Vulcão Cumbre Vieja começa a jorrar um rio de lava mais forte

Nesta segunda-feira, 4, o vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, nas Ilhas Canárias começou a jorrar um rio de lava mais forte. De acordo com o presidente regional das Ilhas Canárias, Angel Victor Torres, o fluxo do vulcão se tornou maior e mais intenso depois que o lado norte da cratera desabou durante o domingo, 3, causando explosões. Até o momento, não há recomendação para novas evacuações. Torres afirma ainda, que apesar do aumento da atividade, a lava parecia estar seguindo uma trajetória semelhante aos fluxos anteriores e seguindo por áreas que até agora foram poupadas. “Tivemos que ordenar alguns bloqueios por causa da qualidade do ar, mas não planejamos evacuar mais pessoas”, disse ele em entrevista ao canal de TV TVE na manhã desta segunda. Torres conclui que o vulcão já emitiu cerca de três vezes mais o material expelido durante a última grande erupção da ilha em 1971, em um quarto do tempo.

Frutas da Amazônia atuam na reversão do envelhecimento da pele, diz fapeam

Uma pesquisa desenvolvida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) constatou que resíduos do pó do guaraná e da semente do açaí são benéficos à cicatrização e favorecem a desaceleração do envelhecimento da pele, impactando diretamente na incidência e prevalência de feridas difíceis de cicatrizar. A pesquisa foi desenvolvida pela doutora Ednea Ribeiro, a partir de projeto intitulado “Desenvolvimento biotecnológico à base de resíduos do pó do guaraná e da semente do açaí”. De acordo com Ednea, o estudo aponta que muitos subprodutos gerados pelo uso de frutos amazônicos têm potencial econômico e podem gerar receitas adicionais aos produtores e também auxiliar na saúde e longevidade humana. “O envelhecimento leva a uma desestruturação da pele, e com isto idosos acabam desenvolvendo uma série de disfunções, incluindo maior dificuldade de cicatrização e regeneração”, sintetizou a pesquisadora. O efeito do extrato combinado guaraná-açaí foi avaliado em cultura de células da pele humana. Além disso, estudos complementares também foram conduzidos com óleos combinados e processados de copaíba e andiroba, que já são amplamente utilizados em preparações dermatocosméticas e que podem também ser utilizados junto ao extrato de guaraná e do açaí. Grande parte dos resultados do estudo já foi publicada sob a forma de resumos em eventos científicos, artigos de jornais e revistas, entre eles o “Journal of Cosmetic Dermatology”, disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31343815/. O estudo acerca da combinação do efeito do extrato do guaraná e açaí na cicatrização testados em células humanas e em minhocas também está sob avaliação para a publicação na revista “Food Research Internacional”.

Preguiça é resgatada após ficar presa na janela de uma casa no bairro Cidade Nova, em Manaus

Um bicho-preguiça foi resgatado na manhã desta quinta-feira, 23, após ficar preso na janela de uma casa localizada na rua Ayrton Senna, no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus. O animal foi resgatado por uma equipe de bombeiros militares da viatura auto bomba tanque ABT-32, do Batalhão de Incêndio Florestal e Meio Ambiente (BIFMA). Segundo o Centro de Operações Bombeiro Militar (Cobom), os bombeiros foram acionados por moradores por volta das 4h10. Ainda segundo o Cobom, após o resgate, a preguiça foi devolvida ao seu habitat natural com segurança.

