Operação Fronteira Mais Segura: Em duas ações, Forças de Segurança prendem dois homens no interior
Dois homens foram presos por tráfico de drogas e roubo, pelos policiais que atuam na operação Fronteira Mais Segura, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). As ações aconteceram na quinta-feira (16/05), nos municípios de Tonantins e Careiro (respectivamente, a 865 e 88 quilômetros de Manaus). O objetivo da operação integrada é o combate ao narcotráfico e ao crime organizado em todo o estado. A primeira prisão foi realizada por volta das 18h, durante uma incursão no bairro São Cristóvão, no município de Tonantins. Policiais da Força Tática prenderam um homem, 48, por roubo. Após abordagem, os agentes consultaram a placa da motocicleta em que o suspeito estava, foi constatado que o veículo tinha restrição de roubo. Diante dos fatos, o homem foi encaminhado para o 54° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Na segunda ocorrência, a equipe policial recebeu uma denúncia anônima de que um homem, 22, estaria comercializando entorpecentes na rodoviária da BR-319, no ramal do 22, no município de Careiro. As equipes foram até o local e encontraram o suspeito com 17 porções de cocaína, sendo onze trouxinhas e seis pinos. O homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado para a 34ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro. FOTOS: Divulgação SSP-AM Fonte
Wilson Lima apresenta mercado de crédito de carbono do Amazonas em agendas com Banco Mundial e certificadora internacional
Governador destacou que a comercialização desses créditos tem foco na preocupação ambiental e no desenvolvimento social da população O governador Wilson Lima reuniu-se, ontem quinta-feira (16), com representantes do Banco Mundial e da organização Verra. As agendas, em Washington (Estados Unidos), trataram principalmente do mercado de crédito de carbono no Amazonas, que se tornou realidade na atual gestão e avança com foco na preocupação ambiental e no desenvolvimento social. Com a instituição financeira, o governador destacou o apoio à comercialização de créditos de carbono existentes e para a geração de novos. “Os técnicos da instituição estão nos ajudando a fazer essa estruturação para que a gente possa entrar nesse mercado do crédito de carbono de forma mais consistente e que possa ter os resultados que se esperam no estado”, destacou Wilson Lima. O governador explicou que há outros dois projetos do Governo do Amazonas junto ao Banco Mundial, sendo uma operação de crédito para a reestruturação da dívida do estado e reorganização fiscal. Outro é o Pró-gestão, programa com foco na melhoria estrutural e modernização de processos para gerar mais economia e eficiência à gestão estadual. Já para a maior certificadora de créditos de carbono do mundo, Wilson Lima apresentou as primeiras propostas de REDD+ (sigla para Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal) em Unidades de Conservação, anunciadas em março e abril. 21 propostas já foram aprovadas, com capacidade para gerar mais de R$ 8 bilhões em créditos de carbono. “A gente iniciou uma tratativa para a certificação desses novos projetos que foram aprovados recentemente. São projetos na área de proteção ambiental que têm como contrapartida o investimento social para resolver problemas como energia, água, internet, saúde e educação. Eles estão intimamente ligados ao desenvolvimento social dessas comunidades”, ressaltou o governador do Amazonas. Acompanhado nas duas agendas pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, o governador Wilson Lima destacou ainda que o Amazonas é o primeiro estado brasileiro a ter um sistema misto de REDD+: um focado na comercialização de créditos históricos (809,6 milhões de toneladas de carbono) resultantes de redução do desmatamento de anos anteriores; e um único no mundo para projetos em áreas de Conservação, gerando novos créditos. No Banco Mundial, a comitiva foi recebida por Benoît Bosquet, diretor regional de Desenvolvimento Sustentável, e por Genevieve Connors, gerente prática de Meio Ambiente, Recursos Naturais e Economia Azul, ambos da região da América Latina e do Caribe. Já na Verra, o encontro presencial e on-line foi com a presidente e CEO interina, Judith Simon; com a representante regional da América Latina e Caribe, Susana Velez Haller; o diretor Jurídico, de Política e de Mercados, Robin Rix; entre outros atuantes da organização. Outras agendas nos EUA Nos Estados Unidos, o governador também cumpriu outras duas importantes agendas. Ainda em Washington, Wilson Lima solicitou para cinco congressistas americanos apoio para instalar um consulado da embaixada dos Estados Unidos (EUA) em Manaus para oferta do serviço de emissão de vistos. Já no encontro do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em Nova York, o governador destacou que a operação do potássio no estado será a mais verde do mundo.
