Em cartas, jogadoras do Santos acusam técnico Kleiton Lima de assédios moral e sexual
Clube confirma recebimento de denúncias e diz estar apurando caso; treinador, que já deixou o time, nega as acusações e afirma ter colocado cargo à disposição após reclamações A saída do técnico Kleiton Lima, anunciada pelo Santos nesta quinta-feira, foi decidida após denúncias de assédios moral e sexual feitas pelas jogadoras das Sereias da Vila. As atletas entregaram à diretoria do Peixe várias cartas relatando situações vividas com o ex-treinador do time feminino do clube. O ge teve acesso a 19 delas. Nas cartas, escritas à mão e de forma anônima, as jogadoras alegam, principalmente, situações de assédio moral, mas há também relatos de assédio sexual, como “toques indevidos”. As queixas, na maioria, são a respeito do comportamento de Kleiton Lima, com cobranças excessivas, constrangimentos e ameaças. Em diversas cartas, as jogadoras reclamam da roupa utilizada pelo técnico. Algumas, segundo elas, “deixam transparecer o órgão genital”. Outras afirma que ele não “usa roupa íntima”. Os relatos foram entregues para Aline Xavier, supervisora das Sereias da Vila, que as encaminhou para a diretoria. Julio Resende, analista de desempenho, é outro acusado de assédio moral por algumas das jogadoras, nos relatos que o ge teve acesso nesta quinta-feira. Veja alguns trechos das cartas: “Estou falando apenas do lado profissional, mas também estou cansada de seus comentários sobre os nossos corpos de uma maneira desrespeitosa, cansada de seus toques de maneira indevida”. “Suas vestimentas não são adequadas ao ambiente de trabalho, pois deixa transparecer o seu órgão genital na calça/short, principalmente por estar em um departamento feminino e se torna um ambiente desconfortável”. “O treinador diariamente falta com respeito em sua fala constrangedora e desrespeitosa, como “xerecada” e “tetada”. Muitas das vezes o técnico não usa vestes adequadas no ambiente de trabalho, transparecendo o seu órgão genital causando desconforto no ambiente de trabalho”. “Algumas brincadeiras e comentários que não cabiam no momento insinuando que eu estava machucada de propósito, como seu eu tivesse simulado minha dor, porém, só eu sei o que passei e sei o quanto foi difícil a minha recuperação” “E com o passar do tempo, essas situações além de persistirem e se agravarem, abriu portas para agressões verbais, humilhações em público e de forma particular, atitudes de extremo desrespeito para com as atletas (como por exemplo treinos sem o uso de roupa íntima por baixo da calça por parte do treinador, causando assim desconforto em nós meninas)”. “Também passei a pensar em suicídio e entrei em profunda depressão”. “Uma vez na feira eu estava esperando perto de uma barraca de pastel. Lá o treinador chegou e perguntou se eu estava comendo pastel, aí eu respondi ‘não, estou esperando as meninas’. Então ele deu a volta por mim, olhou para minha bunda e disse: ‘acho que não’, insinuando que minha bunda parecia grande, então isso significava que eu estava comendo pastel”. Relatos das jogadoras do Santos contra o técnico Kleiton Lima – Carta 2 — Foto: Reprodução Em nota oficial enviada ao ge, o Santos diz: “Sobre a denúncia de assédio envolvendo o técnico Kleiton Lima, o Santos FC informa que está apurando o caso, conversou com o profissional, que negou todos os fatos, mas colocou o cargo à disposição, o que foi aceito pela Diretoria para melhor apuração do caso. O Santos FC seguirá buscando sempre o melhor ambiente para todos os seus funcionários.” Relatos das jogadoras do Santos contra o técnico Kleiton Lima — Foto: Reprodução Em mensagem ao ge, Kleiton Lima negou as acusações: “Antes de mais nada, eu não pedi demissão, coloquei o cargo à disposição para a diretoria do clube após tomar conhecimento de reclamações de parte do elenco em relação ao meu trabalho. O Santos resolveu desligar a comissão técnica inteira do futebol feminino . Tomei conhecimento também de supostas queixas de assédio, o que me causou estranheza e revolta. Uma acusação dessa é muito grave e tomarei minhas providências legais, quem denuncia tem que provar. Tenho uma carreira profissional de quase 30 anos de forma ilibada e vitoriosa, nunca tive nenhuma queixa nesse sentido durante toda a minha trajetória. Não aceito que utilizem desse artifício para me tirarem do cargo e tentarem manchar a minha história e a do clube.” Também deixaram o departamento de futebol feminino nesta quinta-feira a auxiliar técnica Fabi Guedes, a preparadora física Vanessa Monte Bello, o analista de desempenho Julio Resende, o preparador de goleiras Gabriel Ribeiro, a psicóloga Luiza Garutti, o massagista Tarso Ajifu e os fisioterapeutas Dhouglas Antonini e Lucas Wasem. O Santos foi eliminado recentemente para o Corinthians na semifinal do Campeonato Brasileiro Feminino, após derrotas nas partidas de ida e volta. Kleiton Lima estava no clube desde o fim de agosto do ano passado, em sua segunda passagem pela Vila Belmiro. A primeira havia sido no início dos anos 2000. Naquela época, ele conquistou a Copa Mercosul (2006) e a Liga Nacional (2007), além dos bicampeonatos da Copa Libertadores da América (2009 e 2010), da Copa do Brasil (2008 e 2009) e do Campeonato Paulista (2007 e 2010). Relatos das jogadoras do Santos contra o técnico Kleiton Lima – Carta 1 (parte 1) — Foto: Reprodução Por: Globo Esporte Fonte
Série D: Caxias e Ferroviário empatam e decidem domingo vaga na final
