CNDH denuncia trabalho escravo em oficinas de costura em São Paulo

Uma comitiva do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) que viajou à capital paulista descobriu, nesta semana, a existência de cerca de 150 oficinas de costura onde trabalhadores, sobretudo de outras nacionalidades, são vítimas de trabalho análogo à escravidão. A informação, que deverá constar de relatório divulgado na próxima quinta-feira (31), foi adiantada à Agência Brasil pela conselheira Virgínia Berriel, que coordena a Comissão de Trabalho, Educação e Seguridade Social do CNDH. A representante do conselho relatou que apurou a situação a partir de conversas, no último domingo (27), com um grupo de cerca de 120 imigrantes e refugiados da Bolívia, do Equador e da Venezuela. Há, ainda, pessoas do Paraguai e do Peru nessa condição, conforme salienta Virgínia. “As oficinas funcionam como casas. As pessoas moram e trabalham nelas. Isso é muito doído”, afirmou, em entrevista, em que sinalizou que o conselho deverá pedir apoio ao Ministério das Relações Exteriores para encontrar soluções. Virgínia contou que o trabalho nas oficinas começa, geralmente, às 7h, e se estende até a meia-noite, com pequenas e raras pausas ao longo do dia, o que configura jornada exaustiva e fere os direitos dos trabalhadores. A coordenadora observa, ainda, que a maioria dos funcionários que atuam no ramo da confecção, na capital paulista, é boliviana. “E não é que eles sejam costureiros e costureiras, eles entraram nesse mercado para sobreviver. Vão aprendendo e fazendo cada vez mais.” Pelos relatos, o CNDH apurou que os trabalhadores pagam tanto por alimentos quanto pelos banhos que cada integrante de suas famílias toma nesses locais que servem como oficina e residência. Outro aspecto destacado pela conselheira é que, mesmo quando os trabalhadores conseguem relativa libertação de suas obrigações com os empregadores, acabam optando por permanecer no segmento e na atividade, comprando máquinas de costura e abraçando a ideia de que estão empreendendo, quando, na verdade, continuam em um quadro de precariedade. “Às vezes, até contratam outro trabalhador e aquele ciclo do trabalho análogo à escravidão vai se perpetuando. A nossa percepção é de que é uma coisa doentia, porque eles produzem cada vez mais, se culpam por não trabalhar mais. Essa jornada é normal para eles, o que é terrível para nós”, disse Virgínia. As horas em excesso servem para eles como um parâmetro aceitável no sentido de que se sentem obrigados a cumpri-las para poder enviar dinheiro a parentes que estão em seus países de origem. Junto com isso, há o sentimento de que precisam demonstrar gratidão aos brasileiros que supostamente lhes deram uma oportunidade. Abusos em ambiente doméstico A situação de trabalhadores que sofrem exploração em ambientes domésticos, a ponto de configurar trabalho análogo à escravidão, também é o foco da comitiva do CNDH, que irá abordar o tema amanhã, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em audiência pública. Entre os trabalhadores domésticos, há o predomínio de mulheres negras.  Virgínia disse que as condições de enfrentamento em São Paulo estão comprometidas, conforme pontuou, em reunião, o próprio Ministério Público do Trabalho (MPT), que alegou contar, atualmente, com um efetivo reduzido e, portanto, insuficiente para lidar com o desafio que se impõe. “A Justiça precisa ser mais célere na questão do trabalho análogo à escravidão, porque, às vezes, é uma vida toda dedicada a essas famílias. E tem a coisa da família, porque essas pessoas se apegam, não querem sair, por não entenderem que estão sendo escravizadas. Eles manipulam essas pessoas com o sentimento”, frisou Virgínia Berriel, acrescentando que tomou conhecimento do caso de uma doméstica que foi vítima de trabalho análogo à escravidão e morreu aos 78 anos, sem receber indenização, porque o Poder Judiciário não finalizou o processo que responsabilizaria a família que a explorou. A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP), a prefeitura, o governo do estado, a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Federal e aguarda contato, caso queiram se manifestar. Caso da doméstica no Brás Nesta segunda-feira (28), o Ministério Público Federal (MPF) informou que denunciou um casal que manteve uma mulher em condições análogas à escravidão durante 33 anos, na capital paulista. A trabalhadora emendava expedientes na residência do casal e em uma loja dos dois, ambas no Brás, sem receber remuneração, nem ter descanso e outros direitos trabalhistas. De acordo com o órgão, ela cumpria jornadas das 7h às 22h ou mais tarde e também sofreu agressões físicas e assédio moral. O casal a vigiava através de uma câmera instalada na parte do imóvel em que ela vivia. Ela conseguiu fugir em julho do ano passado, após procurar vaga de acolhimento em um centro de assistência social do município. “A situação da trabalhadora já havia sido objeto de um acordo que os patrões firmaram em 2014, mediado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Na ocasião, eles assumiram o compromisso de efetuar o registro em carteira da empregada, pagar salários mensais e saldar outras obrigações trabalhistas. Porém, nenhum dos deveres foi cumprido. A mulher chegou a ganhar um salário, mas, nos meses seguintes, responsabilizada pela quebra de uma máquina de lavar roupas, deixou de receber as remunerações”, escreve o MPF. “Em depoimento às autoridades, o casal procurou eximir-se de responsabilidade afirmando que considerava a mulher uma pessoa ‘da família’”, complementa o órgão. Source link