Cientistas encontraram ave rara, de um lado fêmea e outro macho

Cientistas identificaram um exemplar do raro pássaro Grosbeak, que é “meio macho, meio fêmea”, fenômeno que é conhecido como ginandromorfismo. A descoberta foi feita na Pensilvânia, nos Estados Unidos. A ave tem uma mancha no peito rosa e penas pretas apenas em sua asa direita – tons reveladores de machos. Já no lado esquerdo, o pássaro canoro apresenta plumagem amarela e marrom, cores características das fêmeas. O espécime, identificado como  Pheucticus ludovicianus , é bastante raro e pode ter sofrido a mutação genética que faz com que o animal apresente características de cada um dos sexos em partes diferentes do corpo, diferentemente do que ocorre com o hermafroditismo, quando o espécime tem os tecidos reprodutivos de ambos os gêneros. Ainda de acordo com a publicação, muitos pássaros podem apresentar este tipo de anomalia , assim como algumas espécies de caranguejos, lagostas e insetos. Além disso, os cientistas também ressaltaram que o espécime não tem qualquer problema de procriação. “Como geralmente apenas o ovário esquerdo é funcional nas aves, e o lado esquerdo desta ave é o lado feminino, esta ave teoricamente poderia produzir filhotes se acasalar com sucesso com um macho. A capacidade de reprodução do pássaro também pode depender do fato de ele cantar como um macho, o que potencialmente atrairia as fêmeas e provocaria uma resposta territorial de outros machos”, finaliza a publicação.

Inspeção técnica do TCE-AM identifica focos de incêndio em municípios do Sul do AM

Uma inspeção técnica realizada entre os dias 20 a 27 de agosto pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) em municípi os do Sul do Amazonas identificou queimadas em grande escala com ao menos três quilômetros de extensão na BR-319, além de diversos focos de desmatamento ilegal na Transamazônica. Durante a visita in loco, diferentes focos de incêndio inclusive com potencial de atingir outras áreas verdes foram flagradas por meio de fotos, vídeos e auxílio de drones da Corte de Contas. Coordenada pelo conselheiro Júlio Pinheiro, com apoio do presidente da Corte de Contas, conselheiro Mario de Mello, a comissão técnica contou com membros das Diretorias de Controle Externo Ambiental (Dicamb) e de Controle de Obras Públicas (Dicop). Foram feitas avaliações da gestão ambiental do Governo do Amazonas, frente as queimadas nos municípios de Humaitá, Lábrea, Manicoré e Apuí. “O TCE-AM em cumprimento as competências constitucionais a nós atribuídas, está atuando plenamente na fiscalização contábil, financeira e patrimonial – o que inclui o meio ambiente – para, mais do que fiscalizar e responsabilizar os possíveis responsáveis pelos danos – contribuir para manutenção do bioma amazônico. Cumprimento o conselheiro Júlio Pinheiro por ser o coordenador dessas ações e reafirmo o compromisso do Tribunal com a preservação da floresta de forma sustentável. Parabenizo todos que participaram dessa importante missão realizada pelo Tribunal para revelar os incêndios que estão, infelizmente, tomando conta da nossa floresta, que é um patrimônio dos amazonenses e do povo brasileiro”, disse o presidente do TCE-AM, conselheiro Mario de Mello. Os dados a respeito da inspeção foram informados pelo conselheiro Júlio Pinheiro durante a sessão do Tribunal Pleno, realizada nesta quarta-feira (01), transmitida pelas redes sociais da Corte de Contas. A inspeção in loco resultou na elaboração de um relatório do TCE-AM com os principais focos de incêndio observados e regiões vulneráveis com risco iminente de queimadas. Conforme o conselheiro Júlio Pinheiro, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) já foram notificados sobre os resultados da inspeção e devem adotar as providências cabíveis. Inspeção Ao todo a comissão de inspeção ambiental percorreu mais de 2,5 mil quilômetros entre as Rodovias BR-319 (Manaus-Porto Velho), BR-230 (Transamazônica) e estradas vicinais, identificado as áreas de pressão em relação a queimadas e desmatamentos. Os focos de incêndio apresentam ainda mais risco, já que uma queimada em áreas recém-derrubadas pode facilmente escapar para florestas vizinhas, transformando-se em incêndio florestal. Entre as áreas de pressão evidenciadas estão o Distrito de Realidade em Humaitá; Vila de Extrema-Lábrea, na fronteira entre o Amazonas, Acre e Rondônia; Distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré; e norte do Apuí. De acordo com o conselheiro Júlio Pinheiro, de janeiro a agosto deste ano o Amazonas foi responsável por 13.37% das queimadas no Brasil. Os números são confirmados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “O Amazonas é o terceiro estado no Brasil que mais contribuiu para o aumento do índice de queimadas no Brasil. Esse fato indica que temos de agir para evitar um descontrole total. O TCE está fazendo a sua parte ao fiscalizar e cobrar a presença dos órgãos públicos de controle e gestão ambiental no Sul do Amazonas, a região que concentra mais de 50% dos focos de queimadas no estado”, afirmou o conselheiro Júlio Pinheiro. Tecnologia como aliada Utilizando drones, os auditores do TCE-AM flagraram queimadas no eixo das duas rodovias. Na BR-319, os focos de queimadas foram verificados desde a área do município Careiro Castanho, em sítios, fazendas e outras propriedades rurais. Apesar de o Governo federal ter decretado moratória do fogo por 120 dias na Amazônia, há evidente negligência do decreto. Nesse contexto, a Dicamb alerta que foi evidenciado o aumento da ocupação em diversos trechos da rodovia, seguindo um padrão que inicia na região das bordas da estrada. “Já há inclusive propriedades com áreas de pasto disponíveis para a comercialização. É visível o perfil da mudança de uso e ocupação do solo onde a madeira é retirada e a vegetação é queimada. A queimada, nesse caso, é a última etapa do desmatamento, a forma mais barata e rápida de limpar o terreno para seu uso posterior, que geralmente acaba em pastos”, informou a6 diretora de controle externo ambiental, Anete Ferreira. Atuação Nos últimos dois anos, o TCE já analisou duas representações contra o Governo do Amazonas por alerta de responsabilidade fiscal por comprometimento do resultado dos programas na área ambiental. As duas representações estão sendo instruídas pela Dicamb. Complementando a visita técnica no Sul do Amazonas, foram realizadas reuniões com as secretarias municipais de meio ambiente para identificar a existência de brigadistas, materiais de combate a incêndios florestais e programas de educação ambiental.  