Caxias-RS e Ferroviário travaram uma batalha emocionante na tarde desta quinta-feira (7), no jogo de ida das semifinais da Série D do Campeonato Brasileiro, mas o jogo terminou em 1 a 1, adiando para o próximo domingo (10), a definição de um dos finalistas da competição. O atacante Vítor Feijão abriu o placar no primeiro tempo para os gaúchos, e na volta do intervalo, Wesley deixou tudo igual no Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS), mantendo a invencibilidade do Ferrão na Série D. O segundo e último embate da semi será no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Enquanto o Caxias busca o título inédito na competição nacional, o Ferrão – também conhecido como Tubarão da Barra -sonha com o bicampeonato na Série D. Ambas as equipes garantiram no último fim de semana o almejado acesso à Série C de 2024. 🇳🇱 Obrigada torcida Grená por estar com o Caxias em mais um jogo. VAMOS POR MAIS! No próximo domingo, às 17:30, acontece o jogo de volta contra o Ferroviário, valendo vaga na FINAL da Série D. 📷 Luiz Erbes/ S.E.R. Caxias#grenádopovo #sercaxias pic.twitter.com/A021bi5jRm — S.E.R. Caxias (@sercaxias) September 7, 2023 Equilíbrio e qualidade técnica marcaram o primeiro tempo no Centenário. O Ferroviário teve duas boas chances de abrir o placar. Aos sete minutos, Kadu Barone cruzou na medida para Ciel, que bateu de primeira, mas o goleiro Fabian Volpi defendeu. Quatro minutos depois, foi Wesley que bateu cruzado dentro da área, e mais uma vez Volpi salvou o gol do time gaúcho, afastando a bola. Na sequência, aos 13 minutos, o Caxias primou pela eficiência no cruzamento perfeito de Lustrosa para para Vitor Feijão abrir o placar de cabeça. Os visitantes, invictos na competição, não se abalaram com o gol sofrido e pressionaram pelo empate no Centenário. Aos 18 minutos, Ciel dispara com a bola e rola para Ciel dentro da área chutar com perigo, e mais uma vez Volpi defende. Aos 39, Marlon percebe o goleiro Douglas Dias adiantado, e quase amplia ao disparar uma bola de fora da área, que passou por cima do travessão. Já nos acréscimos, Kadu cruzou para Ciel dentro da área, mas ao chutar o camisa 99 pegou mal na bola e desperdiçou a chance do empate. Após o intervalo, os donos da casa voltaram pressionando no ataque em busca do gol da vitória. Aos 13 minutos, Lustosa teve a chance de ampliar ao chutar da entrada da área, mas o goleiro Douglas Dias estava atento e evitou o gol. E meio ao sufoco, dois minutos depois, foi o Ferrão que balançou a rede adversária. A jogada do gol começou com um chute de Tarcísio dentro da área, que goleiro Volpi chegou a defender, mas no rebote Wesley aproveitou e igualou o placar no Centenário. a chance empata para o Ferrão. O jogo seguiu intenso até o fim. Aos 38 minutos, Eron rolou para Marcelinho dentro da área, uma bola de ouro para sela a vitória, no entanto, ele desperdiçou, cabeceando para fora. E o placar terminou mesmo empatado em 1 a 1. Fonte
Jogos da Juventude: quando competir é uma conquista, mesmo sem pódio
Uma das principais formas de cobrir e acompanhar uma competição é por meio dos resultados e, no caso de Olimpíadas ou Jogos da Juventude, ficar de olho no quadro de medalhas. No entanto, eventos que reúnem tanta gente também têm muitas histórias de campeões que não voltaram com um prêmio no peito. Nos Jogos da Juventude de 2023, em Ribeirão Preto, o acreano Alexandre Queiroz, de 15 anos, foi um deles. Desde os nove anos, ele trabalha em plantações de milho e arroz em Epitaciolândia, município que tem menos de 20 mil habitantes. Hoje, ele concilia a atividade com os treinos no judô, além dos estudos. A jornada tripla é para equilibrar os próprios sonhos e as necessidades da família. Eles moram próximos à fronteira com a Bolívia. “Levo todo meu esforço e história de vida para dentro do tatame. No cultivo, você aprende a dar os primeiros passos na vida, assim que funciona na minha cidade, desde menino. É ganhar dinheiro, mesmo pouco, para ajudar a colocar comida em casa”, disse Alexandre, em declaração dada ao COB. “Mostrei que posso estar aqui, representei Epitaciolândia e meu estado. Jamais vou esquecer”, disse o judoca acreano Alexandre Queiroz, de 15 anos, que concilia o trabalho no campo com os treinos e os estudos – por Luiza Moraes/COB/Direitos Reservados O jovem venceu a seletiva do estado para chegar à competição nacional, mas acabou derrotado na primeira luta pelo roraimense Paulo Ribeiro, na quarta (6). Saiu realizado da mesma forma. “Mostrei que posso estar aqui, representei Epitaciolândia e meu estado. Jamais vou esquecer”, disse ele. Até o final de quarta (6),sexto dia dos Jogos, o estado de São Paulo seguia no topo do quadro de medalhas, com 17 ouros e 44 pódios no total. O Rio de Janeiro aparecia em segundo (11 e 31, respectivamente) e o Paraná (nove e 28) em terceiro lugar. TV Brasil transmite ginástica artística nesta sexta A TV Brasil segue transmitindo diversas modalidades dos Jogos de Ribeirão Preto. Nesta sexta (8), a ginástica artística estará em foco. São duas transmissões ao vivo: às 10h e às 14h (horários de Brasília). Fonte
No Rio, Grito dos Excluídos pede protagonismo para o povo brasileiro
Enquanto os últimos militares terminavam o tradicional desfile de 7 de setembro na Avenida Presidente Vargas, umas das principais do centro do Rio de Janeiro, um outro ato tomou parte da via nesta quinta-feira (7). Rostos – na maioria de pessoas negras – representavam os protagonistas da 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas. A manifestação ocorre sempre no feriado da Independência, em todos os estados do país, e leva para as ruas reinvindicações de movimentos sociais, especialmente das minorias políticas. O tema da edição deste ano é “Você tem fome e sede de quê?”. “Fazer uma pergunta vem da tradição da educação popular. A gente faz a pergunta e isso desencadeia uma reflexão”, explicou à Agência Brasil a economista e educadora popular Sandra Quintela, uma das organizadoras do ato. Problema da fome O questionamento chama a atenção para o problema da fome no país. Cerca de 70,3 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar, ou seja, não sabem se vão conseguir comida suficiente, e 21 milhões não têm o que comer todos os dias, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). “É muita gente. É quase metade da população que não tem garantido o direito à alimentação”, lamenta Sandra. A organizadora explica que há “outras fomes” da população brasileira, como fome por justiça e por um ambiente sadio. Povo protagonista Sandra criticou a militarização do desfile de 7 de setembro. “Como é que se comemora a independência de um país soberano com um desfile militar? A soberania está nos militares ou no povo brasileiro? A gente está dizendo que está no povo brasileiro, por isso que a gente está aqui hoje”, explica. Para ela, o povo precisa de mais protagonismo. “O Brasil tem que ser construído de baixo para cima. Nós acreditamos que o nosso planalto é a planície, onde está realmente o povo brasileiro, na luta pela