Casal é preso pelo crime de estupro de vulnerável contra criança de 10 anos em Parintins, no Amazonas

Um homem, de 25 anos, e uma mulher, de idade não informada, foram presos em flagrante, na tarde desta terça-feira (29/08), por suspeita de estupro de vulnerável, que vitimou uma criança de 10 anos. O crime foi praticado no bairro União, no município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). De acordo com o 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Parintins, os presos são padrasto e mãe da vítima. Conforme o relato dos policiais, após receberem as informações sobre o crime, a equipe se dirigiu para o local indicado, onde encontrou a tia da criança, que informou que a sobrinha havia sido estuprada pelo padrasto. Com o apoio de membros do Conselho Tutelar e viaturas, a mulher levou a polícia até a casa da mãe da criança, onde o suspeito poderia ser encontrado, mas não havia ninguém no local. Os policiais então se deslocaram para a casa da irmã do suspeito, mas ele também já havia deixado o lugar e empreendido fuga. Para auxiliar nos trabalhos, a equipe do canil foi acionada para fazer buscas pelo homem nas áreas de matagal próximas à orla do bairro União. Os membros do Conselho Tutelar localizaram a mãe da vítima na escola onde a filha caçula estuda. Ela foi abordada pelos policiais e informou onde o autor do crime e a vítima estavam. O homem foi localizado pelos cães da Polícia Militar e a criança foi levada ao Hospital Jofre Cohen para a realização do exame de corpo de delito, que constatou o crime. O homem foi preso por estupro de vulnerável e a mãe da criança pelo crime de omissão. O casal foi apresentado na 3ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Parintins. FOTO: Divulgação/SSP-AM  Fonte

Termina na quinta vacinação em estações de trem, metrô e ônibus de SP

Terminam nesta quinta-feira (31) as ações de vacinação contra covid-19 e influenza, vírus causador da gripe, nas estações do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e em terminais de ônibus, que ocorre em todas as regiões da cidade. Segundo a prefeitura de São Paulo, desde o início da campanha nesses locais, em 17 de julho, foram aplicadas 155.634 mil doses, sendo 73.605 mil contra covid-19 e 80.341 mil contra influenza. De acordo com a prefeitura, a campanha de vacinação contra o vírus influenza começou no dia 10 de abril, foi ampliada para toda a população acima dos 6 meses de idade no dia 15 de maio e prorrogada por tempo indeterminado, desde o dia 30 do mesmo mês. Até o momento, ao todo, a capital registra 3.604.986 doses do imunizante aplicadas. A imunização contra a covid-19 continua disponível para toda a população a partir dos seis meses. Estão aptos a tomar a dose de reforço com a Pfizer bivalente todos os cidadãos acima de 18 anos de idade que receberam a dose anterior há pelo menos quatro meses. Em toda a capital, foram aplicadas, desde fevereiro, 2.894.575 doses desse imunizante. Para encontrar a unidade de saúde mais próxima da sua residência basta cessar a plataforma Busca Saúde, por meio do link: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ Fonte

STF abre sessão e retoma julgamento sobre marco temporal

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu a sessão para retomar o julgamento do processo que trata da constitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Cerca de 50 lideranças indígenas estão no plenário para acompanhar a sessão. No lado de fora, outro grupo acompanha o julgamento por meio de um telão. Em junho deste ano, o julgamento foi suspenso após pedido de vista feito pelo ministro André Mendonça, que tinha até 90 dias para devolver o processo para julgamento, de acordo com as regras internas do Supremo. Mendonça é o primeiro a votar na sessão desta tarde. O placar do julgamento está em 2 votos a 1 contra o marco temporal. Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestaram contra o entendimento, e Nunes Marques se manifestou a favor. No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Os indígenas são contra o entendimento. O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado. Fonte

Operação Shamar: PC-AM conscientiza sobre combate à violência doméstica e feminicídio em Humaitá