No Amazonas, RDS recebem monitoramento da biodiversidade

Para acompanhar a situação da fauna e da flora, inicia dia 30 de agosto o monitoramento da biodiversidade nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista e Rio Negro. A inspeção ocorrerá até 8 de setembro. A atividade faz parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso Sustentável de Recursos Naturais (Probuc), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). “As informações coletadas durante o monitoramento vão para o banco de dados da Sema, para acompanhamento de como está a biodiversidade da região”, explicou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira. Trilhas de monitoramento Cada trilha tem em média cinco quilômetros de comprimento e três metros de largura. Na Puranga Conquista, localizada em Manaus, serão monitoradas duas trilhas. As estações amostrais ficam nas comunidades São Francisco do Chita e Bela Vista do Jaraqui. Na RDS Rio Negro, que abrange os municípios de Novo Airão, Iranduba, Manaus e Manacapuru, serão três trilhas de amostragem monitoradas: uma situada na comunidade do Tumbira (Iranduba), outra em Terra Preta (Manaus) e, a terceira, no Lago do Marajá (Manaus). Capacitação Ao todo, foram capacitados 17 comunitários para atuar como monitores ambientais na ação – sete da RDS Puranga Conquista e 10 da RDS Rio Negro. “O bom é que, capacitando os comunitários, isso também vira uma fonte de renda para eles”, aponta a gestora da RDS Puranga Conquista, Ádila Mattos, ao ressaltar que os comunitários são remunerados para realização do monitoramento, por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Pré-amostragem Nesta semana, de 23 a 29 de agosto, acontece a fase de pré-amostragem. Os monitores farão uma limpeza nas trilhas, eliminando, em especial, árvores caídas em decorrência das chuvas, e realizando a instalação de armadilhas de borboletas. “Essa limpeza é necessária para que os monitores evitem pisar em folhas e fazer barulho, para que os animais não percebam sua presença durante o monitoramento”, esclareceu a gestora da RDS Puranga Conquista. Após este processo, os monitores deixam a floresta “descansar” por um período de dois a três dias, para que os animais voltem às atividades normais. Nesta fase, os monitores não entram na floresta. Monitoramento Depois deste preparo é que se inicia, de fato, o monitoramento da biodiversidade, onde os monitores fazem a avistagem e catalogação de aves, mamíferos e borboletas. Cada comunidade possui um catálogo de animais já avistados. Por meio de formulário, os comunitários identificam esses animais ou registram novas espécies, analisando também a quantidade observada. “Eles vão à trilha durante dez dias seguidos para fazer o avistamento dos animais, e, no final da atividade, encaminham esses formulários para a Sema atualizar o banco de dados”, acrescentou Ádila. Assim que as águas dos rios baixarem e surgirem as praias, os monitores farão também a observação de quelônios.