Livro de horror e fantasia na Amazônia ‘A Lança de Anhangá’, de Ricardo Kaate Lima já está em pré-venda
Na última semana, entrou em pré-venda o livro intitulado ‘A Lança de Anhangá’, do professor doutor em Ciências Sociais pela UNESP, Ricardo Kaate Lima, vencedor do Prêmio Literário Cidade de Manaus em 2022 na categoria nacional com a mesma obra. Este é o segundo livro de Ricardo, que nos brinda com ficção científica, horror e fantasia ambientados no coração da Amazônia. Mais do que mero cenário, porém, a floresta está viva e se torna uma personagem central nos contos especulativos. No livro, o autor apresenta contos no qual o mundo acaba vezes seguidas. No entanto, a vida insiste e entidades milenares despertam de sonos profundos para combater a violência à qual seus territórios são submetidos. A sociedade amazônica, a rica cultura perpassada pelas disputas político-religiosas em confronto com a resistência dos povos originários é o fio que une as sete histórias da coletânea. O autor afirmou que escrever ‘A Lança de Anhangá’ foi mais um passo em seu projeto literário de escrever ficção especulativa e fantasia tomando como base a cultura e a história da Amazônia. “Meu mundo literário é a Amazônia. A mitologia que pretendo expandir e desenvolver está na Amazônia. Escrevo sobre o que conheço, sobretudo. Não faria sentido escrever sobre a Europa medieval ou cidades como Nova York, Páris ou Londres. A América Latina e a Amazônia são uma floresta de símbolos e histórias quase inesgotável para a literatura e a arte em geral”, ressaltou. Ricardo ainda explicou que “resolveu aproveitar o rico legado da história e da cultura amazônica para falar dos medos, fobias, monstros e toda sorte de desgraças que podem acontecer conosco. Algumas já estão acontecendo”. “Os mitos amazônicos são tão assustadores quanto as histórias de Stephen King ou os Deuses Exteriores de H.P. Lovecraft. Isso porque a história regional, como a de toda América Latina, é baseada em traumas, violência e dominação. Os mitos, relatos, folclore, cosmologia e causos, tudo espelha ou é um reflexo da história sangrenta na periferia do capitalismo ocidental”, disse Ricardo. Para o autor as “elites dirigentes tratam a região de forma muito similar como as elites metropolitanas tratavam o Brasil a época da colônia: como um sertão bárbaro que deveria ser explorado a qualquer custo a despeito das consequências humanas e ambientais. Não existe terreno mais fértil para a ficção especulativa do que esse contexto.” De acordo com Luiz Brás, ficcionista, autor da rapsódia ‘Distrito Federal’, que escreveu a orelha do livro, sobre a principal história da coletânea, diz: “Anhangá é a entidade vingadora, a força da natureza que se levanta contra a opressão e o autoritarismo dos colonizadores. Se no final da leitura deste livro você notar que uma lança atravessou teu peito, surgindo de repente, de lugar nenhum, muito cuidado, querida leitora, querido leitor. Isso é sinal de que você, por algum motivo obscuro, não está do lado certo da História. Mas não se preocupe. As ficções de Ricardo Kaate Lima convencerão você a mudar de lado rapidinho”, finaliza o escritor. Marcos Vinícius Almeida, escritor, jornalista e mestre em Literatura e Crítica Literária escreveu sobre a obra: “Unindo horror e ficção científica ao folclore e cultura do interior da Amazônia, ele vem construindo uma obra que flerta com o que há de mais contemporâneo na América Latina. É um autor que nasce universal”. A Lança de Anhangá venceu o Prêmio Literário Cidade de Manaus em 2022 na categoria Arthur Egrácio, como melhor livro de contos. O conto que dá nome ao livro está disponível no Portal da editora Aboio. Como adquirir o livro? A pré-venda vai até o dia 09/06/2024 e está disponível pela plataforma Benfeitoria e no site da @aboioeditora. Todo mundo que apoiar este projeto receberá 10% de desconto e terá o nome impresso nos agradecimentos do livro! Sobre o autor Ricardo Kaate Lima, 1984, nasceu em Manaus, mas vive em Manacapuru, interior do Amazonas. Doutor em Ciências Sociais pela UNESP, venceu o Prêmio Literário Cidade de Manaus em 2022 na categoria nacional com o livro de contos ‘A Lança de Anhangá’. É autor também de ‘O Fim de Todas as Coisas’ (2021) e colaborou em revistas e antologias de ficção científica, horror e fantasia. Atualmente é servidor do Instituto Federal do Amazonas.
Roberto Cidade intensifica agenda de reuniões e amplia apoios em torno da pré-candidatura à Prefeitura de Manaus
Pré-candidato à Prefeitura de Manaus, Roberto Cidade (UB), tem cumprido uma intensa agenda de reuniões em diversos bairros de Manaus para apresentar suas propostas de melhorias para a capital. Por onde passa sua pré-candidatura recebe apoio. Foi assim na noite de ontem quinta-feira(16), nas zonas Centro-Sul e Sul. No início da noite, Cidade participou do lançamento da pré-candidatura à vereadora de Therezinha Ruiz (UB) e, em seguida, do lançamento da pré-candidatura à Câmara Municipal de Manaus (CMM) de Sámeq Santiago (PP). “Quando cheguei à Assembleia Legislativa eu encontrei na Therezinha Ruiz uma amiga, uma conselheira, uma pessoa disposta a ajudar. Fui presidente da Aleam em um dos momentos mais desafiadores do Amazonas e, com muito trabalho, responsabilidade e diálogo nós conseguimos superar as adversidades. Consegui presidir porque tive apoio. E é assim que quero trabalhar por Manaus. Buscando superar as adversidades sempre prezando pelo diálogo e com um Plano de Governo viável, factível e que atenda aos interesses da população”, afirmou o pré-candidato. Política experiente e de forte atuação na Educação do Estado, Therezinha Ruiz reforçou algumas das características do pré-candidato. “Tenho uma enorme admiração pelo homem e pelo político Roberto Cidade. Ele é trabalhador, comprometido, um ótimo administrador e alguém que realmente ama a nossa cidade. Eu apoio o Roberto porque sei que ele é a melhor pessoa para fazer Manaus avançar”, declarou a pré-candidata. Zona Sul Já na zona Sul da capital, no Conjunto Jardim Petrópolis, Cidade falou sobre sua atuação à frente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e recordou algumas promessas não cumpridas pela atual gestão municipal. “Foi a Aleam que aprovou a CNH Social, o Passe Livre Estudantil, que aprovou a liberação de recursos para que o Estado aplicasse na maior obra de mobilidade da capital, que é o Rapidão, que aprovou o Auxílio Permanente e viabilizou o Prato Cidadão. Hoje, 300 mil pessoas não têm o que comer porque apesar de sermos a 5ª capital em arrecadação somos a 5ª mais pobre também. Se houvesse trabalho e compromisso com as pessoas, esses números seriam melhores. Ninguém aguenta mais ver a realidade de Manaus”, disse o pré-candidato. Cidade falou ainda sobre a falta de um Pronto-Socorro municipal na capital. “Manaus é a única capital do País que não tem um pronto-socorro municipal. Cerca de 70% das pessoas que vão ao pronto-socorro estadual são pacientes que deveriam estar na atenção básica. O prefeito que está aí não cumpriu nem 30% do Plano de Governo que ele prometeu para a população. Para administra Manaus, é preciso ter palavra e compromisso. E isso, eu tenho. Se vocês me derem a oportunidade de administrar Manaus, nós vamos promover a mudança com responsabilidade. As máscaras vão cair. É só ir para dentro dos bairros para ver que aquela Manaus que aparece na TV e nas redes sociais não existe. Ele não cumpre a palavra, eu cumpro”, afirmou. Presidente estadual do Progressistas, Rodrigo Sá também declarou sua confiança em Cidade. “Nós do PP estamos no arco de alianças do Roberto Cidade porque confiamos nas propostas dele para Manaus. Ele já demonstrou na Aleam que tem capacidade para ajudar a implementar programas que mudam a vida das pessoas, como a CNH Social, Motociclista Legal e outros. É de união e responsabilidade que Manaus precisa”, disse Sá. Defensor da causa animal, Sámeq Santiago falou da alegria em ter o pré-candidato Roberto Cidade no lançamento da sua pré-candidatura a vereador. “Tentei em 2020 uma vaga na CMM, obtive 2.907 votos, não fui eleito na época e Deus sabe de todas as coisas. Continuei trabalhando e hoje estou mais preparado para cumprir com esse desafio. Hoje estamos aqui com vocês, com uma multidão, nos apoiando e não tenho dúvidas de que, ao lado do nosso pré-candidato Roberto Cidade, iremos fazer com que nossa capital avance e tenhamos os bairros assistidos como merecem”, disse o pré-candidato.
