Pandemia pode ter levado 150 milhões de crianças à pobreza, diz Unicef

A pandemia do novo coronavírus pode ter aumentado o número de crianças em todo o mundo que vivem na pobreza em 15%, de acordo com um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a organização sem fins lucrativos Save the Children. As organizações afirmaram na quinta-feira (17) que este crescimento da pobreza representa um aumento de 150 milhões de crianças sem acesso adequado à educação, habitação, nutrição, serviços de saúde, saneamento ou água – elevando o número global de crianças na pobreza para quase 1,2 bilhão. O relatório é baseado em dados de quase 80 países. “Esta pandemia já causou a maior emergência educacional global da história e o aumento da pobreza tornará muito difícil para as crianças mais vulneráveis e suas famílias compensar a perda”, disse Inger Ashing, CEO da Save the Children em comunicado à imprensa. “As crianças que perdem a educação têm maior probabilidade de serem forçadas ao trabalho infantil ou ao casamento precoce e ficar presas em um ciclo de pobreza por muitos anos. Não podemos permitir que uma geração inteira de crianças se torne vítima desta pandemia”, continuou Ashing. “Os governos nacionais e a comunidade internacional devem agir para suavizar os impactos.” Além disso, a pobreza pode ter um impacto significativo no bem-estar e na segurança de mulheres e crianças. “Não podemos nos deixar pensar que apenas as pessoas pobres enfrentam a violência de gênero. Isso foi refutado várias vezes. Mas o que é verdade é a disponibilidade de serviços e espaço”, disse Natalia Kanem, diretora-executiva do Fundo de População das Nações Unidas, durante uma reunião virtual organizada pela Fundação da ONU. “Às vezes a situação se torna volátil, porque estamos todos confinados juntos”, disse Kanem. “A ideia de uma mulher estar em uma situação estressante – ela pode ter perdido o emprego, o parceiro, o que for. Os filhos também podem ser vítimas desse tipo de situação. Essa é a verdadeira preocupação.” Fonte: CNN Brasil

Sony vai fechar fábrica e interromper vendas de TVs, áudio e câmeras no Brasil

Distribuição do videogame PlayStation, garantia e assistência técnica de eletrônicos serão mantidos no país. Os 220 funcionários da empresa em Manaus serão demitidos. A Sony comunicou a varejistas na última segunda-feira (14) que em 2021 irá fechar a sua fábrica no Brasil, localizada em Manaus. A empresa afirmou que a fabricação de eletrônicos será encerrada em março de 2021. A venda e a distribuição de segmentos como TVs, áudio e câmeras também serão encerradas em meados de 2021, de acordo com o comunicado. A garantia e assistência técnica serão mantidas no país. A venda do videogame PlayStation, que é importado continua normalmente. A assessoria de imprensa da Sony informou que a fábrica em Manaus mantinha 220 funcionários, e que todos serão demitidos. Em nota à imprensa, enviada nesta terça (15), a empresa disse que “sempre adota medidas para fortalecer a estrutura e a sustentabilidade de seus negócios, para responder às rápidas mudanças no ambiente externo”. Confira a íntegra no final da reportagem. A atuação em outras áreas, como como a Sony Pictures e a Sony Music, não será comprometida. Em 2019, a Sony também deixou de vender celulares no Brasil, em uma decisão que incluía toda a América do Sul, América Central e Oriente Médio. A medida foi tomada levando em consideração a queda nas vendas de seus smartphones ao redor do mundo. Veja a íntegra da nota da Sony enviada à imprensa: O grupo Sony sempre adota medidas para fortalecer a estrutura e a sustentabilidade de seus negócios, para responder às rápidas mudanças no ambiente externo. Nós decidimos fechar a fábrica em Manaus ao final de Março de 2021 e interromper, em meados de 2021, as vendas de produtos de consumo pela Sony Brasil, tais como TV, áudio e câmeras, considerando o ambiente recente de mercado e a tendência esperada para os negócios. A Sony está tomando todas as medidas necessárias e está muito comprometida como empresa em empenhar seus esforços para garantir todos os direitos, o melhor tratamento e cuidados especiais aos seus colaboradores. A Sony Brasil continuará a oferecer todo suporte ao consumidor para os produtos sob a sua responsabilidade comercial de acordo com as leis aplicáveis e sua política de garantia de produtos. Os demais negócios do grupo Sony no Brasil (Games, Soluções Profissionais, Music e Pictures Entertainment, incluindo Playstation) continuarão a manter normalmente sua forte atuação no mercado local. Os produtos que serão descontinuados produzidos na fábrica de Manaus são os de TV, produtos de áudio e câmeras digitais. Os produtos Playstation no Brasil continuarão a ser vendidos normalmente, sem nenhuma alteração. A Sony do Brasil não produz o Playstation no país há bastante tempo. O Grupo Sony tomou as medidas para fortalecer a estrutura dos negócios, a fim de responder às rápidas mudanças no mercado de eletrônicos. A Sony Brasil continuará a fornecer suporte ao consumidor para produtos sob sua responsabilidade comercial, de acordo com as leis aplicáveis e sua política de garantia de produtos. Fonte: G1

