Companhia aérea de baixo custo começa operações no Brasil
A partir do final de setembro, a companhia aérea de baixo custo Arajet irá iniciar suas operações no Brasil, oferecendo voos de São Paulo a Santo Domingo, na República Dominicana. A empresa promete vender passagens por cerca de metade do valor praticado no mercado. Inicialmente, a companhia irá operar o trecho três vezes por semana, nas segundas, quartas e sextas. O custo médio da viagem ida e volta será de US$ 475 (aproximadamente R$ 2.315). Uma viagem saindo 22 de setembro e retornando no dia 26 custa atualmente US$ 664.70 (o equivalente a R$ 3.235,96). O mesmo trecho custa R$ 3.822,89 na Gol, em datas próximas. Os passageiros terão direito somente a bagagem de mão até 10 kg. Para volumes maiores, será necessário pagar uma taxa adicional. Além disso, os lanches disponibilizados na aeronave serão cobrados a parte. A companhia também irá oferecer um ônibus para Punta Cana no desembarque. Fundada em 2021, a Arajet tem sede em Santo Domingo e conta com uma frota de cinco aeronaves Boeing 737-8. A expectativa da companhia é dobrar esse número até o final de 2023. A operação inclui 17 destinos em onze países, como México, Colômbia, El Salvador, Jamaica e Canadá. Fonte
Militares anunciam golpe no Gabão e prendem presidente reeleito
Oficiais das Forças Armadas do Gabão, país africano produtor de petróleo, disseram ter tomado o poder nesta quarta-feira (30) e colocado o presidente Ali Bongo em prisão domiciliar, depois que o órgão eleitoral do país localizado na África Central anunciou que ele havia conquistado um terceiro mandato. Em um anúncio feito durante a noite pela televisão, oficiais graduados declararam que os resultados das eleições foram anulados, as fronteiras foram fechadas e as instituições estatais foram dissolvidas. Eles disseram que representavam todas as forças de segurança e de defesa do Gabão. Centenas de pessoas saíram às ruas da capital Libreville para comemorar na manhã seguinte ao anúncio feito durante a noite, que parecia ter sido filmado do palácio presidencial, conforme as imagens da televisão. Em outra declaração lida em rede nacional de televisão, os oficiais militares disseram que haviam detido Bongo, que assumiu em 2009 o lugar de seu pai, Omar, que governava o Gabão desde 1967. Os opositores dizem que a família fez pouco para compartilhar a riqueza do petróleo e da mineração do país com seus 2,3 milhões de habitantes. Se bem-sucedido, o golpe seria o oitavo na África Ocidental e Central desde 2020. O último, no Níger, ocorreu em julho. Oficiais militares também tomaram o poder em Mali, Guiné, Burkina Faso e Chade, apagando as conquistas democráticas desde a década de 1990. Crise institucional Os oficiais, que se autodenominam Comitê de Transição e Restauração das Instituições, disseram que o Gabão estava “passando por uma grave crise institucional, política, econômica e social” e afirmaram que a eleição de 26 de agosto não foi transparente ou confiável. Tiros foram ouvidos em Libreville após a declaração que anunciava a destituição de Bongo, mas as ruas estavam calmas antes do início das comemorações. Mais tarde, policiais se espalharam para proteger os principais cruzamentos da cidade. Não houve nenhum comentário imediato do governo do Gabão. Bongo, 64 anos, foi visto pela última vez em público votando no sábado (26). Ele havia aparecido em público antes da eleição com uma aparência mais saudável do que nas raras e frágeis aparições anteriores na televisão após ter sofrido um derrame em 2019. Repercussão internacional A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, disse que seu país, ex-governante colonial do Gabão, estava acompanhando a situação de perto. O golpe cria mais incertezas para a presença da França na região. O país tem cerca de 350 soldados baseados no Gabão. As forças francesas foram expulsas do Mali e de Burkina Faso após golpes de Estado nesses países, em meio a uma onda de sentimento antifrancês, e os líderes golpistas do Níger também revogaram acordos militares com a França. O Ministério das Relações Exteriores da China pediu que a situação no Gabão fosse resolvida pacificamente e disse que a segurança pessoal de Bongo, que visitou a China em abril, deve ser garantida. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também disse que estava preocupado com a situação e esperava que a situação se estabilizasse. Região restrita O Níger e outros países do Sahel (faixa latitudinal do continente africano entre o deserto do Saara e a região equatorial) têm lutado contra insurgências islâmicas que corroeram a fé em governos democráticos. O Gabão, que fica mais ao sul, na costa do Atlântico, não enfrentou os mesmos desafios, mas um golpe seria mais um sinal do retrocesso democrático em uma região volátil. O descontentamento contra o controle de 56 anos da família Bongo no poder vinha crescendo no Gabão, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A agitação violenta eclodiu após a contestada vitória de Bongo nas eleições de 2016 e houve uma tentativa frustrada de golpe em 2019, meses depois que o presidente sofreu um derrame no exterior, levantando dúvidas sobre sua capacidade de governar. “Achamos que os soldados vão querer se agarrar ao poder e estabelecer um diálogo nacional de algum tipo para elaborar uma nova Constituição, enquanto tiram os leais [a Bongo] da burocracia”, escreveu François Conradie, principal economista político da Oxford Economics, em uma nota. Os críticos de Bongo dizem que a família não conseguiu canalizar o petróleo e outras riquezas do Gabão para o desenvolvimento, enquanto cerca de um terço da população vive na pobreza. O Gabão produz cerca de 200 mil barris de petróleo por dia, principalmente de campos que estão se esgotando. Entre as empresas internacionais que atuam no país estão a francesa TotalEnergies e a produtora anglo-francesa Perenco. A mineradora francesa Eramet, que tem grandes operações de manganês no Gabão, disse que havia interrompido suas atividades. Havia temores de agitação após as eleições presidenciais, parlamentares e legislativas, nas quais Bongo buscou um terceiro mandato contra 18 adversários. Sua equipe rejeitou as alegações de fraude. No entanto, a falta de observadores internacionais, a suspensão de algumas transmissões estrangeiras e a decisão das autoridades de cortar o serviço de internet e impor um toque de recolher noturno em todo o país após a votação levantaram preocupações sobre a transparência do pleito. Os oficiais disseram que as instituições estatais que haviam dissolvido incluíam o governo, o Senado, a Assembleia Nacional, o Tribunal Constitucional e o órgão eleitoral. Após o anúncio dos militares, o acesso à internet parece ter sido restaurado pela primeira vez desde a eleição de sábado. O Centro Eleitoral do Gabão havia dito na quarta-feira que Bongo havia vencido a eleição com 64,27% dos votos e que seu principal adversário, Albert Ondo Ossa, havia garantido 30,77%. *Reportagem adicional de Alessandra Prentice, Sofia Christensen, Sudip Kar-Gupta e Liz Lee É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte
Pós-pandemia: 45% das mulheres mostram algum tipo de transtorno mental
O relatório Esgotadas: empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres, desenvolvido pela Organização não governamental – ONG Think Olga, indica que 45% das mulheres brasileiras têm um diagnóstico de ansiedade, depressão, ou outros tipos de transtornos mental no contexto pós pandemia de covid-19. A ansiedade, transtorno mais comum no Brasil, faz parte do dia a dia de 6 em cada 10 mulheres brasileiras. A pesquisa foi realizada com 1.078 mulheres, entre 18 e 65 anos, em todos os estados do país, entre 12 e 26 de maio de 2023. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%. “O relatório não surpreende porque são dados que já sabíamos que aconteciam, ou seja, as mulheres estão cansadas e sobrecarregadas. Quase metade da população feminina tem algum transtorno mental e com muito pouco acesso a cuidados específicos. A maioria diz que, como ferramentas para conseguir lidar com essa questão, tem a atividade física ou a religião. Tem uma insatisfação com diversas áreas da vida. A questão financeira é a que mais preocupa e a dupla ou tripla jornada é o segundo maior fator de pressão sobre a psique feminina”, disse Maíra Liguori, diretora da Think Olga. Com a proposta de entender as estruturas que