Entenda o que é artroplastia, cirurgia que Lula fará no quadril
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai passar por uma cirurgia no quadril nos próximos meses em razão de um quadro de artrose na cabeça do fêmur, um desgaste na cartilagem que reveste as articulações. O procedimento foi confirmado pelo próprio Lula em seu programa semanal Conversa com o Presidente. Ele disse que o problema é antigo, mas se queixou de piora da dor nos últimos tempos. Nesta quarta-feira (26), Lula foi submetido a uma denervação percutânea no quadril direito, numa tentativa de aliviar as dores até que a cirurgia aconteça, em outubro. O procedimento foi realizado no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, sem intercorrências. Ele deve cumprir agenda na residência oficial, o Palácio da Alvorada, até quinta-feira (27). Cirurgia De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), o quadril é uma articulação formada por um conjunto de ossos, músculos e ligamentos que unem a pelve (bacia) ao fêmur (coxa), possibilitando a sustentação de peso do corpo e garantindo um caminhar estável e harmônico. A cirurgia a que Lula será submetido, chamada artroplastia do quadril, substitui a articulação do quadril “doente” por uma articulação artificial, conhecida como prótese. A articulação desgastada é substituída por componentes metálicos e plásticos, compondo um novo quadril. Ainda segundo o Into, o procedimento deve proporcionar o alívio da dor provocada pela artrose; a correção de deformidades; e a recuperação do movimento da articulação, promovendo o retorno às atividades diárias e de locomoção, como sentar, andar, subir e descer escadas. Recuperação Após a cirurgia, o paciente pode precisar utilizar muletas ou um andador, além de realizar exercícios específicos de fisioterapia, a serem repetidos de hora em hora para que os movimentos do quadril sejam reformados. Ao andar, a orientação é que o paciente coloque primeiro o andador ou as muletas à frente; avance com a perna operada; apóie o peso do corpo nos braços; e, por último, leve a perna não operada. A quantidade de peso a ser colocada sobre a perna operada dependerá do tipo de cirurgia e será orientada pelo ortopedista e pelo fisioterapeuta. Cuidados No dia da alta hospitalar, é esperado que o paciente esteja sem dor, consiga andar com o auxílio de muletas ou de andador e que tenha consciência de todos os movimentos que não poderá realizar durante o período determinado pelo ortopedista. Seguindo os devidos cuidados, segundo o Into, o paciente deve retomar as atividades normais com independência e sem dor. Fonte
Rio de Janeiro monitora meningite meningocócica no norte do estado
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informou que foram confirmados quatro de meningite meningocócica em Campos dos Goytacazes, no norte do fluminense, em menos de um mês. Porém, a situação não é considerada surto da doença. Com isso, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, foi iniciado um monitoramento na região e adotadas medidas de reforço contra a doença, como a atualização do cartão de vacina nas creches e escolas dos pacientes infectados e ações nos quatro bairros que apresentaram os casos: Tocos, Jockey Club, Penha e Morro do Coco. De acordo com a SES-RJ, os quatro pacientes não estavam com o esquema vacinal contra a doença completo e foi iniciado o tratamento precoce com quimioprofilaxia das pessoas que tiveram contato próximo com eles, como forma de prevenção. Segundo informou a pasta, o secretário, Dr. Luizinho, afirmou que a resposta rápida ocorreu graças ao novo Centro de Inteligência em Saúde (CIS). “Esse é um trabalho de Vigilância e, graças ao nosso novo Centro de Inteligência em Saúde, tivemos uma análise rápida da Sala de Situação de Campos em diversos formatos, com gráficos, mapas, documentos técnicos e relatórios estratégicos para contribuir com as autoridades municipais e adotar as medidas necessárias”. A secretaria explica que as Salas de Situação são “espaços de inteligência em saúde, dotados de visão integral e intersetorial que, partindo da análise e da avaliação permanente da situação de saúde”. Doença A meningite é a inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas de meninges, e pode ser causado por agentes como vírus e bactérias. A meningite meningocócica, a mais frequente no Brasil, é causada pelos meningococos Neisseria meningitidis. Os sintomas iniciais são febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito e fotofobia. Sintomas mais específicos envolvem rigidez do pescoço e da nuca e manchas marrom-arroxeadas na pele. A doença é fatal entre 20% e 30% dos casos e deixa sequelas entre 10% e 20% dos pacientes recuperados, como surdez, amputação de membros ou comprometimentos neurológicos. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. De acordo com a SES-RJ, o estado registrou este ano 26 casos e 5 óbitos provocados pela meningite meningocócica. Fonte
Fiocruz desenvolve kit que detecta sangue infectado com malária