Pesquisadores desenvolvem sensor capaz de diagnosticar febre amarela

Pesquisadores brasileiros e britânicos desenvolveram um biossensor eletroquímico capaz de detectar a infecção pela febre amarela utilizando cápsulas de café recicladas. Além de tornar o sensor mais sustentável a iniciativa torna a ferramenta mais barata por ser construída a partir de produtos reciclados. A ideia partiu da dificuldade em diagnosticar a infecção que tem sintomas semelhantes aos de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a chikungunya, a dengue e zika. Desenvolvido por Cristiane Kalinke durante seu estágio de pós-doutoramento na Inglaterra, envolveu pesquisadores das universidades Federal de São Carlos e de São Paulo, além da Faculdade de Ciência e Engenharia da Universidade Metropolitana de Manchester (Inglaterra), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o sensor é feito em impressora 3D e cumpre os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para testes diagnósticos em locais remotos ou com poucos recursos. O dispositivo funciona com eletrodos impressos em ácido polilático de cápsulas de café processadas e recicladas, que ficam em sua superfície. A reação eletroquímica acontece por meio da condutividade dos filamentos com nanotubos de carbono e negro de fumo como aditivos. Os fragmentos do DNA da febre amarela se encaixam na sequência genética de apenas uma gota de amostra de soro sanguíneo dos pacientes. Por meio da diferença de sinais antes e depois dessa ligação, o diagnóstico é feito. Além disso, também foi possível diferenciar resultados em amostras contendo o vírus da febre amarela e da dengue, o que permitiria o diagnóstico preciso da doença. “Sensores miniaturizados como este poderiam ser facilmente transportados a regiões ou comunidades remotas, onde a febre amarela é mais comum. Isso é especialmente importante no caso de doenças comuns em países tropicais e consideradas negligenciadas, que carecem tanto de estratégias de prevenção quanto de tratamento”, disse a pesquisadora.   Fonte

Justiça nega pedido de liberdade para ex-deputada Flordelis

Por unanimidade, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) negou o pedido de habeas corpus impetrado pela ex-deputada federal Flordelis, condenada em novembro do ano passado a 50 anos e 28 dias de prisão por ter ordenado o homicídio do marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime ocorreu em junho de 2019, na casa da família, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Anderson foi morto com vários tiros quando chegava em casa de carro, na madrugada de 16 de junho, acompanhado de Flordelis. A ex-deputada desceu do carro e entrou em casa. Quando estacionava o carro, Anderson foi atingido por mais de dez tiros e morreu na hora. A condenação ocorreu no dia 13 de novembro do ano passado. O Tribunal do Juri de Niterói considerou a ex-deputada culpada pelo homicídio triplamente qualificado, com os agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O relator do habeas corpus foi o desembargador Peterson Barroso Simão. No seu voto, o magistrado considerou que não houve excesso de prazo na tramitação do caso, como argumentou a defesa de Flordelis. O desembargador ressaltou “que qualquer demora se deu devido à complexidade do caso, à grande quantidade de réus, e aos incidentes processuais causados pela defesa de um dos co-réus”. O desembargador sustentou ainda, em seu voto, que a manutenção da prisão preventiva é justificada, especialmente após a sessão plenária do Tribunal do Júri, em novembro de 2021, que atestou a condenação de Flordelis. Ele destacou “que a decisão que manteve os condenados presos foi devidamente fundamentada com base na periculosidade da ré e na necessidade de garantir a ordem pública”. Em outro trecho da decisão, o desembargador escreveu que “a alegação de que não houve revisão periódica da prisão preventiva, indicando que tal revisão foi realizada antes da sessão plenária e a responsabilidade de revisão agora recai sobre a Vara de Execuções Penais”. Fonte

Mel Maia e MC Daniel terminam novamente o namoro: ‘Não somos mais um casal’

A atriz Mel Maia afirmou nos Stories que terminou o namoro com MC Daniel. “Oi, galera. Venho aqui porque temos uma relação transparente. E sinto que precisava comunicá-los. Meu namoro com Daniel surgiu de uma amizade. Nós nos amamos, nos respeitamos e queremos o bem um do outro. E decidimos juntos preservar esse sentimento tão importante. Não somos mais um casal, mas seguimos amigos. Eu torço por ele. E ele por mim. E seguimos assim. Aos fãs e amigos, deixo o meu amor e agradecimento por nos respeitar sempre. Beijos”, escreveu a jovem. Mel e Daniel começaram a namorar em outubro de 2022. Essa é a segunda vez que o casal pop termina: a primeira foi em junho, mas logo no mês seguinte eles voltaram. Na época, o funkeiro pediu desculpas para a atriz pela exposição. O cantor usou as redes sociais para desabafar após o fim do namoro com a atriz. MC Daniel confessou estar vivendo seu “pior momento”, em um desabafo anteontem. Fonte: Splash/Uol Fonte

Conciliação propõe oitiva de indígenas para destravar Ferrogrão

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou, nesta terça-feira (29), um relatório que propõe a realização de compensações ambientais e a oitiva de indígenas para solucionar o impasse sobre a construção da Ferrogrão, nova ferrovia que ligará Sinop, no norte de Mato Grosso, a Itaituba, no Pará. As sugestões foram elaboradas pelo Centro de Soluções Alternativas de Litígios do STF após o ministro Alexandre de Moraes enviar o caso para conciliação judicial e determinar a suspensão da Lei nº 13.452/2017. A norma alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim para permitir a construção da ferrovia. Durante dois meses, o grupo de conciliação ouviu representantes de diversos órgãos do governo federal e de comunidades indígenas. Caberá ao ministro avaliar as conclusões obtidas pelos conciliadores. A construção da Ferrogrão é articulada desde o governo Michel Temer. São esperados investimentos de R$ 8,4 bilhões no projeto de concessão. Com 933 quilômetros de extensão, o projeto da ferrovia pretende resolver problemas de escoamento da produção agrícola de Mato Grosso para o norte do país. Contudo, os impactos ambientais são os entraves para a obra. O projeto exclui 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, atinge terras indígenas e outras áreas de conservação ambiental. Fonte

