Quem é a ganhadora do prêmio de 1 milhão no ‘Quem quer ser um milionário’?

Jullie Dutra se tornou a primeira pessoa a vencer o premio do ‘Quem quer ser um milionário’; a ganhadora é jornalista e hoje sonha ser diplomata Semana passada Luciano Huckchegou muito perto de ter o primeiro vencedor, ‘Quem quer ser um milionário’, mas foi só neste domingo, 10, que Jullie Dutra, se tornou a primeira pessoa a levar R$ 1 milhão no quadro “Quem quer ser um milionário”, no programa “Domingão com Huck”.  Jullie ganhou o prêmio ao responder corretamente à pergunta sobre o número da camisa que Pelé usou na Copa de 1958. Ela é jornalista, tem 38 anos e nasceu em Limoeiro, mas foi criada em João Alfredo. Órfã de pai e mãe, Jullie tem uma filha de 3 anos, Maria Helena, diagnosticada no espectro autista. Durante o programa, Jullie se emocionou ao lembrar as perdas mais sofridas da sua vida. “Eu tinha 5 anos quando meu pai foi assassinado. Mas tenho flashes dele. Lembro dele com muito carinho e sou muito grata”. Antes de ser jornalista, Jullie chegou a cursar medicina em Havana, Cuba. “Cursei um ano, mas não era minha praia. Voltei bem desacreditada em mim. Queria fazer jornalismo e fui morar num pensionato e vendi charutos que trouxe, para pagar os estudos“, contou. Jullie também escreveu o livro Caro Haiti, sobre sua experiência de dez dias hospedada no Batalhão Brasileiro do país caribenho por 10 dias. Ela falou sobre o tema em entrevista ao site nonada recentemente. “A experiência foi única e faria tudo novamente. Mas, ao mesmo tempo, tudo foi muito doloroso. Ver crianças famintas, magérrimas, e não poder fazer nada. Sentir o cheiro da morte e pisar em entulhos que cobrem até hoje centenas de corpos que não foram sepultados. É tudo demasiadamente impactante. Você volta diferente”, afirmou. Foi no pensionato onde ela conheceu Taís, a amiga que levou ao “Domingão com Huck”. Hoje, Jullie sonha em ser diplomata. Segundo seu perfil no Linkedin, Jullie tem formação em jornalismo com pós-graduação em direitos humanos. Escreveu o livro “Caro Haiti”, sobre os momentos de antes, durante e depois do terremoto que marcou a história do país em 2010. Fala espanhol, francês e inglês, é fundadora e atua como diretora do Grupo Coros Comunicação, uma agência de marketing digital. Também se dedica em paralelo aos estudos para tentar ingressar na carreira diplomática. Fonte: Caras Fonte

Mina se rompe sob lagoa em Maceió, diz Defesa Civil; não há registro de feridos

Defesa Civil ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas A Defesa Civil de Maceió disse neste domingo (10) que um rompimento pôde ser percebido num trecho da Lagoa Mundaú, bairro do Mutange. “Às 13h15 deste domingo a mina 18 sofreu um rompimento, que pôde ser percebido num trecho da Lagoa Mundaú, bairro do Mutange. No momento, técnicos da Defesa Civil estão monitorando o local em busca de mais informações. A Defesa Civil ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas”. O prefeito de Maceió também fez o anúncio na sua página do X (antigo Twitter). “Às 13h15 de hoje, a mina 18 sofreu um rompimento, no trecho da lagoa próximo ao Mutange. Estarei em instantes sobrevoando a área com os nossos técnicos. A Defesa Civil de Maceió ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas. Novas informações sobre o assunto estão sendo obtidas e serão compartilhadas assim que possível”, escreveu. Mais cedo neste domingo, a Defesa Civil soltou um comunicado alertando que o afundamento da mina n° 18 havia acelerado, indo a 12,5 cm nas últimas 24 horas. Às 13h15 de hoje, a mina 18 sofreu um rompimento, no trecho da lagoa próximo ao Mutange. Estarei em instantes sobrevoando a área com os nossos técnicos. A Defesa Civil de Maceió ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas.… pic.twitter.com/7sCZmYsRFB — JHC (@jhcdopovo) December 10, 2023 Risco de colapso No dia 29 de novembro, a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência por risco iminente de colapso de de uma mina da petroquímica Braskem na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. Houve cinco abalos sísmicos na área no mês passado, segundo o governo alagoano. O possível desabamento poderia formar grandes crateras no local. Fonte: CNN Fonte