O kit NAT Plus, desenvolvido e produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), cuja implantação foi iniciada em novembro de 2022, detectou no hemocentro do Rio de Janeiro, nesta semana, uma bolsa de sangue infectada com malária. Desde dezembro de 2022, quando o produto começou a ser implantado na hemorrede brasileira, já foram encontradas 12 bolsas de sangue infectadas pelo patógeno, sendo 6 delas na Região Norte, 2 no Nordeste e 4 no Sudeste, todas do Rio de Janeiro, área considerada não endêmica. Como cada bolsa pode alcançar até 4 pessoas, a descoberta pode ter impedido que 48 receptores de sangue tenham sido infectados. O kit NAT Plus, que já testou mais de 500 mil bolsas de sangue desde a implantação, também detecta HIV, hepatite B e hepatite C, o que, segundo a Fiocruz, traz mais segurança às transfusões de sangue e permite a redução de 12 meses para 1 mês do período de impedimento à doação de sangue de pessoas que estiveram em áreas endêmicas para malária. Além disso, o uso também é indicado para amostras de doadores de órgãos ou doadores falecidos em parada cardiorrespiratória, ampliando a proteção em transplantes. O diferencial do produto, em relação a kits da rede privada, é que somente ele tem sensibilidade ao alvo malária, o que, segundo a especialista científica em Diagnóstico Molecular de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patricia Alvarez, é muito importante, sobretudo porque os casos encontrados no Rio de Janeiro eram assintomáticos. “O ganho é maior, pois não se tem implementado os testes para malária em áreas não endêmicas, então muitas vezes a doença está naquela região sem que se saiba de sua circulação”, disse, em nota. Ela explica que fora das regiões consideradas endêmicas, por não haver a testagem de rotina, o doador de sangue pode ser considerado apto, mesmo infectado. “Às vezes acontece de se ter uma infecção que não é detectada por teste da gota espessa, TR ou anamnese, e o diagnóstico molecular vem somar a todas essas ações para que o receptor tenha a segurança necessária”, afirmou a pesquisadora. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destacou que, com a detecção do alvo malária, o kit NAT Plus ofertado pelo Sistema Único de Saúde é o mais completo e seguro que pode ser encontrado no mercado atualmente. “Estamos trazendo mais uma inovação para o SUS. O NAT Plus está acompanhando as novas tendências no diagnóstico molecular e trazendo para os bancos de sangue uma tecnologia de ponta que aumenta a segurança transfusional. Além disso, a tecnologia utilizada no kit NAT Plus ainda abre a possibilidade de incorporação de novos alvos no futuro, de acordo com a demanda do Ministério da Saúde”, explicou. O kit NAT A primeira geração do kit NAT brasileiro é oferecida desde 2011, detectando HIV, hepatite B e hepatite C. A implantação do NAT Plus está prevista ser concluída até 2024, com a disponibilização do kit e da plataforma de equipamentos nos 14 hemocentros públicos do Brasil. Fonte
Anvisa dá registro definitivo para vacina bivalente contra covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (24), o registro definitivo da vacina Comirnaty bivalente contra a covid-19 da Pfizer. O imunizante está indicado para a prevenção da covid-19 e pode ser utilizada por pessoas a partir de 5 anos de idade. A indicação é que o uso seja apenas como dose de reforço, ou seja, só pode ser aplicada em quem já se vacinou contra a doença, com aplicação pelo menos três meses após a última dose tomada. A vacina já estava sendo utilizada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) de forma emergencial. Antes do registro definitivo, o produto era usado como dose de reforço para o público acima de 12 anos de idade com comorbidades e para maiores de 18 anos. Bivalente De acordo com a Anvisa, vacinas bivalentes dão maior proteção contra a doença, pois contêm uma mistura de cepas do vírus Sars-CoV-2. A Comirnaty bivalente é elaborada com a variante original, que é a cepa Wuhan, somada a uma variante de circulação mais recente, a cepa Ômicron. No cenário internacional de regulação, a Comirnaty bivalente já tem uso autorizado pela Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA) e pela agência reguladora dos Estados Unidos (Food and Drug Administration – FDA). Ouça na Radioagência Nacional: Fonte
Cremerj aponta que a cada 3 dias um médico é agredido no estado do Rio
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) divulgou um levantamento nesta segunda-feira (24) apontando que, a cada três dias, um médico sofre algum tipo de agressão durante a atividade profissional no estado. Os dados são do Portal da Defesa Médica, lançado pelo Cremerj em novembro de 2018, com a finalidade de agir com rapidez em casos mais graves, como de agressão e de exercício ilegal da medicina. Com relação aos casos de violência durante a atividade profissional, o Portal da Defesa Médica contabilizou, entre dezembro de 2018 e junho deste ano, 546 ocorrências de médicos que sofreram algum tipo de agressão, seja ela física ou verbal. A situação nas unidades públicas é a mais complicada. Do total de casos contabilizados, 67% aconteceram nessa rede. O documento aponta que 75 médicos foram agredidos fisicamente no ambiente de trabalho, de dezembro de 2018 a junho de 2023. O caso mais recente aconteceu com a médica Sandra Bouyer, que levou socos e pontapés durante o plantão no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá, na zona norte da capital, no dia 16 deste mês. Enquanto Sandra estava sendo agredida, uma paciente, de 82 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não pôde ser socorrida pela médica. A paciente foi a óbito. Já Sandra precisou levar pontos na boca e teve escoriações pelo corpo. Médicas, as principais vítimas A maioria das agressões registradas pelo Cremerj ocorreu contra mulheres – em torno de 61% dos casos. Somente este ano, de janeiro a junho, 62,5% dos episódios envolveram médicas. “Os números são preocupantes. É inadmissível que um médico seja agredido durante o seu exercício profissional. O que vimos nesta semana, quando uma médica foi covardemente agredida, infelizmente não foi pontual. Por isso, estamos buscando meios para aumentar a segurança para os médicos em seu ambiente de trabalho”, afirma o presidente do Cremerj, Guilherme Nadais. O Cremerj vem atuando para garantir segurança para os médicos no ambiente de trabalho. Com o Portal da Defesa Médica, o conselho oferece aos profissionais que registram a violência sofrida em sua plataforma orientação sobre como proceder nessas situações. Em junho, o Cremerj aprovou uma resolução que determina que todas as unidades de saúde do estado do Rio de Janeiro forneçam segurança para garantir a integridade física dos médicos e demais profissionais que atuam nesses estabelecimentos. A normativa também torna compulsória a notificação ao conselho sobre a ocorrência de violência contra médicos dentro desses estabelecimentos e indica também que seja oferecido apoio administrativo e psicológico à vítima. Fonte
