Polícia Civil do Amazonas orienta sobre medidas de segurança para mulheres em festas de Carnaval
A semana do Carnaval está se aproximando e, para garantir a diversão das mulheres neste período, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) alerta para as medidas de segurança e destaca sobre a rede de proteção com a qual elas podem contar. A delegada Débora Mafra, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) centro-sul, enfatizou que a primeira recomendação é que a mulher esteja acompanhada de um grupo de amigos nas festas de Carnaval, para que haja uma rede de apoio em um momento de ajuda. “Não é proibido, a mulher pode ir sozinha, mas pela segurança é sempre bom que ela esteja com alguém ou com algum grupo. Além disso, sempre avisar um familiar para onde está indo e informar a localização por meio de mensagem telefônica. Se for se movimentar, mande a localização também”, enfatizou. Conforme a delegada, as mulheres também precisam estar atentas e conscientes que não devem não aceitar bebidas de outras pessoas, principalmente recipientes que estejam abertos. Em festas, pode ocorrer de o indivíduo colocar alguma substância para deixar a vítima vulnerável e incapaz de se defender. “É importante falarmos sobre isso pois os autores se aproveitam da embriaguez das mulheres – causadas por eles – para praticar atos lascivos sem o consentimento delas. Neste caso, estamos falando de estupro de vulnerável. Por isso é primordial que as mulheres tenham os olhos e a mente sempre atentos ao seu redor, ao que está acontecendo, a quem se aproxima, para que sua integridade esteja segura”, enfatizou. A delegada também salientou uma frase importante, que serve de alerta neste período festivo e no resto do ano: não é não. Se a mulher estiver consciente e recusar as investidas, no mesmo momento a pessoa deve obedecer. Caso contrário, é caracterizado como importunação sexual. “A importunação sexual em carnavais pode ser um beijo roubado, um esfregão no corpo da mulher, toques indevidos, masturbação perto do corpo da vítima. Todo tipo de ato lascivo que venha incomodar ou constranger a mulher, estamos falando de importunação sexual. Se a mulher diz não, a decisão dela precisa ser respeitada. Se houver violência e grave ameaça, já está caracterizado como estupro”, reforçou. Denúncias Se for preciso denunciar agressores sexuais, a titular da DECCM centro-sul ressalta que a mulher pode contar com uma rede de proteção. “As mulheres têm ao seu favor diversos canais de denúncias, como o 190, da Polícia Militar do Amazonas (PMAM); 180, da Central de Atendimento à Mulher; e 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM)”, informou. Caso se trate de uma festa privada, a orientação dada pela delegada é procurar os seguranças do local, para que o autor seja retirado e conduzido à polícia. Ou, se tratar de uma festa pública, a vítima deve procurar a guarnição da Polícia Militar mais próxima e denunciar. “A vítima também deve procurar a unidade policial da Polícia Civil mais próxima do local do fato para registrar a ocorrência, ou pode comparecer à sede da DECCM centro-sul, que está localizada na avenida Mário Ypiranga Monteiro, bairro Parque Dez de Novembro, que funciona em regime de plantão 24 horas”, ressaltou. FOTOS: Luana Cunha eErlon Rodrigues/PC-AM. Fonte
Vanessa Lopes é vista pela 1ª vez após desistir do BBB 24; veja o vídeo!
