Polícia encontra casa na Zona Oeste de SP com 33 pessoas treinadas para engolir drogas e levá-las para a Europa

Ainda durante a fiscalização, outros cinco passageiros, que eram alvos da Receita Federal, também foram submetidos ao mesmo exame e tiveram o resultado semelhante de que tinham tido contato com cocaína. Raio-x mostra cocaína em estômago de estrangeiro — Foto: Divulgação Eles foram conduzidos imediatamente a um hospital público e exames médicos comprovaram que todos os seis estrangeiros tinham engolido grande quantidade de cápsulas contendo cocaína. Os policiais ainda verificaram que os passageiros possuíam Registro Nacional de Migrante e três deles desembarcariam antes do destino final, em Kano, na Nigéria. Além disso, os agentes também constataram que um deles já foi preso no aeroporto, em 2017, durante cumprimento de mandado de prisão, e outros três ingressaram no país com pedido de refúgio. Conforme a Polícia Federal, os passageiros foram levados para um hospital para realizarem procedimento para expelirem as cápsulas com a droga. Em seguida, foram apresentados à Justiça Federal, onde irão responder pelo crime de tráfico internacional de drogas. Polícia Federal prendeu mais de 300 pessoas por tráfico de drogas no Aeroporto de Guarulhos — Foto: Reprodução/TV Globo De acordo com relatório de 2021, feito pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) sobre a tendência do mercado de drogas, a América Latina é responsável pela maior parte da cocaína apreendida no mundo, respondendo por 83% da quantidade interceptada em 2019. Nesse mesmo ano, segundo a Polícia Federal, no Brasil foram apreendidas 104,582 toneladas de cocaína. O Brasil é reconhecido no estudo como um território de passagem de drogas e como um país corredor no comércio do tráfico internacional de substâncias ilícitas. Ainda de acordo com o relatório do UNODC, dentre os estrangeiros oriundos da América Latina presos na Europa pelo porte de cocaína, entre os anos 2018 e 2020, os brasileiros figuraram na terceira posição em autuações e apreensão de drogas, precedidos pelos peruanos (2ª) e colombianos (1ª). Fonte: G1 Fonte

Em menos de 24 horas, PC-AM prende trio que manteve idoso em cárcere privado e extorquiu R$ 10 mil de sua conta bancária

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), prendeu, na noite de quarta-feira (22/11), Alex Sandro Ramos Machado, 30; Karlison Silva do Nascimento, 19; e Wallef Castelo Branco Rocha, 30, por envolvimento no roubo a residência de um idoso de 73 anos. O crime ocorreu na manhã daquele mesmo dia, e a vítima foi mantida em cárcere privado, sofreu tortura e teve R$ 10 mil subtraídos da sua conta bancária. Durante coletiva de imprensa na sede da Delegacia Geral, o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitano (DPM), parabenizou a equipe de investigação do 6º DIP pela resolução deste caso em tempo hábil, e ressaltou que a PC-AM está sempre atenta ao que ameaça a segurança pública do Estado. “É importante aproveitar a oportunidade para enfatizar que nenhum crime passa despercebido pela Polícia Civil do Amazonas. Uma hora a gente chega à autoria e apresenta a resolução dos casos à população, para que eles estejam cientes de que estamos trabalhando em prol dela”, salientou. Conforme o delegado Ericson Tavares, titular da unidade policial, as diligências iniciaram no momento em que o idoso compareceu à delegacia e relatou que três indivíduos teriam invadido a sua residência e executaram a ação criminosa. “Eles chegaram na casa perguntando por um cofre e foram bastante violentos com o idoso, o agredindo e o torturando. Eles conseguiram, inicialmente, que a vítima transferisse R$ 10 mil para a conta bancária de Karlison. Posteriormente, exigiram o repasse de R$ 50 mil, no entanto, o sistema de segurança do banco bloqueou a transação”, falou. De acordo com o titular, Karlison foi usado como ‘laranja’ pelo grupo criminoso. Em depoimento, ele contou que recebeu os R$ 10 mil em razão de uma dívida de 400 reais que Wallef tinha com ele. “Ele afirmou que não sabia da origem do dinheiro e falou, ainda, que teria transferido R$ 2,9 mil para Wallef. Com a prisão deste, chegamos até Alex Sandro. Ele confessou que receberia o restante do dinheiro e iria transferir para Jorge Matos da Silva, que está sendo procurado por ser o mentor da ação delituosa”, disse. Ainda segundo o delegado, dos três presos, Alex Sandro foi reconhecido pela vítima como um dos executores do roubo a residência do idoso. Além deste, outros dois indivíduos, ainda não identificados, também teriam envolvimento direto com o caso. “Em resumo, conseguimos recuperar cerca de R$ 7 mil e devolver à vítima. Continuaremos trabalhando para identificar quem seriam os outros autores e quem, possivelmente, repassou a informação de que o idoso teria cofre e dinheiro em casa”, enfatizou. Denúncia Quem tiver informações sobre o paradeiro de Jorge Matos, deve entrar em contato pelo pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). “A identidade do informante será mantida em sigilo”, afirmou o delegado. Procedimentos Os indivíduos responderão por roubo majorado, cárcere privado, associação criminosa e dano, e ficarão à disposição da Justiça. FOTOS: Lyandra Peres e Beatriz Sampaio/PC-AM Fonte

Carros elétricos terão preços mais acessíveis no Brasil? Entenda os desafios e perspectivas do setor

