Operação Paz: Homem é preso com duas espingardas em quarto de quitinete em Presidente Figueiredo
Um homem de 20 anos foi preso, na noite desta quinta-feira (21/09), pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio de policiais da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), em cumprimento da operação Paz, na Vila de Balbina, em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus). Na quitinete utilizada pelo suspeito, a polícia apreendeu duas espingardas calibre 20 e 22. A prisão de Diego Oliveira da Costa foi registrada por volta das 21h, no momento em que os policiais da 7ª CIPM estavam em patrulhamento na Rua Carauari. No deslocamento, a equipe viu o momento em que o suspeito saía da vila de quitinete e ao notar a presença da polícia, apresentou nervosismo. Durante revista, os policiais não encontraram nada de ilícito com o suspeito. À polícia, Diego informou que morava com a namorada na quitinete. Ao ter olhado por uma fresta da porta, a equipe da 7ª CIPM identificou as armas. Aos policiais, o suspeito confirmou ser o dono das armas, sendo duas espingardas calibre 20 e 22. Diego foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e apresentado no 37º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Operação Paz A operação Paz, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foi desencadeada no último dia (1º/09), no Amazonas e em outros 11 estados da federação e tem como foco a redução dos crimes de Morte Violenta Intencional (MVI) e o tráfico de drogas. No Amazonas, a ação acontece nas cidades de Iranduba, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Tabatinga, Rio Preto da Eva, Coari, Itacoatiara e Parintins com reforço no policiamento já existente com tropas das policiais Civil (PC-AM) e Militar (PMAM). As ações contam, ainda, com o apoio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC). FOTOS: Divulgação/SSP-AM Fonte
Número recorde de imigrantes segue em direção à fronteira dos EUA
Milhares de imigrantes entraram nos Estados Unidos (EUA) nos últimos dias, da Califórnia ao Texas, e muitos estão chegando de ônibus e trens de carga à fronteira com o México, em meio a fluxos migratórios recordes procedentes do sul. O crescimento de imigrantes na fronteira, principalmente na cidade californiana de San Diego e nas texanas El Paso e Eagle Pass, marca nova tendência, depois de os números terem caído nos últimos meses e pode criar desafios políticos para o presidente norte-americano Joe Biden antes da eleição presidencial do ano que vem. Em maio, Biden lançou nova política para impedir as entradas ilegais, incluindo a deportação de imigrantes e o impedimento da reentrada por cinco anos, em momento no qual seu governo lidava com números recordes de fluxo migratório. Com um mês de implementação, as medidas mais restritivas diminuíram o cruzamento da fronteira em cerca de 70%. Mas o recente aumento de chegadas a regiões fronteiriças, associado a maior número de pessoas em direção ao norte, procedentes das américas Central e do Sul, por meio de perigosos trens de carga no México, sugerem que os efeitos dissuasivos estão perdendo força. Especialistas dizem que falta capacidade aos EUA de prender e processar os imigrantes na fronteira, tornando praticamente impossível para as autoridades aplicar as penalidades anunciadas em maio. Assim, alguns imigrantes detidos ficam no país à espera de audiência judicial, em vez de serem deportados. “O governo desenhou uma estratégia esperta, mas não tem os recursos ou a capacidade de implementá-la”, afirmou Andrew Selee, chefe do Migration Policy Institute. O presidente mexicano, André Manuel López Obrador, criticou nessa quinta-feira a falta de um plano internacional para ajudar os países a tirarem seus cidadãos da pobreza, evitando assim a principal causa da imigração. Ele elogiou Biden por criar vias legais para as pessoas que entram ilegalmente nos EUA, mas ressaltou que elas precisam ser ampliadas. Em Tijuana, na fronteira com San Diego, dezenas de pessoas se preparavam para passar a noite no chão antes de audiências na manhã do dia seguinte, agendadas por meio de um aplicativo chamado CBP One, para entrarem nos EUA e pedirem asilo. Mas nem todos estão dispostos a esperar. “A família da minha esposa e outras pessoas que vieram ao México