Manaus sediará primeiro evento do programa (re)CONEXÕES na região Norte

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) promoverão em Manaus o primeiro evento do Programa (re)CONEXÕES na região Norte. O evento será realizado com o apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).  O (re)CONEXÕES, que visa à elaboração de relatórios de sistematização e análises de conteúdos referentes ao processo de construção do Plano Nacional Setorial de Museus 2025-2035, acontecerá no próximo dia 14 de junho, no Auditório do Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi S/N, das 8h30 às 18h. Profissionais de museus, coletivos, pontos de memória e grupos sociais poderão participar do evento presencialmente. A programação terá início às 8h30 se estendendo até 12h30, com um plenário geral e, de 14h até 18h, serão formados quatro grupos para trabalhar cada um dos diferentes eixos temáticos.  Os grupos serão divididos em quatro ambientes diferentes, sendo eles: o auditório do palacete provincial, a antiga sala de Arqueologia (em frente ao auditório), Museu da Imagem e do Som, e o museu de Numismática Bernardo Ramos. Ao final das discussões e propostas, todos grupos devem se reunir novamente no auditório para uma apresentação única do que foi levantado e decidido. Sobre o (re)CONEXÕES Lançado em janeiro deste ano, o (re)CONEXÕES é uma retomada do Programa Conexões, lançado pelo Ibram em 2012. Nesta edição de 2024, essa atividade tem como objetivo realizar uma consulta ampla, democrática e potente, visando coletar contribuições para a construção do Plano Nacional Setorial de Museus 2025-2035, um documento de planejamento global e de longo prazo voltado ao setor museológico no Brasil. Para a presidenta do Ibram, Fernanda Castro, o Programa (re)CONEXÕES é central para restabelecer os laços entre os entes federativos e, principalmente, para discutir coletivamente a revisão da PNSM. “É uma ação estruturante do Instituto, de fortalecimento do Sistema Brasileiro de Museus (SBM) e, especialmente, do setor museal, que se encontrará em novembro no 8º Fórum Nacional de Museus, em Fortaleza”, afirma. As inscrições serão realizadas pelo link https://forum.museus.gov.br/inscricao-individual/. Atenção: ao inserir os seus dados de cadastro, quando enviar a inscrição, você será direcionado para outra página, onde deverá escolher em qual região deseja participar do evento (re)CONEXÕES. Os quatro diferentes eixos que serão debatidos têm, cada um, suas próprias diretrizes, que dizem respeito à temática abordada. São eles: Eixo 1 – Democratização, participação social e institucionalização do campo museal Focado em estruturar, fortalecer e institucionalizar o setor museal, alinhando-se ao Sistema Nacional de Cultura. Envolve a criação de instâncias democráticas e de participação social para construir e monitorar a política museal. Eixo 2 – Identidade, patrimônio cultural musealizado, memória e educação Visa valorizar, preservar e promover o patrimônio cultural musealizado e em musealização, respeitando a diversidade regional e social. Destaca a relação dos museus com a educação como função essencial. Eixo 3 – Diversidade cultural e transversalidades de gênero, raça e acessibilidade na política museal Foca na valorização do patrimônio cultural com ênfase na diversidade, interculturalidade e acessibilidade. Busca alinhar a política museal com ações afirmativas e direitos humanos, promovendo a dignidade dos grupos historicamente marginalizados. Eixo 4 – Fomento, sustentabilidade e economia dos museus Define estratégias para garantir a sustentabilidade dos museus, apoiando projetos e reconhecendo sua importância na economia criativa. Promove a sustentabilidade em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. FOTO: Marcely Gomes / Secretaria de Cultura e Economia Criativa Fonte

Prefeitura de Manaus realiza abertura da campanha de combate ao trabalho infantil na zona Sul 