Anúncios de fabricação em território nacional pelas montadoras BYD, GWM e Stellantis têm movimentado o mercado. Por outro lado, infraestrutura, falta de legislação e tecnologia ainda são obstáculos. Mesmo com o avanço de mais de 1.600% em vendas nos últimos cinco anos, a popularização de carros eletrificados continua distante de se tornar realidade no Brasil. É o que afirmam especialistas ouvidos pelo g1, que apontam uma série de desafios para o setor. Estão no grupo de veículos eletrificados os elétricos híbridos (HEV), os elétricos híbridos plug-in (PHEV) e os elétricos 100% a bateria (BEV), conforme classificação da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Entenda as diferenças. Um levantamento elaborado pela JATO do Brasil, empresa de inteligência global de negócios automotivos, ajuda a mensurar esse mercado no país. O estudo aponta que, entre os carros de passeio, os eletrificados correspondem a apenas 5% do total de 1.373.188 veículos vendidos em território nacional em 2023 (veja arte mais abaixo). Quando considerados apenas os 100% elétricos, o percentual é ainda menor, de 0,7%. Cenário bem distinto em comparação com a Europa, os Estados Unidos e, principalmente, a China, que tem avançado a passos largos. O gigante asiático é líder do mercado mundial de elétricos, com 10,6 milhões de veículos vendidos entre 2020 e o terceiro trimestre de 2023. No Brasil, os anúncios de montadoras sobre o início de fabricação de carros eletrificados em território nacional já têm agitado o setor — um movimento que deve se intensificar a partir de 2024. As chinesas BYD (Build Your Dreams) e GWM (Great Wall Motors), além da Stellantis — dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM —, estão entre as empresas que devem começar a produzir no país entre o ano que vem e 2025. Atualmente, todos os modelos 100% elétricos no Brasil são importados. A expectativa é que o cenário comece a melhorar até o fim da década, ao passo que mercado enfrenta travas importantes, como: preços dos veículos; infraestrutura e investimentos; falta de legislação — e de prioridade no país; autonomia limitada. Preços dos elétricos O interesse pelos veículos eletrificados não é um problema. O mercado nacional já se mostra promissor, já que 40% dos brasileiros consideram comprar um carro híbrido ou elétrico, conforme pesquisa realizada pela OLX em outubro. Mas existem barreiras que pesam para que as vendas sejam muito baixas no Brasil. A principal é o alto custo em comparação com os veículos a combustão (aqueles que utilizam gasolina ou álcool). A soma de todos os carros de passageiros vendidos no país tem um valor médio de R$ 140 mil, enquanto os eletrificados partem desse valor. É um custo muito mais alto, o que gera essa restrição. — Milad Kalume Neto, diretor de desenvolvimento de negócios da JATO do Brasil. Mesmo tão distantes, os preços dos eletrificados já vêm caindo nos últimos anos — outro movimento que deve se intensificar daqui para frente, assim que tiver início a produção em território nacional. A chegada das chinesas BYD e GWM já puxou o preço de alguns modelos elétricos para algo em torno R$ 150 mil, preço que antes não tinha. O mesmo carro que hoje sai por esse valor, antes custava R$ 200 mil. — Renato Romio, gerente da Divisão de Motores e Veículos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) Com valores mais convidativos, o caminho natural é que as vendas melhorem. Romio pondera, no entanto, que os elétricos vendidos a R$ 150 mil, por exemplo, são similares aos veículos convencionais a combustão, pouco sofisticados, que custam cerca de R$ 80 mil. O Caoa Chery iCar, 100% elétrico, é o modelo o mais barato da categoria no país, e passou a custar R$ 119.990,00 depois de uma redução de valor em agosto. Ainda assim, o custo é 88% maior em comparação com o Renault Kwid, por exemplo, um dos mais baratos a combustão entre os zero km do mercado — encontrado pela reportagem do g1 a R$ 63.990,00. Ou seja, o consumidor desembolsaria quase o dobro do preço por um veículo elétrico que oferece condições semelhantes a um modelo mais popular. “Nem todo mundo está disposto a pagar o dobro do preço em um carro convencional só porque ele é elétrico”, continua Romio. “Então, essa é a primeira barreira no mercado.” Por que os preços são tão altos no Brasil? Por natureza, os elétricos reúnem muitos equipamentos com tecnologia mais recente e sofisticada, o que ajuda a elevar seus custos. Além disso, utilizam um número maior de semicondutores — peças utilizadas pela indústria automobilística e que têm enfrentado escassez global nos últimos tempos. “Ainda deve entrar na conta o preço da bateria que, apesar de ter caído nos últimos anos, ainda é muito alto”, diz Milad Kalume Neto, da JATO do Brasil. Em muitos casos, diz Milad, pode custar até mais do que o próprio carro. Também exerce influência sobre os valores a cotação do dólar frente ao real, em especial porque, atualmente, o mercado brasileiro é formado por elétricos importados. A China, que é referência e tem investido pesado no setor, conseguiu reduzir pela metade os preços de veículos elétricos ao longo dos últimos 10 anos. O valor médio caiu de 41,8 mil euros em 2011 para 22,1 mil euros em 2021. Isso coloca o elétrico chinês mais barato do que nos EUA e na Europa, segundo levantamento da JATO. Infraestrutura e falta de investimentos Com frota bastante reduzida, o número de pontos de recarga para elétricos ainda é bastante baixo no Brasil — especialmente fora dos grandes centros comerciais. De acordo com levantamento da JATO, são cerca de 3 mil postos de carregamento, concentrados nas capitais e em algumas cidades com mais de um milhão de habitantes. Isso representa, excluindo a área da Amazônia, 0,00058 carregador por km². Para efeito de comparação, a Holanda, líder em infraestrutura de carregamento na Europa, possui 2,17405 carregadores por km² — ou seja, mais do que dois carregadores a cada km². Ao todo, são mais de 90 mil pontos de recarga no

