Sergio Massa e Javier Milei vão disputar o 2º turno na Argentina

Segundo Maria Esperanza Casullo, professora da Universidad Nacional de Río Negro, Milei fala da dolarização com uma ambiguidade estratégica, porque ele nunca se expressa claramente, e os assessores já deram sinais contrários ao plano. “Ele nunca diz como essa dolarização aconteceria, qual seria o valor de referência ou os prazos da mudança, e esses sinais confusos permitem que a dolarização seja uma promessa, mas, ao mesmo tempo, se não ocorrer em um eventual governo dele, ele possa negar que tenha se comprometido com a dolarização”, diz ela. Milei também tem planos para acabar com a lei do aborto voluntário legal, que entrou em vigor em 2020. Ele também quer revogar algumas das leis sobre educação sexual no país. O economista ainda quer criar um sistema de vouchers para a educação. Funcionaria assim: as escolas deixam de receber financiamento direto do Ministério da Educação. As famílias passam a receber um voucher para gastar na escola que escolherem Ele ainda quer reduzir a idade penal, liberar a venda de armas de fogo no país e proibir dificultar a entrada de estrangeiros. Por: G1 Fonte

Sergio Massa e Javier Milei disputam segundo turno na Argentina

Com 90% das urnas contabilizadas, o candidato Sergio Massa terminou na frente nas eleições realizadas neste domingo (22) na Argentina, com 36,2% dos votos. Ele vai disputar a presidência com Javier Milei, que obteve 30,19% dos votos e era o líder nas pesquisas de intenção de voto. Em terceiro lugar ficou a candidata Patricia Bullrich, com 23,82%, seguida por Juan Schiaretti, com 7% e Myriam Bregman, com 2,66% dos votos. Candidatos Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria, é o atual ministro da Economia da Argentina. Político experiente, o advogado conquistou as primárias de seu partido depois da terceira tentativa. Massa também já foi presidente da Câmara dos Deputados. Javier Milei, autodenominado “anarcocapitalista”, é da coalizão conservadora La Libertad Avanza, e se coloca como representante de um liberalismo extremo. Entre suas propostas estão a redução drástica de subsídios e do aparato estatal. Num discurso com idas e vindas, ele já propôs o fechamento do Banco Central, a saída do Mercosul e a dolarização da economia, medida vista como inviável por economistas menos radicais. Ele passou a ganhar notoriedade ao começar a dar uma série de entrevistas polêmicas e se elegeu deputado em 2021. Nas primárias, foi o candidato mais votado, com cerca de 30% dos votos.   *Com informações da Télam   Fonte

Equipes do Amazonas conquistam categoria Sub-23 no Regional Norte do Brasileiro de Basquete 3×3, em Manaus

Duas equipes do Amazonas se consagraram campeãs da Etapa Regional Norte do Campeonato Brasileiro de Basquete 3×3 na categoria Sub-23. As disputas aconteceram neste sábado (21/10), no ginásio Bergão, em Manaus. O vereador Marcelo Serafim, padrinho da modalidade no estado, prestigiou o evento e participou da cerimônia de premiação. No Feminino Sub-23, as meninas do Manaós-AM enfrentaram o CMPM VII-AM na final e venceram por 16 a  2. A vitória garantiu o primeiro lugar da competição. Além disso, as campeãs e as vice-campeãs também garantiram vaga na fase final do Brasileiro, no mês de dezembro, em local a ser confirmado. O quarteto campeão foi composto por Victória Cestaro, Beatriz Miguez, Iara Ceres Vieira de Araújo e Maria Eduarda de Souza Benvenuto.  “Foi uma competição muito boa e queria agradecer todo mundo que ajudou na organização do campeonato. Começamos perdendo o primeiro jogo, mas depois melhoramos como equipe durante a competição e vencemos todas as partidas seguintes. O Manaós é, acima de tudo, um grupo de amigas que começou no La Salle. A amizade continuou e hoje treinamos no Dom Pedro esporadicamente. Agora é pensar na fase final do Brasileiro”, disse a camisa 10 Victória Cestaro.   No Masculino Sub-23, o Amazonas Veras 1 venceu o Amazonas Veras 2 pelo apertado placar de 21 a 19. Os times também garantiram a classificação para a fase final do Brasileiro 3×3. O quarteto campeão foi formado pelos atletas Jeisrael Bentes, Gleyson Brito Conrado, Felipe Damasceno e Carlos Perda.  Destaque da final, o atleta Bentes disse que a conquista está dentro do planejamento da equipe. Ele destacou o empenho do grupo nos treinamentos, que acabaram resultando no primeiro lugar na Etapa Regional Norte do Brasileiro 3×3. “A gente treinou muito para isso e a conquista era algo esperado sim. A gente trabalhou duro e treinou mais que todos. A gente vai treinar muito e vamos em busca do ouro na fase final. Queremos o topo”, disse Bentes.  ApoiadoresA Etapa Regional Norte do  Campeonato Brasileiro de Basquete 3×3 é uma realização da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e Federação de Basketball do Amazonas (Febam), com apoio local do Grupo Horizonte, da Prefeitura de Manaus (Fundação Manaus Esporte), do vereador Marcelo Serafim e da concessionária Águas de Manaus. A divulgação é da assessoria Emanuel Sports & Marketing.  Resultados oficiais do Sub-23: Feminino:1° – Manaós-AM2° – CMPM VII-AM3° – NBR Girls-RR Masculino:1° – Amazonas Veras 1-AM2° – Amazonas Veras 2-AM3° – AMZ-AM Fonte