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), promoveu, nesta sexta-feira, 7/6, a solenidade de abertura da campanha de Combate ao Trabalho Infantil. Com o tema “O trocado que você dá financia o trabalho infantojuvenil nas ruas de Manaus”, o evento foi realizado no parque municipal Senador Arthur Virgílio Filho, na zona Sul, em alusão ao Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, celebrado, anualmente, no dia 12/6. A abertura marca o início da programação especial que será desenvolvida pela gestão municipal com maior intensidade ao longo do mês de junho, com o objetivo de conscientizar a população sobre as principais formas de exploração infantojuvenil praticadas no município atualmente.  “Hoje, nós estamos iniciando mais um período de intensificação em nossas ações de conscientização contra a exploração do trabalho infantil em nossa cidade. Precisamos que a população entenda que a doação de qualquer quantia em dinheiro ou a compra de quaisquer produtos que sejam oferecidos por crianças e adolescentes em semáforos estimula sua permanência nas ruas, então trabalharemos, ao longo de todo o mês, para que essa mensagem seja repassada com sucesso”, destacou a secretária da Semasc, Dermi Rayol.  Simultaneamente às ações realizadas em alusão ao Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, a Prefeitura de Manaus ainda desenvolve, desde o ano passado, a “Campanha Municipal de Enfrentamento ao Trabalho Infantojuvenil nas Ruas de Manaus”, um programa de ações permanentes voltadas para a identificação de famílias em situação de trabalho infantil e a avaliação intersetorial de suas principais demandas sociais.  De acordo com a chefe da Divisão de Média Complexidade do Departamento de Proteção Social Especial da Semasc, Márcia Helena Braga, o trabalho contínuo, integrado e diversificado na forma de diferentes mobilizações por parte do poder público é determinante para a eficácia de políticas de proteção à criança e ao adolescente.  “Não somente no mês de junho, é muito importante que continuemos com atividades como caminhadas, abordagens sociais, ações de prevenção e conscientização e todo o restante de medidas que adotamos para lidar com essa realidade. São atividades que somam com a rede proteção e o sistema de garantia de direitos, que garantem que essas crianças e adolescentes estejam protegidos”, explicou.  Participaram do evento estudantes da rede municipal e estadual de ensino, usuários referenciados em Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e representantes do poder público.  Para o gestor do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest), Jean Maximynno, essa diversidade do público atingido pela campanha é um fator importante para o sucesso das metas da rede de proteção social, pois garante o acesso a informações importantes para o enfrentamento da exploração infantojuvenil a uma parcela maior da população.  “Nosso principal desafio é a subnotificação em relação ao adoecimento de crianças e adolescentes por conta do trabalho infantil. É uma questão que influencia diretamente no desenvolvimento dessas crianças, nos índices de evasão escolar, nos perigos apresentados pelo contexto dessa exploração e o possível aliciamento dessas crianças pelo tráfico de drogas. Precisamos educar a população para que essa realidade não permaneça a mesma que vemos hoje”, frisou.  O estudante Joshua Sacksee, 13, esteve presente na cerimônia junto de outros colegas de sua escola. Para Joshua, sua participação e a de outros estudantes na abertura da campanha é importante para que mais pessoas tenham consciência da realidade vivida por milhares de crianças nas ruas da cidade. “É muito triste pensar que existem crianças mais novas do que eu, neste momento, trabalhando. Eu estudo em uma escola de tempo integral, mas um dia inteiro estudando é diferente de estar trabalhando exposto nas ruas, então é uma coisa que nos faz pensar bastante”, finalizou.  Canais de denúncia Ao se deparar com crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil ou em qualquer outro tipo de situação que viole seus direitos, a população pode formalizar suas denúncias, de forma anônima, por meio dos números 0800 092 1407, 0800 092 6644 ou pelo Disque 100. Foto – João Viana / Semcom  Fonte

Amazonas To Go: Ferramenta de informação turística agora em Tabatinga 

Os turistas que desembarcarem em Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus), já podem contar com a ferramenta de informação turística Amazonas To Go. O município é o 14º do estado a receber o chat do Governo do Amazonas por meio Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), que busca facilitar a experiência do visitante. O lançamento foi realizado, nesta sexta-feira (07/06), neste município.  Com a implementação no município da solução tecnológica, os visitantes têm acesso a um guia digital na palma das mãos por meio de chatbot, fornecendo informações essenciais para aproveitar os atrativos turísticos e as opções de coisas para fazer, meios de hospedagens, agências de turismo, restaurantes, entre outros. Todos os empreendimentos presentes no Amazonas To Go são cadastrados no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo (MTur), e exercem atividades turísticas de forma regular e segura.  O presidente da Amazonastur, Ian Ribeiro, reafirmou que o objetivo das ações é fortalecer o turismo no interior do estado. “É o que o governador Wilson Lima quer que seja feito: tornar o turismo uma das matrizes econômicas do nosso estado. E, em conjunto, realizar a interiorização do turismo”, disse. A empreendedora Patrícia Oliveira comemora o lançamento da ferramenta Amazonas To GO para auxiliar na divulgação dos serviços turísticos na cidade. “É muito importante para que os turistas que chegam até Tabatinga consigam visualizar os empreendimentos e os locais para visitação. Vai ser melhor e mais fácil a gente divulgar nosso trabalho”, afirma a empreendedora.  Além de ser disponibilizada em português, inglês e espanhol, o Amazonas To Go pode ser acessado pelos turistas pelo QR Code https://qrfacil.me/Qqdds6kr, telefone (92) 99356-8775 ou, ainda, em cartazes espalhados nos principais atrativos turísticos do Amazonas. O pacote de ações da Amazonastur também inclui a realização do Workshop Turismo Sustentável, neste sábado (08/06), em Tabatinga. Além do município, o evento é voltado para prestadores de serviços turísticos de Atalaia do Norte e Benjamim Constant e de Letícia, cidade da Colômbia e Iquitos, no Peru. Foto: Lucas Silva/Amazonastur  Fonte

Casal é preso por tortura contra adolescente em Manaus

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prendeu um casal na tarde de quinta-feira (06/06), investigado por tortura contra uma adolescente, de 12 anos. O crime, que aconteceu no bairro Compensa, zona oeste de Manaus, na segunda-feira (03/06), foi filmado e “viralizou” nas redes sociais. No vídeo, a madrasta, de 30 anos, aparece agredindo brutalmente a adolescente. O pai da menina, com 34 anos, presenciou a cena e não fez nada para impedir, sendo também responsabilizado pelo mesmo crime. Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (07/06), o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, destacou a celeridade das equipes policiais na elucidação desse caso, que causou revolta na população devido às circunstâncias em que ocorreu. “Em menos de 48 horas após o conhecimento do crime, houve a prisão dos envolvidos, inclusive o pai que está entre os detidos nesta operação. Eu gostaria de agradecer ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que foram rápidos em emitir esses mandados de prisão durante o Plantão Criminal”, salientou o delegado-geral adjunto. Diligências A delegada Juliana Tuma, titular da Depca, relatou que as diligências iniciaram na terça-feira (04/06), após a equipe policial tomar conhecimento do vídeo que estava sendo amplamente divulgado nas redes sociais, mostrando a adolescente sendo intensamente torturada com ripadas por uma mulher. “A partir de então, foram tomadas todas as providências para identificar se aquele vídeo realmente era aqui de Manaus. Uma vez identificado que o vídeo era daqui, a equipe policial prontamente saiu em diligências para identificar a vítima e localizá-la. Ela foi encontrada com a mãe, no bairro da Paz, zona centro-oeste, ainda bastante machucada e amedrontada, e levada à delegacia para ser ouvida”, explicou a delegada. De acordo com a autoridade policial, na Depca, foram tomadas todas as providências necessárias, inclusive solicitada medida protetiva de urgência para a vítima. A menina foi ouvida e relatou que as agressões ocorreram após ela e a madrasta voltarem de um passeio na segunda-feira (03/06). “Ainda em escuta especializada, a menina informou que as ripadas não haviam acontecido apenas naquele dia, mas sim em outros dias e de maneira contínua e reiterada, daí por isso foi tipificado como tortura. Também foi identificado que o pai sabia das agressões”, contou a titular da Depca. Com base nisso, foi representada à Justiça pela prisão preventiva deles e as ordens judiciais foram decretadas. A equipe da Depca realizou diversas buscas, mas o casal não foi localizado e passou a ser considerado foragido. Entretanto, na tarde de quinta-feira (06/06), foi dado cumprimento às decisões judiciais no momento em que eles se apresentaram na delegacia. “Enfatizo a importante participação da população, que também se indignou a ponto de não deixar que isso ficasse impune e sem responsabilização e nos fizeram muitas denúncias”, afirmou Tuma. Procedimentos Ambos responderão pelo crime de tortura. Eles foram encaminhados à audiência de custódia e ficarão à disposição do Poder Judiciário. FOTO: Erlon Rodrigues/PC-AM Fonte

Homem é preso com condenação de estupro

Policiais civis do 8º Distrito Integrado de Polícia (DIP) cumpriram, nesta sexta-feira (07/06), mandado de prisão definitiva de um homem, de 34 anos, pelo crime de estupro qualificado praticado contra uma aluna de uma escola de informática localizada no bairro Lírio do Vale, zona oeste de Manaus. O crime ocorreu em 2015, quando ele era professor no local. De acordo com o delegado Fabiano Pignata, titular da unidade policial, a prisão ocorreu após diligências investigativas acerca do fato no bairro Compensa, zona oeste, sendo identificado que havia um mandado de prisão definitiva em nome do autor. “O indivíduo era considerado foragido da Justiça. A ordem judicial em nome dele foi expedida pela 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual e Violência Doméstica à Crianças e Adolescentes, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM)”, informou Pignata. Ele foi conduzido ao 8° DIP e responderá pelo crime de estupro qualificado. O infrator foi encaminhado à audiência de custódia, onde ficou à disposição do Poder Judiciário. FOTO: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM Fonte

SSP-AM abre agendamento eletrônico para a emissão da Carteira de Identidade Nacional neste domingo

A Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio do Instituto de Identificação Aderson Conceição de Melo (IIACM), informa que no próximo domingo, (09/06), serão disponibilizadas 5 mil vagas para agendamento eletrônico da Carteira de Identidade Nacional (CIN) em Manaus, por meio do site http://cinam.ssp.am.gov.br. A liberação ocorrerá às 18h.  O objetivo da ação, de acordo com o diretor do IIACM, Mahatma Porto, é proporcionar o acesso de mais pessoas ao serviço, especialmente àquelas que não dispõem de tempo durante a semana para realizar agendamento. A SSP-AM ressalta que todo o processo será totalmente gratuito. “Essa é uma iniciativa que visa dar ao cidadão mais tempo para se programar, uma vez que durante a semana, não consegue por conta de vários compromissos do dia a dia. Com a abertura das vagas neste domingo, ele poderá fazer com calma, dentro do seu planejamento, e escolher o dia que vai poder ir ao atendimento”, informou o diretor do Instituto. Porto alertou, ainda, que os agendamentos serão disponibilizados a partir das 18h e serão totalmente gratuitos. Ao todo serão abertas 5 mil vagas. Todas as vagas serão para atendimento de segunda-feira (17/06) à sexta-feira (21/06),  entre as 8h e 16:45h. “As vagas são para todos os Pronto Atendimento ao Cidadão da capital e o solicitante poderá escolher aquela unidade que lhe for mais acessível”, frisou o diretor. O diretor destacou, também,  que a SSP-AM pede que o solicitante compareça na data e hora agendadas, uma vez que o não comparecimento retira a oportunidade de quem estava precisando do documento. Além disso, o  não comparecimento, a pessoa ficará impedida de realizar novo agendamento durante 60 dias. Documentação Mahatma reforçou que antes de o cidadão buscar solicitar o agendamento, é necessário se certificar que todos os documentos encontram-se sem rasuras, com letras legíveis e com dados atualizados, no caso do Registro Civil e do Cadastro de Pessoa Física (CPF). “Essa é uma recomendação necessária porque muitas vezes o cidadão pode não se atentar à condição dos documentos apresentados e à atualização dos dados, pois além de ter o atendimento comprometido, não terá a solicitação aprovada”, lembrou o diretor.  Importante ressaltar que muitas vezes o cidadão não consegue agendar porque há divergência dos dados do CPF. Neste caso, ele deve procurar os canais de atendimento da Receita Federal e consertar seu cadastro. Outro motivo de não agendamento é que sua linha telefônica pode estar bloqueando mensagens consideradas indesejáveis ( spam). Neste caso, o cidadão deve se certificar com sua operadora de telefonia móvel”, explicou. Todos os documentos exigidos para a solicitação da CIN estão disponíveis no site da SSP-AM, no link: https://www.ssp.am.gov.br/orientacoes-para-emissao-da-nova-carteira-de-identidade-nacional/. FOTO: Divulgação/SSP-AM Fonte

Governo do Amazonas alerta sobre site falso do SIGEAM

A Processamento de Dados Amazonas S.A. (Prodam) e a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar informam e alertam sobre a existência de uma página falsa na internet, sigeam.manaus.br, que se passa pela Secretaria de Educação para consulta e validação de certificados emitidos pelo órgão. O site não tem qualquer vinculação com a Prodam ou com a rede pública estadual de ensino do Amazonas. Os órgãos ressaltam que já foram adotadas todas as providências legais para registrar o fato e desativar o site falso junto ao Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo (CTIR Gov), do Governo Federal, e à Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Por fim, os órgãos enfatizam que o site oficial para consulta e validação de certificados emitidos pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar é o http://certificado.seduc.am.gov.br. Foto: Reprodução Fonte

País registra 50 mil casos a mais de violência contra idosos em 2023

As ocorrências de agressões contra idosos tiveram aumento de quase 50 mil casos em 2023 na comparação com o ano anterior. De 2020 a 2023, as denúncias notificadas chegaram a 408.395 mil, das quais 21,6% ocorreram em 2020, 19,8% em 2021, 23,5% em 2022 e 35,1% no ano seguinte. Os números fazem parte da pesquisa Denúncias de Violência ao Idoso no Período de 2020 a 2023 na Perspectiva Bioética. A pesquisa resultou em artigo publicado em parceria pelas professoras Alessandra Camacho, da Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado da UFF, e Célia Caldas, da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para traçar o perfil dos idosos, foram analisadas diversas variáveis além da faixa etária, como região do país, raça e cor, sexo, grau de instrução, relação entre suspeito e vítima, e o contexto em que a violação ocorreu. O estudo analisou informações disponíveis no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com base em denúncias de violência registradas de 2020 a 2023, de casos suspeitos ou confirmados contra pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Foram excluídas duplicatas de notificações referentes à mesma ocorrência. O aumento de casos em 2023 surpreendeu a professora Alessandra Camacho, que esperava por queda nos índices. Ela disse que, ao finalizar a coleta de dados, no fim de março, recebeu “com certa perplexidade” o resultado, que mostrou aumento significativo, principalmente em relação ao ano de 2023. “Como exemplo, em 2022, tivemos 95 mil denúncias, o que já era superior aos dados de 2021, e em 2023, mais de 143 mil denúncias.” Em entrevista à Agência Brasil, Alessandra destacou que a intenção, no início da pesquisa, era verificar os registros durante a pandemia de covid-19. Embora os números tenham sido relevantes naquele momento, houve avanço nas denúncias. “Os registros de aumento já vinham ocorrendo antes da pandemia. Durante a pandemia, foram maiores do que em 2019 e, depois disso, vêm  aumentando progressivamente.” Segundo a pesquisadora, parte desse movimento tem origem no comportamento da sociedade. “As pessoas estão tendo coragem de denunciar. Quanto mais se divulgarem essas informações, mais as pessoas vão denunciando. Essa análise nos faz vivenciar algumas suposições importantes: a violência já acontecia, mas agora as pessoas, cientes dessa situação, porque são diversos tipos de violência, estão buscando os meios de denúncias seja em delegacias, seja na própria Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A sociedade precisa se conscientizar, e creio que isso está acontecendo”, afirmou. Alessandra ressaltou que hoje há facilidade para gravar e registrar essas situações, seja no âmbito residencial ou privado e até mesmo em casos de  violência na rua. “Muitas pessoas têm vergonha e relatam isso, mas, ao mesmo tempo, vislumbro com a possibilidade de ampliar essa divulgação, já que as pessoas estão tendo coragem de denunciar.” De acordo com Alessandra, o Painel do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania já anotou 74.620 denúncias neste ano, o que indica aumento de casos em relação ao ano de 2023. A Região Sudeste foi a que registrou maior número de casos (53%) de 2020 a 2023. Em seguida, aparece a Região Nordeste (19,9%). “A Região Sudeste tem a maior concentração de idosos. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já vêm mostrando isso de maneira bem notória. O Sudeste teve no período do estudo (2020-2023) mais de 50% de denúncias em relação ao país inteiro”, completou. Vulnerabilidade Para a professora Alessandra Camacho, a vulnerabilidade dos idosos é um fator de associação entre a idade avançada e o maior percentual de denúncias de violência relacionado às pessoas de 80 anos ou mais. Conforme a pesquisa, o percentual máximo dos casos (34%) foi registrado em 2023. “É importante destacar o risco de violência para pessoas de 80 anos ou mais, que são as mais vulneráveis em termos de problemas físicos, e é preciso também atentar para esse dado, que podemos tentar atenuar dando uma rede de suporte e apoio à família”, disse a professora, lembrando que é uma faixa etária que demanda mais cuidados e e serviços. Nas questões de gênero, as mulheres são mais suscetíveis à violência, uma consequência da desigualdade, intensificada com o envelhecimento. No período de 2020 a 2023, o sexo feminino respondeu por mais de 67% das denúncias notificadas. O número inclui aumento percentual no ano de 2022 equivalente a quase 70% dos casos registrados. “Esse também é um dado relevante porque as mulheres alcançaram um quantitativo de mais de 60% no período estudado, e isso se repetiu em 2024, o que só vem confirmar que a mulher tem também situação de vulnerabilidade”, afirmou a professora, que defende políticas públicas para essa parcela da população. Raça e cor A população branca foi a mais atingida, com as ocorrências apresentando crescimento ao longo dos anos. A segunda maior parcela foi a dos pardos, que também mostrou tendência de aumento no período analisado. Conforme a pesquisa, há estudos que indicam tendência de minimizar casos de violência no comportamento de pardos e negros, possivelmente, por conta de experiências anteriores semelhantes. A professora chamou atenção para o fato de que, às vezes, quem faz a denúncia, dependendo da circunstância, não consegue evidenciar qual é a raça ou cor da vítima. “Alguns dados ainda são um pouco mascarados por causa das circunstâncias da pessoa que está denunciando. Há uma dificuldade no item não declarado também. Não se pode inferir qualquer tipo em detrimento da raça parda, preta, amarela, indígena porque não se sabe quais são os elementos circunstanciais que estão levando a essa pessoa a não efetivar a denúncia de maneira mais completa.” De acordo com a pesquisa, os casos de violência entre idosos ocorrem em diferentes graus de escolaridade e instrução, mas os analfabetos, ou têm ensino fundamental incompleto, são mais prejudicados pela falta de informação e os que sofrem mais ocorrências. Ainda neste item, o número de casos não declarados

Ronnie Lessa detalha assassinato de Marielle em novos depoimentos

O ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, detalhou, em novos depoimentos de delação premiada, a execução do crime, no Rio de Janeiro, em 2018.  Os depoimentos foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes retirar o sigilo das oitivas que ainda não tinham sido divulgadas.  Em um dos depoimentos prestados no ano passado aos investigadores da Polícia Federal (PF), Lessa disse que testou a submetralhadora usada no crime para verificar se o silenciador da arma estava funcionando.  Os disparos foram feitos em terreno de área dominada por uma milícia. A arma foi jogada em um córrego da região após o assassinato.  “Eu posicionei a metralhadora, engatilhei e disparei. Fiz esse disparo com uma rajada curta.  Acredito que uns cinco ou seis tiros, no máximo, tenham sido disparados. Esses projeteis estão alojados na terra”, afirmou.  O ex-policial também informou que monitorou por três meses a rotina da vereadora e teve dificuldades iniciais para realizar o homicídio. Segundo Lessa, Marielle foi seguida até um bar, local que, segundo ele, era de difícil acesso, assim como sua residência. “Essas tratativas [em] que nós não conseguimos lograr êxito, levaram a gente a procurar outros meios. Nós tínhamos a informação de um bar que ela frequentava, nós conseguimos localizar esse bar, que é na Praça da Bandeira, ali próximo, só que também [era] outro lugar de difícil. Era uma missão que se tornou difícil”, disse.  Em outro depoimento, Lessa afirmou que receberia um loteamento em troca da execução de Marielle. Segundo ele, a promessa foi feita pelo ex-policial Edmilson Macalé, que atuava em conjunto com Robson Calixto, o Peixão, outro investigado pela suposta ligação com os irmãos Brazão. Macalé foi assassinado em 2021.  “A proposta era matar a vereadora Marielle, e a proposta era que nós ganharíamos um loteamento, eram dois loteamentos em questão, um seria deles, dos mandantes”, afirmou.  Pós-crime O ex-policial ainda complementou que, após executar a vereadora, foi para um bar assistir a um jogo do Flamengo. “Eu peguei meu carro e fui para o Resenha, que é o restaurante. Nesse dia, era o jogo do Flamengo com o Emelec. Nós paramos para assistir, e estava bem cheio”, completou.  Os depoimentos divulgados nesta sexta-feira completam a primeira parte da delação, liberada em março deste ano após a prisão dos envolvidos no crime.  Lessa é um dos delatores do caso Marielle e apontou, em outros depoimentos, os irmãos Brazão como mandantes do assassinato. Segundo o ex-policial, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), atuaram como mandantes do homicídio da vereadora. Todos estão presos.  A defesa dos detidos nega as acusações. *Texto ampliado às 20h37 Fonte

Primeiras carretas com ajuda humanitária enviada pelo Amazonas chegam ao Rio Grande do Sul

As primeiras duas carretas – de um total de oito – da campanha de solidariedade “AM pelo RS” chegaram ao Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (07/06), carregadas de ajuda humanitária. Nos próximos dias, outras seis também já estarão em território gaúcho. Organizada pelo Governo do Amazonas, a campanha visa prestar assistência emergencial às cidades afetadas pelas recentes enchentes que devastaram o estado da região Sul do Brasil. Ao todo, o Governo do Amazonas arrecadou aproximadamente 115 toneladas de doações, sendo, 98 mil litros de água, 15 toneladas de alimentos e 1,4 tonelada de insumos veterinários. Além disso, sob coordenação da Defesa Civil, foram realocados 60 amazonenses que residiam em áreas atingidas pelas enchentes. “Quero novamente agradecer ao povo do Amazonas, sempre solidário, que atendeu ao nosso chamado para ajudar o Rio Grande do Sul. Ressalto que o Estado está à disposição naquilo estiver ao seu alcance. Sem dúvida, essas doações vão fazer a diferença na vida dos gaúchos que mais precisam nesse momento difícil, e no coração dos brasileiros que estão sendo solidários”, destacou o governador Wilson Lima. A chegada da primeira remessa de ajuda humanitária marca o sucesso de uma operação logística complexa, que envolveu a mobilização de recursos em um curto período de tempo. Os caminhões, carregados com alimentos não perecíveis, água potável e insumos veterinários, foram recebidos com entusiasmo e gratidão pela população local, voluntários e autoridades estaduais. “É um momento de profunda alegria e satisfação para todos nós. A união e a solidariedade entre os estados mostram a força e o espírito de colaboração do nosso país. O povo do Amazonas se mobilizou rapidamente e, com a ajuda de muitos parceiros, conseguimos organizar e enviar essa ajuda essencial”, disse o secretário executivo da Defesa Civil, coronel Francisco Máximo. A campanha “AM pelo RS” foi lançada pelo Governo do Estado do Amazonas em resposta aos pedidos de ajuda do Rio Grande do Sul, que sofreu com inundações e deslizamentos de terra em diversas áreas. A iniciativa visa fornecer suporte humanitário imediato e contínuo para as famílias impactadas, promovendo a recuperação e a reconstrução das regiões afetadas. FOTO: Divulgação/Defesa Civil do Amazonas Fonte

Policiais civis do interior participam de curso de escuta especializada para crianças e adolescentes

Policiais civis lotados em delegacias do interior do Amazonas participaram, ao longo desta semana, do curso de capacitação voltado a escuta especializada de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de crimes. O curso iniciou na segunda-feira (03/06) e foi finalizado nesta sexta-feira (07/06), no auditório da Delegacia Geral. Durante a formação, estiveram presentes delegados, investigadores e escrivães que atuam nas Delegacias Interativas (DIP) e especializadas (DEP) de Polícia do interior do Estado. Entre elas, estavam as delegadas Larissa Barreto, da DEP de Lábrea (a 702 quilômetros de Manaus), e Mayara Magna, da 50ª DIP de Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros de Manaus). Conforme a delegada Mayara Magna, o interior tem muitas peculiaridades, principalmente quando é sobre crimes sexuais contra crianças e adolescentes. O trabalho de prevenção está sendo realizado por meio de palestras e redes de apoio da família, que observam o comportamento da criança e adolescente. “Estamos buscando melhorias, um ambiente adequado para melhor atender as vítimas, visamos passar segurança nas denúncias, protegendo essa vítima que muitas vezes tem medo de procurar a unidade policial para relatar o crime sofrido”, declarou. De acordo com a delegada Larissa Barreto, com o curso de capacitação, a equipe policial está enriquecendo o trabalho de investigação dos crimes que ferem a integridade das crianças e adolescentes. “Nas delegacias do interior serão implementadas salas para atender as vítimas de violência sexual, a fim de que elas se sintam confortáveis em falar sobre esse assunto sensível durante os depoimentos”, explicou. O curso foi realizado pela da Comissão de Capacitação, Treinamento e Desenvolvimento (CCTD) e Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). FOTO: Lyandra Peres e Erlon Rodrigues/PC-AM Fonte

Polícia Civil atualiza informações referentes à morte de Djidja Cardoso

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), realizou, nesta sexta-feira, (07/06), coletiva de imprensa para atualizar informações em torno das investigações da morte de Dilemar Cardoso Carlos da Silva, 32 anos, conhecida como “Djidja Cardoso”, que foi encontrada sem vida na manhã do dia 28 de maio deste ano, em sua casa, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus. Conforme o delegado-geral adjunto Guilherme Torres esclareceu, a Polícia Civil trabalha com várias frentes de investigação. Uma delas busca o esclarecimento da morte de Djidja, conduzida pela DEHS. Já os trabalhos relacionados à questão das drogas e dos maus-tratos a animais estão sendo realizados pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema). “Esclareço também o posicionamento da Polícia Civil com relação à exposição excessiva da imagem de Djidja e de seus familiares. Mesmo após a morte, a pessoa preserva o direito à imagem. Por isso, estamos acompanhando a publicação de conteúdos ofensivos à imagem de toda essa família e ressaltamos que a Polícia Civil não compactua com a divulgação excessiva dessas imagens”, pontuou Torres. Investigação Foto: Coletiva de imprensa – PCAM O delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, informou que a coletiva foi realizada para esclarecer à população o andamento das investigações sobre a morte de Djidja. “É importante esclarecer que houve uma suposta morte de forma estranha da avó de Djidja, o que causou grande repercussão. Existem muitas especulações em torno da morte e estamos aqui hoje somente para esclarecermos o que for possível, pois a investigação é sigilosa e devemos cumprir com isso”, informou Cunha. Na ocasião, o delegado Danniel Antony, adjunto da DEHS, relatou que o caso de Djidja está sendo tratado como morte a esclarecer. Além disso, estão sendo providenciadas as oitivas de praxe das pessoas que estavam na residência e cujos depoimentos possam ter relevância, além de outras medidas investigativas referentes a questões periciais e detalhes que possam conduzir a um contexto diferente do que inicialmente parece ser. De acordo com o delegado, em relação à morte de Maria Venina de Jesus Cardoso, que tinha 84 anos e era avó de Djidja, ocorrida em junho de 2023, é uma circunstância que aconteceu em Parintins. “Não estamos considerando qualquer hipótese relacionada à questão da senhora Maria Venina, por enquanto. Se houvesse algum questionamento em relação à causa, teria sido submetido na época. Se a família tiver algum interesse em relação a qualquer situação nesse sentido, devem nos procurar e adotaremos as providências pertinentes”, esclareceu. FOTO: Erlon Rodrigues/PC-AM Fonte

Sepror agrega novos métodos de produção Pecuária Sustentável em dia de campo da Embrapa

Profissionais da Secretaria de Estado da Produção Rural do Estado do Amazonas (Sepror), participaram, nesta sexta-feira (07/06), do Dia de Campo da Pecuária Sustentável, realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), no Rancho Paraíso da Genética, no km 72 da Rodovia AM-070, em Manacapuru (distante a 57 quilômetros de Manaus). O objetivo foi receber novas tecnologias para posteriormente repassar aos produtores do estado. De acordo com João Bosco Rubim, técnico da Sepror, os novos conhecimentos trazidos pela Embrapa, farão a diferença na vida de todos os pecuaristas do Amazonas, que de acordo com o Censo Agropecuário de 2017 possui 14.600 criadores. Atualmente, conforme dados da Agência de Defesa Agropecuária Florestal do Amazonas (Adaf), o rebanho bovídeo do estado é de 2.552.176. “As novas tecnologias têm apresentado muitas possibilidades para os amazonenses. Eventos como esse são fundamentais para o fortalecimento dessa cadeia produtiva de gado”, diz Rubim. Dividido em quatro estações, o Dia de Campo da Pecuária Sustentável abordou diversos assuntos, condensados em temáticas que garantem melhor eficiência em algumas das principais etapas de criação de animais. “Nosso dia de campo é para transferência de novas tecnologias. Com nossas pesquisas, estamos desmistificando a criação de gado na Amazônia. É possível, é seguro, é rentável e tudo isso sem precisar desmatar absolutamente nada, apenas com novas e comprovadas práticas”, garante Luiz Cruz, chefe de transferência de tecnologias da Embrapa. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, acompanhou as palestras em todas as estações e se posicionou com entusiasmo, com as novas informações que recebeu. ” Nos diversos assuntos esplanados vi possibilidades de grande eficiência técnica, eficiencia na produção, eficiência econômica e principalmente na questão ambiental. Excelentes abordagens que fortalecem nossos produtores”, elogiou Muni. Resumidamente todos os participantes aprenderam sobre Recuperação e Manejo de Pastagem, Melhoramento Genético, Sanidade Animal e Implantação de Capineira e Produção de Silagem, este último em trabalho desenvolvido com Capim Gigante, regionalmente chamado de Capim Açu. Entre os participantes, uma comitiva de 21 alunos e dois professores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do curso de Zootecnia. “Nas salas de aula temos a teoria e acreditamos na importância desse aprendizado na prática, em campo. Essas atividades comprovam o crescimento do Amazonas na pecuária, abrindo muitas oportunidades profissionais para nossos alunos”, explicou a professora da Ufam, Kaliane Nascimento Oliveira. Romualdo Ramos, Secretário Municipal de Produção Rural E Abastecimento de Manacapuru (SEMPRA) deu ênfase ao reaproveitamento de áreas degradadas para utilização na pecuária. “Além de desmistificar a produção de gado como responsável por desmatamento, a Embrapa nos mostra que é possível recuperar e reaproveitar áreas degradadas. Além de tudo a pecuária passa a contribuir significativamente com a natureza”, finalizou Romualdo. O Dia de Campo da Pecuária Sustentável da Embrapa foi concluído com uma visita à fazenda Nilton Lins, no km 69, da Am Rodovia Manuel Urbano, a ideia da Embrapa e órgãos parceiros é ampliar novas edições dessas atividades em outras regiões do Amazonas como a Região Sul, Alto Solimões ou Baixo Amazonas. Foto: Divulgacao/Sepror Fonte

Governo e Prefeitura entregam feira do Alvorada 2 revitalizada 

O Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus entregaram, na manhã desta sexta-feira (07/06), a Feira Municipal do bairro Alvorada 2, localizada na zona centro-oeste, totalmente revitalizada. Com investimentos de R$ 703.768,75, a reforma da feira é fruto de convênio entre o estado e o município. Com esta, já são 14 feiras e mercados reformados em Manaus, resultado de oito convênios firmados em 2021. No total, serão 30 feiras e mercados, totalizando um investimento de R$ 27,8 milhões, com R$ 525 mil de contrapartida municipal. A revitalização da feira contou com a troca de telhado, das instalações elétricas, pintura, reforma dos banheiros, nivelamento do piso para acessibilidade, e reforma da fachada, melhorando o ambiente e segurança para os permissionários e a população. O subcoordenador Ambiental da UGPE, Otacílio Cardoso, destacou a iniciativa do Governo Estadual em implementar políticas que impactam positivamente a vida dos cidadãos de Manaus. “É mais uma entrega muito importante para os feirantes e consumidores.  Muitas famílias que dependem da venda na feira verão seus negócios prosperarem com um espaço mais organizado e atrativo para os clientes”, disse Cardoso, que representou o secretário da UGPE, Marcellus Campêlo, e o Governo do Estado, no evento. Os recursos estaduais previstos em convênio são repassados à Prefeitura pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE). As obras são executadas pela Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc) e fiscalizadas pelo estado. Para o feirante Manoel Silva de Oliveira, a revitalização trouxe uma mudança significativa e bem-vinda. “Está acontecendo aqui uma coisa muito linda para nós feirantes. Depois de 27 anos, finalmente tivemos essa reforma. A feira agora está linda e organizada, proporcionando um ambiente agradável tanto para os clientes quanto para nós que trabalhamos aqui. Estou muito feliz e emocionado”, comemorou. Outras 13 feiras e mercados, que integram os convênios com o Estado, já foram entregues na gestão do governador Wilson Lima. São elas: Feira Municipal do São Francisco, Mercado Municipal Jorge de Moraes, Feira Itinerante Prefeito 1 e Feira Itinerante Prefeito 2, Feira Municipal do Bairro da Paz, Feira do Quarentão, Mini Shopping da Compensa, Feira Municipal Polivalente, Feira Municipal da Glória, Feira da Ceasa, Feira Municipal do Alvorada I-Ceasa, Feira do Jardim dos Barés e Feira Municipal Padre Rogério Ruvoletto. FOTO: Julia Lobão/UGPE Fonte

País registra 50 mil casos a mais de violência contra idosos em 2023

As ocorrências de agressões contra idosos tiveram aumento de quase 50 mil casos em 2023 na comparação com o ano anterior. De 2020 a 2023, as denúncias notificadas chegaram a 408.395 mil, das quais 21,6% ocorreram em 2020, 19,8% em 2021, 23,5% em 2022 e 35,1% no ano seguinte. Os números fazem parte da pesquisa Denúncias de Violência ao Idoso no Período de 2020 a 2023 na Perspectiva Bioética. A pesquisa resultou em artigo publicado em parceria pelas professoras Alessandra Camacho, da Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado da UFF, e Célia Caldas, da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para traçar o perfil dos idosos, foram analisadas diversas variáveis além da faixa etária, como região do país, raça e cor, sexo, grau de instrução, relação entre suspeito e vítima, e o contexto em que a violação ocorreu. O estudo analisou informações disponíveis no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com base em denúncias de violência registradas de 2020 a 2023, de casos suspeitos ou confirmados contra pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Foram excluídas duplicatas de notificações referentes à mesma ocorrência. O aumento de casos em 2023 surpreendeu a professora Alessandra Camacho, que esperava por queda nos índices. Ela disse que, ao finalizar a coleta de dados, no fim de março, recebeu “com certa perplexidade” o resultado, que mostrou aumento significativo, principalmente em relação ao ano de 2023. “Como exemplo, em 2022, tivemos 95 mil denúncias, o que já era superior aos dados de 2021, e em 2023, mais de 143 mil denúncias.” Em entrevista à Agência Brasil, Alessandra destacou que a intenção, no início da pesquisa, era verificar os registros durante a pandemia de covid-19. Embora os números tenham sido relevantes naquele momento, houve avanço nas denúncias. “Os registros de aumento já vinham ocorrendo antes da pandemia. Durante a pandemia, foram maiores do que em 2019 e, depois disso, vêm  aumentando progressivamente.” Segundo a pesquisadora, parte desse movimento tem origem no comportamento da sociedade. “As pessoas estão tendo coragem de denunciar. Quanto mais se divulgarem essas informações, mais as pessoas vão denunciando. Essa análise nos faz vivenciar algumas suposições importantes: a violência já acontecia, mas agora as pessoas, cientes dessa situação, porque são diversos tipos de violência, estão buscando os meios de denúncias seja em delegacias, seja na própria Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A sociedade precisa se conscientizar, e creio que isso está acontecendo”, afirmou. Alessandra ressaltou que hoje há facilidade para gravar e registrar essas situações, seja no âmbito residencial ou privado e até mesmo em casos de  violência na rua. “Muitas pessoas têm vergonha e relatam isso, mas, ao mesmo tempo, vislumbro com a possibilidade de ampliar essa divulgação, já que as pessoas estão tendo coragem de denunciar.” De acordo com Alessandra, o Painel do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania já anotou 74.620 denúncias neste ano, o que indica aumento de casos em relação ao ano de 2023. A Região Sudeste foi a que registrou maior número de casos (53%) de 2020 a 2023. Em seguida, aparece a Região Nordeste (19,9%). “A Região Sudeste tem a maior concentração de idosos. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já vêm mostrando isso de maneira bem notória. O Sudeste teve no período do estudo (2020-2023) mais de 50% de denúncias em relação ao país inteiro”, completou. Vulnerabilidade Para a professora Alessandra Camacho, a vulnerabilidade dos idosos é um fator de associação entre a idade avançada e o maior percentual de denúncias de violência relacionado às pessoas de 80 anos ou mais. Conforme a pesquisa, o percentual máximo dos casos (34%) foi registrado em 2023. “É importante destacar o risco de violência para pessoas de 80 anos ou mais, que são as mais vulneráveis em termos de problemas físicos, e é preciso também atentar para esse dado, que podemos tentar atenuar dando uma rede de suporte e apoio à família”, disse a professora, lembrando que é uma faixa etária que demanda mais cuidados e e serviços. Nas questões de gênero, as mulheres são mais suscetíveis à violência, uma consequência da desigualdade, intensificada com o envelhecimento. No período de 2020 a 2023, o sexo feminino respondeu por mais de 67% das denúncias notificadas. O número inclui aumento percentual no ano de 2022 equivalente a quase 70% dos casos registrados. “Esse também é um dado relevante porque as mulheres alcançaram um quantitativo de mais de 60% no período estudado, e isso se repetiu em 2024, o que só vem confirmar que a mulher tem também situação de vulnerabilidade”, afirmou a professora, que defende políticas públicas para essa parcela da população. Raça e cor A população branca foi a mais atingida, com as ocorrências apresentando crescimento ao longo dos anos. A segunda maior parcela foi a dos pardos, que também mostrou tendência de aumento no período analisado. Conforme a pesquisa, há estudos que indicam tendência de minimizar casos de violência no comportamento de pardos e negros, possivelmente, por conta de experiências anteriores semelhantes. A professora chamou atenção para o fato de que, às vezes, quem faz a denúncia, dependendo da circunstância, não consegue evidenciar qual é a raça ou cor da vítima. “Alguns dados ainda são um pouco mascarados por causa das circunstâncias da pessoa que está denunciando. Há uma dificuldade no item não declarado também. Não se pode inferir qualquer tipo em detrimento da raça parda, preta, amarela, indígena porque não se sabe quais são os elementos circunstanciais que estão levando a essa pessoa a não efetivar a denúncia de maneira mais completa.” De acordo com a pesquisa, os casos de violência entre idosos ocorrem em diferentes graus de escolaridade e instrução, mas os analfabetos, ou têm ensino fundamental incompleto, são mais prejudicados pela falta de informação e os que sofrem mais ocorrências. Ainda neste item, o número de casos não declarados