Morre Rubens Minelli, um dos maiores técnicos do futebol brasileiro

O futebol brasileiro perdeu nesta quinta-feira um de seus maiores treinadores. Morreu aos 94 anos o ex-jogador e ex-treinador Rubens Minelli, que conquistou quatro títulos brasileiros por Palmeiras, Inter (duas vezes) e São Paulo, entre outros títulos. A morte foi confirmada pelo clube gaúcho em suas redes sociais. Ainda não informações sobre velório e sepultamento. Minelli conquistou o Brasileirão em três anos consecutivos. Em 1975 e 76 pelo Inter e, no ano seguinte, liderou pelo São Paulo. Antes, quando a competição não tinha o atual nome, foi campeão nacional pelo Palmeiras, em 1969. O treinador ainda comandou clubes como o Grêmio, a Portuguesa, Sport, Atlético-MG, Corinthians, Paraná, Santos, Ponte Preta, além do Al-Hilal, da Arábia Saudita. Fonte: Globo esporte  Fonte

Operação Energia Segura: Ipem-AM realiza ensaios sobre fios e cabos elétricos comercializados em Manaus e Região Metropolitana

Fiscais coletaram 25 amostras, de nove marcas, de fios e cabos elétricos, que estão sendo submetidas a ensaios de resistência Nesta quinta-feira (23/11), o Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM) iniciou o processo de ensaios de resistência de fios e cabos elétricos comercializados e fabricados em Manaus e Região Metropolitana. A ação faz parte da operação Energia Segura, desencadeada pelo órgão delegado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Desde a terça-feira (21/11), as equipes de fiscalização visitaram 18 estabelecimentos, entre fábricas e lojas de fios, cabos e cordões flexíveis elétricos, e coletaram 25 amostras de lotes variados de nove marcas, que estão sendo submetidas a ensaios que garantem a qualidade do produto no laboratório do Ipem-AM. Na avaliação do diretor-presidente do Ipem-AM, Renato Marinho, a ação é importante para assegurar ao consumidor a aquisição de um produto certificado pelo Inmetro e dentro das conformidades obrigatórias. “Como órgão regulador de qualidade, além da fiscalização, também realizamos ensaios de resistência, que atesta se o produto é seguro. Uma vez confirmada a irregularidade do material, todo lote é retirado de circulação e destruído”, explicou. Ainda de acordo com Renato Marinho, até a conclusão dos ensaios, o restante dos lotes fica retido nos estabelecimentos, nos quais foram coletados, tendo os proprietários como fiéis depositários. “Somente após a divulgação do laudo dos ensaios, se estiver tudo dentro da conformidade, o lote é liberado para comercialização. Caso contrário, é apreendido e destruído”, detalhou. O balanço da operação Energia Segura será divulgado na segunda-feira (27/11). Caso sejam constatadas irregularidades, os estabelecimentos responsáveis pela comercialização serão autuados e terão o prazo de dez dias para apresentar defesa junto ao Ipem-AM. O estabelecimento notificado estará sujeito à multa que pode variar de R$ 1 mil a R$ 1,5 milhão. Balanço De janeiro a outubro deste ano, um total de 2.445 peças de fios e cabos de energia foi verificado, com cem produtos reprovados. Os dados são resultados das ações de rotina que compõem o cronograma de trabalho do instituto e também da operação do Plano Nacional de Verificação de Mercado (PNVM) do Inmetro, que ocorreu simultaneamente em todo país. Ouvidoria Consumidores que desconfiarem de possíveis irregularidades devem entrar em contato com a Ouvidoria do Ipem-AM, no WhatsApp 99261-7143, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou pelo site: https://ipem.am.gov.br/ouvidoria/, e pelas redes sociais do órgão: Instagram – @ipem.amoficial; Facebook – Ipem Amazonas e Twitter – @ipemamoficial. FOTOS: Alexandre Vieira/Ipem-AM LEGENDA:IPEM_1: Diretor-presidente do Ipem-AM, Renato Marinho, acompanha o processo de ensaio de resistência de fios e cabos elétricos no laboratório do instituto IPEM_2: Técnicos do Ipem-AM realizam ensaios de resistência de fios, cabos e cordões flexíveis elétricos, alvos da operação Energia Segura IPEM_3 e 4: Amostras de fios, cabos e cordões flexíveis elétricos foram coletados por fiscais do Ipem-AM durante a operação Energia Segura Contatos para a imprensa: Assessoria de Comunicação e Imprensa do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-AM): Jeane Glay (99114-3368).