comigo disseram que cruzaram (sem audiência) e nada aconteceu”, afirmou o venezuelano Oscar Suarez, de 27 anos, sentado em uma praça perto da fronteira com sua mulher grávida, o filho de dois anos e dois irmãos. Ele afirmou que prefere usar a mesma estratégia em vez de esperar pelo aplicativo, cuja demanda supera com folga as 1.450 vagas diárias de audiências. “Nosso dinheiro acabou e não temos nada para comer. Todos os abrigos de Tijuana estão cheios. Precisamos fazer algo”, afirmou. Muitos imigrantes que optaram por cruzar a fronteira sem as audiências foram forçados a esperar entre dois muros. Além disso, um número sem precedentes de imigrantes entrando no México é oriundo de outros continentes, pois a chegada aos EUA pela fronteira sul se tornou rota migratória global. O número de imigrantes africanos registrado pelas autoridades mexicanas neste ano é três vezes maior do que a observada em todo o ano de 2022. “É estrutural, um problema mais profundo. Há uma crise exacerbada e global em muitos países. As pessoas não querem deixar suas casas porque querem, fazem isso porque precisam”, disse o presidente mexicano. *(Reportagem adicional de Adrees Latif, Jose Luis Gonzalez, Mike Blake e Ted Hesson) *É proibida a reprodução deste conteúdo. Fonte
Envelhecimento da população vai demandar mais vacinas para idosos
O continente americano e o Brasil estão envelhecendo mais rápido do que a média mundial, e a ampliação do acesso dos idosos à vacinação é um dos instrumentos para a garantia de uma velhice saudável e autônoma, alertam especialistas que discutiram os calendários de rotina de vacinação da terceira idade na Jornada Nacional de Imunizações. Além de hábitos saudáveis, estar vacinado evita que infecções causem estresse no organismo e desencadeiem problemas que podem até mesmo se tornar crônicos. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completou 50 anos neste mês, oferece um calendário específico para essa população. Além das vacinas contra hepatite B e difteria e tétano, que são recomendadas desde a infância e podem ser administradas também nas faixas etárias superiores, idosos acamados ou em abrigos também devem receber a vacina pneumocócica 23-valente. Pessoas acima de 60 anos também precisam ser avaliadas caso precisem receber vacinas como a tríplice viral e a febre amarela, que têm a tecnologia de vírus vivo atenuado. Além disso, as campanhas anuais contra a influenza e a vacinação contra a covid-19 são consideradas prioritárias para essa população. Do ponto de vista individual, o idoso pode ter recomendações adicionais de vacinação, no caso de condições específicas de saúde, o que inclui doenças crônicas frequentes como o diabetes. Nesse caso, deve-se procurar um médico que encaminhe o paciente para os Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE). Assessora de imunizações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Lely Guzman, destaca que a vacinação dos idosos estava entre as preocupações da organização ao instituir a Década do Envelhecimento Saudável entre 2021 e 2030. No fim desse período, uma em cada seis pessoas no continente americano terá mais de 60 anos. “Há uma baixa prioridade do envelhecimento nas políticas públicas”, aponta Lely. “Os calendários de vacinação ainda são muito pequenos perto de todo o desafio e das vacinas que podem ser úteis para os idosos”. Infecções respiratórias A geriatra Maisa Kairalla, professora da Universidade Federal de São Paulo, destaca que as infecções respiratórias, como a influenza, o vírus sincicial respiratório e a covid-19 estão entre as maiores ameaças que podem ser prevenidas por vacinas. “É muito difícil um idoso ter uma doença que o leve a ficar 15 dias na UTI e sair do hospital como chegou. É preciso muito cuidado, e, com isso, há perda da qualidade de vida, da autonomia e maior chance de reinternação”. Mesmo sendo prevenível por vacina no Brasil desde a década de 1990, o vírus Influenza faz 70% de suas vítimas entre a população idosa. Além de internação e morte, essa doença também pode descompensar doenças crônicas como cardiopatias e diabetes e causar acidentes vasculares. O risco de morte por gripe chega a ser 20 vezes maior entre pessoas que acumulam cardiopatias e doenças pulmonares, condições frequentes entre idosos que foram