Brasil fica em primeiro lugar na Olimpíada do Desporto Escolar

Com 282 medalhas, o Brasil terminou a Olimpíada do Desporto Escolar – Gymnasiade 2023, em primeiro lugar. A delegação brasileira conquistou 88 medalhas de ouro, 91 de prata e 103 de bronze. Em segundo lugar, ficou a China, com 97 medalhas, e, em terceiro, Taipei Chinesa, com 67. Mais de 1,4 mil atletas da categoria sub-15, representando 46 países, participaram do evento esportivo nos mesmos equipamentos dos Jogos de 2016, na cidade do Rio de Janeiro. Para o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e vice-presidente da Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF), Antônio Hora Filho, a vitória do Brasil consolida um trabalho que busca estimular o esporte nas escolas, gerando educação e agindo diretamente na formação do cidadão. “Graças ao governo federal, após dez anos, a maior competição escolar do mundo retornou ao nosso país, e o sentimento é de gratidão não só a nossa delegação pela campanha histórica no Rio de Janeiro, mas também a todas as federações escolares que fazem essa engrenagem vitoriosa acontecer”, disse em mensagem enviada à Agência Brasil. O secretário de Estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Rafael Picciani, considerou o resultado do Brasil um grande feito não só para o país, mas também para o Rio de Janeiro, que sediou a competição. “Além de fomentar o desporto escolar, o evento fez uso do legado olímpico, permitiu reviver toda a emoção de receber atletas do mundo inteiro aqui e estimulou participação popular, com entrada franca todos os dias. Foi uma grande alegria ver o Brasil bater recorde em tamanho da delegação e fechar o quadro de medalhas em primeiro lugar.” O Brasil também foi sede da Gymnasiade em 2013. Naquele ano, a competição ocorreu em Brasília, reunindo atletas da categoria sub-18. As provas da Gymnasiade 2023 ocorreram em 18 modalidades: tiro com arco, atletismo, badminton, basquete 3×3, boxe, caratê, dança esportiva, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, orientação, natação paralímpica, natação, tênis de mesa, taekwondo, wrestling e xadrez. Sebastião Dias de Oliveira, treinador de três integrantes da delegação de badminton (foto), ficou satisfeito com os resultados da modalidade. “Total de oito medalhas: três de prata, cinco de bronze”, comemorou o treinador, ao falar sobre o desempenho dos atletas brasileiros de badminton na Olimpíada do Desporto Escolar. Segundo ele, um dos destaques foi a equipe carioca. “Chegamos a três finais.” Uma das medalhistas na modalidade é a jovem Yasmim Nascimento, de 14 anos, que conquistou duas pratas em dupla mista e um bronze no simples. Brasil A maior delegação foi a brasileira, que participou com 404 integrantes e 323 estudantes atletas, sendo 161 mulheres e 162 homens de todos os estados do país, o que, para o presidente da CBDE, é resultado das ações pró-equidade desenvolvidas pela entidade. “Significa dizer que a política de equidade da CBDE vem fazendo efeitos benéficos para a nossa sociedade incluindo a mulher definitivamente no esporte”, ressaltou Antônio Hora Filho na coletiva para a apresentação do evento esportivo, no dia 18, no Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Os locais de competição foram as arenas cariocas 1 e 2, no Centro Olímpico de Tênis e Vila Olímpica, instalados no Parque Olímpico da Barra da Tijuca; Arena da Juventude, no Complexo Esportivo de Deodoro; e Complexo Esportivo da Universidade da Força Aérea (Unifa), em Sulacap. Todos esses equipamentos estão na zona oeste da cidade. Intercâmbio cultural As equipes chegaram ao Rio nos dias 18 e 19, e o evento foi aberto no dia 20. As competições ocorreram nos dias 21, 22, 24 e 25, com encerramento no sábado (26). A programação dos jovens não ficou restrita a eventos esportivos. Na quarta-feira (23), as competições foram interrompidas e eles tiveram oportunidade de participar do Dia Cultural e da Noite das Nações. Os atletas também visitaram pontos turísticos e cartões-postais do Rio, como Corcovado, Pão de Açúcar e a Praia de Copacabana. O evento teve também uma área de Fun Fest com programações diárias de entretenimentos. Na Noite das Nações, as delegações puderam expor objetos típicos das culturas de seus países para trocas entre os participantes. Cada país fez uma apresentação cultural e levou uma comida típica. A intenção foi fazer uma grande interação cultural. O retorno das delegações para os seus países foi nos dias 27 e 28. Lutadora da equipe brasileira de taekwondo, Ana Clara Aguiar, de 14 anos, veio de Goiás e gostou da sua primeira competição internacional. A jovem destacou que conheceu pessoas e novos esportes e trocou experiências com outros atletas. A ginasta carioca Isabel Aguiar Ramos, de 13 anos, que conquistou a medalha de ouro na ginástica artística, era uma dos 71 competidores do TimeRJ, entre eles, 16 beneficiados pelo programa Bolsa Atleta RJ. Isabel agradeceu o apoio que recebeu da torcida e disse que estava muito feliz por poder participar da Gymnasiade 2023. A medalhista olímpica Daniele Hypolito foi quem entregou o ouro para a jovem. A Gymnasiade 2023 foi organizada pela Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF) em parceria com a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e contou com o apoio do governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, do Sesc Rio, da Federação de Esportes Estudantis do Rio de Janeiro (FEERJ), da prefeitura do Rio e do Ministério do Esporte. Fonte

