O presidente Jair Bolsonaro (PL) gostou de acompanhar as notícias sobre as eleições presidenciais na França, mas não pelo resultado, que teve Emmanuel Macron à frente da extrema-direitista Marine Len Pen no primeiro turno, no último fim de semana, mas devido aos franceses terem votado em papel.
“Parabéns à França”, disse Bolsonaro, em sua live semanal nesta quinta-feira (14/4), segurando a impressão de uma foto que mostra uma urna de vidro cheia de canhotos de papel. “Um país muito mais desenvolvido do que nós votando no papel. Que exemplo para nós brasileiros”, comentou Bolsonaro, voltando a investir contra o sistema brasileiro de votação eletrônica.
“Aqui tem um pessoal que fala: ‘meu sistema é inviolável’, mas, quando o Exército apresenta sugestões para aperfeiçoar o sistema, o pessoal carimba ‘confidencial’, diz que não se pode demonstrar tudo que está ali porque algum hacker pode entrar. Então, a urna não é inviolável, é penetrável sim”, afirmou o presidente da República, que lembrou da participação das Forças Armadas em debates com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Tem reunião entre equipe técnica das Forças Armadas e o TSE e espero que haja debate entre técnicos. Temos o o Comando de Defesa Cibernética, com militares das três forças, que entendem com profundidade essa questão de guerra cibernética, de internet. Tenho certeza que vamos chegar a bom termo… e, deixar bem claro, as Forças Armadas não estão se intrometendo no TSE. Foi o TSE que convidou as Forças Armadas a participar do sistema eleitoral”, disse Bolsonaro, antes de voltar a criticar o sistema de totalização dos votos.
“Os votos que são transmitidos para Brasília vão pra uma sala secreta. Uai, meu Deus do céu, a contagem tem que ser pública, mas vai pra uma sala secreta. Que continue indo pra sala secreta, só que o mesmo canal que leva para uma sala secreta vai levar pra outra sala aberta, onde está ali Forças Armadas, a CGU, OAB e mais umas dez entidades que foram convidadas também pelo então presidente TSE, ministro [Luis Roberto] Barroso”, discursou Bolsonaro.
“Temos tudo para fazer eleições tranquilas, sem problemas, só questões técnicas. Não vai ter voto impresso, voto no papel”, concluiu ele.
Fonte: Portal Baré