Federação Internacional dos Jornalistas faz apelo por mais proteção
A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) pediu nesta sexta-feira (13) que a UNESCO, a agência da ONU responsável pela proteção e segurança dos jornalistas, faça o máximo para proteger os jornalistas na Faixa de Gaza. A entidade ainda defendeu que as partes em conflito respeitem o direito internacional humanitário e a Carta das Nações Unidas. Segundo dados do Sindicato dos Jornalistas da Palestina, ao menos seis jornalistas palestinos já foram mortos pelos ataques israelenses em Gaza. O Comitê Internacional de Proteção dos Jornalistas estima que 10 jornalistas foram mortos e dois estavam desaparecidos. Nesta sexta-feira, o cinegrafista da Reuters Issam Abdallah foi morto no sul do Líbano e outras equipes ficaram feridas. Para o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, a morte do cinegrafista da Reuters demonstra o enorme risco de o conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas se alastrar para o Líbano. A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro, está acompanhando a situação. Ela afirma que a situação dos jornalistas na Palestina é bastante delicada. “É preciso salientar que o jornalismo não é crime. E os jornalistas infelizmente estão bastante desprotegidos com a ofensiva de Israel, que não tem poupado a população civil e muito menos os mensageiros que são os trabalhadores e as trabalhadoras que fazem chegar à população do seu entorno a cobertura desse conflito.” A FIJ teme que aumente o número de mortes de profissionais da imprensa no conflito com a invasão de Israel a Gaza. A entidade teme as consequências para os civis e jornalistas. De acordo com a FIJ, hoje, nenhum jornalista estrangeiro consegue acessar a Faixa de Gaza para informar a sociedade. Fonte
Israel lança ataques terrestres a Gaza; Netanyahu diz ser começo
A infantaria israelense fez seus primeiros ataques à Faixa de Gaza nesta sexta-feira desde que os combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel no fim de semana, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a campanha militar de retaliação está apenas começando. Israel prometeu aniquilar o Hamas depois que combatentes do grupo militante palestino que controla Gaza invadiram cidades e aldeias israelenses no sábado, matando 1.300 pessoas, principalmente civis, e fugindo com dezenas de reféns. Desde então, Israel colocou a Faixa de Gaza – onde vivem 2,3 milhões de palestinos – sob um cerco total e a bombardeou com ataques aéreos sem precedentes. As autoridades de Gaza dizem que 1.900 pessoas morreram. Nesta sexta-feira (13), Israel deu prazo de 24 horas para mais de um milhão de residentes da metade norte de Gaza fugirem para o sul e escaparem de um ataque. O Hamas prometeu lutar até a última gota de sangue e disse aos moradores para não irem embora. O porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que tropas apoiadas por tanques realizaram incursões para atacar as equipes de foguetes palestinas e buscar informações sobre a localização dos reféns tomados pelo Hamas. Em uma breve declaração transmitida pela televisão de forma incomum após o início do sábado judaico, Netanyahu afirmou: “Estamos atacando os nossos inimigos com uma força sem precedentes”. E acrescentou: “Enfatizo que este é apenas o começo.” Mais cedo, vários milhares de moradores podiam ser vistos nas estradas que saíam da parte norte da Faixa de Gaza, mas era impossível saber seu número. Muitos outros disseram que não iriam. O Exército israelense disse que um número significativo de habitantes de Gaza começou a se deslocar para o sul “para se salvar”. “A morte é melhor do que ir embora”, disse Mohammad, de 20 anos, em pé na rua, do lado de fora de um prédio reduzido a escombros em um ataque aéreo israelense há dois dias, perto do centro de Gaza. “Eu nasci aqui e vou morrer aqui, sair é um estigma.” As mesquitas transmitem a mensagem: “Fiquem em suas casas. Fiquem em suas terras”. “Dizemos ao povo do norte de Gaza e da Cidade de Gaza: fiquem em suas casas e em seus lugares”, declarou Eyad Al-Bozom, porta-voz do Ministério do Interior do Hamas, em uma coletiva de imprensa. “Ao realizar massacres contra os civis, a ocupação quer nos deslocar mais uma vez de nossa terra.” A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o pedido de Israel para que os civis de Gaza deixassem o território era impossível de ser realizado “sem consequências humanitárias devastadoras”, o que provocou uma repreensão de Israel, que disse que a ONU deveria condenar o Hamas e apoiar o direito de autodefesa de Israel. “O laço em torno da população civil em Gaza está se apertando. Como 1,1 milhão de pessoas podem se deslocar por uma zona de guerra densamente povoada em menos de 24 horas?”, escreveu Martin Griffiths, chefe de ajuda da ONU, nas redes sociais. “TAREFA DIFÍCIL” O Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que seria impossível para as organizações de ajuda auxiliarem “um deslocamento tão grande de pessoas em Gaza” enquanto o local permanecer sob o cerco israelense. “As necessidades são impressionantes, e as organizações humanitárias precisam ser capazes de aumentar as operações de ajuda.” Os Estados Unidos, que pediram a Israel que protegesse os civis, não hesitou em apoiar publicamente seu aliado. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que uma retirada tão grande era uma “tarefa difícil”, mas que Washington não questionaria a decisão de dizer aos civis para saírem. “Entendemos o que eles estão tentando fazer e por que estão tentando fazer isso — para tentar isolar a população civil do Hamas, que é seu verdadeiro alvo”, afirmou ele à MSNBC. A ordem de retirada de Israel se aplica à metade norte da Faixa de Gaza, incluindo o maior assentamento do enclave, a Cidade de Gaza. A ONU disse ter sido informada de que Israel queria que toda a população da área — cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza — atravessasse a reserva natural de Gaza Wadi, que divide o enclave. “Civis da Cidade de Gaza, saiam para o sul para sua própria segurança e a segurança de suas famílias e se distanciem dos terroristas do Hamas que os estão usando como escudos humanos”, disseram os militares israelenses. Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, que é rival do Hamas, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na Jordânia, que o deslocamento forçado dos palestinos em Gaza constituiria uma repetição de 1948, quando centenas de milhares de palestinos fugiram ou foram expulsos do que hoje é Israel. A maioria dos habitantes de Gaza são descendentes desses refugiados. Gaza já é um dos lugares mais lotados do mundo e, por enquanto, não há saída. Israel impôs um bloqueio total, e o Egito, que também tem uma fronteira com o enclave, até agora resistiu aos apelos para abri-la aos moradores em fuga. O Cairo disse que o apelo de Israel para que os habitantes de Gaza deixem suas casas foi uma violação do direito humanitário internacional que colocaria os civis em perigo. Desde que os combatentes do Hamas atravessaram a barreira e mataram 1.300 israelenses no sábado, Israel respondeu com os ataques aéreos mais intensos de seus 75 anos de conflito com os palestinos. As autoridades de Gaza dizem que 1.800 pessoas foram mortas, e a ONU afirma que 400.000 pessoas já ficaram desabrigadas. (Reportagem de Henriette Chacar, Dedi Hayun, Maayan Lubell, Emily Rose, James Mackenzie em Jerusalém, Michelle Nichols em Nova York, Emma Farge em Genebra, Jeff Mason em Washington, Humeyra Pamuk em Tel Aviv, Steve Gorman e Dan Whitcomb em Los Angeles e Emma Farge em Genebra) * É proibida a reprodução deste conteúdo. Fonte
Reunião do Conselho de Segurança da ONU termina sem acordo
Depois de duas horas e meia de conversas, terminou sem acordo a segunda reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. As negociações em torno de uma resolução prosseguirão nos próximos encontros. Responsável por presidir o encontro, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, cobrou um consenso do Conselho de Segurança diante da ameaça de uma catástrofe humanitária. “O Conselho tem uma responsabilidade crucial, tanto na resposta imediata aos acontecimentos da crise humanitária do momento, assim como nos estágios futuros, ao intensificar as relações multilaterais necessárias para restaurar um processo de paz. Nem os israelenses, nem os palestinos deveriam passar por sofrimentos semelhantes outra vez”, declarou. Vieira também disse que o Brasil vai continuar promovendo o diálogo entre os integrantes, inclusive com a abertura de novas avenidas de negociação. “O objetivo imediato é claro e urgente: prevenir mais derramamento de sangue e perda de vidas e tentar garantir acesso humanitário urgente para as áreas mais atingidas”, advertiu. O chanceler reiterou o apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a liberação imediata e incondicional dos civis feitos reféns desde o início da crise e disse que o Brasil trabalha por uma solução que envolva a coexistência de dois estados. “Reiteramos nosso forte apoio à solução de dois Estados, com os palestinos vivendo lado a lado, em paz e prosperidade, com fronteiras seguras e mutuamente acordadas com Israel”, declarou. O ministro manifestou a preocupação do governo brasileiro com a determinação de Israel para que a população se retire da parte norte da Faixa de Gaza até a 0h deste sábado (14), 18h de sexta-feira no horário de Brasília. “Recebemos, com absoluto espanto, as notícias de que as forças israelenses determinaram a saída de mais de 1 milhão de civis da parte norte de Gaza em 24 horas. Como as Nações Unidas já deixaram claro, isso levaria a uma crise humanitária sem precedentes para os civis”, ressaltou. Como o Brasil assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança, o encontro foi presidido por Vieira. Após a reunião, o chanceler brasileiro reuniu-se com o secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, para passar um resumo dos diálogos. Aprovação A aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU exige o voto favorável de pelo menos 9 dos 15 países integrantes do órgão e nenhum veto dos cinco membros permanentes – Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China. Um texto pode ser aprovado com a abstenção de um desses cinco países, desde que nenhum deles exerça o poder de veto. Antes de se reunir com Mauro Vieira, Guterres solidarizou-se com as famílias dos trabalhadores que morreram na Faixa de Gaza e nas demais zonas em conflito. Desde o início da ofensiva do Hamas, no último dia 7, 11 funcionários das Nações Unidas e 23 trabalhadores de organizações humanitárias morreram em Gaza. Nesta sexta-feira (13), um cinegrafista da agência Reuters morreu no sul do Líbano. Desde a criação do Conselho de Segurança da ONU, após a Segunda Guerra Mundial, o órgão conseguiu aprovar apenas quatro resoluções. A primeira ocorreu na Guerra da Coreia, na década de 1950. Após uma paralisia durante o restante da Guerra Fria, o conselho aprovou mais três resoluções: na invasão do Kuwait pelo Iraque, em 1991; na invasão do Afeganistão após o 11 de setembro, em 2001; e na intervenção militar da Líbia, em 2011. Fonte