MST segue vendendo arroz por valor justo em meio à alta dos preços

A alta no preço do quilo do arroz é o assunto da semana no país. As razões para esse aumento são várias, mas nenhuma delas passa pelos pequenos produtores, que mantiveram o produto a preço de justo. É o que explica Nelson Krupinski, produtor de arroz orgânico no assentamento Jânio Guedes em São Jerônimo, Rio Grande do Sul, assentado da Reforma Agrária do Movimento dos Sem Terra (MST) e sócio da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap). A possibilidade de estocar e não vender a produção forçando o aumento dos preços é uma prerrogativa das grandes indústrias. Os pequenos produtores, diz Nelson, não têm capital suficiente para tanto. “Os pequenos produtores já comercializaram sua safra há muito tempo, porque é o normal”, afirmou. Mesmo com todas as possibilidades de aumentar seus preços e lucrar como nunca antes, os pequenos produtores assentados pelo MST seguem com seus preços e sua missão. “Estamos garantindo o abastecimento das escolas e também das feiras e dos nossos pontos de venda”, afirmou Nelson. Nessa equação da alta de preços, o governo também entra. Desde que deixou de ter um estoque regulatório de alimentos, o governo abdicou de intervir no mercado. Mesmo em torno do benefício de sua população. Assim, não há uma política nacional de subsistência e a segurança alimentar, está nas mãos invisíveis do mercado. Cooperativa de trabalhadores A Cootap congrega mais de 600 famílias bastante parecidas com as de Nelson. Pequenos agricultores que plantam cerca de 10 hectares de arroz orgânico por ano, com mão de obra familiar e seguindo os princípios da agroecologia. Ou seja, um pequeno produtor que produz alimentos, e não commodities para o mercado externo. De acordo com ele, um dos princípios norteadores da produção é o respeito à terra: “buscamos preservar os recursos naturais, as águas existentes. Nosso manejo é todo baseado na produção agroecológica, sem uso do agrotóxico, que contamina o solo, os lençóis freáticos e os animais aquáticos”. Contudo, não é só o respeito à natureza que o guia. Com orgulho, ele diz por si e por seus iguais: “Acreditamos que o acesso a alimentos saudáveis é um direito universal”.

