Veio então o boa noite da boiadeira pela primeira vez na arena de Barretos, que no ano passado se apresentou no palco amanhecer e agora voltou como a atração mais aguardada do palco principal.
“Boa noite, Barretão, que felicidade de estar aqui. Vocês estão felizes? É enorme aqui. Ano passado eu cantei no palco amanhecer e esse ano graças a deus eu estou no palco principal. Eu espero que vocês aproveitem muito. Vou chorar umas 500 vezes aqui hoje, é um dia muito especial para mim. Que Deus abençoe muito cada um de vocês, que Deus abençoe a todos e que Deus abençoe o rolê”, disse Ana, em seu cumprimento tradicional.
Com um look especial assinado pelo estilista Eduardo Amarante, que será leiloado para o Hospital de Amor de Barretos, Ana dançou muito em todas as músicas desfilando as coreografias do TikTok que a consagraram. De microfone rosa, emendou “Roça em Mim”, um feat com o amigo Luan Pereira, também da Agroplay, e com Zé Felipe. Aliás, a maioria das músicas da artista tem parceria com outros cantores. Por isso, a participação foi colocada nas caixas de som.
Ana Castela conversa com fãs que lotaram arena na Festa do Peão de Barretos — Foto: Ricardo Nasi/g1
Isso também aconteceu com “Bombonzinho”, hit recente de Israel e Rodolffo que tem a participação de Ana, “Palhaça”, gravada com Naiara Azevedo, e “Reverse”, lançada com Hitmaker. “Chama”, mais uma com Luan Pereira e “Ô Lá na Roça”, de Felipe e Murillo, encerraram a primeira etapa da obra da cantora para anteceder um pout-pourri de sertanejo universitário: “Seu Astral”, de Jorge e Mateus, “Não tô valendo nada”, de Henrique e Juliano e “Chora, me liga”, de João Bosco e Vinícius.
Depois de “Regime Fechado”, de Simone e Simária, Ana apresentou “Você não vai ver nunca”, a primeira música do show que faz parte do álbum novo, “Boiadeira Internacional”, que tem parceria de Simone Mendes.
Ana Castela conversa com fãs que lotaram arena para vê-la na Festa do Peão de Barretos — Foto: Érico Andrade/g1
A cantora fez um bloco de modões que mostrou conhecimento do repertório da música sertaneja, evidenciando que, apesar de ser um expoente do “agronejo” e usar muitas batidas eletrônicas e funk em suas canções, ela é essencialmente é uma fã do gênero.
“As Andorinhas”, “Boate Azul”, “Convite de Casamento”, ‘Página de Amigos”, “Pagode em Brasília” e “Bebo pra carai” mantiveram a plateia encantadas. Ana surpreendeu ao fazer ainda um cover “fora da caixa” e homenagear o pai, com “Canarinho Prisioneiro”, um clássico absoluto de Chico Rey e Paraná. Em seguida, iniciou a parte do show que tem espaço para tudo, inclusive para o pagode em “Cheia de Manias”, hit de Raça Negra, e “Deixa Acontecer”, do Grupo Revelação.
Muito simpática, ela interagiu com o público e até brincou que o sanfoneiro estava solteiro. Na hora de “Ai se eu te pego”, hit universal de Michel Teló, deixou o rapaz cantar, o que também fez com outro músico na hora de “Cheia de Manias”.
Fã mirim assiste ao show da Ana Castela na Festa do Peão de Barretos — Foto: Érico Andrade/g1
Em seguida, viajou ao funk: “Vai novinha”, “Rajadão”, de Pabllo Vittar, “Carinha de bebê” e “Não Para”, gravadas por ela própria, não deixaram ela um minuto parada e antecederam o maior hit da carreira até agora: “Pipoco”, que levou Ana ao top-1 das músicas mais tocadas no Brasil em 2022, em parceria com Dj Chris no Beat e Melody.
Neste momento, a cantora abusou dos fogos e dos efeitos especiais com muitas chamas no palco. O encerramento, por volta de 2h55, também em alto nível, foi com “Clima de rodeio”, do refrão conhecido por quase todo mundo: “Alô, galera de cowboy, alô, galera de peão”. O alô foi muito bem dado pela primeira vez. E provavelmente será visto por muito mais vezes no palco principal.
Fonte: G1