja comunicado, para que as autoridades tomem as devidas providências”, disse. A delegada destaca que, no momento da denúncia, é necessário que a mulher leve a materialidade dos fatos, como o exame de corpo de delito ou conteúdos midiáticos, como imagens das lesões ou conversas com o infrator, caso ele tenha a ameaçado ou cometido algum outro crime por meio de mensagens. Ainda conforme a titular, a denúncia não precisa ser formalizada somente pela vítima. Caso a mulher não se sinta segura em denunciar, um familiar ou um amigo pode ser a rede de proteção desta vítima e denunciar os fatos à polícia. “É preciso ressaltar que desta forma a denúncia não será anônima. O declarante será ouvido, repassará todas as informações necessárias e, a partir disso, abriremos um Inquérito Policial (IP) para apurar o caso”, falou. Tudo começa pelo registro da ocorrência Os crimes no âmbito da violência doméstica podem ser registrados em qualquer delegacia. Os comunicantes podem procurar o Distrito Integrado de Polícia (DIP) ou a DECCM mais próxima do local do fato. A DECCM centro-sul está situada na avenida Mário Ypiranga Monteiro, bairro Parque Dez de Novembro zona centro-sul, e as DECCMs sul/oeste e norte/leste estão localizadas na rua Desembargador Filismino Soares, bairro Colônia Oliveira Machado, zona sul, e na avenida Nossa Senhora da Conceição, bairro Cidade de Deus, zona norte, respectivamente. FOTO: Beatriz Sampaio/PC-AM. Fonte
Mutação genética causa a Apraxia de Fala na Infância, mostra estudo
Novos conhecimentos científicos vão ajudar crianças brasileiras com Apraxia de Fala na Infância (AFI). Por meio de mapeamento genético realizado pela Associação Brasileira de Apraxia de Fala na Infância (Abrapraxia) em parceria com o Centro de Estudo do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP) foram identificados 18 novos genes causadores desse tipo de transtorno, que atinge duas a cada 1.000 crianças no Brasil. Pela primeira vez, um mapeamento genético de Apraxia de Fala é realizado no Brasil e as novas informações vão se somar aos estudos realizados somente nos Estados Unidos e na Austrália. A identificação de 18 novos genes é o primeiro resultado do estudo inédito que vinha sendo realizado há cerca de dois anos em 93 crianças previamente diagnosticadas com Apraxia de Fala grave, para identificar as alterações genéticas que levam ao transtorno. A AFI, que ainda passa por muito desconhecimento no Brasil, interfere na reprodução dos sons da fala. A criança sabe o que quer dizer, mas o cérebro não envia os comandos adequados para movimentar os articuladores, a língua, os lábios e a mandíbula. Em matéria publicada pela Agência Brasil em agosto do ano passado, pais de crianças diagnosticadas com o transtorno e pesquisadores envolvidos no estudo, financiado pela associação e pela USP, tinham a expectativa positiva do que poderia ser desvendado. Agora, a descoberta coordenada pela geneticista e pesquisadora do Centro de Estudo do Genoma Humano da USP, Maria Rita Passos Bueno, é considerada um avanço mundial na busca da origem do transtorno neurológico, que acontece quando o cérebro falha no envio dos comandos da fala. “Aumentou o número de genes candidatos, que quando tiver uma alteração importante podem explicar a Apraxia de Fala, e além disso, a gente está incluindo novos genes que nunca tinham sido associados à Apraxia de Fala e nem a problemas de fala. É uma novidade no mundo. A gente ampliou os dados que já tinham na literatura de maneira substancial”, explicou a geneticista em entrevista à Agência Brasil. A médica disse que com o resultado é possível saber se um casal que tenha uma criança com o transtorno poderá no futuro ter outro filho ou filha com Apraxia. “Para o planejamento familiar é extremamente importante. O que a gente observou também é que é comum os pais acharem que fizeram alguma coisa de errado, quando têm um filho com doença genética. Primeiro, a gente nem sabia direito que era genética, agora, em torno de 60% dos casos a gente achou a variante que causa o problema e a maioria deles a gente verificou que a variante aconteceu na criança. Não é que foi herdada. É uma mutação que aconteceu na criança”, disse. Segundo Maria Rita, essa criança com Apraxia poderá transmitir a mutação para um filho. “A chance de transmitir é de 50%, aí sim, passa a ser hereditário”, pontuou. A geneticista disse que a intenção é seguir com a pesquisa com outro tipo de análise em 40% da amostra, nas quais não foram identificadas a alteração genética que explicasse a Apraxia de Fala. “A gente precisa fazer outros tipos de análises e de testes para a gente ver se consegue identificar o que tem de alterado”, acrescentou. Associação