Pedro Fernandes, secretário estadual de Educação do RJ, é preso; ex-deputada Cristiane Brasil é procurada

Operação do MP e da Civil investiga contratos de assistência social de fundação estadual e da Prefeitura do Rio entre 2013 e 2018, nas gestões Cabral e Pezão, no estado, e Paes e Crivella, no município. Pedro se diz ‘indignado’; Cristiane aponta ‘perseguição’. O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso nesta sexta-feira (11) na segunda fase da Operação Catarata, que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. Procurada pela operação, a ex-deputada federal Cristiane Brasil não foi encontrada. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil afirmam que o esquema pode ter desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos entre 2013 e 2018 — parte em espécie. Pedro foi preso, segundo o MPRJ, por ações durante sua gestão na Secretaria Estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nos governos de Sérgio Cabral e de Luiz Fernando Pezão — antes de assumir a Educação do RJ a convite de Wilson Witzel. A Fundação Estadual Leão XIII, alvo da investigação, era vinculada à secretaria de Pedro. Ao receber voz de prisão, Pedro Fernandes apresentou um exame positivo de Covid-19, o que transformou a prisão preventiva em domiciliar. Ex-deputada e ex-secretária procurada Havia um mandado de prisão também para a ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha do também ex-deputado federal Roberto Jefferson (que não é alvo da operação). Cristiane responde por atos supostamente praticados entre maio de 2013 e maio de 2017, quando assumiu secretarias municipais nas gestões de Eduardo Paes e Marcelo Crivella. Cristiane não foi encontrada em casa, mas, segundo sua assessoria, ela não está no RJ e vai se apresentar à policia ainda nesta sexta. Cristiane foi secretária de Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio e chegou a ser nomeada ministra do Trabalho no governo Temer, mas teve a posse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de condenações na Justiça Trabalhista. Presos na operação Pedro Fernandes, secretário estadual e ex-presidente da Fundação Leão XIII; Flavio Salomão Chadud, empresário; Mario Jamil Chadud, ex-delegado e pai de Flavio; João Marcos Borges Mattos, ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII. Eles vão responder por organização criminosa, crimes licitatórios, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. O que dizem os investigados A defesa de Pedro Fernandes disse que o secretário “ficou indignado com a ordem de prisão”. “O advogado dele vinha pedindo acesso ao processo desde o final de julho, mas não conseguiu. A defesa colocou Pedro à disposição das autoridades para esclarecimentos na oportunidade. No entanto, Pedro nunca foi ouvido e só soube pela imprensa de que estava sendo investigado por algo que ainda não tem certeza do que é”, diz a nota. “Pedro confia que tudo será esclarecido o mais rápido possível ,e a inocência dele, provada”, emendou. Em nota, Cristiane Brasil afirmou que a denúncia é “uma tentativa clara de perseguição política”. “Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram”, disse. “Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai.” “Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil”, emendou. Fraude em duas esferas Na primeira etapa, em julho de 2019, a força-tarefa prendeu sete pessoas suspeitas de fraudar licitações da Fundação Estadual Leão XIII, sob gestão da secretaria de Fernandes. Com o aprofundamento das investigações na Leão XIII, a força-tarefa afirma que o esquema incluiu órgãos da Prefeitura do Rio, chefiados por Cristiane Brasil — a Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e a Secretaria Municipal de Proteção à Pessoa com Deficiência. Os contratos sob investigação, firmados entre 2013 e 2018, custaram quase R$ 120 milhões aos cofres públicos. O MPRJ afirma que sobre os serviços contratados eram cobradas vantagens indevidas que variaram de 5% a 25% do valor acertado. O total desviado chegaria, segundo a denúncia, a R$ 30 milhões. Justiça aceita denúncia Além de expedir cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão, a 26ª Vara Criminal da Capital aceitou a denúncia do MPRJ e tornou 25 pessoas rés: Álvaro Basílio Neiva, responsável pela Central de Oportunidades Andre Brandão Ferreira, pregoeiro titular da Leão XIII Brunno Nogueira Melchiades de Souza, responsável pelo Cebrac (Centro de Reabilitação e Integração Social) Bruno Campos Selem, responsável pela Tercebrás Cristiane Brasil Francisco, ex-secretária municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida Erika Yukiko Muraoka de Souza, ex-presidente da Leão XIII Erinaldo Augusto Rocha, empregado da Servlog-Rio Flávio Salomão Chadud, responsável pela Servlog-Rio Isabel Cristina Teixeira Alves, ex-coordenadora jurídica da Fundação Leão XIII Isabela Sá Madruga João Marcos Borges Mattos, o Gordinho ou Johnny, ex-diretor financeiro da Leão XIII Jorge Antonio Oliveira Costa, responsável pelo Ibrapes (Instituto Brasileiro de Ações, Pesquisas e Estudos Sociais) Jorge Magno Menezes Pinto, motorista de Flavio Chadud Kelly Regina da Silva Oliveira Vieira Marcelle Braga Chadud, responsável pelo Grupo Galeno Distribuidora de Material Médico-Hospitalar Marcus Vinicius Azevedo da Silva, o MV, sócio administrador da Rio Mix 10 Mario Jamil Chadud, delegado aposentado da Polícia Civil Pedro Henrique Fernandes da Silva, secretário estadual de Educação Raphael da Silva Gonçalves, responsável pela Só Lazer Renato Luiz Patuzzo, sócio administrador do Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro Rodrigo Motta de Oliveira Sergio Bernardino Duarte, o Sérgio Fernandes, ex-presidente da Fundação Leão XIII Suely Soares da Silva, assessora de Cristiane Brasil; Vera Lucia Gorgulho Chaves de Azevedo, assessora de Cristiane Brasil Vitor Alves da Silva Júnior, sócio administrador da Rio Mix 10 A primeira fase da Catarata mirou o projeto social assistencial Novo Olhar, que oferecia consultas oftalmológicas e distribuição de óculos para população de baixa renda. A Controladoria-Geral do Estado (CGE) detectou a ocorrência de fraudes em quatro pregões eletrônicos entre 2015 e 2018, na Fundação Estadual Leão XIII. O MPRJ afirma que as concorrências foram vencidas fraudulentamente pela Servlog-Rio. O MPRJ e a Polícia Civil sustentam ter constatado fraudes em diversos outros projetos sociais não só na Leão XIII, mas também na Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida do Rio e na Secretaria Municipal de Proteção à Pessoa com Deficiência

