Sai hoje resultado de revisão de notas de títulos do Concurso Nacional Unificado
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pelo Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), divulga, nesta terça-feira (19), os resultados dos pedidos de revisão das notas dos títulos feitos pelos participantes do certame. O resultado estará disponível no site do concurso, na área do candidato, com login e senha do portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br. Os editais dos oito blocos temáticos do Concurso Público Nacional Unificado avisam que o recurso apresentado é a última instância de revisão da prova de títulos, que poderá ser mantida, aumentada ou até diminuída. “A banca examinadora é soberana em suas decisões, razão pela qual não caberão recursos ou revisões adicionais”, dizem os editais. Os concorrentes que discordaram da nota atribuída pela Fundação Cesgranrio, organizadora do processo seletivo, puderam solicitar a revisão, dirigida à banca examinadora, nos dias 4 e 5 de novembro. Pontuação atribuídaA Fundação Cesgranrio explica que a prova de títulos vale 0%, 5% e 10% do total da nota final, com base no quadro de percentuais publicado em cada um dos editais dos oito blocos temáticos do concurso. O valor máximo, na avaliação de títulos, é de dez pontos, mesmo que a soma dos valores dos títulos apresentados exceda esse limite. A apresentação do diploma ou declaração comprobatória da escolaridade – exigida como requisito básico para a titulação de cada cargo – é obrigatória para a análise da experiência profissional do candidato e não foi computada na avaliação dos títulos. Por isso, somente foram considerados os títulos listados nos quadros de atribuição de pontos para a avaliação, disponíveis nos editais, entre eles diplomas de curso de pós-graduação em nível de doutorado e de mestrado, certificado de curso de especialização em nível de pós-graduação. Já a experiência profissional foi pontuada com 0,5 ponto por ano completo, sem sobreposição de períodos de experiência. A comprovação de títulos é apenas classificatória, portanto, a classificação do candidato pode mudar de acordo com a pontuação obtida na etapa. Os candidatos não classificados nas etapas anteriores do chamado Enem dos Concursos não tiveram seus títulos avaliados. Aqueles candidatos que não enviaram a documentação no prazo (até 11 de outubro) receberam nota zero nessa avaliação. Entretanto, a ausência de títulos não implica a desclassificação do candidato, que manteve a pontuação obtida nas etapas anteriores do certame. A nota zero não é eliminatória. O candidato continua na disputa, com a nota obtida na fase das provas objetivas e discursiva ou de redação. De acordo com a Cesgranrio, ao todo, 45.082 candidatos (tanto dos blocos de nível superior, quanto do bloco 8, de nível médio) estavam habilitados a encaminhar títulos, via upload da imagem do documento original ou cópia autenticada em cartório, em outubro. Resultado final O resultado final do CPNU está previsto para sair quinta-feira (21). Ao fim, o candidato que não tiver sido classificado para assumir a vaga de preenchimento imediato de nenhum cargo e especialidade dentro do bloco temático em que se inscreveu poderá constar na lista de espera de todos os cargos selecionados e ranqueados, desde que não tenha sido reprovado. Serão considerados aptos os candidatos que, após a soma das notas nas provas objetivas, discursivas e nas provas de títulos, estiverem classificados até o limite de duas vezes o número de vagas imediatas do bloco temático, com notas mais altas, conforme o cargo e especialidade. Source link
Consenso do G20 é vitória do Brasil e do multilateralismo
Após dois anos sem consenso no G20, a declaração do grupo, que se reuniu no Rio de Janeiro sob a presidência do Brasil nesta segunda-feira (18), tem sido considerada por especialistas como importante vitória da diplomacia brasileira ao unir, em um mesmo documento, países como Estados Unidos (EUA), Rússia, China, Argentina e Alemanha. Além disso, analistas avaliam que o consenso em torno de 85 pontos na declaração oficial dos chefes do G20 em um mundo dividido por guerras e intensas disputas geopolíticas pode ser visto como uma vitória do multilateralismo, que é o princípio da cooperação entre países para promover interesses comuns. É um princípio oposto ao do unilateralismo, quando o país age por conta própria, ou do bilateralismo, quando há associação de apenas dois países. O especialista em geopolítica Ronaldo Carmona, pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), destacou que o mundo hoje está absolutamente dividido entre dois blocos principais, um formado pelo G7 e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que reúne as potências ocidentais e o Japão, e do outro lado os países que emergiram na economia mundial nas últimas décadas, em especial, China, Rússia e Índia, com o Brics sendo o principal fórum desse grupo. “Observando esse contexto, desse problema estrutural de crise do multilateralismo, é preciso valorizar o fato de ter saído uma declaração final, sobretudo em função dessa radicalização que a gente vive agora no que diz respeito ao problema da guerra na Ucrânia”, comentou o especialista, lembrando que os Estados Unidos autorizaram no domingo (17) o uso de mísseis de longo alcance contra o território russo. Carmona acrescentou