PC-AM prende homem por aplicar estelionato sentimental que gerou prejuízo de mais de R$ 200 mil às vítimas

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), cumpriu mandado de prisão preventiva de um homem, de 31 anos, investigado por aplicar golpes em diversas mulheres, gerando um prejuízo de mais de R$ 200 mil às vítimas. A prisão ocorreu no bairro Centro, zona sul. Conforme o delegado Thomaz Vasconcelos Dias, titular da unidade especializada, três vítimas formalizaram a denúncia contra o indivíduo, que as atraía por meio de aplicativos de relacionamento, ostentando ser uma pessoa bem-sucedida, tendo em vista que algumas vezes fingia ser agente da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) ou oficial da Força Aérea Brasileira (FAB). “Após conquistar a confiança das mulheres, ele as ludibriava para obter vantagens financeiras, sendo que algumas, inclusive, chegaram a realizar empréstimos bancários e financiamento de automóveis em favor do indivíduo”, explicou. Segundo o titular, além do cumprimento do mandado de prisão, na segunda-feira (02/10), foram realizadas buscas nos imóveis vinculados ao homem, que resultaram nas apreensões de equipamentos eletrônicos, celulares e outros itens, que serão periciados a fim de localizar mais materialidades. “Também foi realizado o bloqueio e quebra do sigilo bancário do infrator, visando verificar a destinação dos valores obtidos por ele”, disse. O homem responderá por estelionato e ficará à disposição da Justiça. FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AM. Fonte

Taiwan cancela voos e suspende trabalho com aproximação de tufão

O tufão Koinu se dirigia ao Sul de Taiwan nesta quarta-feira (4), levando chuvas e ventos fortes e causando o cancelamento de mais de 100 voos, bem como a suspensão de trabalhos e escolas. A previsão é que o Koinu atinja a costa sudeste de Taiwan, perto da cidade de Taitung, na manhã desta quinta-feira, como tufão de categoria três, mas depois enfraquecerá ao cruzar a ponta sul da ilha e entrar no Estreito de Taiwan, de acordo com o Tropical Storm Risk. A chuva mais forte cairá nas partes montanhosas e pouco povoadas do condado de Pingtung, no Sul, e nos condados da costa leste de Taitung e Hualien, mas o tufão também afetará a principal cidade portuária do Sul, Kaohsiung. Em Taitung, os pescadores guardaram seus barcos no porto, pois as ondas se tornaram gradualmente mais intensas ao longo da costa leste do território.  “Estamos preocupados que a chuva e o vento sejam muito fortes quando o tufão atingir a costa. Portanto, de nossa parte, reforçaremos a prevenção de tufões e esperamos que os moradores locais fiquem alertas e tomem cuidado”, disse Chen Chia-chen, do Conselho de Assuntos Oceânicos de Taiwan, falando em Taitung. Kaohsiung e a cidade vizinha de Tainan, informaram que suspenderiam o trabalho e as aulas a partir das 18h de hoje e durante todo o dia de quinta-feira. A capital de Taiwan, Taipé, foi atingida por chuvas torrenciais, mas não se espera que seja gravemente afetada. Os escritórios e as escolas permaneceram abertos normalmente. As companhias aéreas taiwanesas cancelaram 87 voos domésticos, enquanto 25 voos internacionais também foram cancelados, informou o Ministério dos Transportes. Depois de passar por Taiwan, o tufão seguirá para as províncias de Guangdong e Fujian, no Sul da China, e depois para Hong Kong, onde é provável que enfraqueça ainda mais e se torne tempestade tropical. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Fonte