Inter propõe contrato com cláusulas de produtividade e espera definição com Pato

Atacante costura detalhes com a direção colorada após encaminhar a saída do São Paulo; gaúchos mantêm a cautela e evitam estipular data para acertoA cautela com a qual o Inter trata de Alexandre Pato nos microfones contrasta com a movimentação nos bastidores. As conversas avançam a cada instante. Após o atacante encaminhar a rescisão com o São Paulo, o Colorado costura um contrato que prevê redução nos vencimentos e cláusulas de produtividade.Conforme apurado pelo ge, o Inter acena com uma proposta com valores próximos à metade do que Pato recebia no São Paulo. A cifra pode ser maior, a depender do rendimento do atleta. A diretoria propõe gatilhos nos vencimentos, por produtividade.Os valores se encaixam na realidade financeira do clube, em uma situação delicada tão propalada por dirigentes nas entrevistas. O nome de Pato veio à tona assim que houve a confirmação da ausência de Paolo Guerrero no restante da temporada, devido à ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito.De imediato, a diretoria aguardava a resolução da situação do atacante com o São Paulo. A rescisão abriu caminho para o clube avançar nas conversas com o jogador.A possibilidade de contratar o atacante revelado pelo clube e campeão do Mundial de 2006 causou certa resistência interna. Havia dúvidas sobre as pretensões de Pato para a carreira.Mas elas foram dissipadas com a sinalização positiva do jogador à proposta do clube. A diretoria vê a disponibilidade de Pato a receber menos como sinal de motivação para dar nova guinada à carreira aos 30 anos, em um retorno às origens.Nos corredores do Beira-Rio, há confiança no acerto já nos próximos dias. Mas com um olho aberto a possíveis concorrentes no mercado interno. A informação é de que outros clubes também fizeram contato pelo atleta.Até por isso, a situação é tratada com muita cautela pela diretoria. As partes evitam estipular um prazo para o anúncio, tampouco para a chegada de Pato a Porto Alegre.– Uma situação que ocorreu na segunda, a gravidade da lesão. Se passaram 48 horas e temos trabalhado nisso, com compromisso com o presente e também com o futuro. Não quero tratar de individualidades, até porque talvez tenhamos opções diversas. Mas evidente que o Pato tem história com o clube. Foi um atleta muito jovem campeão mundial e respeitamos isso. Torcemos para que os ex-atletas do clube tenham sucesso – disse o vice de futebol Alessandro BarcellosEduardo Coudet foi na mesma linha do chefe. Questionado sobre o tema, o argentino só declarou que participa da busca para um substituto de Guerrero e se limitou a elogiar Pato.– Não tenho nenhuma informação. Temos tratado de buscar um atacante com a direção – afirmou, para depois emendar sobre Pato. – É um grande jogador.As conversas entre Inter e Pato avançaram após o atacante encaminhar a rescisão com o São Paulo. Para deixar o clube, já que estava sem espaço com Fernando Diniz, o jogador de 30 anos abriu mão de valores a receber, assim como luvas atrasadas. A direção do Tricolor calcula que economizará cerca de R$ 35 milhões no total, já que o vínculo expirava em 2022.

