Conselhos tutelares: mais de 2 milhões foram às urnas no país
Pelo menos 2,3 milhões de brasileiros votaram na eleição para conselheiros tutelares realizada no início do mês em todo o país, sendo 1,7 milhão somente nas capitais. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Dados enviados pelos municípios mostram que compareceram aos locais de votação das capitais 1.744.042 eleitores, neste ano, um aumento de 34,7% em relação ao último pleito. (471.777 eleitores). Em 2019, 1.316.342 pessoas votaram para escolha dos conselheiros tutelares. Outras grandes cidades brasileiras com importante participação foram Guarulhos (SP), que somou 118.015 votantes, o que representa 12,55% do eleitorado; Contagem (MG), onde votaram 25.498 pessoas, o que representa 5,61% dos eleitores; e Jaboatão dos Guararapes (PE), onde 46.718 pessoas votaram no pleito, o que correspondeu a 9,7% dos eleitores aptos da cidade. De acordo com o balanço, a soma de votos de 24 dos maiores municípios do país – com exceção das capitais – alcançou a marca dos 541 mil votos. Temporais e estiagem No Rio Grande do Sul, algumas localidades tiveram as eleições adiadas por conta das fortes chuvas registradas no estado e que dificultaram a realização do pleito. Já na região amazônica, alguns municípios tiveram pouca participação devido à seca dos rios – importante via de transporte para chegar às sedes de municípios. Em Natal, o Ministério Público recomendou adiar o pleito em virtude de equívoco na distribuição das urnas eletrônicas. Sem eleição Seis cidades não registraram eleições diretas para a escolha de representantes dos conselhos tutelares: Uberlândia (MG), Cascalho Rico (MG), Grupiara (MG), Liberdade (MG), Rio Largo (AL) e Santana do Ipanema (AL). O ministério informou que, no último dia 6, encaminhou ofícios aos chefes do Ministério Público dos estados de Minas Gerais e de Alagoas solicitando providências. Nova data O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) recomendou a todos os municípios brasileiros que não tenham participado da fase de votação, no dia 1º de outubro, que agendem o pleito para o dia 29 de outubro, também de forma unificada, conforme prevê o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), com a antecedência necessária para que a posse dos conselheiros tutelares ocorra em 10 de janeiro de 2024. Source link
Governo do Amazonas divulga boletim sobre a estiagem no estado nesta quarta-feira (18/10)
O Governo do Amazonas, por meio do Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, divulga o boletim com informações atualizadas sobre a estiagem no estado, nesta quarta-feira (18/10). Até as 14h, havia 59 municípios em situação de emergência, 01 cidade em alerta, nenhum em atenção e 2 em normalidade. A situação dos municípios permanece a mesma desde o último boletim. Segundo o boletim, o Amazonas tem 584 mil pessoas afetadas até o momento pela seca severa, ou 145 mil famílias. O Comitê foi instituído no dia 29 de setembro pelo governador Wilson Lima, que também decretou situação de emergência em 55 municípios do Amazonas afetados pela seca severa que atinge o estado. O governador também anunciou medidas para reforçar as ações do Governo, que já estão em andamento, por meio da operação Estiagem 2023. FOTOS: Divulgação/Secom Fonte
Açaí faz bem para memória: veja 9 benefícios do ‘superalimento’ brasileiro
“As fibras auxiliam na redução do índice glicêmico da refeição e na saciedade, colaborando, sim, no processo de emagrecimento”, explica a nutricionista. Além disso, a substância também ajuda a regular do funcionamento do intestino, diminuindo os riscos de prisão de ventre e diarreia. 5 — Bom para o cérebro Estudos indicam que as substâncias antioxidantes do açaí também ajudam a proteger e a melhorar o desempenho do cérebro. Uma pesquisa da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, apontou que as antocianinas do açaí atenuam danos oxidativo no cérebro. Além de combater o estresse inflamatório cerebral, que afeta negativamente a memória e o aprendizado, o estudo ainda defende que o consumo de açaí impacta positivamente as funções cognitivas e motoras. Delicioso e saudável! Acredite: o açaí pode ser uma ótima opção de refeição antes da prática de exercícios físicos. Segundo a Embrapa, o alimento é fonte de carboidrato e energia, promovendo maior força e disposição durante os momentos de esforço. Como se não bastasse, a fruta ainda possui 13% de proteína, substância que ajuda no fortalecimento e na recuperação muscular, diminuindo quadros de dores e inflamação. Para se ter uma ideia, o ovo e o leite, que costumam fazer parte da dieta de atletas, oferecem 12,49% e 3,50%, respectivamente. Polpa de açaí oferece benefícios para praticantes de atividades físicas — Foto: Getty Images Outro destaque do fruto amazônico está ligada aos seus efeitos no sistema imunológico. Diversos estudos citam o polifenol presente no açaí como o principal responsável pela ação. Eles realizam atividades farmacológicas no organismo, por exemplo, antiviral e cicatrizante. Um levantamento realizado no Departamento de Imunologia e Doenças Infecciosas, nos Estados Unidos, sugere que as propriedades do auxiliam no recrutamento imunológico do corpo humano e poderia, inclusive, ser utilizado no tratamento da asma e outras doenças infecciosas. 