Presidente deposto da Coreia do Sul é detido e permanece em silêncio


Foto: EFE/EPA/SOUTH KOREAN PRESIDENTIAL OFFICE

O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi detido nesta quarta-feira (15) para responder a acusações relacionadas à imposição de lei marcial em dezembro. Detido em sua residência presidencial em Seul, Suk Yeol optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório conduzido pelo Gabinete de Investigação da Corrupção (CIO). Esta é a primeira vez que um presidente em exercício no país é detido.

A operação de detenção ocorreu após uma tentativa frustrada em janeiro, quando os serviços de segurança impediram a ação. Desta vez, as forças do CIO chegaram em grande número durante a madrugada, garantindo o cumprimento do mandado. Em vídeo gravado antes de ser levado, Suk Yeol afirmou que acatava a detenção para evitar “um infeliz derramamento de sangue”, mas manteve sua posição de não reconhecer a legalidade da investigação.

Yoon Suk Yeol enfrenta acusações de rebelião devido à polêmica declaração de lei marcial em 3 de dezembro, justificando a medida como uma resposta a supostas ameaças comunistas e elementos hostis ao Estado. A decisão foi amplamente criticada e revogada após pressão do Parlamento e manifestações populares. A medida trouxe à tona memórias dos períodos autoritários na história do país.

O CIO tem 48 horas para decidir sobre o futuro de Suk Yeol, podendo solicitar a extensão da detenção. O caso gerou intensos debates na Coreia do Sul, reavivando discussões sobre os limites do poder presidencial e a importância da democracia no país.



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