Brasil comemora retirada de Cuba da lista dos EUA sobre terrorismo
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil comemorou, em nota publicada nessa quinta-feira (16), a decisão do governo dos Estados Unidos da América (EUA) de retirar Cuba da lista de países que considera que não cooperam contra o terrorismo. Por outro lado, o governo brasileiro condenou a manutenção da ilha caribenha na lista de países que patrocinam o terrorismo. “O governo brasileiro tomou conhecimento, com satisfação, da decisão do governo dos Estados Unidos de retirar Cuba da lista unilateral de países que não cooperam plenamente no combate ao terrorismo. O Brasil estima tratar-se de passo importante na direção correta e insta o governo norte-americano a excluir Cuba também de sua lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo, da qual derivam pesadas e injustificadas sanções ao país caribenho”, disse o Itamaraty. De acordo com o governo brasileiro, a manutenção de Cuba nessa outra lista é repudiada por “ampla maioria da comunidade internacional” e de forma unânime pelos países da América Latina e do Caribe, de acordo com a Declaração aprovada na última Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Kingstown, na Jamaica, no dia 1º de março deste ano. A mudança na postura dos Estados Unidos foi enviada em relatório do Departamento de Estado do país ao Congresso estadunidense. De acordo com a agência Reuters, a lista manteve Coreia do Norte, Irã, Síria e Venezuela como países que não cooperam plenamente contra o terrorismo. A retirada de Cuba da lista tem efeito simbólico uma vez que Washington mantém o embargo comercial e financeiro contra Cuba há mais de 60 anos. Já a inclusão do país caribenho na lista de patrocinadores do terrorismo foi feita no final do governo de Donald Trump, endurecendo restrições do embargo. Em uma rede social, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, comentou que os EUA admitiram o que é conhecido por todos: “Cuba coopera plenamente com os esforços contra o terrorismo”. Em nota, o governo cubano disse que não basta retirar o país dessa lista, é preciso também retirar da lista de patrocinador do terrorismo, além de acabar com o bloqueio econômico de seis décadas. “A verdade clara e absoluta é que Cuba não patrocina o terrorismo, mas tem sido vítima dele, incluindo o terrorismo de Estado”, acrescentando que tal lista é “totalmente unilateral e infundada, cujo único objetivo é difamar os Estados soberanos e servir de pretexto para lhes impor sanções econômicas coercivas”, informou o Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Questão eleitoral A decisão do governo Joe Biden é uma tentativa de agradar a ala mais à esquerda do Partido Democrata e também conquistar o voto latino-americano diante dos desgastes que sofre com o apoio à guerra na Faixa de Gaza, segundo avaliou para Agência Brasil o especialista nas relações entre EUA e América Latina, o sociólogo Carlos Eduardo Martins, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O governo Biden tem se desgastado demais com a esquerda do Partido Democrata, que é um segmento relativamente importante por conta das suas posições em Israel. E o voto latino tem sido muito importante para o Partido Democrata vencer o Republicano no voto direto nas sucessões eleitorais. Eu creio que é um aceno para esses segmentos”, afirmou. As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão marcadas para o dia 5 de novembro deste ano. Fonte
Último episódio do podcast Golpe de 1964: Perdas e Danos já está no ar
O último episódio da primeira temporada do podcast Perdas e Danos relembra o incêndio da Vila Socó, favela de Cubatão (SP), para falar sobre o projeto de reforma habitacional que vinha sendo discutido antes do Golpe de 1964 e as políticas que a ditadura colocou no lugar. O incêndio aconteceu em 1984, no final do governo de João Batista Figueiredo, o último presidente militar. Segundo o Ministério Público de São Paulo, o desastre deixou pelo menos 508 mortos e é o maior da história do Brasil. Mas como as investigações foram arquivadas, o número oficial de mortes é bem menor: 93 pessoas. O caso da Vila Socó é exemplar do abandono que as pessoas de baixa renda enfrentaram ao longo de 21 anos de ditadura em que as políticas habitacionais priorizaram os sistemas de moradia vinculadas ao sistema financeiro: “O custo da habitação, na verdade, não estava previsto no salário do trabalhador. O trabalhador não ganhava o suficiente para pagar uma moradia adequada”, afirma Nabil Bonduki, urbanista e professor da USP. A alternativa para quem sem viu excluído do direito básico à moradia foi apelar para processos de “autoconstrução”. Em que as eram construídas em etapas, comprando aos poucos o material e erguendo habitações em loteamentos, legais ou clandestinos, sem estruturas básicas para uma vida digna, como rede de água e esgoto ou sistema de transporte público. As favelas e invasões que já existiam antes, mas que proliferaram no período, são resultado desse processo. Essa exclusão fica explícita em Cubatão, o principal pólo petroquímico do país, onde metade dos habitantes vivia em favelas. “Debaixo do telhado quente” discute a reforma habitacional, uma das propostas João Goulart em suas reformas de base, fio condutor para esse podcast. A mudança no setor habitacional que também foi anunciada no histórico comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964: “Dentro de poucas horas, outro decreto será também dado ao conhecimento da Nação. Trata-se do decreto que vai regulamentar o preço extorsivo e abominável dos apartamentos que encontram-se vazios”. Jango falava de um problema que se desenrolava desde os tempos de Getúlio Vargas: o valor altíssimo dos aluguéis. Uma consequência da política de congelamento dos aluguéis e a baixa oferta de imóveis para alugar. “Debaixo Telhado Quente” é o sétimo episódio da temporada “Futuro Interrompido”. Os episódios que antecedem esse que foi ao ar nesta quinta-feira (16) também lançaram luz sobre as propostas de políticas públicas que estavam em debate no início dos anos de 1960 e que serviram de estopim para que a direita se unisse e interrompesse o processo democrático no Brasil Reforma agrária, reforma fiscal, reforma educacional… As Reformas Estruturais de Base, apresentadas por João Goulart no comício na Central do Brasil, no dia 13 de março de 1964, foram o ponto de partida da investigação. Naquela época, um país com quase 80 milhões de pessoas, mais de 40% de analfabatos sem direito ao voto, a mesma proporção de pessoas vivendo no campo, mas enfrentando um sistema injusto de distribuição de