Linhas de ônibus passam a atender João Valério a partir da próxima segunda-feira, 27/11

A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), informa que, a partir da próxima segunda-feira, 27/11, haverá alteração no itinerário das linhas de ônibus 123 (Santo Agostinho / Jacira Reis / T1 / Centro), 315 (Santa Etelvina / Samaúma / T1 / Centro) e 443 (Nova Cidade / Conjunto Manoa / Avenida Djalma Batista / Centro) que atendem os usuários em direção ao centro da cidade. As linhas passarão a atender a avenida João Valério em direção à Constantino Nery no sentido bairro para o Centro. O objetivo da medida é proporcionar velocidade na operação das linhas que realizam percurso ao Terminal de Integração 1 (T1) e centro da cidade. Atualmente, as linhas seguem direto pela avenida Djalma Batista até a avenida Álvaro Maia, trajeto que será mudado com as alterações previstas para segunda-feira. As alterações são possíveis após obras de reparos no complexo viário Ministro Roberto Campos, na Constantino Nery. — — — Texto – Álisson Castro / IMMU Foto – Reprodução / Google Street Fonte

TSE nega habeas corpus e mantém condenação criminal de Garotinho

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta quinta-feira (23), por unanimidade, um habeas corpus por meio do qual o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho buscava a anulação de uma condenação criminal. A nulidade do processo seria decorrente da suposta suspeição de um dos juízes que atuaram no caso, alegou a defesa. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRF-RJ) não aceitou o pedido para que o magistrado fosse considerado suspeito, e os advogados então acionaram o TSE. Nesta quinta-feira (23), os ministros do TSE também rejeitaram a suspeição do juiz Glaucenir de Oliveira. O magistrado atuou como substituto na vara eleitoral que condenou Garotinho a 13 anos e nove meses de prisão por compra de votos na campanha de 2016 à prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ). A defesa apresentou diversos argumentos para atestar a suposta suspeição do juiz e consequente anulação de todo o processo que levou à condenação. Entre eles, o fato de o magistrado ter sido condenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após ter divulgado um áudio acusando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ter recebido propina para conceder um habeas corpus favorável a Garotinho no caso. Para o relator no TSE, ministro André Ramos Tavares, os argumentos apresentados pela defesa já foram analisados e rejeitados em outros processos, e o episódio do áudio contra Mendes não é suficiente para se declarar a suspeição do juiz, muito menos a nulidade de todo o processo. “Quanto às declarações do magistrado, são uma opinião pessoal sem nenhuma relação com a ação penal que se pretende anular”, afirmou Tavares. O ministro frisou que o juiz de primeiro grau não foi responsável por conduzir o caso de Garotinho. O único ato assinado por ele teria sido uma ordem de prisão preventiva contra o ex-governador, em 2017, mas que acabou logo revertida pelo TSE. “Nenhum outro ato instrutório ou decisório foi atribuído a e esse magistrado”, disse o relator. Ao rejeitar o habeas corpus, o ministro foi acompanhado por Raul Araújo, Isabel Galotti, Floriano Marques, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Entenda Garotinho foi condenado em março do ano passado a 13 anos e nove meses de prisão, bem como à perda dos direitos políticos, no âmbito da Operação Chequinho, que apurou desvios em um programa social de distribuição de renda da prefeitura de Campos de Goytacazes, em 2016. A condenação se deu com base em denúncia da Promotoria Eleitoral em Campos dos Goytacazes. Segundo a acusação, Garotinho utilizou irregularmente o programa social para cooptar votos para seu grupo político. Naquele ano, a prefeita era a esposa do réu, Rosinha Matheus, e Garotinho era o secretário municipal de Governo. Segundo a Justiça, o esquema concedia o benefício, voltado a famílias de baixa renda, em troca do compromisso de votar nos candidatos indicados. Em julho do ano passado, o TRE-RJ confirmou a condenação do ex-governador, o que o deixou inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Ele posteriormente teve negado seu registro de candidatura a deputado federal nas eleições gerais de 2022. Fonte

PC-AM divulga imagem de indivíduo procurado por manter idoso em cárcere privado e extorquir R$ 60 mil de sua conta bancária

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), solicita ampla divulgação da imagem de Jorge Matos da Silva, procurado por envolvimento em roubo na residência de um idoso de 73 anos. A vítima foi mantida em cárcere privado, sofreu tortura e teve R$ 60 mil subtraídos da sua conta bancária. Conforme o delegado Ericson Tavares, titular da unidade policial, o crime ocorreu na quarta-feira (22/11), no bairro Cidade Nova, zona norte, ocasião em que os indivíduos invadiram a residência da vítima e o obrigaram a transferir a quantia em dinheiro. Denúncia A PC-AM solicita a quem tiver informações sobre o paradeiro do indivíduo, que entre em contato pelo pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). “A identidade do informante será mantida em sigilo”, afirmou o delegado. FOTO: Divulgação/PC-AM Fonte

Plataforma reúne documentos jurídicos sobre igualdade racial

Legislação, jurisprudência, súmulas, pareceres jurídicos, projetos de lei, propostas de emenda constitucional, teses e dissertações que envolvam questões relativas à igualdade racial serão disponibilizados na Plataforma JurisRaciaI. A ferramenta de acesso público e gratuito será viabilizada com orçamentos do Ministério da Igualdade Racial e a Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com a portaria interministerial, assinada na última terça-feira (21) e publicada nesta quinta-feira (23) no Diário Oficial da União, a nova ferramenta tem como objetivo facilitar o acesso aos documentos jurídicos que possam contribuir com o enfrentamento do racismo e para promoção da igualdade racial. Será também um conjunto de dados para estimular a formação de cidadãos e servidores públicos sobre o tema. A implementação da plataforma será viabilizada por acordos de cooperação técnica entre Executivo, Legislativo e Judiciário, nas diferentes esferas, além de parcerias com instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, de notável saber jurídico na temática racial. O planejamento e construção da ferramenta serão acompanhados pelo Comitê Gestor da Plataforma JurisRacial, regulamentado e instituído por novos atos do ministério. A pasta também será responsável pela atualização dos dados e, em parceria com a AGU, realizarão a divulgação da ferramenta e as ações de formação e educação sobre a Plataforma JurisRaciaI. Já as ações de articulação entre os poderes ficarão a cargo da AGU. Source link