Flamengo vence clássico movimentado com o Vasco no Maracanã

O Flamengo venceu o Vasco por 1 a 0 em uma partida muito movimentada no Maracanã. Como era de se esperar de um clássico, o jogo começou pegado com chances dos dois lados. No primeiro tempo, o Flamengo chegou com mais perigo e acertou até o travessão, mas o Vasco também respondeu com boas oportunidades de gol. Na etapa final, o Flamengo conseguiu furar a defesa vascaína com Gerson. O Vasco ainda tentou responder, mas abusou dos cruzamentos sem conseguir achar Vegetti. Outros Resultados:  Coritiba 0x2 Palmeiras, Bragantino 1×0 Fluminense, Corinthians 1×1 América (MG), Internacional 7×1 Santos, Atlético (MG) 0x1 Cruzeiro, Botafogo 1×1 Atlético (PR), Cuiabá 1×1 Goiás, Bahia 2×0 Fortaleza, São Paulo 3×0 Grêmio.  Os seis primeiros são: 1º Botafogo 58 pontos 2º Bragantino 52 pontos 3º Flamengo 50 pontos 4º Palmeiras 47 pontos 5º Atlético (PR) 45 pontos 6º Grêmio 44 pontos Os quatro últimos são:  17º Vasco 30 pontos 18º Santos 30 pontos 19º Coritiba 20 pontos 20º América (MG) 19 pontos Série B  O Vitória bateu o Sampaio Corrêa por 1 a 0, pela 33ª rodada do Brasileirão Série B. O resultado deixa o Vitória mais perto do acesso à Série A de 2024. Resultados da rodada:  Sport 2×1 Chapecoense, Avaí 1×0 Ceará, Juventude 2×2 Londrina, CRB 0x1 Criciúma, Botafogo (SP) 2×0 Novohorizontino, Mirassol 0x0 Guarani, Tombense 2×1 Vila Nova, Atlético (GO) 3×1 ABC. Ponte Preta x Ituano jogam dia 23/10 as 19h fechando a 33ª rodada.  Os quatro primeiros são: 1º Vitória 64 pontos 2º Sport 59 pontos 3º Atlético (GO) 59 pontos 4º Juventude 56 pontos Os 4 últimos são: 17º Chapecoense 33 pontos 18º Tombense 31 pontos 19º Londrina 26 pontos 20º ABC 20 pontos Fonte

Amazonas vence o Brusque de virada e conquista o título inédito da Série C

Esporte Onça Pintada sai atrás no marcador, mas reverte resultado e fica com a taça da terceira divisão Reprodução É campeão! Na grande decisão da Série C do Campeonato Brasileiro de 2023, o Amazonas saiu campeão na disputa com o Brusque, no Augusto Bauer. Depois de um 0 a 0 no jogo de ida, a Onça Pintada saiu atrás no marcador, mas virou a partida e conquistou a taça inédita. Guilherme Queiróz, de pênalti, abriu o placar para o Quadricolor. Diego Torres deixou tudo igual, e Sassá decretou a virada dos visitantes. Adversários em 2024 Além da final, Brusque e Amazonas se garantiram na Série B do Brasileiro da próxima temporada e vão se enfrentar em busca de uma vaga na elite do nacional. Operário-PR e Paysandu foram os dois outros times que também conseguiram o acesso na terceira divisão. Artilheiro da competição Com direito a gol na decisão, Sassá terminou como o artilheiro da Série C 2023. Foram 18 gols marcados pelo Amazonas na competição. Cenas lamentáveis Após o apito final e o título da Série C com o Amazonas, alguns jogadores da Onça Pintada e do Brusque acabaram brigando no gramado do Augusto Bauer. Edina Alves, árbitra da partida, expulsou alguns jogadores após as cenas lamentáveis. Fonte: Globo Esporte Fonte

Oitavo voo com repatriados brasileiros deixa Tel Aviv

O oitavo grupo de brasileiros que voltam do Oriente Médio ao Brasil, com apoio do governo federal, decolou neste domingo (22), às 18h25 de Tel Aviv, Israel (12h25 em Brasília). Estão a bordo do avião KC-30 (Airbus A330 200) da Força Aérea Brasileira (FAB) 209 passageiros e nove animais domésticos. A previsão é de que a aeronave aterrisse no Aeroporto do Galeão por volta das 4h desta segunda-feira (23). “Os passageiros que têm como destino final o Galeão vão desembarcar no Terminal 2. Os demais serão encaminhados para o Salão Nobre do aeroporto”, informa o governo em nota. O primeiro voo de repatriação de brasileiros foi feito no dia 10 deste mês. Com o embarque de hoje, o total de brasileiros transportados chega a 1.410 brasileiros e o de pets (animais de estimação), a 53. No último dia 7, o governo federal formou um gabinete para responder à crise geopolítica que se agravou na região da Faixa de Gaza, território disputado por Israel e Palestina. As embaixadas do Brasil em Tel Aviv (Israel) e no Cairo (Egito) e o Escritório de Representação em Ramala (na Palestina) foram acionadas, e as autoridades brasileiras lançaram um formulário online para ajudar a identificar nacionais em situação de dificuldade. Durante o processo de repatriação para o Brasil, têm tido prioridade brasileiros sem passagens de retorno ao país, não residentes, gestantes, idosos, mulheres e crianças. A Força Aérea Brasileira destinou quatro aeronaves para realizar os voos da região para o Brasil e outros, de suporte humanitário, incluindo um avião presidencial. O governo federal também garantiu transporte de ônibus das principais cidades israelenses para o aeroporto de Tel Aviv. Já houve desembarques em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. A representação brasileira em Ramala também providenciou a retirada de brasileiros das regiões com maior tensão, hospedou 26 pessoas em casas e apartamentos próximos à fronteira e ofereceu suporte psicológico, alimentação e medicamentos. O governo agora busca dialogar com as partes envolvidas no conflito para resgatar brasileiros por meio de uma abertura na passagem de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. O avião VC-2, da Presidência da República, está no Cairo, no Egito, esperando para ser acionado. Fonte