A Abrapraxia foi criada a partir da união de três famílias com filhos diagnosticados com o transtorno e criaram uma rede de apoio em 2016. O resultado dessa primeira fase da pesquisa, concluída em julho deste ano, além da busca por mais conhecimento sobre a AFI, reflete nas famílias das crianças com o transtorno, especialmente em variáveis psicológicas como ansiedade e culpa. De acordo com a geneticista, foi possível verificar que são poucos os casos de herança genética e que as chances de outro nascimento com Apraxia de Fala são iguais às de qualquer outra família. José Márcio Fernandes, um dos pais fundadores da associação e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Abrapraxia, disse à Agência Brasil que quando a filha Giovana, de 12 anos de idade, foi diagnosticada com Apraxia, há cerca de oito anos, sentiu a necessidade de saber o que causava o transtorno, mas não encontrou uma resposta definitiva. “A gente veio nessa busca, e a gente decidiu tratar todos os sintomas da Apraxia com fonoaudiologia, através de especialistas cuidando de toda a estratégia de tratamento da Giovanna, mas a gente sempre ficou com essa questão na cabeça, de qual era a causa da Apraxia de Fala das crianças em geral”, lembra, acrescentando que em princípio ele e a mulher, Juliane, decidiram iniciar uma pesquisa genética em um instituto de São Paulo, mas não chegaram a nenhuma conclusão. Os estudos realizados nos outros países tinham identificado 38 genes relacionados à apraxia de fala na infância. Agora, após o resultado da primeira fase da pesquisa da USP, o número saltou para 56. No Brasil, nem sempre o diagnóstico do transtorno é correto, o que também ocorre com crianças com espectro autista e com outros transtornos neurológicos. A causa é a falta de conhecimento entre profissionais da saúde e educação, por isso, a investigação genética se torna ainda mais importante. De acordo com José Márcio, o estudo partiu de uma base de 500 famílias de crianças no Brasil com Apraxia de Fala severa, mas devido à dificuldade de recursos foram selecionadas 150 crianças, que passaram por análises com fonoaudiólogos qualificados pela associação. Ao longo do processo, algumas não conseguiram continuar no tratamento e a pesquisa ao final ficou com 93 crianças, onde foram identificados os 18 novos genes causadores do transtorno. “A USP conversou com todas as famílias e pôde dar um aconselhamento genético para cada uma. Tinham famílias com muitas dúvidas, como se eu tiver mais um filho, será que vai ter novamente Apraxia da Fala na Infância?”, contou. Segundo José Márcio, quando, há 5 anos, o banco de dados dos estudos, que já vinham sendo realizados, estava mais ampliado em relação à genética, o casal refez o exame da Giovana e foi descoberto que a filha tem uma mutação genética rara identificada em apenas
Prefeitura de Manaus abre 2º lote de inscrição para os palcos Guardião da Amazônia e Amazona
O segundo lote com 30 mil pulseiras para os dias 5 e 6 de setembro, nos palcos Guardião da Amazônia e Amazona, do festival “#Sou Manaus Passo a Paço 2023”, vai ser aberto nesta quarta-feira, 23/8, a partir das 19h, conforme divulga a Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura Turismo e Eventos (Manauscult). O anúncio foi feito pelo diretor-presidente da Manauscult, Osvaldo Cardoso, na tarde desta terça-feira, 22/8, ao reforçar para a população que a inscrição é apenas para dois dos sete palcos do festival. “Amanhã, a partir das 19 horas, estaremos abrindo o segundo lote, com 30 mil ingressos para as pessoas que desejam assistir aos shows dos dois palcos na área portuária, o Guardião da Amazônia (plataforma Malcher) e Amazona (ao lado da Alfândega). Vale ressaltar que as pessoas podem escolher entre um quilo de alimento não perecível e as garrafas PETs”, destacou. A população tem acesso a dois links para a inscrição, no soumanauspassoapaco.com.br ou no eventos.manaus.br. Outro ponto de destaque é quanto à impressão do documento. “É importante que as pessoas imprimam o documento ou apresentem o QRCode para a troca”, completou Cardoso. Trocas de pulseiras A troca de pulseiras do 1º lote para o primeiro dia do festival “#SouManaus Passo a Paço 2023”, palcos Guardião da Amazônia, na plataforma Malcher, e Palco Amazona, ao lado da Alfândega, será nos dias 28 e 29/8, segunda e terça-feira, em cinco pontos da cidade: supermercados Nova Era nas avenidas Torquato Tapajós, Torres, Grande Circular e Silves, e para as garrafas PETs, na Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). De acordo com Osvaldo Cardoso, a troca por garrafas PETs é uma maneira de chamar a atenção da população para o cuidado, a preservação e