Brasileiros fazem panelaço: Fora Bolsonaro!

As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte e Recife registraram panelaços na noite desta terça-feira (17) contra o presidente Jair Bolsonaro. Além de bater panelas, as pessoas gritavam “fora, Bolsonaro”. Os protestos ocorreram depois de Bolsonaro falar, mais de uma vez, em “histeria” em relação ao novo coronavírus e dizer que ações de governadores sobre isolamento prejudicam a economia. À noite, o governo anunciou que pedirá ao Congresso para reconhecer estado de calamidade pública em razão da pandemia. No domingo (15), o presidente descumpriu monitoramento por coronavírus, participou de um ato a favor do governo e cumprimentou apoiadores no Distrito Federal. Nesta terça, Bolsonaro disse que o segundo teste para o coronavírus deu negativo. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, há 291 casos confirmados de coronavírus, mais de 8 mil suspeitos e uma morte.

Prefeitura suspende aulas em Manaus

Com pandemia de coronavírus declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em todo o mundo e suspensão de aulas em algumas capitais do País, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) resolveu seguir recomedações de autoridades em saúde. As aulas nas escolas do Município estão suspensas por 15 dias neste primeiro momento. O anúncio foi feito pelo prefeito Arthur Virgílio Neto em coletiva no início da tarde desta segunda-feira.  A Secretaria de Estado de Educação Desporto (Seduc) deve seguir o mesmo caminho. Durante a manhã inteira o titular da pasta, Luis Fabian, se reuniu com o governador Wilson Lima para definir o que será feito. Mas, com a definição por parte da prefeitura de suspender as aulas, no Estado o mesmo movimento deve ser feito.  A pressão é grande. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) pediu a suspensão das aulas. “Embora nossos alunos não sejam considerados como grupo de risco, eles são considerados proliferadores do coronavírus para outras pessoas, como os idosos, parte mais sensível da pandemia”, disse a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, em ofícios enviados aos órgãos. Além da suspensão das aulas, o sindicato também pediu a que Seduc e Semed que disponibilizem álcool em gel nas unidades geridas por elas e sabão nos banheiros das repartições e escolas. A preocupação ficou maior após a confirmação do primeiro caso confirmado em Manaus e pelas notícias da rápida disseminação do vírus. “Já se comprovou que uma das melhores formas de frear a disseminação do vírus é evitar o contato com ele, com o isolamento das pessoas”, disse Ana Cristina. De qualquer forma, a partir desta terça-feira (17), a Secretaria de Estado de Educação e Desporto vai monitorar os estudantes. A ação faz parte de uma série de medidas que estão sendo adotadas para a prevenção ao novo coronavírus na rede pública estadual de ensino. Todos os os gestores receberão fichas que deverão ser preenchidas diariamente e, em caso de situações atípicas, encaminhadas à secretaria. 