Vanessa Lopes foi vista publicamente pela primeira vez desde que apertou o botão de desistência do BBB 24. Nesta segunda-feira (29), circulou na web um vídeo em que a influencer aparece em um restaurante em Ilhabela, no litoral Norte de São Paulo. Vanessa deixou o reality show no último dia 19 e, logo na sequência, deu entrada com acompanhamento psiquiátrico. Veja o vídeo da aparição e a reação de internautas! LEIA MAIS: (Foto: Globo) No vídeo em questão, que repercutiu por várias páginas na web, Vanessa aparece em um restaurante junto a um grupo de pessoas. Ela está sorridente e conversando com um garçom que atende a mesa. O momento foi registrado por uma outra pessoa que estava no local na hora. “Que bom que ela está bem… Vida que segue!”, comentou um internauta ao ver o vídeo. “Certa é ela de ter saído logo do programa”, reagiu um outro. Leia o boletim médico de Vanessa Lopes, emitido no último dia 26, na íntegra: “A paciente Vanessa Lopes Ramalho encontra-se sob meus cuidados médicos, em tratamento psiquiátrico, em domicílio dos pais, acompanhada pelos mesmos 24h por dia. Faz avaliação médica psiquiátrica diária, com boa evolução até o momento, necessitando ficar afastada das atividades de trabalho e pelo quadro apresentado no momento, tem bom prognóstico. Foram solicitados exames complementares para avaliação clínica completa. Tais quadros necessitam também de apoio público, privacidade e empatia com a paciente e seus familiares. O boletim médico será entregue aos pais e à paciente sempre que tenhamosevolução no quadro”. LEIA MAIS: BBB 24 no POPline O BBB 24 estreou com muitas novidades! A gente sabe que Tadeu Schmidt segue como apresentador, mas conhecemos um novo time de humoristas. Luis Miranda e Marcos Veras estão à frente dos quadros “Big Babado” e “Vamo invadir sua casa”, respectivamente. Além disso, nós sabemos que a casa mais vigiada do Brasil sempre passa por mudanças. E dessa vez não foi diferente! A estética do confinamento tem uma decoração voltada a conto de fadas, com uma estética bem fantasiosa. Segundo Tadeu, podemos definir o tema como “Fabuloso”. De quebra, o próprio jogo também mudou. A partir de agora, o BBB 24 tem um sistema misto de votação. São contabilizados votos por CPF e de torcida, cada um valendo 50%. O resultado é definido pela média ponderada das votações. Vale visar que a cobertura do POPline já começou. No site e nas redes sociais, conteúdos exclusivos sobre o reality show da TV Globo estão garantidos. Fique de olho, afinal, o prêmio pode chegar a até R$ 3 milhões. Curtiu esta matéria? Leia mais conteúdos do Oh My God! by POPline. Tem listas, curiosidades, virais, celebs, k-pop, reality shows e muito mais sobre cultura pop! Source link
Ariel Nobre usa arte para chamar atenção para violência contra trans
“Preciso dizer que te Amo”. Essa frase é escrita de forma cotidiana pelo artista e comunicador Ariel Nobre. Foi com ela que Ariel “sobreviveu ao suicídio”, como ele mesmo descreve. “No último segundo, eu lembrei de registrar o que seriam as minhas últimas palavras. Com certeza, eu estou vivo hoje por conta da minha capacidade de produzir poesia”, diz. A história está registrada no filme curta-metragem Preciso Dizer que Te Amo, disponível online. O filme passou por mais de 30 festivais, tanto no Brasil quanto no exterior, obtendo reconhecimento do público no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, além de ter sido eleito o melhor curta no festival Goiânia Mostra de Curtas e ter recebido indicação ao Grande Prêmio de Cinema Brasileiro. O projeto também se transformou em campanha de prevenção de suicídio de homens trans. “O Preciso Dizer que Te Amo é uma extensão da minha existência e conta como me tornei quem sou a partir da minha perspectiva e de companheires de jornada”, diz, ao acrescentar: “Essa é a mensagem que eu tenho para dizer para mim mesmo em público.” Por meio da arte, Ariel Nobre chama atenção para uma realidade que não é apenas a dele. O Brasil é o país que mais mata pessoas LBGTQIA+ no mundo. O número de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e outras foram assassinadas no Brasil em 2022 mantém o país no topo mundial entre aqueles que realizam pesquisas sobre esse tipo de violência. Foram 242 homicídios – ou uma morte a cada 34 horas –, além de 14 suicídios. Dados como estes também deram origem a outra obra de Ariel Nobre, 14 cartas escritas para 14 líderes. Em 2023, pela 14ª vez, o Brasil foi o país com o maior número de assassinatos de trans, segundo levantamentos da organização não governamental (ONG) suíça Trans Gender Europe, confirmados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Foram 