terras, ao mesmo tempo que o país vivia uma política industrialização que provocou um êxodo rural. Essas são as histórias recuperadas na primeira temporada de Perdas e Danos e os projetos que interromperam um processo de país, como disse a jornalista Mariluce Moura, no primeiro episódio, que foi ao ar no dia 1o de abril: “Eu acho que 1964 interrompeu um processo de país, eu não tenho nenhuma dúvida disso.” O podcast Perdas e Danos vai contar ainda com uma segunda temporada, que dessa vez vai investigar as empresas que apoiaram a ruptura democrática e o que elas lucraram com isso. Nessa segunda temporada, com data de lançamento ainda a ser definida, o fio condutor vão ser as pesquisas sobre o tema coordenadas pelo Centro de Antropologia e Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para ouvir o episódio “Debaixo do telhado quente” e todos os outros episódios de Perdas e Danos, acesse: aqui: Ou confira por abaixo os já publicados na Radioagência Nacional: Também é possível ouvir pelo Spotify. Source link
Moraes solta ex-assessor de Bolsonaro investigado por trama golpista
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite de quinta-feira (16) a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro e suspeito de participar de uma trama golpista. Ao soltar Câmara, Moraes impôs o uso de tornozeleira eletrônica e o comparecimento semanal em juízo, bem como a proibição de se ausentar do Distrito Federal. Ele também não pode se comunicar com os demais investigados ou utilizar as redes sociais. O coronel, que teve o porte de armas cancelado, estava preso no Setor Militar Urbano (SMU), na capital federal. Câmara havia sido preso na Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro pela Polícia Federal. Ele é suspeito de participar de atos preparatórios para um golpe de Estado. O objetivo seria manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. A defesa dele nega a participação. Segundo relatório da PF sobre as investigações, Câmara teria monitorado o próprio Moraes, com o intuito de planejar a prisão do ministro, um dos passos do suposto plano de golpe. Ainda segundo o documento, o coronel trabalharia em coordenação estreita com o próprio Bolsonaro. Ao soltar o coronel, Moraes acatou parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o órgão, o grupo criminoso investigado já foi desarticulado e a soltura de Câmara não ameaça as investigações. A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Câmara. Ele sempre negou participação em qualquer trama golpista. Também nesta semana, numa investigação paralela, sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Moraes determinou a soltura do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, o último integrante da antiga cúpula da PMDF que ainda estava preso. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por omissão durante os ataques em que a sede dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Fonte
Mês das noivas: Mulheres devem ficar atentas ao contratar pacotes durante a época
Procon-AM orienta que as consumidoras fiquem atentas quanto aos serviços oferecidos por salões de beleza, clínicas de estética e lojas de aluguel de roupas No Brasil, o mês de maio é reconhecido como o mês das noivas. Para quem está planejando um casamento, sabe que há uma série de detalhes que exigem atenção especial. Nesse sentido, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) elaborou dicas e orientações para as noivas sobre seus direitos ao contratarem pacotes para o “dia da noiva”, que englobam serviços geralmente oferecidos por salões de beleza e clínicas de estética. Além disso, o Procon também alerta para aluguel de roupas de casamento. De acordo com o diretor-presidente do Procon, Jalil Fraxe, antes de optar por um lugar, é necessário fazer uma pesquisa, avaliando preços, serviços oferecidos e qualidade. “Segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é dever do fornecedor entregar previamente um orçamento discriminando o valor, os prazos, entre outras características do serviço que será prestado. No caso do pacote de maquiagem específico para o dia da noiva, o prestador de serviços deve ofertar opções onde a noiva possua poder de escolha entre o pacote ou apenas a maquiagem social”, destaca. Conforme a chefe do departamento jurídico, Raquel Lima, não deve haver uma vinculação dos preços a uma data específica, pois o consumidor tem o direito de escolher o serviço com base no orçamento oferecido, independente da ocasião. “A consumidora deve receber previamente todas as informações sobre os produtos e serviços incluídos no pacote do Dia da noiva, bem como as eventuais diferenças de preços entre o pacote e os serviços individuais. Não deve haver distinção entre a noiva e outras consumidoras, especialmente no que diz respeito aos preços. Por exemplo, não é comum haver diferenciação de valores entre o serviço de maquiagem incluso no pacote de noivas e o serviço de maquiagem para outras consumidoras.”, disse. Além dos serviços de maquiagem, há também contratos para o aluguel de ternos e vestidos para casamento. É de suma importância o consumidor ter cautela ao contratar esse serviço, sempre verificando questões como condições do traje, tamanho e ajustes, data de entrega e devolução, entre outros. “Antes de assinar o contrato de aluguel de roupas para casamento, verifique o estado do traje, garantindo que não haja danos ou defeitos visíveis, certifique-se de que o traje escolhido se ajusta perfeitamente ao seu corpo ou que a empresa ofereça serviços de ajuste para garantir um caimento adequado. Confirme a data e o horário de retirada do traje, bem como os prazos para a devolução após o evento. Esteja ciente de possíveis taxas extras, como multas por atraso na devolução ou danos ao traje”, esclareceu a chefe de departamento jurídico do Procon, Raquel Lima. A entidade recomenda que as condições de cancelamento do serviço, incluindo multas por rescisão e procedimentos para a devolução de valores, sejam claramente especificadas no contrato. Em caso de descumprimento por parte do fornecedor, o consumidor tem o direito de exigir o cumprimento das condições acordadas inicialmente, optar por um produto ou serviço equivalente, ou rescindir o contrato e receber a restituição do valor pago, devidamente corrigido monetariamente. com informações da assessoria de imprensa
Prefeitura promove a tradicional festa junina ‘Dr. Thomas na Roça’ no dia 6/6