sobrevivência e pelo bem-estar”, afirmou, fazendo referência ao Planalto Central, onde fica a capital do país, Brasília. Entre os temas lembrados pelos manifestantes, bandeiras como a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), direitos de povos indígenas, igualdade racial, direito à moradia, trabalho digno e educação. Houve espaço também para críticas ao governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, por causa de operações policiais em favelas, e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Mortes nas favelas A manifestação contou com grupos de mães que perderam os filhos para a violência. Uma das fundadoras do Movimento Mães de Manguinhos, Fátima Pinho levava uma faixa com fotos de jovens mortos. Entre eles, o filho dela, Paulo Roberto Pinho de Menezes, assassinado na comunidade em 2013, aos 18 anos. A família responsabilizou abusos de policiais pela morte do rapaz. Com o filho Antony Davi, de 3 anos, no colo, Fátima acredita que o ato, além de um pedido de reparação para várias famílias, é importante também para as futuras gerações. “Essa luta é para mantê-lo vivo e para ele entender o porquê da nossa luta. Eu o trago com o maior prazer”, afirmou. Dados da plataforma Fogo Cruzado mostram que 16 crianças foram baleadas na região metropolitana do Rio, em 2023. Dessas, sete morreram. “Não haverá independência e soberania enquanto o Estado matar a juventude pobre e negra nas favelas. Favela e periferia não são territórios inimigos”, discursou o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ). “Estamos na rua porque sabemos que é o povo na rua e organizado que será capaz de mudar essa realidade. Estamos dizendo que democracia é gente na rua, gente organizada e gente no poder”, complementou. Outras lutas O pedido por mais representatividade para minorias esteve presente no Grito dos Excluídos. “A representatividade é um fator primordial, sobretudo, da população negra, quilombola, periférica, favelada. Estar nesse movimento é uma forma de reafirmar a nossa identidade”, avalia Roberto Gomes do Santos, que faz parte da coordenação do Quilombo da Gamboa, na região central do Rio. Representante da população LGBTQIA+, Katiaa Dami acha que “a importância de estar na manifestação é fazer a voz ecoar, se empoderar” e fazer a sociedade perceber a luta de minorias. “O povo periférico, preto, trabalhador, LGBTQIA+ está na luta, e a gente não pode parar”, completou a moradora do conjunto de comunidades da Maré, na zona norte do Rio. A aluna de direito Giovanna Almeida, representante do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), defende mais participação de estudantes em manifestações populares. “A gente tem feito esse esforço de mobilizar o movimento estudantil para também cumprir esse papel de fazer as denúncias no campo da educação.” Três décadas de Grito A um ano de o movimento completar três décadas, a organizadora Sandra Quintela entende que tantas edições realizadas são uma prova de resiliência do ato. Mas sonha com um dia em que o Grito dos Excluídos não seja mais necessário. “A gente luta por um mundo de justiça, no dia que não tiver injustiça, a gente para. Mas vai demorar… Independentemente de qual seja o governo, nós estamos aqui sempre e esperamos que um dia não precisemos mais estar aqui”, vislumbra. A manifestação desta quinta-feira percorreu cerca de 1 quilômetro e terminou na Praça Mauá. Source link
Com acesso livre para público, #SouManaus encerra nesta quinta-feira (7) com line-up religioso e infantil
O #SouManaus Passo a Paço 2023 chega ao fim nesta quinta-feira, 7/9, com atrações voltadas para o público religioso e programação infantil na área portuária da cidade. Artistas como padre Fábio de Melo, Isadora Pompeo, Israel Salazar, Banda Amém, Fazendinha da Zelda e Família Seven se apresentam nos palcos ‘Guardião da Amazônia’, ‘Amazona’ e ‘Coreto’, com acesso livre e gratuito. “Essa festa do dia 7 é diferente, porque não há necessidade de pulseira. Quem vier, igualmente nos outros dias, também poderá aproveitar o evento. Mas, para entrar nos dois palcos que ficam dentro do porto, não precisará da pulseira. Então, na parte de cima, vamos ter o espaço ‘Passinho’, onde poderá trazer as crianças para curtir e brincar na área da praça do Dom Pedro. E quem quiser assistir aos shows, desce para o porto”, explicou o diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Osvaldo Cardoso. A programação do ‘Passinho Kid’ conta com shows, desfiles e brincadeiras para a criançada, a partir das 17h, no palco do ‘Coreto’, localizado na praça Dom Pedro, no centro histórico de Manaus, além do palco ‘Amazona’, ao lado da Alfândega e no Teatro da Instalação, na área central. As atrações musicais ficarão com a Fazendinha da Zelda, Alexa Yngrid, Matheus Ribeiro e Isabelle Ribeiro, entre outros artistas. As crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) também terão seus espaços de atividades com painel sensorial, brincadeiras com monitores, sem qualquer tipo de presença de efeito sonoro em alto nível. Já no line-up religioso, estão nomes de artistas nacionais e locais que vão se apresentar no #SouManaus deste ano. Os shows do padre Fábio de Melo e Isadora Pompeu são os mais aguardados no palco Bradesco – ‘O Guardião da Amazônia’, localizado no porto da cidade. Já Israel Salazar e banda Amém fecham as apresentações no palco ‘Amazona’. A programação completa do último dia do #SouManaus Passo a Paço 2023, você confere no site Fonte
Grito dos Excluídos diz que movimentos de base não estão adormecidos