131 trans e travestis assassinados no país em 2022. Nobre escreveu, então, 14 cartas à mão para líderes influentes da indústria da comunicação, para sensibilizá-los sobre a importância da formação de líderes trans. Um registro com o teor da carta também está disponível online. “Me sinto injustiçado quando dizem que pessoas como eu destroem famílias. O que eu mais quero é ser e ter família. E apesar de tudo acredito que sou digno de vida, trabalho e amor”, diz um trecho da carta, que chama atenção para o mercado excludente de trabalho e para a necessidade de políticas de inclusão nas empresas. Mais vozes trans Ariel Nobre defende não apenas um mercado corporativo mais inclusivo, mas também medidas inclusivas na área das artes. O filme Preciso Dizer que Te Amo foi realizado, por exemplo, por conta de um edital que tinha cotas para pessoas trans. O artista conta que, na época, ele compartilhava a própria história no Facebook e chegou a ser procurado por jornalistas e outros profissionais interessados em reproduzir essa história. “Eu compartilhei minha história muitas vezes, mas, depois de um ano, eu vi que eu estava com os mesmos problemas. Eu contei, contei minha história, algumas pessoas ganharam prêmio de jornalismo, ganharam prêmio de outras áreas, e eu não. Eu continuei tendo os mesmos problemas. Foi aí que eu pensei, eu não tenho um real, eu não sei como vai ser a minha vida no mês que vem, estou no limite da sobrevivência, mas eu preciso entender que a minha história tem valor, porque essas pessoas estão contando a minha história e elas estão ganhando prêmio”, relata. Para ele, é muito importante que as pessoas trans possam elas mesmas contar as próprias histórias, defender os próprios interesses, ocupar cargos de liderança. Para que isso aconteça, são necessárias principalmente políticas públicas, além de políticas privadas, como a inclusão em empresas. “Então, eu entendi que eu precisava contar a minha história e eu precisava lucrar com a minha história. E a partir daí eu entendi, assim, eu parei tudo o que eu estava fazendo para esse edital e nesse processo também de contar a história, eu entendi que a minha história passava por outras histórias”, acrescenta ele. Segundo Nobre, com mais inclusão e mais visibilidade, o Brasil passará a ter conversas, muitas vezes difíceis, mas necessárias. “A gente está adiando essa conversa e, quando a gente adia essa conversa, a gente está adiando vidas, a gente está adiando dignidade, a gente está adiando abraços, a gente está adiando educação, sabe? A gente está adiando a reconciliação que o Brasil merece, que as famílias merecem”, defende. Para o comunicador, quanto mais oportunidade as pessoas trans tiverem de contar as próprias histórias a partir da própria perspectiva, “vai ser mais difícil expulsar a gente de casa”. “Vai ser mais difícil, sabe? Quanto mais as mães e os pais, os cuidadores ouvirem as conversas de o que aconteceu depois: Dia 1 – expulso de casa, Dia 2 … Um mês, dois meses e todas as consequências emocionais e econômicas daquilo, daqueles traumas, quanto mais mães e pais ouvirem essas notícias, mais difícil vai ser de expulsar de casa”, diz. Para marcar a visibilidade trans, cuja data é 29 de janeiro, a Agência Brasil publica histórias de cinco artistas trans na série Transformando a Arte, que segue até o dia 31 de janeiro. Source link
PC-AM resgata mulher e três crianças que viviam sob ameaça e cárcere privado em Fonte Boa
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 55ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Fonte boa (a 678 quilômetros de Manaus), resgatou, no domingo (28/01), uma mulher vítima de violência doméstica e cárcere privado, juntamente com seus três filhos, na comunidade Barreirinha de Cima, zona rural daquele município. A ação contou com o apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e agentes da Prefeitura Municipal. Conforme o delegado Elton Vieira, titular da 55ª DIP, na sexta-feira (26/01), a equipe policial recebeu denúncias anônimas, com fotos e vídeos sobre um possível caso de violência doméstica familiar e cárcere privado em uma comunidade rural do município. Os policiais analisaram as imagens e estas mostravam a vítima com várias lesões pelo corpo, extremamente debilitada, sendo exposta em um vídeo feito pelo agressor. “De imediato, iniciamos as diligências e identificamos Josué Rodrigues Coelho, 31, como autor das agressões. Solicitamos o apoio da Polícia Militar e agentes da Prefeitura Municipal e nos deslocamos até a comunidade para resgatar a mulher e as crianças”, disse o delegado. Conforme a autoridade policial, ao