Governo do Amazonas divulga boletim sobre a estiagem no estado

O Governo do Amazonas, por meio do Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, divulga o boletim com informações atualizadas sobre a estiagem no estado nesta quarta-feira (22/11). Nos últimos cinco dias, o nível do Rio Negro, em Manaus, subiu 35 cm. Todos os 62 municípios amazonenses estão em situação de emergência. Segundo dados da Defesa Civil, o Amazonas tem 598 mil pessoas afetadas até o momento pela seca severa, ou 150 mil famílias.  Calha do Negro A estação de referência a montante (nascente) da calha, localizada no município de Santa Isabel do Rio Negro, registrou elevação de 37 cm nos últimos dias, mas de ontem para hoje o nível manteve-se parado. Na porção média da calha, no município de Barcelos, essa elevação foi registrada também, com o rio subindo 37 cm. Já em Manaus, a elevação foi de 35 cm nos últimos cinco dias. Calha do Juruá Nos últimos cinco dias, a estação de referência no rio Juruá, situado em Itamarati, registrou uma elevação de 0,77 cm, o que é esperado para o momento. Na região mais a montante (nascente) da calha, entretanto, Guajará (Cruzeiro do Sul) e Ipixuna, baixaram respectivamente, 43 cm e 96 cm, devido a oscilação esperada entre as transições de estações. Calha do Purus Nos últimos cinco dias, a estação de referência da calha do Purus, localizada na foz do rio e no município de Beruri, registrou uma elevação de 84 cm, o que é esperado no momento, com isso o rio já recuperou 1,56 m desde o pico da vazante. Calha do Madeira A estação de referência da calha do Madeira, localizada a montante (nascente) do rio e no município de Humaitá, registrou uma oscilação em seu nível nos últimos 5 dias, baixando no total 3 cm. Já na foz, localizada em Nova Olinda do Norte, o nível do rio está parado, permanecendo na cota de 6,68 m. Calha do Solimões Nos últimos cinco dias, a estação de referência em Tabatinga, a montante (nascente) da calha, registrou elevação de 22 cm em seu nível, em Fonte Boa, na porção media registrado elevação de 70 cm. Já na região da foz da calha, em Manacapuru, foi registrada elevação de 54 cm. Calha do Amazonas Em Itacoatiara, o nível do rio subiu sutilmente nos últimos cinco dias, registrando elevação de 11 cm. Em Parintins, entre o último registro e hoje, o rio subiu 4 cm. O número de pessoas e famílias afetadas pela estiagem em nosso estado é dinâmico e baseia-se nas informações disponibilizadas pelos municípios que alimentam o S2iD – Sistema Integrado de Informações sobre Desastres da Defesa Civil.  Esses números são atualizados e corrigidos diariamente, podendo sofrer alterações para mais ou para menos, de acordo com os ajustes realizados pelas autoridades municipais, visando a precisão dos dados. O Comitê foi instituído no dia 29 de setembro pelo governador Wilson Lima. O governador também anunciou medidas para reforçar as ações do Governo, que já estão em andamento, por meio da operação Estiagem 2023.FOTOS: Divulgação/Secom Fonte