Ipaam realiza ações de educação ambiental no lago do Tarumã-Açu

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), realizou, na manhã de ontem, 31, uma ação de educação ambiental na região do Tarumã, localizado na zona oeste de Manaus.  Idealizado pela gerência de Recursos Hídricos (GERH), essa primeira fase da ação tem como objetivo sensibilizar os proprietários dos balneários flutuantes para que busquem a regularização de seus estabelecimentos. De acordo com o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, essa ação tem foco principal nos balneários e flutuantes, que funcionam sem Licença Ambiental de Operação e outorga de direito do uso dos recursos hídricos do rio Tarumã-Açu. “O ponto chave dessa ação é o ordenamento da ocupação, que também envolve um planejamento para a instalação de flutuantes na área do Tarumã. Trata-se de uma área ecológica e ambientalmente sensível, com questões sociais e econômicas importantíssimas”, enfatizou Valente. Orientação O trabalho realizado pela equipe técnica foi de orientações aos banhistas, moradores e comerciantes do local, sobre a importância do desenvolvimento de ações de educação ambiental no entorno da região do lago do Tarumã-Açu. Segundo o responsável pela ação, Sergio Martins, ações do tipo são fundamentais, uma vez que a temporada do verão amazônico está começando e a tendência é um aumento no fluxo de pessoas no local. “O principal objetivo desta ação é sensibilizar os proprietários das estruturas flutuantes, visitantes e frequentadores quanto à importância da contribuição e do envolvimento popular na manutenção e limpeza desses locais, além do reflexo da saúde da comunidade”, afirmou Sérgio Martins. Notificações Nessa primeira ação, 15 empreendimentos foram notificados pelo Ipaam por falta de regularização ambiental. Os agentes realizaram trabalho de orientação para que os proprietários de flutuantes procurem a regularização de seus empreendimentos. “A educação ambiental é o primeiro passo para desenvolvermos uma grande ação de regulamentação na região, envolvendo outros órgãos como a Capitania dos Portos, a Prefeitura Municipal e o próprio estado por meio do Ipaam”, finalizou Juliano Valente. A articulação com as demais instituições tem sido realizada por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). O titular da pasta, secretário Eduardo Taveira, destaca a importância do trabalho interinstitucional na conservação da bacia do Tarumã-Açu. “Essas ações estão ligadas ao planejamento em conjunto dos órgãos ambientais do Estado para garantir um melhor ordenamento do Tarumã, para evitar que no futuro possamos perder a balneabilidade de uma das principais áreas de lazer do manauara”, ressaltou.