chegarem a casa, o infrator havia fugido e levado a mulher e as crianças para uma área de mata. As equipes realizaram várias incursões e resolveram pernoitar no local. “Na manhã de domingo, conseguimos localizar as vítimas. Diante disso, após várias tentativas de localizar o suspeito, retornamos à sede do município, a fim de resguardar a integridade da mulher e das crianças”, salientou Elton Vieira. Conduzida à 55ª DIP, a vítima foi ouvida, passou por exame de corpo de delito e, em seguida, foi levada até a residência que indicou para ficar abrigada com os filhos. Procurado A PC-AM solicita a quem tiver informações sobre o paradeiro de Josué Rodrigues Coelho, que entre em contato pelo número 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade do informante será mantida em sigilo. De acordo com Vieira, diante de todos os fatos levantados e depoimento da vítima, o suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, com parecer favorável do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). “Contamos com a colaboração da população para que possamos localizar o paradeiro de Josué”, afirmou. FOTOS: Divulgação/PC-AM Fonte
Caravana ouve demandas de povos ciganos por políticas públicas
Embaixo de árvores, nas comunidades, em auditórios, em escolas, nas ruas, não importa o lugar. Ciganos que vivem em todo o Brasil estão sendo chamados por servidores do Ministério da Igualdade Racial para que apresentem as principais dificuldades do dia a dia. Na segunda (29) e nesta terça (30), a caravana Brasil Cigano está na cidade de Porto Seguro (BA). Desde maio, a iniciativa já visitou 12 cidades de seis estados e ouviu cerca de duas mil pessoas. A ideia é prestar apoio e viabilizar políticas públicas a comunidades em situação de vulnerabilidade e que são alvos de preconceito. Segundo o secretário de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos, Ronaldo dos Santos, até o momento a caravana escutou famílias das etnias Calon (a mais expressiva do país) e Rom. “A gente precisaria conhecer de perto os povos ciganos, ouvir o que querem dizer, conhecer a diversidade porque muito pouco se sabe sobre esses povos”, afirmou o secretário. Política nacional Segundo Santos, existem ciganos que ainda vivem no nomadismo (de forma itinerante), que são territorializados e semiterritorializados. Ele adianta que o governo pretende lançar uma política nacional para os povos ciganos no dia 24 de maio (Dia do Povo Cigano). “A gente tem diversidade de cenários dos ciganos brasileiros. Há quem vive em ranchos, em lona, à beira de estrada, em situações muito vulneráveis à insegurança alimentar extrema. Outras comunidades não têm a pobreza como principal reclamação, mas sofrem muita discriminação”. Por isso, as reivindicações são de políticas públicas e proteção, já que são vítimas de anticiganismo, tanto por causas sociais quanto culturais. Ele explica que a invisibilidade fez parte da estratégia dos povos ciganos perseguidos e seria uma uma forma de autoproteção. “Temos que entender que o Estado, para o povo cigano, é novo. Eles sempre fugiram do Estado porque sofreram perseguições”. Ronaldo dos Santos avalia que é preciso ter compreensão sobre os processos de diálogo com esses povos. Inclusive, uma das dificuldades do Estado é identificar onde residem essas comunidades. Há uma estimativa de 1 milhão de pessoas ciganas no Brasil, mas seria um número subnotificado. Uma pista é pelo cadastro único brasileiro para benefícios sociais. “Nem todo cigano está no cadastro e tem receio de ser identificado como cigano. Isso que a gente está fazendo traz um sentimento muito grande de responsabilidade porque há uma dívida do Brasil com essas pessoas”, diz. Source link
Prefeitura de Manaus atualiza cenário epidemiológico de arboviroses com nova edição de boletim
A Prefeitura de Manaus divulgou nesta segunda-feira, 29/1, a nova edição do Boletim Epidemiológico de Arboviroses, com números de casos de dengue, zika, chikungunya, oropouche e mayaro registrados na capital. A edição de nº 4 do informe da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) apresenta dados da Semana Epidemiológica de 21 a 27/1 deste ano, e está disponível no site O link para acesso direto é Segundo o boletim, no período de avaliação, Manaus teve 573 casos notificados (suspeitos) e 74 confirmados de dengue, e outros 1.773 casos estão sendo investigados. De zika, constam no informe um caso notificado, um confirmado e 11 em investigação. Os registros de chikungunya incluem seis casos notificados e 24 em investigação, não havendo casos confirmados dessa arbovirose. Em 2024, até o dia 27/1, Manaus contabilizou 809 casos