Integrantes do 29º Grupo dos Excluídos e das Excluídas fizeram nesta quinta-feira (7), em São Paulo, uma caminhada por reivindicações. A ação durou cerca de uma hora e meia e reuniu grande número de pessoas, inclusive crianças, ocorrendo sem problemas ou interrupções. Eles pediram que o governo federal pare de ceder espaço em ministérios ao centrão (conjunto de partidos políticos que não se identificam necessariamente com o governo ou com a oposição) . Eles se reuniram por volta do meio-dia no Monumento às Bandeiras, nas proximidades da Assembleia Legislativa e do Parque Ibirapuera para encerrar o ato. Várias faixas foram estendidas com frases como: “Independência sem direitos não é independência, é morte”. Antes de começar a caminhada, uma liderança do movimento afirmou que os movimentos de base não estão adormecidos. O ato contou com a presença de políticos, entre eles o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT). O parlamentar leu uma uma carta, que disse ter enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitando a viagem dele à Índia para participar da Cúpula do G20. Em seguida, os grupos que participaram da manifestação também divulgaram o teor da carta que reúne suas reivindicações. Em discurso durante a marcha, outra liderança fez críticas ao governo estadual, de Tarcísio de Freitas. Uma das reclamações dizia respeito ao próprio percurso dos manifestantes, que, este ano, não puderam transitar pela Avenida Paulista, o que daria mais visibilidade ao protesto. Após ordem do governo paulista, houve mudança no itinerário e, por isso, desviaram pelas ruas Dr. Rafael de Barros, Tutoia, Brigadeiro Luís Antônio e Marechal Estênio A. Lima, até chegar ao local de destino. Em alguns momentos, os manifestantes foram alvo de provocações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moradores de prédios agitaram bandeiras do Brasil, ao que os participantes do ato responderam com palavras de ordem, como “Arreia, arreia, arreia, arreia, arreia. O povo está na rua e Bolsonaro na cadeia”. Quadra após quadra, policiais militares mantiveram a vigilância sobre os manifestantes. Os agentes formaram um cordão nas calçadas, empunhando escudos. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública esclareceu que o policiamento foi reforçado na Avenida Paulista e na Praça Oswaldo Cruz, por meio das equipes da Força Tática, do Comando de Choque e dos batalhões de Ações Especiais. Os policiais fizeram o patrulhamento tanto a pé quanto em motocicletas e viaturas para garantir a segurança. As equipes do Comando de Policiamento de Trânsito também atuaram, em apoio à Companhia de Engenharia de Tráfego, para assegurar o fluxo viário. Além disso, a Base Comunitária Móvel foi posicionada na Praça Oswaldo Cruz para adequar melhor o espaço a fim de proteger os manifestantes. Source link
Pesquisa Ipec: Governo Lula é considerado bom por 40%; 25?ham ruim
Levantamento foi realizado entre os dias 1º e 5 de setembro, presencialmente, com 2.000 eleitores, em 127 municípios; margem de erro é 2 pontos para mais ou para menos O terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerado ótimo ou bom por 40% dos brasileiros acima de 16 anos, segundo pesquisa Ipec divulgada nesta quarta-feira (6). Para 32% dos entrevistados, a administração é regular; 25% consideram-na ruim ou péssima. Não sabem ou não responderam são 3%. O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 5 de setembro, presencialmente, com 2.000 eleitores, em 127 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A avaliação ótima ou boa do governo Lula é mais expressiva entre: Os eleitores que declararam ter votado no presidente em 2022: 70% Os menos instruídos: 54% Quem possui renda familiar mensal de até 1 salário mínimo: 49% Eleitores com 60 anos ou mais: 48% Moradores da região Nordeste: 48% A avaliação ruim ou péssima é maior entre: Eleitores que declararam ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022: 53% Quem possui renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos: 39% Moradores da região Sul: 35% Maneira que Lula está governando A maneira como o presidente Lula está governando é aprovada por 56% dos brasileiros e desaprovada entre 39%. Não sabem ou não responderam são 6%. Entre os que consideram a administração do petista como regular, 52% aprovam a maneira de governar, 38% desaprovam e 10% não opinam. A aprovação da maneira de governar do presidente Lula se destaca entre: Quem considera ótima ou boa sua gestão: 96% Os que declararam ter votado em Lula na eleição de 2022: 89% Os menos instruídos: 68% Aqueles que vivem na região Nordeste: 67% Eleitores com 60 anos ou mais: 65% Quem possui renda familiar mensal de até 1 salário mínimo: 65% Confiança em Lula Pergunta: O (a) sr (a) confia ou não confia no presidente Lula? (Estimulada – %) Confia: 50% Não confia: 47% Não sabe/não respondeu: 4% A confiança em Lula é maior entre: Os que consideram ótima ou boa sua gestão: 91% Aqueles que declaram ter votado em Lula na eleição de 2022: 86% Quem vive na região Nordeste: 62% Os menos instruídos: 66% Aqueles com renda familiar de até 1 salário mínimo: 61% Eleitores com 60 anos ou mais: 60% Os católicos: 56% A desconfiança em Lula é maior entre: Os que avaliam como ruim ou péssima a sua administração: 98% Os que afirmam ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022: 85% Quem possui renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos: 60% Moradores da região Sul: 57% Os evangélicos: 55% Eleitores com ensino médio: 55% Aqueles que avaliam como regular a sua administração: 54% Expectativa sobre a situação econômica Pergunta: E daqui a seis meses, o(a) sr(a) acredita que a situação econômica do Brasil estará melhor, igual ou pior do que hoje? (Estimulada – %) Melhor: 51% Pior: 27% Igual: 18% Não sabe/não respondeu: 4% Por: CNN Fonte
G20: depois de favelas e macacos, Nova Delhi remove cães das ruas
Centenas de cães que vagam pelas ruas da capital Indiana, Nova Déli, estão sendo recolhidos pelas autoridades e levados para abrigos antes da cúpula do G20. O encontro ocorrerá nesta semana. As autoridades já limparam favelas da cidade e colocaram imitações de languros (espécie de macaco) para espantar macacos dos espaços públicos antes do evento. O encontro do G20 levará a maior delegação de líderes mundiais da história à capital indiana. Entre os presentes estarão os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Joe Biden, dos Estados Unidos; o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak; o príncipe saudita, Mohammed Bin Salman; o premiê canadense, Justin Trudeau; e o premiê japonês, Fumio Kishida. As autoridades da capital negam que a remoção tenha a ver com o encontro. Contudo, ambulâncias que estão sendo usadas na captura dos animais foram vistas e exibiam uma placa que dizia: “A serviço do G20”. O território da capital tem mais de 60 mil cães de rua, de acordo com dados do governo. Eles são alimentados e cuidados