Ex-ginasta Lais Souza revela ter sofrido abuso de cuidadores

Lais Souza afirmou ter tido medo de ser morta após denunciar o abuso sexual, que contou ter ocorrido no momento mais vulnerável de sua vida A ex-ginasta brasileira Lais Souza, de 34 anos, revelou, na última segunda-feira (28/8), que sofreu abuso sexual dos profissionais responsáveis pelos seus cuidados, apoio necessário desde que ficou tetraplégica após um exercício durante treinamento para os Jogos Olímpicos de 2014. Ela afirmou, ainda, ter tido medo de ser morta após denunciar os abusos. A revelação ocorreu durante uma entrevista para o programa Café com Mussi, do ex-BBB Rodrigo Mussi. A ex-ginasta ainda ressaltou que estava em um dos momentos mais vulneráveis de toda sua vida. “Já fui abusada antes, quando tinha 4 anos, e depois do acidente, que foi quando realmente fiquei super vulnerável. Foram abusos inesperados. Eu estava totalmente vulnerável: deitada, dormindo… não estava nem vendo o que estava rolando. E não tenho sensibilidade em 100% do corpo”, compartilhou. Os abusos não se limitaram a apenas um gênero, tendo ocorrido tanto por homens quanto mulheres, e que uma das posições mais vulneráveis durante seus cuidados é justamente quando ela deita de barriga para baixo. “Se eu deitar de barriga, acabou, não sei o que está rolando, porque tenho pouca sensibilidade. São muitos procedimentos que preciso fazer de barriga para a baixo”, explicou. Abusos contra pessoas deficientes Um artigo da Universidade Estadual Paulista ressaltou que o país não possui pesquisas que forneçam estatísticas sobre a violência sexual direcionada às pessoas com deficiência (PCD), de acordo com informações da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça). No entanto, existem pesquisas internacionais que demonstram uma alta incidência dos abusos contra esse público. O artigo ainda diz que os homens com deficiência são quatro vezes mais vulneráveis que os que não possuem um diagnóstico de PCD. Os dados da Abraça estimam, no entanto, que cerca de 40 a 68% da população mundial feminina PCD tenha sofrido violência sexual até atingir a maioridade – no Brasil, o cenário estimado é de até 90% ao longo da vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência sexual como “qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários inapropriados ou avanços de natureza sexual, além do tráfico sexual, realizados sem consentimento ou usando de coerção, sendo realizada por qualquer pessoa, independentemente de sua relação com a vítima, em qualquer situação, incluindo, mas não se limitando, a casa e ao trabalho”. Por: Metrópoles  Fonte

No Senado, Governador Wilson Lima diz que é necessário proteger a Zona Franca para proteger a floresta

Em debate sobre reforma tributária, governador reforçou a importância do modelo que emprega meio milhão de pessoas O governador do Amazonas, Wilson Lima, reforçou a importância da Zona Franca de Manaus (ZFM) para a economia do estado e pediu bom senso dos senadores quanto ao texto da reforma tributária, durante sessão no plenário do Senado, em Brasília, nesta terça-feira (29/08). A sessão reuniu governadores dos estados e do Distrito Federal para discutir a PEC 45/2019, que trata da reforma. Em discurso no plenário do Senado, Wilson Lima destacou que a ZFM emprega mais de meio milhão de pessoas – direta e indiretamente – e responde por 70% da economia do Amazonas. Por isso, argumentou, é importante a sua manutenção até 2073, como garante a Constituição Federal. O governador do Amazonas também reforçou o papel da ZFM para a proteção da floresta amazônica. Ele destacou que a atividade econômica a partir dos incentivos do modelo contribui para a proteção da cobertura florestal da Amazônia, ressaltando que o estado possui 1,5 milhão de quilômetros quadrados e 97% de sua floresta nativa preservada. “Se a Zona Franca de Manaus enfraquece, se a Zona Franca começa a perder a sua força, é começar a tacar fogo na floresta. E aí é necessário também entender que o Amazonas não é só da Amazônia, o Amazonas é do Brasil. Faço um apelo, e o senador Eduardo Braga conhece muito bem essa realidade, para que haja um bom senso do Senado, da relatoria, de levar essas questões em consideração”, alertou Wilson Lima. O governador ressaltou que acompanha de perto a tramitação da reforma tributária no Senado, assim como fez quando a matéria ainda estava na Câmara dos Deputados, e que mantém diálogo com a equipe econômica do Governo Federal. Ele ponderou que a reforma é necessária para o desenvolvimento do país, pois vai simplificar, desburocratizar e dar mais transparência ao sistema tributário nacional. Wilson Lima disse estar preocupado com a questão do Fundo de Desenvolvimento Regional, previsto na reforma. Segundo ele, é necessário ter maior clareza sobre como isso será administrado e dividido entre os estados. O governador citou como exemplo a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que é mantida como contrapartida dos incentivos de ICMS que o Estado concede às empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus. A iniciativa da sessão no Senado foi do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que diz considerar prioridade ouvir os entes da federação sobre a simplificação tributária proposta pela reforma. Além dos governadores, o Senado também deve fazer uma sessão de debates com representantes dos prefeitos, iniciativa elogiada pelo governador Wilson Lima, que agradeceu ao presidente da Casa e reforçou a importância do Brasil ter uma reforma tributária. “Encerro minha fala dizendo do comprometimento que o estado do Amazonas tem com a reforma tributária. Ela é importante para fazer com que o Brasil avance e, sobretudo, para diminuir a burocracia, para garantir, para dar segurança jurídica para os investidores que estão aportando recursos na nossa região, no nosso país, trazendo oportunidade, trazendo emprego, trazendo renda”, afirmou o governador Wilson Lima. Participaram da sessão, além dos senadores, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga; o secretário extraordinário da reforma, Bernard Appy, do Ministério da Fazenda; e os 27 governadores e vices-governadores dos estados e do Distrito Federal. Também acompanharam o governador Wilson Lima, o secretário estadual da Fazenda, Alex Del Giglio; e a secretária de Relações Federativas e Internacionais, Inês Carolina Simonetti. Reforma tributária A PEC 45/2019 propõe a extinção de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A repartição do IBS entre estados e municípios seria feita a partir de um órgão criado especificamente para isso. Governadores e prefeitos temem perder autonomia sobre a própria receita com esse novo desenho. O Senado vai promover uma série de debates sobre a reforma tributária antes da votação do texto, que está prevista para o início de outubro. As Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) fizeram suas primeiras audiências públicas sobre o tema na semana passada. Estudo IPEA Ainda durante a sessão, em seu pronunciamento no Senado, o governador Wilson Lima apresentou um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em que o estado do Amazonas aparece como o que mais terá perdas de arrecadação, diante da nova reforma tributária, com déficit de 34% Fonte