Novo remédio para hepatite C poderá baixar custo do tratamento no SUS
O novo medicamento ravidasvir, utilizado em combinação com sofosbuvir, que o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) detém o registro, poderá reduzir em até 20% o custo do tratamento de hepatite C pelo Sistema Único de Saúde (SUS), hoje entre R$ 6,2 mil e R$ 6,5 mil por paciente. A estimativa é feita pelo diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça. Por intermédio de Farmanguinhos, a Fiocruz assinou nessa semana acordo de parceria para registro do ravidasvir na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A parceria técnica e científica foi firmada com a organização não governamental (ONG) Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) e a farmacêutica egípcia Pharco Pharmaceuticals. À Agência Brasil, Jorge Mendonça detalhou que a farmacêutica egípcia Pharco fez testes, em conjunto com a DNDi, para mostrar a efetividade do ravidasvir, juntamente com o sofosbuvir, nas populações da Tailândia e da Malásia. Foi registrado percentual de cura, na média, de 97%. “Uma média bastante alta, comparada com padrões mais modernos utilizados para tratamento efetivo da hepatite C”. A hepatite C é uma inflamação do fígado provocada pelo vírus HCV que, quando crônica, pode levar à cirrose, à insuficiência hepática e ao câncer. Etapas Após a assinatura do acordo, Mendonça explicou que a próxima etapa será submeter o medicamento para aprovação na Anvisa. Em seguida, esperar o registro ser publicado pela Agência para, posteriormente, fornecê-lo ao Ministério da Saúde para tratamento da hepatite C, em conjunto com o sofosbuvir. Jorge Mendonça estima que esse é um processo longo, que deverá levar entre um ano a um ano e meio. “Contudo, a gente entende que quanto mais ofertas para o tratamento da hepatite C estiverem disponíveis no SUS, a gente traz mais possibilidades para os médicos e mais possibilidades para os pacientes usarem medicamentos que são de primeira linha e que podem trazer mais conforto e mais adesão ao tratamento por parte desses pacientes”, manifestou o diretor de Farmanguinhos. Além do sofosbuvir, Farmanguinhos já detém o registro do antiviral daclatasvir, o que reforça o papel do Instituto como apoiador do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis) e promotor da independência nacional no tratamento da hepatite C. “Durante muito tempo, não havia muitas opções de tratamento eficazes para a hepatite C. Agora, porém, com os medicamentos desenvolvidos por Farmanguinhos, já há chances de cura”, diz Mendonça. “Hoje em dia, é um tratamento, em média, de 12 semanas, com taxa de cura efetiva acima de 95%”. O diretor analisou que com o registro do Ravidasvir, não haverá aumento da taxa de cura. “Mas a gente pode, no futuro, que é um dos objetivos da transferência do Ravidasvir também, reduzir o custo do tratamento para o SUS e, com isso, a chance de aumentar o acesso das populações atualmente não atendidas também se torna mais sustentável pelo SUS”. O principal objetivo do registro do Favidasvir é que a Fiocruz consiga contribuir para a sustentabilidade orçamentária desse programa de tratamento das hepatites virais pelo SUS, que é bastante custoso para o Ministério da Saúde, argumentou Jorge Mendonça. Busca ativa Segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pelo Ministério da Saúde em junho de 2022, foram confirmados 718.651 casos de hepatites virais no Brasil registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no período de 2000 a 2021. Desse total, 168.175 (23,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) aos de hepatite D. Como se desconhecem os casos ocorridos durante a pandemia da covid-19, Jorge Mendonça disse que o próximo passo que os programas de hepatites virais do mundo vão dar é chamado de “busca ativa”. Ou seja, em vez de ficar esperando o paciente vir em busca de tratamento, serão feitas testagens em massa para tratar esses pacientes, já que a hepatite C, nos primeiros momentos e até nos primeiros anos da doença, não traz sintomas. A ideia é buscar esses indivíduos e tratar logo antes que a hepatite C fique crônica nele. “Isso é fundamental para efetividade do tratamento e para a saúde do paciente”, conclui Mendonça. Fonte
Rio de Janeiro cria programa de descoberta precoce do autismo
