Administradora do GDF deixa cargo após atos antidemocráticos


A administradora regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro, responsável pela região central de Brasília, comunicou nesta segunda-feira (9) o desligamento do cargo “em caráter irrevogável”. A decisão foi motivada pelos atos golpistas ocorridos nas sedes dos três Poderes da República ontem (8).

“A ausência de um comando firme na segurança pública, coordenando as operações e ordens de missão do dia e garantindo a participação e integração dos demais órgãos, deixou um vácuo doloso e um cenário de terra arrasada”, escreveu em uma postagem no Twitter.

Ainda sobre as forças de Segurança, Ilka Teodoro acrescentou que a ação tardia do governo do Distrito Federal (GDF) é injustificável e indefensável, e que “a tolerância com os intolerantes, fascistas e terroristas nos levou ao caos”.

A ex-administradora disse ainda que, em uma semana – da posse de Luiz Inácio Lula da Silva no domingo passado a ontem –, a população foi “do céu ao inferno”. Para ela, no âmbito do governo local, a situação é de “insustentabilidade”.

Intervenção

No governo do Distrito Federal desde 2019, Ilka Teodoro destacou ainda que a intervenção federal na segurança pública decretada ontem foi necessária para que fossem adotadas as medidas urgentes para restaurar a lei e a ordem no território e “para que possamos sonhar em voltar ao cenário de normalidade, com o diálogo preciso para reconstrução do país”.

“No âmbito do Governo do DF, a situação é de insustentabilidade. Como cidadã e como Administradora Regional, jamais havia me sentido tão insegura e impotente”, acrescentou.

Nascida e criada na capital federal, a ex-administradora regional disse que nunca presenciou algo tão violento simultaneamente com a história do país, com o patrimônio, com a arquitetura e com a democracia.

“Repudio veemente o duro golpe que Brasília sofreu ontem, deixando um trauma e marca indelével na nossa memória”, afirmou.





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