Argentinos residentes no Brasil vão à embaixada para eleger presidente

A Sala Malvinas, próxima à entrada da Embaixada da Argentina em Brasília, está movimentada neste domingo (22). O local abriga a seção eleitoral do primeiro turno das eleições argentinas na capital federal. Cerca de 23 mil cidadãos argentinos estão habilitados a votar na embaixada e nos 10 consulados do país vizinho no Brasil. Em Brasília, são 365 eleitores aptos, dos quais de 70 a 80 pessoas costumam votar. Isso porque, para os argentinos residentes no exterior, o voto é facultativo. “Esta é uma eleição importante porque celebramos os 40 anos da retomada da democracia na Argentina”, diz o chefe da Chancelaria da embaixada, Pablo Antonio de Ángelis. “Embora eu ainda fosse jovem em 1983 e não tenha votado, lembro muito bem que foi um dia de muita esperança para o nosso país”, lembra o diplomata. Ele acrescenta que a troca de governo está marcada para 10 de dezembro, no mesmo dia em que Raúl Alfonsín tomou posse na Presidência após sete anos de ditadura militar. A estudante Manuela Aldana Strok Coe vai à embaixada e vota pela primeira vez – Joédson Alves/Agência Brasil Em eleições marcadas pelo aumento da participação juvenil, vários jovens foram à embaixada votar pela primeira vez na vida. Estudante de Ciências Contábeis na Universidade da Brasília, Manuela Aldana Strok Coe, de 18 anos, espera por mudanças após as eleições. “Espero que a gente possa ter esperança. Acho que o povo está indo para um caminho melhor”, diz a universitária. Filha de um brasileiro e de uma argentina, Manuela nasceu em Belo Horizonte, morou no país vizinho dos 2 aos 7 anos e voltou ao Brasil “para recomeçar a vida”. Após morar no Rio de Janeiro por cerca de três anos, está em Brasília há oito anos. Eleitores veteranos também compareceram à embaixada. Há 23 anos no Brasil, o representante comercial Adolfo Enrique Martínez, de 51 anos, disse que estas eleições são importantes. “Espero melhora na economia e nas relações internacionais”, disse. O representante comercial Adolfo Enrique Martínez, de 51 anos,  deposita seu voto na urna – Joédson Alves/Agência Brasil Nem Manuela, nem Martínez revelaram o voto. Martínez vota em Brasília há pelo menos 15 anos. “No começo, eu justificava [a ausência] o voto porque não sabia, mas transferi o domicílio eleitoral assim que descobri que era possível votar na embaixada e nos consulados”, recorda. Regras Estão habilitados a votar no Brasil todos os argentinos que mudaram o domicílio eleitoral até 25 de abril. A seção eleitoral da embaixada em Brasília abrange eleitores que moram no Distrito Federal e em seis estados: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Roraima, assim como o pessoal diplomático e suas famílias. Diferentemente do sistema eleitoral brasileiro, onde os cidadãos residentes no exterior votam apenas para presidente, os argentinos que vivem em outros países podem votar para presidente, vice-presidente, deputados federais, senadores (em oito províncias que escolhem senadores) e parlamentares do Mercosul. A votação é feita em uma cédula única de papel, na qual o eleitor registra as preferências. Pela legislação atual, as primárias argentinas ocorrem em agosto, o primeiro turno, em outubro, e o segundo turno, em novembro. As datas são definidas pela Junta Nacional Eleitoral, órgão argentino equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral no Brasil. Os cidadãos argentinos em trânsito que não residam no exterior ou não mudaram o domicílio eleitoral têm 60 dias para justificar a ausência na votação. A justificativa pode ser feita tanto na embaixada como nos consulados. Apuração Antes de votar pela primeira vez, a estudante Manuela mostra a cédula eleitoral argentina –  Joédson Alves/Agência Brasil Embora a votação ocorra em papel, a expectativa é que os resultados preliminares sejam divulgados rapidamente. A embaixada argentina no Brasil estima que até as 22h deste domingo, os cidadãos saibam que irá para o segundo turno, a ser realizado em 19 de novembro. Nas eleições argentinas, a apuração ocorre em duas fases. Na primeira, os mesários de cada seção eleitoral contam as cédulas e enviam as atas de votação à Direção Nacional Eleitoral, onde é feita a totalização preliminar. Em seguida, as cédulas são contadas manualmente, com o resultado definitivo sendo proclamado em até duas semanas. Nas representações diplomáticas, a ata de votação assinada pelos mesários é enviada virtualmente por um sistema eleitoral. Em dois dias úteis, todo o material eleitoral – cédulas e atas originais, são enviados por correio diplomático, para a contagem definitiva dos votos. A votação vai até as 18h. Fonte