8 — Reduz os riscos de câncer A alta presença dos pigmentos antocianinas no açaí e sua ação antioxidante, segundo a Embrapa, ainda ajuda a proteger o organismo contra efeitos carcinogênicos. Isso porque essas substâncias estimulam a produção de enzimas hepáticas e inibem a proliferação de células cancerígenas. O mesmo é defendido em um estudo do Instituto de Ciências Alimentícias e Agrícolas da Universidade da Flórida, nos EUA. Os resultados da pesquisa, publicada na Journal of Agricultural and Food Chemistry, indicam que as antocianinas do podem ajudar a reduzir entre 56 a 86% a reprodução de células de leucemia. A Organização Mundial da Saúde recomenda que um adulto ingira, em média, 1,2 mil gramas de cálcio diariamente. A presença da substância no organismo é essencial para diminuir os riscos de osteoporose ou mesmo fraturas ósseas. Neste sentido, o açaí poderia ser um aliado, desde que combinado com outros alimentos, como as leguminosas, para aumentar a ingestão do mineral. A cada 100 gramas, é possível adquirir 35 mg de cálcio. Fonte: Globo Rural Fonte
Embaixada dos EUA na Argentina opera normalmente após ameaça de bomba
A embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires disse que está operando normalmente nesta quarta-feira (18), depois que a mídia argentina relatou que o local foi esvaziado devido a uma suposta ameaça de bomba. Segundo os jornais Clarín e La Nación, as embaixadas dos Estados Unidos e de Israel foram esvaziadas após duas ameaças de bomba recebidas por e-mail, e esquadrões antibomba foram enviados aos locais. Por volta das 11h, as autoridades disseram que uma primeira busca em uma das embaixadas teve resultado negativo, informou o La Nación. Por volta do meio-dia, a embaixada dos EUA afirmou que não havia “nenhuma ameaça crível”. “Mais policiais argentinos foram temporariamente estacionados do lado de fora da embaixada devido a acontecimentos mundiais”, disse um porta-voz da embaixada. As supostas ameaças de bomba ocorreram em meio a uma escalada da guerra entre Israel e o Hamas, e no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, estava em Israel para prestar solidariedade na luta do país contra o Hamas. É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte
Operação Mute: Seap participa de operação integrada com a Senappen
A Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap) desencadeou, nesta quarta-feira (18/10), na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), a “Operação Mute”, realizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça. Com o com apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio do Comando de Policiamento Especializado (CPE), 80 policiais foram empregados na operação. Criada com o objetivo de combater a comunicação ilícita do crime organizado através da identificação e retirada de celulares nas unidades prisionais, a ação está sendo feita em 23 estados de forma integrada e simultânea. A operação, que será dividida em dois momentos, visa, inicialmente, anular a comunicação por meio de tecnologias que embaralham o sinal e, logo após, por meio de revistas em pavilhões e celas, buscar os aparelhos utilizados ilegalmente. Iniciada nas primeiras horas do dia, a operação está prevista para se estender até o dia 20 de outubro. FOTOS: Divulgação/Seap Fonte
Itamaraty diz que impasse para retirar brasileiros de Gaza se mantém
Continuam em um impasse as negociações para retirar os cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardando resgate. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou à imprensa nesta quarta-feira (18) que eles continuam trabalhando para “que isso aconteça no prazo mais rápido possível.” Apesar das negociações, ainda não há uma data prevista para saída de Gaza. “Depende um pouco de uma série de questões. Tanto do lado de Israel, também das autoridades de Gaza, quanto do lado do Egito, para se chegar a um acordo”, destacou. Vieira acrescentou que os guichês de atendimento para sair da Faixa de Gaza são poucos e que existem cerca de 5 mil estrangeiros querendo sair de Gaza. “Por essas questões todas práticas que ainda não foram abertas as passagens e que não pôde haver a saída dos brasileiros e dos outros nacionais”, concluiu. Os cerca de 30 brasileiros que querem deixar a Faixa de Gaza estão divididos em dois grupos: um que está na cidade Rafah a cerca de 1 km da fronteira e outro em Khan Yunis, a cerca de 10 km da fronteira. O transporte dos brasileiros que estão em Gaza será feito por veículos contratados pelo governo brasileiro. Após ultrapassar à fronteira, eles devem seguir para o aeroporto indicado pela autoridade egípcia. O avião presidencial cedido para retirar os brasileiros de Gaza já está no Cairo, capital do Egito. A brasileira Shaed Al-Banna, de 18 anos, em vídeo enviado na segunda-feira (16) já demonstrava ansiedade devido à falta de perspectiva para sair de Gaza. “Parece que vamos demorar muito para sair ainda desse país. Estou cansada, perdi muito peso de tão ansiosa, preocupada e tanto medo que estou sentindo. Já não sei o que fazer mais. Não quero perder a esperança, mas está difícil”, relatou. Fonte