Nove pessoas morrem em incêndio que atingiu acampamento do MST no Pará

Fogo teria começado durante instalação de uma antena de internet que se chocou com fios de alta tensão Pelo menos nove pessoas morreram em um incêndio, na noite deste sábado (9), no acampamento Terra e Liberdade, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) , na cidade de Parauapebas, localizada no sudeste do Pará. De acordo com um dos coordenadores do movimento, João Paulo Rodrigues, um grupo de técnicos estava trabalhando em uma rede de internet próxima ao acampamento, quando houve uma explosão, que provocou fogo na rede de energia elétrica da região. Dois barracos pegaram fogo e foram totalmente destruídos pelas chamas. Ainda segundo Rodrigues, três trabalhadores e seis moradores do local morreram. Das nove vítimas fatais, uma ainda não foi identificada. O fogo também deixou oito pessoas feridas, que precisaram de atendimento médico. Um dos feridos ainda não recebeu alta hospitalar. A CNN entrou em contato com o Corpo de Bombeiros do Pará e aguarda retorno. Inicialmente, o coordenador do movimento havia informado à imprensa que dez pessoas morreram, mas a informação foi corrigida por ele minutos depois. Segundo o movimento, o fogo já foi contido, e a coordenação do acampamento acompanha a situação junto com a Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (Semsi), por meio da Defesa Civil do munícipio, o Instituto Médico Legal (IML), o Corpo de Bombeiros e as polícias Militar e Civil. Pelas redes sociais, o governador do estado, Helder Barbalho (MDB), prestou solidariedade aos familiares e amigos das vítimas do incêndio. “Lamento profundamente o ocorrido e informo que o Corpo de Bombeiros já apura as causas desta tragédia. O Governo do Estado já está prestando todo o apoio necessário ao município”, afirmou. Fonte: CNN Fonte

Novo grupo de repatriados de Gaza chegará ao Brasil nesta madrugada

O segundo grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegará ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Cairo, capital do Egito, às 19h03 (hora local) e deve pousar às 3h20 na Base Aérea de Brasília. O grupo é formado por 48 pessoas. Ontem (9), eles receberam autorização para cruzar a fronteira de Rafah em direção ao Egito, onde foram recepcionados por diplomatas brasileiros e embarcaram neste domingo (10) para o Brasil. Segundo o Itamaraty, 24 pessoas que estavam na lista enviada pelo Brasil não tiveram autorização para cruzar a fronteira. Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, o governo brasileiro já retirou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses. No total, a FAB já realizou 11 voos de repatriação por meio da Operação Voltando em Paz. O primeiro grupo resgatado chegou ao país no dia 13 de novembro, também em um voo que saiu do Cairo em direção ao Brasil. Na ocasião, desembarcaram em Brasília 22 brasileiros e seus familiares palestinos. Fonte

Conferência em Brasília discute política para a saúde mental

A 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental começa nesta segunda-feira (11) em Brasília, após uma série de intercorrências, segundo o Conselho Nacional de Saúde (CNS). O encontro sequer contava com orçamento da União até o ano passado. Para a entidade, o esforço e a decisão política do conselho foram essenciais para retomar a conferência. Sob o tema A política de Saúde Mental como Direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços de atenção psicossocial no SUS, a conferência segue até a próxima quinta-feira (14), com o objetivo de propor diretrizes para a formulação da Política Nacional de Saúde Mental e fortalecer programas e ações de saúde mental. Comunidades terapêuticas, internação compulsória e cuidado em liberdade estão entre os temas a serem apreciados por participantes do encontro, entre eles, usuários da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Durante os 4 dias, representantes de diferentes segmentos sociais vão debater e apontar rumos para uma política pública mais abrangente para a saúde mental. Organizada pelo CNS e promovida pelo Departamento de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, a conferência deve reunir cerca de 2 mil pessoas. Além dos delegados eleitos nas etapas municipais e estaduais, a conferência nacional deve contar com cerca de 160 delegados eleitos nas conferências livres, realizadas até o final de setembro, incluindo a 1ª Conferência Livre Nacional de Saúde Mental da População Negra e a Conferência Livre Nacional do Fórum Nacional das Centrais Sindicais em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. História Para o CNS, a história de luta e construção das políticas públicas em saúde mental no Brasil não pode ser contada sem a participação das conferências. Ao longo de 36 anos, foram quatro edições nacionais. A primeira, em 1987, classificada pelo conselho como “um marco histórico na psiquiatria brasileira”, por ressaltar que a política nacional de saúde mental deveria estar integrada à Política Nacional de Desenvolvimento Social. Ainda de acordo com o CNS, em 1993, o segundo encontro nacional pautou o entendimento da relação saúde/doença como processo fundamental no direito ao tratamento e à organização de uma rede de atenção integral à saúde. A terceira conferência, em 2001, aconteceu menos de 1 ano após a aprovação da Lei de Saúde Mental (Lei 10.216/2001) e representou “o fortalecimento do consenso em torno da proposta da Reforma Psiquiátrica”. Em 2010, realizada pela primeira vez de forma intersetorial, a quarta conferência contou com 46 mil participantes das etapas preparatórias e nacional em um cenário avaliado pelo conselho como diferente do encontrado 9 anos antes. “Por um lado, os participantes reconheceram os avanços concretos na expansão e diversificação da rede de serviços de base comunitária. Por outro, identificaram as lacunas, a complexidade e o caráter multidimensional, interprofissional e intersetorial da implementação da Lei 10.216 após quase uma década de vigência”. Confira a programação completa no link. Fonte