Consórcio de bactérias da Embrapa pode aumentar em 30% produtividade do arroz

Pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (RS) desenvolveram um consórcio de bactérias capaz de promover a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em arroz, técnica usada em leguminosas para disponibilizar à planta o nutriente presente na atmosfera. Os pesquisadores realizaram experimentos onde o inoculante (bactérias que fazem bem às lavouras) foi capaz de aumentar em até 30% a produtividade do cereal. Com o resultado, os microrganismos estão aptos a se transformar em um novo bioinsumo para a cultura e os cientistas buscam parceiros para levá-lo ao mercado. Cultivando o BRS Pampa CL, junto com adubação nitrogenada de cobertura reduzida (90 kg de N por hectare) combinada com dois consórcios bacterianos, os resultados foram de uma alta na produtividade em quatro safras agrícolas. Os resultados obtidos comprovaram que a formulação de um inoculante turfoso tem eficiência agronômica na produtividade de grãos dessa cultivar. Segundo a Embrapa, o efeito da FBN também mostrou valores elevados de índice relativo de clorofila e maior acúmulo de nitrogênio nos grãos de arroz. A produção de massa seca da parte aérea foi 33% superior em relação ao cultivo feito sem nitrogênio e sem as bactérias de Fixação Biológica do Nitrogênio. Os cientistas testaram dois grupos de bactérias. O primeiro consórcio foi formado por uma espécie de Pseudomonas e duas de Bacillus sp. e resultou em produtividade média de grãos de arroz de 10.585 kg por hectare. O outro continha espécies de Bacillus, de Aeromicrobium e de Rhizobium apresentou produtividade média de grãos de arroz de 11.405 kg por hectare, equiparando-se à produtividade com uso da adubação completa recomendada para o arroz (11.204 Kg ha-¹). “Ficou demonstrada a funcionalidade do gênero Bacillus para aumentar o desempenho produtivo do arroz irrigado. Além disso, os consórcios bacterianos, com diferentes gêneros e espécies, agregam a multifuncionalidade para o benefício das plantas de arroz”, declara a  pesquisadora da Embrapa Maria Laura Turino Mattos, que conduziu a pesquisa e é responsável por uma coleção com cerca de 500 microrganismos isolados para o arroz irrigado no ambiente de terras baixas. Desafio Um dos desafios da Região Sul do País é aumentar a rentabilidade e a qualidade do arroz irrigado, cultivado em 1,3 milhão de hectares de terras baixas. E na orizicultura irrigada por inundação, segundo Mattos, a aplicação de fertilizantes químicos nitrogenados (FQN) é essencial para obter altas produtividades. Segundo a pesquisadora, o uso racional da adubação nitrogenada mineral é fundamental não somente para aumentar a eficiência de recuperação, mas também para elevar a produtividade das culturas e diminuir o custo de produção e os riscos de contaminação ambiental. “Na lavoura arrozeira, em áreas de terras baixas, apenas 50% do nitrogênio aplicado é integralmente aproveitado pela planta de arroz, e isso tem onerado muito o custo de cada hectare de lavoura. A baixa eficiência agronômica da adubação nitrogenada pode contribuir para o aumento das emissões de gases de efeito estufa”, explica. A cientista comenta que doses elevadas de nitrogênio na fase inicial do cultivo do arroz promove o crescimento excessivo das plantas, causando autossombreamento das folhas e aumentando a suscetibilidade a doenças fúngicas (principalmente à brusone) assim como o acamamento de plantas, que dificulta a colheita e, por consequência, reduz a produtividade e a qualidade dos grãos, além de aumentar os custos de produção. Outras estudos  Pesquisas anteriores com as bactérias endofíticas diazotróficas, que interagem positivamente com genótipos de arroz irrigado em terras baixas, apresentaram potencial de 20% a 30% de aumento na produção de arroz. Com esse resultado a equipe realizou um estudo de avaliação da eficiência agronômica de novas bactérias endofíticas diazotróficas para as condições edafoclimáticas de terras baixas no Rio Grande do Sul. O predomínio é a colonização na zona pilífera da raiz, iniciando na endoderme, espalhando-se pelo xilema e alcançando as partes aéreas, o que faz aumentar o desenvolvimento da planta e a produção de grãos de arroz”, observa Mattos. A Pesquisa As bactérias foram isoladas de folhas, colmos e raízes da cultivar de arroz irrigado BRS Taim e foram obtidas bactérias endofíticas diazotróficas de colmos da cultivar de arroz irrigado BRS Pelotas. Uma outra identificação da presença dessas bactérias foi feita nas cultivares de arroz irrigado BRS Querência, BRS Pampa e BRS Pampeira, todas da Embrapa. A cada safra, os tratamentos foram avaliados pela determinação da massa de grãos e componentes de produção, com registros da eficiência agronômica durante quatro safras agrícolas: 2015/2016, 2017/2018, 2018/2019 e 2019/2020 nas condições edafoclimáticas da Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS). “É uma pesquisa robusta, que leva anos para obter um microrganismo, sendo necessário para isso a identificação do potencial para uso na agricultura, a validação de eficiência no campo e a comprovação de que ele não é patogênico a homens e plantas, e que não irá impactar negativamente no ambiente”, explica a pesquisadora Maria Laura Mattos.

