Um total de 14 pacientes foram atendidos com procedimentos cirúrgicos
O município de Lábrea (a 702 quilômetros de Manaus) recebeu equipe da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) neste final de semana, nos dias 21 e 22 de maio, para realização de cirurgias reparadoras em pacientes de hanseníase. No total, 14 pacientes foram beneficiados, totalizando 20 procedimentos cirúrgicos.
A ação, que contou com apoio da prefeitura municipal, é mais uma etapa do Projeto Apeli – Ação para Eliminação da Hanseníase – desenvolvido pela Fuham em parceria com os municípios. A equipe da Fuham esteve em Lábrea em agosto de 2021 para a primeira etapa do Apeli, realizando, na época, mais de 3,6 mil atendimentos, entre consultas médicas, exames dermatológicos e outras ações.
Agora, numa nova fase do projeto, a equipe composta por médicos (dois cirurgiões e um médico do município), enfermeiro, fisioterapeuta e técnico, retornou para as cirurgias reparadoras. Dentre os médicos, os cirurgiões Elifaz Cabral, de Porto Velho (RO) e Thiago Montenegro, da Fuham.
“Todos os pacientes que foram encaminhados foram reavaliados pelos médicos e destes, 14 tiveram indicação de cirurgias, que foram realizadas nesses dois dias. Agora os pacientes passarão pela reabilitação”, explica o enfermeiro da Fuham, José Yranir do Nascimento, que é coordenador do Programa Estadual de Hanseníase do Amazonas.
A ação resultou em 29 consultas ortopédicas, 27 consultas de enfermagem, dez cirurgias de neurólise (cirurgia de descompressão de nervos) e dez cirurgias de úlcera plantar (úlceras na região dos pés ocasionadas por lesões repetitivas devido a falta de sensibilidade que a hanseníase provoca).
Para o diretor presidente da Fuham, Ronaldo Amazonas, em Lábrea o projeto Apeli completou um ciclo importante de assistência ao paciente de hanseníase. “O Apeli em Lábrea mostrou a efetivação do mais completo funcionamento deste projeto e de como deve ser uma ação que busca, diagnostica, trata e acompanha cada pessoa com hanseníase a fim de lhe proporcionar a assistência adequada que o SUS pode oferecer e isso é restituir a qualidade de vida desses pacientes”, finaliza o diretor presidente.
Com informações da ACS