Dengue cresce no Rio; cinco municípios têm situação epidêmica

O número de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro preocupa as autoridades e acende um alerta a quase dois meses do verão. A tendência é que o período, marcado por mais chuvas e calor, favoreça a proliferação do mosquito Aedes aegypti e do vírus que provoca a doença. Até o momento, foram registrados 39.369 casos em todo o estado. Em 2022, foram 9.926 casos para o mesmo período. Na semana terminada em 14 de outubro, pelo menos cinco municípios registraram situação de epidemia da doença: Angra dos Reis, Resende, Nova Iguaçu, São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras. A análise é do InfoDengue, sistema de alerta para arboviroses desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).  Quando se consideram os números gerais de 2023, as maiores taxas de incidência da dengue estão nas regiões noroeste e sul do estado. Os municípios de Natividade e Varre e Sai, ambos no noroeste, têm taxas de 4.861 e de 2.881 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Paraty, no sul do estado, registrou 2.417 casos por 100 mil habitantes. A Secretaria de Estado de Saúde diz que vem monitorando a situação e que discute as melhores formas de combate à doença em todo o Rio de Janeiro.  “Iniciamos um processo de reunião com os municípios para discutir os planos de contingência e de respostas para uma possível epidemia em todos os municípios do estado. A partir desta semana, a gente já começa esse encontro”, informa o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sérgio Ribeiro.  Segundo o subsecretário, também está sendo planejada uma nova rodada de capacitação dos profissionais de saúde que lidam com os pacientes infectados pelo vírus, principalmente médicos e enfermeiros. O diagnóstico correto da doença e do sorotipo são importantes para evitar situações de agravamento. A Secretaria de Estado de Saúde reforçou que não há casos registrados do sorotipo 3 no Rio de Janeiro. Depois que Roraima e Paraná identificaram o ressurgimento de casos de infecção pelo sorotipo 3 neste ano, os demais estados estão em alerta. Há mais de 15 anos, ele não causa epidemias no país. Situação na capital Os números na capital fluminense também chamam a atenção. Até agora, foram registrados 18.120 casos de dengue, com uma taxa de 267 casos por 100 mil habitantes. É o maior valor anual desde 2016, que teve 25.856 casos. Foram confirmadas quatro mortes em decorrência da doença. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a região mais afetada é a zona oeste, com 4.722 registros. De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, já estão sendo tomadas medidas de enfrentamento ao mosquito transmissor da dengue. Ele ressalta, porém, que, além das ações da prefeitura, é preciso haver participação ativa da população.  “Estamos intensificando as visitas domiciliares com os agentes de saúde e de vigilância. Também estamos fazendo campanhas nas escolas e nas comunidades, para que de fato possamos ter toda a população preocupada em conter o avanço do Aedes aegypti, diz Soranz. “Se a gente teve esse aumento de casos no inverno, um período em que o mosquito não cresce com facilidade, o verão tende a ter aumento ainda maior. E o principal foco está na casa das pessoas que ficam doentes. De cada três pessoas com dengue, duas têm focos de mosquito em casa ou perto dela.” A prefeitura do Rio reforça que qualquer pessoa pode solicitar uma vistoria, se suspeitar de um foco de Aedes aegypti. Basta entrar em contato pelo telefone 1746. Cuidados Eliminar locais de água parada é uma das orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti – Arquivo/Agência Brasil O Ministério da Saúde orienta que a população procure o serviço de saúde mais próximo da residência assim que surgirem os primeiros sintomas de dengue. Para combater a proliferação do mosquito e a doença, é necessário eliminar todo local de água parada, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos, destaca a pasta. Também é importante evitar acúmulo de lixo, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água. Fonte

Mais de 6 mil pessoas morreram na guerra entre Israel e Hamas

Mais de 6 mil pessoas morreram no conflito entre Israel e Hamas, conforme os últimos dados disponíveis.  Segundo o Ministério da Saúde do Estado da Palestina, o conflito deixou 4.651 mortos e 14.245 feridos na Faixa de Gaza. Em Israel, são 1,4 mil mortos, a maioria no ataque de 7 de outubro.  Conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado no sábado (21), mais de 18 mil pessoas foram feridas, sendo a maioria de palestinos. Mais de 1 milhão de pessoas tiveram que deixar as próprias casas por conta do conflito.  Há duas semanas, o mundo acompanha a escalada da violência na guerra entre Israel e Hamas, no Oriente Médio. O atual conflito teve início com o mais grave ataque já promovido pelo grupo Hamas contra os israelenses, no dia 7 de outubro. As ações, sem precedentes na história, foram realizadas por mar, ar e terra e envolveram ataques ao público que participava de um festival de música, invasão de comunidades em Israel, sequestro de reféns, deixando centenas de civis israelenses mortos e feridos. Em retaliação, Israel desencadeou forte operação de bombardeios à Faixa de Gaza, área com população majoritariamente palestina e controlada pelo Hamas. Este é o conflito mais grave desde que Israel e o Hamas se enfrentaram por dez dias em 2021. O ataque do dia 7, que pegou Israel de surpresa, ocorreu um dia após os 50 anos da Guerra do Yom Kippur, conflito armado entre árabes, liderados pelo Egito e pela Síria, e Israel, em 1973, em disputa das terras perto do Canal de Suez.    A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram as áreas e as perderam. *Com informações da Agência Lusa   Fonte