de dengue confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos; e dois casos confirmados de zika. Não há registro de casos confirmados de chikungunya no município até o momento. O boletim da Semsa informa ainda 137 casos novos de oropouche no período de 21 a 27/1, totalizando 515 registros em 2024, todos confirmados mediante análise laboratorial, dado que a confirmação dessa arbovirose ocorre por conta do diagnóstico diferencial realizado com os casos suspeitos de dengue. Não há casos confirmados ou em investigação de mayaro. Não constam do informe casos notificados das duas doenças, por não serem agravos de notificação obrigatória. Não há óbitos em investigação ou confirmados em decorrência de dengue, zika, chikungunya, oropouche ou mayaro em Manaus, de acordo com o informe epidemiológico semanal. O Boletim Epidemiológico de Arboviroses é elaborado pelas gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Semsa Manaus. Os dados são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), via Sinan-Online e Sinan Net, e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), estando sujeitos a atualização. Enfrentamento A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, destaca que o município conduz ações permanentes de prevenção e controle das arboviroses, reforçadas durante o chamado inverno amazônico, marcado pelo maior volume de chuvas na região, de novembro a abril. “O período sazonal é mais propício ao surgimento de focos de água parada, favorecendo a proliferação do Aedes e de outras espécies de mosquitos vetores dos arbovírus, causadores de doenças como a dengue, zika e Oropouche”. As ações da Semsa no enfrentamento das arboviroses incluem o manejo ambiental e as visitas e inspeções dos agentes de vigilância em residências, comércios e outros estabelecimentos, bem como em terrenos baldios. A secretaria realiza ainda, em articulação com outras instituições, ações de prevenção e controle para evitar o aumento de casos como os de dengue, chikungunya, zika. “Além disso, enfatizamos o papel essencial da população na vistoria regular dos quintais e do interior das casas, a fim de identificar riscos e eliminar focos de água parada, que podem se tornar criadouros para o Aedes e outros mosquitos”, pontua a secretária. O checklist semanal de 10 minutos nas residências inclui medidas simples, como descartar ou guardar de forma adequada materiais que possam conter água parada, como baldes, garrafas, pneus e copos descartáveis; limpar e desobstruir calhas e ralos; encher de areia os pratos de plantas; manter tampadas as caixas d’água; dar descarga em vasos sanitários pouco utilizados; entre outras. Fonte
Ataque hacker prejudica atendimento no Instituto Nacional de Câncer
Um ataque hacker invadiu o sistema de tecnologia do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, no último sábado (27). Segundo a instituição, os programas de segurança foram ativados, mas os serviços de tecnologia precisaram ser interrompidos para evitar danos. O setor de radioterapia precisou ser suspenso temporariamente e só será retomado quando houver segurança necessária para o religamento do sistema, de acordo com a assessoria de imprensa do instituto. As marcações de consultas também foram interrompidas. No entanto, de acordo com o Inca, as consultas agendadas estão ocorrendo normalmente, por meio de anotações manuais sobre a evolução do paciente e receitas feitas à mão. As internações, cirurgias, sessões de quimioterapia e o funcionamento do centro de tratamento intensivo (CTI) também continuam normais. “O Inca reafirma o compromisso com a saúde e o bem-estar dos pacientes, suas famílias e colaboradores. Estamos acompanhando de perto o desenvolvimento do trabalho da equipe de TI para assegurar que o serviço ao público não seja prejudicado e as marcações possam ser retomadas”, informa nota divulgada pelo instituto. Fonte
Dengue: Aedes veio para ficar e vacina é saída, alerta infectologista