Milei diz que ajuste fiscal é única alternativa para a economia

O recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, fez seu primeiro discurso na frente do Congresso Nacional, onde foi declarado presidente na manhã de hoje (10). Em suas primeiras palavras, ele destacou que hoje se inicia um novo momento em seu país. “Hoje começa uma nova era na Argentina. Hoje damos por terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o caminho de reconstrução do país”, disse ele. “Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Hoje enterramos décadas de fracasso e disputas sem sentido. Hoje começa uma nova era na Argentina, uma era de paz e de prosperidade, de crescimento e de desenvolvimento, de liberdade e de progresso”, destacou. Para uma multidão de pessoas, que vestiam principalmente a camisa da seleção argentina, Milei falou por cerca de 30 minutos e enfatizou que será preciso paciência da população, porque o ajuste fiscal a ser feito deverá ser difícil no início. “Não há alternativa possível que não seja o ajuste. Logicamente isso vai impactar no nível de atividade, emprego, salários reais e na quantidade de pobres e indigentes. Haverá inflação, é certo. Mas não é algo diferente do que ocorreu nos últimos 12 anos”. “Há mais de uma década vivemos com essa inflação. Esse será o último momento ruim para começar a reconstrução da Argentina”, disse ele. “Depois desse ajuste macro que vamos impulsionar, a situação começará a melhorar. Haverá luz no final do túnel”, enfatizou. Esse ajuste na economia, declarou Milei, será feito essencialmente sobre o setor público: “a única possibilidade é o ajuste. Um ajuste organizado, que entrará com força sob o Estado e não no setor privado. Sabemos que será duro”, falou. Segundo o novo presidente, a Argentina viveu, em seus últimos anos, uma grave crise e uma grande inflação. “Nenhum governo recebeu uma situação pior do que estamos recebendo.” “Lamentavelmente tenho que dizer uma vez mais: não há dinheiro.” Emergência Ele também destacou que a crise argentina não se dá somente no setor econômico, mas atinge também as questões de saúde, de educação e de segurança. “Em todas as esferas, a situação da Argentina é de emergência”. No entanto, disse ele, seu novo governo vencerá essas dificuldades. “Sabemos que, a curto prazo, a situação vai piorar. Mas depois veremos os frutos do nosso esforço, tendo criado as bases para um crescimento sólido e sustentável. Sabemos que nem tudo está perdido. Os desafios que temos são enormes. Mas temos capacidade para superá-los. Não será fácil, 100 anos de fracasso não se desfazem em um único dia. Mas começam em um dia e hoje é esse dia”. Ao final de seu discurso, Milei declarou ainda que não vai perseguir opositores. “A todos os dirigentes políticos e sindicais, nós os receberemos com braços abertos”, disse. Após discursar, Milei seguiu em carro aberto para a Casa Rosada, tendo sido saudado por diversos apoiadores que acenavam para ele nas ruas da capital argentina. Na Casa Rosada, Milei deverá receber chefes de Estado, como o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, que esteve presente em seu discurso feito na frente do Congresso. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não estará presente na posse e enviou o chanceler Mauro Vieira para participar do evento. Fonte

Atriz de ‘Mamonas Assassinas’ fala sobre fenômenos sobrenaturais ocorridos na gravação do filme