“Cura gay” constitui prática de tortura, dizem especialistas

A chamada “cura gay”, também denominada de terapia de reversão ou de conversão à heterossexualidade, são práticas de tortura e, portanto, produzem muitos agravos à saúde, entre eles, a própria construção de ideias suicidas. Essa é a definição do presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho, em entrevista à Agência Brasil. Sem respaldo científico, a prática é vedada por resolução do CFP desde 1999. Isso porque a bissexualidade e a homossexualidade não constituem doença nem desvio. “Nós não podemos usar a moralidade, práticas morais, para dizer que são condutas abominadas. É importante dizer: não é doença, mas também não é desvio. E, por não ser desvio, nenhuma prática que promova a pseudo-reorientação deve permitida no Brasil, exatamente porque produz agravos”, explicou. Para ele, o Brasil precisa reconhecer a importância de se afirmar a saúde pública como uma saúde laica, considerando que a prática de cura gay ocorre, em grande parte, no contexto de fundamentalismo religioso. “Hoje isso é um problema de saúde pública: a existência ainda dessas tentativas de aniquilamento das subjetividades de pessoas LGBTQIA+, movidas em grande parte por igrejas fundamentalistas. O Brasil precisa olhar para isso e entender que isso está produzindo agravos sérios na saúde mental da nossa população, em especial, na saúde mental da população LGBTQIA+”, pontuou. De acordo com o psicólogo, a prática é disseminada pelo país. “Neste momento, enquanto estamos fazendo essa entrevista, existe muita gente que está experimentando formas de cárceres para ter sua orientação sexual revertida. Existem centenas de Karol Eller por aí sofrendo agravos, tortura psicológica, processos de aprisionamento, pelo simples motivo que se considera que a orientação delas é uma orientação errada. Não é um caso isolado, infelizmente”, ressaltou. Bicalho se referiu ao caso da bolsonarista Karol Eller, encontrada morta no dia 12 de outubro aos 36 anos. O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio consumado. Eller teria sido submetida a uma “cura gay” na igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás. Movimento conservador A cientista política Laira Tenca aponta que o país tem um contexto de crescimento do movimento conservador no âmbito político, ao mesmo tempo em que há uma maior presença da religião evangélica na vida social da população brasileira. Esse cenário conflita com uma melhoria e garantia de direitos para a população LGBTQIA+. “As pessoas LGBTs estão inseridas nesse Brasil, que passa, por um lado, por um avanço de políticas públicas para essa população, mas, por outro, há um movimento também de maior vocalização de discurso de ódio, transformando essas pessoas em vítimas no fim das contas ali, um questionamento da identidade e da existência dessas pessoas. Nesse cenário, a organização social está ali, a igreja, o pastor, as famílias bebendo desses discursos, convivendo com esses discursos e outras práticas antigas também”, apontou. Nos retiros com proposta de conversão sexual, Tenca acrescenta que a homossexualidade e a transexualidade são tratadas como um problema, como um pecado, como uma atitude desviante, e a partir daí a cura gay passa a ser mais conectada com discursos religiosos, não mais com a psicologia. O sofrimento é agravado, segundo ela, porque há uma busca de acolhimento e pertencimento em um espaço que está constantemente questionando a identidade das pessoas LGBTQIA+ e produzindo discursos de ódio. “Nesse contexto, a pessoa LGBT é induzida a negar uma parte da sua própria identidade. O impacto [na saúde mental] é assustador porque a sexualidade faz parte da vida do indivíduo. Ter essa sexualidade reprimida dessa forma por um discurso religioso e por uma conexão latente entre culpa, erro, equívoco e impossibilidade de existir no mundo é terrível, é muito severo”, disse. Ela ressalta que o suicídio entre mulheres lésbicas e o lesbocídio cresceu nos últimos anos e que o sofrimento psíquico faz parte da vida dessas pessoas, pelo próprio contexto social e pela dificuldade de existir. Cura gay e HIV Pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sobrevivente de tentativas de cura gay, o psicólogo Héder Bello aponta que as práticas de cura gay têm relação com o momento da pandemia do HIV, na década de 80. Na época, havia o equívoco, principalmente por parte da comunidade mais conservadora, religiosa e fundamentalista, de que o vírus da Aids era um castigo de Deus devido à liberdade sexual ou às sexualidades que não estavam dentro do campo da heterossexualidade. Tal conceito, ele reforça, está completamente fora do âmbito da ciência. “Os esforços relacionados às práticas de cura gay inicialmente se deram, de forma contemporânea [desde a década de 1980], com a tentativa de reverter a questão do HIV através da ideia equivocada de que homossexuais e a população LGBTQIAP+, através dos seus comportamentos desviantes, produziram a ira de Deus e, como um castigo de Deus, houve então a eclosão do HIV no mundo”, disse o pesquisador, em entrevista à Agência Brasil. Bello estuda desde 2011 questões relacionadas às práticas ou tentativas de correção e reversão na orientação sexual e na identidade de gênero. Ele conta que se envolveu com essas pesquisas justamente por ter sido submetido a tais práticas durante 13 anos, dos 14 aos 27 anos de idade. Houve ainda a tentativa de justificar a aplicação de terapias de conversão distorcendo teorias e técnicas da psicologia. Elas produziam um entendimento de que a heterossexualidade é a única sexualidade possível e que haveria a necessidade de que as pessoas passassem por um processo de ‘correção’. De acordo com o psicólogo, as práticas de cura gay no Brasil atualmente são muito difusas e muito plurais, sendo difundidas por grupos religiosos, educadores e pessoas que exercem profissões não regulamentadas, como, por exemplo, filosofia clínica, consteladores familiares e coaches. Técnicas de “conversão” Em relação às técnicas utilizadas na cura gay, Bello explica que tal lógica aponta que a pessoa só aprende a desejar sexualmente alguém do sexo oposto se ela estiver bem adequada aos papéis de gênero na sociedade. Assim, ela é forçada a gostar de coisas que ela não necessariamente gosta e fazer coisas que não quer.

Caso Joaquim: após uma década, padrasto é condenado a 40 anos de prisão por matar menino com mais de 160 doses de insulina

Ela foi absolvida de todas as acusações. O julgamento acontece dez anos após a morte da criança, que chocou o país. Foram seis dias, cinco deles reservados para os depoimentos. O interrogatório dos réus, que ocorreria neste sábado (21), foi adiantado para sexta-feira (20), por conta da celeridade do processo. Isso porque, das 34 testemunhas arroladas por defesa e acusação, quatro foram dispensadas. (veja mais abaixo). No sábado, os debates entre defesa e acusação duraram mais de 12 horas, entre apresentação, réplica e tréplica. A seguir, veja um resumo do que aconteceu no decorrer da semana. 1º dia: o desabafo do pai quem foi ouvido: com sete horas, o primeiro dia de julgamento teve seis testemunhas de acusação, entre elas um policial civil, dois PMs, um bombeiro, o médico de Joaquim e o pai da criança, Artur Paes Marques. o que aconteceu: o desabafo de Artur, que comoveu o júri; a fala do médico endocrinologista que diagnosticou Joaquim com diabetes na época e confirmou que uma superdosagem de insulina seria suficiente para matar a criança. 2º dia: o abraço no réu quem foi ouvido: encerrado em três horas, o segundo dia teve o pai de Guilherme, Dimas Longo, a pediatra Roseli Scarpa, que cuidou de Joaquim quando ele foi diagnosticado com diabetes, e Alessandro Ponte, irmão de Natália, por videoconferência. Irmã do réu, Karina Raymo Longo optou pelo direito de não depor. o que aconteceu: o abraço de Dimas Longo no filho; acusação considerou as falas do pai evasivas; para defesa, depoimento reforçou que Guilherme tinha o apoio da família. 3º dia: a recusa à internação quem foi ouvido: no terceiro dia de júri, que durou sete horas, foram ouvidas oito testemunhas, entre elas a mãe do réu, Augusta Aparecida Raymo Longo, e os pais de Natália, além do delegado responsável pela investigação na época, Paulo Henrique Martins de Castro. o que aconteceu: a mãe de Guilherme afirmou ter procurado Natália para propor a internação do filho, que havia voltado a consumir drogas, mas que a nora recusou a oferta; os pais de Natália pediram a retirada do réu do tribunal para prestarem depoimento. 4º dia: a falta de indícios de violência quem foi ouvido: no quarto dia, os trabalhos terminaram em menos de duas horas com depoimentos de cinco das sete testemunhas intimadas, todas ligadas à área médica e perícia. Um médico psiquiatra do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e um legista foram dispensados. o que aconteceu: Legista responsável pela necropsia em Joaquim, Gustavo Orsi afirmou que o exame descartou que o menino tenha sido vítima de violência física; Natália e Guilherme não esboçaram reação; Professora de Joaquim, Natália Gaetani disse que o menino estava triste e bravo com o padrasto na semana do desaparecimento. 5º dia: o interrogatório dos réus quem foi ouvido: oito das nove testemunhas convocadas foram ouvidas, em sua maioria peritos, além de duas amigas de Natália. Uma psicóloga que teve contato com os réus à época do crime foi dispensada. Até então previsto para sábado, o interrogatório dos réus foi antecipado para a tarde de sexta. o que aconteceu: interrogada, Natália disse acreditar que o ex-companheiro matou Joaquim; Guilherme começou falando sobre a relação com os pais e o consumo de drogas, mas um embate entre réu e o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino fez com que a defesa orientasse o cliente a deixar de responder os questionamentos. Fonte: G1 Fonte

Primeiro turno das eleições na Argentina ocorre neste domingo (22)

Sergio Massa, Javier Milei, Patricia Bullrich, Juan Schiaretti e Myriam Bregman concorrem à Presidência do país O primeiro turno das eleições na Argentina ocorre neste domingo (22), com cinco candidatos disputando a Casa Rosada: Sergio Massa (Unión por la Patria), Javier Milei (La Libertad Avanza), Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País) e Myriam Bregman (Frente de Izquierda). Caso nenhum candidato atinja a maioria necessária, ou seja, 45% dos votos ou 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais em relação aos demais candidatos, é convocado um segundo turno, que está marcado para o dia 19 de novembro. Além dos postulantes à Presidência, grande parte das cadeiras das Câmaras de Deputados e Senadores também será renovada. Há ainda votação para eleger governadores em 21 das 23 províncias, assim como o chefe de governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires. O voto é obrigatório para maiores de 18 anos até os 70 anos. Mas, a partir dos 16 anos e depois dos 70, é possível escolher se irá votar ou não. Como foram as primárias Na Argentina, há eleições primárias, que definem os candidatos que disputarão as gerais — ou seja, que disputarão a Presidência e outros cargos de legisladores. As coligações precisam obter ao menos 1,5% dos votos válidos para avançar. O anarco-capitalista Milei foi a grande surpresa do pleito. Ele era o único candidato de sua coalizão e atingiu 29,8% dos votos. Posteriormente, veio o Juntos por el Cambio, com 28% — divididos entre Bullrich (16,81%) e Horacio Rodríguez Larreta (11,19%). O Unión por la Patria ficou com 27,3% dos votos. Ela incluía Massa (21,43%) e Juan Grabois (5,85%). Schiaretti conseguiu 3,7% dos votos e Bregman, 2,6%. Abstenção Na ocasião, houve a participação de 69% dos eleitores cadastrados, segundo a Câmara Nacional Eleitoral da Argentina. O número foi quase 7% menor se comparado ao das últimas eleições primárias presidenciais, realizadas em 2019, em que houve 76,4% de adesão. Mesmo que o eleitor não tenha justificado sua ausência nas primárias, não há nenhum impedimento para participar do primeiro turno. À CNN, o CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, diz acreditar que haverá uma maior participação agora, principalmente pela impressão deixada pela votação inicial de Milei. “Boa parte dos eleitores que não votaram irão de fato apoiar a esquerda, justamente por conta desse método que o fenômeno Milei vem despertando. Então, a abstenção provavelmente vai cair e isso tende a beneficiar o voto de esquerda”, observa Roman. Mas, para Victor Missiato, analista político e professor do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) de Alphaville, o comparecimento dos argentinos ainda é muito incerto. “O fenômeno do Javier Milei é algo novo no cenário político argentino com a proporção que ele ganhou. Então, embora os levantamentos o tempo todo demonstrem um lado ou outro, acompanhando o calor desse momento, nem as próprias pesquisas anteriores às prévias conseguiram identificar esse fenômeno tão grande de Milei”, explica Missiato. “Portanto, eu diria que é extremamente impreciso caracterizar uma maior demanda da esquerda Argentina para combater Milei eleitoralmente. O que é possível perceber que a mudança na última pesquisa eleitoral indica que isso é uma probabilidade, pois há uma mudança das intenções de voto em favor de Sergio Massa”, prossegue. O que dizem as últimas pesquisas Na pesquisa AtlasIntel divulgada em 13 de outubro, Massa aparece na frente nas intenções de votos no primeiro turno, com 30,9%. Milei tem 26,5% e Bullrich, 24,4. Schiaretti chega a 10% e Bregman tem 3,2%. O levantamento ouviu 5.702 pessoas com mais de 16 anos por meios digitais e de forma aleatória entre dias 10 e 13 de outubro. O nível de confiança é de 95%, com. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou menos. Veja a comparação com as pesquisas anteriores (clique em cima da data desejada): Quem são os candidatos Sergio Massa Atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, 51 anos, teve o apoio do presidente Alberto Fernández e da vice Cristina Kirchner para concorrer à Presidência na eleição deste ano. O advogado nasceu em San Martín, na província de Buenos Aires, em 28 de abril de 1972, vindo de uma família de italianos, que chegou ao país no período após a Segunda Guerra Mundial. Na adolescência, durante o ensino médio, começou a militar no partido Unión del Centro Democrático. Em 1994, interrompeu seus estudos de direito na Universidade de Belgrano, que só completou durante a campanha eleitoral de 2013, na qual foi eleito deputado. Em 1999, foi eleito deputado provincial. Depois, ocupou outros cargos no Executivo e no Legislativo. Entre 2002 e 2007, chefiou a Administração Nacional da Previdência Social (Anses), responsável por um dos orçamentos mais importantes do governo. Em 2007, foi eleito prefeito de Tigre, cidade da província de Buenos Aires. Massa permaneceu nessa posição até 2013, com um período de licença para ocupar a Chefia de Gabinete durante a Presidência de Cristina Kirchner, entre 2008 e 2009, sucedendo o hoje presidente Alberto Fernández. O político rompeu com o kirchnerismo em 2013, e começou um período em que se posicionou como um forte adversário dessa força política. Em 2019, após uma reconciliação, voltou ao peronismo como deputado federal da província de Buenos Aires e ocupou a presidência da Câmara dos Deputados. Javier Milei Candidato presidencial do partido La Libertad Avanza, Javier Milei, fala durante debate final antes das eleições, realizado na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, em 08 de outubro de 2023 / Foto de Agustín Marcarian – Pool/Getty Images Nascido no bairro de Palermo, em Buenos Aires, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por momentos polêmicos em família, que ele mesmo reconheceu em um programa do canal argentino “Telefé”. Embora o relacionamento com seus pais não fosse bom, Milei encontrou apoio em sua irmã. O economista reconhece que Karina Milei é a pessoa que melhor o conhece e é “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará

Plataforma pretende reunir pesquisas sobre a Doença de Chagas

Com objetivo de reunir o conhecimento produzido a respeito da Doença de Chagas, a organização não governamental (ONG) Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, em inglês) lançou uma plataforma voltada para a América Latina. O projeto é uma iniciativa do consórcio Lead Optimization Latin American (Lola), que reúne instituições como Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP). O diretor da DNDi, Jadel Kratz, explica que a plataforma Open Chagas vai permitir a troca de informações entre diversos grupos de pesquisa e instituições para aprimorar o tratamento contra a doença. “É um projeto de ciência aberta, que visa abrir um canal seguro e estruturado para os pesquisadores de toda América Latina compartilhem os seus projetos de pesquisa acadêmica, que são realizados nas universidades com o time da DNDi para poder trabalhar juntos nesse objetivo comum de desenvolver novos tratamentos”, disse em entrevista à TV Brasil. O consórcio Lola foi criado há 10 anos para ajudar no desenvolvimento de medicamentos e tratamentos para doenças que atingem grandes populações, mas que têm pouca atenção da indústria comercial, devido ao baixo retorno financeiro. “Existe um grupo de doenças, as doenças negligenciadas, que são um grupo por volta de 20 doenças, que afetam populações mais pobres e que moram em áreas de infraestruturas mais precárias”, disse Kratz nominando enfermidades como a Doença de Chagas, a leishmaniose e a hanseníase. A iniciativa recebe ainda financiamento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo Barbeiro, inseto semelhante a um besouro. A infecção pode afetar diversos órgãos, como o sistema digestivo e o coração. Segundo o Ministério da Saúde, existem aproximadamente 1 milhão de pessoas com a doença no Brasil, que causa cerca de 4,5 mil mortes por ano. Em todo o mundo, de acordo com o diretor da DNDi, existem cerca de 1 bilhão de pessoas afetadas por doenças negligenciadas. Fonte

Argentinos vão às urnas neste domingo para escolha de presidente

Cerca de 35,3 milhões de argentinos estão aptos a votar nas eleições deste domingo (22), em que o país sul-americano deve escolher o novo presidente do país, bem como senadores, deputados e autoridades locais, em algumas províncias. As eleições gerais ocorrem em meio a uma aguda crise econômica. O voto é obrigatório entre os 18 e os 70 anos, embora a multa prevista para quem não cumprir a obrigação seja baixa. Entre os 16 e os 18 anos de idade e acima dos 70 anos, o voto é opcional. Nas eleições primárias realizadas em agosto, quando foram escolhidos os candidatos da corrida presidencial, a abstenção ficou em 30,4%, por exemplo, um recorde. Para vencer já no primeiro turno, neste domingo (22), algum dos candidatos à Presidência precisa receber 45% dos votos válidos – excluindo brancos e nulos – ou 40% desses votos e registrar uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Caso contrário, é convocado um segundo turno com os dois primeiros. Essa segunda rodada, se ocorrer, está marcada para 19 de novembro. Candidatos Três candidatos dominaram o cenário durante a campanha. O líder na maioria das pesquisas é o economista Jorge Milei, da coalizão conservadora La Libertad Avanza, com pouco mais de 30% das intenções de voto, em geral. Autodenominado “anarcocapitalista”, Milei costuma se expressar com bastante estridência e se coloca como representante de um liberalismo extremo. Entre suas propostas estão a redução drástica de subsídios e do aparato estatal. Num discurso com idas e vindas, ele já propôs, por exemplo, o fechamento do Banco Central, a saída do Mercosul a dolarização da economia, medida vista como inviável por economistas menos radicais. Ele passou a ganhar notoriedade ao começar a dar uma série de entrevistas polêmicas e se elegeu deputado em 2021, após ter anunciado que concorreria à Presidência em 2023. Nas primárias, foi o candidato mais votado, com cerca de 30% dos votos. Em segundo nas primárias, com 28%, e logo atrás nas pesquisas, vem o atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria. Trata-se de um político experiente, advogado, que conquistou as primárias de seu partido depois da terceira tentativa. Ele já foi também presidente da Câmara dos Deputados. Curiosamente, Massa não ficou identificado como responsável pela crise atual na Argentina, apesar de ter assumido a pasta da Economia há um ano, já diante de um descontrole cambial. Do lado conservador está Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança. Ex-ministra da Segurança do governo Macri (2015-2019), a cientista política e jornalista é nascida em Buenos Aires e proveniente de uma aristocrática família argentina, com ligações centenárias no comércio de gado. Envolvida na política desde a adolescência, ela se apresenta como uma liberal linha dura, calcada na palavra “ordem”, tendo sido convertida após um passado ligado à Juventude Peronista. Parlamento e províncias Nas eleições gerais deste domingo será renovada também metade da Câmara dos Deputados, ou o equivalente a 130 cadeiras. No Senado, serão escolhidos 24 senadores, um terço do total. No caso das províncias, quatro terão eleições simultâneas para os executivos locais – Buenos Aires, Catamarca, Santa Cruz e Entre Ríos. A Ciudad Autónoma de Buenos Aires também escolherá seus novos governantes.  Outras 17 províncias já realizaram eleições neste ano, e duas – Santiago Del Estero e Corrientes – elegeram suas autoridades em 2021.  Fonte