Egito aceita receber brasileiros que querem sair da Faixa de Gaza
O Egito aceitou receber os brasileiros que querem sair da Faixa de Gaza, confirmou há pouco o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Segundo ele, a população confinada na região deve sair neste sábado (14) pela passagem de Rafah, na fronteira entre a parte sul de Gaza e o Egito. “[Os cidadãos brasileiros] sairiam neste ônibus, que os transportará amanhã [sábado]. O que nós propusemos é que saíssem e fossem levados para um aeroporto, uma localidade muito próxima da fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira, estará esperando”, confirmou Vieira em entrevista coletiva após uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O governo brasileiro contratou ônibus para transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguardava a liberação pela passagem de Rafah pelo país africano. Logo após o encontro, Vieira condenou a violência do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas e fez um apelo para a criação de um corredor humanitário que permita a evacuação da população civil. “Ao final, após pedido de membros do Conselho de Segurança, o Brasil vai continuar a trabalhar continuamente com todas as delegações visando uma posição unificada do conselho para a situação”, afirmou. Segundo ele, o Brasil, que preside temporariamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, vai se esforçar para evitar uma catástrofe humanitária. “O objetivo imediato é claro e urgente: prevenir mais derramamento de sangue e perda de vidas e tentar garantir acesso humanitário urgente para as áreas mais atingidas”, declarou. O prazo dado pelo governo israelense para a retirada de 1 milhão de pessoas da parte norte da Faixa de Gaza terminou à 0h local (18h no horário de Brasília). As forças israelenses não deixaram claro quando começará a ofensiva armada na região. Fonte
“Meu maior medo era não sair dali viva”, diz jogadora de vôlei
Depois de uma temporada em clube de Israel no ano passado, a jogadora de vôlei Beatriz Palmieri, 25 anos, decidiu retornar para a cidade de Hod HaSharon neste ano de 2023 para jogar por mais uma temporada. Há duas semanas na cidade israelense, presenciou momentos que a deixaram aterrorizada. Nos últimos dias, com a intensificação do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, Beatriz chegou a ouvir sirenes e bombas e teve que se esconder em um bunker. Não chegou sequer a fazer o seu jogo de estreia na temporada, que seria iniciada nesta sexta-feira (13). Na manhã de hoje, Beatriz chegou à Base Aérea de Guarulhos (SP) depois de embarcar em Tel Aviv com destino ao Brasil no terceiro voo de repatriação do governo brasileiro, com 69 pessoas. Antes de chegar a Guarulhos, o voo da Força Aérea Brasileira (FAB) fez uma parada em Recife (PE), onde cinco pessoas desembarcaram. “Fui para jogar uma temporada por lá. Ano passado eu já tinha ido jogar lá e tinha corrido tudo bem. Gostei muito do país e voltei esse ano para jogar”, contou a jornalistas, logo após o desembarque. “A gente presenciou três sirenes. Fomos para os bunkers três vezes. Ouvimos interceptações de bombas. Foi aterrorizante. A gente tremia, chorava, não sabia se ia conseguir sair dali, quando tempo a gente teria que ficar no bunker. Nunca tinha passado por isso. A gente ia seguindo os vizinhos e as pessoas que estavam em volta. Não falamos o hebraico. Então tínhamos que tentar nos comunicar em inglês, mas o pessoal as vezes também não falava inglês. Foi aterrorizante”. Seu principal receio, contou, era não conseguir sair daquela situação. “Meu maior medo era esse, não sair dali viva. Foi aterrorizante. Meu medo era não voltar. Ou piorar [a situação] e fechar o aeroporto e a gente não ter meio para voltar. Foi uma sensação muito ruim”. Ao chegar ao Brasil de novo, Beatriz explica que sentiu alívio. “Minha sensação de estar de volta é só querer voltar para casa e ver meus pais. Não tem outra coisa que eu queira fazer agora”. A brasileira agradeceu ao governo federal por fazer a repatriação dos que estavam por em área de conflito. “O Brasil foi o único país até agora que mandou um resgate para os brasileiros. É muito respeito e muita admiração por aqueles que ajudaram a gente, que se movimentaram para ajudar a gente e deram essa oportunidade de a gente voltar. Conhecemos americanos também que não tiveram a oportunidade de voltar porque tiveram voos cancelados. Os Estados Unidos não mandaram aviões para resgate, por exemplo”. Reencontro No mesmo voo de Beatriz estava Evelyn Crimerman. Sua tensão com a situação em Israel foi tamanha que, ao desembarcar na Base Aérea de Guarulhos ela não se lembrou dos protocolos e correu para abraçar o filho, Tiago Marchesano, que a aguardava no local. Ao desembarcar, Beatriz correu para abraçar o filho – Paulo Pinto/Agência Brasil Ao descer do voo da FAB, Evelyn deveria inicialmente seguir para os trâmites burocráticos e passar pela alfândega. Mas ao ver o filho que a aguardava atrás da grade, não se conteve e correu para um abraço apertado, sob lágrimas e registro dos muitos jornalistas que estavam no saguão aguardando pela chegada do voo. “Ela estava lá há umas três semanas. Minha irmã se mudou há três meses para lá com a família. Ela e minha tia estavam visitando a minha irmã. Elas estavam em