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), realizou, ontem (29/08), palestra de conscientização ao combate da violência familiar doméstica e feminicídio em uma escola municipal, situada na comunidade Distrito de Realidade. De acordo com a delegada Wagna Costa, titular da unidade policial, a palestra reuniu, aproximadamente, 150 pessoas, entre professores e alunos dos ensinos fundamental e médio, além de moradores da comunidade. “O objetivo desta ação é informar a comunidade sobre os crimes mais recorrentes praticados contra as mulheres, bem como os procedimentos a serem seguidos para a realização da denúncia e onde as vítimas podem buscar por ajuda”, disse. Conforme a titular, também palestraram na ação uma psicóloga e uma assistente social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Operação Shamar A ação policial está sendo deflagrada nacionalmente sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que visa fortalecer o combate à violência familiar doméstica e contra o feminicídio. FOTOS: Divulgação/PC-AM. Fonte

PMAM apreende armas de grosso calibre, no interior do AM

A Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), apreendeu, na madrugada desta quarta-feira (30/08), armas, munições, bote e combustível, no município de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus). Na ação, um homem, de 23 anos, foi preso. Por volta de 1h, a equipe realizava patrulhamento fluvial, quando avistou um bote, no Lago Catuá, na Comunidade de Santa Luzia. Ao perceber a aproximação policial, o infrator, que estava no bote, tentou fugir. Mas, foi detido. Com ele foram apreendidos dois fuzis; uma espingarda calibre .12; 199 munições de fuzil do mesmo calibre; 142 cartuchos de calibre .12; R$ 3 mil em espécie; um bote de alumínio de cinco metros; um motor de 40HP e um recipiente com 50 litros de gasolina. O indivíduo é acusado de praticar pirataria nos rios. O caso foi conduzido à 5ª Delegacia Regional de Tefé. Denúncias  A Polícia Militar orienta a população que, ao tomar conhecimento de ações criminosas, informe imediatamente por meio do disque-denúncia 181, ou do 190. FOTO: Divulgação/PMAM Fonte