O mosquito Aedes aegypti, transmissor de todas as arboviroses que atualmente circulam no país, inclusive a dengue, chegou a ser erradicado do território brasileiro por volta de 1950, como resultado de uma série de medidas para o controle da febre amarela. Entretanto, dadas as atuais proporções de infestação, é impossível sonhar com esse cenário novamente. “O Aedes veio para ficar”, alertou o infectologista Antonio Carlos Bandeira. Formado pela Universidade Federal da Bahia e especialista em saúde pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Bandeira descobriu, em 2015, a chegada do vírus Zika ao Brasil. A doença também é transmitida pelo Aedes aegypti. Em entrevista à Agência Brasil, o médico citou alterações climáticas, sobretudo o aumento das temperaturas, como fatores que colaboram para a explosão de casos de dengue este ano. O infectologista manifestou preocupação com o ressurgimento do sorotipo 3 da dengue no país – que não circulava de forma epidêmica há mais de 15 anos. “Mas, independentemente do sorotipo, preocupa a grande quantidade de casos que a gente tem. Porque uma grande quantidade de casos implica uma grande quantidade de complicações e uma grande quantidade de possíveis óbitos”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista: Agência Brasil: Nas primeiras semanas de 2024, o número de casos de dengue mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2023, que já havia sido classificado como ano epidêmico. O que tem causado essa explosão de casos no Brasil?Antonio Carlos Bandeira: Vários fatores têm causado essa explosão. O primeiro e mais importante têm sido as alterações climáticas. Houve agora, com o El Niño, nos últimos dois anos, uma combinação de muito calor no corredor que segue da Região Centro-Oeste e desce pela porção oeste das regiões Sudeste e Sul. Esse corredor climático acabou facilitando muito a disseminação do mosquito tanto para locais da Região Sudeste e, mais importante ainda, da Região Sul. Isso facilitou que o Aedes aegypti pudesse ser disseminado. Não só o Brasil, mas países circunvizinhos como Paraguai e Argentina viveram a mesma situação: uma chegada muito forte do Aedes aegypti. É um passo para começar a ter epidemias de dengue, chikungunya e zika. Outro fator é o desmantelamento que houve, de certa maneira, nos últimos anos, de uma vigilância mais proativa no sentido de instituir medidas como larvicida ou o famoso fumacê. Temos períodos que ficaram sem larvicidas. E o terceiro fator é pegar a população que é exatamente dessas regiões que citei e que eram virgens de dengue. Diferentemente da Região Nordeste, em que as pessoas frequentemente tiveram episódios pregressos de dengue. Nesses casos, a pessoa fica um pouco mais resistente, apesar de ainda poder pegar a doença por outros sorotipos. No caso da Região Sul, está todo mundo ali sem nenhum tipo de proteção anterior. E a vacina só agora está sendo pensada. Agência Brasil: O recente aumento das temperaturas em praticamente todo o país associado à grande quantidade de chuvas contribui de alguma forma para esse agravamento do cenário da dengue?Bandeira: É, isso que faz com que a coisa complique. Você tem esse corredor de calor e ele fica oscilando com muita precipitação pluviométrica de forma intensiva. Isso facilitou demais. Calor e muita chuva intermitente são a combinação principal para a dengue. Por culpa, de certa maneira, do El Niño. O Aedes aegypti se reproduz mais rápido e vive mais quanto mais elevada é a temperatura. A situação é essa. Ele vive mais e se multiplica mais. Agência Brasil: A dengue tem comportamento sazonal e sempre retorna de forma epidêmica de tempos em tempos. É comum termos dois anos consecutivos de epidemia se já considerarmos 2023 e 2024?Bandeira: Estamos diante de populações virgens. A maioria dos casos de dengue que estamos tendo no ano passado e este ano é na Região Sudeste e Sul. Essa população que nunca teve dengue antes está muito suscetível. Agência Brasil: O pico da dengue no Brasil geralmente acontece entre março e maio. Em função do início precoce de casos, já em outubro do ano passado, há chance de esse pico chegar mais cedo em 2024?Bandeira: No ano passado, a gente teve uma situação completamente diferente porque tivemos, como de praxe, a dengue no início do ano. Em fevereiro, já tínhamos muitos casos. Mas, normalmente, as taxas começam a subir em fevereiro, março, abril e, em maio, começam a cair. No ano passado, essas taxas foram altas o primeiro semestre praticamente inteiro, até julho. E só foram começar a cair em agosto, já mostrando um comportamento diferente. Talvez algumas regiões atinjam o pico de dengue antes, mas isso não é garantido. Nesses processos epidêmicos, cada estado, na verdade, tem um comportamento. Depende da precocidade com que se começa a detectar, usar larvicida em grande quantidade, fumacê, alertar a população. Cada estado tem uma intervenção diferente. Um está em calamidade pública e, em outro, a coisa é intensa, mas não é trágica. Cada local acaba tendo uma dinâmica diferente. Se você não fizer nada, o pico pode chegar antes sim. Agência Brasil: O sorotipo 3 da dengue não circulava de forma epidêmica no Brasil há mais de 15 anos, mas voltou a registrar casos em 2023 e em 2024. Como esse ressurgimento pode agravar ainda mais as perspectivas para este