Governo do Brasil condena ataque a hospital em Gaza
O governo brasileiro divulgou nota nesta quarta-feira (18) condenando o bombardeio ao Hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, ocorrido na noite desta terça-feira (17), deixando centenas de mortos. Na nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil “expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo da Palestina”. “O Brasil repudia nos mais fortes termos ataques a alvos civis, sobretudo a estruturas de saúde, e exorta as partes no conflito a cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário”, diz. O país apela, mais uma vez, para implantação de corredores humanitários, para fornecimento de água, comida, suplementos médicos, combustível e energia elétrica aos civis em Gaza. Outro pedido é que os reféns, sob controle do grupo Hamas, sejam liberados, e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha possa “desempenhar suas funções de agente humanitário neutro”. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito que pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir entrada de ajuda na Faixa de Gaza. Ataque aéreo Um ataque aéreo atingiu o hospital, que fica ao norte de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, 500 pessoas foram mortas e feridas no bombardeio. Israel negou a autoria do ataque e culpou a Jihad Islâmica. Segundo as forças de segurança israelenses, o local foi atingido por um lançamento fracassado de um foguete da Jihad Islâmica. O Hamas disse que a explosão na unidade de saúde matou pessoas deslocadas. *Com informações da Reuters. Fonte
Sine Amazonas divulga 143 vagas de emprego para esta quinta-feira
O Governo do Amazonas, por meio do Sistema Nacional de Empregos do Amazonas (Sine/AM), administrado pela Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), divulga a disponibilidade de 143 vagas de emprego para esta quinta-feira (19/10). Os interessados em concorrer às vagas devem acessar o site (http://empregabrasil.mte.gov.br) para fazer a solicitação de cadastro, ou comparecer na sede do Sine Amazonas, localizada na Galeria+, avenida Djalma Batista, 1.018 (entre o Amazonas Shopping e o Manaus Plaza Shopping). A distribuição das senhas e atendimento são realizados das 8h às 14h. Para o cadastro, devem apresentar comprovante de vacinação (Covid-19), currículo e documentos pessoais (RG, CPF, PIS, CTPS, comprovante de escolaridade e residência). Não é necessário apresentar cópias, somente os documentos originais. As oportunidades de emprego são de diversas empresas e instituições do Amazonas, e os detalhes das vagas serão informados pelos empregadores. 02 VAGAS: AUXILIAR DE COZINHA II Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Com experiência na função. Experiência em cozinha quente. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 02 VAGAS: ANIMADOR DE EVENTOS Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Com experiência na função. Experiência com público e eventos, principalmente com o público infantil. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 02 VAGAS: ATENDENTE Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Com experiência na função. Experiência no atendimento ao cliente no ramo alimentício. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 02 VAGAS: VENDEDOR – PRESIDENTE FIGUEIREDO Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 02 VAGAS: SUPERVISOR – PRESIDENTE FIGUEIREDO Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: PEDREIRO Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Com experiência na função. Ter curso na área de NR 10, NR 33 e NR 35. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 03 VAGAS: MONTADOR DE ESTRUTURAS EM ALUMÍNIO DE BAÚ Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. Ter experiência em desmontar e montar o baú da carreta ou caminhão baú. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 02 VAGAS: SOLDADOR II Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. Ter experiência e que saiba trabalhar com estrutura de alumínio de baú de carretas. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: OPERADOR DE SERIGRAFIA Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. Ter experiência em operar máquina de serigrafia de verniz, impressão de tela e papel geral. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: AUXILIAR DE COZINHA I Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. Curso desejável de Manipulação de Alimentos. Residir na Zona Leste de Manaus. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: OPERADOR DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. Ter experiência no setor industrial ou no setor de plásticos. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: MECÂNICO DE REFRIGERAÇÃO Escolaridade: Ensino Médio Cursando. Com experiência na função. Ter habilidade na manutenção preventiva do sistema de climatização. Ter CNH B e cursos na área de NR 35 E NR 10. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: REPRESENTANTE COMERCIAL Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. Ter conhecimento na linha têxtil e ter veículo próprio (carro ou moto) OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 02 VAGAS: MOTOBOY (HUMAITÁ) Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Com experiência na função. Ter CNH A Vagas destinadas para Humaitá. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 03 VAGAS: AJUDANTE DE CARGA E DESCARGA (HUMAITÁ) Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Sem experiência na função. Vagas destinadas para Humaitá. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 07 VAGAS: PROFESSOR(A) ENSINO SUPERIOR ODONTOLOGIA Escolaridade: Ensino Superior Completo Odontologia. Com experiência em Docência de nível superior nas áreas de Harmonização Orofacial, Endodontia, Ortodontia, Prótese Dentária, Dentística, Implantodontia e Periodontia. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 22 VAGAS: MONTADOR NAVAL Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Com experiência na função. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 20 VAGAS: SOLDADOR JR Escolaridade: Ensino Fundamental Completo ou Médio Cursando. Com experiência na função. Ter experiência em Solda Mig/Mag OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 30 VAGAS: SOLDADOR I Escolaridade: Ensino Fundamental Completo. Com experiência na função. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. 04 VAGAS: COSTUREIRO Escolaridade: Ensino Médio Completo. Com experiência na função. OBS: Ter documentação completa e currículo atualizado. VAGAS EXCLUSIVAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD) 30 VAGAS: AUXILIAR DE PRODUÇÃO (PCD) Escolaridade: Ensino Fundamental Completo; Com experiência na função. OBS: Ter mobilidade para executar atividades da função, possuir documentação completa, laudo médico e currículo atualizado. FOTO: Henrique Miranda/Setemp Fonte
Oriente Médio: 150 brasileiros aguardam ser repatriados
O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.137 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza. Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18). “Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa. Vieira destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira durante entrevista coletiva, no Palácio Itamaraty, fala sobre a operação Voltando em Paz – Antonio Cruz/Agência Brasil Agora, o Itamaraty aguarda a possibilidade de retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, alvo dos bombardeios diários de Israel. “O presidente Lula falou com o presidente do Egito, El-Sissi, eu falei ontem com o ministro do Exterior do Egito pedindo o apoio para que o os brasileiros possam ser evacuados assim que essa passagem for aberta”, informou o ministro. Duas aeronaves, um KC-390 e um KC-30, estão de prontidão, uma em Roma, na Itália, e outra no Rio de Janeiro, para trazer mais brasileiros, “em virtude das listas estão sendo compostas pela nossa Embaixada”, relatou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno. Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra. Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Marcelo Kanitz diz que duas aeronaves estão preparadas para mais repatriações – Antonio Cruz/Agência Brasil “Evidentemente, foi dada preferência nos primeiros voos aos cidadãos brasileiros. Mas estamos programando que, no último voo dessa primeira faze, se possa transportar 15 estrangeiros ainda interessados em voltar ao Brasil e daqui para seus países”, afirmou o ministro Mauro Vieira. Fonte
Guerra: notícias falsas e conteúdos sensíveis são nocivos à sociedade
Imagens de conflitos anteriores, informações imprecisas, discursos que nunca ocorreram, vídeos falsificados, guerras de versões. Além das bombas, tiros e outras violências reais que deixam o mundo atônito diante da guerra no Oriente Médio neste momento, a difusão acelerada de desinformação e notícias falsas, principalmente pelas redes sociais na internet, tem características bélicas e muito perigosas para a sociedade. Conteúdos sensíveis de dor e violência têm sido mais usados, dizem pesquisadores do tema. Professor de relações internacionais e pesquisador de assuntos ligados ao Oriente Médio, José Antonio Lima indica que esses conteúdos desinformativos são muito nocivos para quem vive próximo e também para as pessoas distantes dos cenários de guerra. Além de professor, Lima integra o projeto Comprova, que reúne jornalistas de veículos brasileiros para investigar informações suspeitas sobre políticas públicas compartilhadas em redes sociais ou aplicativos de mensagens. Ele explica que os conteúdos falsos aproveitam-se do que é transmitido no noticiário normal e que, por mais que a imprensa tome os cuidados para lidar, por exemplo, com imagens ou relatos de violência, é possível observar que nas redes sociais o filtro praticamente não existe. “Esse é um fator agravante no cenário atual porque a gente entende que essas emoções fortes acabam por dificultar para as pessoas o processo de identificar o que é ou não