Indígenas se mobilizam para acompanhar julgamento do marco temporal

Representantes indígenas de diferentes regiões do Brasil voltaram a se reunir, em Brasília, esta semana, para acompanhar a retomada do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do chamado marco temporal. Além de se concentrarem na capital federal, indígenas também realizam atos em diferentes estados. A expectativa é que a Corte volte a apreciar nesta quarta-feira (30) a legalidade da tese de que os povos indígenas só têm direito a usufruir dos territórios que ocupavam em 5 de outubro de 1988, quando a atual Constituição Federal foi promulgada. A rigor, o STF debate a tese do marco temporal desde 2009, quando decidiu manter a demarcação em faixa contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Na ocasião, embora tenham reconhecido o direito à terra de cerca de 28 mil indígenas das etnias Makuxi, Taurepang, Ingarikó, Patamona e Wapichana, os ministros impuseram uma série de condições para a efetivação da demarcação. Entre as chamadas “salvaguardas institucionais” impostas pelos ministros do STF, estava o critério do marco temporal. Que, anos depois, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e a Procuradoria-Geral estadual usaram para fundamentar uma ação judicial em que pedem a reintegração de posse de parte da Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ. De acordo com os órgãos catarinenses, até 2009, quando cerca de 100 indígenas Xokleng ocuparam e passaram a reivindicar a área do município de Itaiópolis como seu território original, ali estava estabelecida a Reserva Ecológica Estadual do Sassafrás. A disputa possessória envolvendo a Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ foi parar no STF. Em 2019, o STF reconheceu a repercussão geral da ação movida pelos órgãos públicos catarinenses. Com isso, impôs-se a interpretação de que a decisão que a Corte tomar neste julgamento subsidiará todas as demais ações judiciais envolvendo questionamentos ao reconhecimento de territórios indígenas. “Nosso direito à terra é ancestral, não temporal”, bradaram várias das lideranças indígenas à frente do ato realizado no fim da manhã desta quarta-feira (30), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Segundo os representantes do movimento, é importante que, após tanto tempo de espera, o STF dê sua palavra final sobre o assunto, finalizando o julgamento que se arrasta há anos e que voltou a ser interrompido em junho deste ano, quando o ministro André Mendonça pediu vista do processo, ou seja, mais tempo para estudar o assunto antes de proferir seu voto. “Nossa expectativa é de que o julgamento não tenha mais nenhuma paralisação, nenhum novo pedido de vista”, afirmou o coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kleber Karipuna, afirmando que entre 800 e mil indígenas de diversas etnias e diferentes regiões do país se concentrarão, esta tarde, na capital federal, para acompanhar a sessão do STF, nesta tarde. “Os povos indígenas, a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam um ponto final neste julgamento. E nossa esperança é que os ministros não só retomem o julgamento, como finalizem a votação, acompanhando o voto do relator, o ministro Edson Fachin, e garantindo os direitos originários dos povos indígenas em sua plenitude”, acrescentou Kleber. Na ocasião em que o julgamento voltou a ser interrompido, em junho, dois ministros, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, já tinham se manifestado contra a tese do marco temporal, enquanto Nunes Marques votou a favor. Faltam votar os ministros André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e a presidenta do tribunal, Rosa Weber. Quando Mendonça pediu mais tempo para decidir seu voto, Rosa Weber pediu que ele devolvesse o processo a tempo de ela votar. Rosa deve deixar o STF até outubro deste ano, quando completa 75 anos e, por lei, deve se aposentar obrigatoriamente. Há uma grande expectativa em torno de como o ministro Cristiano Zanin se portará durante a retomada do julgamento, já que ele foi empossado no cargo há menos de um mês. Ontem (29), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esteve com o ministro em seu gabinete, no STF. Em suas redes sociais, a ministra afirmou que fez “uma visita de cortesia para dar as boas-vindas e desejar sucesso” a Zanin, mas que também aproveitou o encontro para declarar sua “preocupação com a votação sobre o marco temporal” e com os prejuízos que, segundo ela, a aprovação da tese causaria aos direitos indígenas. Ao longo da última semana, a equipe de Zanin também já recebeu representantes dos povos indígenas ao menos três vezes, segundo o coordenador executivo da Apib. “Nossa percepção é que o ministro [Zanin] tende a votar contra o marco temporal. Só não ficou claro se ele vai votar como o relator, o ministro Fachin, cujo teor nós defendemos; se com o ministro Alexandre de Moraes [que, entre outras coisas, defende que a União indenize os atuais ocupantes das áreas reivindicadas como indígenas não só pelas eventuais benfeitorias, mas pela própria terra nua] ou se ele abrirá algum novo contraponto com seu voto”, comentou Kleber, acrescentando que tanto a possibilidade do julgamento voltar a ser interrompido, quanto a proposta de pagamento de indenização pela terra nua são prejudiciais aos povos indígenas. “Para nós, se a maioria dos ministros acatar o voto a favor da indenização pela terra nua, estarão premiando os invasores das terras indígenas, aquelas pessoas que, lá atrás, receberam títulos [de propriedade] indevidos. Além disso, isso vai aumentar o tempo para [a conclusão dos processos de] demarcação de terras indígenas, já que, hoje, um dos principais gargalos para demarcações [em curso] é a indenização, pois o governo federal, a União, nunca tem dinheiro suficiente para indenizar as benfeitorias de boa-fé”, concluiu Kleber. Fonte

