Funcionário de salão de beleza se entrega na delegacia


Marlisson Vasconcelos Dantas, se entregou na sede do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), nesta sexta-feira (31/05) em Manaus. Ele era funcionário do salão de beleza e também possui envolvimento nos crimes, cometidos também por quatro membros de uma seita religiosa, responsáveis por fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa.

Os presos foram identificados como Ademar Farias Cardoso Neto, 29, e sua mãe Cleusimar Cardoso Rodrigues, 53, que são os fundadores da seita intitulada “Pai, Mãe, Vida”, além de serem proprietários de uma rede de salões de beleza em Manaus.

Também foram presas Verônica da Costa Seixas, 30, e Claudiele Santos da Silva, 33, funcionárias do estabelecimento. Elas eram responsáveis por induzir outros colaboradores e pessoas próximas à família a se associarem à seita, onde drogas de uso veterinário eram utilizadas.

Conforme o delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP, os investigados foram interceptados no momento em que tentavam fugir, no bairro Cidade Nova, zona norte da capital. As investigações presididas pelo 1º DIP iniciaram há aproximadamente 40 dias, tendo sido identificado que o grupo coletava a droga ketamina em clínicas veterinárias e realizava a distribuição do fármaco entre os funcionários da rede de salões de beleza da família Cardoso.

Durante buscas realizadas na tarde de quinta-feira (30/05) e na manhã desta sexta-feira (31/05), foram apreendidas centenas de seringas, produtos destinados a acesso venoso, agulhas e ketamina foram apreendidos, além de aparelhos celulares, documentos e computadores na residência da família e no salão de beleza e em uma clínica veterinária. 

Investigação DEHS

As investigações sobre a morte de Dilemar Cardoso Carlos da Silva, 32 anos, conhecida como “Djidja Cardoso”, estão sendo conduzidas pela DEHS. Djidja foi encontrada sem vida na manhã de terça-feira (28/05), em sua residência no bairro Cidade Nova. 

Ademar e Cleusimar são, respectivamente, irmão e mãe da vítima. A suspeita é que Djidja possa ter sofrido uma overdose devido ao uso indiscriminado da ketamina durante um dos rituais da seita religiosa liderada pela família.

Segundo o delegado Danniel Antony, adjunto da DEHS, a morte dela está envolta na possibilidade do uso de medicamentos fármacos narcolépticos e psicotrópicos, havendo também a possibilidade de ter ocorrido um excesso da droga que possa tê-la levado à morte em relação à seita da família. 

Procedimentos

O grupo responderá por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, colocação em perigo da saúde ou da vida de outrem, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto provocado sem consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal. Eles serão submetidos a audiência de custódia e permanecerão à disposição da Justiça.

Marlisson vai ficar a disposição da justiça. Ele estava sendo considerado foragido, desde a última quinta-feira (30/05). Por volta das 17h desta sexta, compareceu ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) acompanhado de um advogado.

Foto: Reprodução



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