A rede pública de Saúde do Rio de Janeiro terá um Programa Municipal de Descoberta de Sinais Precoces de Autismo. É o que determina a lei, sancionada nesta sexta-feira (21) pelo prefeito Eduardo Paes. Segundo a norma, deverá ser aplicado o teste escala M-chat em crianças entre 1 ano 4 meses e de 2 anos e meio de idade, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria. A implementação da lei vai auxiliar na eficácia do tratamento e na coleta de dados para estatísticas futuras sobre o panorama do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na cidade. De acordo com o vereador Paulo Pinheiro (PSOL), que é médico e um dos autores da lei, “uma vez criado, as crianças poderão ter um acompanhamento mais individualizado, de forma a possibilitar uma maior velocidade na procura de profissionais especializados, bem como o acompanhamento do Conselho Tutelar às demandas necessárias em caso de confirmação de diagnóstico”, explicou. A norma ainda prevê que, no momento da realização do teste, os responsáveis deverão ser informados sobre a importância de uma possível identificação do TEA, de forma precoce, bem como da pontuação que caracteriza o grau baixo, médio ou alto de probabilidade de identificação do autismo, sendo risco baixo zero a 2; risco moderado, 3 a 7 e risco elevado 8 a 20, conforme classificação da escala M-Chat. A lei, sancionada de forma parcial, cria o Programa Municipal de Fomento e Difusão do Brincar. De autoria da vereadora Thais Ferreira (Psol), o programa tem como finalidade coordenar e desenvolver atividades orientadas ao brincar, valorizando sua função social para o pleno desenvolvimento das infâncias, bem como sua promoção como instrumento cultural de inclusão, trabalho e produção da dignidade das crianças e dos fazedores do brincar. Os vetos do prefeito Eduardo Paes voltarão ao Legislativo municipal para serem analisados pelos vereadores em sessão plenária. Fonte
Primeiro transplantado renal da rede pública do Amazonas deixa hospital sob aplausos: ‘Vida nova’
– 21 de julho de 2023 foto: Arthur Castro/Secom Pela primeira vez, uma unidade de saúde do Governo do Amazonas utilizou o sinal “Atenção, código esmeralda!”, que indica a alta de um paciente transplantado renal. Na quinta-feira (20), sob aplausos, Luciano Lopes, 35, primeiro paciente a receber um transplante renal no Estado, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), deixou o Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, onde o procedimento foi realizado no dia 5 de julho. https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-1636912675323951&output=html&h=356&slotname=9378017130&adk=2723484340&adf=3690712477&pi=t.ma~as.9378017130&w=428&lmt=1689962109&rafmt=1&armr=1&format=428×356&url=https%3A%2F%2Fportalmanausalerta.com.br%2Fprimeiro-transplantado-renal-da-rede-publica-do-amazonas-deixa-hospital-sob-aplausos-vida-nova%2F&fwr=1&rs=1&rh=250&rw=300&rpe=1&resp_fmts=3&sfro=1&wgl=1&dt=1689962109455&bpp=6&bdt=6204&idt=6&shv=r20230719&mjsv=m202307180101&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3D4280ef40325acb1b-22a920ce4e800004%3AT%3D1689962101%3ART%3D1689962106%3AS%3DALNI_MZNqcAI9nWP_Ri01buTMlvyYl7r6Q&gpic=UID%3D000009f8e21033b1%3AT%3D1689962101%3ART%3D1689962101%3AS%3DALNI_MYvRyopkLQMys5qojGZvlyLvYiwRg&prev_fmts=0x0%2C428x356%2C428x738&nras=2&correlator=8325042345666&frm=20&pv=1&ga_vid=1792174479.1689962101&ga_sid=1689962104&ga_hid=1298765269&ga_fc=1&u_tz=-240&u_his=7&u_h=926&u_w=428&u_ah=926&u_aw=428&u_cd=32&u_sd=3&adx=0&ady=1485&biw=428&bih=738&scr_x=0&scr_y=575&eid=44759876%2C44759927%2C44759837%2C31076090%2C31076251%2C44788441%2C44789816%2C44797784&oid=2&pvsid=4448228474207899&tmod=205714665&nvt=1&ref=https%3A%2F%2Fportalmanausalerta.com.br%2F&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C428%2C0%2C428%2C926%2C428%2C827&vis=1&rsz=%7C%7CoeEbr%7C&abl=CS&pfx=0&fu=128&bc=31&ifi=7&uci=a!7&btvi=2&fsb=1&xpc=YO0diC6V6s&p=https%3A//portalmanausalerta.com.br&dtd=12 Já recuperado, Luciano, que recebeu a doação do rim do próprio pai, fez questão de agradecer a toda a equipe que o acompanhou. “O tratamento que eu recebi aqui no hospital foi ótimo. Médicos, enfermeiros, técnicos, a equipe toda, só tenho a agradecer”, disse o primeiro transplantado renal do Estado. Duas semanas após o sucesso da cirurgia, o doador, Antônio Silva, 55, falou sobre a emoção de ver o filho, finalmente, receber alta. “Daqui para frente, é vida nova, tudo novo. Vai ser muito bom sair com ele, se divertir. Antes, não era possível fazer uma viagem, porque ele precisava ir um dia sim e um dia não para fazer a hemodiálise, mas agora a vida dele vai mudar totalmente”, falou o pai, que recebeu alta cinco dias após a doação. O médico Marcelo Perosa, coordenador cirúrgico do Hepato do projeto Transplante Sem Fronteiras (TSF), foi o responsável pelo procedimento e pelo acompanhamento da recuperação do paciente transplantado. Ele destacou o sucesso da cirurgia e explicou o que vai mudar na rotina do paciente daqui para frente. “A cirurgia foi um sucesso, ele teve alta com pleno funcionamento do rim, livre da diálise. A partir de agora, como todo transplantado, ele vai precisar fazer acompanhamento frequente e tomar imunossupressores, medicações que evitam a rejeição. No entanto, ele vai ter uma vida infinitamente melhor do que antes”, ressaltou o médico. Procedimento cirúrgico O transplante renal é um tratamento para pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica, estando o doente em diálise ou mesmo em fase pré-dialítica. As consultas com os pacientes de transplante para avaliação pré-transplante iniciaram, em abril, após estabelecimento de critérios para o agendamento via complexo regulador. O ambulatório projetado exclusivamente no Hospital Delphina Aziz para pacientes transplantados foi inaugurado em dezembro de 2022. O atendimento iniciou por pessoas que já realizaram os procedimentos em outros estados, que antes eram acompanhados por outra unidade de saúde. Atualmente, o Amazonas tem cerca de mil pacientes em diálise e cerca de 700 pacientes inscritos em outros estados que, a partir de agora, poderão realizar os procedimentos em seu próprio estado.