Lagoa em Manaus surpreende com cenário paradisíaco, conheça o lugar

Você já deve ter visto inúmeras vezes aquele filme “Lagoa Azul” que ficou marcado muito mais por seus cenários estonteantes do que a sua própria história. Você que pretende ou está “turistando” em Manaus pode se assustar com um lugar exótico que fica localizado Distrito Industrial, zona sul da capital. A Lagoa Azul Verde é um balneário rustico que atrai muitos olhares por sua beleza natural, essa é a melhor opção para quem deseja um lugar calmo, com uma boa comida, boas fotos e um banho de água gelada sem sair de Manaus. O local é de fácil acesso, e uma parte do ramal é asfaltado e alguns metros apenas você vai enfrentar uma estrada de barro, mas nada que vá trazer problemas para o seu passeio. O lugar cobra entrada de R$ 10,00, porém o estacionamento é gratuito, os pratos são bem em conta e os preços podem variar com o seu pedido, eles oferecem peixe, carne e frango chegando custar no máximo R$ 80,00 para 3 pessoas que comam bem. A grande dúvida que fica no ar “Porque a água é assim ?”. Não tenha medo, vamos te explicar, o lugar é repleto de argila branca e por ser uma lagoa (ela não fica em movimento) a água sofre um efeito fisiológico que acaba criando essa percepção. Esse efeito não é prejudicial ao ser humano, na realidade a água em si não sofre alteração alguma exceto o aspecto que vemos, inclusive algumas pessoas acreditam que essa transformação tem poderes mágicos deixando o individuo rejuvenescido, mas se isso é verdade você vai descobrir apenas indo ao local. Endereço: Distrito Industrial II, Ramal Vicinal 14.1 – entrando pela Avenidade Puraquequara Entrada: R$ 10 por pessoa.

Liberados recursos para projetos de educação ambiental

O Ministério do Meio Ambiente liberou mais de R$ 1,7 milhão em recursos para projetos de educação ambiental no estado do Acre e no município de Santos, em São Paulo. O objetivo das ações é oferecer capacitação em legislação ambiental junto a produtores rurais, bem como informar à população sobre a destinação correta do lixo. No Acre, técnicos e gestores municipais receberão treinamento para fortalecer o cumprimento das normas ambientais básicas e melhorar o atendimento e orientação aos produtores rurais. O projeto contribuirá para o desenvolvimento econômico das comunidades rurais do estado, que dependem de recursos e serviços florestais para gerar emprego e renda na região. No município de Santos, o projeto contempla oficinas e material pedagógico com o objetivo de sensibilizar as comunidades locais para o reaproveitamento de resíduos recicláveis. O descarte incorreto de resíduos e o desperdício de matéria-prima atingem diretamente a população, em especial comunidades de baixa renda. Em cidades costeiras, a destinação ambientalmente adequada do lixo merece cuidado especial, tendo em vista o problema do lixo no mar. O incentivo do ministério visa a minimizar os danos ao meio ambiente e melhorar a qualidade de vida das pessoas, gerando emprego e renda pelo reaproveitamento. Em conjunto, as ações buscam proteger o meio ambiente e a saúde das pessoas, e ainda contribuir para gerar emprego e renda de maneira sustentável nas regiões. Somadas, as populações beneficiadas direta e indiretamente ultrapassam 1,2 milhão de brasileiros. Combate ao Lixo no Mar No caso de Santos, o projeto tem sinergia com o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente em março de 2019. Entre os eixos de implementação do Plano, está o de educação ambiental, que busca gerar conhecimento e reflexão sobre as causas e soluções para o lixo que se acumula nos ambientes marinhos diariamente. Saiba mais sobre o Combate ao Lixo no Mar Com informações do Ministério do Meio Ambiente