o pertencimento quanto a sustentabilidade e o meio ambiente. “Nosso festival este ano trabalha três vertentes: Ancestralidade, Sustentabilidade e Inovação Tecnológica, e dentro desta temática, temos a quantidade de lixo retirada dos igarapés de Manaus, de nossas nascentes, e a maioria são garrafas PETs, por isso, a ideia da troca das pulseiras por pet, para evitarmos que mais garrafas parem em nossos igarapés. Queremos chamar a atenção da população para esse tema, tão importante para a vida humana, que é o nosso meio ambiente preservado e cuidado”, pontuou. Já a troca por alimentos tem o objetivo de beneficiar famílias em situação de vulnerabilidade social. A Prefeitura de Manaus fará ampla divulgação da entrega dos alimentos. — — — Texto – Divulgação / Manauscult Foto – Arquivo / Semcom Fonte
Garoto resgatado de teleférico no Paquistão diz que ‘o resgate foi milagroso’
Deslizando por vales íngremes, eles reduzem o tempo de viagem, mas muitas vezes são mal conservados e propensos a acidentes. Todos os anos, pessoas morrem ou ficam feridas enquanto viajam neles. Na quarta-feira, a polícia prendeu Gul Zarin, o proprietário do teleférico, sob a acusação de ignorar as medidas de segurança, disse a polícia local. Por: G1 Fonte
Lula diz que moeda do Brics reduzirá vulnerabilidades
Em discurso na sessão plenária ampliada da XV Cúpula dos Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (23), que a criação de uma moeda única para transações comerciais entre os países do bloco reduzirá vulnerabilidades dessas nações. Além do Brasil, o grupo reúne China, Índia, Rússia e África do Sul, país-sede da cúpula deste ano. “A criação de uma moeda para as transações comerciais e investimentos entre os membros do Brics aumenta nossas condições de pagamento e reduz nossas vulnerabilidades”, disse Lula durante a plenária. Ele também afirmou que o interesse de outros países em se juntar ao Brics demonstra a relevância crescente do bloco. Financiamentos globais Lula criticou os atuais modelos de financiamento globais, que são prejudiciais aos países em desenvolvimento, e destacou que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics pode oferecer alternativas de financiamento mais adequadas às necessidades dos países do Sul. “É inadmissível que os países em desenvolvimento sejam penalizados com juros até oito vezes mais altos que os cobrados dos países ricos. É preciso aumentar a liquidez, ampliar o financiamento concessional e pôr fim às condicionalidades. O sistema multilateral de comércio deve ser reavivado para voltar a atuar como ferramenta para um comércio justo, previsível, equitativo e não discriminatório. A descarbonização de nossas economias deve vir acompanhada pela geração de empregos dignos, industrialização e infraestrutura verdes e serviços públicos para todos”, disse o presidente. Fonte
Associação vai debater aumento do consumo de álcool entre meninas
Com o tema Celebrando a Diversidade: Eu, Tu, Eles… É Nós!, o 27º Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) será realizado em São Paulo, de 3 a 6 de setembro, trazendo debates nas áreas de saúde mental do país e da América Latina. Um dos assuntos abrange o consumo de álcool e outras substâncias entre as mulheres, o que vem ocorrendo cada vez mais precocemente. “Não podemos só ficar olhando para uma estatística crescente e não contribuir em nada para que esse cenário mude”, disse à Agência Brasil a psiquiatra Alessandra Diehl, presidente da Abead. Muitos dos espaços para tratamento de mulheres atualmente são feitos por organizações não governamentais e movimentos sociais. Durante a pandemia de covid-19, surgiu um movimento chamado Alcoolismo Feminino, que se transformou em associação, e que hoje oferece tratamento. “Esse movimento nasceu virtual e hoje só cresce”, afirmou a psiquiatra. Vale a pena mencionar também o movimento de mulheres dentro do grupo Alcoólicos Anônimos, chamado Colcha de Retalhos, com o mesmo objetivo. A presidente da Abead avaliou que há poucos espaços de tratamento para a mulher com a inclusão de mães e seus bebês. Todas as questões relacionadas a gênero, como a síndrome alcoólica fetal (SAF) serão analisadas durante o congresso. Será apresentada também uma iniciativa a nível municipal, em Ribeirão Preto (SP), para diminuir a prevalência da síndrome. Outro tema envolve crianças, filhos de mulheres que fazem uso de substâncias psicoativas. A pesquisadora mexicana Corina Giacomello abordará as intervenções para filhos de dependentes químicas, o que se chama de prevenção seletiva. “Nós sabemos que as crianças, adolescentes, ou filhos de usuários que convivem em um lar com dependência química precisam ter uma atenção especial