Wanessa comenta briga entre Davi e MC Bin Laden, no BBB 24: “O bode expiatório aqui cansou!”

Wanessa Camargo decidiu opinar sobre os últimos acontecimentos do BBB 24, que incluem uma briga acalorada entre Davi e MC Bin Laden e internautas divididos sobre uma possível expulsão dos dois por agressão. Na madrugada desta terça-feira (26), a cantora, que foi desclassificada do reality show após denúncia de Davi por agressão física, se referiu a si mesma como “bode expiatório”. Ela deu a entender que acredita que a produção do programa esteja protegendo o baiano, um dos favoritos ao prêmio. LEIA MAIS: Foto: Reprodução – TV Globo Logo após o Sincerão desta segunda-feira (25), que foi o pivô da briga generalizada no confinamento, Wanessa postou no X (antigo Twitter) um GIF de um gato lixando as unhas com semblante de despreocupado. “Falo nada”, dizia o GIF. Poucos minutos depois, porém, a cantora decidiu falar… “Nunca foi sobre evoluir e melhorar o mundo em que vivemos, nunca foi sobre acolher e reconhecer! Ter ou não ter eis a questão! O bode expiatório aqui cansou!”, escreveu a artista, que também deletou o vídeo publicado no Instagram após sua expulsão, em que pedia desculpas a Davi e falava sobre racismo estrutural. pic.twitter.com/18305irVKD — Wanessa Camargo (@WanessaCamargo) March 26, 2024 Nunca foi sobre evoluir e melhorar o mundo em que vivemos, nunca foi sobre acolher e reconhecer! Ter ou não ter eis a questão! O bode expiatório aqui cansou! — Wanessa Camargo (@WanessaCamargo) March 26, 2024 De imediato, Wanessa recebeu críticas por sua colocação, mas não ficou quieta. “O estudo antirracista já acabou?”, rebateu um internauta. “Não, amado, agora que entendi de fato! Ou vocês além de não ajudarem a Raquele também vão tirar a mulher mais foda desse BBB chamada Leidy Ellen?”, reagiu Wanessa. Não amado agora que entendi de fato! Ou vcs além de não ajudarem a Raquele tbm vão tirar a mulher mais foda desse bbb chamada Leidy Ellen? — Wanessa Camargo (@WanessaCamargo) March 26, 2024 “Gosta tanto dela, que erra até o nome”, interviu um outro internauta a respeito de Leidy Elin. “Nossa eu não tenho argumento kkkk vai quinta série”, reagiu a cantora. Nossa eu não tenho argumento kkkk vai quinta série — Wanessa Camargo (@WanessaCamargo) March 26, 2024 “Moça, você tem 40 anos e tá no Twitter de madrugada achando que está em uma briga de argumentos. Sério que tu tá querendo falar de maturidade aqui?”, complementou o mesmo internauta. Dentre os comentários dos posts, algumas pessoas estranharam o teor das mensagens e disseram acreditar que poderia não ter sido Wanessa quem as escreveu. “Sai do fake, Dado Dolabella”, chegou a dizer um deles, em referência ao ex da cantora. BBB 24 no POPline O BBB 24 estreou com muitas novidades! A gente sabe que Tadeu Schmidt segue como apresentador, mas conhecemos um novo time de humoristas. Luis Miranda e Marcos Veras estão à frente dos quadros “Big Babado” e “Vamo invadir sua casa”, respectivamente. Além disso, nós sabemos que a casa mais vigiada do Brasil sempre passa por mudanças. E dessa vez não foi diferente! A estética do confinamento tem uma decoração voltada a conto de fadas, com uma estética bem fantasiosa. Segundo Tadeu, podemos definir o tema como “Fabuloso”.  Além disso, o próprio jogo também mudou. A partir de agora, o BBB 24 tem um sistema misto de votação. São contabilizados votos por CPF e de torcida, cada um valendo 50%. O resultado é definido pela média ponderada das votações. Vale visar que a cobertura do POPline já começou. No site e nas redes sociais, conteúdos exclusivos sobre o reality show da TV Globo estão garantidos. Fique de olho, afinal, o prêmio pode chegar a até R$ 3 milhões. Curtiu esta matéria? Leia mais conteúdos do Oh My God! by POPline. Tem listas, curiosidades, virais, celebs, k-pop, reality shows e muito mais sobre cultura pop! Source link