Floresta+ recupera mata nativa em bacia hidrográfica na Bahia

O Ministério do Meio Ambiente direcionou recursos no âmbito do programa Floresta+ para a recuperação e conservação da vegetação em territórios de pequenos agricultores da Bacia Hidrográfica do Rio Jiquiriçá, na Bahia. Os recursos serão destinados para a aquisição de 10 kits que incluem materiais, insumos e ferramentas para a recuperação de áreas degradadas. Além disso, serão promovidas oficinas de capacitação para a recuperação de áreas degradadas. As ações serão destinadas aos agricultores familiares e comunidades da bacia. A bacia hidrográfica do Rio Jiquiriçá é a maior sub-bacia do Recôncavo Sul, com população total de 350 mil habitantes, e abrange 19 municípios. A proposta beneficiará diretamente os pequenos proprietários rurais e comunidades que tenham áreas a recuperar nos imóveis por meio da implantação e manejo de sistemas agroflorestais. A implantação de sistemas agroflorestais contribui para a recomposição da vegetação nativa, promovendo melhorias nas condições ambientais da região. A recuperação dessa vegetação amplia a capacidade de infiltração das águas pluviais no solo, reduzindo os efeitos da erosão. Programa Floresta+ O Floresta+ é um programa do Ministério do Meio Ambiente que visa a fomentar o mercado de serviços ambientais por meio do incentivo monetário ou não monetário como retribuição e incentivo àqueles que prestam atividades de conservação e recuperação em todos os biomas. Com informações do Ministério do Meio Ambiente

Usinas de reciclagem são inauguradas em Espírito Santo do Pinhal (SP)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, inaugurou nesta segunda-feira (14) duas unidades de triagem e reciclagem no município de Espírito Santo do Pinhal, em São Paulo. As unidades foram implantadas por meio de recursos liberados pelo Governo Federal, sendo mais de R$ 4 milhões para a aquisição de equipamentos e máquinas. As unidades implantadas são uma usina de triagem e reciclagem de resíduos recicláveis secos e uma usina de beneficiamento e reciclagem de resíduos da construção civil. A cidade gera e coleta 11.200 toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, sendo cerca de 365 toneladas anuais de recicláveis secos coletados seletivamente. O descarte inadequado desse lixo acarreta danos ao meio ambiente, trazendo inclusive impactos econômicos e de saúde pública aos locais afetados. A usina de triagem e reciclagem de resíduos sólidos urbanos provenientes da coleta seletiva tem capacidade de processamento de 50 t/hora e promoverá um incremento na quantidade e qualidade do material comercializado. A usina de beneficiamento e reciclagem de resíduos da construção civil atenderá a demanda do município, que gera cerca de 8.300 toneladas de resíduos por ano, e poderá atender aos municípios do entorno, pois tem capacidade de 50 m³ por hora. Com informações do Ministério do Meio Ambiente

Fiscalização identifica 2,3 toneladas de agrotóxicos irregulares

Cerca de 2,3 toneladas de agrotóxicos armazenados de maneira irregular foram identificadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em fiscalização ambiental contra o contrabando e o uso de agrotóxicos ilegais em propriedades rurais na região dos municípios de Aparecida do Rio Negro e de Pedro Afonso, no Tocantins (TO). De 16 a 27 de novembro, as ações, denominadas Rotina Qualidade Ambiental e Operação Ceres, encontraram as irregularidades em 12 das 16 propriedades fiscalizadas. Nelas, havia produtos vencidos há mais de seis meses, o que constitui infração pelo artigo 64 do Decreto nº 6514/2008. Também foi verificado o descarte de embalagens vazias dos produtos em desacordo com a norma, incluindo a queima e o aterro de recipientes. Ao todo, foram aplicados 17 Autos de Infração, somando o valor de R$ 426.589,00. Os produtores foram notificados a providenciar a destinação ambientalmente adequada dos produtos agrotóxicos vencidos, bem como das embalagens vazias. Tiveram participação nas ações a Agência de Defesa Agropecuária do estado do Tocantins (Adapec) e o Ministério Público estadual. Em 2019, em ação com o mesmo objetivo, mais de 2 toneladas de agrotóxicos vencidos foram detectados em propriedades da região de Formoso do Araguaia (TO) e Lagoa da Confusão (TO). Além disso, foi constatada a aplicação aérea irregular de produto com ingrediente ativo Paraquat. Proteção ambiental  O descarte de embalagens e o uso de agrotóxicos de maneira irregular podem causar contaminação do solo, do ar e de recursos hídricos, além de danos à saúde pública. Essas ações fazem parte do Plano Nacional de Proteção Ambiental (Pnapa) e do Plano Nacional de Fiscalização de Agrotóxicos do Ibama que, apesar do atual estado de emergência em saúde pública, continuam em curso.   Com informações do Ibama  