Foco punitivista ignora papel preventivo da Lei Maria da Penha

Em 17 anos de existência, a Lei Maria da Penha se tornou um dos mais importantes instrumentos de combate à violência contra a mulher no Brasil. Seus mecanismos de prevenção, porém, têm recebido menos atenção que as ações no âmbito policial e judicial para punir os crimes já consumados. O alerta foi feito no seminário 48 Anos de Ousadia Feminista: Ecos do Seminário ONU-ABI 1975, realizado nesta quarta-feira (30) no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. A coordenadora da organização não governamental Cepia, Leila Linhares Basterd, avalia que não basta que a Lei Maria da Penha seja enfocada nos aspectos de segurança pública e justiça. “Todos os primeiros artigos da lei são artigos voltados para a necessidade da prevenção”, lembra. “A gente se pergunta por que tão baixo investimento em prevenção? Prevenção que significa articulação da violência com a área da educação, com a formação dos agentes públicos e com a mudança de mentalidade”. Coordenadora da ONG Cepia, Leila Linhares Barsted durante o evento 48 Anos de Ousadia Feminista – Tomaz Silva/Agência Brasil A advogada elogia a retomada do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres pelo governo federal e afirma que os dados atuais de feminicídio e outros crimes desse tipo revelam a necessidade de reforçar o trabalho de prevenção. “Hoje em dia se retoma esse pacto como um pacto de enfrentamento contra o feminicídio. E o que o pacto apresenta talvez seja o que não foi feito e o que se revela nesses números. O investimento na prevenção da violência contra as mulheres”. Orçamento público A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) enfatiza que somente no estado do Rio de Janeiro houve 293 tentativas de feminicídio e 283 mulheres efetivamente assassinadas em 2022, enquanto o orçamento para a proteção às mulheres não foi efetivamente cumprido. Deputada estadual do Rio de Janeiro, Renata Souza (PSOL) durante o evento 48 Anos de Ousadia Feminista – Tomaz Silva/Agência Brasil “Prioridade política é orçamento, é dinheiro para a execução de uma determinada política”, afirma ela, que defende que essas ações são necessárias principalmente em territórios mais empobrecidos.  A deputada destaca que, mesmo após 90 anos de sufrágio universal, é escandaloso que mulheres sejam apenas 15% dos parlamentares no Brasil e afirmou que esse percentual também fala sobre a falta de políticas públicas para que mulheres se sintam seguras ao exercer a política. “Não estou falando só da política institucional, estou falando também de mulheres como a Mãe Bernardete, que foi assassinada. Uma mulher quilombola, de axé, que foi assassinada lutando pelo reconhecimento da terra quilombola”, lembrou. “A gente teve um avanço com a Lei Maria da Penha, que fez 17 anos, mas é evidente que todas as prerrogativas colocadas em relação à prevenção aos feminicídios não são obedecidas concretamente. A Lei Maria da Penha só é executada muitas vezes do ponto de vista punitivista do autor do feminicídio, e não na prevenção para a mulher. Isso é um problema, porque depois que essas mulheres foram assassinadas, o prejuízo já foi feito”. Ressocialização Procuradora estadual do Rio de Janeiro, Leonor Nunes de Paiva destaca que a lei é de grande importância também por definir as formas de violência, como a sexual, patrimonial, moral, prevendo também como prevenir o crime e ressocializar o agressor. Pprocuradora de Estado do Rio de Janeiro, Leonor Nunes de Paiva durante o evento 48 Anos de Ousadia Feminista – Tomaz Silva/Agência Brasil “A Lei Maria da Penha tem artigos dizendo a participação da mídia, com campanhas apontando a violência, e também a participação das escolas, da educação. É fundamental o papel das escolas”, cita. “No entanto, nada disso foi feito. Essa reincidência, com que dizem que a lei não conseguiu acabar, é porque não foi implementada. Essa é a questão. Não se pode ter só o aspecto punitivo, e não ter também o aspecto preventivo e regenerador”. Para a militante feminista Ligia Coelho de Souza,  que foi integrante da Comissão Violência contra a Mulher e do SOS-Mulher-RJ, há um paradoxo nos avanços da luta contra a violência à mulher no Brasil. “O progresso na legislação é enorme. Realmente, a legislação brasileira em relação à violência contra a mulher é extremamente avançada. No entanto, me parece que a ideologia patriarcal saiu ilesa até agora”. Memória  O evento organizado na ABI celebra os 48 anos do seminário sediado pela associação em 1975. A época ainda era de violenta repressão política, e a organização conseguiu reunir 600 pessoas para discutir o papel e o comportamento da mulher brasileira. Entre as organizadoras estava a feminista Mariska Ribeiro, lembrada como uma das responsáveis por trazer o apoio da Organização das Nações Unidas ao evento, considerado essencial para garantir sua realização. A diretora da ABI Mulheres e LGBTQIA+, Glória Alvarez, conta que o seminário foi um pontapé inicial da segunda onda do feminismo no Brasil e marcou uma geração de militantes feministas que participaram das lutas que obtiveram a inclusão da igualdade de gênero na constituição de 1988. A proposta de discutir os ecos desse movimento está também em discutir problemas contra a violência contra a mulher, que, na avaliação dela, não diminuiu e tem como vítimas principalmente mulheres negras e jovens de baixa escolaridade.   Ousadia e coragem Deputada federal constituinte e juíza aposentada, Comba Marques Porto foi uma das mulheres que esteve presente no seminário em 1975. Ela considera que o evento foi um dos encontros mais importantes de sua vida, tendo provocado sua identificação com o movimento feminista. “Não só mudou a minha vida, como acho que mudou a vida de muitas jovens daquela geração que vínhamos da experiência do ativismo de esquerda. E eu abracei o ativismo feminista. Me considero uma mulher de esquerda, mas foi na prática feminista iniciada nessa casa histórica que me senti uma cidadã completa, uma cidadã mulher, com aquele enredo todo da vida de mulher”, exalta ela. “Fomos ousadas, fomos corajosas, porque ainda estávamos sob a égide de um regime ditatorial”. Socióloga ex-presidente do Conselho Nacional pelos Direitos da Mulher, Jaqueline Pitanguy também estava