real”. Para o historiador e jornalista Raphael Kapa, que é coordenador de produtos da Agência Lupa, o momento de comoção diante da tragédia é utilizado por pessoas ou instituições que querem propagar desinformação. “Neste momento de vulnerabilidade, isso faz com que muitas vezes uma desinformação chegue a uma pessoa que acaba caindo nela porque está num momento sensível”, pondera. Ele explica que têm sido comuns divulgações envolvendo sofrimento de crianças e mutilação de corpos. “Na hora de checar essas informações e, além de dizer se ela é verdadeira ou falsa, avisamos que aquele conteúdo pode ser sensível. Pode gerar dor nas pessoas”. Mais mentiras disponíveis O pesquisador José Antonio Lima entende que a guerra é um momento em que as pessoas devem estar mais alertas para o recebimento de desinformação. “A gama de materiais que está disponível para quem quer desinformar é grande. Por exemplo, há imagens antigas de bombardeios na Síria que são divulgadas como se fossem atuais”. Raphael Kapa, da Lupa, afirma que ainda não há como mensurar a quantidade de desinformação que se acumula nas redes, mas é possível já ter uma primeira impressão sobre o teor. “Já conseguimos ver um certo padrão no uso de imagens de guerras anteriores, do uso de vídeos de extrema dor e violência, mas sendo descontextualizados para este momento”. Compartilhamentos sem responsabilidade José Lima, do projeto Comprova, chama a atenção para o fato que a violência da desinformação nem sempre tem característica dolosa. “Às vezes, são pessoas que não têm aquela informação e acabam passando informação adiante sem saber se aquilo é verdade, o que é um comportamento extremamente danoso”. Ele entende que há características em comum entre as informações falsas transmitidas durante o período da pandemia e agora na guerra. Para Lima, o caso brasileiro ilustra que há uma tentativa de usar os eventos que estão ocorrendo no Oriente Médio para provocar desastre em adversários políticos. “Eu não tenho dúvida nenhuma de que as redes de desinformação existentes no Brasil têm conexões com a classe política. Isso é um problema grave”, afirma. Kapa, da Agência Lupa, define que o olhar e até o compartilhamento das postagens obedecem a um “viés de confirmação”, que há pessoas com uma lógica de querer ler ou ouvir informações que seguem as próprias preferências políticas e ideológicas. “Transforma-se em fato aquilo que pode ser meramente outra crença. Então, a gente está pensando muito nisso, uma movimentação de uma indústria de descontextualização mexendo com as posições políticas e ideológicas que estão envolvidas em um contexto de guerra”. Uma das investigações feitas pela equipe do Comprova e que foi ao ar no dia 13 de outubro apontava que o Brasil teria doado US$ 25 milhões para o Hamas. “Na verdade, a doação foi feita à Autoridade Palestina”. Ele explica que há um contexto de preocupação no Brasil em vista de um ambiente polarizado. Essa questão de Israel-Palestina é, mesmo antes desse conflito, um dos fatores que coloca água nesse moinho da polarização no Brasil”. Os profissionais defendem que é necessário estar atento para não compartilhar conteúdos dos quais não se conheça a procedência. “Como uma cena violenta, por exemplo, que tem só o vídeo com ou sem informação de texto. Se você não sabe quem filmou, qual foi o contexto, ou quando ocorreu, não compartilhe. Há chance muito grande de ter um teor enganoso”, afirma Lima. Outro alerta feito por ele é sobre o cuidado com mensagens que têm tom de urgência, letras maiúsculas, emojis, sinais de sirene e pontos de exclamação. É preciso desconfiar ainda de conteúdos com teor conspiratório. “Basta a pessoa fazer uma busca, seja na imprensa brasileira ou internacional porque há reportagens plurais. O tom conspiratório sempre é um indicativo de desinformação”, acrescenta. Desconhecimento A aridez e o desconhecimento do tema (que envolve história e relações internacionais) acabam sendo condicionantes que aceleram a desinformação, segundo os pesquisadores. “A dificuldade que é, para muitas pessoas, ter informação de qualidade a respeito de um determinado assunto acaba também abrindo as portas para a desinformação”, diz Lima. Outro contexto é que as redes sociais são efetivamente esse cenário de desinformação pela natureza delas e dos algoritmos que funcionam. “As redes sociais combinadas com os aplicativos de mensagem acabam formando um ecossistema que é propenso à desinformação. E isso é extremamente preocupante”. “Plataformas devem ter responsabilidade” Os pesquisadores avaliam que as redes sociais controladas por grandes empresas de tecnologia devem ter responsabilidade sobre o que é divulgado. “A gente vê alguns alertas, mas está muito aquém do necessário para este momento. As plataformas devem ter uma responsabilidade grande nesse momento com a veiculação de vídeos e de fotos”, diz Raphael Kapa, da Lupa. O professor de relações internacionais José Lima considera que as redes enfrentam dificuldades de equilibrar liberdade de
Quinze pessoas são presas em Manaus durante ações da SSP-AM