ano?Bandeira: Sem dúvida, o tipo 3 voltou a circular. A gente só não sabe se ele vai ser o responsável pela maioria dos casos. A gente não tem como saber isso neste momento. Já tivemos a introdução de sorotipos que começam a circular, mas não vão muito adiante. No passado, o sorotipo 4, por exemplo, começou, mas não dominou o espectro da doença. O sorotipo 3 realmente preocupa porque é mais um sorotipo para causar a doença. Por outro lado, pode ser que ele não seja dominante na maior parte dos estados do Brasil. O que a gente está vendo hoje é que os sorotipos 1 e 2 estão fazendo uma grande quantidade de notificação no Brasil como um todo. Neste momento, independentemente do sorotipo, preocupa a
STF retomará quinta-feira julgamento sobre revisão da vida toda
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar na próxima quinta-feira (1°) o julgamento sobre a revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O julgamento foi suspenso em dezembro do ano passado e será um dos processos previstos para análise em fevereiro. Em 2022, o Supremo validou a revisão da vida toda e permitiu que aposentados que entraram na Justiça possam pedir o recálculo do benefício com base em todas as contribuições feitas ao longo da vida. Pela decisão da Corte, ficou reconhecido que o beneficiário pode optar pelo critério de cálculo que renda o maior valor mensal, cabendo ao aposentado avaliar se o cálculo da vida toda pode aumentar ou não o benefício. Segundo o entendimento, a regra de transição que excluía as contribuições antecedentes a julho de 1994, quando o Plano Real foi implementado, pode ser afastada caso seja desvantajosa ao segurado. Apesar do entendimento do STF, a revisão da vida toda ainda não é aplicada devido a um recurso do INSS. O órgão entrou com o recurso para restringir os efeitos da validade da revisão. O INSS quer excluir a aplicação da revisão a benefícios previdenciários já extintos, decisões judiciais que negaram direito à revisão conforme a jurisprudência da época e proibição de pagamento de diferenças antes de 13 de abril de 2023, data na qual o acórdão do julgamento do STF foi publicado. Placar O último andamento do processo ocorreu no dia 1° de dezembro do ano passado, quando o ministro Alexandre de Moraes interrompeu o julgamento no plenário virtual da Corte. Com a decisão, o julgamento foi suspenso e terá continuidade na modalidade presencial na próxima quinta-feira. Antes do pedido de destaque que suspendeu o julgamento, o placar estava indefinido sobre qual posicionamento deve prevalecer. Os ministros Fachin, Rosa Weber (votou antes da aposentadoria) e Cármen Lúcia votaram para estabelecer como marco para o recálculo o dia 17 de dezembro de 2019, data na qual o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu o mesmo direito de revisão a um segurado do INSS. Os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso votaram pela anulação da decisão do STJ. Outros processos Além da retomada do julgamento sobre a revisão de toda vida, o Supremo vai realizar na quinta-feira (1°) a instalação do Ano Judiciário 2024, cerimônia que marca o início dos trabalhos do plenário após o recesso de fim de ano. Em fevereiro, o Supremo também deve julgar ações da chamada “pauta verde”, que cobram ações governamentais para combater o desmatamento da Amazônia, a legalidade de provas obtidas durante revista íntima em presídios, além das ações penais que podem condenar réus pelo 8 de janeiro de 2023. Eleições 2024 No próximo mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve aprovar uma resolução para regulamentar o uso da inteligência artificial durante as eleições municipais de outubro. O TSE pretende garantir a proibição da manipulação de vozes e imagens de conteúdo sabidamente inverídico para divulgação de desinformação contra a lisura das eleições e de propaganda negativa contra candidatos e partidos nas redes sociais e na propaganda eleitoral. O objetivo é evitar a circulação de montagens de imagens e vozes produzidas por aplicativos de inteligência artificial para manipular declarações falsas de candidatos e autoridades envolvidas com a organização do pleito. STJ O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também retornará as atividades no plenário. Um dos julgamentos mais esperados para 2024 trata do pedido do governo da Itália para que o ex-jogador de futebol Robinho cumpra no Brasil condenação por estupro. O ex-jogador foi condenado em três instâncias italianas pelo envolvimento em um estupro coletivo, ocorrido dentro de uma boate de Milão em 2013. A pena imputada foi de nove anos de prisão. A data do julgamento não foi anunciada. Fonte