Em comemoração às festividades juninas, a Prefeitura de Manaus, por meio do programa “Longa Permanência” da Fundação Doutor Thomas (FDT), realiza o tradicional “Dr. Thomas na Roça”, no dia 6/6, das 17h às 20h30, na área externa da instituição, localizada na rua Dr. Thomas, nº 798, bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul, com entrada gratuita. A diretora-presidente da Fundação Dr. Thomas, Martha Moutinho, convida a todos para participarem dessa grande festa. “O ‘Dr. Thomas na Roça’ já se tornou uma tradição no calendário das atividades desenvolvidas para os idosos institucionalizados. Com entusiasmo, eles preparam os trajes típicos e esperam ansiosos para dançar e receber os seus familiares. Essas celebrações não apenas promovem a saúde física, mas também nutrem o bem-estar psicológico dos residentes. É uma oportunidade de se conectar, compartilhar e celebrar a vida em conjunto. Convidamos a todos para estarem juntos em mais uma edição do arraial da Fundação Dr. Thomas, venha e traga sua família”, disse a diretora. O arraial promete uma noite animada com uma programação diversa, incluindo o cantor de toada do Boi Caprichoso, Arlindo Neto, forró pé de serra com Claudinho Dias, a quadrilha Brotinhos de Petrópolis, Ciranda Emoção e, é claro, a quadrilha Dr. Thomas na Roça, composta por idosos residentes e servidores. Além das atrações, haverá variedade de comidas típicas, como pé de moleque, tacacá, pirarucu à casaca, maçã do amor, kikão, milho cozido, doces, pipoca e muito mais. Trabalhando as memórias afetivas, a organização do evento, quer resgatar as festas juninas tradicionais que os idosos já participaram, por isso nesta edição teremos a eleição do rei e da rainha caipira do “Dr. Thomas na Roça”, danças folclóricas, correio do amor, prisão junina e a pescaria. A assistente social da FDT, Michele Falcão, explica a importância de promover esses momentos de socialização para o público que reside na fundação. “É uma manifestação única onde proporcionamos aos idosos a oportunidade de preservar suas tradições, valorizar a cultura local e, principalmente, fortalecer os laços comunitários. Neste dia, convidamos os familiares e a comunidade local, proporcionando ao idoso um envelhecimento ativo e saudável”, destaca. Institucionalizada na FDT há dois meses, Hilda Maria, de 62 anos, compartilha seu entusiasmo em participar pela primeira vez da festa. “Estou ansiosa e empolgada para fazer parte desse festejo junino pela primeira vez. Pretendo aproveitar cada momento ao máximo, relembrando memórias da minha infância quando pulava fogueira e saboreava todas as delícias juninas. A lembrança do cheiro do milho e da canjica ainda está viva em minha mente. Mal posso esperar para reviver esses momentos especiais”, conta Hilda. Espaço Kids Para garantir a diversão de todos, a organização do evento irá preparar um “Espaço Kids” especialmente dedicado ao público infantil, com pula-pula, piscina de bolinhas, escorregador, carrossel, balões e outros brinquedos.
STF: maioria nega HC preventivo a Bolsonaro em caso de trama golpista
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por manter uma decisão que negou um habeas corpus preventivo ao ex-presidente Jair Bolsonaro, nas investigações sobre a suposta participação dele em uma trama golpista. O habeas corpus foi impetrado pelo advogado Djalma Lacerda, que não integra a equipe de defesa do ex-presidente. Pela legislação, qualquer pessoa pode impetrar um HC em favor de terceiro. O relator, ministro Nunes Marques, já havia negado a ordem em março. Um recurso da defesa de Bolsonaro é julgado nesta semana no plenário virtual do Supremo. A sessão de julgamentos se encerra às 23h59 desta sexta-feira (17). Além do próprio Marques, outros cinco ministros já votaram pela rejeição do pedido de HC. São eles Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Edson Fachin. O ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre a trama golpista, declarou-se impedido. Os demais ministros ainda não votaram. Em seu voto, Nunes Marques aplicou uma súmula do Supremo segundo a qual não cabe HC contra decisão colegiada do próprio tribunal. O ministro escreveu ainda não ver “ilegalidade evidente” que o obrigasse a superar a aplicação da súmula. Bolsonaro é suspeito de estar no centro de uma conspiração na cúpula de seu governo com o objetivo de se manter no poder. De acordo com as investigações, atos preparatórios para um golpe de Estado foram realizados no fim de 2022, após a derrota do ex-presidente em sua tentativa de reeleição. Fonte
Curso ‘Técnico de Celular’ da prefeitura inicia atividades práticas em sala de aula
Mais de 40 alunos estão participando das atividades práticas do curso básico ‘Técnico de Celular’, promovido pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi). As aulas acontecem no auditório da Central do Empreendedor, localizada nas dependências do shopping Phelippe Daou, bairro Cidade de Deus, zona Norte. O curso iniciou na última segunda-feira(13), com a formatura prevista para esta sexta-feira, 17/5. A atividade é totalmente gratuita e está sendo realizada em parceria com o Centro de Treinamento Acesso Celular (Cetac). Durante uma semana, os alunos tiveram acesso a conteúdos teóricos, que envolveram finanças, gerenciamento de negócios, precificação, entre outros assuntos operacionais. Nessa etapa, o foco está sendo voltado para o conserto dos aparelhos, com instruções práticas dos profissionais da empresa Acesso Celular. “O poder público tem, cada vez mais, investido em cursos de qualificação para a população poder adquirir uma formação técnica em celular, podendo ser uma estratégia eficaz para promover o desenvolvimento econômico, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental, além de prover conhecimentos essenciais para que esses alunos cheguem ao mercado de trabalho com um diferencial”, salientou o titular da Semtepi, Wagno Oliveira. Segundo a empresária Suelen Carvalho, representante da Acesso Celular, a ideia é que os empreendedores tenham toda a experiência que é vivida dentro de um negócio, desde a parte burocrática, até a execução dos serviços. “Apesar desse curso ser mais voltado para a prática, a metodologia teórica não deixa de ser importante. Um ponto bem interessante que eles foram ensinados é a gestão empresarial, que se desenvolve em torno de como captar clientes, como atendê-los e como melhorar os serviços de divulgação do próprio trabalho”, pontuou Suelen. Para a aluna Amanda Albuquerque, o curso vai contribuir muito para sua área de negócios. “O curso que a Semtepi está nos proporcionando vai trazer um leque de oportunidades para mim, porque sou uma empreendedora iniciante neste ramo. Com ele, poderei obter novos clientes, garantir mais qualidade nos meus serviços e estender, ainda mais, as minhas garantias”, descreveu.
Prefeitura estreia exposição de quadrinhos “Gaia” na 22ª Semana Nacional de Museus
Dando prosseguimento à programação da 22ª Semana Nacional de Museus, a Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), abriu, ontem quinta-feira(16), a exposição de quadrinhos “Gaia”, do escritor e roteirista Daniel Hebron. A mostra pode ser visitada no Museu da Cidade de Manaus (Muma), localizado no centro histórico da capital amazonense. A exposição conduz os espectadores em uma jornada emocionante que aborda temas como preservação ambiental, convivência harmoniosa com a natureza e o papel da humanidade na proteção do planeta Terra. Com sua narrativa envolvente e imagens impactantes, “Gaia” convida o público a refletir sobre questões fundamentais e a se conectar com a essência da natureza. “Estamos muito entusiasmados em apoiar os escritores e roteiristas manauaras que trabalham com esse formato de quadrinhos, trazendo uma narrativa imagética, única da cidade”, disse Wallace Almeida, diretor de Cultura da Manauscult. “A exposição ‘Gaia’ é um exemplo brilhante do talento e da criatividade presentes em nosso circuito de artistas, e estamos honrados em apresentá-la ao público durante a Semana Nacional de Museus”, concluiu. A obra convida os visitantes a explorar páginas repletas de textos e imagens, com dois narradores distintos que conduzem a trama de forma envolvente. Manaus em quadrinhos ‘Gaia’ é uma história em quadrinhos que confronta a dualidade entre a destruição do ecossistema pelo homem e a resistência da natureza personificada por Gaia. A esperança surge com o jovem Xamã, cuja jornada de autodescoberta o leva a entender a importância da harmonia entre todas as formas de vida. Conforme detalha o idealizador da obra, o escritor e roteirista manauara, Daniel Hebron. “Esta exposição na 22ª Semana Nacional de Museus convida à reflexão sobre nossa responsabilidade como habitantes do planeta, sobretudo nós, moradores de uma cidade que surgiu no meio da floresta amazônica. Por isso, esse apoio da prefeitura aos artistas do circuito de quadrinhos representa um marco na promoção da cultura através de novos formatos lúdicos de retratar Manaus”, expressou Hebron. Programação E nesta sexta-feira(17), das 15h às 17h, a programação da 22ª Semana Nacional de Museus será na Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista, localizada na rua Monsenhor Coutinho, em frente à Praça do Congresso, no Centro, com palestra especial do professor Carlos Guedelha, sobre o tema “Biblioteca, educação e pesquisa”.
Prefeitura inaugura Base Fluvial para dar suporte ao controle de endemias nas comunidades ribeirinhas
A Prefeitura de Manaus inaugurou, ontem quinta-feira(16), a Base Fluvial de Endemias Enfermeiro Adenilson dos Santos Torres. Atracada na marina do Davi, na zona Oeste, a unidade dará suporte ao trabalho de controle de endemias realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) nas 74 comunidades, lagos e igarapés distribuídos em mais de 200 quilômetros das calhas dos rios Negro e Amazonas, nos limites da capital. Na região, vivem aproximadamente 8 mil pessoas expostas ao risco de doenças endêmicas, especialmente a malária, prevalentes em áreas de rio e floresta. A nova base substitui a antiga estrutura, já sem capacidade de funcionamento adequado, e vai garantir o fortalecimento das atividades de vigilância em saúde na área fluvial em condições de conforto e segurança para os agentes de saúde e servidores de funções administrativas e operacionais. “Essa unidade tem 392 metros quadrados sobre uma plataforma própria e passa a ser uma referência para o Brasil”, disse a titular da Semsa, Shádia Fraxe. A secretária afirmou que a nova estrutura leva dignidade para os que atuam na saúde rural do município. “O prefeito David Almeida teve a sensibilidade de mudar a realidade dos nossos servidores, permitindo que construíssemos um espaço amplo, completo e que em nada lembra a precariedade da base anterior”. A unidade fluvial vai funcionar como marina para 11 embarcações utilizadas pelos agentes da Semsa nas viagens às comunidades da região assistida, onde são realizados os trabalhos de prevenção e tratamento de endemias, incluindo busca ativa de pessoas infectadas, coleta de lâmina para diagnóstico e entrega e supervisão de medicamentos. O diretor do Distrito de Saúde (Disa) Rural, Rubens Souza, destacou que a saúde pública rural tem desafios extras, como as longas distâncias, as cheias e vazantes, e as condições naturais e demográficas que dificultam a ida dos agentes até os usuários. “Essa base veio para facilitar o trabalho específico do controle de endemias e para melhorar a oferta dos nossos serviços aos ribeirinhos nas nossas calhas de rio”. Construída com recursos próprios do município, no valor de 2 milhões de reais, a nova base flutuante conta com ambientes destinados às atividades administrativas, de controle fluvial e de controle de endemias, divididos entre recepção, copa, depósito de material de limpeza, escritório, dois almoxarifados, duas salas administrativas e um laboratório. “Trabalho no controle de endemias há 30 anos e nunca pensei que teríamos uma base dessas. “É um luxo”, disse o supervisor de endemias Maurício Genuíno Ferreira. “Deu vontade de chorar”. Assim como os servidores, a comunidade atendida pela Semsa também será beneficiada com a inauguração do novo espaço. A líder da comunidade Jefferson Peres, localizada no lago Tarumã-Açu, Valdeilza Lopes, citou as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde para alcançar os pacientes e disse que base recém-inaugurada “é um sonho realizado”, e representa um avanço no dia a dia dos agentes que visitam as comunidades do entorno. “A palavra é gratidão”. Para o coordenador do Centro Cultural União dos Povos Indígenas do Tarumã, cacique Astério Baré, que também esteve na inauguração da nova estrutura, gratidão também é o sentimento. “Em nome do povo indígena e do povo branco, queremos agradecer ao prefeito e às equipes que fazem esse trabalho com seriedade por mais essa história, por mais essa página que está sendo virada no município de Manaus. Isso é inédito”. Alcance O trabalho de controle de endemias na área fluvial é feito nas calhas dos rios Negro e Amazonas, nos limites do município de Manaus. No Rio Amazonas, são atendidas 34 comunidades, lagos e igarapés distribuídos em 120 quilômetros de extensão – entre a Marina do Davi e o lago do Arumã -, onde reside uma população de 4.380 pessoas. Já no Rio Negro, são 40 localidades entre a Marina do Davi a Comunidade do Apuaú, reunindo uma população de 3.768 pessoas em 115 quilômetros de extensão. Levantamento do Disa Rural junto ao Sistema Sivep-Malária aponta que as comunidades mais afetadas pela doença na área fluvial de Manaus são a Nossa Senhora de Fátima, a Nossa Senhora do Livramento e a Nossa Senhora Auxiliadora, todas as margens do Rio Negro e seus afluentes. A Unidade Básica de Saúde Rural (UBSR) Nossa Senhora de Fátima registrou 839 casos de malária em 2023, a UBSR Nossa Senhora Auxiliadora, 120 casos, e a UBSR Nossa Senhora do Livramento, 58 casos. Além de malária, os agentes de saúde realizam busca ativa e coleta de lâmina para diagnóstico de outras endemias como leishmaniose, filariose e Doença de Chagas, que os microscopistas da equipe também estão preparados para identificar. Homenagem Adenilson dos Santos Torres, que dá nome à Base Fluvial de Endemias, era enfermeiro especializado em Administração Hospitalar que, na Semsa, contribuiu para a consolidação do Distrito de Saúde Rural. Desde 2006, ele atuou no fortalecimento do trabalho das equipes de saúde, na organização do processo de territorialização da área rural de Manaus, tendo sido também diretor de unidades de saúde terrestres e fluviais. Familiares do enfermeiro, que faleceu de Covid-19 em 2021, participaram da cerimônia de inauguração. Emocionada, a viúva Glaucijan Aguiar Ibiapina, disse que a homenagem é a maior prova do reconhecimento do trabalho realizado por Adenilson e do que ele foi como pessoa, como profissional e como amigo. “Ele deu o melhor dele aqui”. Também muito emocionada, a mãe de Adenilson, Maria Raimunda dos Santos Torres, agradeceu a homenagem em nome do filho, a todos os que trabalharam com ele e aos gestores que permitiram eternizar seu nome. “É um prestígio que meu filho merecia”.
David Almeida tem 76% de aprovação e segue líder das intenções de votos em Manaus, mostra Pesquisa Quaest
Pesquisa da Quaest Consultoria divulgada na última quinta-feira(16), mostra que David Almeida (Avante) se mantém na liderança com 30% das intenções de votos dos manauaras. Também revela que sua gestão tem aprovação de 76% da população, com destaque para as ações nas áreas da cultura, esporte, lazer, bem como na realização de obras e manutenção de vias, educação, limpeza, saúde e segurança. Em segundo lugar na pesquisa aparece Amom Mandel (Cidadania) com 27%, Capitão Alberto Neto (PL) com 15%, Roberto Cidade (União) e Marcelo Ramos (PT), ambos com 8%. Já Maria do Carmo (Novo) tem 2% e Wilker Barreto (Mobiliza) com 1% das intenções de voto. A Pesquisa Quaest foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número AM-07730/2024. Entrevistou 1.002 eleitores, de 8 a 11 de maio deste ano, com margem de erro estimada de 3,1 pontos percentuais e 95% em nível de confiança. Melhor avaliação de Governo Comparando os atuais poderes municipal (Manaus), estadual (Amazonas) e federal (Governo Federal), a gestão David Almeida aparece com a melhor avaliação – com 76%, sendo que 38% positivo e 38% regular. Em seguida, vem a gestão de Wilson Lima, com 68%, sendo 30% positivo e 38% regular; e o Governo Lula, com 62% – 27% positivo e 35% regular. Entre as áreas em que David está sendo mais lembrado pelos entrevistados estão: cultura, esporte e lazer, com 19%; realização de obras (15%); manutenção de vias, ruas e avenidas (11%); educação (8%), limpeza urbana (7%), saúde e mobilidade urbana (5%); segurança (4%), saneamento (3%), na área social (2%), empreendedorismo e combate à alagamento (1%). Boa aceitação entre os segmentos Quando se separa os entrevistados por sexo, faixa etária, escolaridade, renda familiar e religião, David Almeida aparece equilibrado, demonstrando que seu nome tem boa aceitação entre homens (30%) e mulheres (29%); entre jovens (33%), adultos (27%) e idosos (29%), e entre pessoas com diferentes escolaridades: até o ensino fundamental (36%), ensino médio completo ou incompleto (28%) e ensino superior incompleto ou mais (28%). Já com relação à renda familiar, 28% dos entrevistados que indicaram seu nome para prefeito ganham até 2 salários mínimos, 33% entre 2 e 5 salários e 25%, mais de 5 salários mínimo. Sobre cor e raça, 28% se declararam pardos, 36% brancos e 37% pretos; enquanto que 33% se declararam evangélicos, 27% católicos e 35% que diz não ter religião. com informações da assessoria
Escolas são importantes no combate à LGBTfobia, defendem especialistas
“Seu viado”, “Fulano é mão quebrada”. Essas são algumas expressões que o professor de artes e teatro Ronei Vieira conta que já ouviu entre os estudantes. Expressões que muitas vezes são naturalizadas, mas que são agressivas e que podem gerar impactos profundos na vida e na trajetória escolar de pessoas LGBTQIA+. “Eu acho que a escola ainda é um ambiente muito hostil à comunidade LGBT”, diz Vieira, que leciona no Centro de Ensino em Período Integral Edmundo Pinheiro de Abreu, em Goiânia As impressões do professor são confirmadas em estudos que mostram que a escola muitas vezes não é um ambiente acolhedor. Por um lado, xingamentos que começam como piadinhas e chegam até mesmo a agressões, podem gerar marcas profundas. Por outro, deixar de repreender condutas preconceituosas pode fazer com que essas práticas se perpetuem até a vida adulta, gerando uma sociedade cada vez mais intolerante. No Brasil, a discriminação de pessoas LGBTQIA+ é crime. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo. Nas escolas, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9394/1996, a principal lei educacional do Brasil, o ensino nas escolas deve ser feito baseado no “respeito à liberdade e apreço à tolerância”. Esse preceito, no entanto, nem sempre acontece. A Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016 – As experiências de adolescentes e jovens LGBT em nossos ambientes educacionais, mostra que estudantes lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais relatam que são agredidos dentro das escolas e que isso atrapalha o rendimento nos estudos. Alguns inclusive declaram que já cogitaram tirar a própria vida por causa das agressões: 73% foram agredidos verbalmente e 36% foram agredidos fisicamente. Como professor, Vieira diz que deve repreender qualquer tipo de preconceito. “A gente tem que repreender, conversar com o estudante, dependendo do nível. Se for uma agressão física, é [preciso] chamar os pais. Se for mais grave ainda, no sentido de uma agressão mais grave, você tem que chamar o batalhão escolar pra intervir”, diz. Mas, ao longo da carreira, ele conta já ter presenciado estudantes que buscaram a coordenação por estarem sofrendo bullying e LGBTfobia e acabarem sendo repreendidos. A gestão dizia que isso ocorria por conta do comportamento da própria vítima. “A gente tá vivendo uma sociedade conservadora e a escola, na verdade, é uma reprodução desse mundo que a gente vê aí fora, infelizmente”, diz o professor. Ele defende que a escola deve ser capaz de trabalhar a educação sexual de forma inclusiva, como uma maneira de formar melhores cidadãos para o país e para o mundo: “Eu acho que você vai criando uma sociedade mais saudável. Saudável no sentido de lidar com o próprio corpo, saudável no sentido de saber lidar com o outro melhor, de respeitar a diversidade de corpos e existências, né? De formas de existir no mundo. E eu não vejo outra forma da gente criar um mundo melhor se não for olhando para essa diversidade”. Menos espaço nas escolas No Brasil, no entanto, temas como a LGBTfobia tem ganhado cada vez menos espaço nas instituições de ensino. O total de escolas públicas com projetos para combater racismo, machismo e homofobia caiu ao menor patamar em dez anos, segundo levantamento do Todos Pela Educação, divulgado em 2023. Com base nos dados do Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb), do Ministério da Educação, a organização mostrou que, em 2011, 34,7% das escolas no país relataram ter ações voltadas para o combate ao machismo e a homofobia. Em 2017, essa porcentagem chegou a 43,7%. Em 2021, no entanto, caiu para o menor patamar, 25,5%, o que significa que três a cada quatro escolas no Brasil não têm ações voltadas para combater esse tipo de preconceito. “O cenário nunca foi o ideal, mas o que a gente percebeu é que de 2017 até 2021 houve uma queda nesse tipo de projeto nas escolas, o que é muito preocupante. A gente deveria vir numa toada de aumentar o número de projetos, aumentar o número de escolas que estão debatendo esses assuntos, trabalhando esses assuntos com os alunos e, na verdade, a gente vem regredindo”, diz a coordenadora de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Daniela Mendes. O preconceito, de acordo com ela, pode impactar no processo de ensino e aprendizagem. “Se o ambiente não respeita, dificilmente aquela criança, aquele jovem vai querer continuar na escola e isso vai fazer com que ele abandone a escola e não conclua a educação básica. Isso é um grande problema, não só para a pessoa individualmente, mas para a nossa sociedade como um todo. Afinal de contas, já existem estudos que mostram como a evasão escolar prejudica economicamente o nosso país”, diz. No Rio de Janeiro, por exemplo, o 1º Dossiê anual do Observatório de Violências LGBTI+ em Favelas, mostrou que a população travestigênere – pessoas trans, travestis e não-binárias – é a que mais sofre com a falta de acesso a serviços públicos, como a educação. Ao todo, 25,5% de travestigêneres abandonaram a escola antes de concluir os estudos e sequer acessou o ensino médio, enquanto entre o restante dos entrevistados, as pessoas não trans, esse índice é de 8%. “Ninguém pode ser discriminado e ter o seu direito à educação ferido a partir de preconceito, discriminação em relação à orientação sexual ou qualquer outro grupo que essa pessoa faça parte”, ressalta, Mandes. Espaços de discussão Maria Sofia Ferreira, 16 anos, é um exemplo de como ter espaços de discussão sobre diversidade nas escolas faz com que estudantes se sintam seguros para se dedicar aos estudos. Ela frequenta a Escola de Referência em Ensino Médio Silva Jardim, no Recife. Até o ano passado, a escola contava com o núcleo de estudos de gênero Wilma Lessa. “Eu me interessei logo de cara, no meu primeiro ano, porque eu senti que era um lugar de acolhimento, era um lugar que eu poderia me expressar as minhas dores, principalmente sendo um adolescente LGBT”, diz. O nome do grupo