Comitiva de direitos humanos relata que foi intimidada por agentes

Uma equipe do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) que se encontra na capital paulista para apurar denúncias de violações a pessoas em situação de rua relata que foi alvo de intimidações provocadas pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), na manhã desta terça-feira (29). Segundo a conselheira Virgínia Berriel, que coordena a Comissão de Trabalho, Educação e Seguridade Social do CNDH, a investida aconteceu na região conhecida como Cracolândia e os agentes só recuaram quando a conselheira se identificou como autoridade. “Nós não nos sentimos intimidados pela população em situação de rua, muito pelo contrário, fomos intimidados pela polícia, que, todo dia solta bomba, machuca, agride aquelas pessoas, como se elas não fossem gente. É um negócio de doer. Vieram para cima da gente e eu tive que dar ‘carteirada’. Se eu não mostrasse o cartão, eu seria presa, porque ousei tirar uma foto do policial, porque eles estavam preparando a operação para atacar aquelas pessoas”, disse ela, em entrevista à Agência Brasil.  A integrante do CNDH conta que, como é jornalista, já tende a deixar tudo documentado, o que explica o impulso, ao ver que as agressões estavam na iminência de se concretizar, de fotografar os agentes de segurança. Foi quando um deles a abordou e afirmou que ela não tinha o direito de fazer as fotos.  Virgínia disse que poderia tirar foto, já que estava em missão da CNDH. “Ele veio para cima da gente e eu disse: tudo bem. Se você for atacar, vai atacar o CNDH e depois vai ter que prestar esclarecimentos”. Na sequência, o agente se afastou com a equipe do local. “Só não sei se eles vão voltar lá. Mas eles saíram do local. As pessoas que ficam ali, da assistência social, médicos, disseram: olha, vocês conseguiram uma façanha, porque eles não saem”, acrescenta Virgínia.  A conselheira informou, ainda, que, logo depois da passagem pela Cracolândia, a comitiva seguiu para a Paróquia Nossa Senhora da Paz, na Liberdade, que desenvolve ações a imigrantes e refugiados, e cumprirá, ao longo do dia, agenda com líderes do movimento das domésticas e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Amanhã (30), os representantes do CNDH devem se reunir com o padre Julio Lancellotti e, na próxima sexta-feira (1º), com lideranças do movimento da população em situação de rua, no Espaço Sociocultural Cisarte, na Bela Vista. A Agência Brasil questionou a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, a quem a GCM responde, e aguarda posicionamento. Source link

Amazonas Meu Lar recebe 22 mil pré-cadastros, em menos de 24 horas

Maior programa habitacional da história do estado prevê mais de 24 mil soluções de moradia à população O programa Amazonas Meu Lar recebeu aproximadamente 22 mil pré-cadastros, em apenas 24 horas após ser lançado pelo governador Wilson Lima, ontem (28/08). Os interessados têm até o dia 11 de outubro para se candidatar, pelo site www.amazonasmeular.am.gov.br, ou pelo aplicativo Sasi, disponível para IOS e Android. A primeira lista de pessoas aptas a serem contempladas por uma das linhas de atendimento do programa será divulgada em novembro.   O Amazonas Meu Lar integra as políticas de habitação e fundiária do Governo do Amazonas e prevê a oferta de mais de 24 mil soluções de moradia, incluindo a construção de novas unidades habitacionais, subsídio para entrada de financiamentos e regularização de 33 mil imóveis. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), com execução de seus órgãos vinculados, Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) e Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), além da Secretaria de Estado das Cidades e Territórios (Sect).  Para o secretário da Sedurb, Marcellus Campêlo, o alto índice de inscritos em um período curto demonstra que os sistemas desenvolvidos para o cadastro, no caso o aplicativo SASI e o site www.amazonasmeular.am.gov.br, são eficientes e de fácil acesso à população. “A prioridade do governador Wilson Lima é garantir moradia digna para quem mais precisa, e essa grande procura, em tão pouco tempo, demonstra que a população amazonense confia na seriedade desta iniciativa, que é o maior programa habitacional da história do estado”, destaca. O pré-cadastro não garante o atendimento pelo programa, mas indica o interesse em participar. O candidato passará por uma análise criteriosa, para garantir que esteja dentro dos critérios e regras   pré-estabelecidos. A entrega das soluções ocorrerá conforme as linhas de atendimento forem lançadas, seguindo um ranking a partir dos critérios previstos no Decreto assinado pelo governador Wilson Lima.  Informações detalhadas sobre o Amazonas Meu Lar podem ser encontradas no site oficial do programa: www.amazonasmeular.am.gov.br. No portal, está disponível um atendimento virtual (chatbot) para interação com o público.   Linhas de atendimento O Amazonas Meu Lar terá investimentos de R$ 4,7 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão de recurso do Estado, e o restante, parceria com o programa federal Minha Casa Minha Vida, que usa recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). A iniciativa contempla as seguintes formas de atendimento:   Construção de Unidades Habitacionais – O Amazonas Meu Lar concederá, sem ônus, apartamentos para famílias em situação de vulnerabilidade, que moram em áreas de risco.  Entrada do Meu Lar – Uma das principais estratégias do programa é o subsídio “Entrada do Meu Lar”, apoio financeiro às famílias que se enquadram nos critérios do programa para que possam dar a entrada no financiamento de um imóvel, por meio do programa federal Minha Casa, Minha Vida.  Novas unidades – Construção de unidades habitacionais com recursos próprios ou operações de crédito.  Outras soluções utilizadas em programas como o Prosamin+ e Prosai Parintins – Bônus Moradia, indenizações e Permuta Terreno e Casa (Peteca).  Retrofit para fins de moradia popular – Restauração de prédios, sem uso, com reforma e adaptação para fins de habitação popular.  Regularização Fundiária – Regularizações fundiárias de terrenos e imóveis, para fins de emissão de documento de propriedade, como o título definitivo.  Soluções transitórias – Além das soluções de moradia definitiva, o Governo do Amazonas pagará R$ 39 milhões em soluções transitórias, na forma de auxílio aluguel ou bolsa moradia. O benefício é destinado a famílias de área de risco em atendimento por programas como Prosamin+, Prosai Parintins, Cachoeira Grande e Monte Horebe.  Quem pode ser atendido O programa Amazonas Meu Lar prioriza famílias chefiadas por mulheres; pessoas com deficiência; idosas; famílias com crianças ou adolescentes; pessoas com câncer ou doença rara crônica e degenerativa; famílias em situação de vulnerabilidade ou risco social; que tenham perdido a moradia em razão de desastres naturais em localidade em que tenha sido decretada situação de emergência ou estado de calamidade pública; em deslocamento involuntário em razão de obras públicas; em situação de rua; vítimas de violência doméstica e familiar; residentes em área de risco e integrantes de povos tradicionais e quilombolas.  Os candidatos que buscam acesso às linhas de atendimento do programa devem atender às seguintes condições: morar alugado, estar em uma habitação cedida, coabitar com outras famílias, viver em situações de submoradia; estar em abrigos; encontrar-se em situação de rua.  Além disso, é necessário que o candidato comprove residência no município por no mínimo três anos. As famílias também precisam se enquadrar em faixas de renda bruta familiar mensal, residentes em áreas urbanas, sendo a Faixa 1: Renda bruta familiar mensal de até R$ 2.640,00; e a Faixa 2: Renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 até R$ 4.400,00.  O beneficiário do Programa Amazonas Meu Lar não deve possuir propriedade residencial, ser promitente comprador de imóvel ou estar envolvido em financiamento habitacional em qualquer parte do país; ter sido beneficiado, nos últimos 10 anos, por programas habitacionais oriundos de recursos orçamentários federais, Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) ou descontos habitacionais relacionados ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), bem como por programas municipais, estaduais, reassentamento/desapropriação e soluções habitacionais oferecidas após calamidades. Famílias beneficiárias qualificadas para obtenção de moradia com recursos de Fundos de Habitação devem estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).  Fonte