já que eles também têm chance de desenvolver dependência química.” Estigma Outra pauta aborda o preconceito em relação aos dependentes químicos e aos profissionais da área. A presidente da Abead citou uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo que, em 2009, indicava que 41% da população brasileira tinha “ódio ou antipatia” de conviver com o usuário de drogas. “O estigma está direcionado a dependentes químicos, usuários de substâncias, e enraizado na sociedade em vários segmentos, desde a população geral até os profissionais da saúde. Muitos não querem trabalhar com dependente químico, porque acham e veem essas pessoas como marginais, bandidos, como pessoas fracas que estão nessa situação porque simplesmente querem.” Segundo a psiquiatra, o preconceito resvala, muitas vezes, no profissional que atende o dependente químico. Todas as interfaces do preconceito, do estigma, serão debatidas em vários momentos durante o congresso, abordando também o preconceito reproduzido na mídia, que usa palavras como viciado ou drogado nas reportagens. “A linguagem tem o poder de perpetuar esses mitos, preconceitos e estigmas”, destacou. O movimento Faces e Vozes do Brasil, parte de organização criada nos Estados Unidos, tem em sua linha dorsal o combate ao estigma que protela a busca por tratamento. Esse movimento fala: Eu sou a face e a voz da recuperação. “A recuperação é possível. Ela existe”, afirmou Alessandra Diehl. Tabaco No Fórum de Tabagismo, o congresso da Abead vai discorrer sobre os avanços do Brasil na luta contra o hábito de fumar. O país continua protagonista dentro da Convenção Quadro de Controle do Tabaco, tratado internacional assinado em 2003, que enfrenta agora ameaça em alguns quesitos, como o cigarro eletrônico. Existem ameaças, segundo a psiquiatra, apesar de resolução da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2009, que proíbe a venda de cigarro eletrônico no país, ratificada pelo órgão neste ano. A prevalência do tabagismo no Brasil, em torno de 43% no final da década de 1980, hoje caiu para 12%, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Os cigarros eletrônicos estão minando os bons resultados alcançados pelo país.” América Latina A presidente da Abead indicou que a pandemia de covid-19 agravou quadros psiquiátricos pré-existentes e novos casos surgiram. O congresso objetiva não só fomentar o debate, mas ser fonte de educação dos profissionais que estão na linha de frente e que não tiveram acesso a cursos de formações específicos. O tema da diversidade, escolhido para o congresso deste ano, não aborda somente a diversidade de gênero, mas a diversidade de públicos alvos, de modos de tratar, de terapias e possibilidades de tratar, de formas de abordar a questão e de dialogar com políticas públicas também distintas, englobando redução de danos, abstinência, iniciativas de legalização de drogas fora do Brasil, resultados obtidos. “Este é um momento em que vivemos novamente essa questão de legalização [de drogas]. O debate voltou à pauta e será objeto de apreciação no congresso. Nesta edição do evento, a Abead priorizou trazer colegas do Chile, México e Argentina, para falarem da realidade das drogas na América Latina, porque muitas informações são baseadas em dados dos Estados Unidos e Europa que não refletem o que se vive nos países latino-americanos. Por exemplo, na região não foi registrada uma crise de opioides, como naqueles países. Dependência O congresso contará com a participação do ator Niso Neto, filho do comediante já falecido Chico Anísio, que vai participar de talk show para relatar a perda de um filho, cuja morte foi relacionada ao consumo do chá de ayahuasca, do Santo Daime. O debate vai abordar a influência da substância em pessoas vulneráveis, que já têm um substrato neuro biológico, ou seja, uma genética para sintomas psiquiátricos, e que pode desenvolver sintomas psicóticos. No tópico de substâncias que tiram a consciência das pessoas, o congresso vai debater também os medicamentos compostos, cujo consumo cresceu muito, principalmente na pandemia, apontou a presidente da Abead. Nos Estados Unidos, por exemplo, o crescimento das vendas superou 300%. No trabalho intitulado Zolpidem: Aumento do Seu Uso Associado ao Cenário Pandêmico da Covid-19, apresentado em junho de 2023 no Centro Universitário UNA, seus autores relatam que, no Brasil, a comercialização dos psicofármacos aumentou 17% em 2020 e 13% só nos primeiros cinco meses de 2021, e que, no caso do medicamento Zolpidem, o crescimento atingiu 113% entre 2019 e 2021. Alessandra Diehl informou que a substância Zopiclona, por exemplo, tem um efeito colateral muito grave, que é o sonambulismo.