Entre a manhã de terça-feira (17/10) e as primeiras horas desta quarta (18/12), quinze pessoas foram presas em Manaus durante ações da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM), por meio da Polícia Militar (PMAM). Conforme o relatório do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), as prisões aconteceram nos bairros Cidade de Deus, Novo Aleixo e Santa Etelvina, na zona norte; Centro, na zona sul; Colônia Antônio Aleixo e Tancredo Neves, na zona leste; e Compensa, na zona oeste. A maioria das prisões foi efetuada pelos crimes de pesca ilegal, porte ilegal de arma de fogo, roubo, receptação e tráfico de drogas. As ações resultaram também na recuperação de motocicletas e no cumprimento de mandado de prisão. Ocorrências Na Avenida Loureço da Silva Braga, bairro Centro, zona sul da capital, um homem, de 47 anos, foi preso pela equipe da 24ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) pelo crime de pesca ilegal. Com ele foram encontrados e apreendidos 680 quilos de pirarucu, vindos do município de Codajás (a 240 quilômetros de Manaus). O homem foi encaminhado para o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). No bairro Compensa, zona oeste, dois homens, de 19 e 22 anos, foram presos por policiais militares da 8ª Cicom, suspeitos de praticarem roubo naquela região. A dupla utilizava um carro para efetuar o crime. Com os suspeitos foram encontrados e apreendidos um revólver calibre 38 e três smartphones. Os homens foram presos em flagrante e encaminhados para o 19º DIP. No bairro Santa Etelvina, zona norte, policiais da 26ª Cicom prenderam três homens, entre 23 e 27 anos, pelo crime de tráfico de drogas. Eles estavam em posse de uma porção de maconha, 91 porções de cocaína, 86 porções de oxi, um celular e R$ 281 em espécie. O trio foi encaminhado para o 6º DIP. Quatro homens, com idades entre 18 e 19 anos, foram presos por policiais da 27ª Cicom, no bairro Novo Aleixo, também na zona norte, pelo crime de receptação. Os suspeitos foram presos durante abordagem feita ao veículo que conduziam. Durante vistoria no veículo, foi encontrado um chassi de moto da marca Honda CG 160 com restrição de roubo. O quarteto foi apresentado no 6º DIP. FOTOS: Nonato Rodrigues/SSP-AM Fonte
Desde início de ataques, 24 instalações da ONU foram atingidas em Gaza
Vinte e quatro instalações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) já foram atingidas desde o início do bombardeio israelense à Faixa de Gaza. Segundo relatório divulgado pela agência, na terça-feira (17), 14 pessoas de sua equipe foram mortas desde que os ataques ao território palestino começaram em 7 de outubro. Alguns deles morreram em casa, com suas famílias. A UNRWA acredita, no entanto, que o número de vítimas pode ser ainda maior. Na última terça-feira, mais um ataque: uma escola no campo de refugiados palestinos de Al-Maghazi, na parte central de Gaza, foi atingida por uma bomba, o que resultou na morte de pelo menos seis pessoas e deixou outras feridas. A escola atingida abrigava 4 mil pessoas. “Isso é ultrajante e novamente mostra um desrespeito flagrante pelas vidas de civis. Agora, nenhum local é seguro em Gaza, nem mesmo as instalações da UNRWA”, declarou a agência, em uma nota divulgada após o ataque. O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazarini, afirmou nesta quarta-feira (18), em um comunicado que uma catástrofe sem precedentes está se desenrolando perante todos. “Ao menos 1 milhão de pessoas foram forçadas a sair de suas casas em apenas uma semana. Mais de meio milhão dos deslocados estão se abrigando nas nossas escolas e outras instalações no sul de Gaza. Um número desconhecido de pessoas, a quem a UNRWA não é mais capaz de assistir, continuam nas nossas instalações, na parte norte da Faixa.” Segundo o coordenador do Observatório Saúde e Migração, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Alexandre Branco Pereira, ataques a instalações da Organização das Nações Unidas em Gaza não são uma novidade. Na ação militar israelense de 2014, por exemplo, sete abrigos mantidos pela UNRWA foram bombardeados, matando crianças que estavam ali. “A gente ouve muito falar de terrorismo como se fosse uma exclusividade dos ataques praticados pelo Hamas, mas o que Israel faz e tem feito ao longo dos anos é um terrorismo de Estado, porque a intenção é fazer com que as pessoas fiquem completamente desnorteadas e inseguras. Não existe lugar seguro. Durante essa crise, por exemplo, você teve Israel indicando rotas para que as pessoas do Norte de Gaza fossem para o sul e, depois, bombardeando essas mesmas rotas, matando as pessoas que ela tinha dito para se deslocarem”, afirma Pereira. No relatório divulgado na terça-feira, a UNRWA também chamou atenção para os ataques israelenses no sul de Gaza, apesar de Israel orientar os civis para que se movessem para a região, para o risco de morte de pessoas e doenças pela falta de água e para a situação dos hospitais, que só poderiam funcionar por mais 24 horas com o combustível disponível. Além disso, a UNRWA afirma que seus estoques de medicamentos devem se esgotar até o próximo mês. Em algumas clínicas da agência, os remédios devem acabar antes disso. Fonte