Pandemia impulsionou digitalização de seguros no Brasil, diz pesquisa

A pandemia da covid-19 impulsionou a digitalização do setor segurador nacional, revela estudo divulgado pela Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg). Cerca de 56,5% das empresas do mercado segurador apontaram que mais de 75% de seus processos já podem ser realizados digitalmente. A pesquisa foi iniciada em maio de 2020 e finalizada em 2022. Ela mostra também que o fator segurança motivou as renovações das apólices e as novas contratações, ajudando a reduzir a necessidade de atendimento presencial, com o objetivo de proteger funcionários, corretores, profissionais dos demais canais, clientes e a sociedade em geral. Foram ouvidas 47 empresas, que representam 86% do setor segurador nacional. A sondagem foi dividida em duas etapas. A primeira observou as ações do setor segurador brasileiro no cenário da pandemia, relacionadas ao atendimento e à prestação de serviços aos clientes, segurados, fornecedores e corretor, por meio de mapeamento do cenário antes, durante e depois da crise sanitária. Na segunda fase, foram feitas entrevistas com clientes e identificadas tendências para o mercado segurador. A CNseg identificou que grande parte das seguradoras e corretores de seguros se movimentaram em torno de três pilares básicos: digitalização, que fez com que as empresas atuassem em ambientes digitais; novos produtos, centrado na criação de produtos focados no “humano”; e ganha-ganha, adoção de um modelo que beneficiou a sociedade por meio de investimento em pessoas, tecnologia e comunicação. No início da pandemia, apenas 28% das companhias consultadas possuíam todos os seus processos realizados digitalmente. Com o avanço da pandemia, o percentual dobrou, passando para 56%, quando considerado o plano de implementação das empresas em até 12 meses. O estudo da CNseg destacou que, no momento inicial da crise sanitária, a digitalização dos processos de resgates não ocorria de forma eletrônica em 34% das companhias. Doze meses depois, 23% das empresas pretendiam implementar a solicitação de resgates de forma digital e 32% externaram o desejo de implantar pelo menos parte do processo para atendimento de forma eletrônica. Entre as 28% que não pretendem ainda adotar a digitalização, a justificativa é reduzir os riscos de fraude nos processos. Atendimento Na avaliação do líder do grupo de trabalho responsável pelo estudo pela Comissão de Inteligência de Mercado (CIM), Gilberto Garcia, a pesquisa evidencia que os grupos seguradores se transformaram durante a pandemia para melhor atender seus clientes, buscando aperfeiçoar seus processos e garantir maior nível de satisfação dos segurados. A pesquisa também trouxe como resultado que, mesmo com a digitalização dos processos, o cliente não quer perder o contato com o corretor. “Eles querem uma experiência “figital”, que une o físico e o digital”. A maior quantidade de aplicações por parte das empresas no momento de pandemia (79%) foi direcionada para a assistência 24 horas e 21% informaram ter realizado melhorias nos serviços ofertados. Ocorreram avanços ainda nas vistorias prévias e inspeção de risco de forma virtual por 33% das consultadas, sendo que outras 43% já praticavam esse formato de atendimento; 27% promoveram descontos diferenciados em programas de fidelidade, que já eram executados por 45% das empresas; e avaliação prévia de saúde para seguros de vida, que já era praticada por 75% das empresas, aumentou 21%. Para garantir o atendimento aos clientes, aos fornecedores e aos prestadores de serviços, 81% das seguradoras planejavam realizar melhorias nas plataformas de tecnologia da informação, de modo a garantir a estabilidade de sistemas; 70% na proteção e segurança da informação; e 66% realizaram o atendimento por sistemas de comunicação diferenciados. Entre as empresas que trabalham com seguros de vida, 71% adotaram a liquidação de ocorrências agilizada e 45% disponibilizaram processo de atendimento diferenciado aos serviços 24h. Outros resultados Outros impactos positivos da digitalização foram sentidos pelas empresas nas renovações (59%), nos seguros passíveis de alterações (53%), e em portabilidade de produtos de acumulação (63%), porque não houve perda de recursos no período. Para atingir esses resultados, as empresas promoveram várias ações financeiras, entre as quais a exclusão de encargos devido à reprogramação de parcela por 17% das empresas, ação que já era executada antes da pandemia por 34% das consultadas. Sobre a reprogramação de parcelas em atraso, 45% relataram terem realizado melhoria ou nova ação nesse processo. Durante o estudo, 67% das empresas observaram redução na frequência dos avisos de ocorrências (sinistros) nos meses de pico da pandemia, entre março e abril de 2020. Posteriormente, porém, os números retornaram à estabilidade. Para 33% das empresas participantes da pesquisa, a alta nos casos ocorreu, principalmente, em relação ao seguro de vida. Gilberto Garcia indicou que isso ocorreu porque as empresas desconsideraram a cláusula de exclusão de eventos relacionados a pandemias, como a covid-19. Fonte