Bolsonaro não tem ligação com milícias, disse Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que, na sua avaliação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não tem ligação com milícias. A declaração foi dada durante entrevista concedida nesta quarta-feira ao programa Central GloboNews. – Na minha avaliação, o presidente não tem nenhuma ligação com qualquer milícia ou qualquer grupo – afirmou Moro. Moro disse que o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) vem enfrentando o crime organizado sem distinção em relação às organizações, embora ele afirme que, inicialmente, o foco das ações da sua gestão é o combate à facções criminosas como a que comanda o tráfico de drogas em São Paulo. – Temos enfrentado o crime organizado como um fenômeno amplo. Todas as organizações. Eu sempre falei muito claramente que milícia também é crime organizado. Todo criminoso tem que ser combatido e o crime organizado em particular. Talvez, em certo nível, começa a ameaçar até o estado de direito. Não ignoro a ameaça das milícias, mas há outros grupos que, nacionalmente, são mais organizados. É o caso do PCC – disse o ministro. As suspeitas sobre uma eventual ligação da família Bolsonaro com milicianos do Rio de Janeiro começaram a surgir após a revelação de que familiares do ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega eram funcionários do gabinete de hoje senador Flávio Bolsonaro (RJ) quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, tem coronavírus, diz governo

O governo informou nesta quinta-feira (12) que o secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wanjgarten, tem coronavírus. O Palácio do Planalto informou ainda que a contra-prova já foi realizada e que o secretário já está em quarentena em casa. Wajngarten fez parte da comitiva do governo que viajou nesta semana para a Flórida, nos Estados Unidos, para uma série de compromissos. Ele viajou junto com o presidente Jair Bolsonaro. Na nota em que informou que o secretário contraiu o vírus, o governo disse também que o serviço médico da Previdência está tomando medidas para preservar a saúde de Bolsonaro e de toda a comitiva. “O serviço médico da Presidência da República adotou e está adotando todas as medidas preventivas necessárias para preservar a saúde do Presidente da República e de toda comitiva presidencial que o acompanhou em recente viagem oficial aos Estados Unidos, bem como dos servidores do Palácio do Planalto”, afirmou o governo. Na Flórida, participou de um jantar com o presidente norte-americano, Donald Trump. Wajngarten acompanhou Bolsonaro no evento. De acordo com o Planalto, o governo brasileiro comunicou às autoridades do governo norte-americano sobre a infecção de Wajngarten. Evento cancelado Nesta quinta-feira, Bolsonaro cancelou uma viagem que faria a Mossoró (RN) para anunciar medidas do governo federal na região em razão do coronavírus.A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou pandemia da Covid-19, doença causada pelo vírus. Bolsonaro permaneceu durante a manhã desta quinta na residência oficial do Palácio da Alvorada. Ele não tem compromissos previstos para a tarde.