que o G20 é o único espaço em que esses dois polos de poder no sistema internacional ainda conseguem sentar-se à mesma mesa. “O multilateralismo está em crise já há bastante tempo e, portanto, qualquer arranjo multilateral tem a tendência de ser pouco efetivo. Por isso, o consenso em uma declaração final é uma vitória da presidência do Brasil no G20”, destacou o pesquisador. Argentina O professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Goulart Menezes destacou que a declaração não foi reaberta para mudanças no texto como queria a Argentina, mostrando que o presidente Javier Milei preferiu se unir ao conjunto de países para não ficar isolado. “Se o Milei mantivesse os vetos dele à declaração, ele não estaria se opondo apenas ao Brasil, ele estaria se opondo ao G20. Por quê? Porque na reunião de líderes, você tem o Biden, o Xi Jinping. A persuasão de Milei não partiu apenas do Brasil, mas de outros líderes, que colocaram pressão, dizendo, olha e aí? Você está aqui, nós estamos aqui colocando esses temas e não vamos fugir de nenhum deles”, afirmou, acrescentando que Milei ainda precisava do palco do G20 para se apresentar ao mundo. “Milei ainda não havia se apresentado ao mundo, e fez isso agora no Brasil.” O professor acrescentou ainda que o Brasil pautar a questão social, o combate à pobreza e à fome no G20 foi uma importante vitória, mas que o resultado é mais um recado do conjunto dos países à necessidade do multilateralismo no mundo, princípio que sofrerá oposição do governo de Donald Trump. “O que o Brasil conseguiu foi, diante da eleição do Trump e nós sabemos que o Trump não vai prestigiar o G20, mostrar que os países reforçaram a necessidade do multilateralismo, de seguir trabalhando para fazer uma ação coletiva em prol de temas como emergência climática”, completou Menezes. Avanços A declaração da cúpula do G20 não tem poder mandatório, ou seja, os países não têm obrigação de cumprir o que foi acordado, e o documento serve mais como uma posição política e diplomática do grupo. Apesar disso, o jornalista, doutor em ciência política e professor de relações internacionais Bruno Lima Rocha Beaklini avaliou que o encontro teve resultados concretos, como a Aliança contra a Fome e Pobreza e o grupo do G20 cidades, com previsão de financiamento para infraestrutura de cidades sustentáveis. “Onde tem instrumento financeiro localizado, com fundos e projetos, a coisa vai andar. Onde está no campo declaratório é mais uma disputa político-diplomática no sistema internacional. E o Brasil, sim, no arranjo final, foi o grande vitorioso”, analisou, acrescentando que a declaração irá constranger o novo governo de Donald Trump. “Será um constrangimento para o futuro governo Trump essa agenda de emergência climática. O mais importante é constranger a superpotência que não está a dizer que não vai respeitar nada em relação ao tema”, ponderou. Em seu primeiro mandato, Trump saiu do Acordo de Paris, que estabelece compromissos para os países reduzirem a emissão de gases do efeito estufa. Ele tem informado que irá abandonar novamente o Acordo de 2015. Fonte
Feirão Amazonas Meu Lar gerou R$ 55 milhões em vendas de unidades habitacionais
As vendas de unidades habitacionais com subsídio concedido pelo Governo do Estado, durante o 1º Feirão Amazonas Meu Lar, somaram R$ 55 milhões, pelas construtoras credenciadas, e podem chegar a R$ 352 milhões. Promovido pelo Governo do Estado, no fim de semana (16 e 17/11), o evento recebeu mais de 20 mil pessoas interessadas em financiar imóvel com auxílio financeiro para o pagamento da entrada do financiamento. O Programa Amazonas Meu Lar é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) e Secretaria das Cidades e Territórios (Sect). De acordo com a secretária executiva da Sedurb, Daniella Jaime, o feirão gerou 3 mil propostas de compra, que estão sendo analisadas. “Até o fechamento das propostas, a expectativa é chegar a um valor muita acima dos R$ 55 milhões, porque a maior parte está em análise e ainda será encaminhada para a Caixa Econômica Federal fechar contratos”, explicou. O Governo do Amazonas está destinando, nesta primeira etapa, R$ 48 milhões para o Subsídio Entrada do Meu Lar, o que corresponde a até 1,6 mil unidades financiadas. A linha de atendimento é para quem tem interesse em financiar unidade habitacional, usando o valor do subsídio para compor a entrada. Podem solicitar famílias com renda de até R$ 8 mil. O valor disponibilizado varia entre R$ 35 mil, R$ 30 mil e R$ 20 mil, de acordo com a faixa de renda familiar. Ao todo, foram disponibilizadas, durante o feirão, mais de 3,7 mil unidades habitacionais, em 32 empreendimentos imobiliários credenciados no Amazonas Meu Lar, nessa linha de atendimento. Durante o evento, as pessoas puderam escolher o imóvel de interesse e fazer a avaliação de crédito diretamente nos estandes das construtoras. Com o crédito aprovado, os interessados vão passar, ainda, por análise social da Suhab e da Sedurb. Após essa etapa, os beneficiários receberão o Certificado para acesso ao subsídio, que deverá ser apresentado à Caixa Econômica Federal para concluir a negociação da unidade habitacional. Vida Nova O Industriário Fernando Azevedo de Souza, 27, já passou por todo o processo e conseguiu aprovar na Caixa Econômica um financiamento para comprar um apartamento no condomínio Smart