Ozonioterapia não deve ser usada para doenças oculares, alerta CBO
Não há evidência científica “sólida” que garanta a segurança e a eficácia do uso da ozonioterapia no tratamento de doenças oculares. O alerta é do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). “A adoção dessa abordagem como terapia médica (principal ou complementar) é desaconselhada”, destacou a entidade, por meio de nota. A manifestação acontece após recente sanção da Lei 14.648/23, que permite que profissionais de saúde prescrevam a terapia de forma complementar. Para o conselho, a análise de inúmeros trabalhos demostra que, até o momento, a ozonioterapia não tem eficácia comprovada na abordagem de doenças crônicas ou reversíveis e oferece riscos ao paciente. “O CBO entende que o uso amplo dessa abordagem pode potencializar problemas de saúde”, destacou a nota. Na avaliação da entidade, os médicos podem utilizar a ozonioterapia apenas como terapia experimental, dentro de protocolos de pesquisa aprovados pelo sistema formado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e seus respectivos comitês. O conselho ressalta que, além de não oferecer resultados positivos, a ozonioterapia pode trazer prejuízos ao afastar o doente de outras terapias de efeito comprovado. Entre os fatores que citados está a falta de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso clínico da ozonioterapia. “A Anvisa tem reiterado que há indícios positivos dessa prática apenas em tratamentos estéticos, como limpeza de pele, e odontológicos, como a reversão de cáries e infecções”, citou o CBO. “O ozônio é um gás tóxico e corrosivo, que tem ação bactericida. É usado para a assepsia de ambientes, como um desinfetante, e para purificar a água.” Polêmica “O CBO acompanhou as discussões no Congresso Nacional, apresentando preocupação com a inexistência de estudos científicos comprovando a eficiência dessa terapia na abordagem de doenças crônicas ou reversíveis e também com a disseminação de informações falsas induzindo o seu uso por pacientes de alta complexidade”, concluiu a nota. Outras entidades médicas externaram posição semelhante ao uso clínico da ozonioterapia, como é o caso da Associação Médica Brasileira (AMB), a Academia Nacional de Medicina (ANM) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Fonte
Calor: sensação térmica em Manaus pode chegar a 49°C nesta quarta
O calor intenso poderá provocar sensação térmica de 49°C em Manaus nesta quarta-feira (23). A previsão do tempo aponta uma temperatura próxima a 38°C, porém o alto índice de umidade relativa do ar aumenta o abafamento e deve fazer a sensação aumentar mais 10°C. Fonte
Prefeitura fiscaliza comércio ilegal e reforça segurança em terminais de Manaus
Como parte das ações para garantir segurança alimentar e física aos trabalhadores e passageiros do sistema de transporte urbano, a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) e das secretarias municipais de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) e de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), realizou, na noite desta terça-feira, 22/8, uma ação conjunta nos cinco terminais de ônibus da capital. O trabalho das secretarias neste primeiro momento foi de orientação aos comerciantes que vendem de forma irregular alimentos dentro dos terminais, além de reforçar o patrulhamento preventivo com as rondas e abordagens com o objetivo de promover ações de proteção ao patrimônio público e dar assistência à comunidade que transita nos locais. Os trabalhos acontecem conjuntamente com a Guarda Municipal e a Polícia Militar do Amazonas. De acordo com o diretor de Transportes do IMMU, Ednaldo Castro, a ação conjunta visa trazer maior ordenamento ao funcionamento dos espaços. “A Prefeitura de Manaus, preocupada com o bem-estar e segurança da população, estará intensificando esse tipo de fiscalização. As ações acontecem diuturnamente com reforço da Guarda Municipal com efetivo nas ruas e terminais de integração. A presença desses operadores de segurança pública já intimida a ação de criminosos nos coletivos”. Após denúncia de usuários, um homem foi encaminhado ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) após ser flagrado com dois celulares roubados durante as ações dentro do Terminal 2, localizado no bairro Cachoeirinha, zona Sul. Além do reforço à segurança, técnicos da Semacc realizaram