Fefe, atriz e influencer digital niteroiense com mais de 33 milhões de seguidores nas redes, faz pré-estreia do filme no Plaza Shopping Sabe a atriz e influenciadora digital Fefe (Fernanda Schneider), de 21 anos e 16,5 milhões de seguidores no TikTok e 16,9 milhões no Instagram? Nas redes, a niteroiense fala sobre situações e casos bizarros, além de fenômenos paranormais. Aliás, Fefe é considerada a primeira brasileira a ter uma página sobre o tema no país. Agora, no dia 17, ela faz um première, no Plaza Shopping, do filme “Mamonas Assassinas” — sobre os músicos que morreram tragicamente num acidente de avião no dia 2 de março de 1996. Fefe interpreta Adriana, namorada do vocalista Dinho. — A Adriana é uma personagem fictícia, que reúne características de duas namoradas do Dinho. Ela tem um papel importante na carreira da banda, mas o que queria mesmo era que o Dinho fizesse uma carreira solo. Pedi para a produção fazer essa sessão em Niterói, que é minha casa. Assim como o Paulo Gustavo, eu quero enaltecer a cidade — diz. Durante as filmagens, Fefe lembra que sentiu a presença dos integrantes da banda. Inclusive, conta que ocorreram momentos sobrenaturais. Em um dos ensaios, por exemplo, apesar de haver geradores, acabou completamente a luz. A única que acendeu e ficou piscando, segundo a atriz e influencer, foi a luz em cima da “Brasília amarela”. Em outro momento, apareceu apenas uma luz verde no palco. — Estou realizando o sonho de participar de um projeto baseado em fatos, que resgata a linda história dos meninos que pararam o Brasil — conta Fefe, que estudou na CAL. Ela também está gravando uma série da HBO chamada “Wander”. — É sobre fenômenos sobrenaturais, vampiros, mundo da fantasia. Também gravei “Avassaladoras 2.0”, da Disney, que vai ao ar em 2024 — finaliza Fefe, que começou a publicar vídeos no YouTube aos 11 anos e hoje tem um canal com mais de 2,7 milhões de inscritos. Fefe conta os bastidores do filme ‘Mamonas assassinas’ e convida amigos para a pré-estreia no Plaza Shopping — Foto: Divulgação Fonte: Globo Fonte

Javier Milei faz 1º discurso após posse

Hoje encerramos décadas de fracasso e disputas sem sentido. Começa uma nova era na Argentina, de paz e prosperidade, conhecimento e desenvolvimento, liberdade e progresso”, prometeu. “Nenhum governo recebeu o país em uma situação pior. Os argentinos demonstraram uma vontade de mudança que não tem retorno. Brigas só destruíram o país e nos deixaram na ruína. Vamos lutar com unhas e dentes para combater a inflação”, disse. Milei voltou a prometer um forte ajuste fiscal: “E diferentemente do passado, será sobre o Estado, não sobre o setor privado. Não há alternativa” . Por: O Tempo  Fonte

Javier Milei toma posse como novo presidente da Argentina

Eleito em novembro após derrotar o peronista Sergio Massa nas urnas, o novo presidente da Argentina, Javier Milei, tomou posse neste domingo (10). A cerimônia no Congresso Nacional começou por volta das 11h15, sem a presença de Milei, e foi conduzida pela presidente do Senado, Cristina Kirchner. O novo mandatário foi declarado presidente do país às 11h20 da manhã. Por volta das 11h45, Milei chegou ao local após ter desfilado em carro por diversas ruas da capital argentina, sendo saudado por eleitores e acompanhado de sua irmã, Karina Milei. Já no Congresso, ele foi saudado sob gritos de “Liberdade”, antes de fazer o juramento de seguir a Constituição e receber o bastão e a faixa presidencial do ex-presidente Alberto Fernández. Em seguida, Milei posou para fotos e acenou para apoiadores, mas não discursou. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi convidado para a cerimônia, mas acabou enviando o chanceler Mauro Vieira para representá-lo. Vice-presidente Victoria Villarruel e presidente eleito Javier Milei, no Congresso Nacional da Argentina – Reuters/Matias Baglietto Outros presidentes confirmaram presença e deverão cumprimentar o novo presidente em cerimônia prevista para a tarde de hoje, na Casa Rosada. Entre eles estão os presidentes do Paraguai, Uruguai e Equador. Da Europa, confirmaram presença o primeiro-ministro da Hungria e o presidente da Armênia. O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky também está na posse, além do ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois da cerimônia na Casa Rosada, as celebrações de posse de Milei devem terminar no Teatro Colón, à noite. Fonte