SP: região metropolitana registrou mais de 820 chacinas em 40 anos

A cada ano, pelo menos 20 chacinas ou ocorrências em que são registradas três ou mais mortes são praticadas na região metropolitana de São Paulo. É o que mostra levantamento conduzido pela cientista social Camila Vedovello, que apontou, de 1980 a 2020, a ocorrência de 828 homicídios múltiplos nas cidades que compõem a região metropolitana, que inclui a capital. Só no ano de 2015, quando ocorreram os episódios conhecidos como chacinas de Osasco e de Barueri e Pavilhão 9, foram registrados ao menos 15 desses casos entre janeiro e outubro, em todo o estado. Outros momentos que registraram grande número de chacinas, disse a cientista e pesquisadora, foram em 2006, quando ocorreram os chamados Crimes de Maio, e em 2012. “Depois de 2006, tivemos o ano de 2009, com 15 chacinas. Em 2012, teve 24 chacinas. Em 2015, foram 19. E aí elas vêm diminuindo ao longo do tempo”, disse Camila, em entrevista à TV Brasil. Nesse período também ocorreu a maior chacina prisional do Brasil: o massacre ocorrido no Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru, que nesta semana completou 31 anos com saldo oficial de 111 mortos. O levantamento feito por Camila Vedovello foi apresentado em sua tese de doutorado, defendida recentemente no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O trabalho não inclui ainda o massacre ocorrido este ano na Baixada Santista, no litoral paulista, durante a Operação Escudo. “No final de julho, tivemos a Operação Escudo, que diversos setores da sociedade estão chamado de chacina. Essa Operação Escudo aparece como chacina policial, muitas vezes, nas falas de defensores de direitos humanos e de estudiosos do tema de segurança pública. E temos visto também muitas chacinas ocorrendo na Bahia. Mas há uma diferença porque as chacinas que pesquisei eram, em sua maioria, ocorrências quando os agentes de segurança pública estavam de folga ou fora de serviço. Essa era a ilegalidade. Não existia essa ideia de que uma operação vitimasse tantas pessoas”, disse. Segundo Camila, as chacinas não são exceção e atingem principalmente jovens negros e que vivem em periferias. “Elas ocorrem em territórios periféricos, onde há maior concentração de população negra. Essas chacinas são feitas em espaços públicos na maioria das vezes, como becos, vielas, ruas e locais de sociabilidade urbana como padarias, pizzarias e bares”. Em geral, elas também ocorrem com mais frequência no período noturno. Uma das vítimas de uma dessas chacinas foi Fernando Luiz de Paula, 34 anos, filho de Zilda Maria de Paula, que hoje integra o movimento Mães de Osasco. Ele, que na época fazia bicos como pintor, estava em um bar quando foi assassinado em 2015, no episódio que ficou conhecido como Chacinas de Osasco e de Barueri. Em 2017, houve o primeiro julgamento do caso e os sete jurados decidiram condenar os policiais militares Victor Cristilder, Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain, além do guarda civil Sérgio Manhanhã pelas mortes ocorridas nessa chacina. Mas em 2019, a Justiça decidiu realizar novo julgamento para dois dos réus. Nesse novo julgamento, realizado em 2021, os dois réus foram absolvidos. “Eles me dizimaram. Ele era filho único e não tenho netos”, disse Zilda à TV Brasil. “Meu filho tinha acabado de sair porque estava pintando a casa. No dia em que ele acabou essa parede [da casa dela], eu cheguei do serviço, ele sentou na escada e me pediu para olhar para ver se eu gostava da cor. Aí tomou banho e desceu para morrer. Estava saindo de uma tuberculose”, contou. Segundo Zilda, antes da chacina, um guarda civil municipal e um policial militar haviam sido assassinados naquela região. “Qual foi a causa [da chacina]? Mataram um PM e um GCM. Segundo a Defensoria [Pública], já havia sido avisado aos batalhões que os caras que os mataram estavam presos. Não sei se foi o poder da farda, não sei, mas [depois] mataram todo mundo. A lei diz que é para prender e não atirar primeiro e perguntar depois. Isso é o que me revolta. E a maior parte desses PMs [que teriam sido responsáveis pelas chacinas] é tudo de periferia”, afirmou. Zilda disse que seu filho não era ladrão e, que, por isso, não tinha medo da polícia. “Ele tinha muita confiança. Falava: ‘eu não devo nada’. Mas se fosse assim, não tinha inocente morto”. Após perder o filho, Zilda fundou o Mães de Osasco, repetindo o exemplo do Mães de Maio, outro movimento que surgiu também por causa de chacina. Com esse movimento, Zilda viajou o país. E conheceu outras mulheres, que também perderam seus entes queridos. “Parece que é uma guerra. [Cada vez] aparecem mais mães”. Modus operandi Segundo Camila, embora os episódios analisados em sua tese não estejam relacionados, apresentam características muito semelhantes entre si. “Apesar de cada chacina ter sua própria dinâmica, existem questões que são semelhantes dentro do que considerei como modus operandi das chacinas. Dentro desse modo de agir, identifiquei que existe uma cena de chegada. Então, as pessoas que vão executar as chacinas chegam geralmente em motos ou em carros, ou em carros acompanhados por motos. Existe também um componente estético, que é o uso de capuz, coturno e toucas ninja”. Outro ponto destacado por ela é que quando as chacinas envolvem a participação de policiais ou agentes de segurança pública atuando de forma ilegal, eles geralmente chegam gritando que é a polícia e perguntam se o local vende drogas ou se as pessoas por ali têm passagem policial. “Há também a ideia de rendição. E na execução final do ato, depois que as pessoas são executadas, por vezes ocorrem tiros a esmo para cima”, contou. No caso em que envolve agentes públicos, a motivação principal costuma ser a vingança estatal. “Quando um policial é ferido ou morto em determinado território é perceptível que pode acontecer uma chacina”, disse Camila. Quando envolve apenas civis, a motivação pode envolver disputas por mercados criminais. Para o presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), André Leão, as chacinas muitas vezes estão relacionadas à letalidade policial. “Temos um problema crônico no país. O Brasil é um país onde, de certa forma, as chacinas são aceitas e, sobretudo, quando ela ocorre com grupos sociais já vulnerabilizados. Essas chacinas, em geral, atingem pessoas negras