Ribeirinhos no Amazonas reclamam de falta de assistência durante seca

Moradores de comunidades ribeirinhas e de flutuantes encalhados no Rio Negro relatam sofrer “abandono” por parte do poder público local e estadual. Entre as situações estão a falta de recebimento de cestas básicas, de acesso à água potável e energia elétrica. Segundos relatos ouvidos pela Agência Brasil, alguns moradores estariam com dificuldades para conseguir se alimentar, passando até fome. Eles também reclamam de dificuldades de acessibilidade para deixar o local onde moram e ir às áreas urbanas da região metropolitana de Manaus, em busca de alimentos e cuidados de saúde. As famílias que vivem em flutuantes encalhados na região conhecida como ilhas, do outro lado da ponte Jornalista Phelippe Daou, que separa Manaus do município de Iranduba, passam por situação de privação, em alguns casos sem acesso à energia elétrica e água, sem receber cestas básicas, chamadas de rancho e anunciadas pelo poder público municipal e estadual. Um desses moradores, o comerciante Francisco Aldir Ferreira, 51 anos, vende farinha, açúcar, pão e outros itens em um pequeno flutuante encalhado no leito do rio. Ele contou à Agência Brasil que as cerca de 80 famílias estão sem acesso à água encanada. No local onde seu comércio está encalhado, localizado pouco depois do distrito Cacau Pirêra, moram cerca de 80 famílias. “A gente sente falta de muita coisa. Água, mercadoria, comida também. Às vezes, a pessoa traz ranchos [cestas básicas] e não entrega direito pra gente. O prefeito também não liga”, relatou. “Às vezes chega a luz, às vezes não tem. É uma briga feia”, disse o comerciante. A vendedora autônoma Onete Moraes, 31 anos, informou que há cerca de cinco dias a água não aparecia nos canos. Manaus – Chão rachado devido ao nível baixo do Rio Igarapé Tarumã-açu – Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil “A água é complicada, dia que vem, dia que não vem, entendeu? Está muito difícil essa seca, piorou para todo mundo, nem pescar está dando. Tudo seco, não tem condições. Olha só quantos quilômetros a gente tem que andar para chegar lá na beira do rio, já está quase em Manaus”, afirmou. “Então, para todo mundo ficou muito dificultoso nessa seca aqui, está horrível mesmo, difícil”. Diante da situação, Onete e alguns moradores decidiram iniciar uma ocupação em área seca. A medida tem por objetivo forçar a prefeitura a construir moradias para quem vive em flutuantes. “A prefeitura eu creio que tem condições de dar uma moradia assim para o povo do flutuante, entendeu? Mas em casas que é na beira da rua”, disse Onete, que lembrou a situação de moradores de flutuantes encalhados nas localidades chamadas de ilhas. “Essa é a situação da população ribeirinha e das palafitas que têm aí para trás. Tem casa pra lá ainda, são piores do que nós, porque aqui ainda tem como puxar um cano de água e para eles lá, nem energia tem. Então, a gente não tem que falar só por um, mas por todos que estão aqui, que vivem essa situação, de seca”, afirmou. Nessas localidades, a exemplo de Ilha Iranduba, Ponta da Piraíba, Alagadiço e outras, é que a situação é mais drástica. Além da falta de energia, do acesso à água potável, para conseguir alimentos, os moradores têm que enfrentar caminhadas de mais de uma hora em meio ao leito lamacento do Rio Negro. É o caso do pescador Adriano Rodrigues, 38 anos, que a cada dois dias faz a travessia para comprar água. À Agência Brasil ele explicou que, além de estar sem energia elétrica há cerca de dois meses, a água que os moradores utilizam vem de uma cacimba cavada em uma das ilhas. “Sem luz e tomando água da cacimba. Se quiser, como faço, eu vou lá na feira e trago cinco, seis garrafas na costa. Toda viagem que vou, levo esse saquinho para trazer com as garrafas dentro. Durante todo esse tempo, foram seis garrafões de água”, relatou. “Se não tivesse a bicicleta do filho dele [disse apontando para outro pescador], eu iria andando e ia ser pior ainda. De vez em quando, tenho que ir ao médico e andar tudo isso para chegar lá”, reclamou. Segundo Rodrigues, há mais famílias em outros trechos do rio que passam por situações ainda mais drásticas. Ele disse que mesmo que o rio encha até o fim do ano, a perspectiva é de que só consigam desencalhar seus flutuantes em janeiro. “Todos estão passando pela mesma situação. Tem gente mais para dentro ali, atolado, que não tem condições de sair. E vai sair depois de nós. Saímos primeiro porque ainda é barco, mas os flutuantes saem depois, porque não tem condição, talvez a gente vá sair daqui para janeiro, ou lá para o fim de dezembro”, observou. Raimundo Lucas da Silva, 61 anos, pescador amigo de Rodrigues, criticou a ausência do poder público que, segundo ele, só apareceu uma vez para entregar cestas básicas aos ribeirinhos das ilhas. “A situação aqui está precária, estamos dentro da lama, sem ajuda de governo, de prefeito, vereador, não temos ajuda de nada. Sem poder sair para nenhum canto, só para Cacau Pirêra, para Manaus você não pode sair. Estamos aqui desde que começou a secar e até agora está assim. Quando o rio encher é que vamos poder sair”, disse. “Teve uma seca grande, ficou tudo seco, mas foi rápido. Agora, essa que estamos atravessando aqui está difícil mesmo, não temos apoio do governo. O prefeito veio aqui uma vez, deu uma cestinha básica deste tamanho” falou, gesticulando para mostrar um pequeno pacote. “Ele [o prefeito] foi embora, abandonou a gente, pedimos ajuda para fazer uma escavação para as canoas poderem passar, ir para o outro lado comprar um gelo, porque você está vendo essa água. Pegamos água de uma cacimbinha. Estamos sem luz há dois meses”, acrescentou. A Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura de Iranduba, mas não teve retorno. Em Manaus, nas comunidades do bairro Tarumã-mirim, na zona rural, a situação também é preocupante devido a problemas de deslocamento e não recebimento de cestas básicas. Na comunidade Nossa Senhora De Fátima, formada por cerca de duas mil pessoas, moradores citam uma única entrega de cesta básicas para a população local, no início de outubro. O vice-presidente da Associação

