Com política ‘pés no chão’, Nacional apresenta elenco para temporada 2018

Valorizando a “prata da casa”, a diretoria do Leão da Vila Municipal faz discurso de austeridade, mas com foco no título do Barezão 2018 Denir SimplícioManaus (AM) “Chego pra pisar com os pés dentro da realidade atual do clube”. A declaração do técnico Sinomar Naves, 64, ontem, na apresentação oficial do Nacional Futebol Clube, mostra o tamanho da austeridade da diretoria do Leão para temporada 2018. Campeão do Amazonense com o Leão em 2014, Sinomar retorna ao Naça após a desistência de Arthur Bernardes, que aceitou proposta mais pomposa de outro clube. No primeiro dia de trabalho, no CT Barbosa Filho, na Zona Leste da capital, o novo treinador do Nacional se disse feliz com a volta ao clube e já pensa nas competições que terá pela frente. “Estou muito feliz com retorno e penso nas perspectivas para esse ano. Espero que eu possa fazer novamente um bom trabalho e levar o Nacional ao máximo possível em algumas competições e a conquista do Campeonato Amazonense também”, declarou Sinomar sabendo que terá pouco mais de duas semanas para implantar seu estilo de jogo ao plantel nacionalino. “Apesar de eu ter chegado agora, mas a equipe já está treinando há bastante tempo, principalmente na parte física e técnica. Agora, nós vamos aproveitar esse tempo que temos até a estreia pra que a gente possa ajustar a equipe dentro da parte tática e da parte coletiva”, pontuou o técnico que até o ano passado comandava a Tuna Luso-PA, na disputa da Série B do campeonato paraense. Velhas e novas caras Composto por 24 atletas, o novo elenco nacionalino traz velhos conhecidos do torcedor do Naça, como o zagueiro Índio, campeão no épico Barezão de 2014, e Fininho, maestro do time que conquistou o Estadual no ano seguinte, o primeiro na Arena da Amazônia. Longe do futebol amazonense desde 2015, quando foi mandado embora do Leão, o meia Fininho revelou que mesmo distante acompanhou a disputa do Barezão nos últimos anos. Fininho revelou ansiedade para voltar a vestir a camisa do Leão (Foto: Herlam Pechar) “Tenho acompanhado as finais. Se não me engano, o Fast foi o campeão em 2016 e no ano passado foi o Manaus. Isso é algo diferente porque um time como o Nacional, com a grandeza que tem, não pode ficar dois anos sem títulos no Estadual”, disse Fininho avaliando a nova realidade financeira do clube. “O Nacional já teve um nível financeiro muito alto e mesmo assim as vitórias e os títulos não vieram. Quem sabe Deus não reservou esse momento pra que a gente venha lá de baixo galgando Estadual, Copa do Brasil e Série D pra que esse ano seja diferente e gente conquiste esses objetivos”, concluiu. Conheça o plantel do Leão para a temporada 2018: Goleiros: Marcelo Valverde, Paulo Wanzeler e Douglas; Laterais: Pedro Balú, Paulo Rossínio, Artur Lima e Rodrigo Ítalo; Zagueiros: Kennedy, Índio, Zé Antonio, Bianor, João Pedro, Kaique; Volantes: Delciney, Junior Baé e Alison; Meias: Fininho, Alexsandro, Gustavo e Felipe Leite; Atacantes: Cristiano, Jack Chan, Paulo Roberto e Paulinho.

Palco de Chacina na Compensa dá lugar à solidariedade e confraternização

Um tradicional jogo entre solteiros e casados serviu para fazer o bem e mostrar que o terror vivido no último dia 12 não derrubou o otimismo dos moradores do bairro Vitor GaviratiManaus (AM) O clima de terror que tomou conta do campo do Centro Social Urbano (CSU) do bairro Compensa 2 no último dia 12, quando seis pessoas foram assassinadas enquanto jogavam futebol, deu lugar ao espírito de confraternização e alegria. O motivo? Uma típica festa de final de ano, realizada no dia 31, para os boleiros do final de semana: um duelo entre solteiros e casados. Desta vez, quem resolveu entrar na divisão de times feita a partir do estado civil foram os moradores da rua Natal, também no Compensa 2, Zona Oeste de Manaus, e alguns de seus amigos. Durante o duelo que começou às 16h, as únicas armas vistas em campo foram a amizade e a solidariedade. E o que os parceiros pretendiam matar era a fome. De bola e de comida. Afinal, todos os atletas doaram 2kg de alimentos que seriam doados a uma instituição de caridade para poder participar da pelada e dos comes e bebes pós-jogo. O funcionário público Manuel Queiroz, 46, um dos organizadores da partida, faz questão de dizer que o bairro onde mora em nada tem a ver com a triste noite da chacina. “Aquilo foi um caso isolado. Nós sentimos muito, mas a gente sabe que não tem nada a ver com o que aconteceu. Nosso jogo é uma tradição, que serve para reunir os amigos de infância”, afirma. 27 anos de história Manuel tem razão. O confronto entre os solteiros e casados da rua Natal faz parte da cultura da comunidade. A primeira peleja foi em 1990. Em 2017, o confronto completou 27 anos. Fato que fez todos os quase 100 jogadores que entraram em campo estamparem o número de aniversários nas costas da camisa. Detalhe: a cada ano os uniformes usados pelas equipes é desenhada com base em um tema. Como 2018 é ano de Copa do Mundo, as cores da Seleção Brasileira preencheram as camisas. Pai x Filho No duelo do último domingo (31), a questão familiar ia além do “ser casado” ou não. Duelos entre pais e filhos também marcaram a disputa. O gerente de fiscalização do Estado Marcos Lasmar, 50, por exemplo, iria jogar contra o filho Salomão, 18, que estava no lado dos solteiros (foto abaixo). “Desde pequeno eu trazia ele para assistir e agora ele joga. É uma cultura que a gente vai passando para os filhos”, afirma o pai. E como é jogar contra o pai, Salomão? “Todo mundo se diverte, mas é um pouco complicado. Os casados ficam querendo roubar no jogo”, brinca o jovem. Companheirismo Se fosse para contar todos os lance engraçados e histórias do confronto, nós encheríamos uma edição de domingo do Jornal A Crítica e ainda iria sobrar assunto. Mas o que chama atenção é o companheirismo dos amigos. “Se algum dos amigos, infelizmente, acaba morrendo ao longo do ano, após a partida aqui, nós vamos em frente à casa onde ele morava e fazemos uma oração pela família dele”, conta Edmundo Silva, 48, atacante dos casados e conhecido pelos colegas como Gura. Em 2014, quando o pedreiro Evandro Castro, 55, sofreu um acidente de trabalho, quebrou a bacia e parou de jogar, foi amparado pelos amigos. “Graças a Deus e aos amigos aqui que me ajudaram bastante eu saí do sufoco”, revela. Casados levam vantagem O jogo do último dia de 2017 era a partida da volta. A tradição diz que na véspera de Natal acontece o primeiro jogo e a decisão fica para o réveillon. Em 27 anos, são 15 títulos para os casados e 12 para os solteiros. A partida que acompanhamos foi pegada. Apesar da brincadeira, os solteiros queriam a qualquer custo, diminuir a vantagem dos casados no histórico de conquistas. No fim das contas, o confronto terminou em 3 a 2 para os que não usam aliança. Como o placar do primeiro jogo foi 4 a 3 para os casados e não havia critério de desempate no regulamento, a disputa deveria ir para os pênaltis. Mas… “Ficou muito tarde e não teve pênaltis, não. Mas o título ficou com os casados”, decide o Manuel do começo da reportagem. Talvez seja por isso que o Salomão, filho do Marcos, tenha reclamado que os casados roubam. Não importa. O futebol Compensa!

Amazonense prodígio no futebol é volante e capitão do time Sub-12 do Flamengo

A trajetória do “Ronald Manaus” começou cedo, aos 9 anos. De família humilde, o pai juntou economias e o levou para o Rio. Lá, ele “de cara” foi aprovado, no Vasco Denir Simplício Manaus (AM) Tudo bem que o time da Gávea se orgulha em dizer que: “Craque, o Flamengo faz em casa”, mas muitas vezes o Rubro-Negro vem buscá-los em Manaus. Seguindo os passos de Gilmar Popoca, meia-atacante que saiu do Amazonas pra brilhar no Rio, Ronald Vitor Viana Gomes, de apenas 12 anos, vem se destacando com o “Manto” rubro-negro. Volante que alia técnica e raça, o jovem tem tanta moral na Gávea que é até o capitão da equipe. Mas a trajetória do “Ronald Manaus”, como ele é conhecido no Ninho do Urubu, começou quando ele tinha apenas 9 anos. Em 2015, depois de “comer a bola” no futsal, o pai do atleta, Ronaldo Encarnação Gomes, 38, decidiu investir na carreira do filho. De família humilde, o serralheiro juntou economias e levou o garoto para fazer testes em clubes cariocas. Foto: A Crítica “Conheci uma pessoa em Minas, onde ele foi disputar uma competição e perguntei se meu filho poderia fazer um teste em qualquer um dos times do Rio, nem escolhi qual. E essa pessoa me disse que o Ronald com certeza seria aprovado em qualquer clube e conseguiu um teste pra gente”, relembra o pai de Ronald. Início no rival De cara, Ronald foi aprovado no teste, mas no Vasco da Gama. Logo na primeira competição pelo Cruzmaltino se sagrou campeão Carioca Sub-12 e em cima do Flamengo. O grande futebol do garoto despertou o interesse do Rubro-Negro que o tirou de São Januário e hoje ele treina ao lado de craques como Guerrero, Juan e Diego. “Treino do lado do time profissional. Antes da final do Carioca deste ano, o Diego foi dar uma palestra pra gente. Ele nos disse que nada é impossível pra quem acredita e que nada é impossível pro Flamengo”, disse “Ronald Manaus”, que atualmente mora no Rio de Janeiro. Foto: Arquivo pessoal “Depois que ele foi aprovado, resolvi vender tudo aqui e me mudar pro Rio de Janeiro e investir na carreira dele. Sou evangélico e uma vez Deus me disse que o Ronald faria uma grande viagem e está tudo acontecendo”, revelou o “pai-trocinador”. Gilmar Popoca Fã de Casemiro, do Real Madrid e do colombiano Cuéllar, Ronald chegou a conhecer Gilmar Popoca antes do técnico deixar o clube. “Conversei com ele algumas vezes. Ele ficou feliz em ver um conterrâneo dele no Flamengo”, relembra o garoto completando. “Ele (Popoca) treinava ali do lado com o Vinicius Júnior, o Lincon e o Leozinho que subiu agora”. Atualmente de férias no Amazonas, Ronald Manaus retorna para o Rio em fevereiro e segue na luta pelo sonho de um dia brilhar na equipe principal do Flamengo.

Arena da Amazônia será palco da final da Série B do Amazonense de Futebol

São Raimundo e CDC Manicoré decidem título da Segundona Baré a partir das 18h. Por ter melhor campanha, o Tufão leva a taça até com empate acritica.com Manaus (AM) A final da Série B do Campeonato Amazonense de Futebol, entre São Raimundo e CDC Manicoré, será neste sábado (16), às 18h, na Arena da Amazônia, na Zona Centro-Sul de Manaus. A competição, realizada pela Federação Amazonense de Futebol (FAF), acontece em jogo único e o Tufão da Colina joga pelo empate para erguer a taça da Segundona Baré. Tufão e Bacurau também se enfrentaram na primeira rodada da competição, no dia 5 de novembro, e quem levou a melhor foi a equipe de Manicoré, que venceu por 1 a 0. Na decisão deste sábado, porém, o time da Colina, por ter o melhor índice técnico do torneio, que conta com o apoio do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), garante o título com um empate. Tufão joga pelo empate pra erguer a taça (Foto: Antônio Assis/FAF) Apesar da vantagem, o São Raimundo segue treinando intensamente até esta sexta-feira (15) e de acordo com Sidney Bento, técnico da equipe, a expectativa para a final é de uma grande partida. “A expectativa é positiva, esperamos fazer uma grande final e conseguir o título, sabemos que vai ser muito difícil, pois vamos enfrentar uma equipe fortíssima. Para vencer precisamos mostrar algo a mais. E é isso que vamos tentar fazer, ter entrega em campo e ser muito competitivo, além, é claro, da parte tática e técnica que estamos muito bem”, afirmou. O CDC quer o título sobre o Mundico na Arena (Foto: Antônio Assis/FAF) Mesmo com alguns desfalques no time, o CDC vai com tudo pra cima do Tufão.  João Carlos Bento, o Cavalo, que é o técnico do time, aposta na inteligência para levar o título. “Nosso objetivo de chegar à final foi alcançado com sucesso, agora vamos disputar em desvantagem por conta de alguns desfalques e também porque o São Raimundo jogará pelo empate. Mas vamos usar a inteligência e montar um time para não receber gols e ganhar a competição”, declarou. *Com informações da assessoria de imprensa