Professora com deficiência visual sofre discriminação e denunia descaso no Hiper DB em Manaus

Uma jovem identificada como, Ananda Guimarães, usou suas redes sociais para denunciar uma descriminação sofrida na fila do caixa preferencial, no supermercado Hiper DB, no bairro Parque Dez, zona centro-sul da capital.

Segundo a jovem, um homem que estava na fila questionou qual seria a sua ‘deficiência’, e foi hostilizada no local.

“Como algumas pessoas sabem, sou uma mulher com deficiência e todo dia preciso lidar com o capacitismo, sendo ele velado (comentários desnecessários e “brincadeiras” sem graça), ou explícito. Hoje no dia 16/05 fui utilizar da fila preferencial do supermercado @dbsupermercados do Parque 10, afinal é um direito meu por lei, e fui extremamente constrangida por um homem que estava com sua família, com ele tinha uma criança e uma senhora, que também estavam no seu direito logo atrás de mim já que chegaram depois”, escreveu.

A jovem relata ainda que os seguranças do supermercado Hiper DB nada fizeram para impedir as agressões verbais do homem alterado na fila.

“Eu ja havia mostrado meu registro de pessoa com deficiência pra moça do caixa e até falei “moça eu tenho meu documento, mas tenho medo de ser constrangida” ela foi muito simpática e disse que não aconteceria, até esse homem PODRE E ARROGANTE se achou no direito de questionar pra mim o por que de eu estar na fila, mostrei meu documento e ele começou a ser grosseiro, minha namorada começou a discutir com ele e ele falava coisas como “como ela é deficiente se tá olhando pra minha cara” “tá usando disso pra utilizar o caixa” eu tive uma crise de pânico me retirando da fila, Manu continuou lá discutindo com ele, ele falou coisas horríveis, se alterou e ainda apontou o dedo na cara dela, o segurança não fez absolutamente NADA, um homem enorme apontando o dedo na cara dela e não fizeram nada, os funcionários viram como fui constrangida e como desci em uma crise de choro sem conseguir mexer os braços e ninguém fez NADA. Quando minha mãe chegou no supermercado e foi falar com o gerente ele disse que não podia fazer nada e que “me olhando não tinha como saber que sou uma pessoa com deficiência” mostrando que não estava nem aí além de fazer esse comentário capacitais como se toda pessoa com deficiência tivesse que ser de um jeito específico. Enfim, tô cansada de ter que relevar essas violências e tô cansada de ninguém nunca tá preparado pra lidar com pessoas com deficiências. Espero que a equipe do supermercado tome providências pois quem se cala vendo um CRIME acontecer é cúmplice”, relatou.

Após o constrangimento a mãe da jovem chegou no local e falou com o gerente da unidade, mas nada foi efeito e segundo a denunciante o caso foi tratado com desdém.

O Hiper DB até o momento não se pronunciou sobre o caso.

Fonte: Portal Baré

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