O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (30), que dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil estão sendo investigados, sendo um no Ceará e outro em Santa Catarina. Os pacientes seguem isolados e em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde.
Um terceiro caso, que pode vir a ser classificado como suspeito, também está sendo monitorado em um morador do Rio Grande do Sul, que voltou ao País após um viagem ao exterior no início deste mês.
“A reavaliação está sendo feita de acordo com os critérios de definição. Até o momento, não há confirmação do rumor como caso suspeito”, disse a pasta.
Na segunda-feira passada (23), uma sala de situação foi instalada para rastrear os casos suspeitos e definir o diagnóstico clínico e laboratorial.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações também acompanha o avanço da doença com a ajuda de um grupo de especialistas ligados à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), à Universidade Feevale e à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O surgimento de novos casos de varíola dos macacos no mundo tem levado brasileiros a procurarem pela vacina e por cartões de vacinação antigos.
Em um levantamento feito pela Abcvac (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas) a pedido da Folha, 73% dos associados responderam que aumentou a procura por um imunizante. Do total, 25% afirmaram que há “muita” demanda e 48%, que há “alguma” demanda.
Apesar do interesse recente, nenhum imunizante da varíola está disponível nem na rede privada nem no SUS (Sistema Único de Saúde). A vacina parou de ser aplicada no Brasil em 1979 e, em maio de 1980, a Assembleia Mundial da Saúde declarou oficialmente a erradicação da doença.
Fonte: Portal Baré