Depois de anunciar o fim da sua linha de celulares, a LG vai retirar produção de monitores e notebooks de SP, segundo sindicato, cortando 700 postos de trabalho
Logotipo da marca de tecnologia sul-coreana LGFoto: Sergio Perez/Reuters
A LG anunciou para representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté que a empresa vai fazer mais um corte em suas atividades no estado de São Paulo, encerrando toda a produção local, o que vai causar a demissão de 700 trabalhadores. As informações foram confirmadas pelo sindicato à CNN.
A direção da empresa coreana no Brasil se reuniu na tarde desta terça-feira (06) com os representantes dos trabalhadores para falar sobre a decisão de encerrar as atividades globais de celulares, confirmada na segunda-feira (05) pela empresa, e anunciar também a retirada da produção de notebooks e monitores da planta de Taubaté.
Segundo o presidente do sindicato, Claudio Batista, “a LG reafirma a questão dos celulares, com o fim das atividades mundiais… Do monitor e do notebook, essas atividades serão encerradas aqui em Taubaté e transferidas para Manaus”.
A LG alegou aos representantes dos trabalhadores ter benefícios fiscais no Amazonas, isenções das quais não dispõe no estado de São Paulo. A migração da operação causaria a demissão de 300 trabalhadores da linha de notebooks e monitores que se somariam a outros 400 que serão desligados por conta do encerramento das operações de celulares.
Com o fim de dois terços da sua atividade no estado, a LG contará com apenas 300 pessoas do setor de call center da LG na planta que hoje abriga mil trabalhadores. Segundo o sindicato, a empresa garante que manterá o restante da operação em Taubaté.
Uma nova reunião deve acontecer até sexta-feira para ajustar os termos do acordo de demissão coletiva. A LG não respondeu à reportagem até o momento da publicação.