A Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está no centro de um debate público após anunciar mudanças significativas em suas políticas de moderação, incluindo o fim do programa de checagem de fatos. Em resposta, a Advocacia-Geral da União (AGU) convocou uma reunião técnica para esta terça-feira (14) com representantes de diversos ministérios e órgãos governamentais. O objetivo é avaliar os impactos das novas diretrizes da big tech, que, segundo especialistas, podem intensificar a propagação de fake news e discursos de ódio.
Desde 2016, a Meta operava um sistema de checagem de fatos conduzido por especialistas em mais de 115 países. No entanto, a empresa agora aposta no modelo de “notas da comunidade”, restringindo o papel de fiscalização a usuários cadastrados. A mudança vem sendo duramente criticada por organizações como a Coalizão Direitos na Rede, que alerta para os riscos à segurança digital e ao equilíbrio democrático.
Para Jorge Messias, ministro da AGU, o fim das checagens compromete a soberania nacional, impactando a economia e a credibilidade das informações no país. O governo brasileiro promete adotar medidas que garantam o cumprimento da legislação local e a proteção dos cidadãos no ambiente digital.