ou são fumantes. Já o vírus sincicial respiratório, apesar de estar entre as maiores causas de internação por síndrome respiratórias em bebês, faz a maior parte das vítimas fatais entre os idosos. As primeiras vacinas e anticorpos monoclonais contra esse vírus só começaram recentemente a ser adotadas nos Estados Unidos, e, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa o pedido de registro da farmacêutica Pfizer. Presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi conta que já era conhecida a importância desse vírus para a saúde da criança, mas avança cada vez mais a constatação de que ele é perigoso para os idosos. “É algo novo. A gente já conhece muito bem a carga da doença em crianças, mas a gente não conhecia tão bem assim a importância desse agente para os adultos. E hoje os adultos mostram que ele é um agente que pode impactar na população de adultos e principalmente nos indivíduos de maior idade, principalmente acima dos 70 anos”. Herpes Zoster Outra doença que pode comprometer gravemente a qualidade de vida de idosos é o herpes zoster, uma manifestação do mesmo vírus da catapora, o varicela, que fica alojado no corpo ao longo da vida e volta a causar sintomas após a velhice, porém com um quadro diferente da catapora. A incidência dessa doença chega a ser de 50% entre os idosos que chegam aos 85 anos de idade, segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC). A vacinação contra a herpes zoster no Brasil só está disponível em clínicas privadas, em versões inativada e atenuada, e a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda a vacina para pessoas com mais de 50 anos ou imunocomprometidos com ao menos 18 anos. Além de dores severas, a doença pode causar cegueira, paralisia facial e dores crônicas, que podem se estender por anos. Quanto mais idoso for o paciente acometido, maior é a chance de esse quadro crônico permanecer. Vacinação especial A SBIm recomenda ainda que todos os idosos busquem a vacinação contra os pneumococos, por meio das vacinas pneumocócica valente 13 e 15, também disponíveis apenas nas clínicas particulares. Apesar do nome, essas bactérias não provocam apenas casos de pneumonia, e estão associadas a infecções inclusive nas meninges, além de quadros de sepse. A inclusão de vacinas que estão somente nas clínicas privadas no Programa Nacional de Imunizações depende de uma série de fatores, como o custo-benefício para a saúde pública e a garantia de que estarão disponíveis de forma contínua ao longo dos anos. Além de recursos para comprar, é preciso ter a certeza de que os fabricantes vão ter a oferta. O diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, explica que o cenário ideal é, a partir de uma avaliação da epidemiologia de cada doença e da viabilidade dos preços oferecidos pelo mercado, construir uma agenda de incorporação dessas tecnologias para a produção nos laboratórios públicos. “Estamos em uma fase de vacinas que agregam muita tecnologia e acabam tendo um custo muito alto. Consequentemente, temos um impacto orçamentário muito alto para poucas doses. Então, o processo de incorporação tecnológica precisa ser muito bem pensado. Não dá para fazer
STF julgará descriminação do aborto no plenário presencial
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai iniciar no plenário físico o julgamento sobre a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. A data ainda não foi marcada. O julgamento do caso foi iniciado na madrugada desta sexta-feira (22) no plenário virtual da Corte, mas um pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso suspendeu o julgamento. O pedido de destaque é justamente a solicitação para levar para o plenário físico um julgamento que corre em ambiente virtual. A análise do caso no Supremo é motivada por uma ação protocolada pelo PSOL, em 2017. O partido defende que interrupção da gravidez até a 12ª semana deixe de ser crime. A legenda alega que a criminalização afeta a dignidade da pessoa humana e afeta principalmente mulheres negras e pobres. Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos. A ação é relatada por Rosa Weber, que deixará o tribunal na semana que vem ao completar 75 anos e se aposentar compulsoriamente. A ministra será substituída por Barroso, que tomará posse na quinta-feira (28). Fonte