Tarumã, na zona oeste de Manaus, usando o subsídio estadual no valor de R$ 30 mil para compor a entrada. Fernando, que mora com a esposa e o filho do casal, de 1 ano e 8 meses, vai trocar a quitinete alugada por um apartamento de dois quartos em condomínio fechado, com piscina, playground, salão de jogos e de festa, quadra de areia e academia. De acordo com a construtora, o Smart Tarumã está com 90,86% de obra concluída. “Eu fiquei muito feliz em saber que fui aprovado nesse subsídio do Governo do Estado e, com ele, poder adquirir um imóvel. Eu creio que vai ajudar muita gente, assim como eu, a realizar o sonho de ter uma casa”, comemorou. As pessoas que tenham interesse na linha de atendimento podem fazer o pré-cadastro, que foi reaberto de forma permanente, pelo site www.amazonasmeular.am.gov.br ou pelo aplicativo SASI. Quem está pré-cadastrado e tiver interesse no subsídio deve atualizar os dados e fazer a opção por essa linha de atendimento. A documentação necessária para a análise de crédito junto às construtoras está disponível no site, na aba “Documentos”. Source link
Semana do Controle Social inicia reunindo usuários, gestores e trabalhadores do SUS, da zona Oeste
Semana do Controle Social Destacando o papel da informação no efetivo exercício da participação social em prol da saúde pública, a 18ª Semana do Controle Social teve início, nesta segunda-feira, 18/11, reunindo conselheiros locais de saúde que atuam nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) da zona Oeste da capital. O encontro ocorreu entre 13h e 17h, no auditório do instituto Filippo Smaldone, no bairro Planalto. Conforme o conselheiro municipal de Saúde, Elson Melo, a programação tem como objetivo qualificar conselheiras e conselheiros locais de saúde, representantes dos usuários, trabalhadores e gestores das unidades de saúde, para uma atuação mais efetiva na fiscalização dos serviços prestados no Sistema Único de Saúde (SUS) e melhoria do atendimento à população. “Temos pautados temas, como a campanha ‘Novembro Azul’, que é um assunto importante da saúde do homem, e a participação da sociedade por meio do controle social. São temas diversos e que levam em conta a realidade de cada zona distrital de saúde”, assinalou. O subsecretário municipal de Gestão da Saúde da Semsa e conselheiro local representante dos gestores, Djalma Coelho, ressaltou o apoio da Semsa às iniciativas do CMS/Manaus e destacou a Semana do Controle Social como um encontro plural de olhares em torno da saúde pública. “O controle social é a voz das diversas pessoas usuárias do SUS. É a voz dos trabalhadores de grandes e pequenas unidades de saúde. É a voz do gestor. São todas as vozes diferentes, e nesses eventos elas se encontram, e nós podemos ser mais assertivos e decidir melhor sobre os rumos da saúde pública”, declarou. A diretora do Distrito de Saúde (Disa) Oeste, Socorro Furtado, pontuou a presença de servidores, trabalhadores e usuários que vêm atuando há décadas na saúde pública, e incentivou os participantes a buscar a informação e o conhecimento, a fim de contribuir para a construção de uma saúde pública melhor. “O controle social só acontece com a participação efetiva da sociedade civil, de cada um de nós, e reunindo usuários, gestores e trabalhadores dentro de um processo que se constrói a cada dia”, afirmou. Promovida pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS/Manaus) e pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), da Prefeitura de Manaus, a Semana inclui na agenda dos encontros palestras sobre temas diversos relacionados aos serviços de saúde e ao controle social. Um dos temas trazidos no evento de segunda-feira foi o da “Educação Popular em Saúde”, apresentado pela assistente social da policlínica Djalma Batista e conselheira local representante dos trabalhadores da USF Leonor de Freitas e Laboratório Distrital Oeste, Elizabeth Modernel. Ela apontou as raízes da prática nos movimentos que levaram à criação do SUS e salientou sua transformação em política nacional em 2013 e sua relevância no cenário atual. “Os princípios e objetivos da educação popular em saúde são os de fortalecer a emancipação e a participação popular, fortalecer o SUS, unir os saberes popular e científico na construção de uma nova linguagem em saúde. Mais do que uma política, ela é uma postura ética, que deve ser levada a todos os usuários, trabalhadores e gestores do SUS”, destacou. Outros temas em pauta no evento foram “Vigilância em Saúde do Trabalhador e Controle Social”, apresentado pela técnica do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/Semsa), Cecília Harumi; “Novembro Azul”, pela enfermeira da Unidade de Saúde da Família (USF) O-53, Minéia Rossette de Souza; e “Experiências exitosas”, pelo enfermeiro e conselheiro local do segmento gestor da USF Mansour Bulbol, Nelcimar de Souza. Agenda A 18ª Semana do Controle Social trouxe como tema “Um Controle Social bem informado por um SUS melhor”. Após a abertura, nesta segunda-feira, a atividade continua nesta terça, 19/11, com a reunião de conselheiros locais das unidades básicas do Disa Norte, no auditório do Cetam Galileia, no bairro Cidade Nova. Na quinta, 21/11, será a vez dos conselheiros da zona Sul se reunirem na Escola Superior de Ciências da Saúde, da Universidade do Estado do Amazonas (ESA/UEA). A agenda continua no dia 25 deste mês, com um encontro dos conselheiros locais vinculados às unidades do Disa Rural, no auditório Paulo Pinto Nery, do Complexo do Distrito rural. E, encerrando a programação, no dia 27, o Distrito Leste reúne seus conselheiros em evento no auditório do Centro Cultural Aníbal Beça (Cetam Leste), no bairro Novo Aleixo. Todos os encontros ocorrem das 13h às 17h, exceto no dia 25, que terá atividades das 8h às 12h. Source link
