Após saques a mercados na Argentina, itens básicos começam a faltar

A crise econômica na Argentina fez com que os fornecedores do comércio não repusessem algumas das mercadorias, acarretando na falta de itens como papel higiênico, açúcar e ervas de preparo para chá. A situação acontece após uma onda de roubos e saques a comércios, durante toda a semana passada, que começou em cidades do interior da Argentina e chegou à periferia de Buenos Aires.

Tudo isso ocorre a poucos meses das eleições, que estão marcadas para outubro deste ano, e a qual o atual presidente argentino Alberto Fernández já afirmou que não tentará se reeleger.

No entanto, mesmo com programas governamentais, os preços não se mantém sempre estáveis, podendo apresentar variações, segundo informações do portal argentino Clarín. Confira alguns dos itens que faltam:

  • Açúcar;
  • Erva;
  • Macarrões;
  • Farinha;
  • Snacks;
  • Rolos de cozinha;
  • Detergente;
  • Papel Higiênico;
  • Alimentação para animais (gatos);
  • Desodorizantes.

Entenda a crise na Argentina

Os argentinos vivem sua terceira grande crise econômica após a redemocratização do país, que já faz 40 anos, e acumula pouco mais de US$ 30 bilhões em suas reservas internacionais. Isso se deve principalmente às dívidas, uma moeda desvalorizada e a alta inflação.

A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, mesmo com uma inflação que beira os três dígitos. O peso do dólar também influencia: em 2019, o governo de Alberto Fernández impôs um limite de dólares que podem ser comprados por cada cidadão, limitados a US$ 200/mês, e a segurar o câmbio fiscal.

Um dos resultados acabou sendo a prática do saque. Um bando de pessoas se juntou para roubar diversos comércios na Argentina. Essa prática de saques em massa é conhecida como “ataque piranha”, em referência a letalidade dessa espécie de peixe.

Circulam nas redes sociais diversos registros de ataques a supermercados, farmácias e até lojas de roupas íntimas. Os saques mais violentos ocorreram na cidade de Moreno, onde cerca de 50 pessoas, inclusive crianças, invadiram o supermercado Conquista. A onda se espalhou pelas províncias de Buenos Aires, Mendoza, Córdoba, Neuquén e Río Negro.

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