Governo do Estado anuncia remissão e renegociação de crédito da Afeam em resposta à estiagem
A estimativa de remissão e renegociação de débitos totalizam mais de 1900 operações no valor de, aproximadamente, R$ 9,7 milhões O Governo do Estado, por meio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), anunciou programa de remissão e renegociação em resposta à estiagem que afetou severamente os agricultores e comunidades rurais no Amazonas. De acordo com Afeam, esta iniciativa reforça o compromisso da Agência em promover o desenvolvimento sustentável das áreas rurais e garantir a estabilidade econômica agrícola devido as perdas significativas causadas aos agricultores. A estimativa de remissão e renegociação de débitos totalizam mais de 1900 operações no valor de, aproximadamente, R$ 9,7 milhões. Em reconhecimento aos prejuízos causados à agricultura local foi estabelecido a concessão de Remissão Total e Parcial para os produtores rurais que sofreram perdas ou prejuízo na produção devido a excepcional estiagem deste ano, que possuem operações de financiamentos concedidos com recursos do Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e ao Desenvolvimento Social do Estado do Amazonas – FMPES, em situação de adimplência, na data base de 31 de agosto de 2023, mediante Laudo Técnico e registro fotográfico elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (Idam). Os financiados dos setores de indústria, comércio e serviço adimplentes na data base de 31 de agosto de 2023 e afetados pela estiagem deste ano, poderão ter suas dívidas renegociadas com a repactuação dos prazos de pagamento das parcelas, respeitando as particularidades de cada atividade. Já as operações do setor primário, não contempladas com o benefício da remissão parcial ou total, poderão ter suas dívidas renegociadas com a repactuação dos prazos de pagamento das parcelas, mediante Laudo Técnico e registro fotográfico elaborado Idam. A concessão dos benefícios de Remissão fica limitada aos municípios onde for reconhecida a Situação de Emergência ou Situação de Calamidade Pública pela Defesa Civil Estadual ou Secretaria Nacional da Defesa Civil ao prazo estabelecido nos referidos Decretos. O diretor-presidente da Agência de Fomento, Marcos Vinicius Castro, afirmou que a iniciativa reforça o compromisso do Governo do Estado em garantir a estabilidade econômica dos produtores rurais. “Compreendemos os desafios excepcionais que nossos agricultores e produtores rurais enfrentaram devido à estiagem prolongada. Com a anistia e renegociação os produtores rurais terão a oportunidade de reduzir ou eliminar dívidas pendentes, juros acumulados e penalidades associadas”, explicou. Como Participar Os detalhes específicos e os critérios de elegibilidade estão disponíveis no site da Afeam: www.afeam.am.gov.br, no banner “operação estiagem 2023”. Fonte
Guerra: notícias falsas e conteúdos sensíveis são nocivos à sociedade
Imagens de conflitos anteriores, informações imprecisas, discursos que nunca ocorreram, vídeos falsificados, guerras de versões. Além das bombas, tiros e outras violências reais que deixam o mundo atônito diante da guerra no Oriente Médio neste momento, a difusão acelerada de desinformação e notícias falsas, principalmente pelas redes sociais na internet, tem características bélicas e muito perigosas para a sociedade. Conteúdos sensíveis de dor e violência têm sido mais usados, dizem pesquisadores do tema. Professor de relações internacionais e pesquisador de assuntos ligados ao Oriente Médio, José Antonio Lima indica que esses conteúdos desinformativos são muito nocivos para quem vive próximo e também para as pessoas distantes dos cenários de guerra. Além de professor, Lima integra o projeto Comprova, que reúne jornalistas de veículos brasileiros para investigar informações suspeitas sobre políticas públicas compartilhadas em redes sociais ou aplicativos de mensagens. Ele explica que os conteúdos falsos aproveitam-se do que é transmitido no noticiário normal e que, por mais que a imprensa tome os cuidados para lidar, por exemplo, com imagens ou relatos de violência, é possível observar que nas redes sociais o filtro praticamente não existe. “Esse é um fator agravante no cenário atual porque a gente entende que essas emoções fortes acabam por dificultar para as pessoas o processo de identificar o que é ou não real”. Para o historiador e jornalista Raphael Kapa, que é coordenador de produtos da Agência Lupa, o momento de comoção diante da tragédia é utilizado por pessoas ou instituições que querem propagar desinformação. “Neste momento de vulnerabilidade, isso faz com que muitas vezes uma desinformação chegue a uma pessoa que acaba caindo nela porque está num momento sensível”, pondera. Ele explica que têm sido comuns divulgações envolvendo sofrimento de crianças e mutilação de corpos. “Na hora de checar essas informações e, além de dizer se ela é verdadeira ou falsa, avisamos que aquele conteúdo pode ser sensível. Pode gerar dor nas pessoas”. Mais mentiras disponíveis O pesquisador José Antonio Lima