STF derruba carência para autônoma receber salário-maternidade do INSS

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ampliou – por 6 votos a 5 – o direito de trabalhadoras autônomas, sem carteira assinada, de receber o salário-maternidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), caso tenham contribuído ao menos uma vez para a Previdência Social.  Por maioria, os ministros julgaram inconstitucional a exigência de 10 meses de contribuição para que as trabalhadoras que contribuem voluntariamente ao INSS – as chamadas contribuintes  individuais – tenham direito a receber o salário-maternidade.   A carência de 10 meses era questionada no Supremo há 25 anos. A regra foi criada junto com a inclusão das trabalhadoras autônomas entre as beneficiárias do salário-maternidade, na reforma da Previdência de 1999. O tema foi julgado na mesma sessão que derrubou a chamada revisão da vida toda.  Com a derrubada da carência, basta uma contribuição ao INSS para que a profissional autônoma tenha direito a receber o salário-maternidade em caso de parto ou adoção. Ou seja, passa a valer a mesma regra que é aplicada para as trabalhadoras formais, cobertas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).  Seguradas especiais A decisão do Supremo abrange também as seguradas especiais, como as trabalhadoras rurais, e as contribuintes facultativas, que não exercem atividade remunerada, mas contribuem ao INSS para ter acesso aos benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).  Prevaleceu, ao final, o entendimento do ministro Edson Fachin, do STF, para quem a exigência de cumprimento de carência apenas para algumas categorias de trabalhadoras violava o princípio constitucional da isonomia. Ele foi acompanhado pelos ministros Luiz Fux,  Cármen Lúcia, Flávio Dino, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.  Ficaram vencidos os ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes, que votaram pela validade da norma anterior. Fonte

BBB 24: Internautas pedem expulsão de Davi e MC Bin Laden por briga pós-Sincerão

Na noite desta segunda-feira (25), o público do BBB 24 assistiu a uma das brigas generalizadas mais acaloradas da história do reality show! Davi e MC Bin Laden trocaram ofensas durante a dinâmica do Sincerão, na qual podiam acionar uma bomba de fumaça no adversário, e o clima ficou tenso entre os dois após a brincadeira. Para muitos dos internautas, houve agressão física da parte de ambos, motivo pelo qual pedem para que sejam expulsos. Veja a repercussão! LEIA MAIS: Fotos: Reprodução – TV Globo Um dummy chegou a ter que tentar apartar a briga entre Davi e MC Bin Laden porque os demais colegas de confinamento não conseguiram conter os dois. Lucas Henrique chegou a ser derrubado no chão na tentativa de segurar o funkeiro, que está no Paredão. Os brothers enfrentam problemas desde o início da temporada, mas foi nessa segunda (25) que viveram sua pior briga. Até a produção do programa teve que intervir e deu uma chamada neles, enquanto a briga ainda acontecia. “Se fosse pra ter porrada, era o UFC”, avisou a produção do reality. TRETA GENERALIZADA ENTRE BIN LADEN E MATTEUS ️ #BBB24 #RedeBBB pic.twitter.com/M0ac9xHuFH — Big Brother Brasil (@bbb) March 26, 2024 TRETA INTENSA ENTRE DAVI X MC BIN LADEN #BBB24 #RedeBBB pic.twitter.com/TMhs8lRgXg — Big Brother Brasil (@bbb) March 26, 2024 MC BIN LADEN X DAVI #BBB24 #RedeBBB pic.twitter.com/Sqffsii6R0 — Big Brother Brasil (@bbb) March 26, 2024 É O CAOS GENERALIZADO ENTRE DAVI E MC BIN LADEN #BBB24 #RedeBBB pic.twitter.com/9SpCeJIg1V — Big Brother Brasil (@bbb) March 26, 2024 A discussão seguiu TENSA entre MC Bin Laden e Davi #BBB24 #RedeBBB pic.twitter.com/bf4zIR0jMK — Big Brother Brasil (@bbb) March 26, 2024 “ACABOU” #BBB24 #RedeBBB pic.twitter.com/RjUz6aduvj — Big Brother Brasil (@bbb) March 26, 2024 Na