impõem o sofrimento das brasileiras na atualidade, o relatório reúne dados que demonstram desde a sobrecarga de trabalho e insegurança financeira até o esgotamento mental e físico causado pela economia do cuidado, que enquadra todas as atividades relacionadas aos cuidados com a casa e com produção e manutenção da vida. A situação financeira e a capacidade de conciliar os diferentes aspectos da vida têm as menores notas de satisfação entre as entrevistadas. Em uma classificação de 1 a 10, a vida financeira recebeu a classificação 1.4, já para a capacidade de conciliação das diferentes áreas da vida, a nota ficou em 2.2. A situação financeira apertada atinge 48% das entrevistadas e a insatisfação com a remuneração baixa alcança 32% delas. Cinquenta e nove por cento das mulheres das classes D e E estão insatisfeitas com sua situação financeira. Essa insatisfação atinge 54% das pretas e pardas. As mulheres são as únicas ou principais provedoras em 38% dos lares. Essas mulheres são, em sua maior parte, negras, da classe D e E e com mais de 55 anos de idade. Somente 11% das entrevistadas dizem não contribuir financeiramente para a manutenção de suas famílias. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio realizada em 2022, as mulheres gastam 21,4 horas da semana em tarefas domésticas e do cuidado, os homens usam 11 horas. Já o relatório Esgotadas mostrou que a sobrecarga de trabalho doméstico e a jornada excessiva de trabalho foram a segunda causa de descontentamento mais apontada, atrás apenas de preocupações financeiras. O trabalho de cuidado sobrecarrega principalmente as mulheres de 36 a 55 anos (57% cuidam de alguém) e pretas e pardas (50% cuidam de alguém). Oitenta e seis por cento das mulheres consideram ter muita carga de responsabilidades. A insatisfação entre mães solo e cuidadoras é muito superior em relação àquelas que não têm esse tipo de responsabilidade. As cuidadoras e mãe solo também são as mais sobrecarregadas com as tarefas domésticas e de cuidado, com 51% das mães e 49% das cuidadoras apontando a situação financeira restrita como o maior impacto na saúde mental. Isso quer dizer que a sobrecarga de cuidado também é um fator de empobrecimento das mulheres ou “feminização da pobreza”, segundo o relatório. Entre as entrevistadas mais jovens, 26% declararam que os padrões de beleza impostos impactam negativamente na saúde mental. Já o medo de sofrer violência é citado por 16% das entrevistadas. Para 91% das entrevistadas, a saúde emocional deve ser levada muito a sério e 76% estão buscando prestar atenção à saúde mental, principalmente após a pandemia de covid-19. Só 11% afirmam que não cuidam da sua saúde emocional de nenhuma forma. “É necessário que comecemos a entender o impacto do trabalho de cuidado e suas consequências, além de partirmos de discussões que desestigmatizem tabus sobre a saúde mental. É essencial incentivar ações do setor privado, da sociedade civil e, principalmente, do setor público para um futuro viável para as mulheres”, afirmou, em nota, Nana Lima, co-diretora da Think Olga. Fonte
STF retoma julgamento sobre marco temporal de terras indígenas
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje (30) o julgamento do processo que trata da constitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Em junho deste ano, o julgamento foi suspenso após pedido de vista feito pelo ministro André Mendonça, que tinha até 90 dias para devolver o processo para julgamento, de acordo com as regras internas do Supremo. O placar do julgamento está em 2 votos a 1 contra o marco temporal. Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestaram contra o entendimento, e Nunes Marques se manifestou a favor. Faltam os votos dos ministros André Mendonça, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e a presidente do tribunal, Rosa Weber. No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Os indígenas são contra o entendimento. O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado. Críticas O ministro Alexandre de Moraes proferiu o último voto sobre o marco temporal antes da interrupção do julgamento, em 7 de junho. Ele votou contra a tese do marco temporal. Para Moraes, o reconhecimento da posse de terras indígenas independe da existência de um marco temporal baseado na promulgação da Constituição de 1988. Contudo, o ministro votou para garantir aos proprietários que têm títulos de propriedades localizadas em terras indígenas o direito de indenização integral para desapropriação. Moraes também definiu qu, se o governo federal não conseguir reaver a terra indígena, será possível fazer a compensação com outras terras equivalentes, “com expressa concordância” da comunidade indígena. O voto do ministro é criticado por organizações que atuam em defesa de indígenas. Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a tese é “desastrosa” e pode inviabilizar as demarcações. “Conclui-se que a proposta do ministro Alexandre de Moraes prejudica a proteção do direito constitucional indígena. Além do mais, coloca sobre os povos indígenas o peso de suportar os erros históricos cometidos pelo próprio Estado brasileiro, na medida em que a garantia dos direitos fundamentais sob suas terras de ocupação tradicional passará a depender da existência de recursos financeiros por parte do Estado brasileiro”, declarou a entidade. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também discordou do entendimento de Moraes. Para o Cimi, a possibilidade de indenização ou compensação de território vai aumentar os conflitos no campo. “Como poderia a União pagar, na forma de indenização, por uma terra que já é de sua propriedade? Respondemos: isso seria inimaginável, porque essa figura é inexistente e não há nenhuma margem para que o nosso universo jurídico constitucional a admita”, afirmou o conselho. Mobilização A Apib convocou uma mobilização nacional para defender a derrubada da tese. Hoje e amanhã, a entidade pretende acompanhar o julgamento em Brasília. Na semana passada, coordenador jurídico da entidade, Maurício Terena, esteve em Genebra, na Suíça, e se reuniu com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) para impedir retrocessos. “Solicitamos uma manifestação das Nações Unidas, para que qualquer tentativa de conciliação que restrinja o direito dos povos indígenas à terra seja considerada uma violação aos tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário”, afirmou. Fonte
Verdão recebe Deportivo Pereira para avançar à semi da Libertadores
Após aplicar 4 a 0 no Deportivo Pereira na Colômbia na semana passada, o Palmeiras recebe o rival esta noite no jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores. Com a vantagem adquirida no primeira partida, os paulistas podem até perder por três gols de diferença que mesmo assim avançam no torneio, em busca do tetracampeonato. O duelo na Arena Allianz Parque, na capital paulista, às 21h30 (horário de Brasília), terá transmissão ao vivo na Rádio Nacional, com narração de André Marques, comentários de Mario Silva, reportagem de Maurício Costa e plantão de notícias com Bruno Mendes. NOITE DE COPA EM #FAMÍLIAPALMEIRAS! 90 MINUTOS EM BUSCA DA SEMIFINAL! HOJE É DIA DE PALMEIRAS! 🟢⚪️#AvantiPalestra #PALxPER#AlmaECoração pic.twitter.com/rcXCQqQ714 — SE Palmeiras (@Palmeiras) August 30, 2023 Com a classificação às semifinais da Libertadores encaminhada, o Verdão pode jogar esta noite com um time misto, tendo em vista o clássico contra o Corinthians no próximo domingo (3) pelo Campeonato Brasileiro. Vice-líder no torneio, a equipe comandada pelo técnico Abel Ferreira quer se aproximar do líder Botafogo, com 11 pontos à frente na tabela. Entre os principais desfalques do Palmeiras diante do Deportivo Pereira estão o volante Gabriel Menino – suspenso após levar o terceiro cartão amarelo no jogo de ida das quartas – e o atacante Dudu, que sofreu lesão grave no joelho direito no confronto contra o Vasco, no último domingo (27), pelo Brasileirão. No lugar de Menino, o técnico Abel Ferreira pode escalar o meia colombiano Richard Ríos, e na posição de Dudu, há duas alternativas: John John e Kelvin. Estreante na Copa LIbertadores, o time colombiano precisa ao menos devolver o placar de 4 a 0 no Allianz Parque, para forçar a decisão da vaga na cobrança de pênaltis. No entanto, nas 23 vezes que disputou a Libertadores, o Verdão nunca sofreu um revés dessa magnitude tendo um placar tão favorável. Fonte