PC-AM prende homem e apreende adolescente por aplicarem golpes em sites de compra e venda

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), prendeu em flagrante, na terça-feira (29/08), um homem, 56, por estelionato praticado em sites de compra e venda, e apreendeu um adolescente, 17, por ato infracional análogo ao mesmo crime. A ação policial ocorreu no bairro Novo Israel, zona norte. Conforme o delegado Cícero Túlio, titular da unidade policial, o homem e o adolescente, que são pai e filho, negociavam a compra de aparelhos eletrônicos pela internet e, ao término, enviavam comprovantes de pagamentos falsos aos vendedores. “Motoristas de aplicativos iam buscar os objetos na residência das vítimas sem saber do que se tratava, e elas, por sua vez, confiando na índole dos compradores, entregava-os para os indivíduos”, disse. De acordo com o titular, após a entrega dos objetos para o pai e para o filho, os eletrônicos eram enviados para São Paulo para serem revendidos. Ainda segundo o delegado, durante a abordagem policial, os policiais civis do 1º DIP conseguiram recuperar notebooks e jogos eletrônicos, que foram entregues às vítimas. “As investigações em torno do caso continuarão para identificar e localizar os demais envolvidos na ação criminosa”, falou. O homem responderá por estelionato e o adolescente por ato infracional análogo ao mesmo crime. Eles ficarão à disposição do Poder Judiciário e do Juizado Infracional, respectivamente. FOTOS: Divulgação/PC-AM. Fonte

Rio confirma o primeiro caso da subvariante Ômicron EG.5

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (30) o primeiro caso da subvariante Ômicron EG.5 da covid-19 na cidade, atestada pelo laboratório de sequenciamento genético da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 46 anos de idade, que apresentou sintomas leves, manteve isolamento domiciliar e não apresenta mais sintomas. Ele não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local dessa linhagem. Segundo a secretaria, o paciente não havia tomado a dose de reforço com a bivalente contra covid-19, o que reforça a recomendação para que todas as pessoas maiores de 12 anos de idade realizem a dose de reforço, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron. “É importante destacar que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial [primeira e segunda dose]. No entanto, a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável tomar a dose de reforço”, alerta a nota. As vacinas estão disponíveis nas 237 unidade de Atenção Primária – clínicas da família e centros municipais de saúde. Além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, das 8h às 22h, e nos postos extras espalhados pela cidade. Fonte

China deixa de exigir teste para covid-19 de viajantes internacionais

As autoridades alfandegárias da China anunciaram nesta terça-feira (29) que não será mais exigido teste de antígeno para covid-19 a viajantes internacionais que chegam ao país. A partir desta quarta-feira (30), quem chega à China não precisa mais informar os resultados de testes feitos dentro de 48 horas ao fazer a declaração de saúde para a alfândega da China, de acordo com uma declaração da Administração Geral das Alfândegas. É proibida a reprodução de deste conteúdo Fonte

Mais de 50 motoristas são multados em Manaus após estacionarem em vagas para Deficientes e Idosos