pela população de mais de 20 milhões de pessoas, mas casos de ataque contra humanos são raros. A prefeitura emitiu em agosto uma ordem para remover os cachorros “das proximidades de locais à vista do encontro do G20”. A ordem, porém, foi retirada dois dias depois, em meio a críticas. Mais de mil animais já foram capturados em regiões próximas do aeroporto e do local do encontro. Testemunhas viram a prefeitura removendo cães, usando varas com um laço em uma das pontas. Em seguida, os animais eram arrastados para as ambulâncias. “O que a Índia está fazendo é irônico, dado que o tema do G20 é uma terra, uma família, um futuro. É hipócrita falar de um futuro compartilhado quando não damos espaço nem para essesseres”, disse Ambika Shukla, da organização não governamental People for Animals. A administração municipal afirmou em comunicado que os cães estão sendo rastreados e serão devolvidos à região onde foram capturados. Ela não deu um prazo, contudo: “Todos os cachorros estão a salvo e confortáveis, com ajuda veterinária para avaliá-los”. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Fonte
Grito dos Excluídos em SP faz manifestação no Parque Ibirapuera
Movimentos sociais realizam hoje (7) o 29° Grito dos Excluídos e Excluídas, que, este ano, tem como lema Você tem fome e sede de quê?. Os manifestantes na capital paulista já se concentram na Praça Oswaldo Cruz e devem seguir, em marcha, para o Parque Ibirapuera, perfazendo um trajeto de cerca de 3 quilômetros. Nessa primeira hora, uma liderança mencionou, ao microfone, durante seu discurso, que o protesto deixou de ser feito nos últimos dois anos. O motivo, enfatizou, foi “a violência, a intimidação”, sugerindo que o clima de animosidade contra os movimentos populares foi estimulado pelo governo de Jair Bolsonaro. Outra liderança, uma mulher, afirmou que agentes de segurança pública tentaram impedir a realização do ato, hoje, aspecto que a Agência Brasil questionou à Secretaria da Segurança Pública, sem ainda ter retorno. Durante a concentração, um efetivo de cerca de 30 agentes faz o policiamento do local. Com carro de som e bandeiras, os manifestantes defendem o nome de Guilherme Boulos para a prefeitura da capital nas eleições de 2024. Coordenadora do Movimento de Moradia na Luta por Justiça (MMLJ), Ivanete Araújo disse que a pandemia de covid-19 evidenciou a fragilidade da parcela da população à qual pertence, mas que, por outro lado, o período fortaleceu a articulação dos movimentos sociais. “É super importante esse movimento na rua, o ato, fazer esse balanço diferente. Nesta data, deveríamos estar comemorando casas para todos, principalmente para a população em situação de rua, as mães solo, a conquista de emprego, creche para os nossos filhos, não sermos criminalizados porque fazemos luta em prol da moradia”, argumenta. “A favela aumenta, as mortes aumentam, os nossos irmãos negros sendo condenados, a criminalização dos movimentos sociais. Esperamos que através do nosso ato a gente consiga, sim, chegar aos direitos que deveriam ser de todos”, acrescentou. Privatizações em SP Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador da Pastoral Operária, Paulo Pedrini, disse que a reivindicação deste ano é justiça social para todos. Ele pontua que alguns pontos do município de São Paulo, em específico, como a área conhecida como Cracolândia, de onde partem muitas denúncias sobre violência policial contra usuários de drogas, têm chamado a atenção para o direito à cidade, que deveria ser garantido a todas as pessoas. “São Paulo está passando por um momento bem delicado. Houve cerceamento de alguns espaços”, afirma. Além da denúncia do genocídio negro e do pedido pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o movimento pede o fim das privatizações no estado. Segundo Pedrini, ao passar o controle de empresas para as mãos da iniciativa privada, frequentemente, o que se observa é a piora dos serviços. Em muitos casos, a alta de preços cobrados da população também acompanha a queda na qualidade do serviço prestado. Na última terça-feira (5), movimentos se articularam para lançar, na sede do Sindicato dos Bancários, um plebiscito que marca posição contrária à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). “A gente vai estar discutindo isso com a população e coletando votos, no Grito dos Excluídos”, explica Pedrini. A organização do protesto também realiza um café da manhã para pessoas em situação de rua, na Praça da Sé, coletando, ainda, roupas, sapatos e alimentos no local. O padre Julio Lancellotti participa da ação. Source link
Câmara Cidadã: a uma semana da 3ª edição, moradores da zona norte celebram programação com serviços gratuitos
Evento acontece nos dias 14 e 15 de setembro, no Centro de Convivência Padre Pedro Vignola, na Cidade Nova Faltando uma semana para a realização da 3ª edição da Câmara Cidadã, na zona norte da capital, moradores e comunitários vivem um sentimento de alegria e expectativa para o projeto. O evento, promovido pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) acontece nos dias 14 e 15 de setembro, levando serviços gratuitos ao Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, no bairro Cidade Nova. Líder comunitária do conjunto Cidadão 6 e moradora da zona norte há 14 anos, Leuda Farias, de 47 anos, conhece de perto as necessidades da população da área e do bairro Cidade Nova, o mais populoso da capital. Por conta disso, ela afirma que decidiu solicitar formalmente a ida do projeto à zona pela demanda dos moradores. “Nós fomos para o Povos da Amazônia (onde ocorreu a 2ª edição) solicitar para que viesse para a zona norte, devido ser a maior zona da capital com várias comunidades, vários conjuntos, bairros adjacentes. Nossa zona ainda é carente desses atendimentos”, contou Leuda, ao falar da expectativa para a Câmara Cidadã. “A expectativa está sendo grande. A comunidade estará vindo em peso, viabilizando nos grupos, fazendo um comercial bom para que a comunidade venha em peso para os atendimentos aqui no centro de convivência”, afirmou a moradora do conjunto Cidadão 6. O líder comunitário do bairro Riacho Doce, também na zona norte, Jairon Ferreira, 42, também compartilha do mesmo sentimento. Ele relembra o sucesso das antigas