ações de orientação aos trabalhadores informais para que procurassem a regulamentação junto à secretaria e fossem realocados em locais propícios, principalmente a venda de alimentos perecíveis. “Nós estamos neste momento fazendo a orientação dos trabalhadores informais, procurando ver pessoas que estão regulares e as que são irregulares, dando uma orientação para que procurem a Semacc para buscar a sua regularização, espaços regularizados dentro dos bairros ou praças da cidade, espaços que são administrados pela secretaria para que eles possam trabalhar numa atividade regularizada e em um espaço mais humanizado”, finalizou. A permissionária Ana Alice aprovou o combate ao comércio ilegal dentro do espaço. “Para nós, é ótimo esse tipo de ação. Nós que estamos legalizados, trabalhamos todos dentro do padrão, temos responsabilidade com o espaço”, disse. Além de estarem presentes nos cinco terminais de integração, os guardas municipais também atuarão em outros locais, como nos grandes corredores e nas principais avenidas, interligados com a questão do transporte coletivo, com patrulhando nas paradas de ônibus, onde, geralmente, os assaltantes também costumam abordar os usuários. Fonte
Brasil quer contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (23), em discurso na cúpula dos Brics, em Joanesbuergo, na África do Sul, que o Brasil quer contribuir com os esforços para um cessar-fogo imediato e uma paz duradoura na Ucrânia. Realizado na África do Sul, o encontro de chefes de Estado do bloco de cinco países, que também inclui China, Índia e Rússia, contou com a participação do presidente russo, Vladimir Putin, por videoconferência. Em seu discurso, Lula disse que o Brasil tem uma posição histórica de defesa da soberania e integridade territorial das nações e considerou positivo o fato de que há um número crescente de países engajado na tentativa de atingir um acordo para encerrar a guerra que se arrasta há um ano e meio. “Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia. O Brasil não contempla fórmulas unilaterais para paz. Estamos prontos para nos juntar a um esforço que possa, efetivamente, contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura”, afirmou Lula. Guerra na Ucrânia Ele acrescentou que a guerra na Ucrânia mostra as limitações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e que os Brics têm um papel relevante na solução do conflito. “A busca pela paz é um coletivo e um imperativo para o desenvolvimento justo e sustentável. Os Brics devem atuar como uma força pelo entendimento e pela cooperação. Nossa disposição está expressa na contribuição da China, da África do Sul e do meu próprio país para os esforços de solução do conflito na Ucrânia”, enfatizou. Lula criticou ainda os gastos militares globais, que superam, segundo ele, US$ 2 trilhões em apenas um ano, enquanto existem 735 milhões de pessoas passando fome no mundo. Falando logo em seguida ao presidente brasileiro, Putin afirmou que o conflito na Ucrânia foi provocado por um “neocolonialismo” de países ocidentais e a tentativa dessas nações em manter sua hegemonia. Segundo ele, a Ucrânia passou por um golpe de Estado em 2014, referindo-se à Revolução de Maidan, que culminou na retirada do presidente Viktor Yanukovych, e as pessoas que não concordaram com o novo regime foram perseguidas, referindo-se à população etnicamente russa daquele país. “Uma guerra de atrito foi lançada contra eles e isso durou oito anos. A Rússia decidiu apoiar as pessoas que lutam por sua cultura, tradições, língua e seu futuro. Nossas ações na Ucrânia são guiadas por apenas um motivo: acabar com a guerra que foi lançada pelo Ocidente contra as pessoas em Donbass”. Putin também agradeceu aos “colegas do Brics” que estão buscando soluções para “acabar com essa situação”, por meios justos e pacíficos. Brics é o nome dado a um grupo de países que tem como objetivo a cooperação econômica e o desenvolvimento em conjunto. Esse grupo é formado por cinco nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Fonte
Por bi olímpico, Ana Marcela Cunha se desafia com mudança para Itália