Brasil sai fortalecido no ambiente internacional, diz ministro
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse nesta terça-feira (19) que a declaração dos líderes do G20 contempla todas as questões relevantes para o Brasil. Segundo ele, o país saiu internacionalmente fortalecido . “O documento aprovado contempla todas as principais questões que eram relevantes para o Brasil: a taxação dos super-ricos, o tema da nova governança e as questões das mudanças climáticas”, disse o ministro. Pimenta destacou que, finalizada a presidência brasileira do G20, o Brasil ainda terá pela frente a presidência do Brics e a realização da COP-30, em Belém, no ano que vem. “O sucesso do G20 fortalece esse protagonismo, esse papel de importância do Brasil, especialmente da liderança do presidente Lula no cenário internacional.” Informação O ministro assinou, na manhã desta terça-feira, com a ministra da Secretaria de Governo do Chile, Camila Vallejo, um memorando de entendimento para desenvolver ações conjuntas de promoção da integridade da informação nos dois países. A ideia é criar políticas públicas e regulação para evitar a disseminação de notícias falsas e, assim, defender a democracia. Ainda nesta terça-feira, o Brasil lançará uma iniciativa global para integridade da informação sobre mudanças climáticas em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e com Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). “Vivemos recentemente no Rio Grande do Sul, na Espanha e outros locais [que sofreram com eventos climáticos extremos] uma onda de desinformação que se multiplica e cresce em momentos de crise”, disse Pimenta. Fonte
PF prende militares suspeitos de planejar matar Lula e Alckmin
Foto Marcello Camargo A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. “Foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”. Os criminosos também planejavam restringir o livre exercício do Poder Judiciário. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF. Em operação deflagrada em fevereiro, a PF já investigava um grupo que atuou na tentativa de golpe de Estado e que monitorava o ministro Alexandre de Moraes. “O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘gabinete institucional de gestão de crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.” Mandados A Operação Contragolpe já cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, e cumpre ainda três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas, que incluem a proibição de manter contato com demais investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados nos estados do Rio de Janeiro, de Goiás e do Amazonas, além do Distrito Federal. “As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em forças especiais”, destacou a PF em nota. Os fatos investigados, segundo a corporação, configuram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Informações da Agência Brasil Source link
Prefeitura e UNICEF capacitam agentes para garantir atendimento inclusivo e humanizado
Foto: Jomathas Oliveira Mais de 300 agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE) do município iniciaram nesta segunda-feira, 18, a 2ª edição do Ciclo de Formações, parceria entre a prefeitura o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A iniciativa busca preparar os novos profissionais para oferecer um atendimento inclusivo e diferenciado às populações mais vulneráveis, como refugiados, migrantes e indígenas. As formações seguem até março de 2025 e vão abordar temas essenciais para a realidade local, como saúde indígena, atendimento a grupos específicos no Sistema Único de Saúde (SUS) e práticas de proteção à infância. Os agentes também terão acesso a conhecimentos sobre água, saneamento e higiene, fundamentais para a melhoria da qualidade de vida da população. Um dos pontos de destaque da formação é a metodologia ativa empregada, que promove a troca de experiências e o aprendizado conjunto entre os participantes, além de fortalecer a rede municipal de forma mais inclusiva, respeitando as diferenças culturais e atendendo a necessidade de todas as pessoas. “Os ciclos fortalecem o trabalho dos profissionais, capacitando a todos para atenderem com qualidade uma importante parcela do município, especialmente crianças refugiadas, migrantes e indígenas, que necessitam de um cuidado mais direcionado e humanizado”, disse a chefe interina do UNICEF em Roraima, Nayana Góes. Com a capacitação, é esperado um impacto direto na qualidade dos serviços prestados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no fortalecimento das ações de combate às endemias, conforme pontuou o secretário municipal de Saúde, Renato Maciel. “As formações refletem o compromisso contínuo da Prefeitura de Boa Vista em investir na qualificação de seus profissionais, garantindo que a rede de saúde de Boa Vista continue a atender com qualidade e de forma igual toda a população, especialmente as mais vulneráveis”, pontuou. Atenção e cuidado ainda mais humanizados Entre os participantes, todos recém-chegados à rede municipal de saúde, está Dayane Machado, ACS na UBS Maria das Dores Pereira, bairro Equatorial. Ao fim do primeiro dia, ela refletiu sobre a importância do ciclo frente às barreiras encontradas, como o idioma. “É interessante para a gente aperfeiçoar o trabalho dentro da nossa área de abrangência. A comunicação com outras línguas é uma das dificuldades encontradas, mas a gente se entende. Vamos usando palavras-chave para as orientações. Eu acredito que o trabalho é um aprendizado constante”, falou. O primeiro dia da formação mostrou para Warlly Carlos Martins, ACS na UBS Silvio Leite, que os agentes lidam com problemas semelhantes em suas áreas. Para ele, a formação vai facilitar as abordagens de atendimento junto à população mais vulnerável que vive no município. “Estou aqui na formação para aprender mais e poder repassar esse conhecimento para as pessoas que eu atendo. Por exemplo, eu um casal de idosos imigrantes. Um vizinho nos apoia na comunicação com eles para que o tratamento e o atendimento sejam efetivos.”, comentou. Source link
Com tráfego da Av. Mário Ypiranga liberado, obras estão na fase final
Após os dois sentidos da via liberados, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), trabalha, nesta terça-feira, 19/11, na conclusão dos serviços de drenagem superficial da avenida Mário Ypiranga Monteiro, na zona Centro-Sul da cidade. “A interdição da avenida começou às 20h da quinta-feira passada, para darmos início às obras com a remoção da antiga drenagem e substituição por 80 aduelas mais modernas e duradouras. E, às 20h de segunda-feira, liberamos a via. Assim, as equipes iniciaram a reconstrução da calçada e do canteiro de obras. Durante a madrugada e até agora pela manhã, tivemos avanços significativos nesta última etapa da obra, conforme determinou o prefeito David Almeida, com celeridade e eficiência”, explicou o secretário de Obras, Renato Junior. Após a aplicação de asfalto na área que recebeu a intervenção, e a liberação dos dois sentidos da avenida, tanto Centro-bairro e bairro-Centro, a equipe formada por mais de cem trabalhadores deu início, na noite de segunda-feira, à reconstrução de calçada, sarjeta e meio-fio, e ao canteiro central. Na manhã desta terça-feira, as equipes já executaram 200 metros de sarjeta e meio-fio, e aproximadamente 50 metros de extensão do canteiro central. Na sequência, farão a calçada. “Essa é uma via muito importante da cidade de Manaus, que por determinação do prefeito David Almeida, tem a obra executada com celeridade e muita eficiência pela equipe da Seminf. O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) deu o apoio para a abertura do trecho com a liberação dos dois sentidos da via, na segunda à noite, para que, hoje, os condutores já possam utilizar essa avenida para chegar até os seus destinos com uma melhor trafegabilidade”, disse o vice-presidente de trânsito do IMMU, Leda Junior. Essa é mais uma grande intervenção da Prefeitura de Manaus, sendo executada em termo recorde, priorizando a segurança e o bem-estar da população na capital amazonense. Source link
Argentina retira três oficiais da missão de paz da ONU no Líbano
A Argentina notificou a missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano que está retirando três de seus oficiais. A informação foi confirmada por um porta-voz da Unifil – Força Interina da ONU no Líbano, missão criada em 1978 – nesta terça-feira (19). “Correto. A Argentina pediu a seus oficiais que voltassem”, disse Andrea Tenenti, em resposta à pergunta sobre reportagem de um jornal. Ele se recusou a comentar o motivo da retirada, encaminhando a pergunta ao governo argentino. Fonte
PF prende militares suspeitos de planejar matar Lula e Alckmin em 2022
Fachada da sede da Polícia Federal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. “Foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”. Os criminosos também planejavam restringir o livre exercício do Poder Judiciário. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF. Em operação deflagrada em fevereiro, a PF já investigava um grupo que atuou na tentativa de golpe de Estado e que monitorava o ministro Alexandre de Moraes. “O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘gabinete institucional de gestão de crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.” Mandados A Operação Contragolpe já cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, e cumpre ainda três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas, que incluem a proibição de manter contato com demais investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados nos estados do Rio de Janeiro, de Goiás e do Amazonas, além do Distrito Federal. “As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em forças especiais”, destacou a PF em nota. Os fatos investigados, segundo a corporação, configuram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Informações da Agência Brasil Source link
Prefeito David Almeida recebe visita do primeiro-secretário da Embaixada dos Estados Unidos da América
Após o sucesso da visita do presidente dos Estados Unidos da América (EUA) a Manaus, Joe Biden, no domingo, 17/11, o prefeito David Almeida recebeu o primeiro-secretário da seção política da Embaixada dos EUA em Brasília, Alexander Gupman, nesta segunda-feira, 18/11, que agradeceu a mobilização da cidade para o momento histórico. O encontro ocorreu no Centro de Cooperação da Cidade de Manaus (CCC), localizado no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul. O primeiro-secretário entregou uma nécessaire ao prefeito com a assinatura do presidente Joe Biden e o brasão da Casa Branca. De acordo com Alexander Gupman, a entrega do presente foi um pedido especial do presidente dos Estados Unidos após a recepção especial que recebeu em Manaus. “Acabei de receber o secretário da seção política da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Alexander Gupman, que veio me trazer um presente pessoal do presidente Joe Biden. Uma honraria, uma gratidão muito grande, e eu fico muito feliz de ter participado desse momento. Já entreguei o nosso presente ao presidente ontem e estamos aqui recebendo essa retribuição, um presente que vou usar muito”, disse o chefe do Executivo municipal. Alexander Gupman disse que os membros da Embaixada dos EUA e toda a comitiva do presidente Joe Biden se sentiram muito honrados por toda a operação que tornou possível a realização da visita histórica. “Estamos muito honrados e agradecidos por tudo que a cidade de Manaus fez para tornar essa visita possível. Foi um momento histórico para o mundo. Foi um sucesso e, certamente, ele vai lembrar das pessoas ao longo do caminho torcendo por ele e vibrando com a sua chegada. Outro fato importante foi a assinatura pelo presidente da proclamação da preservação ambiental e como isso vai reverberar não só para Manaus, mas para o mundo”, destacou. O presidente estadunidense foi recepcionado pelo prefeito David Almeida e demais autoridades locais no aeroporto internacional Eduardo Gomes. Após a recepção, Biden realizou um sobrevoo sobre a capital amazonense e visitou o Museu da Amazônia (Musa), localizado no bairro Cidade de Deus, zona Norte. No local, ele anunciou uma série de ações, que visam incentivar a preservação do meio ambiente. Entre elas está o aumento das contribuições dos EUA para o Fundo Amazônia em mais 50 milhões de dólares (o equivalente a R$ 290 milhões), totalizando 100 milhões de dólares (R$ 580 milhões), sujeito à aprovação do Congresso Americano. Source link
TCE-AM sedia evento “Mulheres Guerreiras” em apoio à igualdade de gênero
Foto: Filipe Jazz O auditório do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) foi palco, na tarde desta segunda-feira (18), do evento “Mulheres Guerreiras”, promovido pela Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) com o objetivo de fortalecer a luta pelos direitos das mulheres, incentivar a igualdade de gênero e promover o empoderamento feminino. A iniciativa contou com o apoio logístico do TCE-AM, reafirmando o compromisso da Corte de contas com causas sociais de grande relevância. A programação incluiu pronunciamentos de autoridades de destaque, que abordaram os desafios e as conquistas das mulheres no campo jurídico e na sociedade. A entrega do colar acadêmico, símbolo de pertencimento e valorização das associadas da ABMCJ-AM, foi um dos pontos altos da solenidade, com doze homenageadas. A conselheira-presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins, reconhecida por seu entusiasmo e dedicação à luta pelos direitos das mulheres, foi uma das agraciadas, representada pela procuradora de contas Fernanda Cantanhede Veiga Mendonça. Também foi homenageada a diretora da Ouvidoria da Mulher do TCE-AM, Ana Paula Machado Aguiar. O encerramento foi marcado pelas considerações finais da presidente da ABMCJ-AM, Lúcia Corrêa Viana, que enfatizou o papel da associação na promoção da igualdade e da proteção às mulheres. Source link
Presidente do Paraguai passa mal durante cúpula do G20 e é internado
O presidente do Paraguai, Santiago Peña, de 46 anos, foi hospitalizado na noite desta segunda-feira, (18), no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio.. Ele participa da Cúpula do G20, que ocorre no Museu de Arte Moderna (MAM), na zona sul do Rio de Janeiro e vai até esta terça-feira (19). Em nota, o hospital Samaritano Botafogo informa que o presidente do Paraguai, Santiago Peña, deu entrada na unidade na noite de segunda. Ele se sentiu mal no período da tarde, com dores no peito e indisposição e, por segurança, foi fazer exames de diagnósticos na unidade hospitalar. “O chefe de Estado passa bem e seu estado de saúde atual é estável”. Peña deve passar por uma bateria de exames clínicos. Ele chegou a ser medicado por uma equipe no MAM e, em seguida, foi levado ao hospital Samaritano. Fonte
Situação em Moçambique ainda é imprevisível, diz embaixador do Brasil
Desde outubro, uma onda de protestos toma conta de Moçambique, após a divulgação dos resultados provisórios das eleições gerais. A Comissão Nacional de Eleições divulgou resultado, que deu a vitória ao candidato da situação, Daniel Chapo, com 70% dos votos. Ele é o representante do partido Frelimo, que comanda o país desde 1975. O resultado da eleição ainda precisa ser proclamado pelo Conselho Constitucional de Moçambique. Mas não há um prazo para que isso aconteça, como explica o embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra, que há dois anos comanda a representação do Brasil na capital do país africano. Para ele, a situação em Moçambique ainda é tensa e imprevisível. Enquanto isso, o candidato Venâncio Mondlane, do Partido Podemos, que ficou em segundo lugar na apuração oficial, com 20% dos votos, vêm conclamando a população para uma série de protestos contestando o resultado provisório. Ademar Seabra afirma que Moçambique não tem essa tradição de protestos entre a população, o que mostra um ineditismo. Pelas contas da oposição, mais de 40 pessoas já morreram nos embates com a polícia. Confira os principais trechos da entrevista feita pela Rádio Nacional com o embaixador. Rádio Nacional: Moçambique vem vivendo nos últimos dias diversos protestos, com um pouco de violência. Como está sendo esse conflito? Ademar Seabra: Nós temos evidências muito positivas e muito contundentes de que tenha havido já pelo menos 40 mortos nos confrontos entre a polícia e os manifestantes. Entre esses mortos constam alguns representantes da polícia também, da Polícia Nacional do país, embora a maioria sejam civis. Então é um quadro, eu diria, que é de violência, é difícil qualificar que é uma violência alastrada, uma violência incontrolada, mas por ocasião das manifestações já houve sim diversos episódios, diversos lugares do país, diversas intensidades, digamos assim, de gravidade. Então é um confronto que tem nos preocupado muito, nós temos acompanhado isso com muita apreensão, com muita angústia, desde essencialmente o dia 18 de outubro, quando essas manifestações de violência graves tiveram lugar, e a partir daí nós temos tido um contínuo, nós não sabemos como isso vai chegar, como isso vai aportar. Rádio Nacional: Qual é a posição do Brasil em relação às eleições em Moçambique? A oposição critica o resultado do comitê eleitoral do Estado, do resultado que deu a vitória ao candidato Daniel Chapo, com mais de 70% dos votos. O Brasil acompanhou o processo eleitoral, foi convidado para ser observador? Como a própria diplomacia brasileira vê esse processo? Seabra: O Brasil tem acompanhado com lupa, com grande interesse, com grande participação, nós temos acompanhado de perto e em tempo real. Na verdade, é um processo eleitoral, um processo doméstico, é um processo político, eleitoral e partidário. que nós naturalmente acompanhamos com interesse justamente por conta da centralidade que Moçambique ocupa nas relações bilaterais, mas nós participamos do processo eleitoral em si de maneira indireta através da missão de observação eleitoral da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]. Essas eleições tiveram um um número de observadores importante, em termos quantitativos, numéricos, a maior missão foi da União Europeia. mas teve também da comunidade dos países da África Austral, da própria União Africana e da CPLP, que foi também integrada por um diplomata, por um representante brasileiro, na missão da CPLP. Todas elas atravessaram todo o processo eleitoral, produziram seus relatórios, indicaram nos relatórios tanto os pontos positivos quanto os pontos negativos desse processo. O processo é algo que contrasta muito com a nossa realidade no Brasil. O cidadão brasileiro, especialmente o jovem brasileiro, aqueles que nasceram nos anos 80, 90, que sempre tiveram processos eleitorais com base nas nossas urnas eletrônicas ou então na divulgação imediata de resultados e proclamação dos resultados também idem. Aqui, ao contrário, o processo é lento. É um processo que teve início muito antes, com os recenseamentos, recadastramentos eleitorais de muitos meses anteriores, mas desde as eleições, que foram realizadas em 9 de outubro até agora, não há resultado. Então o que há, sim, é a participação dessas missões, que acompanharam, verificaram, tomaram nota, fizeram recomendações, fizeram indicações do que aconteceu durante o processo. Isso foi manifestado através de relatórios, que foram naturalmente submetidos aqui ao governo moçambicano, à guisa de contribuição construtiva, de apoio construtivo desses observadores para o aprimoramento da democracia do país. Embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra – Edilson Rodrigues/Agência Senado Rádio Nacional: Esses resultados são provisórios? Seabra: Na verdade nós não sabemos ainda exatamente quando esse processo vai terminar, o processo jurídico propriamente dito. Logo após a realização das eleições em si, no dia 9, começa um grande processo no país de contagem de votos, é contagem manual, é contagem de cesta a cesta, ou caixa a caixa, isso é levantado, são produzidos alguns relatórios, é produzida uma totalização. Três dias depois, esses distritos onde acontecem as eleições começam a divulgar os seus resultados parciais. E esses resultados que são compilados nos distritos são submetidos às províncias, que divulgam, por sua vez, também os resultados agregados por província. Nesses resultados agregados de províncias, já tem uma ideia do que aconteceu. Então, todos os resultados foram apurados, depois divulgados, eles são centralizados nessa Comissão Nacional de Eleições, que fez um anúncio provisório, que deflagrou justamente todo o processo de contestação, toda a mobilização social, oposicionista da sociedade civil, em relação a essa divulgação. Como ele tem sofrido muitas contestações, ele ainda será apreciado pelo Conselho Constitucional, que mal comparando ele faz o papel do nosso TSE [Tribunal Superior Eleitoral] no Brasil. Mas é um processo que ele vai e volta, ele tem muitos elementos. A própria processualística interna do CNE é algo técnico, complicado, demorado, no sentido que tem que apreciar todas as considerações que vêm de diversas partes, diversas origens, tudo tem que ser apreciado, tem que ser justificado, e esse processo está em curso. Nós não temos ainda, oficialmente transitado e julgado, embora foi proclamado o Daniel Chapo vencedor, com 71% dos votos, e em segundo lugar ficou o candidato de um partido recém-fundado em Moçambique,
Países do G20 se comprometem a reformar Conselho de Segurança da ONU
Os países do G20 se comprometeram a reformar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento final da Cúpula de Líderes do grupo, que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana, também defende mudanças no Fundo Monetário Internacional (FMI) e nos bancos multilaterais de desenvolvimento que deem mais poder aos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento e pede perdão da dívida de países pobres. >> Veja a íntegra da declaração final do G20 Embora o documento não cite o fim do poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), os países emergentes conseguiram uma vitória ao incluir a palavra “compromisso” nas mudanças no órgão das Nações Unidas. “Nós nos comprometemos a reformar o Conselho de Segurança por meio de uma reforma transformadora que o alinhe às realidades e demandas do século 21, que o torne mais representativo, inclusivo, eficiente, eficaz, democrático e responsável, e mais transparente para toda a comunidade das Nações Unidas, permitindo uma melhor distribuição de responsabilidades entre todos os seus membros”, destacou a redação final. Segundo o texto, a modernização do Conselho de Segurança melhorará a eficácia do órgão e tornará mais transparentes os métodos de trabalho e a tomada de decisões. Em outra vitória dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, o documento pediu o aumento de países integrantes do órgão, principalmente fora do eixo América do Norte e Europa. “Nós reivindicamos uma composição ampliada do Conselho de Segurança que melhore a representação das regiões e grupos sub-representados e não representados, como África, Ásia-Pacífico e América Latina e Caribe”, continuou o texto. Países pobres Em relação ao endividamento de países pobres, o documento saudou o alcance da meta de destinação global de US$ 100 bilhões em direitos especiais de saque das reservas internacionais para financiar projetos em países mais pobres. Em um ponto incluído pelos países emergentes, o documento pediu mecanismos para reduzir as vulnerabilidades da dívida em países de baixa e média renda de maneira “eficaz, abrangente e sistemática”. Com a valorização global do dólar desde a pandemia de covid-19, muitos países pobres viram as parcelas da dívida externa disparar, consumindo recursos significativos do orçamento dessas economias. O documento destacou que os países do G20 continuarão a respeitar os compromissos assumidos na Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI). Lançada em abril de 2020, a iniciativa suspendeu US$ 5,3 trihões em dívidas de cerca de 40 países pobres durante a pandemia, mas não renovada no fim de 2021. “Saudamos os esforços conjuntos de todas as partes interessadas para continuar trabalhando em prol de melhorar a transparência da dívida e incentivar os credores privados a segui-los. Nós continuamos a apoiar a mesa redonda global sobre dívida soberana para promover o entendimento comum entre as principais partes interessadas, incluindo o setor privado, credores bilaterais e multilaterais e países devedores”, concluiu o documento. Durante a presidência brasileira no G20, os países africanos conduziram debates sobre dívida, desenvolvimento e infraestrutura, com apoio do Brasil. Em junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de um seminário no Vaticano sobre o tema e discutiu o assunto com o Papa Francisco. Arquitetura financeira O documento final do G20 reiterou a necessidade de reformar o regime de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), dando mais poder a países emergentes. Os países apreciam o esforço do Conselho Executivo do FMI em desenvolver, até junho de 2025, um guia para o realinhamento ou uma nova fórmula de cálculo das cotas, que estão sendo revisadas pela 17ª vez. O G20 saudou a criação de uma 25ª cadeira na diretoria do FMI para a África Subsaariana. Dentro da reforma da arquitetura financeira internacional, o texto reafirmou o compromisso de aumentar a capacidade do Banco Mundial em conceder financiamentos, com recursos próprios e com aportes dos governos do G20, aos países de renda média e baixa que precisam de ajuda para responder aos desafios globais. Entre os desafios, estão o enfrentamento às mudanças climáticas e a implementação dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) das Nações Unidas. Os países emergentes não conseguiram incluir o trecho que pedia financiamentos em moedas locais, para evitar aumento da dívida em moeda estrangeira, mas o comunicado pediu que os bancos multilaterais – como Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) – participem de um relatório periódico de implementação do roteiro aprovado pelo G20 para essas instituições financeiras, que prevê parcerias com governos, bancos de desenvolvimento nacionais, provedores de seguro e resseguro e o setor privado. Fonte