edições, ocorridas nas zonas leste e sul. “É uma expectativa da nossa zona, do meu bairro, que a Câmara Cidadã viesse para cá. A gente viu o projeto nas zonas sul e leste e deu muito certo. Acredito que aqui também dará certo. Esse contato é muito importante da comunidade com os vereadores porque a Câmara está vindo para dentro da comunidade. Isso é muito importante”, observou. Câmara Cidadã – A terceira edição da Câmara Cidadã vai acontecer no Centro Estadual de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, localizado na rua Tupinambá, bairro Cidade Nova, das 8h às 17h. A novidade desta edição é uma programação noturna com aulas de ginástica, dança e outras modalidades. A Câmara Cidadã foi idealizada pelo atual presidente da CMM, vereador Caio André (Podemos), visando aproximar o parlamento municipal dos bairros da cidade. Os serviços são gratuitos e disponibilizados por meio de parcerias firmadas com órgãos e entidades, tanto da iniciativa pública quanto privada. “É uma determinação do presidente da Câmara, vereador Caio André e dos outros vereadores de sempre superarmos cada edição, tanto o número de atendimentos quanto o de serviços que serão oferecidos para a população. As expectativas são as melhores possíveis. A gente acredita que vai bater o recorde de todas as outras edições na zona norte de Manaus”, afirmou o diretor de Projetos Especiais da CMM, André Galvão. Para a 3ª edição, estarão mantidos os gabinetes rotativos dos vereadores e a Tribuna Popular para recebimento de demandas dos moradores do bairro. As duas edições do projeto Câmara Cidadã, promovidas pela CMM, totalizaram mais de 17 mil atendimentos oferecidos de forma gratuita para a população da capital. Fotos: Divulgação Dicom
Sob censura, surto de meningite foi um dos primeiros desafios do PNI
A organização do Programa Nacional de Imunizações (PNI) dava seus primeiros passos após sua criação, em 1973, quando o Brasil enfrentou uma de suas mais graves crises de saúde pública do século 20, a epidemia de meningite meningocócica, com 67 mil casos entre 1971 e 1976, sendo 40 mil apenas no estado de São Paulo. Doença grave e imunoprevenível, a meningite bacteriana pode causar infecções generalizadas, as meningococcemias, que têm alta letalidade e deixam sequelas permanentes como amputações de membros. Hoje integrante da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações do Estado de São Paulo, Guido Levi já era médico na época e lembra que a doença provocou cenas difíceis de esquecer. Médico Guido Levi conta que ditadura militar tentou ocultar gravidade da epidemia de meningite – Divulgação/SBIM “Foi uma época terrível. O Hospital Emílio Ribas, que era o principal hospital de isolamento em São Paulo, chegou a ter crianças internadas no pátio. Um hospital que normalmente tinha 180, 200 leitos ocupados, chegou a ter mais de mil crianças. Como não cabiam mais nas enfermarias, ficaram no estacionamento, no pátio. Felizmente, isso foi controlado. Hoje, temos um controle dessa doença com a vacinação.” A situação se agravou com a censura da ditadura militar, que tentou abafar a gravidade da epidemia e só começou a agir quando não havia mais como controlá-la. “Em determinado momento não deu mais para ocultar, porque a coisa foi explosiva. Mas se tentou ocultar. Isso ocorreu historicamente com muitas doenças, desde a antiguidade. Hoje, felizmente, a população está informada da existência da vacina e o número de casos caiu demais”, conta Levi. Autoritarismo criminoso Pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz e presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), o historiador Carlos Fidelis Ponte classifica como autoritária, criminosa e burra a tentativa de censura por parte da ditadura militar a uma doença que precisava ser contida por medidas preventivas. “Era uma época em que se falava do Brasil grande, Brasil potência, do Brasil do futuro, desenvolvido. E o Geisel ainda tinha força, não estava na mesma crise que o Figueiredo. Então, eles procuraram censurar a existência de uma epidemia em São Paulo. Essa foi a coisa mais burra que existiu, porque, quando você censura, você censura inclusive para a máquina estatal. A máquina que deveria combater também não sabe da existência. E a população não se prepara. Isso faz com que a doença tenha campo livre, aumente o número de casos e o raio de ação. Foi uma tentativa autoritária, burra e criminosa, porque fez com que a doença se expandisse mais rapidamente e atingisse um número maior de pessoas.” Naquela época, o Brasil não produzia a vacina contra a doença, e, quando não foi possível mais esconder a epidemia, foi preciso comprar às pressas não um número de doses para conter a expansão de casos em São Paulo, mas uma quantidade que pudesse enfrentar um surto já de proporções nacionais. “O Brasil precisou importar uma quantidade de vacinas que não existia em produção no mundo. Os franceses precisaram construir uma nova fábrica para atender à demanda do Brasil.” O economista Vinícius da Fonseca, na época na Secretaria de Planejamento (Seplan), conseguiu nessa negociação com o Instituto Pasteur, na França, a inclusão da transferência de tecnologia da vacina contra o meningococo. Foi a partir disso que, em 1976, foi criado o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), com Fonseca na presidência da Fiocruz, para incorporar e nacionalizar tecnologias existentes no mundo em prol do PNI e, futuramente, do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, o Programa Nacional de Imunizações completa 50 anos. “Ele é o primeiro a usar o poder de compra do Estado para gerar emprego, desenvolvimento científico e reduzir a dependência. Isso inaugurou uma estratégia política que alimentou Bio-Manguinhos durante anos e alimenta até hoje”, destaca o historiador. A produção nacional começou a chegar aos brasileiros em 1977, ano em que os casos se normalizaram, em parte pela vacinação e em parte pelo grande número de infectados pela bactéria. Hoje, a meningite meningocócica é considerada uma doença controlada pela vacinação. Para crianças e adolescentes Disponível no PNI, a vacina meningocócica C conjugada deve ser administrada com duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, e requer ainda