Amazonas: Operação da PF prende 7 por venda de plano de saúde sem registro

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, deflagrou nesta quarta-feira, 4/10, a Operação Tesouro Oculto, com o objetivo de combater crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, organização criminosa, fraude à execução e uso de documento falso. A operação mobiliza 100 policiais federais, que cumprem 21 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão em Manaus e Borba, locais estratégicos identificados durante as investigações.  Foi concedido judicialmente o sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis, visando a quitação da dívida perante a Fazenda Nacional no valor de RS 87 milhões. Sobre a investigação: A investigação iniciou-se em 2019 e apurou um esquema de criação de empresas fraudulentas, por meio de organização criminosa, que fazia a utilização de “laranjas” (sem ciência da sua condição de participante na ação) e de “testas de ferro” (com ciência da participação). As empreses eram criadas de fato, com CNPJ constituído, com o intuito de darem continuidade a atividade ilegal de venda de planos de saúde sem registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de sonegar créditos fiscais, frustrar direitos trabalhistas, fraudar credores e lavar os ativos ilícitos obtidos por meio. Fonte

Costa Rica busca maior produtividade e sustentabilidade do cacau

Ann-Elin Norddal é norueguesa e chegou à Costa Rica há cerca  de 15 anos. Atualmente, é uma das cofundadoras de uma microempresa de cacau no país caribenho. O outro cofundador é o marido de Ann-Elin, o costa-riquenho Aldo Sánchez. Juntos, eles criam as duas filhas e cuidam da plantação de cacau no quintal de casa, em Turrealba, a 70 quilômetros da capital San José. O projeto tem o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). O casal Ann-Elin Norddal e Aldo Sánchez produz cacau na Costa Rica – Paula Laboissère/Agência Brasil “Muita gente come chocolate todos os dias, mas nem imagina como o processo realmente funciona”, disse Ann-Elin. Ela lembra que, atualmente, poucas pessoas apreciam, por exemplo, o chocolate com altas concentrações de cacau – a maioria ainda prefere o popular chocolate ao leite, onde há pouco fruto e muito açúcar. “Torcemos para que aconteça com o cacau como o que ocorreu no mundo dos vinhos. Um excelente trabalho de marketing ajudou a educar os consumidores sobre os bons vinhos”, destaca a microempresária. “Queremos fazer do plantio do cacau na Costa Rica algo atrativo novamente e, para isso, precisamos de soluções rentáveis”, destacou Aldo. Segundo ele, o projeto começou pequeno, mas, atualmente, a microempresa e a plantação de cerca de 4 hectares já se preparam para iniciar o processo de exportação do chocolate produzido na Costa Rica. “Se fala muito hoje em economia circular, segurança alimentar. Ter o apoio de instituições como o IICA é fundamental. Não podemos pensar que, na Costa Rica, vamos competir em volume de produção. O foco precisa ser a qualidade.” Cacau costa-riquenho – Paula Laboissiére/Agência Brasil De acordo com o coordenador do Programa AgroInnova do IICA, Pedro Avendaño, a entidade aposta em projetos como o de Ann-Elin e Aldo no intuito de torná-los replicadores de um modelo de cultivo para outros produtores locais. “São o que chamamos de produtores e produtoras líderes. Trata-se é um modelo de cultivo do cacau sem trabalho infantil e com muito aprendizado sobre a cultura do cacau. É um setor que estava muito deprimido, mas que estamos levantando”, concluiu.  *A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Fonte

Brasil está comprometido com produção de alimentos saudáveis

O ministro do do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse, na noite dessa terça-feira (3), que o país está comprometido com a produção de alimentos saudáveis para garantir a soberania alimentar. A declaração foi feita na abertura da Conferência de Ministros da Agricultura das Américas, em San José, na Costa Rica.  “Queremos, nesse encontro, conhecer as boas experiências de outros países. Queremos conhecer para dialogar com os nossos programas e ver como podemos aperfeiçoar os projetos da agricultura familiar no país. E, ao mesmo tempo, nos unir para a defesa da democracia, a diminuição da desigualdade social e a nossa capacidade de enfrentar os eventos climáticos.” Na abertura do evento, a ministra de Mudança Climática e Meio Ambiente dos Emirados Árabes Unidos, Mariam Bint Mohammed Saeed Hareb Almheiri, defendeu que os sistemas alimentares e a atividade agropecuária sejam prioridade no combate às mudanças do clima. A participação da ministra, por mensagem gravada, se deu em razão de a próxima Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP28) ocorrer em Dubai, a partir de novembro.  “Paradoxalmente, enquanto a produção agrícola aumenta globalmente, mais de 700 milhões de pessoas vão dormir com fome todos os anos e um terço da comida produzida no mundo se perde antes de chegar ao consumidor final – ou é desperdiçada”, destacou Mariam. “Nosso objetivo é trabalhar com governos e atores não governamentais, identificar inovações de alto potencial e escalá-las para que possam chegar às mãos de pequenos agricultores”, completou. A Conferência de Ministros da Agricultura das Américas vai até esta quinta-feira (5). Temas como sustentabilidade, segurança alimentar, mudanças climáticas e agricultura familiar devem dominar os debates na capital costa-riquenha. Além de Paulo Teixeira e Mariam Bint Mohammed Saeed Hareb Almheiri, o encontro recebe ministros de todos os Estados-membros; o vencedor do prêmio Nobel de Economia Michael Kremer, e o vencedor do prêmio Mundial da Alimentação Rattan Lal. *A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).  Fonte