Coronavírus pode ter dificuldade no calor de Manaus, diz especialista

Manaus – No início desta quarta-feira (26), o primeiro caso de coronavírus foi confirmado no Brasil, e por consequente, na América Latina. O paciente é um homem de 61 anos com histórico de viagem para a Itália, de 09 a 21 de fevereiro. O país europeu já registra 12 mortes pela doença e mais de 300 infectados, com última atualização nesta quarta. Em live nas redes sociais, o Ministério da Saúde confirmou o caso nesta manhã. Segundo a pasta, o homem passou por dois testes, o primeiro no Hospital Albert Einstein e o segundo no Instituto Adolfo Lutz, ambos em São Paulo. Com a possibilidade de um contágio de pessoas que entraram em contato com o primeiro paciente e a considerar que o primeiro caso se deu na semana da maior festa popular do país, o Carnaval, é importante saber quem está mais suscetível e quais os sintomas mais graves do coronavírus. Além do primeiro caso confirmado, há ainda no Brasil, outros 20 suspeitos no país, assim distribuídos:Paraíba (1), Pernambuco (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (2), Rio de Janeiro (2) e Santa Catarina (2) e São Paulo (11). Outros cinquenta e nove pacientes suspeitos já receberam o resultado negativo para o coronavírus. Quando os primeiros registros da doença surgiram pelo mundo, ainda em dezembro de 2019, na China, muito especulou-se sobre a possibilidade de ele se espalhar pelo Brasil, um país de clima tropical. “De maneira geral, os vírus causadores de infecções respiratórias, como influenza, coronavírus e metapneumovírus, tendem a ter maior capacidade de contágio e disseminação em regiões com temperaturas mais baixas e em locais com maior aglomeração de pessoas. Logo, as altas temperaturas e o clima predominantemente tropical do Brasil e de Manaus podem sim ter alguma influência na dificuldade de transmissão. Mas, isso é uma hipótese que ainda é estudada”, comenta Luciana Duarte, médica Infectologista do Grupo América e Sistema Hapvida. Prevenção O novo vírus que surgiu em Wuhan, na China, é transmitido pelo ar e contato, até onde se sabe. Não apenas, mas já existem pesquisas que indicam a possibilidade de transmissão pelo ambiente. Por isso, especialistas apontam os principais cuidados para evitar o coronavírus e outras doenças respiratórias. “Os cuidados de prevenção de doenças infectocontagiosas devem sempre fazer parte do dia a dia de qualquer indivíduo, em qualquer época. Atualmente, com os casos registrados do coronavírus, algumas medidas têm sido reforçadas e se estendem à prevenção de qualquer infecção que tenha como formas de contatos as vias respiratória, fecal-oral e contato”, orienta a infectologista Luciana Duarte. Confira abaixo os principais cuidados: •Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; •Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; •Utilizar lenço descartável para higiene nasal; •Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; •Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; •Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; •Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; •Manter os ambientes bem ventilados; •Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; •Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Homem vindo da Itália para o Brasil testa positivo para coronavírus

O Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira, 25, que um homem de 61 anos que regressou no último dia 21 da Lombardia, no Norte da Itália, testou positivo para coronavírus. Ele permaneceu na Itália do dia 9 ao dia 21 de fevereiro em uma viagem a trabalho e sozinho. O homem, que não teve a identidade divulgada, está passou por observação no Hospital Israelita Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista, mas, segundo a instituição, foi enviado para casa – onde ficará isolado pelos próximos 14 dias. De acordo com o Ministério da Saúde, ele apresenta os sintomas da doença – tosse seca, febre, dor de garganta e coriza –, mas passa bem e tem “sinais brandos”. Em nota, o Hospital Albert Einstein afirma que a equipe médica continuará monitorando o estado de saúde do paciente, assim como os das pessoas que tiveram contato próximo com ele. De acordo com o Ministério da Saúde, no exame específico para SARS-CoV2, preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o resultado foi positivo. Para seguir o protocolo internacional, porém, é necessária uma contraprova a ser feita pelo Instituto Adolfo Lutz. É esta etapa que está sendo feita agora. O resultado definitivo deve sair nesta quarta-feira. Em uma rede social, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi sucinto. “Estamos atentos”, disse. Em seguida, postou uma bandeira do Brasil. Nesta terça, após o meio-dia, o hospital Albert Einstein registrou oficialmente a notificação do caso suspeito e adotou medidas para evitar a transmissão da doença por gotículas. Foram realizados testes para vírus respiratórios comuns e coletadas amostras do paciente.