Prefeito que atirou 15 vezes contra ex se entrega à polícia em Goiás

Naçoitan Leite, prefeito de Iporá, estava foragido desde o sábado (18/11). Ele invadiu a casa da ex e atirou em direção a ela e o namorado O prefeito de Iporá (GO), Naçoitan Araújo Leite (sem partido), se apresentou à polícia após atirar em direção à ex-mulher e ao namorado dela. Segundo o delegado regional Ramon Queiroz, o político se entregou na manhã desta quinta-feira (23/11). Ele chegou à delegacia acompanhado do advogado Thales Jayme. O caso aconteceu na madrugada do último sábado (18/11), quando Naçoitan invadiu a casa da ex e atirou, ao menos, 15 vezes, contra ela e o atual companheiro. O casal se escondeu atrás de uma parede para escapar do ataque. O pedido de prisão de Naçoitan foi decretado pela Justiça ainda no sábado (18/11) e, desde então, ele era considerado foragido. Em nota publicada nas redes sociais, Naçoitan disse que deve explicações a população de Iporá. “Venho através das minhas redes sociais, prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, me apresento nesse momento as autoridades policiais de forma espontânea. Irei colaborar com a justiça em tudo que for necessário. Decidi me apresentar em minha cidade (Iporá-Goiás), onde devo esclarecimentos à população que me confiou ser PREFEITO do município. Estarei à disposição da justiça”, disse ele. Ataque a tiros do prefeito No último sábado (18/11), Naçoitan invadiu a casa da ex-mulher com uma caminhonete e efetuou pelo menos 15 tiros contra a mulher e o atual namorado. Para escapar, o casal se escondeu atrás de uma parede e não se feriu. Uma porta de vidro da residência ficou completamente destruída. Após o crime, Naçoitan se dirigiu até um hotel na cidade, onde estava morando, desde a separação. Imagens de câmeras de segurança mostram o prefeito colocando as armas de fogo sobre o balcão de atendimento do local. De acordo com a perícia, foram encontrados projéteis de calibres diferentes no local, o que indica o uso de mais de uma arma. A Prefeitura de Iporá disse que não vai comentar sobre o assunto. Vereadores da cidade registraram um pedido de impeachment contra o prefeito. Em nota, a defesa de Naçoitan negou a tentativa de feminicídio, pois “a relação conjugal já tinha se encerrado e não havia nenhum interesse de ambas as partes na reconciliação”. O advogado Francisco Damião da Silva também disse que nunca houve qualquer intenção “de atingir a integridade física de quem quer que seja”. Por: Metrópoles  Fonte

Navios cargueiros voltam a transportar contêiner no Amazonas após período de severa estiagem

Os impactos intensos da seca nos rios da região amazônica, ocasionando obstáculos à navegação de mercadorias, grandes navios cargueiros retomam as operações para transporte de contêineres ao longo do Amazonas. Após um intervalo de 50 dias, um marco significativo ocorre nesta sexta-feira, 24, com a partida de um navio carregando 500 contêineres repletos de produtos provenientes da Zona Franca de Manaus (ZFM), um passo crucial na reestabilização da economia local. Segundo Gustavo Igrejas, secretário executivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI), mais de 400 contêineres desembarcaram no porto Chibatão ao longo desta semana. “A chegada do primeiro navio acontece depois de 50 dias, por conta da estiagem, com mais de 400 contêineres trazendo diversas mercadorias. São mais de 290 contêineres de longo curso”, afirmou. Ele complementou otimista: “Voltamos à normalidade”. Este retorno às atividades de transporte fluvial representa um marco na recuperação do fluxo comercial na região, fornecendo um fôlego essencial para a retomada econômica pós-impacto da estiagem. Fonte

Navios de carga para abastecer indústria e comércio chegam a Manaus

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Informação (Sedecti) anunciou, nesta quarta-feira (22/11), a chegada à capital do Amazonas de navios com mais de 400 contêineres, sendo 275 de longo curso, que trazem insumos para o Polo Industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) e também produtos para o comércio. “A chegada destes navios é muito importante, pois ficamos mais de 50 dias, por conta da estiagem, sem receber navios. Isso tem um impacto muito grande na nossa economia local, no Polo Industrial de Manaus, mas com as dragagens que foram feitas pelo governo federal, a pedido do governo estadual, do Governo do Amazonas, e também com o período das chuvas, os navios voltaram a vir para Manaus”, diz o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da Sedecti, Gustavo Igrejas, que acompanhou a chegada.  O primeiro navio de cargas a atracar no Porto Chibatão, no bairro Colônia Oliveira Machado, zona Sul de Manaus, foi o Aristole (Mercosul CMA CGM), vindo de Fortaleza, que chegou às 18h desta quarta-feira (22/11). Já para quinta-feira (23/11), estão previstos os atracamentos de navios vindos de São Paulo, Porto de Santos e de Pernambuco, Porto de Suape. As embarcações trazem também insumos para indústrias do Polo Industrial de Manaus.  Ainda nesta semana, na sexta-feira (24/11), serão embarcados mais de 507 contêineres cheios, que serão exportados com produtos da Zona Franca para outros locais, totalizando o movimento nos rios por navios de mais de 900 contêineres.  Dragagem   Ainda em outubro, o serviço de dragagem emergencial, um processo que auxilia na remoção de sedimentos, como terra, areia, rochas e lixo, dos rios, foi iniciado para facilitar o escoamento de cargas e produtos da região, bem como o transporte de pessoas no Amazonas. Em ritmo acelerado, o trabalho, realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), começou após pedido do governador Wilson Lima ao Governo Federal para dar suporte ao Amazonas diante do agravamento da estiagem Fotos: Bruno Leão/Sedecti Fonte