Em uma ação coordenada pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), mais de 50 motoristas foram autuados por uso irregular de vagas especiais em estacionamentos privados de uso coletivo na Zona Centro-Sul da cidade. A operação, realizada nesta terça-feira, teve como principal objetivo assegurar o respeito e a inclusão de pessoas com deficiência e idosos em vagas de estacionamentos. Agentes de trânsito do IMMU realizaram a operação em diversos estacionamentos de shoppings, supermercados e centros comerciais da Zona Centro-Sul. Seu papel era verificar se os veículos estacionados nas vagas especiais possuíam a credencial necessária para estacionar nestes locais. Ao final da ação, 54 veículos foram notificados por estacionarem irregularmente. “Essa é uma questão que vai além da mobilidade urbana. Trata-se de uma questão de cidadania e respeito. Os motoristas precisam entender a importância de respeitar as vagas especiais, destinadas a quem realmente necessita delas”, enfatizou Stanley Ventilari, diretor-presidente do IMMU. A fiscalização foi aplaudida por cidadãos conscientes, como a idosa Maria Silva, que disse: “É muito importante que haja esse tipo de fiscalização. Muitas vezes, chegamos a lugares e não conseguimos estacionar, porque as vagas estão sendo usadas indevidamente.” O IMMU reforçou que operações semelhantes são realizadas nas outras zonas da cidade. Ventilari salientou: “Estamos intensificando nossas ações para garantir que as leis sejam cumpridas, beneficiando quem realmente necessita dessas vagas.” Fonte

Brasil registra mais de 142 mil novas vagas de trabalho formal em julho, mostra Caged

O Brasil abriu 142.702 vagas de trabalho formal em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho. O resultado considera 1.883.198 admissões e de 1.740.496 desligamentos no mês. O dado veio em linha com as estimativas do mercado, que esperavam 145 mil novas vagas, segundo estimativas da Bloomberg. No mesmo mês do ano passado, foram criados 225.016 mil postos de trabalho. Em julho de 2023, o estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, contabilizou 43.610.550 vínculos. Considerando o período acumulado do ano, de janeiro a julho de 2023, o saldo foi de 1.166.125 empregos, resultado de 13.817.285 admissões e 12.651.160 desligamentos. Já nos últimos 12 meses, foi registrado saldo de 1.566.825 empregos, após 22.851.450 admissões e 21.284.625 desligamentos. O setor de serviços segue sendo o principal empregador. No mês, os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos: Serviços (+56.303 postos); Comércio (+26.744 postos); Construção (+25.423 postos); Indústria (+21.254 postos), principalmente na Indústria de Transformação (+18.301 postos) e Agropecuária (+12.978 postos). Onde estão os empregos As cinco regiões do Brasil apresentaram saldo positivo de novas contratações. Sudeste (+70.205 postos, +0,31%); Nordeste (+32.055 postos, +0,45%); Centro-Oeste (+18.310 postos, +0,48%); Norte (+14.756 postos, +0,70%); Sul (+7.275 postos, +0,09%). O crescimento do emprego formal em junho foi verificado em 26 das 27 unidades federativas. Os destaques com maior saldo foram: São Paulo, com 43.331 novos postos; Rio de Janeiro, com 12.710 vagas; Minas Gerais, que acumulou 12.353 postos no mês. Já as UFs com menor saldo foram: Sergipe: +492 postos; Roraima: +228 postos; e Rio Grande do Sul: -2.129 postos. Média salarial O salário médio de admissão em julho de 2023 foi de R$ 2.032,56. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 19,33 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 0,96%. Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 38,06. Por: CNN  Fonte

PC-AM divulga foto de jovem que desapareceu após sair para trabalhar

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Ordem Política e Social (Deops), busca informações sobre o paradeiro de Elias Fernandes Barbosa Viana, 19, que está desaparecido desde quarta-feira (23/08), por volta das 9h, quando saiu de sua casa, na rua Seis, bairro Alvorada, zona centro-oeste, para trabalhar no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus). Conforme o Boletim de Ocorrência (BO) registrado na Deops, desde a data mencionada, Elias não retornou para casa e nem deu notícias aos familiares sobre seu paradeiro. A delegada Catarina Torres, titular da Deops, destaca que o apoio da população por meio do compartilhamento de imagens das pessoas desaparecidas, principalmente por meio das redes sociais, é primordial para localizá-las e trazê-las ao convívio familiar. Colaboração A PC-AM solicita a quem saiba a localização de Elias, que as informações sejam repassadas por meio do número (92) 3667-7713, disque denúncia da Deops, bem como pelo 181, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).     FOTO: Divulgação/PC-AM. Fonte

Polícia Civil do Amazonas alerta população sobre a facilidade para ofertas de vagas de emprego