O mês de setembro marca um novo e decisivo momento na carreira de Ana Marcela Cunha. No próximo dia 1º, a nadadora baiana, de 34 anos, campeã olímpica de águas abertas nos Jogos de Tóquio (Japão), em 2021, viaja para a Itália, onde passará a morar e treinar de olho na Olimpíada de Paris (França), no ano que vem. A mudança de ares foi uma escolha da própria atleta. Em julho, pouco antes do Campeonato Mundial de Fukuoka (Japão), Ana Marcela mudou de técnico. Após dez anos, a parceria com o técnico Fernando Possenti chegou ao fim. Agora ela trabalha com o italiano Fabrizio Antonelli. A nadadora, que utilizava o Centro de Treinamento do Time Brasil, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, viverá em Roma e terá a praia de Óstia, próxima à capital italiana, para se preparar. Ao lado de Possenti, a baiana conquistou seis dos sete ouros que obteve em Mundiais, além da medalha dourada em Tóquio. Antonelli, novo técnico da brasileira, trabalha em sua equipe com alguns dos principais nomes de águas abertas da atualidade, como o também italiano Gregorio Paltrinieri, hexa mundial, e a alemã Leonie Beck, vencedora da prova dos 10 quilômetros em Fukuoka. “Fui conversar com ele [Antonelli], entender como funcionaria [a parceria]. Ele mora na Itália, eu [teria que] me mudar, como seria essa logística. Terei uma boa equipe, que vai me tirar da zona de conforto. Acho que estava precisando disso. O idioma [italiano] é próximo do português, então dá para aprender e se virar no dia a dia. Um ponto positivo é que o Fabrizio já fala português, o que é importante”, afirmou Ana Marcela à Agência Brasil. “Todo mundo fala muito sobre a questão do tempo [curto até os Jogos de Paris], mas acredito que se não tivesse essa mudança, talvez não chegasse tão longe quanto eu quero, então será muito importante para mim”, completou a baiana, que conversou com a reportagem na piscina da Universidade Santa Cecília (Unisanta), equipe de Santos (SP), que seguirá representando. Mudar de técnico às portas de um Mundial não é a única razão que torna 2023 um ano especial na vida de Ana Marcela. Ao longo da temporada, a nadadora ficou quatro meses sem treinar e oito sem competir, por causa de uma cirurgia no ombro esquerdo, a qual foi submetida em novembro. Durante a recuperação, a brasileira teve uma rara pausa na carreira para se voltar para a vida pessoal. Em abril, ela se casou com a preparadora física Juliana Melhem. “Cuidar do casamento e se preocupar com outras coisas tirou um pouco do meu tempo hostil. Refresquei muito a minha mente e pude trabalhar esse outro lado [vida pessoal]. A gente vive e respira muito o esporte. Para mim, é gratificante ver o lado profissional da minha mulher dando certo, a forma como ela trabalha, tudo que tem feito. Isso foi muito bom, não só para o nosso relacionamento, mas também para nossas vida e carreira profissionais”, declarou a nadadora. O retorno de Ana Marcela às competições se deu em maio, com um bronze na prova de 10 km da etapa de Soma Bay (Egito), da Copa do Mundo de águas abertas. Em julho, no Mundial de Fukuoka, a brasileira obteve outro bronze, nos 5 km, chegando a 16 medalhas na história da competição. Nos 10 km, que é a distância olímpica, o quinto lugar adiou o que seria uma classificação antecipada à Paris (somente as três primeiras colocadas se garantiam). A baiana terá uma última chance de ir à Olimpíada pelo Mundial de Doha (Catar), em fevereiro. Ela precisa encerrar a prova dos 10 km entre as 13 melhores. Caso as atletas já classificadas ocupem o top-13, abrem lugar às que chegarem na sequência. A disputa feminina de águas abertas, como na masculina, tem 22 vagas, com máximo de duas nadadoras por país. “[A classificação olímpica pelo Mundial] é nosso maior objetivo. Sabemos que será difícil, mas é possível. Querendo, ou não, saíram três [concorrentes] fortes”, projetou Ana Marcela, que analisou o desempenho no Mundial como positivo, mesmo com a vaga antecipada a Paris escapando por pouco. “Foi uma volta pós-cirurgia, todo um processo de retorno. Até brinquei que o bronze [dos 5 km] teve gostinho de ouro. Mostrou que já estava bem e de volta ao cenário mundial. Os médicos sempre falaram que tinha que ter tranquilidade, que [2023] seria um ano para não pensar em resultados. Nadar o Mundial e ter conquistado uma medalha foi uma grande surpresa”, concluiu a nadadora. Fonte
Receita Federal abre consulta ao 4º lote da restituição do Imposto de Renda 2023; confira quem tem direito