web, espectadores do BBB pedem a expulsão dos dois participantes. Para muitos, Davi deu uma ‘cabeçada’ em MC Bin Laden ao peitá-lo na briga, enquanto o funkeiro derrubou Lucas Henrique no chão, no momento em que o colega tentou contê-lo para separar a briga. Na visão de alguns internautas, isso também seria enquadrado como agressão. Veja a repercussão: E essa cabeçada? GLOBO APOIA AGRESSÃO #DaviExpulso pic.twitter.com/Pjb1LIRmkh — BRUXA AMARELA (@maiakamai) March 26, 2024 Esse BBB tá um lixo por culpa do “Big Boss” e do Cuvi. Agressão só é agressão quando é contra o alecrim dourado do Boninho né? O tempo inocentando a mamãe Wanessa Camargo rapidinho. pic.twitter.com/VL850nHV4z — Lizzie McGuire da loba (@Itsmejuniorv) March 26, 2024 “tem q expulsar a WC saiu por muito menos”, todos nós sabemos q ela saiu p/ limpeza de imagem! Nem a Yasmin fala com ela. Boninho interveio por causa q o Lucas não estava mais conseguindo segurar o Bin (camarote) e, se tivesse agressão, ele seria o quarto camarote expulso do BBB. pic.twitter.com/A64QhbHbNp — Suéllen (@suellen_strange) March 26, 2024 Hj o tadeu deve falar q oq eles fizeram foi gravíssimo e n deve se repetir blablablaDar td uma volta pra tentar abafar q deveria rolar uma expulsão por agressão #BBB24 pic.twitter.com/Qvc4qz8vkY — iolandinha (@iolandafirmee) March 26, 2024 por mim que tenha uma agressão coletiva nesse reality e todo mundo seja expulso e o boninho tenha que sortear o prêmio no Instagram falando que para ganhar o prêmio a pessoa deve seguir ele e a rede globo e marcar 3 amigos nos comentários #BBB24 — henvikson (@henvikson) March 26, 2024 ATENCAI BRASIL. Agressão! Ué, não vale a mesma regra? Bbb pic.twitter.com/ZE9CzfXJVK — Cristiano (@CrisLacerdaReal) March 26, 2024 #Daviexpulso Deu cabeçada, ainda chamou pro Bin vir pra cima! Fim! Foi agressão sim! pic.twitter.com/IYvDmHdBWD — Tiago Balbino (@tiagobalbino) March 26, 2024 O Davi e o Bin se peitando não foi nada, fizeram igual à outra briga deles. Isso aqui sim foi agressão: o Bin deu uma cotovelada no Lucas, ainda o jogou no chão, além de ter empurrado a Leidy e a Giovana, e isso só aqui nesse vídeo, sem contar os outros. #BBB24 pic.twitter.com/J6QDmyhujU — Nicolas (@NicolasMarinho) March 26, 2024 E foi assim que Davi disse que Wanessa agrediu ele,por isso ela foi expulsa.! EXPULSA OS DOISGLOBO APOIA AGRESSÃO pic.twitter.com/pPt6sovr9n — (‍♀️) (@VeraLuc58725993) March 26, 2024 Agressão, expulsão, expulsa os dois, ainda são os assuntos mais comentados no twitter. E o programa segue sem fazer nada a respeito. E sim, deveria expulsar os dois pra servir de exemplo pras próximas edições. Baixaria totalmente desnecessária. #BBB24 pic.twitter.com/Tcs5vRHlUs — Marcello ️‍⃤ (@MHMatts) March 26, 2024 BBB 24 no POPline O BBB 24 estreou com muitas novidades! A gente sabe que Tadeu Schmidt segue como apresentador, mas conhecemos um novo time de humoristas. Luis Miranda e Marcos Veras estão à frente dos quadros “Big Babado” e “Vamo invadir sua casa”, respectivamente. Além disso, nós sabemos que a casa mais vigiada do Brasil sempre passa por mudanças. E dessa vez não foi diferente! A estética do confinamento tem uma decoração voltada a conto de fadas, com uma estética bem fantasiosa. Segundo Tadeu, podemos definir o tema como “Fabuloso”.  Além disso, o próprio jogo também mudou. A partir de agora, o BBB 24 tem um sistema misto de votação. São contabilizados votos por CPF e de torcida, cada um valendo 50%. O resultado é definido pela média ponderada das votações. Vale visar que a cobertura do POPline já começou. No site e nas redes sociais, conteúdos exclusivos sobre o reality show da TV Globo estão garantidos. Fique de olho, afinal, o prêmio pode chegar a até R$ 3 milhões. Curtiu esta matéria? Leia mais conteúdos do Oh My God! by POPline. Tem listas, curiosidades, virais, celebs, k-pop, reality shows e muito mais sobre cultura pop! Source link