As ofertas de vagas de emprego se tornaram mais acessíveis após a repercussão de uma plataforma focada em negócios e empregos, onde as pessoas que estão à procura de um emprego podem expor seus currículos para empregadores interessados. No entanto, esta acessibilidade pode ser utilizada para oferecer falsas vagas de emprego por golpistas que buscam obter vantagens financeiras. O delegado Adriano Félix, titular do 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), esclarece que, para praticar o golpe, os estelionatários acessam uma plataforma virtual e, a partir disso, conseguem os dados das vítimas, como número de telefone, e-mail e redes sociais. Com essas informações, eles entram em contato, se passando por uma determinada empresa, e informam que a pessoa foi selecionada para uma vaga de emprego. Geralmente a proposta é específica para a área ou firma que a pessoa se candidatou na plataforma, pois, deste modo, é mais provável que a vítima confie na veracidade da informação. “Ainda para tentar ludibriar as vítimas, eles afirmam que a vaga acompanha uma renda alta e poucas horas de trabalho. O golpe ocorre no momento em que os infratores alegam que é necessário o pagamento de um determinado valor para garantir a vaga ou enviam um link para que a vítima faça um suposto cadastro na empresa”, disse. Ainda conforme o titular, no momento em que a vítima clica no link, os golpistas conseguem obter seus dados e se aproveitam para abrir contas bancárias, solicitar empréstimos ou, até mesmo, hackear os dispositivos móveis dela. Orientações Félix enfatiza que a primeira medida a ser tomada, ao receber as mensagens, é entrar em contato com a empresa e verificar a veracidade das informações. “Desconfie da facilidade que está sendo apresentada. Procure a firma, relate o que lhe foi ofertado e confirme se a vaga realmente está sendo disponibilizada. É necessário que a vítima tenha esse respaldo antes de clicar em algum link ou aceitar a proposta”, disse. Penalidade e registro de ocorrência O delegado explica, ainda, que a conduta de ofertar falsas vagas de emprego está caracterizada como estelionato e está tipificada no artigo 171 do Código Penal, tendo reclusão de quatro à oito anos. Adriano reforça, também, que o Boletim de Ocorrência (BO) pode ser formalizado em qualquer DIP, ou nas Delegacias Especializadas em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc) e em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD). O 22º DIP está situado na rua Libertador, bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul. FOTO: Erlon Rodrigues e Luana Cunha/PC-AM Fonte

