Podcast Crianças Sabidas: 75 anos da Declaração de Direitos Humanos

EPISÓDIO 1 Vinheta 🎶 Crianças SabidasSubvinheta🎶   Declaração Universal dos Direitos Humanos Sobe som 🎶  Akemi: Olá, eu sou Akemi Nitahara, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação e hoje vamos tratar de um tema que diz respeito a todas as pessoas. Mas neste podcast vamos falar em especial com as crianças.  Madu: E eu sou a Maria Eduarda, mas pode me chamar de Madu. Eu tenho 8 anos e estou aqui de curiosa. Sou a perguntadeira!  Akemi:  Bem-vinda, Madu! Nós temos uma aniversariante ilustre nesse 10 de dezembro! A Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 75 anos em 2023!  Madu: Nossa, é muuuuito velha!!! Mais velha que a minha avó!  Akemi: Eu diria que é antiga, mas não antiquada… e, apesar da idade, continua sofrendo com muita falta de respeito.  Madu: Mas a gente não tem que respeitar os mais velhos?  Akemi: Claro! Com certeza! Mas se a Declaração Universal dos Direitos Humanos fosse respeitada, a gente não estaria vendo essas guerras no mundo, né? Muitas crianças sendo mortas por causa da briga dos adultos. Akemi: Mas, vem cá… O que são os Direitos Humanos pra você?  CRIANÇAS DANDO AS DECLARAÇÕES:  Dante: O meu nome é Dante, tenho 6 anos. Hoje, eu vou falar sobre direitos humanos. Direitos humanos são aquilo que as pessoas usam para sobreviver.  Caetano: Oi, meu nome é Caetano, eu tenho 6 anos e para mim Direitos Humanos é assim: não pode ter gente passando fome, não pode criança sem ir pra escola e também não pode racismo, é proibido.   Bento: O meu nome é Bento e eu tenho 11 anos. Direitos Humanos para mim é o que uma pessoa significa na sociedade, porque ela consegue por exemplo ter direito a lazer, mas também tem os seus deveres a cumprir para a sociedade.  Isabela: Oi gente, meu nome é Isabela, tenho 5 anos. Hoje eu vim falar sobre os Direitos Humanos. Direitos Humanos são todos os direitos que os humanos podem ter, tipo: casas, alimentação, trabalhos e saúde também, não importa o país que nós nascemos ou a nossa cor ou religião. Por isso, eu, Isabela, defendo os direitos humanos.  Artur: Oi, meu nome é Arthur e eu tenho 6 anos, moro no Rio de Janeiro, no Brasil. E eu não sei nada dos direitos humanos.  Akemi: Tudo bem, Arthur, a gente vai tentar explicar pra você.  Madu: De onde vem essa história de Direitos Humanos?  Akemi: Então, Madu, a ideia da declaração veio depois da segunda guerra mundial. Aquela, onde milhões de judeus foram perseguidos e mortos pelos nazistas alemães e terminou com as bombas atômicas que os Estados Unidos jogaram no Japão, nas cidades de Hiroshima e de Nagasaki.  Madu: Bomba, com certeza é contra os direitos humanos, né?  Akemi: Exato! Depois que a guerra acabou, deixando cerca de 60 MILHÕES de mortos…  Madu: Nossa!! 60 milhões é muita gente!  Akemi: Muita gente mesmo! Pra você ter uma ideia, o Brasil tem agora cerca de 200 milhões de habitantes, então 60 milhões seria mais do que um quarto da população brasileira atual. E desse total, 40 milhões eram civis, as pessoas comuns, trabalhadores, crianças… não eram soldados. Mas, voltando à Declaração dos Direitos Humanos, os países se reuniram para chegar a um acordo e não ter mais guerras no mundo. Madu: Não deu muito certo, né? Agora mesmo está tendo o conflito na Palestina e a guerra na Ucrânia…  Akemi: Pois é… também tem conflitos armados em Burkina Faso, na Somália, no Sudão, Iêmen, Mianmar, Nigéria e na Síria. Sem falar em várias outras guerras que ocorreram antes dessas, como a do Vietnã, das Malvinas, Iraque, Afeganistão, só pra citar algumas mais conhecidas. Então, nesse acordo que eu estava falando foi criada a Organização das Nações Unidas, a ONU, em 1945.  Madu: Ah! ONU eu conheço! Ela cuida de várias coisas importantes no mundo, tipo essa OMS que a gente ouviu falar muito durante a pandemia de covid-19.  Akemi: Isso mesmo! A Organização Mundial da Saúde é um dos órgãos da ONU. Na Carta das Nações Unidas, que criou a ONU, o primeiro item fala dos objetivos da organização. Está escrito assim:  Sobe som 🎶  José Carlos: Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz.  Sobe som 🎶  Akemi: Percebeu que começa com PAZ e termina com PAZ, né? Além de falar PAZ mais duas vezes e pacífico uma. Isso só no primeiro item! Madu:  Todos os países são obrigados a seguir isso?  Akemi: Todos os que assinaram a carta concordando com o texto. Atualmente, 193 países fazem parte da ONU. Mas, na verdade, não é obrigatório, assim, como uma lei. É mais uma carta de princípios, pra dar uma ideia de como as coisas deveriam ser. Madu: Tá, mas e como os Direitos Humanos entram nessa história?  Akemi: Então, a Declaração Universal dos Direitos Humanos começa assim: Sobe som 🎶   José Carlos:: Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo. Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres e homens…  Madu: E crianças!  José Carlos:: …gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum.  Akemi: A declaração foi lançada para reafirmar a necessidade de paz, respeito e dignidade a todas as pessoas e como todos devem agir para ela ser alcançada. Vamos chamar umas convidadas para explicar melhor isso? Irene Rizzini: Meu nome é Irene Rizzini, eu sou professora aqui da PUC-Rio, esse é o departamento de Serviço Social, e eu sou diretora do Ciespi da PUC-Rio, que é o Centro Internacional de Estudos e Pesquisa sobre a Infância. Andréa Sepúlveda: Eu sou Andréa Sepúlveda, defensora pública no estado