Moraes dá 48h para Bolsonaro explicar estadia na embaixada da Hungria

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo de 48 horas para que o ex-presidente Jair Bolsonaro esclareça sua permanência na embaixada da Hungria, em Brasília, por dois dias em fevereiro. A estadia ocorreu após ele ter o passaporte apreendido. A hospedagem de Bolsonaro na embaixada foi revelada na tarde de segunda-feira (25), pelo jornal norte-americano The New York Times. O jornal dos Estados Unidos analisou imagens do circuito de segurança do local e publicou vídeos que mostram a entrada e a saída do ex-presidente. As embaixadas são ambientes protegidos, fora do alcance das leis brasileiras e das forças de segurança nacionais. A permanência nesses locais, em tese, pode configurar burla à determinação de não se ausentar do país, já que o objetivo da medida é exatamente manter o investigado ao alcance das forças de segurança nacionais. As imagens da câmera de segurança da embaixada mostram que o ex-presidente permaneceu no local de 12 a 14 de fevereiro, acompanhado por seguranças. O embaixador Miklós Halmai também aparece acompanhando o Bolsonaro. A embaixada estava praticamente vazia, mostram as imagens, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. Segundo o jornal, os funcionários estavam de férias porque a estadia de Bolsonaro foi durante o feriado de carnaval. Segundo a reportagem, no dia 14 de fevereiro, os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, dando a orientação para que ficassem em casa pelo resto da semana. Passaporte O passaporte de Bolsonaro foi apreendido por determinação de Moraes no âmbito da operação Tempus Veritatis, que apura a existência de uma trama golpista no alto escalão do governo do ex-presidente. A reportagem do The New York Times mostra que Bolsonaro entrou na embaixada da Hungria dias depois de sua defesa entregar o passaporte dele à Polícia Federal (PF). A defesa de Bolsonaro chegou a pedir a devolução do documento, alegando não haver risco de fuga. Bolsonaro está sujeito também a outras medidas cautelares determinadas por Moraes, como a proibição de se comunicar com os demais investigados, entre outras. Em depoimento à PF, os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica colocaram o ex-presidente no centro da trama golpista. Defesa A defesa do ex-presidente da República confirmou que ele passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília “para manter contatos com autoridades do país amigo”. Em nota, os advogados de Bolsonaro dizem que ele mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires. “Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar [húngara], a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, diz a defesa de Bolsonaro. Na tarde de segunda-feira (25), durante um evento do PL em São Paulo, Bolsonaro comentou indiretamente o caso, dizendo que frequenta embaixadas e conversa com chefes de Estado. “Muitas vezes esses chefes de Estado ligam para mim, para que eu possa prestar informações precisas do que acontece em nosso Brasil. Frequento embaixadas também aqui pelo nosso Brasil, converso com os embaixadores. Não tenho passaporte, está detido, senão estaria com o Tarcísio [Freitas, governador de São Paulo] juntamente com Ronaldo Caiado [governador de Goiás] nessa viagem a Israel, um país irmão, um país fantástico em todos os aspectos. Fonte

Guerra prossegue em Gaza apesar de apelo da ONU para trégua imediata

Os ataques aéreos de Israel e os confrontos com militantes do grupo islamita palestino Hamas continuaram nesta terça-feira (26) na Faixa de Gaza, apesar do Conselho de Segurança da ONU ter exigido um cessar-fogo imediato. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse ter registrado 70 mortos nesta madrugada, incluindo 13 em ataques aéreos perto da cidade de Rafah, no extremo Sul do enclave, onde 1,5 milhão de palestinos procuraram refúgio dos confrontos. As Forças de Defesa de Israel disseram que vários alertas foram emitidos perto de Gaza devido ao lançamento de foguetes por parte de militantes palestinos. Cessar-fogo Nesta segunda-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU votou a favor de um cessar-fogo imediato em Gaza pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, depois de os EUA terem abandonado a ameaça de veto, colocando Israel em um isolamento quase total na cena mundial. A resolução também sublinha “a necessidade urgente” de aumentar o fluxo de assistência humanitária a Gaza e de proteger os civis, tendo em conta o elevado número de mortos civis e os avisos da ONU sobre a fome. O resultado da votação marca o mais forte confronto público entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, desde o início da guerra. Os Estados Unidos se abstiveram de votar e os outros 14 membros do Conselho se manifestaram favoravelmente à resolução de cessar-fogo do Conselho de Segurança, apresentada pelos 10 membros eleitos do Conselho que exprimiram a sua frustração com mais de cinco meses de impasse entre as grandes potências. A votação foi aplaudida. O texto exige “um cessar-fogo imediato durante o mês do Ramadã [11 de março a 10 de abril], que conduza a um cessar-fogo duradouro e sustentável” e a libertação dos reféns, mas sem condicionar a trégua à liberação dos reféns, como Washington tinha exigido anteriormente. O enviado palestino à ONU, Riyad Mansour, considerou a votação do Conselho de Segurança um “voto tardio para que a humanidade prevaleça”. “Esta deve ser uma guinada. Isto deve levar a salvar vidas no terreno”, afirmou Mansour ao Conselho de Segurança. “Peço desculpa àqueles a quem o mundo falhou, àqueles que podiam ter sido salvos mas não foram”. Já o Hamas saudou a resolução e disse estar pronto para uma troca imediata de prisioneiros com Israel, aumentando as esperanças de um avanço nas negociações em curso em Doha, onde os chefes dos serviços secretos e outros funcionários dos EUA, Egito e Catar estão tentam mediar um acordo que envolveria a libertação de pelo menos 40 dos cerca de 130 reféns detidos pelo Hamas por várias centenas de detidos e prisioneiros palestinos, e uma trégua que duraria um período inicial de seis semanas. Depois de mais cinco meses de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, esta foi a primeira vez que o Conselho de Segurança conseguiu aprovar uma resolução relativa a um cessar-fogo no enclave, dado que vários projetos foram consecutivamente vetados. Nesta terça-feira, uma perita em direitos humanos da ONU vai apresentar um relatório em que pede que Israel seja sujeito a um embargo de armas, com base no facto de ter levado a cabo atos de “genocídio” em Gaza. A abstenção dos EUA seguiu-se a três vetos a resoluções de cessar-fogo anteriores, em outubro, dezembro e fevereiro, e marca o agravamento significativo de uma ruptura com o governo de Netanyahu. A ruptura reflete a frustração crescente em Washington perante a insistência desafiadora do primeiro-ministro israelense avançar com o ataque a Rafah e perante os persistentes obstáculos israelenses à entrega de ajuda humanitária. O Reino Unido, que se absteve nas três resoluções anteriores sobre o cessar-fogo, votou a favor do texto de segunda-feira. Visita cancelada O primeiro-ministro israelense cancelou a visita de dois ministros à Casa Branca e disse que os EUA “abandonaram a sua política na ONU” depois de terem se abstido na votação de ontem, dando esperança ao Hamas de uma trégua sem ceder os seus reféns e, por conseguinte, “prejudicando tanto o esforço de guerra como o esforço de libertação dos reféns”. O gabinete de Netanyahu cancelou uma visita a Washington de dois dos seus ministros, com o objetivo de discutir uma ofensiva israelense planejada para a cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, à qual os EUA se opõem. A Casa Branca declarou estar “muito desiludida” com a decisão. No entanto, a visita do ministro da Defesa, Yoav Gallant, previamente agendada, prosseguiu. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sublinhou na reunião com Gallant que existiam alternativas a uma invasão terrestre de Rafah que garantiriam melhor a segurança de Israel e protegeriam os civis palestinos, segundo o departamento de Estado. Em Washington, Gallant insistiu que Israel continuaria a lutar até que os reféns fossem libertados. “Não temos o direito moral de parar a guerra enquanto houver reféns em Gaza”, afirmou Gallant antes da sua primeira reunião com o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan. “A falta de uma vitória decisiva em Gaza pode nos aproximar de uma guerra no norte.” Para o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, a votação da ONU não representou uma mudança na política dos EUA, mas assinalou uma ruptura significativa entre a administração Biden e o governo israelense. A aprovação da resolução demonstra unidade internacional há muito adiada em relação a Gaza, depois de terem sido dadas como mortas mais de 32 mil pessoas em Gaza estarem desaparecidas e de as agências da ONU estarem a alertar para a iminência de uma grande fome. *É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte

Demarcação para Avá-canoeiro é reparação histórica, diz antropóloga

A decisão da Justiça Federal que estabelece prazo de 15 meses para conclusão da demarcação da Terra Indígena (TI) Taego Ãwa, do povo Avá-canoeiro do Araguaia, representa uma reparação histórica das violações sofridas por este povo. A avaliação é da antropóloga Patrícia de Mendonça Rodrigues, responsável pelo relatório que identificou e delimitou a TI. A etnia tem sido vítima de deslocamentos forçados ao longo da história. Atualmente, os cerca de 40 sobreviventes ainda vivem fora do território tradicional. “É um dos casos mais graves de violência genocídica, que tem destaque no relatório da Comissão Nacional da Verdade, está lá com destaque o caso dos Avá-canoeiro do Araguaia. Na época dos governos militares, chegou à beira da extinção, chegaram a ser cinco pessoas e foram removidas para a terra dos seus antigos inimigos, onde sofreram todo tipo de marginalização”, lamentou a antropóloga, destacando que a decisão judicial foi um passo importante para se fazer justiça em prol da etnia. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) reverteu decisão da Justiça Federal de Gurupi (TO) que havia reduzido em cerca de 30% a TI Taego Ãwa. Essa fatia de quase um terço do território tinha sido reservada para assentados da reforma agrária e fazendeiros que atualmente estão sobrepostos à TI. A decisão do TRF1, que ocorreu no fim do mês passado, teve assinatura do acórdão no último dia 15. O território está em processo de demarcação há mais de dez anos, no entanto, a decisão judicial determinou prazo de 15 meses para que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) conclua a ação, a fim de que o grupo possa retornar à região, de onde foram capturados e expulsos durante a ditadura militar. A antropóloga ressalta que a decisão anterior, proferida em 2022, além da diminuição em quase um terço das terras, havia retirado também o acesso da TI Taego Ãwa ao rio Javaés, que é o principal rio da região, dá passagem a outras comunidades indígenas e é o principal meio para navegação e pescaria. “Eles haviam ficado com 70%, a maior parte de áreas inundáveis. A melhor parte da área foi retirada, então foi uma decisão considerada absurda”, disse. O juiz relator do caso, Emmanuel Mascena de Medeiros, escreveu ainda que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), juntamente com a Funai, deve fazer