Mães da Resistência: ativista LGBT defende educação para tolerância

Foi com a própria experiência que a ativista pernambucana Gi Carvalho teve uma aula de tolerância. Com a filha, que é lésbica, ela entendeu ser necessário apoiar mais e não julgar. Mas o aprendizado não ficou somente dentro de casa. Queria mais: garantir os direitos de filhas e filhos no Brasil inteiro. Hoje, ela é presidente nacional da Associação Mães da Resistência, que congrega cerca de 600 familiares de pessoas LBGTQUIAPN+. Nesta semana, em eventos em Brasília, Gi pediu o aprimoramento de políticas públicas e mais educação para a tolerância. Ela participa até este domingo (10) do HIVida, evento organizado pela Unaids para conscientização sobre a disseminação do vírus e da doença, e também do 1º Encontro Nacional dos Conselhos LGBTQIA+. “Eu acho que a grande prioridade é tentar estabelecer um diálogo entre os movimentos para unificar a luta, para a gente não ter outras perdas, como as ameaças ao direito do casamento civil (de casais homoafetivos)”, disse em entrevista à Agência Brasil. Lutas Em relação a essa pauta, ela explica que essa foi uma luta permanente do movimento de mães, que trabalhou por muito tempo fazendo o sentido contrário. Tentando fazer com que os direitos ao casamento fosse garantido em vários estados do Brasil. “Nós trabalhamos com 17 coordenações estaduais. Lá em Pernambuco, nós conseguimos casar mais de 120 casais homoafetivos em um ano”. Dentre as preocupações da entidade, está a de conscientizar os mais jovens sobre o HIV e Aids. Inclusive, a Mães da Resistência foi criada em 1º de dezembro de 2021 com presença em 16 estados e no Distrito Federal. “Dentro desse movimento, a gente tenta fazer com que as mães tenham informações para lidar com a condição sexual e orientação de gênero dos seus filhos”. Ela defende que mais familiares possam participar dos eventos e diálogos em prol do acolhimento e “letramento” de famílias. “A gente entende que a maioria dos LGBT já têm uma espécie de violência familiar. E esse é o lugar onde a gente quer atuar para que isso não se repita”. Gi Carvalho em evento em Brasília – Mães da Resistência/Divulgação Dentro de casa A ativista exemplifica a necessidade de mudança de conduta a partir da própria história de vida. Mãe de uma jovem lésbica, ela entende que não teve o comportamento acolhedor com a filha. “Eu fui o primeiro espaço onde minha filha sofreu a lesbofobia. Eu passei por um choque”. No entanto, ela conta que mudou o olhar depois que a filha foi agredida fora de casa. “Eu entendi que não dava mais para ser a mãe que fica na frente da TV e parada. Eu quero um mundo acolhedor, que respeita e acolhe. E eu consegui fazer isso”. A partir do trauma, Gi garante que a missão da entidade é fazer o letramento sobre o tema para o maior número de pessoas: “a gente tem uma leva de mães que não tem instrução. Por isso, precisamos garantir visibilidade para o tema”. A associação apoiou, por exemplo, no Ceará, em dois anos, quase 300 ratificações de nome e gênero. O estado nordestino, inclusive, é o que tem o maior número de mães participantes da entidade. Destacam-se também, em quantidade, aquelas inscritas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Alagoas. Source link

Prefeito de Manaus participa da 2ª edição da Amazon Tecnogame, maior feira de cultura geek e gamer da região Norte

O prefeito de Manaus, David Almeida, participou, neste sábado, 9/12, da 2ª edição da Amazon Tecnogame 2023, maior feira de cultura geek e gamer da região Norte. O evento está sendo realizado no Centro de Convenções Vasco Vasques, no bairro Flores, zona Centro-Sul da capital, até este domingo, 10/12, e conta com o apoio da gestão municipal, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) e do Fundo Municipal de Empreendedorismo e Inovação (Fumipeq). Ao lado do titular da Semtepi, Radyr Júnior, David Almeida participou do evento, que contou com a organização da Federação Amazonense de E-Sports, e destacou a importância para o segmento na cidade.  “Esse é mais um evento que conta com a participação da Prefeitura de Manaus no ramo da tecnologia e inovação. Sabemos da importância deste segmento, que segue em ritmo acelerado de crescimento. Hoje, temos mais de 5 mil pessoas aqui no evento e a promessa é que esse número seja ainda maior neste domingo, 10/12, quando realizaremos o último dia de feira. A população está convidada para prestigiar essa grande festa”, enfatizou Almeida.  A Amazon Tecnogame tem sua programação voltada para o público jovem, com um time de influencers nacionais. A Prefeitura de Manaus também está com uma estrutura montada no espaço, com o objetivo de divulgar as ações inovadoras que fomentam a cultura geek no município, como destacou o titular da Semtepi, Radyr Junior.  “Esse evento já está entre os 10 maiores do Brasil, e nós vamos apoiar iniciativas como essa, que beneficiam a população. Nesse ano nós já oferecemos gratuitamente cursos de Programação Básica e Mercado de Games, e hoje nós estamos vendo grandes resultados neste local”, disse Radyr. A Arena Inovação, comandada pela Semtepi, já reuniu mais de 10 mil pessoas durante os dois primeiros dias de programação. Nela, estão sendo realizadas palestras, painéis, apresentações de desenvolvedores, um estúdio voltado para criadores de jogos, área destinada à robótica, espaço para startups e cerimônias de premiação. A 2ª edição da Amazon Tecnogame 2023 segue até este domingo, 10/12, com encerramento às 23h. Para entrar no evento, é necessário apenas levar um 1kg de alimento não perecível ou realizar inscrição no site: Fonte

O valor de um tribunal não pode ser aferido em pesquisa de opinião, diz Barroso à CNN

Após divulgação da pesquisa do Datafolha sobre a aprovação de instâncias políticas do Brasil, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que “o valor de um tribunal não pode ser aferido em pesquisa de opinião”. Em entrevista ao enviado especial da CNN à COP28 Américo Martins, em Dubai, Barroso afirma que a missão do tribunal é interpretar a Constituição, e que esse caminho, com frequência, desagrada “grupos poderosos”. “Sejam grupos econômicos, seja o governo, sejam ambientalistas, sejam agricultores ou sejam indígenas. O arranjo constitucional brasileiro faz com que cheguem ao judiciário as questões mais divisivas da sociedade brasileira. E nós precisamos decidi-las”, explica o presidente do Supremo. “São questões que dividem a sociedade, são questões em relação as quais existem desacordos morais razoáveis”, diz. Dados do Datafolha divulgados no último sábado (9) indicaram que a rejeição do STF cresceu de 31% para 38% desde o ano passado, enquanto a aprovação diminuiu de 31% para 27%. Barroso diz que, tendo em vista a quantidade de casos debatidos no STF, a rejeição é “até modesta” e que não o preocupa. “O tribunal precisa fazer a coisa certa”, pontua o presidente do STF. “O judiciário só age quando é provocado, e ele é provocado quando é enfrentada a Constituição”, conclui Barroso. Barroso disse ainda que não se preocupa com o índice de reprovação, “no sentido de que esse não pode ser o critério pelo qual vai se averiguar o valor de um tribunal. Um tribunal precisa fazer a coisa certa”. De acordo com o ministro, um dos papéis do judiciário é proteger minorias. “Quando você protege minorias, você frequentemente desagrada as maiorias”. O representante da Suprema Corte também falou que “cumprir com a constituição significa desagradar algum grupo econômico” e que ele não se impressiona com o dado. “Boa parte desses 38% decorrem da incompreensão. Se as pessoas entendessem, acho que teríamos uns 90% de aprovação”. Meio ambiente Durante a cúpula do clima, Barroso participou de debates sobre o papel do judiciário no combate às mudanças climáticas. À CNN, o presidente do STF afirmou que a “Constituição brasileira é explícita na proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado”. Barroso ainda reforçou o papel do país em relação ao agronegócio e produção energética sustentável. Agronegócio Para o ministro do Supremo, “esse antagonismo entre agronegócio e meio ambiente foi artificialmente criado e não existe”. Barroso defende que há uma interdependência entre o agro e o Brasil, e caso os agricultores buscassem causar danos ao meio ambiente, estariam prejudicando a si próprios. “Por exemplo, o desmatamento na Amazônia diminuirá a umidade necessária para gerar os rios voadores que fazem chover no Centro-Oeste. O agronegócio lícito vive em sinergia com a proteção ambiental“, afirma Barroso. Transição energética Barroso reforçou o papel que o país desempenha na transição energética e como este processo “é uma parte importante da proteção ambiental no mundo”. “O Brasil tem tudo para se transformar na grande liderança do mundo“, afirma Barroso. “Nós temos energia predominantemente limpa e renovável, que é a hidráulica; nós temos fontes renováveis de energia, como a energia solar, a energia eólica e a biomassa da cana; e nós temos a Amazônia que presta importantes serviços ambientais à humanidade”, explica. O ministro do STF relembra que o país é uma dos principais produtores de petróleo do mundo. Logo, Barroso reforça a necessidade de se investir na transição energética e sustentabilidade para que o país possa ter uma produção carbono neutro. Por: Lígia Tuon Da CNN  Fonte

Declaração Universal de Direitos Humanos faz 75 anos em meio a guerras

A Declaração Universal de Direitos Humanos completa 75 anos neste domingo (10) e o mundo ainda não conseguiu garantir os direitos previstos neste documento para todas as pessoas. A prova disso são os conflitos, as guerras, além das violações diárias de direitos como alimentação e habitação. No Brasil, não é diferente.     “Quando a gente fala em direitos para todos e na implementação da Declaração Universal, tem que entender que tem um caminho gigantesco a percorrer porque a gente está em um país em que tem miséria, em que tem fome, em que tem violência, em que tem uma família que tem um adolescente ou jovem negro que pode não voltar para casa simplesmente por ser um jovem negro, por ser um jovem periférico, por ser jovem morador de favela. A gente não está falando em implementação de direitos, a gente está falando que a gente está muito distante”, avalia a diretora de programas da Anistia Internacional Brasil, Alexandra Montgomery.   A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi firmada 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, três anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, com o nazismo derrotado, o mundo divido entre socialistas e capitalistas e no início da Guerra Fria, que se estenderia de 1947 a 1991. O documento, aprovado pelo Brasil, prevê, de forma geral, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a observância desses direitos e liberdades. Trata-se do documento mais traduzido no mundo, alcançando 500 idiomas e dialetos.  No Brasil, a Declaração é incorporada à Legislação na Constituição Federal de 1988, garantindo a todas as pessoas os direitos à educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, entre outros.   “Direito é direito. Não pode ser confundido com uma série de privilégios, e tem que se aplicar a todo mundo. Não pode se aplicar somente a alguns, senão não é direito, é privilegio”, ressalta Montgomery.   Brasil Para marcar a data, a Anistia Internacional Brasil destaca algumas das demandas brasileiras para a garantia dos direitos humanos. Entre elas está a erradicação do assassinato de jovens negros por forças de segurança pública; a erradicação da violência baseada em gênero e do feminicídio; e, a garantia da proteção de defensoras e defensores de direitos humanos e ambientalistas.  Dados nacionais mostram a dimensão dessas violações no país. Em relação ao assassinato de jovens negros por forças de segurança pública, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, uma média de 17 pessoas foram mortas pela polícia por dia, um total de 6.429 mortes; 99,2% das vítimas eram homens e 83,1% eram negros.  Já em relação a violência contra mulheres, em 2022, segundo dados do Monitor da Violência e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher foi morta a cada seis horas em média, chegando a marca de 1.437 mulheres vítimas de feminicídio no ano.   O Brasil é ainda o quarto país do mundo que mais mata defensores de direitos humanos e ativistas do meio ambiente e do clima. Houve um aumento de casos de assassinatos, ameaças, perseguições de camponeses, povos da floresta, indígenas e comunidades tradicionais nos últimos anos – enquanto em 2013 registrou-se 1.338 ocorrências, em 2022 foram 2.018, o que representa um aumento de 50%, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra.   Medidas A Anistia aponta ações do poder público para cada um dos casos. Entre elas, a definição explícita, em leis e regulamentos, da responsabilidade dos comandantes e outros superiores por conduta ilegal da polícia e proibição explícita da discriminação racial.   A entidade aponta também como medida o aprimoramento de canais de atendimento e delegacias da mulher para garantia de um atendimento humanizado e baseado em princípios de direitos humanos e da não revitimização, com o devido treinamento de profissionais para escuta qualificada.   Outra medida é a revisão do Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos e sua regulação, para garantir ampla participação social e que as medidas protetivas contemplem demandas individuais e coletivas, além de uma perspectiva racial e de gênero.   Segundo Montgomery, é preciso garantir, no âmbito das decisões das políticas públicas, a participação da população e dos movimentos sociais, para que as medidas sejam mais adequadas às realidades brasileiras. A diretora de programas da Anistia Internacional ressalta que o Dia dos Direitos Humanos e os 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos é também uma data que marca “uma aposta na esperança.  Na esperança de um mundo melhor, na esperança de uma convivência mais pacífica, mais plural”, diz, e acrescenta: “eu gostaria de ter esperança, porque se não se tem esperança, não se tem perspectiva de futuro”.   Source link

Após transplante de coração, Faustão reaparece em jantar com amigos

Pouco mais de três meses após passar por um transplante de coração, o apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão, se reuniu com Tom Cavalcante, Tiago Leifert e Boni para uma confraternização de fim de ano. O humorista publicou o registro do encontro, realizado na última quarta-feira, 6, em suas redes sociais e celebrou o momento. “Presente de Natal maior do que ter nosso Faustão de volta ao nosso convívio não há! Obrigado Deus de bondade! Meus melhores desejos que essa força, esse milagre alcance milhares que necessitam voltar ao jogo! Nosso encontro de hoje foi mágico Grandão! Beijo”, afirmou ele.  Faustão foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein no dia 5 de agosto para tratar uma insuficiência cardíaca. Por isso, entrou na fila do transplante. Após a cirurgia, ele gravou um vídeo agradecendo aos fãs pelo carinho. A última aparição de Faustão na TV foi em uma entrevista para o programa Domingo Espetacular, da Record TV, sobre a cirurgia no coração Veja as fotos: Por: Terra Fonte