Ra’anana, perto de Tel Aviv. Elas estavam desde sábado nessa situação em casa, sem sair. Tocava a sirene, elas iam para o quarto de segurança. Saíram de lá ontem. Estão há quase um dia viajando”, contou o filho. “Por mais que o conflito estivesse, de alguma forma, mais para o sul [do país], foi uma tensão. A gente não sabe exatamente qual o desenlace. É tudo muito triste na verdade. É muito triste ver tudo isso acontecer e estar há muito tempo esse impasse. É muito ruim para os dois lados. Precisamos encontrar uma solução para isso”, disse Tiago. Emocionada, a mãe descreveu o que passou por lá durante toda essa última semana. “Não tenho palavras para descrever o que foi esse voo. Foi um momento muito tenso em Israel. Mas a FAB foi de uma empatia e de um amor pela gente que não tenho como dizer. O mais triste foi que deixei minha filha e meus netos lá, mas tenho um filho aqui. E vamos continuar aqui”, falou. Gratidão Quem se emocionou muito com a chegada desse voo foi o engenheiro civil Luciano Graicer, 61 anos. Sua ansiedade era pelo filho, Rafael, de 26 anos, que estava em Israel havia três meses para trabalhar e estudar. Durante toda essa semana, ele e a esposa não conseguiram dormir pensando no filho que estava em Israel. “Minha esposa não dormiu nenhuma noite, até ontem, quando ele saiu [de Israel]. Daí ela dormiu 15 horas direto”, contou. Para Rafael, a chegada foi um relaxamento tão grande que ele passou a sentir muitas dores pelo corpo. “É um relaxamento tão grande que eu estou com aquela dor muscular. Devo ter ficado em tensão até ontem”. Emocionado, Luciano recebe o filho Rafael – Paulo Pinto/Agência Brasil Luciano Graicer também era só agradecimento pelo trabalho da FAB e do governo federal para a repatriação dos brasileiros que lá estavam. “É sensacional. Na verdade, é o que a gente espera de um país. Como cidadão, é o que espero de um país. O que mais me preocupa e o que me deixou com coração apertado, primeiro era que eu estava rezando pelo meu filho. No entanto, meu coração continua apertado. Agora estou rezando pelos reféns que estão em Gaza. Estou rezando pelos soldados de defesa de Israel e rezo também pelos palestinos que estão em Gaza e não apoiam o Hamas. Infelizmente eles estão sofrendo e vão sofrer porque a gente não pode fazer nada. Não existe uma forma de se resolver isso. Mas isso aperta”, disse a jornalistas. Nos últimos dias, seu filho, Rafael, estava ajudando na montagem de kits para os soldados
PMAM realiza prisões por crimes ambientais na Região Metropolitana de Manaus
A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) prendeu, nesta sexta-feira (13/10), duas pessoas por crimes ambientais em municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM). Os casos foram registrados em Careiro Castanho e Rio Preto da Eva (distante 88 e 57 quilômetros de Manaus, respectivamente), por meio do efetivo policial empregado na força-tarefa do Governo do Amazonas para combater queimadas e desmatamento ilegais no estado. De acordo com o comandante-geral da PMAM, coronel Klinger Paiva, as equipes policiais estão empenhadas na missão de fiscalizar e coibir crimes ambientais. “Estamos comandando a força-tarefa, por determinação do governador Wilson Lima, para punir, com o rigor que estabelece a lei, aqueles que forem flagrados ou denunciados por práticas ilegais. Pedimos à população que, além de denunciar esses crimes, evite colocar fogo em lixo ou outras atitudes que são consideradas ilícitas e prejudiciais ao meio ambiente. Nesses casos, temos o disque denúncia do Batalhão Ambiental: 98842-1547”, afirmou o coronel Klinger. O primeiro caso foi registrado na manhã de hoje, após policiais do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) receberem informações da Sala de Comando e Controle Ambiental (SCCA), do Comando de Policiamento Ambiental (CPAmb), a Sapopema, que indicava pontos críticos de incêndio nas proximidades de Careiro Castanho, no quilômetro 32 da Rodovia AM-254 (Estrada de Autazes). Após deslocamento, a equipe policial constatou uma grande derrubada de área verde e focos de incêndio no local. Um homem, de 25 anos, foi encontrado com uma motosserra, uma espingarda, um simulacro e quatro cartuchos de calibre 20. Ao ser questionado se possuía licença, ou autorização de órgão ambiental competente para as atividades praticadas, o homem informou que não possuía documentação. Ele foi encaminhado junto com os materiais apreendidos para a 34ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro Castanho. Em Rio Preto da Eva, um homem, de 52 anos, foi detido por policiais da 4ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). As equipes receberam denúncia via linha direta sobre um morador do bairro Monte Castelo II. Na residência, o homem ateou fogo no terreno, produzindo bastante fumaça e causando risco à saúde dos vizinhos. Os policiais ajudaram, no primeiro momento, a controlar as chamas e acionaram a equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) para apagar o incêndio provocado intencionalmente. O homem foi encaminhado ao 36º DIP, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Em Autazes, Careiro Castanho e Careiro da Várzea, as equipes policiais, em ação integrada com os técnicos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), fiscalizaram pontos apontados por denúncias e realizaram cinco notificações por irregularidades ambientais. Força-Tarefa No dia 11 de outubro, o governador Wilson Lima deu o start no reforço das fiscalizações aos crimes ambientais na região do município de Autazes (a 112 quilômetros da capital), com o envio de mais 64 agentes, entre policiais militares e técnicos do Ipaam, além de 16 viaturas e duas aeronaves. Os agentes e viaturas foram deslocados de Manaus para o município, que registrou 108 focos de calor somente no dia de hoje, deixando a capital do estado encoberta por fumaça. O efetivo designado para Autazes é de policiais do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) e das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam).Além disso, a PMAM enviou, também nesta sexta-feira (13/10), reforço da Rocam e Força Tática para o município de Iranduba (distante 27 quilômetros de Manaus). FOTOS: Vicente Silva e Divulgação/PMAM Fonte