Pesquisa diz que alimentos na mesa não refletem biodiversidade
O Brasil tem 20% da biodiversidade do mundo. No entanto, isso não se reflete nos alimentos que estão na mesa da população. De acordo com estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (USP), a quantidade de alimentos com origem na biodiversidade local adquirida pelos brasileiros foi considerada baixa. A valorização e a expansão da monocultura em detrimento de pequenos agricultores é um dos elementos que explicam esse resultado. O artigo que traz os resultados aponta que eles “são insatisfatórios e abaixo do que se espera de um território biodiverso e de um sistema alimentar que é destaque mundial. É necessário um maior comprometimento para a promoção de ações que fortaleçam o consumo desses alimentos entre brasileiros”. “O estudo tem como objetivo descrever a disponibilidade de alimentos nativos de cada estado do Brasil [para a população]. Consideramos frutas, legumes e verduras da biodiversidade. E o que a gente observou é que a disponibilidade desses alimentos é bem baixa”, disse Anderson Lucas, um dos autores do artigo. Baixo consumo Para ele, o consumo de frutas, legumes e verduras no Brasil já é baixo, mas, observando pela alimentação com itens da biodiversidade local, identificou-se uma quantidade menor ainda. “Isso se dá principalmente pela mudança do sistema alimentar global que favorece o cultivo de commodities, como milho e soja, que são base de alimentos ultraprocessados,” salientou. Lucas afirmou que sempre houve uma baixa aquisição de alimentos nativos no Brasil, mas, com a expansão da monocultura nos últimos anos, essa disponibilidade de alimentos da biodiversidade está caindo ainda mais. A disponibilidade total (gramas/per capita/dia) de alimentos correspondeu a uma média de 1.092 gramas. A média da disponibilidade de frutas, legumes e verduras no país é de 108,67g/per capita/dia, sendo que apenas 7,09g corresponde à parcela de alimentos de origem da biodiversidade local. Como biodiversidade local, os pesquisadores consideraram alimentos nativos do estado em que vive aquela pessoa. Os dados se referem a 38 alimentos nativos. Foi utilizada uma amostra com dados de aquisição de alimentos de 57.920 domicílios, coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017 a 2018. Separadamente, o grupo das frutas corresponde a 56,7gramas/per capita/dia, sendo que apenas 5,89g é a parcela de itens da biodiversidade local. No caso das verduras e legumes, são 51,97gramas/per capita/dia, sendo que 1,20g são alimentos nativos. Por biomas, a caatinga apresentou a maior disponibilidade de frutas nativas na aquisição pela população (4,20g/per capita/dia), enquanto para legumes e verduras, a Amazônia se destacou (1,52g/per capita/dia). “Isso faz mal não só para a saúde do planeta como também da população, através de impactos ambientais, além de não valorizar a agricultura sustentável, só valorizar agricultura por meio monótono, que é utilizando muitos agrotóxicos e venenos. E também como isso prejudica as culturas tradicionais no Brasil, porque esse tipo de alimento que estamos destacando faz parte de algumas comunidades de povos indígenas, além de agregarem também para agricultura familiar”, explicou. O pesquisador sustentou que, sobre o consumo de frutas, legumes e verduras, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda quatrocentas gramas diárias desses alimentos em cinco ou mais dias da semana. Soluções Para o pesquisador, o primeiro ponto para uma mudança nessa realidade seria considerar a sazonalidade dos alimentos, valorizando aqueles cultivados em ambientes naturais e não em ambientes controlados, com uso de agrotóxico e fertilizantes, que, artificialmente, levam ao maior rendimento daquela cultura. Ele acrescentou que é preciso repassar tais alimentos com preço justo para a população. “Para isso, a gente tem que incentivar o cultivo desses alimentos, então é preciso criar feiras, espaço de troca de conhecimentos e dar apoio técnico aos agricultores e às comunidades que plantam e colhem alimentos da biodiversidade. A gente observou que alguns alimentos precisam de um trabalho muito manual para extração, por exemplo, o coco babaçu, que necessita ser quebrado para tirar a castanha que tem dentro dele para fazer leite da castanha de babaçu, além de farinhas e outras coisas”, disse. Em relação a introduzir os alimentos nativos na dieta da população, ele citou a possibilidade de inclusão na alimentação escolar, principalmente por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar, que adquire alimentos da agricultura familiar. “Colocar esses alimentos na alimentação escolar e [introduzir] o debate sobre alimentação nas escolas para ensinar as crianças desde cedo a escolher e consumir os alimentos nativos, além de identificar quais alimentos são nativos de cada região e começar um questionamento sobre a origem dos alimentos”, sugeriu. Origem esquecida Ele acrescentou que, por conta dos alimentos ultraprocessados, as pessoas acabam esquecendo a origem dos alimentos e que muitos não conhecem como é o alimento in natura, só sabem como é o pacote após ser processado. Nas cidades, há ainda maior distanciamento entre produção e população. “[É preciso] reaproximar a população através da produção dos alimentos, então a gente observa que a população agora vive em grande maioria na área urbana, então incentivar por meio de hortas comunitárias seria um bom exemplo para aumentar a disponibilidade desses alimentos nas áreas urbanas”, finalizou. Fonte
Cobertura vacinal de crianças aumenta após queda durante pandemia