Desigualdade de acesso aos direitos humanos começa no nascimento

A Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 75 anos neste domingo (10) e destaca as crianças como detentoras do direito a “cuidados e assistência especiais”, como expresso no próprio texto, em seu Artigo 25. Porém, já ao nascer, elas são alvo de desigualdades que influenciarão em toda a trajetória de suas vidas. A diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisa sobre a Infância (Ciespi) da PUC-Rio, Irene Rizzini, destaca que a declaração afirma que todas as pessoas devem ter capacidade de gozar dos direitos previstos no texto, como diz o Artigo 2, “sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”. Entretanto, isso não ocorre nem mesmo nas primeiras horas de vida. “Ao nascer, a criança precisa ser muito bem cuidada, porque ela nasce com muitos potenciais. Mas para atingir esses potenciais, precisa comer bem, precisa de afeto, de cuidados, ela precisa se sentir protegida, se sentir segura, né? O dinheiro é importante para assegurar que ela tenha uma casa, que nessa casa ela tenha alimentação para o corpo desenvolver, para o cérebro desenvolver”, diz Rizzini. De acordo com Rizzini, que também é professora do Departamento de Serviço Social da PUC, há uma impressão de que apenas os mais necessitados precisam ter os direitos expressos, quando, segundo a diretora, a responsabilidade é compartilhada por toda a sociedade. “Há uma distorção muito grande sobre isso no próprio entendimento dos direitos. É como se só aqueles que são mais pobres e que têm seus direitos mais claramente violados precisassem desses direitos. Não é isso que a Declaração Universal diz. A nossa desigualdade mostra a nossa ignorância em relação à possibilidade de compartilhar e viver em sociedade”, explica. Crianças Quanto à infância, especificamente, a professora relembra que a primeira Declaração dos Direitos da Criança é de 1924, e que os estatutos das agências especializadas colocam que “a humanidade deve à criança o melhor de seus esforços”. Enquanto no Brasil, a legislação ainda criminalizava as crianças pobres, com o Código de Menores de 1927. “Três anos depois da Declaração Universal de Direitos da Criança, o Brasil ainda estava no minorismo, né? A criança enquanto menor abandonado e delinquente. Nós precisamos sair dos anos de ditadura militar, voltar toda a discussão de uma nova Constituição, com uma militância muito forte em relação à população infantil e adolescente. Principalmente porque nós tínhamos ainda grandes orfanatos lotados de crianças que não eram órfãs, eram apenas pobres e vistas como menores. Essa virada só foi acontecer, marcadamente, com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente”. Rizzini destaca que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de julho de 1990, só foi aprovado após a Declaração dos Direitos da Criança, proclamado pela ONU em 1989, e da Constituição Federal de 1988, que previa a criança e o adolescente como sujeitos de direitos, em seu Artigo 227, além de incluir a responsabilidade da família, da sociedade e do Estado pelo bem-estar deles. “Esse é o grande salto do ECA e dos anos 80, de dizer ‘não vamos culpabilizar a família’. Se essa família não está conseguindo prover tudo que aquela criança precisa, ela também precisa ser cuidada, ela precisa ter trabalho, ter uma moradia digna. Ela não pode ficar todos os dias preocupada se a casa vai cair, se amanhã não tem comida na mesa. Esse tipo de coisa é responsabilidade do Estado”. Ela destaca o avanço legislativo do Brasil com a aprovação, em 2016, do Marco Legal da Primeira Infância, que determina atenção especial aos primeiros anos de vida. “É uma coisa muito nova, em que o Brasil começa a dizer que as crianças, quando são pequenininhas, se elas não tiveram um bom começo de vida, se elas não se alimentarem, não puderem ter acesso à saúde, à educação, vai ficar mais difícil para elas. Isso é política pública pensando também no futuro do país. Nós estamos falando em transferência de rendam, em redistribuição de renda que precisa ser feita nesse país”, explica. Porém, mesmo com tantas declarações e leis determinando o acesso aos direitos mínimos para cada pessoa viver dignamente, nem todos conseguem acessar questões básicas como alimentação e água potável. Para a defensora pública Andréa Sepúlveda, os direitos no papel são importantes para que se possa exigir, até mesmo na Justiça, que eles sejam cumpridos. “Eu falo que os direitos são como superpoderes, porque eles são instrumentos. Se eles fossem totalmente implementados, a gente teria a sociedade ideal. Mas a gente vive em sociedade onde tudo se relaciona a poder, então quanto mais poder um determinado grupo tem na sociedade, mais os direitos daquelas pessoas são assegurados. As pessoas que estão vivendo na pobreza, que não têm o poder político ou econômico, não conseguem virar essa chave. Por isso é muito importante que a gente tenha movimentos sociais, que a gente tenha educação para a política, para os direitos, para que as pessoas saibam que elas podem lutar pelos seus direitos”, defende. Conferência Irene Rizzini destaca a participação dos jovens e crianças na elaboração das políticas públicas. Em abril, será realizada em Brasília a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, organizada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). “Em todo o município tem um conselho, e tem uma conferência livre, onde as crianças podem inclusive organizar sua conferência. Depois tem as conferências municipais que vão discutir o que as crianças acham que é importante incluir. E aí são eleitos delegados, os representantes de cada estado que vão estar em Brasília. Vai estar lotado, são centenas de crianças e adolescentes que participam com adultos, é uma coisa muito linda, que dá muita esperança pra gente, apesar dos imensos desafios desse país”, disse. Podcast Para marcar os 75 anos da Declaração dos Direitos Humanos, a Radiogência Nacional lançou neste domingo o podcast Crianças Sabidas. Neste primeiro episódio da produção, que vai trazer o formato jornalístico voltado para