Brasileira árabe-cristã que vive em Israel teme guerra em larga escala
Os atentados do Hamas no sul de Israel, no último fim de semana, e a consequente ofensiva israelense em Gaza, viraram as vidas de quem mora na região de conflito pelo avesso. Vivendo na cidade israelense de Nazaré há 20 anos, Soraya Zaher teme pela vida da família. A história da comerciante com o Brasil começa com a fuga do avô, um árabe cristão, da cidade Nazaré durante a guerra da independência, em 1948. Anos depois, Soraya voltou para conhecer a terra de seus ancestrais. Era para ser apenas uma viagem de seis meses, mas após aceitar o pedido de casamento de um primo distante, também árabe cristão e cidadão israelense, decidiu fazer de Nazaré, cidade onde Jesus Cristo teria passado grande parte de sua vida, sua nova morada. A união gerou quatro filhos, três meninas e um menino, entre 3 e 16 anos, e até a semana passada, Soraya estava animada com suas perspectivas futuras, já que recentemente abriu uma loja de roupas femininas na cidade onde mora, localizada no norte de Israel. Apesar de morar longe da Faixa de Gaza, Soraya teme uma guerra em larga escala, com ataques vindos do Hezbollah, no Líbano; da Síria; e do Irã. “Desde que começou isso tudo, estamos dormindo no bunker, o quarto antibomba. Eu e meu marido vimos que era o melhor estarmos todos lá, principalmente no período da noite. De dia, também ficamos o máximo que dá. E quando vemos que está estressante demais, saímos um pouco”, conta Soraya. Ela não tem certeza de se quer voltar ao Brasil, onde está parte de sua família, ou se permanece em Israel, onde está toda sua vida, inclusive seu negócio recém-aberto, e onde provavelmente ficará seu marido. “Se decidir ir, no caso, meu marido não iria. Nos separar fisicamente seria algo muito ruim para nossos filhos. O medo de ir para o Brasil é o mesmo de ficar. Não sabemos o que realmente vai acontecer”, afirma Soraya. O grupo islamita Hamas rejeitou, nesta sexta-feira (13), o ultimato de 24 horas dado pelo exército israelense para que os civis se retirassem do norte da Faixa de Gaza. A ordem de Israel implica no deslocamento de metade dos 2,3 milhões de pessoas que moram em Gaza. O grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse que está “pronto” e que “contribuirá” para o conflito contra Israel, apesar de vários países terem apelado para não entre na guerra. “Quando chegar a hora de atuarmos, assim o faremos”, disse um dos representantes do Hezbollah, Naim Qassem. Com informações da Lusa. Fonte
Brasileira árabe-cristã que vive em Israel teme guerra em larga escala
Os atentados do Hamas no sul de Israel, no último fim de semana, e a consequente ofensiva israelense em Gaza, viraram as vidas de quem mora na região de conflito pelo avesso. Vivendo na cidade israelense de Nazaré há 20 anos, Soraya Zaher teme pela vida da família. A história da comerciante com o Brasil começa com a fuga do avô, um árabe cristão, da cidade Nazaré durante a guerra da independência, em 1948. Anos depois, Soraya voltou para conhecer a terra de seus ancestrais. Era para ser apenas uma viagem de seis meses, mas após aceitar o pedido de casamento de um primo distante, também árabe cristão e cidadão israelense, decidiu fazer de Nazaré, cidade onde Jesus Cristo teria passado grande parte de sua vida, sua nova morada. A união gerou quatro filhos, três meninas e um menino, entre 3 e 16 anos, e até a semana passada, Soraya estava animada com suas perspectivas futuras, já que recentemente abriu uma loja de roupas femininas na cidade onde mora, localizada no norte de Israel. Apesar de morar longe da Faixa de Gaza, Soraya teme uma guerra em larga escala, com ataques vindos do Hezbollah, no Líbano; da Síria; e do Irã. “Desde que começou isso tudo, estamos dormindo no bunker, o quarto antibomba. Eu e meu marido vimos que era o melhor estarmos todos lá, principalmente no período da noite. De dia, também ficamos o máximo que dá. E quando vemos que está estressante demais, saímos um pouco”, conta Soraya. Ela não tem certeza de se quer voltar ao Brasil, onde está parte de sua família, ou se permanece em Israel, onde está toda sua vida, inclusive seu negócio recém-aberto, e onde provavelmente ficará seu marido. “Se decidir ir, no caso, meu marido não iria. Nos separar fisicamente seria algo muito ruim para nossos filhos. O medo de ir para o Brasil é o mesmo de ficar. Não sabemos o que realmente vai acontecer”, afirma Soraya. Fonte