Ao todo serão 6.118.310 contribuintes que terão direito ao novo lote, que também contempla restituições residuais de exercícios anteriores A Receita Federal libera nesta quinta-feira (24), a partir das 10h, a consulta do quarto lote da restituição do Imposto de Renda (IR) 2023. Neste lote, também serão contempladas restituições residuais de exercícios anteriores. O Fisco prevê um crédito bancário total de R$ 7,5 bilhões. Do valor, R$ 914.419.749,81 referem-se ao quantitativo de contribuintes com prioridade. Ao todo serão 6.118.310 contribuintes que terão direito ao lote, sendo que: 11.960 contribuintes idosos acima de 80 anos; 86.427 contribuintes entre 60 e 79 anos; 9.065 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; 30.453 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério; 219.288 contribuintes que não possuem prioridade legal, mas que receberam prioridade por terem utilizado a Declaração Pré-preenchida ou optado por receber a restituição via PIX. Segundo a Receita Federal, também serão contemplados 5.761.117 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 29/05/2023. O pagamento da restituição do quarto lote acontece a partir do dia 31 de agosto. As datas do depósito de cada lote são estabelecidas por lei. Como pedir a restituição? O pagamento da restituição é feito diretamente na conta bancária ou poupança que esteja no nome do declarante e informada na declaração. O pagamento também pode ser feito por indicação da chave Pix. Caso o depósito não for realizado, por exemplo, se a conta informada for desativada, os valores ficarão salvos para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Neste caso, o contribuinte pode reagendar o crédito dos valores pelo Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento BB, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Se o cidadão não resgatar o valor de sua restituição no prazo de um ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”. Como consultar a restituição? Para consultar se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”. Na página, o declarante pode realizar uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Se identificar alguma pendência na declaração, o contribuinte pode fazer a retificação das informações que estejam equivocadas. *Sob supervisão de Gabriel Bosa da CNN Fonte
Rússia ataca instalações de grãos na região ucraniana do Danúbio
A Rússia atacou portos ucranianos na região sul de Odesa e na área do rio Danúbio em ataques noturnos com drones, incendiando pelo menos uma instalação de armazenamento de grãos, disseram autoridades da Ucrânia nesta quarta-feira (23). A Ucrânia utiliza essas infraestruturas portuárias para transportar cereais até o porto romeno de Constanta, desde que Moscou desistiu de um acordo mediado pela ONU que permitia a Kiev enviar grãos por meio do Mar Negro. “O inimigo atingiu instalações de armazenamento de grãos e um complexo de produção e transbordo na região do Danúbio. Um incêndio eclodiu nos armazéns e foi rapidamente contido. Os bombeiros continuam trabalhando”, disseram militares ucranianos em uma postagem no aplicativo de mensagens Telegram. Os militares publicaram fotografias mostrando pilhas de grãos sob a estrutura queimada e destruída do armazém. O governador de Odesa, Oleh Kiper, disse que o ataque à região durou três horas e que a força aérea ucraniana destruiu nove drones russos. “Infelizmente, ocorreram ataques nos complexos de produção e transbordo onde ocorreu um incêndio… Os danos incluem instalações de armazenamento de grãos”, disse Kiper no Telegram. As defesas aéreas ucranianas afirmaram ainda que tinham abatido 11 dos 20 drones lançados pela Rússia durante a noite. Uma fonte da indústria disse à Reuters que os portos ucranianos do Danúbio eram os principais alvos. A Ucrânia opera dois portos principais no Danúbio: Izmail e Reni. Os portos do Danúbio representavam cerca de um quarto das exportações de grãos ucranianos antes de a Rússia ter se retirado do acordo que garantia passagem segura da exportação de grãos ucranianos através do Mar Negro, em julho. Desde então, os portos tornaram-se a principal rota de saída, com os grãos também enviados em barcaças para o porto romeno de Constanta, no Mar Negro, para embarque posterior. Os preços globais de grãos subiram no início deste mês, quando a Rússia atacou Izmail – o principal porto interior da Ucrânia, do outro lado do rio Danúbio, a partir da Romênia, e o porto de Reni. *É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte