Operação Greenwashing: PF desmantela quadrilha que vendia créditos de carbono de terras griladas na Amazônia
Em dia crucial para o meio ambiente, ação combate crimes que geraram R$ 1 bilhão em prejuízo e devastaram mais de 500 mil hectares de floresta Manaus – Nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a Polícia Federal deflagrou a Operação Greenwashing, desarticulando uma organização criminosa que atuava na venda ilegal de créditos de carbono na Amazônia Legal. A ação, que contou com o apoio de diversos órgãos, mira um esquema que gerou um prejuízo ambiental estimado em R$ 1,4 bilhão e a devastação de mais de 538 mil hectares de floresta. Fraudes e grilagem de terras: A investigação revelou um complexo esquema de fraudes que se estendeu por mais de uma década. A organização criminosa, com base em Lábrea (AM), iniciava suas atividades com a duplicação e falsificação de títulos de propriedade, se apropriando ilegalmente de cerca de 538 mil hectares de terras públicas. Expansão e novos crimes: Entre 2016 e 2018, o grupo expandiu suas atividades, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos. Nos últimos três anos, o foco se concentrou nas regiões de Apuí e Nova Aripuanã (AM), onde foram identificadas irregularidades como a emissão de certidões ideologicamente falsas, sobreposição de registros e apropriação indevida de terras públicas. Exploração ilegal e danos ambientais: As atividades ilícitas da organização incluíam a exploração florestal e a pecuária em áreas protegidas, com destaque para a criação de gado “fantasma” para atender áreas com restrições ambientais. Além disso, o grupo vendia créditos virtuais de madeira e obteve licenças ambientais fraudulentas. Escala do crime: As investigações apontam que mais de um milhão de metros cúbicos de madeira foram explorados ilegalmente, gerando um dano ambiental estimado em R$ 606 milhões. Já a exploração ilegal de terras rendeu à organização cerca de R$ 820 milhões. Ação conjunta e medidas rigorosas: A Operação Greenwashing contou com a participação de diversos órgãos, incluindo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Receita Federal do Brasil (RFB), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de acadêmicos e profissionais de registro de imóveis. Ações da PF: 5 mandados de prisão preventiva 76 mandados de busca e apreensão 108 medidas cautelares diversas da prisão 8 suspensões do exercício da função pública 4 suspensões de registro profissional no CREA 7 bloqueios de emissão de Documento de Origem Florestal (DOF’s) Sequestro de R$ 1,6 bilhão Canais de denúncia: A PF disponibiliza um canal para denúncias anônimas sobre crimes ambientais: https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM. A sigilo e a proteção da identidade do denunciante são garantidos. Combate ao crime e proteção ambiental: A Operação Greenwashing representa um duro golpe contra o crime organizado que atua na Amazônia, desmantelando uma rede que se beneficiava da exploração ilegal de terras e recursos naturais. A ação reforça o compromisso da Polícia Federal com a proteção ambiental e o combate aos crimes que impactam negativamente o bioma amazônico. Informações adicionais: Site da Polícia Federal: https://www.gov.br/pf/pt-br Linha Direta da Ouvidoria da PF: 100
Operação da Polícia Federal contra garimpo ilegal no AM desativa dragas e balsas com combustíveis
Investigações apontam fortes indícios de que bacia hidrográfica e fauna na região foram atingidas por mercúrio. Ações ocorreram de quinta (19) a domingo (20). Uma operação da Polícia Federal, deflagrada para combate ao garimpo ilegal no Amazonas, desativou dragas e balsas que eram usadas como centro logístico para a distribuição de combustíveis. As ações iniciaram na quinta-feira (17) e encerraram nesse domingo (20). A Operação Minamata teve objetivo de reprimir a prática de garimpo ilegal no Rio Boia e em seus afluentes, na região do município de Jutaí, distante 749 Km de Manaus. Segundo a PF, investigações apontam fortes indícios de que a bacia hidrográfica e a fauna na região foram atingidas por mercúrio, metal líquido utilizado no processo da extração do ouro. O mercúrio é profundamente danoso à saúde humana e a sua ingestão pode levar à morte. Nas ações, foram desativadas quatro dragas e três balsas, onde havia cerca de 50 mil litros de diesel e de gasolina e que, segundo a PF, eram utilizadas como centro logístico para a distribuição de combustível. Também foram apreendidos objetos e documentos que serão analisados pela PF na apuração das responsabilidades pelos crimes ambientais, especialmente decorrentes das atividades de garimpo ilegal. Além disso, foram coletadas amostras de água e de material biológico humano, que permitirão mensurar a contaminação nos recursos ambientais e nos habitantes da região, ainda conforme a PF. O nome da operação remete ao evento em que ocorreu a intoxicação, pelo consumo de peixes contaminados pelo mercúrio, de centenas de pessoas na cidade de Minamata na costa do Japão. Naquela situação o mercúrio era utilizado como um catalizador químico na produção de fertilizantes. Participaram das ações 32 policiais federais, incluindo integrantes dos grupos táticos e especializados da PF, com a utilização de aeronave da Instituição. Fonte: G1
Lava Jato chega nos senadores Renan E Eduardo Braga
ALVO DA LAVA JATO É RENAN Leia mais sobre esse assunto É Renan Calheiros o principal alvo da Lava Jato, que cumpre mandados de busca e apreensão autorizados por Edson Fachin. Ele foi intimado a depor. Os outros alvos são Eduardo Braga e o ministro do TCU Vital do Rêgo.