Moraes vota para condenar mais oito pessoas por atos do 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de mais oito réus dos atos golpistas de 8 de janeiro. O plenário virtual do STF começou a julgar nesta sexta-feira (13) o quarto grupo de acusados pelas manifestações que terminaram em depredação dos prédios sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário no início do ano, em Brasília. Nesta leva, estão sendo julgados pessoas presas dentro do Palácio do Planalto. O julgamento desse grupo acaba no próximo dia 20. Relator dos processos relativos ao 8 de janeiro, Moraes votou por penas de 3 a 17 anos, além do ressarcimento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. Até agora, Moraes tinha votado por penas a partir de 12 anos. No entanto, nesta leva, o ministro propôs pena de três anos para dois réus, por considerar que eles tiveram menor grau de participação na depredação ao Planalto. Os réus respondem às seguintes acusações: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado. Confira os réus e as penas definidas por Moraes: • Raquel de Souza Lopes, de Joinville (SC): 17 anos de prisão; • Cibele da Piedade Ribeiro da Costa Mateos, de São Paulo: 17 anos de prisão; • Charles Rodrigues dos Santos, de Serra (ES): 14 anos de prisão; • Gilberto Ackermann, de Balneário Camboriú (SC): 17 anos de prisão; • Fernando Placido Feitosa, de São Paulo: 17 anos de prisão; • Fernando Kevin da Silva de Oliveira Marinho, de Nova Iguaçu (RJ): 17 anos de prisão; • Felipe Feres Nassau, de Brasília (DF): 3 anos; • Orlando Ribeiro Júnior, de Londrina (PR): 3 anos. Paralelamente, o plenário virtual do STF está julgando a terceira leva de acusados até o dia 16. Ao todo são sete réus, cinco presos no Palácio do Planalto e dois dentro do Congresso Nacional. Fonte
Segunda parte da operação de voos de repatriação terá início domingo
O comandante da Força Aérea do Brasil (FAB), Marcelo Damasceno, disse nesta sexta-feira (13), em Guarulhos, na Grande São Paulo, que o governo brasileiro vai iniciar a segunda parte da operação de repatriação de brasileiros que estão na região de conflito entre Israel e a o grupo palestino Hamas neste domingo. “Vamos começar a segunda etapa da operação agora na próxima semana, com mais dois voos”, disse ele a jornalistas logo após a chegada do terceiro voo de repatriação na Base Aérea de Guarulhos (SP), ainda como parte da primeira etapa da operação. “Vamos chegar perto de mil pessoas agora [repatriadas com os voos da primeira etapa]”, explicou o comandante “Nossa expectativa para essa segunda etapa da operação, que se inicia já no domingo, é que o primeiro avião da segunda etapa deve sair ainda de Tel Aviv. Os números indicam que devemos permanecer lá durante mais algum tempo. Entendemos que a manutenção desse corredor, a partir de Tel Aviv para o Brasil, para o [Aeroporto do] Galeão, no Rio de Janeiro – onde é mais fácil distribuir as pessoas para seus destinos finais – ainda é a melhor saída que encontramos”, explicou. Foram feitos três voos de repatriação da operação apelidada de Voltando em Paz, contabilizando 494 passageiros de volta ao Brasil. Na manhã de hoje (13) chegou o terceiro desses voos, com 69 passageiros: cinco deles desembarcaram em Recife e, o restante, na Base Aérea de Guarulhos. Todos esse voos saíram de Israel. Ainda estão previstos, nessa primeira etapa da operação, outros dois voos saindo de Israel, com chegadas no Rio de Janeiro entre amanhã (14) e domingo (15). A Força Aérea também se prepara para fazer a primeira repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza. Uma aeronave VC-2 (Embraer 190), utilizada pela presidência da República, está pronta, no Aeroporto de Roma, na Itália, aguardando autorização das autoridades egípcias para a operação. Esse avião deve pousar no Egito, já que a expectativa é que os brasileiros saiam pelo posto de fronteira de Rafah, que conecta Gaza com a Península do Sinai, no território egípcio. “A coordenação toda desse voo [que deve repatriar brasileiros que estão na Faixa de Gaza] está sendo feita pelo Itamaraty, em um trabalho muito bem feito”, disse. “Nessa questão da Palestina, como estamos longe, fora de nosso setor estratégico, preferimos colocar nossos aviões lá em Roma. Um deles é o avião que atende a presidência, uma cessão feita pelo presidente [Lula] para que o avião estivesse disponível. E colocamos um outro avião para ficar lá de reserva. Então temos dois aviões em Roma. Quando houver a possibilidade de abertura dessa janela dentro daquele corredor humanitário, nós estaremos prontos para fazer essa missão, seja no Cairo [Egito] ou outro aeroporto mais próximo”, detalhou. “Apesar do momento ser muito complexo, sensível, estaremos prontos para fazer essa missão”. Segundo ele, caso o corredor humanitário seja aberto, um desses aviões seguirá para o Egito e, o outro seguirá para Jerusalém. Chegada em Guarulhos Antes de falar com a imprensa, o comandante da FAB foi saudado pelo familiar de uma brasileira, grávida, que chegou na Base Aérea de Guarulhos na manhã de hoje. “Vocês são ótimos”, disse o pai da brasileira ao comandante, agradecendo pelo voo de repatriação que trouxe a a filha de Israel para o Brasil, em meio ao conflito entre Israel e o Hamas. Segundo o comandante, esse voo que chegou em Guarulhos foi o primeiro de repatriação, vindo de Israel, feito com esse modelo de avião, um KC-390 Millennium da FAB. “Essa era a terceira perna, a terceira viagem desse primeiro pacote de cinco voos. Esse é um avião de transporte operacional. Esse avião teve que fazer algumas escalas. Decolamos de Tel Aviv (Israel) para Lisboa (Portugal) e de lá para Recife (PE), onde deixamos cinco brasileiros”. Além dos 69 passageiros, o voo contou com cerca de 12 tripulantes, entre pilotos, médicos e psicólogos da Força Aérea. “Acho que foi muito bom a gente ter essa equipe multidisciplinar na área da saúde da Força Aérea. O Ministério da Saúde também se colocou à disposição para nos ajudar no pós-voo porque as pessoas se emocionam”, disse o comandante. Fonte