Depois da queda na cobertura vacinal causada pela pandemia de covid-19 em todo o mundo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que este cenário começou a melhorar. Em 2022, 4 milhões a mais de crianças foram atendidas pelos serviços de imunização em comparação com 2021. Dados da OMS e do Unicef mostram que os países intensificaram os esforços para enfrentar o retrocesso na imunização causado pela pandemia de covid-19. De acordo com a pesquisa, 20,5 milhões de crianças deixaram de receber uma ou mais vacinas nos serviços de imunização de rotina em 2022, uma melhora em comparação com os 24 milhões de crianças que não foram imunizadas em 2021. Apesar disso, o número permanece maior do que os 18 milhões de crianças que ficaram de fora do esquema vacinal em 2019, antes da pandemia. Sarampo A falta de vacinação contra o sarampo – umas das doenças mais infecciosas – está colocando mais 35,2 milhões de crianças em risco de infecção. A cobertura da primeira dose da vacina contra o sarampo aumentou para 83% em 2022, em comparação com 81% em 2021, mas permaneceu abaixo dos 86% alcançados em 2019. Como resultado, no ano passado, 21,9 milhões de crianças não receberam a vacinação rotineira contra o sarampo em seu primeiro ano de vida – 2,7 milhões a mais do que em 2019 -, enquanto outras 13,3 milhões não receberam a segunda dose, colocando crianças em comunidades com baixa cobertura vacinal em risco de surtos. A imunologista Cláudia Valente alerta que a situação é preocupante. ”Já tivemos o certificado de eliminação do sarampo, mas perdemos”, relembra. “ O sarampo ele complica e leva uma criança menor de um ano a óbito. Podem acontecer complicações como a encefalite, o comprometimento do sistema nervoso central, do cérebro, e a criança se complicar”, completou, ressaltando que a vacina pode evitar estes quadros. .Durante a pandemia de covid-19, muitos pais deixaram de vacinar seus filhos. Agora devem correr atrás do atraso. A enfermeira Priscila Avelino da Silva conta que muitos estão levando as crianças para atualizar a carteira de vacinação. “É importante os pais lembrarem que os bebês precisam estar protegidos e que eles venham vacinar. Os postos estão abertos a semana toda e tem muitos postos no DF abrindo aos sábados, com vacinas de rotina”. A empresária Carolina Costa levou o filho ao posto de saúde para atualizar a imunização antes do início das aulas. ”Como ele está na escola, queremos deixá-lo imunizado principalmente contra essas doencinhas da sala de aula” Américas Seguindo a tendência mundial, em 2022, os países e territórios das Américas conseguiram interromper o declínio na cobertura de vacinação que a região vinha registrando. A imunização com a primeira dose da vacina que protege as crianças contra difteria, tétano e coqueluche atingiu 90%, em comparação com 86% em 2021. Todas as outras vacinas, que protegem contra doenças como a poliomielite, o papilomavírus humano e o rotavírus, melhoraram a cobertura, com exceção da primeira dose da vacina contra o sarampo, que caiu de 85% em 2021 para 84% em 2022. Embora os países também tenham conseguido reduzir o número de crianças que não receberam uma única dose de vacina aos níveis pré-pandêmicos (1,3 milhão), esse número continua alto, deixando 1 em cada 10 crianças da região desprotegidas contra uma série de doenças perigosas. Enquanto isso, 2,3 milhões de crianças não completaram seu cronograma de vacinação, embora o número seja o menor desde 2019. Assista na TV Brasil: Fonte
Anvisa proíbe importação de cannabis in natura e partes da planta
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não concederá, a partir desta quinta-feira (20), novas autorizações nem comprovantes de cadastro autorizando a importação da planta cannabis in natura, partes da planta ou flores. A planta é popularmente conhecida como Maconha. A decisão consta de uma nota técnica publicada na quarta-feira (19). De acordo com a Anvisa, a regulamentação atual dos produtos de cannabis no Brasil “não inclui a permissão de uso de partes da planta, mesmo após o processo de estabilização e secagem ou nas formas rasuradas, trituradas ou pulverizadas”. Com isso, a importação de cannabis in natura, flores ou partes da planta fica proibida, sob a justificativa de que, segundo a Anvisa, há “alto grau de risco de desvio para fins ilícitos”, uma vez que o princípio ativo da maconha é concentrado em suas flores. A nota cita, também, o fato de o Brasil ser signatário de tratados internacionais de controle de drogas. A Anvisa informa que haverá um período de transição de 60 dias para conclusão das importações em curso. “Já as autorizações já emitidas para importação de Cannabis in natura, partes da planta e flores terão validade até o dia 20 de setembro deste ano”, esclarece a Anvisa. A agência esclarece que os produtos derivados de cannabis previstos na Nota Técnica 35/2023, para uso medicinal mediante prescrição, continuam autorizados. Fonte
Governo vai pagar bônus de desempenho para equipes de saúde bucal
Uma portaria do Ministério da Saúde, publicada nesta terça-feira (18) no Diário Oficial da União (DOU), instituiu o pagamento por desempenho na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) para as equipes que fazem atendimentos bucais em todo o país. Com isso, municípios e Distrito Federal receberão, todo mês, um adicional com base em resultados obtidos a partir do monitoramento de 12 indicadores, além do custeio mensal regular. Segundo a pasta, a mudança vai incrementar em R$ 1 bilhão o financiamento federal das equipes de Saúde Bucal (eSB) em 2023 e 2024. “É um incentivo para melhorar a oferta dos serviços existentes e, principalmente, reconhecer o bom trabalho desenvolvido pelas equipes de saúde bucal”, afirma a coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Doralice Severo Cruz. O pagamento por desempenho será aplicado às eSB das