a desintrusão das terras, reassentar as pessoas do Projeto de Assentamento Caracol diretamente afetados pela formação da TI Taego Ãwa e o pagamento de benfeitorias estabelecidas no território. O relatório de identificação e delimitação da terra indígena, com cerca de 29 mil hectares, foi publicado pela Funai em 2012 e, em 2016 o Ministério da Justiça publicou a portaria declaratória reconhecendo-a como terra de ocupação tradicional do povo indígena Avá-canoeiro. A TI Taego Ãwa está localizada na região do médio curso do Rio Araguaia, no Tocantins. O território fica localizado à margem direita do Rio Javaés, a leste da Ilha do Bananal. No entanto, diante da estagnação do processo, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública, em 2018, contra a União, a Funai e o Incra, para que fosse finalizada a demarcação. O MPF apontou que limitações materiais, financeiras e de pessoal não legitimam o retardo no processo demarcatório, acrescentando “que o controle judicial pleiteado na presente ação pública visa corrigir vício de ilegalidade na atuação do órgão indigenista”. A decisão do TRF1 é uma resposta à ação do MPF. Após a ação, houve levantamento fundiário pela Funai e a terra foi demarcada fisicamente. Segundo a antropóloga, falta a desintrusão do território, retorno dos Avá-canoeiro e homologação pelo presidente da República. Assentados do Incra Em entrevista à Agência Brasil, o procurador regional da República, Felício Pontes Jr., representante do MPF no processo, ressaltou que a desintrusão é uma das grandes dificuldades em casos como este. “Esse é o ponto mais difícil, avisar as pessoas que estão lá que elas não poderiam estar. Quando se tem clientes da reforma agrária, que também são pessoas que devem ser defendidas pelo Ministério Público Federal, tem que fazer isso com base em muita negociação”, relatou. “Nós já avisamos para que eles não fiquem preocupados, que eles não iriam sair e ficar na beira da estrada, nós não fazemos isso. Nós temos um compromisso em não fazer a desintrusão antes que isso seja negociado. Normalmente o Incra faz a disponibilidade da terra, mas a gente exige também que eles aceitem a terra, porque eles conhecem, sabem se a terra pode ser produtiva ou não”, explicou o promotor. A sobreposição de assentamentos da reforma agrária com territórios que vieram a ser reconhecidos como tradicionais não é particularidade da TI Taego Ãwa. “Nós temos vários casos em que isso aconteceu. Nós acabamos de ter a desintrusão no Alto Rio Guamá, que era um assentamento do Incra. Nesses casos, a gente negocia com o Incra e com os assentados. Nós defendemos os sem terra também, assim como defendemos os indígenas”, contou o promotor. Patrícia Rodrigues aponta que o grupo de reassentados, na ocasião, também foi vítima de erro histórico do estado brasileiro, já que foram transferidos de uma terra indígena localizada na Ilha do Bananal para outro território considerado tradicional, de onde terão que ser removidos novamente. “Desejamos que eles sejam reassentados num lugar digno, onde eles possam desenvolver as suas atividades com dignidade e justiça também.” A antropóloga conta que, na década de 1990, o Incra adquiriu áreas na região da Mata Azul, local onde os Avá-canoeiro foram contatados forçadamente na ditadura militar, para o reassentamento de famílias que ocupavam áreas protegidas na Ilha do Bananal. “Apesar de estarem morando na aldeia dos Javaé, os Avá-canoeiro continuaram caçando, coletando nessa área da Mata Azul, que é do outro lado do rio. A Funai ignorou sumariamente que ali era uma terra indígena, que o povo continuava frequentando aquele lugar”, afirmou Patrícia. Segundo ela, quando fizeram a identificação da terra indígena, o assentamento do Incra ocupava metade da área total demarcada. A região da Mata Azul  foi a última morada dos Avá-canoeiro do Araguaia,