Procon-AM promove Feirão Limpa Nome para renegociar dívidas da conta de energia elétrica
O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) promove a segunda edição do Feirão Limpa Nome para renegociação de dívidas com contas de energia elétrica. O atendimento começa nesta segunda-feira (16/10) e vai até o dia 20 de outubro, das 8h às 14h, na sede do órgão, localizado na avenida André Araújo, 1.500 – Aleixo. Após sucesso na primeira edição do Feirão Limpa Nome realizado por duas semanas, em março deste ano, o Procon-AM realiza a segunda edição do Feirão, para negociação e renegociação com a concessionária Amazonas Energia, no departamento de atendimento do Procon-AM, sem a necessidade de inscrição ou agendamento. Jalil Fraxe, diretor presidente do Procon-AM, informa que a segunda edição do Feirão Limpa Nome será focada aos consumidores de energia elétrica do Amazonas devido à grande demanda atendida na primeira edição. “Essa edição será exclusiva para negociações de contas de energia elétrica junto a concessionária Amazonas Energia devido à grande procura na primeira edição e a busca constante dos consumidores amazonenses, que buscam o Procon-AM para tentar solucionar seus débitos junto a empresa. E será apenas para quem não participou da primeira edição”, afirma Fraxe. Inadimplência no Amazonas Segundo os últimos dados divulgados pelo Serasa, mais de 60% da população adulta do Amazonas está endividada e as contas em atraso se concentram nos bancos, nos cartões de crédito e no varejo. Na sequência, aparecem as contas de água e gás. É o que aponta o último levantamento feito pelo órgão. Condições Amazonas Energia As condições especiais para negociações de débitos serão apenas para clientes que não participaram da primeira edição do Feirão Limpa Nome, compreendendo as seguintes regras de negociação: • Parcelamentos sem entrada para clientes baixa renda; • Parcelamentos com entrada mínima de 10% para clientes comuns 1; • Quantidade máxima de 60 parcelas; • Faixa de descontos: de 0 até 90% de desconto em faturas de recuperação de consumo (TOI); • Faixa de descontos 2: de 0 até 70% de desconto em faturas de consumo, levando em consideração a idade do débito; • 1 Condições válidas apenas para clientes inseridos na classe de pessoa física residencial ou rural; • 2 Desconto condicionado ao pagamento regular das parcelas, até a data de cada vencimento; • Parcelamento com financiamento em conta; • Parcelamento em cartão de crédito, em até 18x, com juros da máquina; O Feirão Limpa Nome é uma realização do Instituto de Defesa do Consumidor, em parceria com a concessionária Amazonas Energia. Período: De 16 a 20 de outubro, na sede do Instituto de Defesa do Consumidor – Procon-AM. Localizado na Av. André Araújo, 1500 – Aleixo, no horário de 08h às 15h. Informações Entrar em contato por meio do telefone (92) 3215-4009 / 0800 092 1512 ou por e-mail: atendimentoprocon@procon.am.gov.br FOTO: João Pedro / Procon-AM Fonte
Bomba explode próximo a escola de Gaza onde estão 19 brasileiros
Área próxima a escola na cidade de Gaza onde estão 19 brasileiros foi bombardeada nesta sexta-feira (13). O grupo aguarda a ação do governo brasileiro para retirá-lo do local, que não é considerado seguro desde que Israel deu ultimato de evacuação da região norte Faixa de Gaza. A brasileira Shahed Albanna, de 18 anos, que está no local, enviou um áudio a nossa reportagem onde é possível ouvir o som de bomba caindo próximo à escola. Em seguida, Shahed enviou vídeo onde mostra pessoas abrigadas na escola em um único cômodo, como forma de se proteger de possíveis bombas. De acordo com a embaixada brasileira em Ramala, na Cisjordânia, o ônibus demorou a chegar “porque a via principal da cidade de Gaza foi bombardeada durante o trajeto, o veículo chegou bem tarde. Como já é noite, a viagem de Gaza a Khan Younis ficou perigosa. Os brasileiros passarão a noite na escola e viajarão amanhã cedo”. Com isso, o veículo deve deixar a cidade de Gaza na madrugada desde sábado (14), considerando o horário de Brasília. O Itamaraty informou ainda que a embaixada brasileira de Tel Aviv solicitou formalmente ao Governo de Israel que não bombardeie a escola. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil divulgou ainda que, “segundo informação colhida até agora”, há outro grupo de brasileiros querendo sair de Gaza na cidade de Khan Younis, que faz fronteira com o Egito. Entre esses, está o palestino-brasileiro Hasen Rabee, que aguarda oportunidade para deixar o local, conforme relatado à Agência Brasil. Ordem para sair Israel informou aos agentes das Nações Unidas que a região norte da Faixa de Gaza, onde vivem 1,1 milhão de pessoas, deve ser evacuada em 24 horas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou para que a ordem seja revista porque não há tempo hábil para retirar todo mundo. O organismo internacional diz que teme a escalada da crise humanitária. “Como é que 1,1 milhão de pessoas poderão atravessar uma zona de guerra densamente povoada em menos de 24 horas? Estremeço ao pensar quais seriam as consequências humanitárias da ordem de evacuação”, afirmou Martin Griffiths, Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência. Nessa quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente de Israel, Issac Herzog, e apelou para que seja aberto um corredor humanitário que permite às pessoas saírem da Faixa de Gaza. Fonte