modalidades I e II, de 40 horas semanais, vinculadas às equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e cofinanciadas pelo Ministério da Saúde. A modalidade I é a equipe formada por dois profissionais, sendo um cirurgião-dentista e um auxiliar ou técnico em saúde bucal. Já a modalidade II é composta por três servidores públicos, sendo um cirurgião-dentista, além de um técnico e um auxiliar. O adicional será de até R$ 2.449 (modalidade 1) e R$ 3.267 (modalidade 2) mensalmente por equipe. Os indicadores envolvem realização de atendimentos diversos, incluindo proporção de crianças e gestantes atendidas, e realização de procedimentos preventivos e de reparação dental. As metas e parâmetros dos indicadores estão em desenvolvimento e serão publicados em nota técnica pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Em 2023, durante o período de adaptação, entre julho e agosto, será pago o valor fixo de R$ 900 mensais para municípios e o DF utilizarem com as equipes de saúde bucal. De setembro a dezembro, o pagamento será feito a partir dos resultados de julho e agosto, sendo que fica garantido o valor mínimo de R$ 900 a todas as equipes. A partir de janeiro de 2024, os valores passarão a ser calculados, exclusivamente, de acordo com o alcance dos resultados dos quatro meses anteriores. O Ministério da Saúde disponibilizará, também, um painel para monitoramento e avaliação no portal da pasta e, até que ele esteja em funcionamento, os indicadores serão considerados integralmente cumpridos. Fonte
Governo dobrará número de atendimentos a pacientes com hepatite B
O Ministério da Saúde vai ampliar e simplificar o diagnóstico e tratamento de hepatite B no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a pasta, a expectativa é “mais do que dobrar” o número de pessoas em tratamento, a partir da adoção de novas diretrizes. “Atualmente, 41 mil pessoas têm acesso aos medicamentos, e esse número pode chegar a 100 mil”, informou nesta quarta-feira (19) a pasta da Saúde, referindo-se às mudanças que terão por base “evidências científicas mais atuais”. Estão também previstas ações preventivas como vacinações contra hepatites A e B e a expansão do acesso a diagnóstico e tratamento contra os tipos B e C. Se tudo der certo, o governo pretende eliminar a ocorrência dessas doenças até o ano de 2030. “Nos últimos anos, houve diminuição na prevenção, com redução de entrega de seringas, que são fundamentais nesse processo”, disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ao anunciar a retomada das ações preventivas e o compromisso do governo em eliminar 14 doenças determinadas socialmente nos próximos sete anos – entre as quais, as hepatites virais. Segundo nota do ministério, no caso das hepatites B e C, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas, tratar 80% das que forem diagnosticadas e reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade. De acordo com a pasta, estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C no Brasil, mas ainda sem diagnóstico e tratamento. Ainda segundo o ministério, até 2022, cerca de 150 mil pessoas tinham sido diagnosticadas, tratadas e curadas da hepatite C. No caso da hepatite B, estima-se que quase 1 milhão de pessoas vivam com a doença no país. Destas, 700 mil ainda não foram diagnosticadas. “Até 2022, 264 mil pacientes tinham sido diagnosticados com a doença e 41 mil estão em tratamento”, concluiu a pasta da Saúde. Fonte
Julho turquesa conscientiza população sobre doença do olho seco
Julho é o mês de conscientização da população sobre o olho seco, doença que está aumentando muito em todas as faixas etárias da população feminina e masculina, embora as mulheres sejam mais impactadas, principalmente pelas alterações hormonais que experimentam ao longo da vida, como a menopausa, uso de pílulas contraceptivas e terapia de reposição hormonal. A campanha mundial Julho Turquesa é fruto, no Brasil, de parceria entre a Associação dos Portadores de Olho Seco (APOS) e a Tear Film Ocular Surface Society (TFOS), líder global em educação em saúde ocular. No Brasil, a campanha acontece pelo quarto ano consecutivo no inverno, em julho, mês mais seco do ano, e ganhou a cor turquesa, que representa a cor da água limpa, da lágrima, segundo explicou nesta terça-feira (18) à Agência Brasil o presidente da APOS, oftalmologista José Alvaro Pereira Gomes, também professor de oftalmologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A campanha visa mostrar a importância da doença também para a saúde pública, destacou o professor da Unifesp. Lágrima Olho seco é uma doença relacionada à diminuição ou alteração da produção da qualidade da lágrima. “E a lágrima é fundamental para a manutenção da transparência da córnea, que é essa lente que a gente tem na frente do olho. A lágrima nutre a célula da superfície da córnea, protege de infecções e regulariza. Então, ela tem também uma função óptica”, informou o médico. A pessoa que não tem lágrima, ou tem uma alteração na qualidade da lágrima, começa a ter problemas de visão e apresenta vários sintomas que interferem com a qualidade de sua vida pessoal. Entre esses sintomas, o presidente da APOS destacou sensação de areia e de secura, dificuldade de sair na luz, irritação ocular. “Isso vai piorando durante o dia e, no final do período, costuma estar bem pior. É uma coisa que interfere com a qualidade da vida das pessoas”. Há uma piora da doença nessa época do ano no Brasil, quando o clima fica mais seco, cai a umidade relativa do ar, o ar fica mais poluído. “Com isso, a lágrima evapora mais rápido e as pessoas que têm olho seco começam a se sentir pior, começam a sentir mais sintomas”. Depois, a doença pode se tornar crônica. O primeiro tratamento é