Programa Cidades+Verdes chega ao município paulista de Colômbia

Como parte do programa Cidades+Verdes, que busca ampliar em todo o país o número e a qualidade das áreas verdes urbanas, será criado o Parque do Mirante, em Colômbia, município de São Paulo. Nesta sexta-feira (11), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve na cidade e assinou um termo de convênio que libera recurso para a urbanização e a recuperação da área degradada conhecida como Mirante. O Parque do Mirante beneficiará diretamente cerca de 3 mil visitantes mensais. Também contribuirá para a proteção do Rio Grande, margeado pela área, onde estão importantes reservatórios de água do sistema Sudeste/Centro-Oeste. “Esse Parque do Mirante certamente se tornará um polo de turismo e de encontro das pessoas e lembrará que o meio ambiente convive bem aqui nesse local, como deve conviver em outros lugares, com o desenvolvimento econômico e imobiliário, com a prosperidade da cidade”, ressaltou Ricardo Salles. “O desenvolvimento sustentável planejado é aliado da defesa ambiental”, completou. O projeto terá R$ 250 mil em recursos de emenda parlamentar e será dividido em fases da recuperação e plantio da vegetação até a instalação de equipamentos. Cidades + Verdes O Programa Nacional para Áreas Verdes Urbanas Cidades+Verdes foi lançado em setembro deste ano. A ideia é ampliar os espaços verdes dentro das áreas urbanas trazendo não só benefícios sociais, mas também ganhos ambientais e econômicos como a prevenção das enchentes, a regulação dos microclimas, passando pela valorização da biodiversidade e das paisagens das cidades. Segundo Salles, a agenda ambiental urbana é um tema de importância fundamental, uma vez que é nas cidades que vivem cerca de 80% dos brasileiros. “Um país onde 100 milhões de pessoas não têm coleta e tratamento de esgoto, 35 milhões não têm sequer água tratada para beber, municípios convivem diariamente com os lixões.” Cadastro Ambiental Urbano O programa Cidades+Verdes prevê a gestão dos espaços verdes por meio do Cadastro Ambiental Urbano (CAU), um aplicativo com informações de cada área verde urbana cadastrada nas cidades para incentivar o uso desses espaços pela população. Pelo aplicativo, os usuários podem avaliar as áreas verdes e usar a função alerta, que permite ao cidadão enviar um aviso para o gestor municipal pedindo melhorias e soluções para problemas encontrados nas áreas verdes da cidade. Os alertas chegam ao gestor em tempo real. O CAU conta com uma ferramenta intuitiva para delimitar os espaços verdes do município e categorizá-los, por exemplo, como praças, parques e hortas urbanas. O aplicativo está disponível nas modalidades cidadão e gestor. Saiba mais sobre o cadastro e como acessar

Mais um lixão fechado em Minas Gerais

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, inaugurou uma Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) e participou do encerramento de lixão no município de Francisco Dumont (MG). O lixão é um dos 15 encerrados no norte do estado. A região gera mais de 300 mil toneladas de resíduos sólidos por ano, e o descarte inadequado acarreta diversos danos ao meio ambiente, trazendo inclusive impactos econômicos e de saúde pública aos locais afetados. Além de poluir solo e água, os lixões causam a proliferação de vetores de doenças. Ao todo, o projeto alcançará mais de 60 municípios mineiros até 2021, beneficiando diretamente cerca de 1,2 milhão de brasileiros no norte do estado. A efetivação do projeto envolve 3 principais etapas: a instalação de UTCs com centrais de transbordo, possibilitando a recuperação de materiais recicláveis e orgânicos; o fornecimento de caminhões para coleta convencional e seletiva; e o encerramento dos lixões, com cercamento, nivelamento, drenagem e recuperação da vegetação. Programa Nacional de Recuperação de Áreas Contaminadas O evento celebrou também o lançamento do programa de Recuperação de Áreas Contaminadas, quarto eixo instituído da Agenda Ambiental Urbana. O objetivo do eixo é recuperar a qualidade ambiental urbana em regiões com contaminação por produtos químicos ou resíduos, habilitando-as para usos ambientalmente adequados. Conheça o programa Lixão Zero Conheça o programa de Recuperação de Áreas Contaminadas   Com informações do Ministério do Meio Ambiente