Petróleo sobe 5% após ataques terrestres de Israel em Gaza
Agentes do mercado avaliam se conflito poderá se agravar e o que isso poderá significar para a principal região produtora de petróleo do mundo Os preços do petróleo sobem mais de 5% nesta sexta-feira (13), com o Brent a caminho do seu maior ganho semanal desde fevereiro, enquanto investidores avaliavam a possibilidade de o conflito no Médio Oriente se agravar à medida que Israel inicia ataques terrestres dentro da Faixa de Gaza. O anúncio de Israel marcou uma mudança de uma guerra aérea para operações terrestres, com o intuito de erradicar os combatentes do Hamas, uma semana após o seu ataque mortal no sul de Israel. Os futuros do Brent fecharam com avanço de 5,69%, para US$ 90,89 por barril. Já o petróleo bruto dos EUA West Texas Intermediate (WTI) fchou em alta de 5,77%, para US$ 87,69 o barril. O conflito teve pouco impacto no abastecimento global de petróleo e gás, já que Israel não é um grande produtor. Os agentes do mercado, no entanto, avaliam se conflito poderá se agravar e o que isso poderá significar para o abastecimento dos países vizinhos, na principal região produtora de petróleo do mundo. Alguns residentes de Gaza abandonaram as suas casas para escapar ao ataque israelenses, depois de Israel ter ordenado que mais de um milhão de pessoas deixassem a metade norte da Faixa de Gaza no prazo de 24 horas. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, discutiu na sexta-feira o conflito israelense com o Hamas com o chefe do grupo armado libanês Hezbollah, apoiado por Teerã, que lançou seus próprios ataques transfronteiriços contra Israel. “O mercado está preocupado porque não sabemos o que isso significa. E isso poderia impactar o petróleo?” disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. Se os EUA reforçarem a aplicação das sanções às exportações de petróleo do Irã devido a qualquer papel que possam ter no conflito, então o fornecimento de petróleo do Irã poderá cair. A Arábia Saudita está colocando no gelo os planos apoiados pelos EUA para normalizar os laços com Israel, disseram duas fontes familiarizadas com o pensamento de Riad, sinalizando uma rápida revisão de suas prioridades de política externa à medida que o conflito entre Israel e o Hamas aumenta. Isto pode ter implicações para a ofertada commodity, uma vez que a Arábia Saudita disse à Casa Branca que estava disposta a aumentar a produção de petróleo no início do próximo ano para ajudar a garantir o acordo de produção. Também aumentando os preços nesta sexta-feira, os EUA impuseram as primeiras sanções aos proprietários de petroleiros que transportam petróleo russo com preços acima do limite de preço do G7 de US$ 60 por barril, para colmatar lacunas no mecanismo concebido para punir Moscou pela sua invasão da Ucrânia. A Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo e um grande exportador, a decisão dos EUA poderá reduzir a oferta. A Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo e um grande exportador, a decisão dos EUA poderá reduzir a oferta. Esta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve a sua previsão para o crescimento da procura global de petróleo, citando sinais de uma economia mundial resiliente até agora, e esperando mais ganhos de procura na China, o maior importador de petróleo do mundo. “As questões do lado da oferta continuaram sendo o foco no mercado de petróleo bruto”, disse Daniel Hynes, estrategista sênior de commodities da ANZ, em nota na sexta-feira, acrescentando que os preços durante o início das negociações de sexta-feira subiram devido à aplicação mais forte das sanções dos EUA. Os preços do petróleo também ignoraram os dados que mostraram um declínio mensal nas importações chinesas de petróleo. Na oferta dos EUA, os perfuradores adicionaram esta semana quatro plataformas de petróleo no maior aumento semanal desde março, disse Baker Hughes. Fonte: CNN Brasil Fonte
Oitava parcela do IPTU vence nesta segunda-feira, 16/10, em Manaus
A oitava parcela do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), exercício de 2023, vence nesta segunda-feira, 16/10. As guias podem ser consultadas e impressas diretamente no portal Manaus Atende, no endereço eletrônico: manausatende.manaus.am.gov.br. O subsecretário da Receita da Secretaria Municipal de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef), Armínio Pontes, lembrou que, ao pagar as parcelas do IPTU em dia, os contribuintes manauaras concorrem a prêmios mensais em dinheiro, sem contar que o pagamento na data também evita o acréscimo de multa e juros nas parcelas. “Voltamos com os nossos sorteios mensais do IPTU Premiado, com prêmios de R$ 2 mil a R$ 20 mil. Ao pagar a parcela, o contribuinte já está concorrendo automaticamente”, destacou Pontes. —– Texto – Anderson Farias / Semef Foto – Antonio Pereira/Semcom Fonte
Em meio a calor, cidades no interior do AM registram chuva de granizo
Segundo o Inmet, o fenômeno está diretamente ligado com a falta de chuva, às altas temperaturas e a onda de fumaça que vem encobrindo o estado Vídeo exibe chuva de grazino em Maués/Am Apesar do calor, fumaça e das queimadas, algumas cidades no interior do Amazonas, registraram chuva de granizo nesta quinta-feira (12). Na capital, chegou a chover na Zona Norte. Também houveram relatos de chuvas em Coari, Tefé e na região Tabatinga, Autazes e Maués. Fonte