feito com lubrificantes tópicos, ou colírios. A segunda linha de tratamento, quando tem um componente inflamatório, envolve colírios antiinflamatórios ou que contenham algum corticoide. “Isso tem que ser baseado em um bom exame oftalmológico para a gente indicar um tratamento”. Casos mais graves vão para oclusão da parte lacrimal e incluem até mesmo cirurgia. Segundo destacou Gomes, o ideal é, aos primeiros sintomas, o paciente procurar um oftalmologista que poderá identificar o grau da doença, diferenciar o tipo de olho seco e tratar de maneira apropriada. Ele condenou a automedicação porque o paciente, muitas vezes, usa colírios errados que podem piorar o quadro, em vez de melhorar. A lágrima é formada por várias camadas: camada aquosa, produzida pelas glândulas lacrimais; camada de mucina, produzida pelas células da conjuntiva; e camada lipídica, mais externa, que controla a evaporação da lágrima. Essa combinação mantém a superfície do olho lubrificada, protegida e clara. Fatores de risco Segundo José Alvaro Pereira Gomes, o olho seco é muito comum em todo o mundo. Trabalhos recentes publicados na literatura internacional mostram que 14% da população brasileira sofrem de olho seco. Na cidade de São Paulo, esse número alcança 24%. Outras pesquisas feitas pelas universidades de Campinas (Unicamp) e pela Unifesp revelaram que o olho seco afeta entre 24% e 25% da população jovem das duas instituições. Alguns fatores de risco chamaram a atenção dos pesquisadores. O primeiro é o número de horas de sono. “Abaixo de seis horas de sono, a pessoa fica mais exposta e tem mais olho seco”. Outro fator é o uso de contraceptivo oral. Um terceiro fator que contribui para essa doença é o núm Olho seco ero de horas que as pessoas ficam nas telas de computadores e celulares. “Esse é um dos fatores mais importantes. É por isso que o olho seco está aumentando a frequência nos jovens porque o mundo, hoje em dia, é praticamente digital. São fatores que, realmente, têm aumentado demais a incidência de olho seco nessa faixa da população que não é a mais tradicionalmente afetada pela doença”. Tela digital em uso contínuo provoca olho seco, diz médico – Marcelo Camargo/Agência Brasil Contribuem também para o olho seco outros elementos, como fumaça, ar-condicionado, alguns medicamentos, entre os quais antialérgicos e antidepressivos, além da isotretinoína para tratamento da pele. “É multifatorial”. Gomes lembrou também dos casos mais graves do olho seco, que englobam algumas doenças como a artrite reumatoide, síndrome de sjogren. Esses tipos mais graves de olho seco podem levar, inclusive, à perda visual. Doença silenciosa José Alvaro Gomes disse que o olho seco é uma doença silenciosa. “Ela não faz muito barulho mas pode começar a incomodar de tal forma que a pessoa fica sintomática e, muitas vezes, tem até que parar de trabalhar. Principalmente, quem lida o tempo inteiro na frente do computador. Porque, quando você olha na tela de um computador ou por qualquer outro dispositivo de tela, você diminui muito o número de piscadas que renovam a lágrima. A pessoa deixa a lágrima evaporar de forma mais rápida. Então, os sintomas pioram demais”. A córnea é uma estrutura extremamente enervada e talvez seja a estrutura do corpo humano que tenha mais densidade de enervação. “Aí, quando começa a dar sintomas, eles vão se agravando, inclusive com intolerância e dor, o que leva a pessoa a não poder exercer a profissão. Há pacientes mesmo que não conseguem sair de uma sala escura, usam óculos escuros o tempo todo. Quando entram nessa fase, o tratamento é um pouco mais difícil”. Uma ótima recomendação, segundo o presidente da APOS, é a pessoa piscar várias vezes quando estiver trabalhando em um computador. Outra dica é a altura da tela. O ideal é que
Ministério da Saúde aumenta em 30% repasses ao Samu 192
O Ministério da Saúde anunciou uma ampliação em 30% dos valores destinados a custeio do Serviço Móvel de Urgência (Samu 192). O percentual representa, segundo a pasta, um incremento de R$ 396 milhões por ano nos repasses. “Com o reajuste, o total destinado ao serviço passará de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,7 bilhão por ano. O aumento busca minimizar a sobrecarga nos municípios e também é uma forma de incentivar a universalização do Samu 192, que desde 2013 não recebia atualização nos valores de custeio”, informou, em nota, o ministério. De acordo com a pasta, um novo processo licitatório será concluído ainda este ano visando a ampliação da frota. O investimento previsto é de R$ 842 milhões para aquisição de 1.886 novos veículos, sendo que 1.633 unidades serão distribuídas para renovação de frota; 185 terão como destino novas unidades de Suporte Básico (USB); e 68 veículos servirão às novas unidades de Suporte Avançado (USA). “O atual contrato para fornecimento de veículos ainda possui 239 novas unidades a serem entregues este ano. Os veículos serão usados para renovar a frota do Samu 192 referente aos anos de 2015 e 2016”, informou o ministério. Os novos veículos serão distribuídas em 16 estados: – 47 unidades para o estado da Bahia; – 47 unidades para o estado de Minas Gerais; – 33 unidades para o estado do Ceará; – 29 unidades para o estado da Paraíba; – 20 unidades para o estado de São Paulo; – 15 unidades para o estado do Paraná; – 12 unidades para o estado de Goiás; – 12 unidades para o estado do Piauí; – 8 unidades para o estado do Rio Grande do Sul; – 5 unidades para o estado de Santa Catarina; – 3 unidades para o estado de Roraima; – 2 unidades para o estado do Maranhão; – 2 unidades para o estado do Pará; – 2 unidades para o estado do Rio de Janeiro; – 1 unidade para o estado de Pernambuco; – 1 unidade para o estado de Tocantins. Fonte