uma dose de reforço aos 12 meses. O Sistema Único de Saúde oferece ainda a vacina meningocócica ACWY a adolescentes de 11 a 14 anos de idade. O Brasil teve uma queda expressiva no número de casos da doença desde que adotou a vacina no SUS, em 2010. A queda da cobertura nos últimos anos, porém, traz um alerta, porque a doença não parou de circular. A meningite é uma doença causada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, o que se dá por meio da infecção causada principalmente por vírus ou bactérias. Ao todo, o SUS oferece sete vacinas contra a meningite, que é considerada uma doença endêmica no país. Isso significa que são esperados casos ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. Segundo o Ministério da Saúde, a ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono e no inverno, e a das virais, na primavera e no verão. SUS oferece sete vacinas contra a meningite – Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF Bactéria agressiva A bactéria meningococo C é considerada agressiva e pode levar à morte em menos de 24 horas, mesmo quando diagnosticada e tratada. Nesses casos mais agudos, a infecção pode ir para o sangue e se tornar generalizada, causando a chamada meningococcemia. Isabela Ballalai destaca importância da vacinação de bebês contra meningite – SBIm A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Ballalai, explica que a meningite meningocócica está entre as mais graves, por ser uma doença que chega a causar a morte de 20% dos pacientes e a deixar um em cada cinco com sequelas importantes, como amputações de braços e pernas e danos neurológicos irreversíveis. “As meningites por bactérias são as mais graves, e as
Série D: Caxias-RS enfrenta Ferroviário-CE em casa, no 1º jogo da semi
Caxias-RS e Ferroviário-CE fazem na tarde deste feriado a primeira partida da semifinal da Série D do Campeonato Brasileiro. Ambos asseguraram no último fim de semana o tão sonhado acesso à Série C do ano que vem. A meta agora é avançar à final para brigar pelo título. O duelo às 15h (horário de Brasília) no Estádio Centenário, terá transmissão ao vivo da TV Brasil, direto de Caxias do Sul (RS). 🇳🇱 HOJE É #DiaDeGrená! 🇳🇱 Nosso reencontro com a torcida grená no Centenário depois do acesso é com jogo decisivo! VAMOS CAXIAS! ⚽ Ida (Semifinais)📝 Quinta-feira (07)🆚 Ferroviário A.C.⌚ 15h🏟️ Estádio Centenário📺 F.Sports TV e TV Brasil pic.twitter.com/SPQXXsCagj — S.E.R. Caxias (@sercaxias) September 7, 2023 A equipe gaúcha, conhecida como Grená do Povo, se classificou à semi no último sábado (2), fora de casa, com um gol salvador de pênalti, cobrado pelo atacante Eron, aos 38 minutos da etapa final, no duelo de volta contra a Portuguesa-RJ. No jogo de ida, o Caxias havia empatado em 1 a 1. No caminho até as quartas de final, o Grená do Povo eliminou Ceilândia-DF (oitavas) e Inter de Limeira-SP (segunda fase). Na fase de grupos, o time gaúcho terminou na segunda colocação do Grupo 8, atrás do Hercílio Luz-SC. Entre os desfalques do Caxias nesta tarde está o zagueiro Fernando, que além de suspenso pelo terceiro cartão amarelo, também fraturou o nariz na última partida. Outra baixa na defesa será Erik Henrique, que se recupera de uma lesão muscular na coxa. Em contrapartida, o time contará mais uma vez com o decisivo do atacante Eron, maior artilheiro desta edição da série D, com 14 gols. O Ferroviário além de seguir invicto na competição, tem a melhor campanha geral. Entre os semifinalistas, possui o melhor ataque e a melhor defesa. O Tubarão da Barra eliminou nas fases anteriores os seguintes times: Maranhão-MA, Nacional-PB e Princesa do Solimões-AM. A equipe confia muito em seu goleador, o atacante Ciel, que marcou 10 vezes durante a competição. Comandado pelo técnico Paulinho Kobayashi, o time cearense busca o bicampeonato da Série D, após ter sido campeão em 2018. Nenhum clube até hoje venceu a competição mais de uma vez. A partida de volta está marcada para o próximo domingo (10), às 17h30, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.. * Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano. Fonte
‘Colapso climático começou’: 2023 se encaminha para ser o ano mais quente já registrado na história do planeta
“O colapso climático começou”, lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, diante da declaração feita pelo observatório europeu Copernicus, apontando 2023 como o ano mais quente da história. Nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado. Mas o recorde deve ser superado em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático ‘El Niño’ no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento. “Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (…) que a humanidade já conheceu”, declarou Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus. “Os três meses que acabamos de vivenciar foram os mais quentes em quase 120 mil anos, ou seja, desde o início da história da humanidade”, afirmou. As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no hemisfério norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas. “Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta”, afirmou em um comunicado. “Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis”, acrescentou. Ondas de calor, secas, inundações e incêndios têm sido registradas em todas as partes do mundo, com Ásia, Europa e América do Norte sofrendo durante o verão boreal em proporções dramáticas e, em alguns casos, sem precedentes, com mortes e danos elevados para as economias e o meio ambiente. O hemisfério sul também está sendo afetado, em pleno inverno, por recordes de calor e fenômenos atípicos. A estação junho-julho-agosto 2023 obteve temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius, segundo o observatório europeu Copernicus. O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior – quase dois décimos – ao recorde anterior de 2019. Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agora agosto tornou-se o segundo, detalhou o Copernicus. Desde abril, a temperatura média de superfície dos oceanos registra níveis de calor inéditos. “De 31 de julho a 31 de agosto, esta temperatura superou todos os dias o recorde anterior, de março 2016”, destacou o Copernicus, atingindo a marca simbólica inédita de 21°C, muito acima de todos os números registrados até então. “O aquecimento dos oceanos leva ao aquecimento da atmosfera e ao aumento da umidade, o que provoca chuvas mais intensas e um aumento da energia disponível para os ciclones tropicais”, alerta Burgess. O superaquecimento também afeta a biodiversidade: “Há menos nutrientes no oceano e menos oxigênio, o que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora”. Os humanos e os seres vivos também são ameaçados pela poluição atmosférica, agravada pelos incêndios e ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes, advertiu a Organização Meteorológica Mundial (OMM). “O aquecimento climático continua porque não paramos de queimar energias fósseis. É muito simples”, reagiu a climatologista Friederike Otto. A rede científica World Weather Attribution (WWA) calcula que as ondas de calor de julho na Europa e América do Norte foram 2,5°C e 2°C mais quentes devido às emissões de energias fósseis. Ondas de calor geram ‘poção diabólica’ As ondas de calor, mais intensas e frequentes devido à mudança climática, geram uma “poção diabólica” de poluentes que ameaçam os seres humanos e todos os seres vivos, alertou a ONU. As camadas de fumaça causadas pelos incêndios que cobriram Atenas e Nova York são a parte mais visível da poluição atmosférica causada pelas ondas de calor, mas na realidade desencadeiam uma série de processos químicos muito mais perigosos para a saúde. “As ondas de calor deterioram a qualidade do ar, com repercussões na saúde humana, nos ecossistemas, na agricultura e na nossa vida cotidiana”, afirmou o secretário da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, na apresentação do boletim sobre qualidade do ar e clima. Nova York com fumaça vinda do Canadá │David Dee Delgado / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP “A qualidade do ar e o clima estão interligados porque os compostos químicos que os afetam estão relacionados, porque as substâncias responsáveis pela mudança climática e pela degradação da qualidade do ar são frequentemente emitidas pelas mesmas fontes e porque as alterações em um conduzem inevitavelmente a alterações no outro”, enfatizou a OMM. Um estudo recente do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EPIC) estabeleceu que a poluição por partículas finas – emitidas por veículos motorizados, indústria e incêndios – representa “a maior ameaça externa à saúde pública” em todo o mundo. A mudança climática e a qualidade do ar “andam de mãos dadas e devem ser combatidas em conjunto para quebrar este círculo vicioso”, afirmou o responsável da OMM, alertando que embora o relatório trate de dados de 2022, “o que vemos em 2023 é ainda mais extremo”. Por: Jovem Pan Fonte
Rock nacional de Biquini invade ‘#SouManaus 2023’ e encerra segunda noite com apresentação memorável
O maior festival de artes integradas da região Norte, o “#SouManaus Passo a Paço 2023” é palco para todas as expressões culturais e ritmos musicais. Um dos estilos mais apreciados pelo público manauara, o rock contou com artistas locais e com os representantes já consagrados no cenário nacional, como a banda Biquini, que fez um show memorável nesta quarta-feira, 6/9, para encerrar a segunda noite do Palco Amazona. Tocando um repertório que reúne o melhor do rock, pop nacional e internacional, a banda Overload, uma das mais antigas em atuação no rock amazonense, ganhou a galera que esteve presente no palco Amazona, o segundo maior do festival. A vocalista Ana Terra agradeceu a oportunidade de se apresentar na megaestrutura do “#SouManaus”. “O festival está gigante e muito bonito, nem se compara com a primeira edição. Estou bem surpresa e ao mesmo tempo feliz com um evento como esse, no centro da nossa capital, que reúne artistas e a população de várias zonas da cidade. Só tenho a parabenizar o prefeito David Almeida pela iniciativa”, disse Ana. Com 38 anos de uma carreira de sucesso, a banda Biquini foi a grande atração da noite no Amazona e não desapontou o público. Com músicas que marcaram a geração dos anos 80, o grupo traz no setlist clássicos como “Tédio”, “Vento Ventania” e “ Quando eu te encontrar”, que o consagrou no cenário do rock nacional. Conhecido por ter uma performance animada e de grande intimidade com o público que só anos de estrada proporcionam, o vocalista Bruno Gouveia, contou sobre a apresentação embalada por canções que contam a história de uma das maiores bandas do país. “Eu estou muito feliz de estar aqui e tenho lembranças ótimas de vários shows que já fizemos em Manaus. Está um clima gostoso e a noite será uma viagem no tempo na nossa história, desde a primeira música que fizemos, e vamos lembrar grandes sucessos do Biquini e fazendo reduções de algumas gravações de colegas do rock, o pessoal vai curtir bastante”, ressaltou o vocalista do Biquini, Bruno Gouveia. Uma legião de fãs aguardava ansiosa pelo show da banda Biquini, que subiu ao palco pouco mais das 22h40. De casais mais velhos aos jovens, a apresentação dos cariocas uniu o público, que não perdeu a oportunidade de ver os ídolos de perto e curtir os clássicos. O advogado Rainey Gomes, de 44 anos, contou que conheceu a banda carioca na adolescência e que as músicas do Biquini têm uma relação importante na sua vida. “Está sendo uma experiência maravilhosa essa noite, porque eu curto o Biquini há mais de 20 anos, uma das melhores do rock nacional para mim. Então, está sendo incrível e muito especial”. Quem também marcou presença na noite do “rock” no palco Amazona, foi a pedagoga Angela Oliveira, de 52 anos, que veio do município de Manacapuru para participar pela primeira vez no “#SouManaus 2023”. “Amei o festival, tudo bem organizado e estruturado, está ótimo ouvir bandas dos anos 80. Quem ainda não veio está perdendo um espetáculo”. No meio da galera também estava a dentista e empresária Sorene Veloso, de 57 anos, acompanhada do marido e amigos. Acumulando mais uma ida ao evento, ela destacou a diversidade do maior festival de artes integradas do Norte. “Acho que tem que continuar com essa pegada, porque atinge todos os públicos. A gente é mais velhos e o festival atendeu as nossas expectativas, estamos relembrando a nossa adolescência, ouvindo Lobão e Biquini, que eu amo.” Fonte