Idosa é morta por filha, netas e genro em disputa por herança em SP

Um homem, de 25 anos, duas mulheres, de 19 e 36 anos, e uma adolescente, de 14, foram detidos em flagrante suspeitos pela morte de uma idosa, de 61, na rua Aurélio Peres, no Jardim Odete, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. O caso ocorreu na tarde de sábado (22). Os adultos foram presos e devem responder pelo crime de triplo homicídio qualificado. A jovem foi apreendida. Os policiais militares foram acionados para atender a ocorrência. No local, foram recepcionados por uma das suspeitas, a filha da vítima. Ela afirmou à polícia que encontrou a mãe desacordada. O Samu e Bombeiros foram acionados, mas a idosa estava morta. Ela apresentava marcas no pescoço. Em diligências, os policiais encontraram uma testemunha que contou que a vítima enfrentava problemas de relacionamento com a filha e suas duas netas em razão de uma indenização em dinheiro recebida. O valor era de aproximadamente de R$ 140 mil. Os PMs encontraram o homem, companheiro da filha da vítima. Segundo a polícia, ele afirmou que, junto com a mulher e as duas filhas, praticaram o crime. O suspeito afirmou que a idosa foi estrangulada. Os quatro foram detidos em flagrante. O caso foi registrado como homicídio qualificado e ato infracional por homicídio.

Morre o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, aos 83 anos

O cineasta paulistano José Mojica Marins, que ficou conhecido em todo o país pelo personagem Zé do Caixão, morreu nesta quarta-feira, aos 83 anos, em decorrência de uma broncopneumonia. Ele deixa uma obra de mais de 40 filmes como diretor e mais de 60 produções como ator, entre curtas-metragens, longas, documentários e séries. O velório será aberto ao público, no MIS-SP, nesta quinta-feira, em horário ainda a confirmar. Seu último trabalho na direção foi em “Memórias da Boca” (2015), que reuniu episódios de vários realizadores. Na mesma época, foi visto atuando em “Entrando numa roubada”, de André Moraes, estrelado por Deborah Secco. Nos últimos anos, vivia recluso em São Paulo, já com a saúde debilitada. Tudo começou num pesadelo Foi durante um pesadelo, sonhado no início de 1963, que o inferno acenou pela primeira vez para Marins. O diretor tinha então 27 anos e já contabilizava dois longas-metragens em seu currículo: o faroeste “Sina de aventureiro” (1957) e o drama “Meu destino em suas mãos” (1961). No sonho, ele era arrastado para uma cova por um homem todo de preto, que tinha seu rosto. Ao despertar assoberbado, com a imagem daquele sujeito na cabeça, ele criou um dos personagens mais famosos da história do cinema brasileiro: o coveiro Josefel Zanatas, conhecido (e temido) ao longo de seus 51 anos de existência pela alcunha de Zé do Caixão. E com ele, a produção audiovisual do Brasil abria os olhos para um dos filões mais populares da ficção: o horror, gênero no qual Mojica virou um mestre, dirigindo e atuando. — Quando despertei do pesadelo, no comecinho de 1963, a ideia do Zé já estava definida, e então comecei a correr atrás de sobras de negativo em estúdios de São Paulo, como a Vera Cruz e a Maristela, para poder filmar uma história em que aquele homem procurava a mulher ideal para ser a mãe de seu filho — contou Mojica ao GLOBO em 2013, quando comemorou o jubileu de seu exu de unha grande, batizado em homenagem a um coveiro amigo. —  O nome Josefel veio de um cara que eu conhecia e que mexia com defuntos, um agente funerário chamado Josef. Zanatas era brincadeira com Satanás. Considerado o mestre do terror brasileiro, José Mojica Marins estava internado em hospital de São Paulo em decorrência de uma broncopneumonia. Ele já havia sofrido duas paradas cardíacas em 2014.