No Senado, Wilson Lima diz que é necessário proteger a Zona Franca para proteger a floresta

O governador do Amazonas, Wilson Lima, reforçou a importância da Zona Franca de Manaus (ZFM) para a economia do estado e pediu bom senso dos senadores quanto ao texto da reforma tributária, durante sessão no plenário do Senado, em Brasília, nesta terça-feira (29/08). A sessão reuniu governadores dos estados e do Distrito Federal para discutir a PEC 45/2019, que trata da reforma. Em discurso no plenário do Senado, Wilson Lima destacou que a ZFM emprega mais de meio milhão de pessoas – direta e indiretamente – e responde por 70% da economia do Amazonas. Por isso, argumentou, é importante a sua manutenção até 2073, como garante a Constituição Federal. O governador do Amazonas também reforçou o papel da ZFM para a proteção da floresta amazônica. Ele destacou que a atividade econômica a partir dos incentivos do modelo contribui para a proteção da cobertura florestal da Amazônia, ressaltando que o estado possui 1,5 milhão de quilômetros quadrados e 97% de sua floresta nativa preservada. “Se a Zona Franca de Manaus enfraquece, se a Zona Franca começa a perder a sua força, é começar a tacar fogo na floresta. E aí é necessário também entender que o Amazonas não é só da Amazônia, o Amazonas é do Brasil. Faço um apelo, e o senador Eduardo Braga conhece muito bem essa realidade, para que haja um bom senso do Senado, da relatoria, de levar essas questões em consideração”, alertou Wilson Lima. O governador ressaltou que acompanha de perto a tramitação da reforma tributária no Senado, assim como fez quando a matéria ainda estava na Câmara dos Deputados, e que mantém diálogo com a equipe econômica do Governo Federal. Ele ponderou que a reforma é necessária para o desenvolvimento do país, pois vai simplificar, desburocratizar e dar mais transparência ao sistema tributário nacional. Wilson Lima disse estar preocupado com a questão do Fundo de Desenvolvimento Regional, previsto na reforma. Segundo ele, é necessário ter maior clareza sobre como isso será administrado e dividido entre os estados. O governador citou como exemplo a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que é mantida como contrapartida dos incentivos de ICMS que o Estado concede às empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus. A iniciativa da sessão no Senado foi do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que diz considerar prioridade ouvir os entes da federação sobre a simplificação tributária proposta pela reforma. Além dos governadores, o Senado também deve fazer uma sessão de debates com representantes dos prefeitos, iniciativa elogiada pelo governador Wilson Lima, que agradeceu ao presidente da Casa e reforçou a importância do Brasil ter uma reforma tributária. “Encerro minha fala dizendo do comprometimento que o estado do Amazonas tem com a reforma tributária. Ela é importante para fazer com que o Brasil avance e, sobretudo, para diminuir a burocracia, para garantir, para dar segurança jurídica para os investidores que estão aportando recursos na nossa região, no nosso país, trazendo oportunidade, trazendo emprego, trazendo renda”, afirmou o governador Wilson Lima. Participaram da sessão, além dos senadores, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga; o secretário extraordinário da reforma, Bernard Appy, do Ministério da Fazenda; e os 27 governadores e vices-governadores dos estados e do Distrito Federal. Também acompanharam o governador Wilson Lima, o secretário estadual da Fazenda, Alex Del Giglio; e a secretária de Relações Federativas e Internacionais, Inês Carolina Simonetti. Reforma tributária A PEC 45/2019 propõe a extinção de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A repartição do IBS entre estados e municípios seria feita a partir de um órgão criado especificamente para isso. Governadores e prefeitos temem perder autonomia sobre a própria receita com esse novo desenho. O Senado vai promover uma série de debates sobre a reforma tributária antes da votação do texto, que está prevista para o início de outubro. As Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) fizeram suas primeiras audiências públicas sobre o tema na semana passada. Estudo IPEA Ainda durante a sessão, em seu pronunciamento no Senado, o governador Wilson Lima apresentou um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em que o estado do Amazonas aparece como o que mais terá perdas de arrecadação, diante da nova reforma tributária, com déficit de 34%. FOTOS: Diego Peres / Secom Fonte

Grupo Wagner confirma enterro de Prigozhin em cerimônia privada

Os restos mortais do líder mais conhecido do grupo Wagner foram enterrados nesta terça-feira (29), em um cemitério da sua cidade natal, São Petersburgo. A informação foi veiculada pelo serviço de imprensa do grupo mercenário russo através da rede social Telegram, onde surgiram igualmente imagens da cerimônia fúnebre e do local onde Yevgueny Prigozhin foi sepultado, alegadamente perto do jazigo de seu próprio pai. Estiveram presentes na cerimónia apenas familiares e membros do círculo íntimo do líder do Wagner. O Presidente Vladimir Putin, de quem Prigozhin seria alegadamente próximo, não compareceu. A discrição do funeral contrasta com as honras militares a que Prigozhin e outros líderes do grupo Wagner teriam direito enquanto heróis da Rússia.  O serviço de imprensa do Wagner convidou “todos os que se quiserem se despedir a visitar o cemitério de Porokhovskoye, de São Petersburgo”. Suspeita de atentado A morte de Prigozhin, aos 62 anos, foi confirmada após análise de DNA dos restos humanos de 10 pessoas, encontrados entre os destroços do avião Embraer em que seguiam e que caiu no dia 23 de agosto, perto de Moscou, quando se dirigia a São Petersburgo. Antes da queda várias testemunhas ouviram pelo menos uma explosão. Análises norte-americanas têm afastado a probabilidade do aparelho ter sido abatido por um míssil e a hipótese de uma bomba tem ganhado força. O chefe do grupo Wagner tinha incompatibilidades com as chefias militares russas, depois de acusa-las por diversas vezes e de forma pública de falhas e incompetência operacional. A lista de suspeitos pela queda do aparelho incluem essas chefias militares, bem como o próprio presidente russo, Vladimir Putin. No final de junho, o grupo Wagner e Prigozhin tinham desafiado o poder russo, abandonando em peso os campos de batalha da Ucrânia e invadindo território russo, chegando a ameaçar Moscou. Putin, de quem Prigozhin era próximo até essa revolta, falou em “traição”, mas acabou por aceitar a transferência dos milicianos Wagner para a Bielorrússia. A maioria dos analistas considerou então que, depois desta afronta, a vida de Prigozhin estava por um fio. O Kremlin negou qualquer envolvimento na queda do aparelho e diz que as investigações serão rigorosas. É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte

Verme de 8 cm é encontrado em cérebro humano pela primeira vez

Uma mulher australiana foi acometida por um verme que usualmente só acomete as cobras píton. Ela teve esquecimentos por conta do parasita Em um caso inédito e inusitado, médicos descobriram que uma mulher australiana de 64 anos com problemas de memória tinha, na verdade, um verme de oito centímetros, ainda vivo, alocado em seu cérebro. Segundo os responsáveis pelo atendimento, este é o primeiro caso de parasita do tipo Ophidascaris robertsi no cérebro humano. Vermes desta espécie normalmente são parasitas de cobras píton — os humanos geralmente são hospedeiros ocasionais de suas larvas. No entanto, neste caso, o animal acabou indo parar no cérebro da mulher. O caso foi revelado em um artigo publicado em 11/8 na revista especializada Emerging Infectious Diseases. A mulher vivia em uma região de lagos habitada por cobras e consumia vegetais da própria horta na alimentação — os médicos acreditam que foi assim que ela teve contato com os ovos dos vermes. A paciente foi internada em janeiro de 2021 com muita diarreia e dor abdominal. Ela foi tratada com medicamentos para recompor a flora intestinal e teve melhora. Três semanas depois, porém, a mulher voltou ao hospital com febre e tosse. Os responsáveis pelo caso notaram que algumas larvas tinham migrado para o pulmão. Mulher passou anos tratando larvas Ela foi tratada com altas doses de vermífugo e acompanhada por um ano até que não apresentasse mais sinais de infecção. Em março de 2022, porém, a paciente desenvolveu um quadro depressivo e começou a apresentar episódios de esquecimento. A mulher passou por uma bateria de exames de imagem que mostraram uma estrutura semelhante a um fio no cérebro da paciente. Os médicos decidiram que ela deveria passar por uma biópsia aberta, que abre o crânio, para retirar a estrutura. Foi quando encontraram o verme de oito centímetros de comprimento e um milímetro de diâmetro. Ele era o único parasita presente no órgão. A paciente voltou a tomar vermífugo e fez mais vários exames, mas não voltou a apresentar parasitas. Apesar da melhora, ela precisa fazer check-ups constantes, já que as larvas podem sobreviver por até quatro anos no corpo de mamíferos. Apesar de os sintomas neuropsiquiátricos terem persistido, especialmente o esquecimento, ela melhorou ao longo do tempo. Por: Metrópoles  Fonte

Espanha quer mais mulheres na liderança de organizações desportivas

Os chefes regionais do futebol espanhol exigiram a renúncia do presidente da federação, Luis Rubiales, por agarrar e beijar a vencedora da Copa do Mundo Jenni Hermoso, enquanto o governo interino do país prometeu nesta terça-feira garantir que as mulheres desempenhem um papel maior na gestão esportiva. Os promotores abriram uma investigação preliminar para saber se Rubiales pode ter cometido um ato de agressão sexual quando agarrou Hermoso e a beijou na boca após a conquista da Espanha na Copa do Mundo feminina em Sydney, em 20 de agosto. O incidente dividiu o país entre os apoiadores de Rubiales, de 46 anos, que afirma que o beijo foi inocente e consensual, e aqueles que dizem que o incidente é um divisor de águas que deve sinalizar o fim do comportamento machista e do abuso sexual casual no país. “Foi terrivelmente nojento”, disse Guadalupe Martin, um dos manifestantes reunidos em Madri na noite de segunda-feira para exigir a renúncia de Rubiales, alguns segurando cartazes dizendo “Acabou”, que se tornou o slogan do movimento nas redes sociais. “Eu pensei, ‘o que é isso? Isso é nojento, tão fora de sintonia’. Tal abuso de poder porque ele é o presidente”, afirmou Martin. Os representantes regionais da federação de futebol pediram na noite de segunda-feira (28) a renúncia imediata de Rubiales, mas não chegaram a propor uma moção de censura e defenderam uma reestruturação da liderança “para permitir uma nova fase de gestão no futebol espanhol” com mais igualdade de gênero. Muitos dos representantes da federação inicialmente aplaudiram Rubiales quando ele anunciou na sexta-feira (25) que não iria deixar o cargo. “Após os acontecimentos recentes e o comportamento inaceitável que prejudicou seriamente a imagem do futebol espanhol, os presidentes (regionais) exigem que Luis Rubiales renuncie imediatamente”, disseram em comunicado. O ministro do Esporte em exercício, Miquel Iceta, saudou o plano da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e acrescentou que a paridade de gênero com a presença de pelo menos 40% de mulheres na liderança de todas as organizações desportivas seria aplicada sob uma recente lei esportiva. “Acabou, chega de discriminação para as mulheres”, disse Iceta em coletiva de imprensa. “Estamos testemunhando uma verdadeira reação social e esportiva.” (Reportagem adicional de Emma Pinedo) * É proibida a reprodução deste conteúdo. Fonte