98% dos ultraprocessados no Brasil têm ingredientes nocivos

O Estudo analisou 10 mil produtos vendidos em supermercados e constatou excesso de sódio, gordura e açúcar ou outros aditivos em quase todos eles.Considerados vilões da saúde, sódio, gorduras e açúcares livres em excesso, além de aditivos que realçam cor, sabor ou textura estão em 98,8% dos alimentos ultraprocessados disponíveis nos supermercados brasileiros. Esta é a principal conclusão de um estudo desenvolvido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens-USP), com colaboração de outras instituições, publicado nesta quarta-feira (30/08) no periódico Scientific Reports. Foram analisados 10 mil produtos considerados ultraprocessados — ou seja, aqueles que, segundo o Nupens na chamada Classificação Nova, “não são propriamente alimentos, mas, sim, formulações de substâncias obtidas por meio do fracionamento de alimentos”. Entre eles estão refrigerantes, salgadinhos de pacote, pães e outros panificados embalados, margarina, bolachas, doces, chocolates, cereais matinais e misturas para a preparação de bebidas com sabor frutas. Os pesquisadores verificaram os alimentos embalados disponíveis em grandes redes de supermercados, seguindo a lógica, como explica a nutricionista Daniela Canella, pesquisadora da Uerj e autora principal do artigo, “de que a maior parte dos alimentos são adquiridos em supermercados”. De acordo com o estudo, 97,1% dos alimentos classificados como ultraprocessados têm pelo menos um ingrediente crítico em excesso — sódio, gorduras e açúcares livres. “O consumo excessivo desses componentes está associado ao desenvolvimento de obesidade e diversas outras doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares”, alerta Canella. Já os chamados aditivos cosméticos — ingredientes utilizados para realçar a cor, o sabor ou a textura — estão presentes em 82,1% dos produtos. “É mais difícil estudar o efeito isolado de cada aditivo ou o combinado de diferentes aditivos do que estudar o efeito de nutrientes críticos na saúde. Mas existem evidências da relação entre corantes e desenvolvimento de alergias e de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, emulsificantes com alteração da microbiota intestinal, nitritos e desenvolvimento de câncer”, enumera a pesquisadora. “A questão é que, apesar dos aditivos utilizados serem aprovados pela, as indústrias não tem que informar nos rótulos a quantidade utilizada em cada produto. Com o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, é possível que o consumo esteja excedendo a ingestão diária aceitável.” Com a sobreposição desses dois pontos — o percentual de alimentos com ingredientes críticos em excesso e aqueles com aditivos cosméticos — os pesquisadores chegaram ao alarmante índice de 98,8% de alimentos com potencial para causar problemas, uma vez que há alimentos que apresentam as duas características e outros que têm apenas uma delas. Preocupação da indústria Para a engenheira de alimentos Cristina Leonhardt, fundadora da plataforma Sra Inovadeira, esse cenário é consequência do modus operandi da indústria alimentícia no Brasil. “A perspectiva do desenvolvimento de produtos aqui não é necessariamente da nutrição, mas sim da engenharia de alimentos”, explica ela, que trabalhou por mais de 15 anos na indústria do setor. “Esta é muito atrelada a entregar para o consumidor aquele alimento ‘perfeito’ para ele, nas melhores condições de cor, sabor e textura, e que chegue até o final de sua vida na prateleira sem alterações dessas características.” Leonhardt acrescenta que a indústria de alimentos “evoluiu no Brasil com dois objetivos: garantir a segurança do processo, que os alimentos processados não tragam doenças transmitidas por alimentos; e entregar alimentos acessíveis com o prazer sensorial adequado àquela categoria, considerando que estamos em um país em desenvolvimento”. E o desafio é maior em um país onde boa parte da população é pobre, o clima é tropical e as dificuldades de distribuição, pelas dimensões continentais e pela infraestrutura, são grandes. “Eles querem fazer alimentos mais fáceis e mais baratos, que sejam produzidos de maneira muito massiva, e para isso precisam usar muitos aditivos e ingredientes cosméticos”, resume o jornalista Rafael Tonon, autor do livro As Revoluções da Comida e coordenador do mestrado em jornalismo gastronômico no Basque Culinary Center, na Espanha. “Existe uma escolha da indústria alimentícia de buscar o que é mais barato em detrimento ao mais saudável ou melhor para o consumidor.” Para Tonon, a situação acaba sendo pior em países subdesenvolvidos por causa dos problemas sociais. “Muitas vezes, um pacote de bolacha custa menos do que um fruta. Isso é preocupante”, comenta. É uma visão semelhante à do especialista em marketing alimentar Mikael Linder, pesquisador no Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França. “Muitas vezes um refrigerante é mais barato do que um suco natural”, diz ele. Legislação mais restritiva Nesse sentido, Linder defende a imposição de uma legislação mais restritiva quanto aos insumos que possam ser acrescentados pela indústria. E que o consumidor seja sempre informado de forma clara. “Para a indústria, é muito mais fácil adotar certo insumos para produzir com menor custo, maior velocidade e mais facilidade, performando melhor do ponto de vista financeiro”, destaca. Essa diferença de legislação pode ser compreendida comparando-se rótulos dos mesmos produtos, das mesmas marcas, em mercados diferentes. Estudo realizado em 2012 pela organização americana Center for Science in the Public Interest analisou componentes de refrigerantes com o mesmo nome e da mesma empresa fabricante em diferentes países. Eles constataram que, no Brasil, há casos em que a bebida chega a ter 66 vezes mais do que nos Estados Unidos de uma substância potencialmente cancerígena que compõe o corante. “Um mesmo fabricante produz alimentos com composição diferentes conforme o país. Há casos em que se usam quatro ou cinco ingredientes no país A e 15, 16 no país B, porque a legislação ali permite e o ambiente favorece”, comenta Linder. Especialistas acreditam que esse quadro possa ser revertido, embora o caminho não seja simples. “Tem de passar por conscientização dos consumidores, aumento de poder aquisitivo do país, legislações que orientem para a escolha de produtos mais saudáveis e também por uma questão de ética na produção de alimentos”, diz Leonhardt. Ela defende o argumento de que a produção de alimentos só tem