Racismo influencia abordagem policial e processo por tráfico de droga

As pessoas acusadas por tráfico de drogas em São Paulo são jovens, negras, pobres e moradoras das periferias. Essa população constitui o alvo da guerra às drogas por parte da segurança pública e da justiça criminal, segundo o relatório Liberdade Negra Sob Suspeita: o pacto da guerra às drogas em São Paulo, que avaliou 114 processos penais acompanhados pela Defensoria Pública, desde o inquérito até a execução da pena. O documento, divulgado nesta quinta-feira (23), foi produzido pela Iniciativa Negra, Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas e apoio do Núcleo Especializado de Situação Carcerária (Nesc) da Defensoria Pública do Estado. “Esse desequilíbrio em uma atuação a partir de um estereótipo, do racismo institucional ou estrutural, é uma questão que vai perpassando vários momentos do processo e da acusação dessa pessoa. A partir dessa abordagem policial, que diversos movimentos e pesquisadores têm questionado há muito tempo, [haverá] um perfilamento que vai ser racializado e definir o público alvo prioritário de abordagem policial. E vai ter como resultado também o desequilíbrio de representação racial no judiciário brasileiro”, disse Juliana Borges, coordenadora de articulação e incidência política da Iniciativa Negra. Pessoas negras correm mais risco de serem presas durante patrulhamento (56%) ou por investigação de denúncia anônima (52%) por crimes relacionados à Lei de Drogas, enquanto a maioria dos brancos é presa durante operações policiais (63%), o que demonstra tratamento diferente por parte de policiais a pessoas negras e pessoas brancas durante abordagens no estado de São Paulo. Tal diferença é relevante já que, para iniciar uma operação policial, deve haver investigação prévia, levantamento de informações sobre o acusado, possível acionamento da Polícia Civil, testemunhas, indícios e provas. O patrulhamento, no entanto, pode considerar definições não objetivas sobre o que seria uma atitude suspeita e ocorre em locais marcados como pontos de comércio de drogas. “O que percebemos é que a maioria das pessoas que estão sendo presas estavam com uma quantidade ínfima de substância [ilegal]. E essas pessoas não são grandes traficantes. Se a ideia do Estado é combater tráfico, essas ações policiais precisam estar mais baseadas em investigação, inteligência, produção de dados, evidências”, disse Borges. No entanto, ela afirma que o que se tem visto hoje é que as ações policiais estão ligadas ao uso de patrulhamento ostensivo, que é baseado na leitura dos policiais do que é ou não uma atitude suspeita. Segundo a pesquisa, resultam muitas prisões arbitrárias de pessoas negras. Polícia Militar A Polícia Militar do estado é apontada em 80% dos processos por agressões no momento da prisão; 66% dos relatos são de pessoas negras, ou seja, o dobro dos 33% informados por brancos. “As ações policiais são em sua maioria, arbitrárias, violadoras de direitos e violentas, levando a altos índices de letalidade entre as populações negras e os agentes de segurança pública, também em sua maioria, pessoas negras”, diz o documento. Segundo a pesquisa, há uma estrutura judicial e um sistema penal historicamente construído a partir de estatutos coloniais e escravocratas desde a abolição inconclusa no Brasil. O sistema de justiça criminal, por sua vez, legitima e perpetua uma lógica de encarceramento em massa que fortalece o crime organizado, impondo pessoas em conflito com a justiça criminal a um processo de desumanização através do cárcere, gerando consequências deletérias às famílias e comunidades negras e aos territórios periféricos”, acrescenta o relatório. Além disso, a pesquisa apontou que justificativas consideradas frágeis dadas pelas autoridades policiais durante a abertura do inquérito policial foram reforçadas e corroboradas por juízes no momento da análise dos casos e execução da pena. Em apenas 15 ocorrências foi confirmada a presença de testemunhas civis, enquanto em 99 ocorrências, ou seja, em 87% dos casos, a única testemunha do processo criminal é a própria autoridade responsável pela prisão. No estudo, foi observado um padrão de severidade adotado pelo judiciário nas penas relacionadas à Lei de Drogas no estado, explicitado pela maioria de condenações por tráfico privilegiado, que não é considerado crime hediondo pelo Código Penal Brasileiro, mas que aparece em 33% dos processos equiparadas à crimes de maior gravidade para justificar as penas em regime fechado e uma multa cumulada de um a 200 dias multas, o que pode chegar a R$ 7.272,00. O relatório ressalta que, embora a Lei de Drogas não prevê a pena de prisão para o usuário de substâncias consideradas ilícitas, a falta de critérios objetivos para a distinção entre usuário e traficante, levou ao longo dos anos a um aumento exponencial no encarceramento em massa no país. Perfil Os dados apontam ainda que 54% das pessoas presas nos processos analisados eram negras. A maior parte dos presos é jovem, sendo 58% com idade entre 18 e 21 anos, e não tem antecedentes criminais – 51% são réus primários. Além disso, 54% dos presos estavam desempregados no momento da prisão; 40% alegou ter uma ocupação profissional e, destes, 65% realizavam serviços gerais ou atuavam como técnicos de manutenção. Sobre a renda das pessoas encarceradas que declararam ter alguma ocupação remunerada, 28% tinham rendimentos acima de R$ 1.500, contra um total de 66% de pessoas que não conseguiam chegar a este rendimento por mês. Cerca de 7% dos processos não continham informações sobre a renda.  Quando se compara o grau de escolaridade dos acusados, a vantagem é dos brancos, já que 62% deles cursaram todo o ensino médio, enquanto só 39% dos negros completaram essa etapa do ensino. A maioria das pessoas negras acusadas pela Lei de Drogas no estado não chegou a completar o ensino fundamental — o equivalente a 71% dos casos. Source link