entende que a guerra é um momento em que as pessoas devem estar mais alertas para o recebimento de desinformação. “A gama de materiais que está disponível para quem quer desinformar é grande. Por exemplo, há imagens antigas de bombardeios na Síria que são divulgadas como se fossem atuais”. Raphael Kapa, da Lupa, afirma que ainda não há como mensurar a quantidade de desinformação que se acumula nas redes, mas é possível já ter uma primeira impressão sobre o teor. “Já conseguimos ver um certo padrão no uso de imagens de guerras anteriores, do uso de vídeos de extrema dor e violência, mas sendo descontextualizados para este momento”. Compartilhamentos sem responsabilidade José Lima, do projeto Comprova, chama a atenção para o fato que a violência da desinformação nem sempre tem característica dolosa. “Às vezes, são pessoas que não têm aquela informação e acabam passando informação adiante sem saber se aquilo é verdade, o que é um comportamento extremamente danoso”. Ele entende que há características em comum entre as informações falsas transmitidas durante o período da pandemia e agora na guerra. Para Lima, o caso brasileiro ilustra que há uma tentativa de usar os eventos que estão ocorrendo no Oriente Médio para provocar desastre em adversários políticos. “Eu não tenho dúvida nenhuma de que as redes de desinformação existentes no Brasil têm conexões com a classe política. Isso é um problema grave”, afirma. Kapa, da Agência Lupa, define que o olhar e até o compartilhamento das postagens obedecem a um “viés de confirmação”, que há pessoas com uma lógica de querer ler ou ouvir informações que seguem as próprias preferências políticas e ideológicas. “Transforma-se em fato aquilo que pode ser meramente outra crença. Então, a gente está pensando muito nisso, uma movimentação de uma indústria de descontextualização mexendo com as posições políticas e ideológicas que estão envolvidas em um contexto de guerra”. Uma das investigações feitas pela equipe do Comprova e que foi ao ar no dia 13 de outubro apontava que o Brasil teria doado US$ 25 milhões para o Hamas. “Na verdade, a doação foi feita à Autoridade Palestina”. Ele explica que há um contexto de preocupação no Brasil em vista de um ambiente polarizado. Essa questão de Israel-Palestina é, mesmo antes desse conflito, um dos fatores que coloca água nesse moinho da polarização no Brasil”. Os profissionais defendem que é necessário estar atento para não compartilhar conteúdos dos quais não se conheça a procedência. “Como uma cena violenta, por exemplo, que tem só o vídeo com ou sem informação de texto. Se você não sabe quem filmou, qual foi o contexto, ou quando ocorreu, não compartilhe. Há chance muito grande de ter um teor enganoso”, afirma Lima. Outro alerta feito por ele é sobre o cuidado com mensagens que têm tom de urgência, letras maiúsculas, emojis, sinais de sirene e pontos de exclamação. É preciso desconfiar ainda de conteúdos com teor conspiratório. “Basta a pessoa fazer uma busca, seja na imprensa brasileira ou internacional porque há reportagens plurais. O tom conspiratório sempre é um indicativo de desinformação”, acrescenta. Desconhecimento A aridez e o desconhecimento do tema (que envolve história e relações internacionais) acabam sendo condicionantes que aceleram a desinformação, segundo os pesquisadores. “A dificuldade que é, para muitas pessoas, ter informação de qualidade a respeito de um determinado assunto acaba também abrindo as portas para a desinformação”, diz Lima. Outro contexto é que as redes sociais são efetivamente esse cenário de desinformação pela natureza delas e dos algoritmos que funcionam. “As redes sociais combinadas com os aplicativos de mensagem acabam formando um ecossistema que é propenso à desinformação. E isso é extremamente preocupante”. “Plataformas devem ter responsabilidade” Os pesquisadores avaliam que as redes sociais controladas por grandes empresas de tecnologia devem ter responsabilidade sobre o que é divulgado. “A gente vê alguns alertas, mas está muito aquém do necessário para este momento. As plataformas devem ter uma responsabilidade grande nesse momento com a veiculação de vídeos e de fotos”, diz Raphael Kapa, da Lupa. O professor de relações internacionais José Lima considera que as redes enfrentam dificuldades de equilibrar liberdade de
Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta do Brasil sobre conflito
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo extremista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O texto pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira. A análise da resolução estava inicialmente prevista para o início da semana, mas foi adiada para esta quarta-feira na sede da entidade, em Nova York. Na segunda-feira (16), membros do conselho rejeitaram uma proposta de resolução da Rússia sobre o conflito. O país apresentou um projeto de cessar-fogo imediato, incluindo a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos contra Israel. A proposta teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções. Entenda O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto. Fonte